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Pé Socráticos - Slides de Aula Unidade III

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Unidade III
PRÉ SOCRÁTICOS
Prof. Dr. Vladimir Fernandes
Conteúdo da terceira aula
Unidade III
 Sócrates: filósofo da ágora
 Sócrates, segundo: Aristófanes, Xenofonte e Platão
 Sócrates: acusação
 Discurso de defesa
 Os sofistas e a democracia
 Sócrates e os sofistas
 Método socrático
 A atualidade do dialogar socrático
Sócrates: filósofo da ágora
 Considerado o patrono da Filosofia.
 Conhecido como filósofo da ágora.
 Viveu no século V a.C., “século de ouro” de Atenas.
 Apogeu político, militar, cultural e econômico.
 Filho do escultor Sofronisco com a parteira Fenareta.
 Herdou do pai a profissão de escultor.
 Mas pouco se dedicou a tal atividade.
 Preferia filosofar.
Sócrates: filósofo da ágora
Sócrates. Academia de Atenas. Foto de Vladimir Fernandes, 2012.
Sócrates: filósofo da ágora
 Foi casado com Xantipa e teve três filhos. 
 Provavelmente, teve uma outra esposa chamada Mirto 
(período em que a poligamia foi permitida por decreto).
 Xantipa ficou conhecida por ter um gênio forte.
 Não aprovava algumas atitudes de Sócrates.
Sócrates: diferentes olhares
Nada escreveu. Por quê?
“O texto escrito sofre de três males congênitos: primeiramente 
ele é fixo e ‘a quem lhe dirige a palavra, ele se contenta com 
significar uma coisa única, sempre e de uma vez por todas’; em 
segundo lugar, uma vez publicado, o texto vive sua própria 
existência e se dirige da mesma maneira a todos, seja qual for a 
competência do interlocutor; enfim, entregue a si mesmo, é 
incapaz de se defender sem a presença de seu autor e de 
responder a seus adversários” (PLATÃO, “Fedro”).
Sócrates: diferentes olhares
 Linguagem como pharmakon – droga.
 Pode salvar do esquecimento.
 Pode ser mal interpretada.
 O que sabemos é por meio de seus comentadores. 
Testemunhos diretos:
 Aristófanes – “As nuvens”. 
 Xenofonte – “Apologia e memoráveis”.
 Platão – vários diálogos.
Sócrates, segundo Aristófanes
 “As nuvens” (423 a.C.).
 Comédia em que Sócrates é retratado como um sofista 
irresponsável.
 Estrepsíades, um fazendeiro arruinado, procura Sócrates. 
 Está endividado pelos luxos da esposa e pelo vício do filho 
em corridas de cavalo.
 Quer aprender a sofismar para se livrar de seus credores.
 Estrepsíades vai então até o “pensatório”, um casebre onde 
reside Sócrates e outros descalços e pálidos discípulos. 
 Encontra Sócrates dependurado em um cesto, no alto, 
adorando as nuvens. 
“As nuvens” – ilustração 
Fonte: www.joseferreira.com.brblogsfilosofia
Teatro de Epidauro
Teatro de Epidauro. Foto de Vladimir Fernandes, 2012.
Sócrates, segundo Aristófanes
 Um pouco antes, Sócrates estava ocupado investigando sobre 
a distância que uma pulga pode saltar e de onde vem o som 
emitido pelos mosquitos.
 Como Estrepsíades tem dificuldade em aprender as lições, 
envia Fidipides, seu filho, para ser aluno de Sócrates. 
 Fidipedes, com os ensinamentos aprendidos, consegue ajudar 
seu pai a se desvencilhar dos credores. 
 Estrepsíades acaba por se arrepender, pois é surrado pelo 
próprio filho. 
Sócrates, segundo Aristófanes
 Aristófanes era um escritor de comédias.
Ridiculariza Sócrates: 
 É representado como alguém que cobra para ensinar, que não 
acredita nos deuses, que ensina sofismas.
Contudo é um referencial histórico e possui alguns elementos 
verdadeiros:
 Sócrates, de fato, era pobre, andava descalço, morava em uma 
casa simples, utilizava do diálogo e da interrogação 
(Cf. BEINOT, 2006).
Sócrates, segundo Xenofonte
 Xenofonte – “Apologia e Memoráveis”.
 Foi militar e discípulo, mas não o seguiu constantemente.
 Retrata passagens da vida de Sócrates e conversas com seus 
discípulos.
 Seus escritos são considerados simplistas.
 Segundo os historiadores, por não ser filósofo, não penetrou 
a fundo nos ensinamentos socráticos.
 Seus escritos são um referencial histórico.
Sócrates, segundo Platão
 Platão (428-347 a.C.) conheceu Sócrates quando este contava 
com 60 anos e ele com 20 anos.
 Seu nome era Aristócles e pertencia a uma família 
aristocrática.
 Conviveu com seu mestre por quase uma década.
 Escreveu cerca de 30 diálogos, nos quais Sócrates aparece 
em sua maioria.
 Por ser filósofo, seus escritos são os mais confiáveis para 
conhecer o “verdadeiro” Sócrates.
Interatividade
Sobre Platão e Sócrates é correto afirmar:
a) Sócrates não existiu, foi apenas um personagem de Platão.
b) Sócrates escrevia em forma de versos e Platão em forma de 
diálogos. 
c) Platão não existiu, foi apenas um personagem de Sócrates.
d) Platão escreveu vários diálogos nos quais Sócrates aparece 
em sua maioria.
e) Não há certeza nem sobre a existência de Sócrates, 
nem de Platão.
Sócrates: lemas
 Trouxe a Filosofia do céu para terra.
 Preocupação com questões antropológicas e não mais 
cosmológicas.
Tinha como lemas:
 “Só sei que nada sei”.
 “Conhece-te a ti mesmo” (inscrição délfica).
 “Nada em excesso”.
 “Só há um bem: o conhecimento. E um mal: a ignorância”.
 “Uma vida sem exame não vale a pena ser vivida”.
Sócrates: acusação
 Quando contava com cerca de setenta anos foi chamado ao 
tribunal de Atenas.
O poeta Meletos fez uma acusação: 
 Sócrates é culpado por corromper a juventude e não acreditar 
nos deuses da cidade. Solicita-se a pena de morte.
 A acusação tinha apoio do orador Licon e do rico político 
Anito.
 Vamos ver a explicação do próprio Sócrates.
Apologia de Sócrates
 Discurso de Sócrates perante o tribunal de Atenas em 399 a.C.
 Faz referência à acusação recente (Meletos).
 E a acusações antigas: boato espalhado pela comédia “As 
nuvens”, de Aristófanes.
 “Sócrates é réu de pesquisar indiscretamente o que há sob a 
terra e nos céus, de fazer com que prevaleça a razão mais 
fraca e de ensinar aos outros o mesmo comportamento” 
(PLATÃO, “Apologia de Sócrates”).
Apologia de Sócrates
 Os acusadores falam (acusações recentes) e depois Sócrates 
começa a fazer a sua defesa.
 “Não sei, atenienses, que influência exerceram meus 
acusadores em vosso espírito; a mim próprio, quase me 
fizeram esquecer quem sou, tal a força de persuasão de sua 
eloquência. Verdade, porém a bem dizer, não proferiram 
nenhuma” (PLATÃO, “Apologia de Sócrates”).
Apologia de Sócrates
 Sócrates diz:
 “Um de vós poderia intervir: ‘Afinal Sócrates, qual é a tua 
ocupação? Donde procedem as calúnias a teu respeito? 
Naturalmente, se não tivesses uma ocupação muito fora do 
comum, não haveria esse falatório, a menos que praticasses 
alguma extravagância. Dize-nos, pois, qual é ela, para que não 
façamos nós um juízo precipitado’[...] Alguns de vós achareis, 
talvez, que estou gracejando, mas não tenhais dúvidas: eu vós 
contarei toda a verdade” (PLATÃO, “Apologia de Sócrates”).
Apologia de Sócrates
 Relata a consulta que Querefonte fez ao Oráculo de Delfos.
 “Ora, certa vez, indo a Delfos [Querefonte ], arriscou essa 
consulta ao oráculo – repito senhores; não vós amotineis – ele 
perguntou se havia alguém mais sábio que eu; respondeu a 
Pítia que não havia ninguém mais sábio. Para testemunhar 
isso, tendes aí o irmão dele, porque ele já morreu” (PLATÃO, 
“Apologia de Sócrates”).
 Qual a importância do Oráculo de Delfos na Grécia Antiga?
Oráculo de Delfos
 Templo localizado na cidade de Delfos, na Grécia.
 “Conhece-te a ti mesmo” (inscrição délfica).
 A sacerdotisa (Pítia) profetizava em nome do deus Apolo.
 Mascava folhas de louro, respirava vapores exalados do chão 
e, em transe, respondia.
 Apolo: deus da luz, da razão, da harmonia, do conhecimento.
Ruínas dooráculo de Delfos 
Ruínas do Templo de Delfos.Foto de Vladimir Fernandes (2012).
Apolo 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Apolo
Oráculo de Delfos
 Algumas respostas eram dúbias e enigmáticas. 
Exemplos: 
 Rei Creso da Lídia fez um desafio ao oráculo.
 O que faria cem dias depois da consulta?
Depois, confiante perguntou: 
 Deveria guerrear com a Pérsia?
 Diante da invasão persa, em 480 a.C., o oráculo foi consultado 
pelos gregos.
 “Apenas a muralha de madeira resistirá”.
 O oráculo (deus Apolo) declara Sócrates o homem mais sábio.
Sócrates: defesa
Sócrates invoca em sua defesa duas testemunhas respeitadas, 
mas ausentes:
Querefonte era conhecido e respeitado, mas está morto. 
O deus Apolo, mesmo que presente, está invisível e não fala em 
defesa de Sócrates. 
“Ora, a pitonisa respondeu que não havia ninguém mais sábio. 
Em verdade, ouvindo isso, pensei: que queria dizer o deus e 
qual é o sentido de suas palavras obscuras? Sei bem que não 
sou sábio, nem muito nem pouco: o que quer dizer, pois, 
afirmando que sou o mais sábio? Certo não mente, não é 
possível” (PLATÃO, “Apologia de Sócrates”).
Interatividade
O lema “só sei que nada sei”, repetido por Sócrates, significa 
que ele:
a) Não queria saber. 
b) Acreditava ser impossível o saber. 
c) Admitia não saber tudo. 
d) Defendia que só os deuses poderiam saber. 
e) Sabia que sabia tudo. 
Sócrates: defesa
 Sócrates não se considerava o mais sábio.
 “Por longo tempo fiquei nessa incerteza sobre o sentido; por 
fim, muito contra meu gosto, decidi-me por uma investigação, 
que passo a expor” (PLATÃO, “Apologia de Sócrates”).
 Passou a investigar aqueles que se diziam sábios.
Apologia de Sócrates
 Dialogou com os políticos.
 Parecem sábios, mas não são.
 “Parece, pois, que eu seja mais sábio do que ele, nisso –
ainda que seja pouca coisa: não acredito saber aquilo que não 
sei. Depois desse, fui a outro daqueles que possuem ainda 
mais sabedoria que esse, e me pareceu que todos são a 
mesma coisa. Daí veio o ódio também deste e de muitos 
outros” (PLATÃO, “Apologia de Sócrates”).
Apologia de Sócrates
 Dialogou com os poetas.
 Dizem muitas coisas belas por inspiração, mas nada sabem 
do que dizem.
 Dialogou com os artesãos.
 Por praticar bem a sua arte acham que sabem também dos 
outros assuntos, mas não sabem.
 “Essa ocupação não me permitiu lazeres para qualquer 
atividade digna de menção nos negócios públicos nem nos 
particulares; vivo numa pobreza extrema, por estar a serviço 
do deus” (PLATÃO, “Apologia de Sócrates”).
Apologia de Sócrates
 “Além disso, os moços que espontaneamente me 
acompanham [...] imitam-me muitas vezes; nessas ocasiões, 
metem-se a interrogar os outros; suponho que descobrem 
uma multidão de pessoas que supõem saber alguma coisa, 
mas pouco sabem, quiçá nada. Em consequência, os que eles 
examinam se exasperam contra mim e não contra si mesmos, 
e propalam que existe um tal Sócrates, um grande miserável, 
que corrompe a mocidade” (PLATÃO, “Apologia de 
Sócrates”).
Justificativa de Sócrates
 “Atenienses, eu vos sou reconhecido e vos quero bem, mas 
obedecerei antes ao deus que a vós; enquanto tiver alento e 
puder fazê-lo, jamais deixarei de filosofar, de vos dirigir 
exortações, de ministrar ensinamentos em toda a ocasião 
àquele de vós que eu deparar dizendo-lhe o que costumo 
dizer [...]”.
 “Tais são as ordens que o deus me deu, ficai certos. E eu 
acredito que jamais aconteceu à cidade maior bem que minha 
obediência ao deus” (PLATÃO, “Apologia de Sócrates”).
Daimon de Sócrates
 Eudaimonía = felicidade, “ter um bom demônio”.
 Demônio, daimon, gênio de Sócrates.
 “[...] uma inspiração que me vem de um deus ou de um gênio, 
da qual Meleto fez caçoada na denúncia. Isso começou na 
minha infância; é uma voz que se produz e, quando se produz, 
sempre me desvia do que eu vou fazer, nunca me incita. Ela é 
que me barra a atividade política” (PLATÃO, “Apologia de 
Sócrates”).
Análise da votação
 Foi julgado por um júri popular sorteado de 501 cidadãos.
 281 votos de acusação.
 220 votos de inocência.
 Faltaram 31 votos para que fosse absolvido.
 Discussão das penas.
 Sócrates diz:
 “Ora, o homem propõe a sentença de morte. Bem; e eu que 
pena vos hei de propor em troca, Atenienses?”
Sócrates queria morrer?
 Sócrates diz que não merece nenhuma pena, portanto, não 
propõe ser preso ou ser desterrado.
 Defende que deve ser tratado como um benfeitor da cidade e, 
dessa forma, merece ser sustentado pelo Estado, como se 
faziam com os heróis de guerra. 
 “Se tivesse dinheiro estipularia uma multa dentro das minhas 
posses [...] talvez vos possa pagar uma mina de prata [...] Mas 
aí está Platão, Atenienses, com Critão, Critobulo e Apolodoro, 
mandando que estipule trinta minas, sob sua fiança. Estipulo 
pois essa quantia [...]” (PLATÃO, “Apologia de Sócrates”).
Foi condenado à morte
 “Bem, é chegada a hora de partimos, eu para a morte, vós 
para vida. Quem segue melhor rumo, se eu, se vós, é segredo 
para todos, menos para a divindade.”
 Sócrates ficou preso por trinta dias até a execução da 
sentença.
 “Morrerá injustamente”, disse-lhe Xantipa.
 “Queria que eu morresse justamente?”
Foi condenado à morte
Não se deve temer a morte:
 Ou é como um sono sem sonhos e sem despertar ou é uma 
mudança para outro lugar, segundo a tradição para o Hades.
 No primeiro caso não há o que temer.
 No segundo caso, que bem maior poderia existir?
 Chegando lá encontraria os verdadeiros juízes, os heróis, os 
antigos companheiros, encontraria Hesíodo, Homero, Ulisses, 
Sísifo, entre outros.
 Encontraria um entretenimento maravilhoso, passaria o tempo 
examinando e interrogando os de lá.
“A morte de Sócrates”
“The Death of Socrates”, Jacques-Louis David, 1787
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/The_Death_of_Socrates 
“A morte de Sócrates”
Suas últimas palavras:
 “Críton, devemos um galo a Asclépio; 
não te esqueças de pagar essa 
dívida” (PLATÃO, “Fédon”).
Asclépio. Deus da medicina. Museu do Vaticano. Roma. 
Foto de Vladimir Fernandes, 2012.
Interatividade
Sobre o julgamento de Sócrates é correto afirmar:
a) Sócrates admitiu ser culpado. 
b) Sócrates renunciou as suas ideias para não ser condenado. 
c) Sócrates escreveu e leu a sua defesa no tribunal. 
d) Sócrates manteve suas ideias e foi condenado. 
e) Sócrates foi condenado, mas acabou fugindo da prisão. 
Sofistas
 Sofistas: de sophos, “sábio”, “professor de sabedoria”.
 Foram contemporâneos de Sócrates e Platão.
 Na assembleia democrática é necessário falar bem.
 Democracia direta.
 Aristocracia tinha ócio (skholê) para estudar, pensar, 
participar.
 O grupo dos comerciantes tinha negócio (“negação do ócio”).
 Mas com a ascensão econômica, sentiram necessidade de 
fazer valer seus interesses na ágora. 
Sofistas
 Contratam os sofistas.
 A atividade dos sofistas vem ao encontro dos comerciantes 
mais ricos.
 Ao cobrarem pelas suas aulas, os sofistas a tornam acessível 
para aqueles que poderiam pagar. 
 A própria aristocracia poderia dispor de seus serviços e se 
aprimorar ainda mais para a atividade política.
 Os sofistas foram considerados os fundadores da ciência da 
educação e contribuíram para a formação da democracia.
Sofistas
 Sofista – caráter pejorativo.
São criticados por Sócrates e Platão:
 “Mercenários do saber”: por cobrarem para ensinar.
 Não compromisso com a verdade.
 Ensinam a artedo convencimento (retórica).
 Alguns dos sofistas mais conhecidos foram Híppias, de Élis; 
Górgia, de Leôncio; Protágoras, de Abdera.
Sócrates e os sofistas
 Sócrates: busca da verdade por meio da definição dos 
conceitos. 
 Oposição aos sofistas.
 “O homem é a medida de todas as coisas, da existência das 
que existem e da não existência das que não existem” –
Protágoras (PLATÃO, “Teeteto”).
 As coisas são como aparecem a cada um. Todo conhecimento 
é relativo, não verdade universal.
Sócrates e os sofistas
 Quando Sócrates solicitava que seus contemporâneos lhe 
definissem algum conceito, eles lhe apresentavam elementos 
particulares. Exemplo:
 Sócrates pergunta ao sofista Hípias: o que é a beleza?
 Ele lhe diz que é uma bela jovem.
 Sócrates pergunta se uma égua também não seria bela? 
 E uma lira? 
 E uma panela bem fabricada?
Método socrático
 Ironia: “ação de interrogar fingindo ignorância; dissimulação”.
 Sócrates fingia não saber ou de fato não sabia das coisas? 
 Maiêutica: “ciência ou arte do parto” (HOUAISS, 2001). 
 Tal como sua mãe, Fenareta, que era parteira, Sócrates 
começou a afirmar que também praticava a sua maiêutica. 
 Sócrates está em busca de conceitos universais e não 
exemplos particulares.
Método socrático
 O que Sócrates fazia? 
 Dirigia-se as pessoas, interrogava-as e dialogava com elas. 
 “Mas por que interrogar em vez de expor?” (WOLLF).
 Sócrates buscava o diálogo, fazer com que os outros 
falassem, buscava entender o ponto de vista do outro para 
verificar se concordava ou não. 
 Também buscava demonstrar seu ponto de vista e só 
avançava à medida que seu interlocutor concordava. Daí que 
não visava a informar, mas formar. 
Atualidade do dialogar socrático 
A palavra diálogo significa: 
 diá = entre, + lógos = palavra, razão. 
 “Fala em que há a interação entre dois ou mais indivíduos” 
(HOUAISS).
 No diálogo, as palavras são faladas e escutadas entre duas ou 
mais pessoas. 
 Ouvir é uma função biológica do ouvido. 
 Escutar implica em prestar atenção ao som ouvido, visando a 
entender. 
Atualidade do dialogar socrático 
 Dialogar implica em falar e escutar uns aos outros.
 Sócrates dialogava de forma investigativa com seus 
contemporâneos. 
 Esse é, de um modo geral, o próprio papel da educação: a 
passagem da doxa para a epistéme, do mundo da aparência 
para o mundo do conhecimento. 
Esforços necessários para a prática do diálogo:
 dizer exatamente o que se pretende dizer;
 escutar e entender o que os outros dizem;
 formular questões e hipóteses;
Atualidade do dialogar socrático 
 dar razões para suas afirmativas ou para suas concordâncias 
e discordâncias;
 rebater, com argumentos, as discordâncias dos outros;
 autocorrigir-se, quando convencidos pelos argumentos dos 
outros;
 fazer análise e síntese a todo momento;
 elaborar mentalmente tudo isso e ser capazes de expressar 
verbalmente esse conjunto de elaborações (LORIERI, 2002). 
 A prática educacional pode se beneficiar do modo socrático 
de dialogar. 
Interatividade
Sobre os sofistas é correto afirmar:
a) Foram elogiados por Sócrates e Platão. 
b) Usavam como método a ironia e a maiêutica. 
c) Sócrates foi o maior de todos os sofistas. 
d) Buscavam a verdade e filosofavam para todos gratuitamente. 
e) Possuíam a arte de argumentar e costumavam cobrar pelas 
aulas. 
ATÉ A PRÓXIMA!

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