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Unidade 3 Biomecânica Aplicada Ao Esporte

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Unidade III
Unidade III
5 BIOMECÂNICA DA GINÁSTICA
A ginástica é o nome dado há um conjunto de movimentos feitos em determinada sessão de treino 
para diferentes fins:
• condicionar o corpo;
• educar o corpo para o movimento;
• corrigir posturas que provocam dores;
• desafiar o corpo para controle do equilíbrio em movimentos complexos, entre outros.
Muitos foram os objetos atribuídos à ginástica ao longo de sua história (BROCHADO; BRACHADO, 
2005), e, por meio desses diferentes objetivos, várias modalidades de ginástica foram criadas.
As modalidades que exigem maior controle de equilíbrio, além de força e flexibilidade, são as vistas em 
competições olímpicas, ginástica artística e ginástica olímpica ou acrobática (MOCHIZUKI; AMADIO, 2007). 
O treino do controle de equilíbrio é bastante relevante para esse tipo de modalidade (LAMB et al., 2014), 
assim, os fatores biomecânicos que interferem no controle do equilíbrio e os princípios do treinamento 
proprioceptivo que organizam o controle motor para esse fim serão estudados neste capítulo.
Além de auxiliar atletas de alto nível, o treinamento proprioceptivo também é muito usado em 
academias para melhorar a postura estática e dinâmica do movimento, particularmente em condições 
de reabilitação de lesões musculoesqueléticas.
Existem várias modalidades de ginástica de academia, entretanto, as mais antigas e que ainda 
perduram são as que têm step e aeróbica. Apesar de elas não alcançarem o nível de competição de uma 
Olimpíada, existem competições locais que priorizam a performance das sequências de movimentos 
complexos aprendidas nessas modalidades.
Para entender o efeito que os movimentos das ginástica aeróbica e step causam no aparelho 
locomotor, é necessário mensurar o impacto da atividade e entender como controlá-lo – particularmente 
em aulas nas quais o volume de cargas mecânicas e a intensidade variam de acordo com o tipo de 
movimento e a velocidade da música.
É necessário ainda considerar que os praticantes de step e aeróbica incluídos na mesma sala de 
aula nem sempre têm o mesmo condicionamento físico e controle de movimento para reproduzir os 
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gestos motores dessas práticas de exercícios com técnica correta. Dessa forma, esses fatores devem 
ser entendidos para a elaboração de sequências de treino condizentes com o condicionamento físico, 
muitas vezes heterogêneo de uma turma.
5.1 Ginástica olímpica e artística: biomecânica do equilíbrio
Para determinar o posicionamento do centro de massa do corpo utilizam-se os conceitos da área 
da biomecânica, denominada de antropometria. Esta tem como objetivo determinar as características 
físicas do aparelho locomotor pela utilização de modelos antropométricos (AMADIO; DUARTE, 1996; 
AMADIO; SERRÃO, 2007).
A partir do registro de medidas corporais, como comprimento do corpo, peso corporal e diâmetros 
de partes específicas determinadas em cada modelo antropométrico, é possível calcular:
• as forças internas, tais como os torques internos, as forças musculares e articulares;
• o local do centro de massa de cada segmento e do corpo em diferentes posturas.
Com a obtenção desses parâmetros, pode-se definir a sobrecarga em cada estrutura do corpo, bem 
como verificar o posicionamento corporal para fazer considerações sobre a estabilidade do corpo no 
movimento (AMADIO; DUARTE, 1996, AMADIO; SERRÃO, 2007).
A estabilidade do corpo nos movimentos esportivos, tais como na ginástica olímpica ou rítmica, é 
conseguida quando os executores do movimento têm grande capacidade de controlar o equilíbrio. Mas, 
como um atleta de uma dessas modalidades consegue se manter parado com o apoio da porção anterior 
de um dos pés no solo? Como tem estabilidade para permanecer por um tempo no apoio invertido? E 
nas sequências de trave, como é possível saltar, girar, abaixar e levantar sem perder o equilíbrio corporal? 
Quais fatores interferem no controle do equilíbrio do corpo?
O equilíbrio corporal sofre influência de fatores como posição do centro de massa do corpo, 
quantidade de massa, base de apoio e localização vertical do centro de massa em relação à base de 
apoio (HALL, 2013).
 Lembrete
O centro de massa é o ponto de equilíbrio do objeto ou segmento 
corporal. Ao redor desse ponto, a distribuição de massa do objeto ou 
segmento se dá de forma homogênea. Portanto, se o objeto ou segmento 
for suspenso por um fio exatamente pelo centro de massa, ele ficará em 
equilíbrio (MCGINNIS, 2015; HALL, 2013).
A posição do centro de massa de um corpo ou um objeto é determinada pela distribuição de massa 
em torno desse ponto e ela sempre será homogênea. Observe as ilustrações da figura a seguir:
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Figura 65 – Ilustração da localização do centro de massa (ponto vermelho) de objetos
O ponto vermelho representa o centro de massa de cada objeto. Repare que nem sempre esse ponto 
está no meio do objeto. Veja o exemplo da pá.
Pelo fato de o cabo de madeira pesar menos do que a parte de ferro da pá, a tendência é que o centro 
de massa desse objeto fique mais deslocado para a área que pesa mais. Lembre-se de que a determinação 
do ponto de equilíbrio depende da relação dos torques ao redor desse ponto, que deve tender a zero. Veja 
o exemplo da figura a seguir para entender a localização do centro de massa de uma pá:
15 N
↓
60 N
↓
40 cm 10 cm
(15 N) (40 cm) = (60 N) (10 cm)
600 N - cm = 600 N-cm
Figura 66 – Aplicação do conceito de torque para localização do centro de massa de objetos ou segmentos
Como a caixa A pesa mais do que a caixa B, para determinar o ponto de equilíbrio do sistema, 
é preciso manipular as distâncias dos braços de alavanca. Para garantir o equilíbrio, a somatória de 
torques ao redor do eixo do sistema deve ser igual a zero. Então, como a caixa A pesa mais, sua distância 
em relação ao eixo (ou ponto de equilíbrio) deve ser menor. Como a caixa B pesa menos, sua distância 
em relação ao ponto de equilíbrio do sistema deve ser maior. Assim, a somatória dos torques será zero e 
o sistema permanece em equilíbrio.
É possível perceber também na figura 65 que, às vezes, o centro de massa do objeto não fica sobre 
o corpo do objeto, como mostrado no taco de golfe. Além da distribuição de massa no eixo longitudinal 
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do objeto, é preciso entender que, por ter uma extremidade de ferro similar a um gancho e por essa 
extremidade pesar mais do que o cabo do taco, a distribuição de massa de forma homogênea ocorrerá com 
o deslocamento do centro de massa mais próximo da extremidade de gancho e mais lateral em relação ao 
eixo longitudinal do objeto. Por isso, verifica-se o centro de massa do corpo do objeto fora dele.
Como dito anteriormente, a localização do centro de massa do corpo pode ser feita com o uso 
de modelos antropométricos, protocolo definido por pesquisadores, que, por meio de estudos com 
cadáveres, usaram a relação ilustrada na figura anterior para definir a posição do centro de massa de 
cada segmento. Entenda esse conceito com a leitura do passo a passo da localização do centro de massa 
do corpo usando o modelo antropométrico de segmentação proposto por Hay (1981).
Inicialmente, o movimento deve ser filmado ou fotografado e suas principais fases deverão ser 
separadas para análise. Aposição do sujeito em cada fase do movimento que se deseja analisar deverá 
ser impressa em uma folha de papel milimetrado (figura a seguir).
Em seguida, a marcação com régua e caneta de cada linha que representa o comprimento de cada 
segmento do corpo deve ser traçada. Lembre-se que o tamanho do segmento será representado por 
uma linha traçada entre as epífises distal e proximal dos segmentos.
Em seguida, o centro de massa de cada segmento deverá ser marcado em acordo com os pontos de 
referência destacados no modelo de Hay (1981):
• para o segmento cabeça: vértice ou inserção do queixo com o pescoço;
• para o segmento tronco: apêndice supraesternal ou ponto central entre os eixos do quadril;
• para o segmento braço: articulação do ombro ou do cotovelo;
• para o segmento antebraço: articulação do cotovelo ou do punho;
• para o segmento mão: articulação do punho ou terceiro dedo da mão;
• para o segmento coxa: articulação do quadril ou do joelho;
• para o segmento perna: articulação do joelho ou do tornozelo;
• para o segmento pé: calcanhar ou ponta do dedo maior do pé (hálux).
Repare que para cada segmento é preciso escolher um dos lados. Por exemplo, para determinar o 
centro de massa do segmento braço, é preciso escolher como referência ou a articulação do ombro 
ou a articulação do cotovelo. A escolha de um dos lados do segmento depende de qual porcentagem 
será usada para o cálculo do centro de massa do segmento. Veja a tabela a seguir, elaborada a partir de 
informações presentes na obra de Hay (1981):
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Quadro 1 – Localização do centro de gravidade dos segmentos corporais
Segmento Localização do centro de gravidade dos segmentos expressos como porcentagem da distância total entre os pontos de referência
Cabeça 46,4% do vértice ou 53,6 da intersecção do queixo com o pescoço
Tronco 38% do apêndice supraesternal ou 62% do ponto central entre os eixos do quadril
Braço 51,3% do eixo do ombro ou 48,7% do eixo do cotovelo
Antebraço 39% do eixo do cotovelo ou 61% do eixo do punho
Mão 18% do eixo do punho ou 82% do terceiro dedo
Coxa 37,2% do eixo do quadril ou 62,8% do eixo do joelho
Perna 37,1% do eixo do joelho ou 62,9% do eixo do tornozelo
Pé 44,9% do calcanhar ou 55,1% da ponta do dedo maior
Suponha que o comprimento do braço direito, representado pela linha traçada entre cotovelo e 
ombro na figura impressa em papel milimetrado, foi de 1,5 cm. É possível multiplicar esse valor por 
51,3% referente ao ombro, ou por 48,7%, referente ao cotovelo. Se a escolha for pela porcentagem 
do ombro, para marcar o resultado da multiplicação entre 1,5 cm e 51,3% no papel milimetrado, o 
valor zero da régua necessariamente deve estar sobre o ombro. Se a escolha for pela porcentagem do 
cotovelo, para marcar o resultado da multiplicação entre 1,5 cm e 48,7% no papel milimetrado, o valor 
zero da régua necessariamente deve estar sobre o cotovelo. É possível perceber que o braço tem um 
pouco mais de massa na região da epífise proximal do que na região da epífise distal.
Esse procedimento de localizar o centro de massa de cada segmento deverá ser repetido para todos 
os segmentos do corpo. Na sequência, deve-se traçar duas linhas fora da figura, uma vertical e do lado 
direito da figura, que representará o eixo Y; e outra horizontal e abaixo da figura, que representará o 
eixo X. Vejá a figura a seguir:
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y
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10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
x
Figura 67 – Procedimento para localização do centro de massa do corpo. Linhas pretas definem o comprimento dos segmentos; 
estrelas vermelhas indicam o centro de massa de cada segmento calculado e marcado em acordo com o quadro 1; estrela azul, centro 
de massa do corpo calculado com o método de segmentação de Hay
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A tabela a seguir deverá ser preenchida com as coordenadas em X e em Y para cada centro de massa 
encontrado em cada segmento. Por exemplo, o centro de massa do braço direito na figura analisada 
está a 3,1 cm no eixo X, então, coloca-se esse valor na tabela, na coluna definida como posição em X. 
O mesmo ponto, centro de massa do braço direito, na figura, está a 10,1 cm no eixo Y, então coloca-se 
na tabela esse valor, na coluna posição em Y. Esse passo deverá ser repetido para todos os segmentos 
até o preenchimento total das colunas posição em X e posição em Y da tabela.
Tabela 1 – Obtenção das coordenadas X e Y para o movimento arabesque e cálculos do 
torque em X e em Y para determinação do centro de massa do corpo
Segmentos Peso relativo Posição em X Torque em X Peso relativo Posição em Y Torque em Y
Cabeça 0.073 4,5 0,33 0.073 10,5 0,77
Tronco 0.507 4,0 2,03 0.507 8,3 4,20
Braço E 0.026 5,8 0,15 0.026 9,2 0,24
Antebraço E 0.016 6,9 0,11 0.016 9,2 0,15
Mão E 0.007 8,0 0,05 0.007 9,1 0,06
Braço D 0.026 3,1 0,08 0.026 10,1 0,26
Antebraço D 0.016 2,4 0,04 0.016 11,2 0,18
Mão D 0.007 1,7 0,01 0.007 12,2 0,08
Coxa E 0.103 5,7 0,6 0.103 7,6 0,79
Perna E 0.043 9,1 0,4 0.043 8,0 0,34
Pé E 0.015 11,3 0,17 0.015 8,7 0,13
Coxa D 0.103 5,5 0,6 0.103 5,5 0,56
Perna D 0.043 5,4 0,23 0.043 3,0 0,13
Pé D 0.015 5,3 0,08 0.015 1,1 0,01
Resultado do 
torque em X 4,9
Resultado do 
torque em Y 7,9
Feito isso, os valores da coluna peso relativo deverão ser multiplicados pelos valores encontrados 
na posição em X e em Y. Considerando a linha do braço direito na tabela, o valor do peso relativo 
0,026 deverá ser multiplicado pelo valor da posição em X, 3,1 cm, e o resultado dessa conta deverá 
ser escrito na coluna torque em X, 0,08. Ainda para a linha do braço direito, o valor do peso relativo 
0,026 deverá ser multiplicado pelo valor da posição em Y, 10,1 cm, e o resultado dessa conta deverá 
ser escrito na coluna torque em Y, 0,26. Novamente, esses cálculos devem ser repetidos para todos os 
segmentos até completarem as linhas da tabela.
Finalmente, com a soma dos valores da coluna torque em X, encontra-se a posição do centro de 
massa do corpo na posição X. Com a soma dos valores da coluna torque em Y, encontra-se a posição 
do centro de massa do corpo na posição Y. Após cálculos dos valores mencionados, estes deverão ser 
anotados na figura (estrela azul da figura anterior). Com isso, encontra-se a localização do centro de 
massa do corpo para essa posição.
Caso haja interesse em descobrir o deslocamento do centro de massa do corpo em um movimento, 
basta fazer todo esse procedimento para uma sequência de figuras que o representem.
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Exemplo de aplicação
Para analisar o deslocamento do centro de massa do corpo de uma ginasta no movimento de mortal 
para a frente sobre a trave, siga as seguintes etapas:
1) filme a ginasta executando o salto mortal para a frente sobre a trave;
2) com o auxílio de um programa de edição de vídeo, separe cinco imagens que indiquem as principais 
fases desse movimento;
3) para cada fase, aplique todo o procedimento do método de segmentação de Hay (1981), 
encontrando o centro de massa do corpo em cada fase do movimento;
4) junte as fases analisadas na sequência correta de execução do movimento e ligue os pontos que 
representam o centro de massa corpo. O deslocamento do centro de massa do corpo no movimento será 
traçado em forma de um gráfico.
Quando se analisa com a cinemática o deslocamento do centro de massa do corpo em um movimento, 
como feito por Williams e Cavanagh (1987), ao relacionarem o deslocamentovertical do centro de massa 
do corpo com o rendimento da corrida (figura 59), o software usado para armazenamento e análise do 
movimento registrado por câmeras é alimentado com informações antropométricas do sujeito para 
aplicação de um modelo antropométrico escolhido pelo pesquisador do estudo. Com isso, todo esse 
cálculo à mão demonstrado anteriormente é feito automaticamente pelo software do computador, 
reduzindo o tempo para analisar e discutir os resultados do estudo. Portanto, percebe-se que o uso de 
modelos antropométricos associados com outra metodologia da área da Biomecânica é muito comum 
para a análise de movimentos.
Após definir a posição do centro de massa do corpo para fazer considerações sobre o controle do 
equilíbrio, é preciso discorrer sobre os demais fatores citados no início dessa sessão: quantidade de 
massa, base de apoio e localização vertical do centro de massa em relação à base de apoio (HALL, 2013).
A quantidade de massa corporal pode influenciar a força que deverá ser aplicada a um corpo para 
movimentá-lo e, assim, tirá-lo de seu estado de equilíbrio. Apesar da sessão discutir os movimentos da 
ginástica olímpica e artística, a modalidade de luta sumô é a mais ilustrativa para o entendimento da 
quantidade de massa no equilíbrio corporal.
O objetivo da luta sumô é derrubar o lutador ou empurrá-lo para fora da área de combate. Para 
ambos movimentos, o lutador que aplicar o golpe deverá necessariamente desequilibrar o oponente. 
Sabendo que a massa corporal dos lutadores é substancialmente maior do que a de um sujeito não 
obeso, esta torna o controle de equilíbrio corporal desses atletas mais eficiente, pois, para movimentá-lo 
ou romper o equilíbrio, será necessário aplicar uma força muito alta.
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BIOMECÂNICA APLICADA AO ESPORTE
A quantidade de massa corporal para essa modalidade esportiva torna-se uma característica física 
importante para se defender dos golpes dos oponentes e garantir a estabilidade do praticante para 
ganhar uma luta.
Entretanto, na ginástica, outros fatores são mais importantes para controlar o equilíbrio, como, por 
exemplo, o tamanho da base de apoio.
A quantidade de pontos de apoio entre o chão e o corpo e a área ao redor desse ponto determinam 
a base de apoio entre um ginasta e o ambiente.
Quando um sujeito começa a praticar os movimentos da ginástica, como o apoio invertido, é comum 
verificar o uso das mãos e da cabeça como base de apoio do movimento antes de levantar as pernas 
do chão para se manter em equilíbrio. Com três apoios formando a base desse movimento, a área que 
delimita o espaço pelo qual o centro de massa do corpo pode oscilar é bem grande, e a possibilidade de 
ter sucesso na tarefa, que tem por objetivo manter o corpo parado em apoio invertido, é maior.
Para entender o significado da oscilação do centro de massa na base de apoio, imagine que você está 
em pé sobre uma cartolina branca e circula o espaço entre seus pés com uma linha pontilhada, como 
demonstrado na figura a seguir, em seu lado esquerdo.
Figura 68 – Projeção do centro de massa em diferentes tamanhos de base de apoio
Ao mesmo tempo, você segura uma lanterna encostada na região da cicatriz umbilical de seu corpo, 
com a luz vermelha da lanterna acesa e direcionada para o chão. Você verá que, nessa condição, a luz 
da lanterna ficará dentro da área delimitada pela linha tracejada entre seus pés.
No entanto, se você remover o pé esquerdo do solo e ficar equilibrado somente sobre o pé direito 
(apoio unipodal, ilustração à direita da figura anterior), a luz vermelha obrigatoriamente se deslocará 
para dentro de sua nova base de apoio, ou seja, ficará no centro do seu pé direito.
Com isso, é possível perceber que o centro de massa do corpo oscila dentro da base de apoio criada 
para o movimento ou postura adotada. Essa base de apoio é estabelecida não só pelos pontos de apoio 
do corpo com o solo, mas também pela área ao redor desses pontos. Se, por acaso, a luz da lanterna 
projetada no solo ultrapassar o limite (linha tracejada) da área delimitada ao redor dos pontos de apoio, 
obrigatoriamente o sujeito, para não cair, dará um passo para a direção da força que o deslocou.
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Com a explicação da projeção do centro de massa na cartolina em diferentes posições é possível 
entender as etapas necessárias para o ginasta aprender a controlar o equilíbrio corporal na parada de mão.
Imagine se o sujeito já iniciasse o aprendizado do movimento de parada de mão com o apoio das 
mãos. Com somente dois pontos de apoio para formar a base de sustentação, a capacidade de controle 
do equilíbrio com o corpo em posição invertida precisaria ser bem maior do que na situação anterior 
(com três apoios: parada de cabeça), porque a área pela qual o centro de massa do corpo poderia oscilar 
seria bem mais restrita.
A distância vertical do centro de massa do corpo em relação ao solo é outro fator importante 
a ser considerado para o controle do equilíbrio na ginástica. Não é difícil observar em sequências 
acrobáticas de atletas do sexo masculino na prova de solo a execução do seguinte exercício: o atleta 
apoia as mãos no solo bem afastadas, faz a parada de mãos com os quadris em abdução e, em posição 
invertida, aduz os quadris para unir as pernas, controla o equilíbrio nessa posição e finalmente faz um 
rolamento para a frente.
Ao ficar em posição invertida e alterar a amplitude do movimento dos quadris, variando a posição 
das pernas de afastadas para unidas, o atleta desloca o centro de massa do corpo na vertical. Com 
as pernas afastadas, a massa dos segmentos coxa, perna e pé ficam mais próximas do solo, então, ao 
calcular a posição do centro de massa do corpo com o Método de Segmentação de Hay (1981), o ponto 
que o representa estaria mais próximo da parte superior do tronco. Na condição de pernas unidas, a 
massa dos segmentos coxa, perna e pé é deslocada para cima, então, a posição do centro de massa 
do corpo, calculada com o mesmo método indicado anteriormente, apresentaria um ponto na porção 
inferior do tronco. Lembre-se que o movimento está sendo analisado em posição invertida.
Mas como a posição vertical do centro de massa corporal afeta o controle do equilíbrio? Vamos 
aplicar novamente o conceito de torque, veja a figura a seguir.
 
CM
•
CM
•
Força
Distância em 
relação ao solo Distância em 
relação ao solo
Força
Figura 69 – Distância do centro de massa do corpo em relação ao solo e sua relação com o equilíbrio. Quanto maior e mais longe do 
solo a força for aplicada contra o corpo, maior a instabilidade
Quando o centro de massa está mais próximo do solo, a força necessária para girar o corpo 
em torno de seu eixo a fim de desequilibrar o atleta deverá ser maior. Caso contrário, o corpo 
permanecerá em equilíbrio.
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BIOMECÂNICA APLICADA AO ESPORTE
 Lembrete
Para entender o deslocamento de um corpo no espaço, lembre-se da 
Segunda Lei de Newton, que determina que quando um corpo sofre a ação 
de uma ou mais forças cujas resultantes são diferentes de zero, ele acelerará 
na direção da resultante da força, de forma proporcional a sua magnitude.
Considere a prova das ginastas na trave, quão desafiadora ela é. As atletas estão sobre um equipamento 
com base de apoio muito estreita e localizada a 1,25 metros de distância do solo, duas condições muito 
instáveis para o corpo. Sobre essa área, elas precisam realizar movimentos de saltos, giros e paradas em 
apoio unipodal.Quando certa atleta, na apresentação de sua rotina, realizar um salto, percebe que perdeu o controle 
sobre o equilíbrio corporal e aterrissa com os pés um na frente do outro sobre a trave; automaticamente, 
ela flexiona as articulações dos membros inferiores e posiciona os braços à frente do corpo, paralelos à 
trave. Essa estratégia serve para abaixar o centro de massa do corpo e, com o movimento dos braços, 
centralizá-lo em sua base de apoio, para manter-se sobre a trave em equilíbrio.
Portanto, a estratégia de flexionar as articulações dos membros inferiores para retomar o equilíbrio 
corporal explica como o conceito de torque pode ser importante para o controle da estabilidade do 
corpo. Um centro de massa corporal mais distante do solo é mais suscetível a oscilar em todas as 
direções, principalmente naquela na qual a área de delimitação da base de apoio é menor, e facilita a 
ação da gravidade ou de um oponente (no caso de lutas) no deslocamento do sujeito com a intenção de 
gerar instabilidade e perda do equilíbrio.
Apesar de todos os desafios intrínsecos da ginástica olímpica e artística, os sujeitos que a praticam 
são muito bem treinados para controlar o equilíbrio. Um dos treinamentos usados para esse fim é o 
treinamento proprioceptivo.
5.2 Treinamento proprioceptivo
O treinamento proprioceptivo tem por objetivo desestabilizar o corpo em exercícios, e, ainda assim, 
o executor do movimento deverá controlar o corpo para manter-se em equilíbrio (LAMB et al. 2014).
Em condições normais, o controle do corpo após um estímulo que perturba seu equilíbrio é possível 
com a participação dos sistemas visual, vestibular e somatossensorial (SHUMWAY-COOK; WOOLLACOTT, 
2010). Mas quem são esses sistemas? E o que eles fazem para controlar o equilíbrio?
O sistema visual fornece informações importantes sobre o posicionamento e a movimentação da 
cabeça adotando como referência a direção vertical. Assim, os objetos posicionados na vertical em 
relação ao nosso corpo, como portas e janelas, servem como inputs de informação visual para o equilíbrio 
(SHUMWAY-COOK; WOOLLACOTT, 2010).
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Unidade III
Se uma pessoa distraída está em pé em frente a uma porta aberta, e outra pessoa de repente fecha 
essa porta rapidamente, a primeira pessoa citada na frase terá a reação de inclinar o corpo para trás. 
Essa reação só é possível por conta da informação visual captada do meio. A aproximação da porta faz 
o corpo se proteger, inclinando para trás.
No entanto, imagine que a pessoa que inclinou para trás, por algum motivo, não pode tirar seus pés 
do lugar, não pode se mexer. Para não cair após a inclinação para trás, seus músculos posteriores serão 
acionados (encurtam) para projetarem o corpo para a frente e reestabelecerem o equilíbrio corporal. É 
dessa forma que o sistema visual auxilia o controle do equilíbrio.
O sistema vestibular, localizado no sistema auditivo, fornece informações sobre as forças de inércia e 
gravitacional que interagem com nosso corpo parado e em movimento. A situação de descer um andar 
de um prédio por uma escada rolante pode ilustrar a percepção dessas forças e o ajuste de equilíbrio do 
corpo (SHUMWAY-COOK; WOOLLACOTT, 2010).
Imagine que, ao se aproximar da escada rolante, a pessoa está caminhando mais lentamente do que 
a velocidade dessa escada. Se essa pessoa colocar o pé diretamente na escada rolante para descê-la, 
sem ajustar o passo, a escada, que está mais rápida que o corpo, projetará o pé de apoio da pessoa para 
a frente, e isso facilitará seu desequilíbrio para trás.
Além de segurar forte no corrimão da escada, o corpo da pessoa tende a ir para a frente, a fim de ajustar 
o desequilíbrio causado pela força da escada que projetou o corpo para trás. Todo esse comportamento 
só foi possível porque o sistema nervoso percebeu a aplicação de uma força maior sobre o corpo e, 
como resposta, acionou a musculatura para controlar essa força e manter o corpo em equilíbrio. Então, 
percebe-se que o sistema vestibular também é importante para controlar o equilíbrio corporal.
O sistema somatossensorial é formado por células receptoras proprioceptivas cutâneas e articulares 
que informam sobre a variação de forças que ocorrem dentro do nosso corpo (SHUMWAY-COOK; 
WOOLLACOTT, 2010).
Se, por exemplo, um sujeito, ao aterrissar após um salto, sentir sua perna fraca em relação à força que 
está recebendo do solo e perder a estabilidade para o controle do equilíbrio na aterrissagem do salto, é 
possível que tal impacto aplicado ao corpo esteja muito alto, e, como forma de proteção, o músculo do 
quadríceps relaxar para não ser demasiadamente estirado, o que poderia provocar uma lesão.
Este controle protetor só é possível por existirem no músculo células receptoras (fuso muscular 
e órgão tendinoso de Golgi) que informam o sistema nervoso central sobre a variação de tensão no 
músculo; assim, caso haja uma força muito alta incidindo ou sendo gerada pelo músculo, o SNC é 
informado e fornece uma resposta para controlar a carga mecânica sobre o corpo.
Da mesma forma como acontece para o controle de carga, quando o SNC é informado sobre as 
variações no comprimento músculo-tendíneo pelos receptores mecânicos e percebe que tal variação 
comprometerá o controle de equilíbrio, o SNC ativará os músculos devidos e relaxará os opostos para 
ajustar a postura do corporal e preservar o equilíbrio.
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Assim como o músculo, os componentes articulares e a pele também possuem células receptoras 
para informar:
• se um ligamento está mais alongado do que outro, denota distribuição irregular de força sobre a 
articulação e, por consequência, instabilidade articular;
• a quantidade de força aplicada em cada área da região plantar para o SNC saber se a distribuição 
de forças sobre o pé está homogênea ou se há indicação de perda de estabilidade sobre a base de 
apoio do movimento.
Essas informações obtidas dentro do próprio corpo sobre o posicionamento de suas partes que ajudam 
a regular o equilíbrio em posturas estáticas e dinâmicas são conhecidas por respostas proprioceptivas.
 Saiba mais
Para mais informações sobre os sistemas que controlam o equilíbrio, leia:
SHUMWAY-COOK, A; WOOLLACOTT, M. H. Controle motor: teoria e 
aplicações práticas. 3. ed. Barueri: Manole, 2010. 622 p.
Com base na definição dos sistemas visual, vestibular e somatossensorial, é possível entender que 
todas as informações obtidas desses sistemas chegam ao SNC, este as absorve e define uma resposta mais 
eficiente para ser executada pelos músculos a fim de controlarem a postura do corpo no movimento.
Mas quando essas respostas são perturbadas no exercício, o que ocorre? A perturbação do equilíbrio 
corporal é a forma usada pelo treinamento proprioceptivo para melhorar o controle motor e, por 
consequência, o controle do equilíbrio.
Se um músculo é treinado para reagir a uma determinada situação imposta por um exercício, quando 
algum movimento do cotidiano gerar uma perturbação similar sobre a estabilidade corporal, o músculo 
que treinou para reagir a essa situação o fará, e o risco de queda ou perda de estabilidade diminuirá. 
Então, o tempo para acionar o músculo e a sua intensidade de ação são fatores importantes a serem 
treinados para controle do equilíbrio após uma perturbação.
Veja o estudo de Borreani et al. (2014), que verificaram as diferenças na ativação dos músculos tibial 
anterior, fibular longo e sóleo quando 44 participantes do estudo executaram exercícios proprioceptivos 
distintos em relação à estabilidade e intensidade.
Os exercícios observados na figura aseguir foram considerados os mais estáveis pelos autores, 
porque a atividade eletromiográfica dos músculos tibial anterior, fibular longo e sóleo não foi alta e não 
variou entre as condições de estabilidade.
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Repare que, no exercício do lado direito, o sujeito está com os dois pés afastados lateralmente no 
solo, portanto a base de apoio do movimento é bem estável. No exercício do meio, a bola é usada para 
deixar a base de apoio mais instável, pois ela pode oscilar nos vários eixos; entretanto, com a bola e os 
dois pés apoiados no solo, a base de apoio fica muito grande e estável para o controle do equilíbrio. O 
exercício do lado esquerdo é o menos estável dos três apresentados nessa figura por ter embaixo de 
cada pé uma almofada de equilíbrio para gerar instabilidade postural; ainda assim, para os músculos 
estudados, a ativação muscular não variou em relação aos outros movimentos da figura.
Figura 70 – Exercícios proprioceptivos usados por Borreani et al. (2014) para verificar as diferenças na ativação dos músculos tibial 
anterior, fibular longo e sóleo em 44 sujeitos
 Observação
A almofada de equilíbrio é um acessório usado em aulas de treinamento 
proprioceptivo para gerar instabilidade ao corpo. Ela é feita de plástico 
vinílico, em formato de um círculo achatado, preenchida com ar.
Na figura a seguir estão ilustrados os exercícios que apresentaram ativação um pouco maior dos 
músculos tibial anterior, fibular longo e sóleo em relação à figura anterior. Note que, para aumentar 
a instabilidade do corpo e aumentar a ativação muscular, a base de apoio dos exercícios foi reduzida 
e, particularmente, na figura da direita, foi adicionada uma banda elástica para promover maior 
perturbação na direção horizontal anteroposterior do corpo.
Figura 71 – Exercícios proprioceptivos usados por Borreani et al. (2014) para verificar as diferenças na ativação dos músculos tibial 
anterior, fibular longo e sóleo em 44 sujeitos
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Essas manipulações, principalmente na direção anterior posterior do corpo, fizeram com que 
o músculo tibial anterior apresentasse maior ativação em relação aos demais músculos e exercícios 
verificados até o momento. O músculo fibular longo foi o segundo a apresentar aumento de atividade, 
possivelmente pela redução da base de apoio para unipodal, ocasionando o consequente aumento 
da oscilação do corpo na direção horizontal médio lateral. O sóleo foi o músculo que teve o menor 
aumento de ativação em relação aos demais estudados. A tração da banda elástica facilita a inclinação 
do corpo para trás, assim, o sóleo deve ser menos acionado, para não estender o tornozelo e facilitar a 
inclinação do corpo para trás, o que comprometeria o controle do equilíbrio corporal.
Figura 72 – Exercícios proprioceptivos usados por Borreani et al. (2014) para verificar as diferenças na ativação dos músculos tibial 
anterior, fibular longo e sóleo em 44 sujeitos
Na figura anterior, os exercícios que perturbaram mais a estabilidade corporal e que ativaram mais 
os músculos analisados no estudo são apresentados. A soma de elementos que aumentam a perturbação 
do equilíbrio, tais como o apoio unipodal sobre base instável e a adição de uma banda elástica que 
aumenta as oscilações na direção horizontal anteroposterior do exercício, promoveram maior ativação 
dos músculos do tornozelo que controlam o equilíbrio, sendo a ativação no tibial anterior a que 
progressivamente apresentou aumento mais expressivo, seguida pela ativação do fibular longo e, por 
último, do sóleo.
Na figura anterior, além do uso da almofada de equilíbrio, a prancha de equilíbrio (imagem do 
meio) também é usada como acessório para provocar maior instabilidade no controle do equilíbrio. 
Com o uso de ambas, principalmente, o equilíbrio corporal na direção horizontal anteroposterior é 
o mais manipulado.
 Observação
A prancha de equilíbrio é um acessório usado em aulas de treinamento 
proprioceptivo para gerar instabilidade ao corpo. É composta por uma 
prancha de madeira montada sobre dois semicírculos de madeira, que 
servem como base de apoio e oscilam em acordo com o ajuste postural.
Com a apresentação e a discussão do estudo de Borreani et al. (2014), verifica-se que há 
possibilidade de treinar a resposta muscular de controle de movimento postural em acordo com a 
perturbação imposta ao sistema.
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Existem acessórios para manipular com a base de apoio, para torná-la mais instável, e além deles é 
válido lembrar que, para controlar o equilíbrio, é possível usar as informações visuais; então, além de 
solicitar ao sujeito o uso de um apoio unipodal sobre um disco de equilíbrio, é possível pedir que ele se 
mantenha sobre essa base com os olhos fechados. A restrição das informações visuais é outra estratégia 
eficiente que pode ser manipulada no treinamento proprioceptivo.
 Lembrete
Para perturbar o equilíbrio corporal, é necessário criar estratégias de 
treino que incrementem a instabilidade, tais como redução dos pontos de 
apoio, uso de bases instáveis, restrição das informações visuais e resistências 
aplicadas ao corpo que provocam o desequilíbrio corporal na direção mais 
instável do apoio.
6 GINÁSTICA DE ACADEMIA
6.1 Modalidade step
A modalidade de ginástica de academia conhecida como step, quando surgiu, atraiu muitos 
praticantes e rapidamente se tornou popular. Infelizmente, o grande interesse e volume de prática fez 
muitas pessoas passarem a apresentar lesões decorrentes da atividade.
Na maioria das vezes, a lesão incidia na articulação do joelho, atingindo as estruturas menisco e 
ligamento cruzado anterior (LCA). Com o aumento da incidência de lesões, foi iniciada a busca de suas 
causas. A análise das lesões teve como conclusão mais óbvia a de que o alto impacto da modalidade 
step causava tais lesões. Essa conclusão surgiu do fato de a lesão acometer principalmente os meniscos 
do joelho, que sabidamente têm como uma de suas funções a atenuação do impacto. Portanto, 
relacionando a incidência de lesão com a estrutura lesionada, imediatamente se imaginou que o impacto 
na modalidade step seria alto.
Para entender se esse raciocínio faz sentido, vejamos um estudo que investigou a força de reação do 
solo no movimento básico do step (figura a seguir) (WIECZOREK; DUARTE; AMADIO, 1997). O movimento 
básico da modalidade envolve subir em um step com uma das pernas, conforme figura a seguir (1); e 
depois subir com a outra perna (2); em seguida, descer com a perna que inicialmente subiu (3); e, por 
último, descer com a outra perna (4). Para registrar a FRS, uma plataforma de força foi posicionada na 
região indicada como P1. Assim, a FRS da descida foi registrada para determinar se o choque mecânico 
do movimento básico do step é alto o suficiente para promover uma lesão.
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P1
P2
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step
P1
P2
step
step
P1
P2
step
step
P1
P2
step
step
4
3 2
1
Figura 73 – Ilustração do movimento básico do step e da forma como a força de reação do solo (FRS) foi registrada durante sua execução
Na figura a seguir, podemos observar o registro da FRS durante a descida. A curva Fy representa a 
componente vertical da FRS, e as curvas Fx e Fz representam as componentes mediolaterais e horizontais, 
respectivamente.Note que o primeiro pico de força vertical apresenta valores de força de 1,5 PC, que 
se assemelham às forças de impacto na marcha. Isso significa que o choque mecânico da descida 
no movimento básico do step é muito semelhante ao observado na marcha humana. Esse choque é 
extremamente baixo e, portanto, não é possível afirmar que a solicitação mecânica da atividade é alta.
Mas se o impacto é baixo, por que a alta incidência de lesão no menisco?
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
-0,5
0 20 40 60 80 100
Tempo de apoio (%)
FR
S 
(P
C) Fy
Fx
Fz
Figura 74 – Força de reação do solo na realização do movimento básico do step durante a descida
Para entender as causas dessa lesão, precisamos entender primeiro a mecânica articular do joelho. 
Para conseguir realizar seus movimentos de flexão e extensão, o joelho precisa promover o deslizamento 
do fêmur sobre a tíbia, ou vice-versa. Durante os movimentos, ocorre uma interação complexa entre 
esses dois ossos que envolvem deslizamentos e rolamentos e também rotações.
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Portanto, quando um joelho estendido inicia uma flexão, inicialmente, observamos maior rolamento 
e menor deslizamento do fêmur sobre a tíbia. Conforme a flexão do joelho aumenta, o rolamento é 
substituído pelo deslizamento dos ossos. Isso significa que, a partir da extensão total até a flexão total, 
primeiro, temos mais rolamento e menos deslizamento, mas, em amplitudes mais próximas da flexão 
total, temos mais deslizamentos e menos rolamentos.
Esses movimentos de rolamento e deslizamento são associados a movimentos acessórios de rotação 
medial e lateral da tíbia. Em outras palavras, durante a extensão do joelho, ocorre rotação lateral da 
tíbia. Já em movimentos de flexão, ocorrem rotações mediais da tíbia. Obviamente os meniscos laterais 
e mediais acompanham esses movimentos de rotação.
Esses movimentos descritos são os naturais que ocorrem entre os ossos quando um movimento de 
flexão ou extensão é realizado; porém, em alguns movimentos do step, ocorrem giros sobre a base de 
apoio em contato com o aparelho. Num desses giros, por exemplo, o praticante sobe no step com a perna 
direita, realiza uma rotação de, aproximadamente, 45º e desce. Esses movimentos deveriam ocorrer com 
o calçado deslizando sobre o step. Contudo, por falta de habilidade ou outro fator, eventualmente, o 
pé não desliza sobre o step, e isso causa uma torção no joelho, levando a uma rotação lateral da tíbia 
enquanto a pessoa desce, ou seja, enquanto o joelho realiza uma flexão.
A rotação lateral da tíbia associada à flexão do joelho não é um movimento natural e pode levar ao 
pinçamento dos meniscos ou à sobrecarga no LCA. É claro que a lesão não ocorre de forma traumática, 
pois a força é baixa, mas sucessivas rotações dessa natureza podem causar lesão meniscal ou ligamentar. 
Por isso, devemos ter muita cautela com a falta de habilidade e de controle motor, mas também com o 
efeito da fadiga. Perceba que não se trata de contraindicar esses movimentos, mas de ter cuidado para 
que a fadiga ou a falta de costume não levem a pinçamentos que possam produzir lesões.
 Saiba mais
Para entender melhor as diferenças biomecânicas entre o movimento 
básico do step e o movimento da marcha, leia:
MYLES, C. M. Escadas. In: DURWARD, B. R.; BAER, G. D.; ROWE, P. J. 
Movimento funcional humano. São Paulo: Manole, 2001. p. 107-120.
WALL, J. C. Marcha. In: DURWARD, B. R.; BAER, G. D.; ROWE, P. J. 
Movimento funcional humano. São Paulo: Manole, 2001. p. 93-105.
É importante conhecer os movimentos específicos das diferentes modalidades e os efeitos que 
estes produzem no aparelho locomotor. Assim, será possível saber se os limites de tolerância estão 
sendo respeitados.
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BIOMECÂNICA APLICADA AO ESPORTE
 Lembrete
O impacto nas aulas de step não é alto. Não é a magnitude das cargas 
mecânicas que aumenta o risco de lesões, mas sim alguns movimentos 
mal-empregados.
6.2 Ginástica de academia: modalidade aeróbia
O outro fator que vamos discutir será exemplificado por meio de uma modalidade de ginástica de 
academia conhecida como ginástica aeróbica, a qual envolve muitos movimentos globais com saltos e 
saltitos ao longo da aula. Essa modalidade é dividida em aeróbica de baixo impacto e aeróbica de alto 
impacto. Para investigar a magnitude de impacto na ginástica aeróbica, Ricard e Veatch (1994) usaram 
uma plataforma de força e avaliaram um movimento de salto com elevação do joelho.
2.0
600
Tempo (ms)
Fo
rç
a 
(P
C)
Fo
rç
a 
(P
C)
Aeróbica de 
baixo impacto
Aeróbica de 
alto impacto
Tempo (ms)
Propulsão
Propulsão
Aterrissagem
Aterrissagem
Fase 
aérea
Primeiro pico de 
força vertical
6001200 1200
2.0
1.0 1.0
0 0
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10)
Figura 75 – Análise de um movimento básico da aeróbica por meio de uma plataforma de força para 
investigar a força de reação do solo
A figura anterior apresenta o registro da força de reação do solo (FRS), por meio da plataforma de força, 
em movimento básico de salto da aeróbica de baixo e de alto impacto. Na de baixo impacto, a primeira 
magnitude de força indica a fase de propulsão para a elevação do solo. Por isso a força cai rapidamente 
depois, mas não chega a zero, indicando que não há perda de contato completa com o solo. Logo depois, a 
força aumenta, levando à magnitude de força que, no caso, corresponde à Fy1 na aterrissagem.
Na aeróbica de alto impacto, a magnitude de força de propulsão é maior. Observe que, ao final da 
fase de propulsão, há perda de contato com o solo e, efetivamente, uma fase aérea. Essa fase é seguida 
da aterrissagem, com um pico de força maior que o observado na aeróbica de baixo impacto. Com 
isso, temos que o choque mecânico na aeróbica de baixo impacto é semelhante ao da marcha, e o da 
aeróbica de alto impacto é menor que o da corrida, mas a força de impacto é semelhante (conforme a 
tabela a seguir).
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Unidade III
Tabela 2 – Valores de primeiro pico de força vertical (Fy1) e de tempo 
para o primeiro pico (Dt Fy1), para as modalidades aeróbica de baixo 
e de alto impacto, e corrida lenta e rápida
Variáveis Baixo impacto Alto impacto Corrida lenta Corrida rápida
Fy 1 máx. 1,28 PC 2,62 PC 2,30 PC 3,10 PC
∆Fy 1 máx. 276,02 ms 106,34 ms 40,28 ms 30,02 ms
Adaptada de: Ricard; Veatch (1994, p. 16)
A classificação do impacto entre as modalidades aeróbicas está correta, pois a de alto impacto 
apresenta maiores cargas externas que a de baixo impacto. Contudo, o nome alto impacto não pode ser 
entendido como adequado, pois não é possível considerar esse impacto realmente alto, uma vez que é 
semelhante ao da corrida, que, por sua vez, tem o segundo impacto mais baixo, perdendo apenas para 
a marcha (conforme figura a seguir).
21
18
15
12
9
6
3
0
Fo
rç
a 
ve
rt
ic
al
 m
áx
im
a 
(P
C)
Marcha Corrida 
(jogging)
Corrida 
(sprint)
Aterrissagem 
do basquete
Salto em 
altura
Salto triplo 
(step)
Figura 76 – Magnitudes de força de impacto de diferentes modalidades expressas em função do peso corporal (PC)
A incidência de lesão em ginástica aeróbica é de, aproximadamente, 49% no prazo de 1 a 2 anos. 
Se a incidência for relativizada em função do volume semanal de prática, poderemos observar que 
será de 43% para praticantes com frequência semanal inferior a quatro vezes; de 60% para os que 
praticam quatro vezespor semana; e de 66% para os que praticam mais de quatro vezes por semana 
(ROTHENBERGER; CHANG; CABLE, 1988).
Podemos notar que quanto maior a frequência semanal de treino, maior a incidência de lesão. 
Essa informação, associada ao fato de que a aula tem uma duração fixa de 45 a 60 minutos, 
permite-nos assumir que essas lesões estão relacionadas ao excesso de treinamento. Para entender 
melhor a questão, podemos observar que o choque mecânico é um pouco menor que o da corrida, 
mas a duração da aula é fixa: no mínimo 45 minutos. Imagine uma pessoa realizando sempre sessões 
de treinamento de 45 a 60 minutos, mesmo quando iniciante. Se a frequência semanal não for 
controlada, será possível ocorrer lesões crônicas.
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BIOMECÂNICA APLICADA AO ESPORTE
Com a análise dessas duas modalidades de aula, podemos observar a importância de conhecer a 
característica da atividade, seus efeitos no aparelho locomotor e a importância de controlar o volume 
semanal de treino e de ser progressivo nos aumentos. É claro que sempre teremos aulas de ginástica 
novas e com diferentes características, mas, independentemente da criatividade empregada na criação 
dessas novas modalidades, esses dois conselhos ainda se aplicam e se apresentam como as formas mais 
básicas de controlar a incidência de lesão.
 Resumo
Nesta unidade, discutimos os conceitos de equilíbrio e controle de 
sobrecarga no aparelho locomotor nas modalidades de ginástica olímpica e 
artística e de academia, respectivamente.
O controle da estabilidade do corpo foi discutido por meio dos 
conceitos de base de apoio, distância do centro de massa em relação à 
base de apoio e localização do centro de massa dentro da base de apoio. 
Para tanto, o método de segmentação de Hay (1989) foi apresentado, a 
fim de determinar a posição do centro de massa do corpo e as aplicações 
práticas referentes ao uso desse instrumento, e as conclusões tiradas após 
análise foram mostradas. Na sequência, a forma de treinar o equilíbrio 
pelo treinamento proprioceptivo foi discutida e o uso dos exercícios e das 
estratégias de treino para perturbar o corpo foram destacadas.
Aprendemos ainda que a modalidade de ginástica de academia 
conhecida como step, ao surgir, atraiu muitos praticantes e rapidamente 
se tornou popular. Com isso, as pessoas passaram a buscar academias para 
praticar essas modalidades. Infelizmente, o grande interesse e o grande 
volume da prática fizeram com que muitas pessoas passassem a apresentar 
lesões decorrentes da prática dessa atividade. Com a análise dessas duas 
modalidades de aula, pudemos observar a importância de conhecer 
a característica da atividade e seus efeitos sobre o aparelho locomotor, 
bem como a importância de controlar o volume semanal de treino e ser 
progressivo nos aumentos.
É claro que sempre teremos aulas de ginástica novas e com 
diferentes características, mas, independentemente da criatividade 
empregada na criação dessas novas modalidades, esses dois conselhos 
ainda se aplicam e se apresentam como as formas mais básicas de 
controlar a incidência de lesões.
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Unidade III
 Exercícios
Questão 1. (Funrio 2007, adaptada) Com relação aos estresses mecânicos desenvolvidos nos corpos 
submetidos às cargas externas, pode-se afirmar que:
A) Resultam da relação entre a carga externa e a resistência interna do corpo.
B) Classificam-se em estresses de tração, compressão e de fricção.
C) Resultam da relação entre a resistência interna e a carga externa aplicada no corpo.
D) Classificam-se em estresses estáticos e dinâmicos.
E) Configuram respostas dolorosas e/ou inflamatórias do tecido alvo da carga.
Resposta correta: alternativa B.
Análise das alternativas 
A) Alternativa incorreta. 
Justificativa: a questão descreve uma lesão causada por agressão externa. 
B) Alternativa correta. 
Justificativa: descreve mecanismos de lesões musculoesqueléticas por agente externo.
C) Alternativa incorreta. 
Justificativa: o estresse mecânico não depende exatamente da resistência interna do tecido. Isso 
seria um fator, se considerássemos que haverá lesão. Para haver o estresse mecânico, sem considerar se 
houve ou não lesão, o principal fator é a carga externa.
D) Alternativa incorreta. 
Justificativa: é uma classificação que busca diferenciar se houve ou não movimento. Se pensarmos no 
membro acometido, poderíamos até classificá-lo como estático ou dinâmico, mas pensando no agente 
externo, que é o que a questão aparentemente propõe, só pode ser dinâmico, já que sem movimento um 
agente externo não pode causar estresse.
E) Alternativa incorreta. 
Justificativa: o erro é que nem sempre um estresse externo vai causar respostas dolorosas 
ou inflamatórias.
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BIOMECÂNICA APLICADA AO ESPORTE
Questão 2. (Funrio; Sesdec-RJ 2008, adaptada) “Manguito Rotador” é o complexo estabilizador da 
articulação glenoumeral constituído pelos músculos:
A) Deltoide – subescapular – supraespinhoso – redondo maior.
B) Deltoide – subescapular – supraespinhoso – infraespinhoso.
C) Deltoide – supraespinhoso – redondo maior – redondo menor.
D) Subescapular – supraespinhoso – redondo maior – redondo menor.
E) Redondo menor – subescapular – supraespinhoso – infraespinhoso.
Resolução desta questão na plataforma.

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