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Escoamento Superficial Universidade Federal de Alagoas Campus Sertão Prof. Thiago Pereira thiago_alb@hotmail.com Movimento das águas, que, por efeito da gravidade, se deslocam na superfície; Está direta ou indiretamente relacionado com as precipitações. Escoamento Superficial Área e forma da bacia; Topografia da bacia: declividade, depressão, relevo; Condições de superfície do solo e constituição geológica do subsolo: vegetação, impermeabilização, capacidade de infiltração no solo, tipos de rochas; Obras de controle e utilização da água: irrigação, canalização, derivação da água para outra bacia, retificação. Fatores Intervenientes 1. Precipitação direta sobre o curso d’água (P); 2. Escoamento superficial (ES); 3. Escoamento sub-superficial ou hipodérmico (ESS); 4. Escoamento subterrâneo ou básico. Tipos de Escoamento Sub-superficial ?? Superficial Subterrâneo Tipos de Escoamento Chuva, infiltração, escoamento superficial Tipos de Escoamento Chuva, infiltração, escoamento superficial, escoamento subterrâneo Camada saturada Tipos de Escoamento Escoamento sub-superficial Tipos de Escoamento Camada saturada Depois da chuva: Escoamento sub-superficial e escoamento subterrâneo Tipos de Escoamento Estiagem: apenas escoamento subterrâneo Camada saturada Tipos de Escoamento Estiagem: apenas escoamento subterrâneo Camada saturada Tipos de Escoamento Estiagem: apenas escoamento subterrâneo Camada saturada Tipos de Escoamento Estiagem muito longa = rio seco Rios intermitentes Camada saturada Tipos de Escoamento Precipitação que atinge áreas impermeáveis; Precipitação intensa que atinge áreas de capacidade de infiltração limitada; Precipitação que atinge áreas saturadas. Formação do Escoamento Telhados Ruas Passeios Loteamentos Prédios Geração de escoamento superficial é quase imediata Infiltração é quase nula Áreas Impermeáveis 15 General audience Planners Detailed spatial planning should not disable implementation of broad spectrum of individual SUDS techniques Provide space for links with downstream SUDS elements Developers Providing links with preventive measures Choosing or selecting the most appropriate solution for individual household Assessing the links with downstream SUDS units Preventing the adverse effects on environmentally sensitive areas Capacidade de infiltração é baixa Gramados Solos Compactados Solos muito argilosos Áreas de Capacidade de Infiltração Limitada 16 General audience Planners Detailed spatial planning should not disable implementation of broad spectrum of individual SUDS techniques Provide space for links with downstream SUDS elements Developers Providing links with preventive measures Choosing or selecting the most appropriate solution for individual household Assessing the links with downstream SUDS units Preventing the adverse effects on environmentally sensitive areas Infiltração Escoamento Precipitação tempo Infiltração Precipitação x Capacidade de Infiltração Considere chuva com intensidade constante Infiltra completamente no início Gera escoamento no fim tempo Infiltração Precipitação início do escoamento intensidade da chuva capacidade de infiltração Precipitação x Capacidade de Infiltração Considere chuva com intensidade constante Infiltra completamente no início Gera escoamento no fim tempo Infiltração Precipitação início do escoamento intensidade da chuva capacidade de infiltração volume infiltrado Precipitação x Capacidade de Infiltração Considere chuva com intensidade constante Infiltra completamente no início Gera escoamento no fim tempo Infiltração Precipitação início do escoamento intensidade da chuva capacidade de infiltração volume infiltrado volume escoado Precipitação x Capacidade de Infiltração Precipitação Infiltração Escoamento em Solos Saturados Precipitação Solo saturado Escoamento em Solos Saturados Precipitação Solo saturado Escoamento Escoamento em Solos Saturados I (mm/h) F (mm/h) Q (mm/h) Q = I – F Intensidade da precipitação é maior do que a capacidade de infiltração do solo Processo hortoniano (Horton, 1934) Geração de Escoamento Q (mm/h) Precipitação atinge áreas saturadas Processo duniano (Dunne) Geração de Escoamento Hidrograma Representação gráfica da vazão ao longo do tempo; Gráfico que relaciona a vazão ao tempo e é o resultado da interação de todos os componentes do ciclo hidrológico. Heterogeneidade da bacia Caminhos que a água percorre 15 minutos Q P tempo tempo Hidrograma Hidrograma 1 Hidrograma 2 Hidrograma 3 Hidrograma 4 Hidrograma 5 Hidrograma 6 Hidrograma 7 Hidrograma 8 Hidrograma 9 Hidrograma 10 Hidrograma 11 Hidrograma 12 Hidrograma 13 Hidrograma 14 Hidrograma 15 Hidrograma 16 Superficial e Escoamento subterrâneo Sub-superficial 1 – Início do escoamento superficial 2 – Ascensão do hidrograma 3 – Pico do hidrograma 4 – Recessão do hidrograma 5 – Fim do escoamento superficial 6 – Recessão do escoamento subterrâneo 1 2 5 3 4 6 Formação do Hidrograma Superficial e ascenção recessão pico Escoamento subterrâneo Sub-superficial Formação do Hidrograma Ascensão: com grande gradiente e correlacionada com a intensidade da precipitação. Região do pico: o hidrograma muda de inflexão, resultado do fim da chuva e amortecimento na bacia. Recessão: cessa o escoamento superficial direto, após o ponto de inflexão apenas contribui o escoamento básico. Trechos do Hidrograma Tempo de ascensão: Intervalo entre o início da chuva e o pico do hidrograma. Tempo de base: duração do escoamento superficial direto. Tempo de recessão: intervalo entre a vazão de pico e o término do escoamento superficial direto. Característica do Hidrograma Característica do Hidrograma Exemplo de Hidrograma tempo Q Bacia montanhosa Bacia plana Forma do Hidrograma tempo Q Bacia urbana Bacia rural Obras de drenagem tornam o escoamento mais rápido Forma do Hidrograma tempo Q Bacia circular Bacia alongada Forma do Hidrograma Para saber como a bacia vai responder à chuva é importante saber as parcelas de água que vão atingir os rios através de cada um dos tipos de escoamento. Em muitas aplicações o escoamento superficial é o mais importante Vazões máximas Hidrogramas de projeto Previsão de cheias Métodos simplificados x modelos mais complexos Separação do Escoamento Cálculo de Vazões de Projeto A equação geral do método racional: Qp: vazão de pico [m3/s] C: coeficiente de escoamento It,T: intensidade média da chuva para uma duração t e um tempo de retorno T [mm/h] A: área da bacia hidrográfica [km2]. C: coeficiente de escoamento. Método Racional Aplica-se a pequenas bacias hidrográficas, ou seja, as que atendem aos seguintes critérios: pode-se assumir a distribuição uniforme da precipitação, no tempo e no espaço; a duração da precipitação usualmente excede o tempo de concentração da bacia; há predomínio de escoamento superficial, como é o caso em áreas urbanizadas; efeitos de armazenamento superficial, durante o escoamento, são desprezíveis. Método Racional A intensidade da precipitação é obtida diretamente por meio de equações de chuvas intensas, do tipo IDF; Para a duração do evento feita igual ao tempo de concentração da bacia e segundo o tempo de retorno adotado em projeto. Método Racional Coeficiente de Escoamento Hidrograma do Método Racional Calcular o hidrograma de projeto, pelo método racional de uma bacia com edificações muito densa. Dados: Área= 2 ha; tc = 10 min; i = 25 mm/h. Exercício tempo Q P tempo Precipitação Separação do Escoamento tempo Q P tempo Infiltração Escoamento Separação do Escoamento tempo Q P tempo Infiltração Escoamento infiltração decresce durante o evento de chuva Separação do Escoamento tempo Q P tempo Infiltração Escoamento parcela que não infiltra é responsável pelo aumento da vazão no rio Separação do Escoamento Usar métodos simplificados: capacidade de infiltração constante infiltração proporcional à intensidade de chuva método SCS Como calcular? tempo Q P tempo Infiltração Escoamento Infiltração constante Como calcular? tempo Q P tempo Infiltração Escoamento Infiltração proporcional Como calcular? tempo Q P tempo Infiltração Escoamento Método SCS: Perdas iniciais + Infiltração diminuindo Como calcular? Mais simples e mais utilizados para estimar o volume de escoamento superficial resultante de um evento de chuva; Consiste em duas etapas: (a) separação do escoamento; (b) cálculo do hidrograma. Método SCS Simples Valores de CN tabelados para diversos tipos de solos e usos do solo Utilizado principalmente para projeto em locais sem dados de vazão Usar com chuvas de projeto (eventos relativamente simples e de curta duração) Método SCS Separação do escoamento quando quando Q = escoamento em mm (Pef) P = chuva acumulada em mm Ia = Perdas iniciais S = parâmetro de armazenamento Valores de CN: Método SCS Método SCS Método SCS A parcela da chuva que se transforma em escoamento superficial é chamada chuva efetiva. Perdas iniciais = 0,2 . S 0 < CN < 100 CN tabelado de acordo com tipo de solo e características da superfície Método SCS Qual é a lâmina escoada superficialmente durante um evento de chuva de precipitação total P=70 mm numa bacia do tipo B e com cobertura de floretas? Exercício Perdas iniciais = 0,2 . S Superfície Solo A Solo B Solo C Solo D Florestas 25 55 70 77 Zonas industriais 81 88 91 93 Zonas comerciais 89 92 94 95 Estacionamentos 98 98 98 98 Telhados 98 98 98 98 Plantações 67 77 83 87 Exemplo de tabela: Tipos de solos do SCS: A – arenosos e profundos B – menos arenosos ou profundos C – argilosos D – muito argilosos e rasos Método do SCS Valores de CN Grupos Hidrológicos de Solos Grupo A Grupo B solos arenosos, com baixo teor de argila total (inferior a 8%), sem rochas, sem camada argilosa e nem mesmo densificada até a profundidade de 1,5m. O teor de húmus é muito baixo, não atingindo 1% solos arenosos menos profundos que os do Grupo A e com menor teor de argila total, porém ainda inferior a 15%. No caso de terras roxas este limite pode subir a 20% graças a maior porosidade. Os dois teores de húmus podem subir, respectivamente, a 1,2% e 1,5%. Não pode haver pedras e nem camadas argilosas até 1,5m, mas é quase sempre presente uma camada mais densificada que a camada superficial Grupos Hidrológicos de Solos Grupo C Grupo D solos barrentos, com teor de argila de 20 a 30%, mas sem camadas argilosas impermeáveis ou contendo pedras até a profundidade de 1,2m. No caso de terras roxas, estes dois limites máximos podem ser de 40% e 1,5m. Nota-se, a cerca de 60cm de profundidade, camada mais densificada que no Grupo B, mas ainda longe das condições de impermeabilidade solos argilosos (30 a 40% de argila total) e com camada densificada a uns 50cm de profundidade ou solos arenosos como B, mas com camada argilosa quase impermeável ou horizonte de seixos rolados Condições de Umidade do Solo Condição I Condição II Condição III solos secos: as chuvas nos últimos 5 dias não ultrapassaram 15mm situação média na época das cheias: as chuvas nos últimos 5 dias totalizaram entre 15 e 40mm solo úmido (próximo da saturação): as chuvas nos últimos 5 dias foram superiores a 40mm e as condições meteorológicas foram desfavoráveis a altas taxas de evaporação Condições de Umidade do Solo Os valores de CN apresentados anteriormente referem-se sempre à condição II. Para converter o valor de CN para as condições I e III existem as seguintes expressões: Eventos complexos (mais do que um intervalo de tempo com chuva) Chuva acumulada x escoamento acumulado Chuva incremental x escoamento incremental Método SCS Tempo (min) Chuva (mm) Chuva acumulada (mm) Escoamento acumulado (mm) Infiltração acumulada (mm) Escoamento(mm) Infiltração(mm) 2,84 5.0 5.0 0.0 5.0 0.0 5.0 5,68 7.0 12.0 0.0 12.0 0.0 7.0 30 9.0 21.0 1.0 20.0 1.0 8.0 40 8.0 29.0 3.3 25.7 2.4 5.6 50 4.0 33.0 4.9 28.1 1.6 2.4 60 2.0 35.0 5.8 29.2 0.9 1.1 CN = 80 Q = escoamento acumulado (mm) P = precipitação acumulada (mm) Equação válida para P > 0,2 S Quando P < 0,2 S ; Q = 0 Método SCS Hidrograma Triangular - SCS Vazão de pico (m3/s) por mm de chuva efetiva,. Tempo de pico em horas, área em km² Tempo de pico em função do tempo de concentração Tempo de base do hidrograma Hidrograma Triangular - SCS Intervalo da simulação Calcular o hidrograma pelo método do SCS, considerando o evento de chuva e CN do exercício anterior para uma bacia com os seguintes dados: Área da bacia = 7 km² Comprimento do rio principal = 2,5 km Declividade do rio = 8% Exercício Modelo SCS é simplificado Diferentes usuários chegarão a resultados diferentes dependendo do CN adotado Bacias pequenas Se possível, verificar em locais com dados e para eventos simples Considerações finais Considerações Finais Curvas de recessão de hidrogramas frequentemente tem a forma de exponenciais decrescentes. Curva de Recessão de Vazão Rios em regiões com chuvas sazonais: exemplo: rio dos Bois (GO) Curva de Recessão de Vazão Destacando o período de estiagem de junho a setembro de 1991, é possível verificar o comportamento típico da recessão do hidrograma deste rio. Curva de Recessão de Vazão Recessão: forma da curva Quando representado em escala logarítmica, o hidrograma durante a estiagem mostra um comportamento semelhante a uma linha reta. Curva de Recessão de Vazão Recessão: forma da curva Isto sugere que o comportamento da vazão do rio dos Bois ao longo deste período pode ser representado por uma equação do tipo: Curva de Recessão de Vazão Curva de Recessão de Vazão No período de recessão do hidrograma predomina o escoamento com origem subterrânea. Durante uma estiagem uma bacia se comporta de forma semelhante a um reservatório linear simples, em que a vazão descarregada é proporcional ao volume armazenado. V = k . Q V Q V Q Reservatório Linear Aproximar a curva de recessão de um hidrograma durante uma longa estiagem por uma equação exponencial decrescente equivale a admitir a ideia que a relação entre armazenamento de água subterrânea e descarga do aquífero para o rio é linear. balanço de água subterrânea balanço simplificado em intervalo infinitesimal admitindo relação linear, equivale a: substituindo na equação de balanço e a solução desta eq. diferencial é: Reservatório Linear Curva de Recessão de Vazão Recessão: forma da curva Curva de Recessão de Vazão Aplicação Prever qual será a vazão de um rio após alguns dias, conhecendo a vazão no tempo atual, considerando que não ocorra nenhuma chuva. A maior dificuldade para resolver este tipo de problema é estimar o valor da constante k Aplicação O valor de k depende das características físicas da bacia, em especial as suas características geológicas. Cuidado: CB é dado em horas nesta figura! Aplicação Durante uma longa estiagem de um rio foram feitas duas medições de vazão, com quatro dias de intervalo entre si, conforme a tabela abaixo. Qual seria a vazão esperada para o dia 31 de agosto do mesmo ano, considerando que não ocorre nenhum evento de chuva neste período? Data Vazão 14/agosto 60.1 15/agosto - 16/agosto - 17/agosto - 18/agosto 57.6 Exercício Considerando válida a representação da bacia pelo reservatório linear simples com k=190 dias, qual será a vazão do rio após 30 dias sem chuva, considerando que a vazão inicial é 100 m3/s? Data Vazão 14/agosto 60.1 15/agosto - 16/agosto - 17/agosto - 18/agosto 57.6 Exercício
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