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Criação de codornas

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Criação de codornas
	Objetivos
Abordar assuntos relacionados à criação de codornas, para que seja possível melhor conhecimento sobre a prática e desenvolvimento da atividade.
	Introdução
A coturnicultura é a atividade de criar e produzir codornas. Nos últimos anos tem apresentado um desenvolvimento bastante significativo devido às tecnologias empregadas na cadeia produtiva, gerando resultados satisfatórios aos seus investidores e deixando assim de ser considerada como produção de subsistência. Atualmente ela apresenta duas raças com produções bem definida e distintas, sendo a codorna europeia (Coturnix coturnix coturnix) criada visando a produção de carne e a codorna japonesa (Coturnix Coturnix japonica) criada para a produção de ovos (FERRONATO, 2017).
Durante muitos anos, a criação de codornas foi considerada no cenário da produção avícola brasileira como uma atividade alternativa para pequenos produtores. Este setor da avicultura está em pleno crescimento com grande produtividade e rentabilidade, por causa da maturidade precoce, do rápido crescimento das aves, do baixo consumo de ração, da alta taxa de postura, do uso de pequenas áreas e do baixo investimento (MATOS, 2007).
Gráfico 1- Evolução do efetivo de codornas - Brasil - 2005-2015.
	Materiais e Métodos
O presente trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica referente aos meios de criação de codornas, métodos de instalações, características relacionadas à coturnicultura e situação da atividade no país.
	Resultados e Discussão
Os cuidados na implantação da coturnicultura devem ser seguidos rigorosamente para o sucesso na produção. Deve-se evitar a implantação do aviário em um local com muito barulho, pois aumentará o índice de estresse nas aves, e estando afastado das estradas de rodagem, dificulta o escoamento da produção. Para o conforto térmico das aves é essencial o controle da temperatura (entre 20 e 23ºC), além de uma boa luminosidade e manejo adequado do foto período (aproximadamente 17 horas luz diárias), sendo esse um dos principais fatores responsáveis pela postura (PETROLLI et al., 2011).
A criação de codornas pode ser feita em dois níveis, que são a criação doméstica, feita em residências ou em apartamentos e que não exige um rigor técnico acentuado e a criação comercial, feita em grande escala, onde o objetivo do criador será a comercialização do produto final. As instalações e equipamentos necessários irão variar de acordo com o tipo de criação. 
Existem três tipos de sistemas de criação, que são: criação sobre camas, gaiolas no sistema de baterias e no sistema escada. A criação sobre camas é a de menor tecnologia, consiste basicamente em criar as aves sobre um material absorvente, denominado cama, geralmente de sabugo de milho picado, casca de arroz ou aparas de madeira. A criação em gaiolas no sistema de baterias é muito utilizada na fase de crescimento (15 a 35 dias) e na fase de postura, sendo este nome dado devido ao conjunto de 4 ou 5 gaiolas, uma sobre a outra, com espaçamento de 15cm. Já a criação em gaiolas no sistema escada é o sistema mais moderno de criação e consiste no uso de gaiolas de arame galvanizado, idênticas as utilizadas no sistema de baterias, fixadas de maneira a dar a impressão de uma escada, apresentando como desvantagem seu alto custo (Carmo, 2010).
A alimentação é constituída basicamente de ração, sendo que há no mercado rações fareladas de uso exclusivo de codornas e pintinho de codorna. Esta ração deve conter 26% de proteína bruta e ser oferecida à ave até a idade de 45 dias, quando é levada ao abate ou para a produção de ovos. O consumo estimado no período é de 500 gramas por aves. A partir de 45 dias, as fêmeas receberão a ração de postura com cerca de 23% de proteína bruta, devendo ser oferecidos, diariamente, entre 30 a 35 gramas desta ração por ave.
O manejo divide-se em manejo de reprodução, do pintinho e da recria:
Manejo de Reprodução: as codornas de reprodução devem, preferentemente, ser mantidas em gaiolas coletivas de macho e fêmea. Recomenda-se um macho para cada 2 a 3 fêmeas. Devido à grande sensibilidade das codornas à consanguinidade, com marcados efeitos nocivos, recomenda-se evitar os cruzamentos entre parentes próximos. Os ovos férteis de codornas podem ser incubados naturalmente ou artificialmente, este último sendo mais recomendado.
Manejo do Pintinho: decorridas as primeiras 24 horas da eclosão, os pintinhos devem receber aquecimento, ração e água à vontade. A temperatura inicial de criação deve ser 38ºC. A partir do terceiro dia de vida, procede-se à redução diária de 1ºC até que a temperatura se torne ambiente. O piso da criadeira é forrado com papel durante os três primeiros dias de vida. A ração será distribuída na própria forração de papel por sobre o piso, nos três primeiros dias. Depois oferecida em cochos do tipo bandeja. Os bebedouros devem ser lavados e sua água trocada, no mínimo, duas vezes ao dia. 
Manejo da Recria: compreende o período entre 16 e 45 dias de idade. Nesta época, as aves continuam recebendo ração e água à vontade.
Manejo de Postura: a quantidade de ração por ave deve ser de 30 a 35 gramas, e a água deverá ser fornecida a vontade. Para um índice elevado de postura, o ambiente da criação das codornas em produção deve ser iluminado na base de uma lâmpada incandescente de 15 WATTS para cada 5 metros quadrados de galpão.
Manejo dos Ovos: os ovos serão colhidos duas vezes ao dia. A primeira coleta realizada pela manhã e a outra, à tarde. Eles devem ser acondicionados nos pentes próprios, mantidos sobre refrigeração, para que as suas qualidades nutritivas sejam conservadas. Os ovos destinados à incubação serão mantidos em ambiente fresco, arejado e nunca por um período superior a 7 dias.
Ainda de acordo com Carmo (2010), para a prevenção de doenças, instituem-se práticas que contribuem para a saúde das codornas, a limpeza e a higienização do ambiente da criação, a limpeza frequente dos bebedouros e comedouros, assim como a retirada periódica das fezes nas bandejas coletoras. Deve-se lavar e desinfetar a bateria ou a gaiola toda vez que dela for retirado um lote. As codornas devem ser vermifugadas e vacinadas contra as doenças de Newcastle e Coriza, por se constituírem naquelas de maior importância econômica.
	Considerações Finais
O ovo de codorna é um alimento completo e equilibrado, uma fonte de proteínas, aminoácidos essenciais, lipídios, vitaminas e minerais, apresentando baixo valor econômico (SEIBEL et al. 2010). Dados do IBGE de 2015 demonstram que o efetivo de codornas, independente da finalidade da criação, continua em ascensão.
	Bibliografias
Criação e produção de codornas japonesas (COTURNIX COTURNIX JAPÔNICA). Carolinne Ferronato. 2017. Disponível em: < http://www.ufmt.br/zoocba/arquivos/8e5d177625d2783240a4d4c533732efb.pdf>
CRIAÇÃO DE CODORNAS: Pequenas e Lucrativas. Tiago Goulart Petrolli, Karina Mateus, Moisés Rodrigues. 2011. Disponível em: < http://www.ceo.udesc.br/arquivos/id_submenu/285/caderno_udesc_065.pdf>
Criação de codornas. Eduardo Henrique da Silva F. Matos, 2007. Disponívem em: < http://www.respostatecnica.org.br/dossie-tecnico/downloadsDT/MTky>
Como iniciar sua criação de codornas de forma prática. Alexander Kohler dos S. Carmo, 2010. Disponível em: < http://www.almanaquedocampo.com.br/imagens/files/Criar%20codornas.pdf>

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