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Tema 02 Demonstrações Financeiras

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Contabilidade Geral
Autor: Gisele Zanardi
Tema 02
Demonstrações Financeiras
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Como citar este material:
ZANARDI, Gisele. Contabilidade Geral: 
Demonstrações Financeiras. Caderno de 
Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 
2014.
Tema 02
Demonstrações Financeiras
SeçõesSeções
Tema 02
Demonstrações Financeiras
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Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
•	 As demonstrações financeiras exigidas pela Lei das Sociedades Anônimas.
•	 A finalidade de cada demonstração financeira.
•	 A mudança na Lei das Sociedades Anônimas.
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
•	 Qual o principal objetivo das Demonstrações Financeiras?
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Contabilidade Financeira, dos 
autores Alessandra Cristina Fahl e José Carlos Marion, Anhanguera Publicações, 2. ed., 
São Paulo: Saraiva, 2013. (Livro-Texto 707)
Roteiro de Estudo:
Gisele ZanardiContabilidade Geral 
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CONTEÚDOSEHABILIDADES
LEITURAOBRIGATÓRIA
•	 Qual a finalidade da Demonstração do Fluxo de Caixa?
•	 Qual a diferença entre o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado?
•	 Para que serve a Demonstração do Valor Adicionado?
Demonstrações Financeiras
As Demonstrações Financeiras ou Demonstrações Contábeis são relatórios que demonstram 
toda a movimentação do patrimônio da empresa. E é por meio desses relatórios que se têm 
as informações para a tomada de decisão.
 Conforme Coelho e Lins (2010), a primeira norma legal que exerceu alguma regulamentação 
sobre a contabilidade foi o Código Comercial Brasileiro – Lei 556, de 25/06/1850. A 
escrituração mercantil era uma obrigação dos comerciantes e permaneceu até o século 
seguinte. 
 O Decreto-lei 2.627/1940 surgiu para determinar algumas regras e a obrigatoriedade de 
alguns demonstrativos contábeis para as Sociedades Anônimas. E a Lei 6.404/1976 veio 
a substituir o decreto-lei anterior com algumas mudanças. Por sua vez, a Lei 6.404/1976 
foi modificada em alguns dispositivos pelas Leis 11.638/2007 e 11.941/2009. Conforme 
Coelho e Lins (2010, p. 14), “essa com certeza é uma das principais mudanças em toda a 
legislação societária no Brasil”. 
 Com a alteração da Lei 6.404/1976, o Brasil entrou na era da Contabilidade Internacional. 
Esses ajustes na lei foram sugeridos em 2000, por meio de um Projeto de Lei enviado ao 
Congresso Nacional.
 Foi criado também o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) em 2005, por meio da 
Resolução CFC 1.055/2005. De acordo com Coelho e Lins (2010, p. 14), 
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LEITURAOBRIGATÓRIA
O CPC é um órgão idealizador de normas e pronunciamentos formado a 
partir da união de esforços e comunhão de objetivos das principais entidades 
nacionais:
•	 Associação Brasileira das Companhias Abertas (ABRASCA);
•	 Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de 
Capitais (APIMEC);
•	 Bolsa de Valores do Estado de São Paulo (BOVESPA);
•	 Conselho Federal de Contabilidade (CFC);
•	 Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras 
(FIPECAFI) e Instituto Brasileiro dos Contadores (IBRACON).
•	 Além dos membros efetivos, são também convidados a participar das 
reuniões e decisões os seguintes órgãos:
•	 Banco Central do Brasil;
•	 Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
•	 Secretaria da Receita Federal;
•	 Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
Devido ao CPC, a contabilidade brasileira passa a ter uma estrutura mais organizada, e, 
assim, Pronunciamentos Técnicos são emitidos com o objetivo de adequar as normas 
contábeis ao padrão internacional.
De acordo com Fahl e Marion (2013, p. 56), “O tratamento das demonstrações financeiras 
varia de acordo com o tipo de constituição das sociedades empresariais”.
As Sociedades Anônimas também são conhecidas como Sociedades por Ações, visto que 
seu capital é dividido em ações, e os seus proprietários são conhecidos como acionistas. As 
Sociedades Anônimas podem ser classificadas em Capital Fechado (ações pertencentes 
aos sócios da empresa) ou Capital Aberto (ações negociadas na Bolsa de Valores). 
De acordo com a Lei 6.404/1976, atualizada pelas Leis 11.638/2007 e 11.941/2009 – Lei 
das Sociedades Anônimas: 
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LEITURAOBRIGATÓRIA
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na 
escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, 
que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as 
mutações ocorridas no exercício:
I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício; e 
IV - demonstração dos fluxos de caixa; e 
V - se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
Exercício social é o período de 12 meses em que a empresa demonstra toda sua 
movimentação (registro dos fatos) por meio dos relatórios exigidos. Não há a necessidade 
de este período coincidir com o ano civil (de 1º de janeiro a 31 de dezembro).
Para o fisco, é necessário que as empresas que utilizam o lucro real apurem seus resultados 
em 31 de dezembro. Se a empresa utilizar a data do exercício social diferente do ano civil, 
ela deverá fazer ajustes para atender o fisco.
Agora, vamos acompanhar a explicação de cada relatório exigido pela Lei da Sociedade 
Anônima.
O Balanço Patrimonial é um dos relatórios mais importantes da empresa. Nele se encontram 
todos os bens, direitos e obrigações, além da situação líquida (positiva, negativa ou nula). O 
Balanço Patrimonial demonstra a posição financeira e patrimonial da entidade (Figura 2.1).
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LEITURAOBRIGATÓRIA
Figura 2.1 Balanço Patrimonial.
A Demonstração do Resultado do Exercício, também conhecida como DRE, demonstra 
a posição econômica da entidade (Figura 2.2). É neste relatório que é feito a comparação 
das receitas, custos e despesas da empresa.
Figura 2.2 DRE.
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A Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados é um relatório que mostra toda 
a movimentação durante o exercício social da conta de Lucros ou da conta de Prejuízos, se 
houver.
Antes de a Lei 6.404/1976 sofrer atualização, existia uma conta que se chamava Lucros 
ou Prejuízos Acumulados, que fazia parte do Patrimônio Líquido (Situação Líquida) da 
empresa. Após atualizações da lei, ficou definido que todo o lucro que a empresa obtiver 
deverá ser distribuído, ou seja, esta conta não deverá ter saldo. 
Houve uma separação das contas de Lucros e Prejuízos. Se houver lucro, o lucro deverá ser 
distribuído na forma de dividendos (distribuição para os sócios ou acionistas) ou reservas, 
e por este motivo a conta deverá ter saldo zero. Se houver prejuízo, haverá uma conta 
discriminada no Balanço Patrimonial como Prejuízos Acumulados, e seu valor deverá ser 
negativo.
Muitas empresas preferem substituir o relatório da Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acu-
mulados por um relatório que se chama Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, 
também conhecido como DMPL (Figura 2.3). Este relatório é muito mais completo, pois demonstra 
toda a movimentação do Patrimônio Líquido da empresa em vez de demonstrar somente uma conta 
do Patrimônio Líquido (Lucro ou Prejuízo). 
Art. 186. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará:
I - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção 
monetária do saldo inicial;
 II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros 
incorporada ao capital e o saldo ao fim do período.
 § 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os 
decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação deerro 
imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a 
fatos subseqüentes.
§ 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o 
montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na 
demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada 
pela companhia.
LEITURAOBRIGATÓRIA
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Figura 2.3 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
 A Demonstração do Fluxo de Caixa, também conhecida como DFC, tornou-se obrigatória a partir da 
Lei 11.638/2007. Este relatório demonstra toda a movimentação da conta Caixa e Equivalentes de Caixa 
(Bancos e Aplicações Financeiras de altíssima liquidez e que apresentam risco insignificante). 
 De acordo com a Lei 6.404/1976 atualizada, 
Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 
desta Lei indicarão, no mínimo:
I – demonstração dos fluxos de caixa – as alterações ocorridas, durante o 
exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas 
alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos: 
a) das operações; b) dos financiamentos; e c) dos investimentos.
 As atividades operacionais poderão ser apresentadas pelo método Direto ou Indireto.
 De acordo com a Lei 6.404/1976 atualizada, 
§ 6º A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior 
a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e 
publicação da demonstração dos fluxos de caixa.
LEITURAOBRIGATÓRIA
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 Antes da atualização da Lei era exigido um relatório que se chamava Demonstração das Origens e 
Aplicações de Recursos (DOAR), sendo substituído pela Demonstração dos Fluxos de Caixa (Figura 
2.4).
MÉTODO INDIRETO 2012 2011 MÉTODO DIRETO 2012 2011
Atividades Operacionais Atividades Operacionais
Resultado Líquido Recebimento de Clientes
(+/-) Ajustes que não representam entrada nem saída 
de caixa Recebimento de Receitas Financeiras
(+) Depreciação e Amortização Recebimento de Dividendos
(+) Provisão para Devedores Duvidosos Pagamento a Fornecedores
(+/-) Resultado na Venda do Imobilizado Pagamento de Salários e Encargos
(+/-) Variação de Contas a Receber Pagamento de Imposto de Renda 
(+/-) Variação de Estoques Pagamento de Impostos s/ Vendas
(+/-) Variação de Despesas Antecipadas Pagamento de Despesas Financeiras
(+/-) Variação de Contas a Pagar (Fornecedores) Outros Recebimentos ou Pagamentos Líquidos
(+/-) Variação de Salários a Pagar 
(+/-) Variação de Outros Ativos Circulantes
(+/-) Variação de Outros Passivos Circulantes
Total do Fluxo de Caixa das Operações Total do Fluxo de Caixa das Operações
Atividades de Investimentos Atividades de Investimentos
(+) Alienação (Venda) de Imobilizado ou Investimentos (+) Alienação (Venda) de Imobilizado ou Investimentos
(-) Aquisição de Imobilizado ou Investimentos (-) Aquisição de Imobilizado ou Investimentos
(+) Empréstimos a Terceiros (+) Empréstimos a Terceiros
Total do Fluxo de Caixa dos Investimentos Total do Fluxo de Caixa dos Investimentos
Atividades de Financiamentos Atividades de Financiamentos
(+) Recebimento de Integralização de Capital (+) Recebimento de Integralização de Capital
(+) Recebimentos de Empréstimos e Financiamentos (+) Recebimentos de Empréstimos e Financiamentos
(-) Pagamentos de Empréstimos e Financiamentos (-) Pagamentos de Empréstimos e Financiamentos
(-) Pagamentos dos lucros e dividendos (-) Pagamentos dos lucros e dividendos
Total do Fluxo de Caixa dos Financiamentos Total do Fluxo de Caixa dos Financiamentos
TOTAL GERAL TOTAL GERAL
Fluxo de Caixa Líquido (Variação de Caixa) Fluxo de Caixa Líquido (Variação de Caixa)
Saldo de Caixa do Início do Período Saldo de Caixa do Início do Período
Saldo de Caixa do Final do Período Saldo de Caixa do Final do Período
Figura 2.4 Demonstração do Fluxo de Caixa.
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) (Figura 2.5), conforme Silva e Niyama (2011, 
p. 68) 
tem por objetivo evidenciar a riqueza econômica produzida pela companhia 
em determinado exercício e apresentar como essa riqueza é distribuída entre 
empregados, acionistas, financiadores de capital, governo, comunidade e a 
parcela retida na empresa para reinvestimento.
LEITURAOBRIGATÓRIA
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LEITURAOBRIGATÓRIA
A - GERAÇÃO DO VALOR ADICIONADO 2012 2011
1 - RECEITAS
1.1 - Vendas de Mercadorias, produtos e serviços (inclui tributos)
1.2 - Provisão para Devedores Duvidosos - Reversão / Constituição
1.3 - Outras Receitas Operacionais
2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui tributos)
2.1 - Custo das Mercadorias, produtos e serviços vendidos
2.2 - Matérias-primas e insumos consumidos
2.3 - Materiais, energia, serviços de terceiros
2.4 - (Perda) / Recuperação de valores ativos (estoque)
3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2)
4 - RETENÇÕES
4.1 - Depreciação, Amortização e Exaustão
5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO (3-4)
6 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO EM TRANSFERÊNCIA
6.1 - Resultado de equivalência patrimonial e dividendos
6.2 - Receitas Financeiras (juros e aluguéis)
7 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6)
B - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
8 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (7 = 8)
8.1 - Remuneração do Trabalho (pessoal e encargos)
8.2 - Remuneração do governo (impostos, taxas e contribuições)
8.3 - Remuneração do capital de terceiros (juros, aluguéis, etc) 
8.4 - Remuneração dos acionistas (juros s/ cap próprio e dividendos)
8.5 - Remuneração retida (lucros retidos/ prejuízo do exercício)
Figura 2.5 Demonstração do Valor Adicionado.
Seguem mais algumas informações a respeito das Demonstrações Financeiras, de acordo 
com o Art. 176:
§ 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação 
dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior.
§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os 
pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza 
e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; 
mas é vedada a utilização de designações genéricas, como “diversas contas” 
ou “contas-correntes”.
§ 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo 
a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação 
pela assembléia-geral.
§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e 
outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para 
esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.
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§ 5º As notas explicativas devem: 
I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações 
financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para 
negócios e eventos significativos; 
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil 
que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações 
financeiras;
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações 
financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e 
IV – indicar: 
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente 
estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição 
de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas 
prováveis na realização de elementos do ativo; 
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, 
parágrafo único); 
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações 
(art. 182, § 3o); 
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas 
a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; 
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a 
longo prazo; 
f) o número, espécies e classes das ações do capital social; 
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e 
i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, 
ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados 
futuros da companhia.
LEITURAOBRIGATÓRIA
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Notas explicativas são informações adicionais que a Lei exige para complemento das 
Demonstrações Financeiras. De acordo com o Art. 176, § 5º, ela precisa obedecer a todos 
os critérios descritos. 
 De acordo com o Art. 177, 
A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com 
obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios 
de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios 
contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o 
regime de competência.
§ 3º As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, 
ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão 
obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentes nela 
registrados. 
§ 4º As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e 
por contabilistas legalmente habilitados.
§ 5º As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que se 
refere o § 3º deste artigo deverão ser elaboradas em consonância com os 
padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de 
valores mobiliários. 
§ 6º As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre 
demonstrações financeiras expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários 
para as companhias abertas.
LEITURAOBRIGATÓRIA
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LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Leia o artigo: “Negócio Próprio: Tipos e Sociedades Empresariais”. Disponível em: 
<http://www.empresassa.com.br/2010/04/negocio-proprio-tipos-de-sociedades.html>. 
Acesso em: 03 fev. 2014. 
Este artigo mostra os tipos de sociedades empresariais.
Consulte o site Sare – Unianhanguera e leia o artigo: “Fluxo de Caixa: ferramenta estratégica 
e base de apoio ao processo decisório nas micro e pequenas empresas”. Disponível em: 
<http://sare.anhanguera.com/index.php/rcger/article/view/1682/1434>. Acesso em: 03 fev. 
2014. 
É uma publicação bastante interessante da Revista de Ciências Gerenciais da Anhanguera 
Educacional.
Acesse o site do Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Disponível em: <http://www.cpc.
org.br/pdf/CPC_09.pdf>. Acesso em: 03 fev. 2014. 
O pronunciamento nos mostra objetivo, definição e características da DVA. 
Acesse o artigo: “A importância do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do 
Exercício na Gestão Econômica e Financeira das Empresas”. Disponível em:
<http://www.faete.edu.br/revista/ARTIGO%20PAULO.pdf>. Acesso em: 03 fev. 2014. 
O artigo nos mostra a importância das demonstrações financeiras para a confecção de 
relatórios úteis para a tomada de decisão.
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LINKSIMPORTANTES
Vídeos
Assista ao vídeo: Relatórios Contábeis. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=Wj31_vs5_8k>. Acesso em: 03 fev. 2014.
O vídeo nos mostra os tipos de Relatórios Contábeis com ênfase no Balanço Patrimonial. 
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
AGORAÉASUAVEZ
Questão 1:
Leia o Regimento Interno do CPC no se-
guinte endereço: <http://www.cpc.org.br/
regimento.htm>. Após a leitura, explique 
como é o funcionamento do CPC e quais 
são os documentos emitidos por ele. 
Questão 2:
De acordo com a Lei 6.404/1976, atualiza-
da pelas Leis 11.638/2007 e 11.941/2009 
– Art. 176, as empresas deverão elaborar 
as seguintes demonstrações: 
a) Balanço Patrimonial, Demonstração 
dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, 
Demonstração do Resultado do Exercício, 
Demonstração das Origens e Aplicações 
de Recursos e, se companhia aberta, a 
Demonstração do Valor Adicionado.
b) Balanço Patrimonial, Demonstração 
dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, 
Demonstração do Resultado do Exercício, 
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Demonstração dos Fluxos de Caixa e, se 
companhia fechada, a Demonstração do 
Valor Adicionado.
c) Balanço Patrimonial, Demonstração 
dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, 
Demonstração do Resultado do Exercício, 
Demonstração das Origens e Aplicações 
de Recursos e, se companhia fechada, a 
Demonstração do Valor Adicionado.
d) Balanço Patrimonial, Demonstração 
dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, 
Demonstração do Resultado do Exercício, 
Demonstração dos Fluxos de Caixa e, se 
companhia aberta, a Demonstração do 
Valor Adicionado.
Questão 3:
Em relação às Notas Explicativas, assinale 
V (Verdadeiro) ou F (Falso): 
a) As Notas Explicativas são informações 
adicionais ou complementares necessárias 
aos esclarecimentos das demonstrações 
financeiras.
b) As Notas Explicativas devem divulgar 
as informações exigidas pelas práticas 
contábeis adotadas no Brasil que não 
estejam apresentadas em nenhuma outra 
parte das demonstrações financeiras.
c) As Notas Explicativas devem demonstrar 
os investimentos em outras sociedades, 
independentemente de serem relevantes.
d) As Notas Explicativas devem divulgar o 
número, espécies e classes das ações do 
capital social.
Questão 4:
Em relação à Demonstração dos Fluxos de 
Caixa, assinale a alternativa incorreta:
a) A DFC é um relatório estritamente eco-
nômico, pois demonstra o valor da rique-
za da empresa.
b) A DFC é composta por três fluxos: ope-
racionais, investimentos e financiamentos.
c) As atividades operacionais poderão 
ser realizadas por meio de dois métodos: 
Direto e Indireto.
d) A DFC é um relatório financeiro e mos-
tra toda a movimentação na conta de cai-
xa e equivalentes de caixa. 
Questão 5:
Relacione a coluna da esquerda com a co-
luna da direita. Qual a situação que cada 
relatório demonstra?
AGORAÉASUAVEZ
a) Balanço 
Patrimonial 
b) Demonstração do 
Resultado
( ) Social
( ) Movimentação 
do PL
19
AGORAÉASUAVEZ
Questão 6:
A contabilidade no Brasil passou por uma 
grande mudança desde a publicação da 
Lei 11.638/2007 e, posteriormente, da Lei 
11.941/2009. Ela entrou na era da conta-
bilidade internacional com o intuito de har-
monizar as normas contábeis. De acordo 
com esta afirmação, responda:
Há possibilidades de retorno da contabili-
dade para a fase antiga? Explique.
Questão 7:
Se determinada empresa elaborar a De-
monstração das Mutações do Patrimônio 
Líquido em vez das Demonstrações dos 
Lucros ou Prejuízos Acumulados, ela está 
contrariando a Lei 6.404/1976?
Questão 8:
A DVA é considerada essencial para a 
análise da geração e distribuição da rique-
za de uma empresa, bem como para seu 
processo de integração com a comunida-
de. Analisando a DVA da empresa Eletro-
brás, identifique qual é o maior porcentual 
de distribuição da riqueza nos anos 2010 e 
2011?
Para visualizar a DVA, basta acessar o site 
da Eletrobrás. Disponível em: 
<http://www.eletrobras.com/elb/data/Pa-
ges/LUMISA36D8C89PTBRIE.htm>. Aces-
so em: 03 fev. 2014.
Questão 9:
De acordo com o Art. 177, §3º da Lei 
6.404/1976, “As demonstrações financeiras 
das companhias abertas observarão, ain-
da, as normas expedidas pela Comissão 
de Valores Mobiliários e serão obrigatoria-
mente submetidas à auditoria por auditores 
independentes nela registrados”.
Acesse o site a seguir: <http://www.ibracon.
com.br/ibracon/Portugues/detInstitucional.
php?cod=22>. Explique qual a principal 
função do auditor independente e qual opré-requisito para se tornar um auditor.
Questão 10:
Acesse o CPC 26 (<http://www.cpc.org.br/
pdf/CPC26.pdf>) e responda: Qual a prin-
cipal finalidade das Demonstrações Finan-
ceiras? 
c) Demonstração do 
Valor Adicionado
d) Demonstração 
das Mutações do PL
( ) Econômica
( ) Patrimonial e 
Financeira
20
As demonstrações financeiras são exigidas pela Lei da SA 6.404/1976 atualizada 
pelas Leis 11.638/2007 e 11.941/2009 em seu artigo 176. A empresa tem a obrigação de 
demonstrar no final de cada exercício social os seguintes relatórios: Balanço Patrimonial, 
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração do Resultado do 
Exercício, Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração do Valor Adicionado, se 
companhia aberta, e Notas Explicativas.
Cada demonstração tem uma finalidade diferente, mas seu conjunto forma toda a estrutura 
de informações para a tomada de decisão.
Apesar de a Lei 6.404/1976 ser específica para os tipos de Sociedades Anônimas, outros 
tipos de empresas também podem utilizá-la como base para a elaboração das demonstrações 
financeiras.
Com a atualização da Lei das Sociedades Anônimas, o Brasil ingressou na era da 
contabilidade internacional. Esta foi uma grande mudança na história da contabilidade. Os 
profissionais contábeis precisam se atualizar com as novas regras e normas contábeis.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
FINALIZANDO
21
BRASIL. Lei nº 6.404/1976, Lei das S/A – Sociedades por Ações. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm.>. Acesso em: 03 fev. 2014.
COELHO, Claudio Ulysses Ferreira; LINS, Luís dos Santos. Teoria da Contabilidade: 
Abordagem Contextual, Histórica e Gerencial. São Paulo: Atlas, 2010.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamentos. Disponível em: 
<http://www.cpc.org.br/pdf/CPC26.pdf>. Acesso em: 03 fev. 2014.
_______. Pronunciamentos. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/regimento.htm>. Acesso 
em: 03 fev. 2014. 
FAHL, Alessandra Cristina; MARION, José Carlos. Contabilidade Financeira. 3. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2012. 
SILVA, Carlos Augusto Tibúrcio; NIYAMA, Jorge Katsumi. Contabilidade para Concursos e 
Exame de Suficiência. Ed. Especial. São Paulo: Atlas, 2011. 
REFERÊNCIAS
22
Balanço Patrimonial: demonstração financeira que mostra a situação patrimonial e 
financeira da entidade.
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido: demonstração financeira que 
mostra a movimentação das contas do Patrimônio Líquido. 
Demonstração de Resultados: demonstração financeira que mostra a situação econômica 
da entidade.
Demonstração dos Fluxos de Caixa: demonstração financeira que mostra a movimentação 
do caixa e equivalentes de caixa.
Demonstrações Financeiras: relatórios exigidos por lei, também conhecidos como 
demonstrações contábeis.
Questão 1
Resposta: Os membros do CPC serão reunidos uma vez por mês, com a presença de mais 
da metade dos seus membros na sede do Conselho Federal de Contabilidade em Brasília, 
ou na sede do Conselho Regional de Contabilidade em São Paulo, ou na sede de uma das 
entidades componentes do CPC.
GLOSSÁRIO
GABARITO
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Para a aprovação dos pronunciamentos técnicos, é necessária a aprovação de 2/3 dos 
membros do CPC. Sempre serão convidados para as reuniões dois representantes de cada 
uma das entidades (CVM, BACEN, SUSEP, SRFB, FEBRABAN, CNI). 
O CPC estuda, pesquisa, elabora e delibera o conteúdo e a redação dos pronunciamentos 
técnicos. O pronunciamento técnico é identificado pela sigla CPC seguida por um número. 
Após aprovação, os pronunciamentos técnicos serão divulgados com o Sumário, Termo de 
Aprovação e Relatório de Audiência Pública.
Há também as interpretações que são emitidas para esclarecer os pronunciamentos 
técnicos, identificados pela sigla ICPC seguida por um número. As interpretações, após 
aprovadas, serão divulgadas com o Termo de Aprovação e Relatório de Audiência Pública, 
quando houver. 
Como os pronunciamentos devem estar de acordo com as normas internacionais, o CPC 
dará conhecimento público para aprimoramento ou correções em documentos já editados.
Questão 2
Resposta: Alternativa D
Questão 3
Resposta: V, V, F, V
Questão 4
Resposta: Alternativa A
Questão 5
Resposta: C, D, B, A
Questão 6
Resposta: Não há nenhuma possibilidade de retorno da contabilidade para a fase antiga. 
A lei foi reformulada para se adaptar às mudanças econômicas e sociais decorrentes da 
evolução da sociedade e dos mercados.
GABARITO
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GABARITO
Questão 7
Resposta: Não, pois, de acordo com o Art. 186, § 2º a DLPA poderá ser incluída na 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
Questão 8
Resposta: Em 2010, 32% para pessoal; em 2011, 31% para pessoal.
Questão 9
Resposta: A principal função do auditor independente é assegurar a credibilidade das 
informações financeiras e emitir opinião sobre a situação financeira e patrimonial das 
entidades. Esse profissional precisa ser formado no curso de Ciências Contábeis.
Questão 10
Resposta: A principal finalidade das demonstrações financeiras, de acordo com o CPC 
26, é “proporcionar informação acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho 
e dos fluxos de caixa de uma entidade que seja útil a um grande número de usuários em 
suas avaliações e tomada de decisões econômicas. As demonstrações contábeis também 
objetivam apresentar os resultados da atuação da Administração na gestão da entidade e 
sua capacitação na prestação de contas quanto aos recursos que lhe foram confiados”.
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