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rta freudiana, essa palavra seria incontestavelmente in 1. ue vivem o seu tempo e contribuem ou alteram, radicalmente, o desenvolvimento do conhecimento. e alterou, onhos, os esquecimentos, a interioridade do homem, como probl eoria, a um 1 J. Laplanche e J.-B. Pontalis. p. 307. . Enquanto teoria, caracteriza-se por um conjunto de conhecimentos sistematizados sobre o extensa obra, durante toda a sua vida, relatando suas descobertas e formulando leis gerais sobre a estrutura e o funcionamento da psique humana. A caracteriza-se pelo os atos falhos. A busca o autoconhecimento ou a [pg. 70] ra psicoterapias, com grupos, importante para a es: as novas ualismo no mundo significa percorrer novamente o trajeto pessoal de Freud, desde a origem dessa obra torna-se mais significativa quando descobrimos que grande parte de sua de suas obras, como sonhos e A psicopatologia da vida cotidiana, dentre outras. Sigmund Freud interiores, pois se ela foi realizada por Freud, Freud formou-se em Medicina na Universidade de Viena, em 1881, e especializou-se em Psiquiatria. Trabalhou algum tempo em um ogia no instituto onde dedicar-se estudo para Paris, que tratava as histerias com hipnose. Em 1886, retornou a [pg. 71] Viena e voltou a clinicar, e seu principal instrumento de trabalho n 3. co e Nesse sentido, o caso de uma paciente de Breuer foi significativo. Ana O. apresentava um conjunto de sintomas que a fazia sofrer: paralisia com nsamento. Esses do pai enfermo. ido pensamentos e afetos que se referiam a um desejo de que o pai mor intomas. ndicar a origem 2 R. Mezan. Freud: a trama dos conceitos, p. 35. 3 que podem ter determinado o surgimento de um provocar o desaparecimento do sintoma. de seus sintomas, mas, sob o efeito da hipnose, relatava a origem de riores da paciente, Este pai, o desejo inconsciente da morte do pai enfermo. Breuer denominou o tratamento que possibilita a o dos sintomas. Freud, em sua Autobiografia, . Posteriormente, [pg. 72] m tantos 5, perguntava-se Freud. , e era exatamente por isso que havia sido esquecido e o pe significava, necessariamente, sempre algo ruim, mas podia se referir a algo bom que se perdera ou que fora intensamente desejado. Quando 4 R. Mezan. Op. cit. p. 52. 5 S. Freud. Autobiografia. In: Obras completas. Ensayos XCVIII AL CCIII. Madri, Biblioteca Nueva.T. III. p. 2773 (Trecho trad. autores). o com os pacientes u que, muitas vezes, e se opunha a tornar consciente, a revelar um pensamento, Freud denominou E chamou de inconsciente. Tais descobertas A PRIMEIRA TEORIA SOBRE Em 1900, no livro Freud apresenta a nto da e consciente. inconsciente 7 [pg. 73] podem ter sido conscientes, em algum momento, e ter sido reprimido para o inconsciente, ou podem ser genuinamente inconscientes. O 6 Id. ibid. p. 2774. 7 J. Laplanche e J.-B. Pontalis. Op. cit. p. 306. de passado e presente. refere-se ao sistema onde permanecem ode estar. consciente o mundo interior. principalmente a o. A DESCOBERTA DA SEXUALIDADE INFANTIL re as causas e o funcionamento das neuroses, descobriu que a maioria de pensamentos e desejos reprimidos referiam-se a conflitos de ordem sexual, localizados que na vida infantil imidas, que se configuravam como origem dos sintomas atuais, e confirmava-se, desta xam marcas colocam a dominantes. homem como na inantes de que o . libido, 8. [pg. 74] No processo de desenvolvimento um desenvolvimento progressivo que levou Freud a postular as fases do desenvolvimento sexual em: fase oral (a fase anal (a (a que fase genital, mais no genital, incluindo uanto outros autores nfantil. ncias sucedem-se. Desses eventos, destaca-se o ival que impede seu 8 S. Freud. Op. cit. p. 2777. zona de prazer. escolhendo-o como modelo de comportamento, passando a internalizar as regras e as normas sociais representadas e impostas pela autoridade paterna. Posteriormente, por medo da perda do amor [pg. 75] pela riqueza do mundo social e do social, pois tem invertidas as EXPLICANDO ALGUNS CONCEITOS Antes de prosseguirmos um pouco mais acerca das descobertas ns conceitos que nicos e compreender a continuidade do desenvolvimento de sua teoria. Freud, inicialmente, entendia que todas as cenas relatadas pelos pacientes tinham de fato ocorrido. Posteriormente, descobriu que poderiam ter sido imaginadas, realidade realidade objetiva. o a sua natureza . A origem ltaneamente. 3. A de um Eros Tanatos morte, pode ser autodestrutiva ou estar dirigida para fora e se 4. Sintoma, um de um conflito O sintoma, ao mesmo tempo que sinaliza, busca encobrir um conflito, substituir a partida da r os processos [pg. 76] Os sintomas mento; hoje, o mer. Entre 1920 e 1923, Freud remodela a teoria do apare introduz os conceitos de id, ego e superego sistemas da personalidade. O id e se . O ego razer para buscar a ealidade. Neste o evitamento do sentimentos, pensamento. O superego oridade. A moral, os ego refere-se a sentimento de culpa. Neste estado, o alguma coisa erigosa ou , como o pai, por e do cuidado desta figura de autoridade. Portanto, por medo dessa perda, deve-se evitar fazer ou desejar o, existe a culpa. ade s precisa lhe dizer mento, o desejo de [pg. 77] como esconder de si mesmo esse desejo pelo proibido. Com isso, o mal-estar instala-se de autoridade sobre o de culpa origina-se na sistemas, e-se ao inconsciente, inconscientes. tem enquanto conjunto de e se constitui como da sociedade em que vive. OS MECANISMOS u do mundo interno, pode ser algo muito constrangedor, doloroso, desorganizador. Para evitar este desprazer, a pesso externas, afasta amento. para realizar mecanismos de defesa. lui da desta forma, o da realidade externa canismos, que xterior. Recalque: te a altera, deforma o sentido do todo. E como se, ao le [pg. 78] sa, e isto ao suprimir a dos mecanismos alidade. o ego procura afastar o desejo que vai em a uma atitude oposta o, no caso, um desejo agressivo intenso. Aquilo que aparece (a atitude) visa esconder desejo), para e poderia ser o filho, do qual tem muita raiva porque atribui a ele muitas de suas dificuldades or admitir essa na mesa, aos a barata. interno. percebe aquilo que foi projetado como algo seu que considera gas por serem fica os estados justifica as irracional e utiliza para isto o material [pg. 79] fornecido pela cultura, dor excessivo is; e as ivos que eclodem na guerra, no preconceito e na defesa da pena de morte. tros: nossa vida defender de perigos estes mecanismos desvendamento pode nos fazer superar essa falsa con Como justificar a guerra? hecidos e inconscientes que determinam, em grande parte, a conduta dos homens tar, o sofrimento. onhecimento, que possibilita lidar com o sofrimento, criar mecanismo dificuldades, dos conflitos e dos submetimentos em nte de cada Nesta tarefa, muitas vezes bastante desejada pelo p cientemente, as respondeu, durante , exclusivamente, ao do [pg. 80] psiquiatra e psicanalista D. W. Winnicott,cujos pr transmitidos na Europa, durante a Segunda Guerra Mundial, orientavam Ana Freud para a entes em Atualmente, e inclusive no Brasil, os psicanalistas ra a pesquisa e aumento do envolvimento do adolescente com a criminalidade, o surgimento de novas (antigas?) formas de sofrimento produzidas pelo Enfim, eles procuram compreender os no social que visam superar o mal-estar na civiliza O mal-estar na te faz pensar e ver o que mais nos incomoda: a possibilidade constante de compreender interpretativo. squecimentos, as caminhos de acesso ada palavra, cada singular. [pg. 81] aliza-se SOBRE O INCONSCIENTE Que significa haver o inconsciente? Em primeiro lugar (...) uma na mente das . Veja os sonhos, por exemplo. Dormindo, produzimos estranhas mos qual. Chegamos a pensar que nos anunciam o futuro, simplesmente porque parecem anunciar algo, querer comunicar algum sentido. Freud, tratando dos e com bastante interpretativa era mais ou menos assim. Tomava as v sonho, seu ou alheio, e fazia com que o sonhador as assim que os sonhos diziam respeito, em parte, aos acontecimentos do dia anterior, antis do sujeito. que produz os sonhos. Vejamos as mais conhecidas. C uma figura que aparece nos sonhos, uma pessoa, uma e aquilo ao mesmo a do que o sonho interpretado. Outro processo, chamado deslocamento, entos que, quando sonho aparece, Digamos que o sonho, como um estudante desatento, coloca riando um drama uilo por esquilo... ide na forma final do ) nventa para ens, uma fonte de motivos que explicam o que de outra forma ficari como o medo de baratas ou a necessidade de autopuni supomos que opere na mente das pessoas, sem no entanto afirmar que, pela s Passos, 12) p. 33-6. [pg. 82] 3. Quais foram as descobertas finais que configurar 4. Como se caracteriza a primeira teoria sobre a estrutura do aparelho 5.O que Freud descobriu de importante sobre a sexualidade? 6.Como se caracterizam as fases do desenvolvimento sexual? 12. Como se caracteriza a segunda teoria do aparelh fesa do ego? s sonhos nos ncia para essa fosse preciso concentrar numa palavra a descoberta freudiana, essa palavra seria incontestavelmente 3. 4. Pesquisem e discutam textos de psicanalistas cuj (Folha de S. Paulo, por exemplo). Dois psicanalista e Contardo Calligaris. [pg. 83] Para o aluno O que atraente. Renato Mezan em seu livro Sigmund Freud, ricamente o e Freud e os cia para se iniciar Para o professor no Brasil idas sua Autobiografia Cinco O livro gia de Charles Brenner (5. ed. Rio de Janeiro, Imago, 1 bastante utilizado pelos iniciantes no estudo da Ps como as diferentes formas de conceituar o mesmo fen processo na teoria de S. Freud, existe o livro de J. Laplanche e J.-B. Pontalis, focando sua teoria [pg. 84]