Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Branda de Oliveira de Lima, Turma LVI - MedUnicamp ANATOMIA MACROSCÓPICA E MICROSCÓPICA DO OLHO 1. FORMAÇÃO ÓSSEA DA ÓRBITA A parede superior é formada pelos ossos frontal e esfenóide; a parede medial pelo etmóide, esfenóide, lacrimal e frontal; a parede inferior ou assoalho pela maxila, zigomático e palatino; a parede lateral pelo processo frontal do zigomático e asa maior do esfenóide. O ápice da órbita fica no canal óptico, formado pela asa menor do esfenóide. - margem superior: osso frontal - margem inferior: ossos maxilar e zigomático - margem medial: ossos frontal, lacrimal e maxilar - margem lateral: ossos zigomático e frontal Branda de Oliveira de Lima, Turma LVI - MedUnicamp 2. ESTRUTURAS NÃO ÓSSEAS DA ÓRBITA A órbita possui tecido conjuntivo e corpo adiposo para dar suporte ao bulbo do olho e limitar as rotações oculares. As estruturas mais importantes e com relação clínica são o Septo Orbital, a Bainha do Bulbo do Olho, os Ligamentos de restrição, o Ligamento Suspensor do Bulbo e o Periósteo. Temos também o Anel Tendíneo Comum que faz parte do Canal óptico e Fissura orbital superior. O SEPTO ORBITAL é um prolongamento do periósteo da órbita que passa por dentro das pálpebras. Se une ao tendão do M. Levantador da Pálpebra na pálpebra superior e com os tarsos das duas pálpebras. É perfurado pelos tendões do mm Reto Inferior, Oblíquo Inferior e nervos e vasos lacrimais, supratrocleares, infratrocleares e supraorbitais. A BAINHA DO BULBO DO OLHO (ou Cápsula de Tenon), é uma bainha fascial fina que envolve o bulbo do olho desde o NO até a junção Corneoescleral, separando-o do tecido adiposo da órbita e formando uma cavidade ao redor do bulbo do olho para que os movimentos possam ocorrer sem atrito. Ela é perfurada pelos tendões dos mm extrínsecos do olho e algumas fibras dessa bainha continuam como fascia muscular, importante para a restrição do movimento. A bainha muscular do M. Reto Inferior é fundida com a da pálpebra inferior para que quando olhe para baixo a pálpebra inferior também se contraia para podermos ver. A bainha muscular do M. Reto Superior também é fundida com a da pálpebra superior pelo mesmo motivo. Branda de Oliveira de Lima, Turma LVI - MedUnicamp As fáscias musculares dos mm retos são muito fortes e se ligam às paredes orbitais por LIGAMENTOS DE RESTRIÇÃO. Temos também os LIGAMENTOS SUSPENSORES DO BULBO que é tipo uma rede de fibras abaixo do Bulbo que segura o olho no lugar, ficando na posição mesmo com a retirada da maxila (retirada do assoalho da órbita). A gordura (CORPO ADIPOSO da órbita) ajuda a estabilizar a posição do bulbo do olho e também atua como um soquete dentro do qual o olho pode rodar. Condições que resultam em volume global aumentado do corpo adiposo da órbita, por exemplo, hipertireoidismo (doença de Graves), podem levar à protrusão do bulbo do olho para a frente (exoftalmia). O ANEL TENDÍNEO COMUM é um anel fibroso que circunda o Canal Óptico e a Fissura Orbital Superior. Ele origina o tendão dos quatro Músculos Retos (Reto Lateral, Reto Medial, Reto Superior e Reto Inferior). Dentro desse anel tendíneo temos o Nervo Óptico e a Artéria Oftálmica, mais especificamente seu ramo direto, a A. Central da Retina (no Canal Óptico) e os nervos Oculomotor, e Abducente (Fissura Orbital Superior). Os nervos Troclear, Frontal e Lacrimal estão fora desse Anel Tendíneo. Há uma relação muito próxima anatomicamente entre os nervos do olho (incluindo o Nervo Óptico) com o ápice da órbita, fazendo com que lesões na órbita possam lesionar esses nervos e causar até perda visual. Branda Destacar Branda Destacar Branda Destacar Branda de Oliveira de Lima, Turma LVI - MedUnicamp 3. PÁLPEBRAS, TÚNICA CONJUNTIVA E APARELHO LACRIMAL A superfície do olho exposta (córnea – cúpula transparente em cima da íris- e esclera – branco do olho) é protegida pelas pálpebras e pela película de lágrima que fica entre a córnea/esclera e a Túnica Conjuntiva (mucosa da parte interna das pálpebras), evitando atrito e impurezas. A lágrima é secretada constantemente pelas Glândulas Lacrimais. As PÁLPEBRAS são pregas de pele que recobrem e protegem a parte anterior do olho e são fechadas reflexamente pelo M. Orbicular do Olho. Elas defendem o olho de lesões, de impurezas e da luz excessiva. O ato de piscar sempre e de modo autônomo faz com que tenhamos sempre uma película de lágrima bem distribuída entre a pálpebra e a córnea, evitando o dessecamento (distribui a película). A pálpebra superior é maior e mais móvel e contém o M. Levantador da Pálpebra Superior. Geralmente tem uma dobra que faz com que o olho fique mais aberto – os asáticos não tem essa prega, a pálpebra superior deles é lisa e cobre maior parte do olho, dando a impressão do olho ser menor (além de ter mais gordura na órbita). Alguns asiáticos ainda tem a dobra epicântica, a dobra de pele da pálpebra superior que cobre o canto medial do olho, enquanto os ocidentais tem o canto bem visível. A Pálpebra inferior é menor e cobre só uma pequena parte do olho. Não tem músculo próprio (só o Orbicular do Olho) e não se move muito ao fechar os olhos. É muito comum “descolar” da córnea nos idosos, o chamado Ectrópio. Isso pode causar irritação e lacrimejamento. Na superfície interior das pálpebras temos a TÚNICA CONJUNTIVA (ou Conjuntiva), que é uma mucosa transparente que recobre o interior das pálpebras e a superfície do olho, na junção corneoescleral (não fica só na pálpebra). A continuidade entre a túnica conjuntiva, o ducto lacrimonasal e a mucosa nasal é importante para disseminação de infecções. A conjuntiva é altamente vascular e próxima das glândulas tarsais (linhas amarelhadas), sendo importante no exame físico. O Tarso é um arcabouço de tecido conjuntivo denso que dá forma para as pálpebras e contém G. Tarsais que impedem o colabamento das pálpebras com o olho e impede que a secreção lacrimal escorra para fora do olho em condições normais (impede que choremos sempre). Inervação (Pálpebra e Túnica Conjuntiva): Ramos Oftálmicos e Maxilares do N. Trigêmio (V). O APARELHO LACRIMAL é formado pela G. Lacrimal principal e acessórias e as vias de drenagem lacrimal que desembocam na cavidade nasal (canalículos lacrimais > saco lacrimal > ducto nasolacrimal). O líquido lacrimal forma uma película pela esclera exposta e córnea. A Papila Lacrimal está no canto medial do olho e constitui um sistema de ductos que fazem a drenagem da lágrima. A película de lágrima desempenha várias funções importantes. Ao alisar irregularidades do epitélio corneano, ela cria uma superfície uniforme de boa qualidade óptica que é Branda Destacar Branda Destacar Branda Destacar Branda Destacar Branda Destacar Branda Destacar Branda de Oliveira de Lima, Turma LVI - MedUnicamp reformada com cada piscada. A interface ar-lágrima forma a principal superfície refrativa do sistema óptico do olho. Uma vez que a córnea é avascular, ela depende da película lacrimal para seu fornecimento de oxigênio. Quando o olho está aberto, a película de lágrima está em estado de equilíbrio com o oxigênio na atmosfera, e a troca gasosa tem lugar através da interface lacrimoepitelial. A G. Lacrimal produz a parte líquida da lágrima (semelhante ao plasma, com anticorpos e enzimas bactericidas). Está na parte Superolateral da órbita, ao lado do M. Levantador da Pálpebra Superior e no cadáver tem coloração idêntica. Os ductos da glândula se abrem em ductos para a córnea e esclera exposta. Ao piscar espalhamos a lágrimade lateral para medial, quando chega nos pontos lacrimais (nas Papilas Lacrimais), depois nos canalículos lacrimais (10mm, bem pequeno mas visível) que drenam para o Saco Lacrimal (parte dilatada dos canalículos – está na fossa do Osso Lacrimal) e, por fim, para o Ducto Nasolacrimal. Esse ducto nasolacrimal se abre no Meato Nasal Inferior, abaixo da concha nasal inferior. A drenagem da lágrima é feita constantemente para a cavidade nasal, caindo na faringe e engolimos sem perceber. REFLEXO DO LACRIMEJAMENTO: Irritação na conjuntiva e córnea ou gatilhos emocionais aumentam o volume lacrimal. O estímulo irritante é enviado pelos ramos do N. Oftálmico e N. Infraorbital e entram no cérebro, ativando o Núcleo Salivatório Superior (associado com o N. Facial) e também ativa os neurônios simpáticos da medula espinal torácica alta. A resposta ao estímulo (via eferente) ativa mais as G. Lacrimais e da túnica para produzirem mais e são levadas pelos nervos petrosos e do Gânglio pterigopalatino. Irrigação (G. Lacrimal): A. Lacrimal (ramo da Oftálmica) Inervação (G. Lacrimal): N. Lacrimal (ramo do N. Oftálmico, V) 4. BULBO DO OLHO E ESTRUTURAS INTRAOCULARES O olho é formado por duas partes: a Córnea (segmento anterior) e o Bulbo do Olho (segmento posterior - Esclera). Internamente aderida à Esclera temos a Corióide (membrana bem pigmentada, bem preta nas peças de anatomia) e o Corpo Ciliar (parte lisa mais externa à íris e com estrias brancas, nas peças) com a Íris (cor do olho). A Corióide recebe ainda a Retina Fotossensorial, que termina na ora serrata (borda serrilhada que marca a junção do corpo ciliar com a corióide). O Cristalino (lente) está atrás da íris e é suspenso pelos músculos lisos do corpo ciliar, que regulam a tensão e, assim, regulam sua forma e foco. Como a íris é muito pigmentada, não passa luz por ela, apenas pela pupila (orificio na íris). A íris também possui músculo liso em seu interior, regulando o tamanho da pupila e determinando o quanto de luz entra. A íris e o cristalino separam o olho em três câmaras. A maior delas é a CÂMARA POSTREMA, posterior ao cristalino e preenchida por humor vítreo (gel); preenche 2/3 do bulbo do olho. Entre a íris e o cristalino temos a CÂMARA POSTERIOR e entre a Branda Destacar Branda Destacar Branda de Oliveira de Lima, Turma LVI - MedUnicamp íris e a córnea temos a CÂMARA ANTERIOR, sendo ambas preenchidas por humor aquoso e cada uma ocupa 1/3 do bulbo. Branda Riscar Branda de Oliveira de Lima, Turma LVI - MedUnicamp O Humor Aquoso é produzido pelo epitélio do corpo ciliar (câmara posterior) e se difunde pela pupila para a câmara anterior e é drenado pelo seio venoso da esclera (interior à junção corneoescleral). Ele nutre o cristalino e a córnea, pois são estruturas avasculares. Qualquer interferência na drenagem do humor aquoso para o seio venoso da esclera aumenta a pressão intraocular e leva ao glaucoma. No GLAUCOMA, há redução da drenagem desse humor aquoso por diminuição do espaço entre a íris e a córnea, aumentando a pressão intraocular. A pressão elevada sustentada leva a defeitos progressivos no campo visual, quer devido a danos mecânicos diretos aos axônios de células ganglionares da retina (especialmente na parte intraocular do nervo óptico), quer devido a comprometimento do suprimento sanguíneo da parte intraocular do nervo óptico (pressão intraocular tão alta que comprime os vasos), ou ambos. • ESCLERA O revestimento fibroso externo do olho consiste na esclera posterior branca opaca e na córnea anterior transparente. Juntas, formam uma cápsula protetora semielástica que envolve o olho que, quando se torna túrgida devido à pressão intraocular, determina a geometria óptica do olho e garante que sua forma não se distorça quando se move. A esclera também promove a inserção dos músculos extrínsecos do bulbo do olho. A opacidade da esclera ajuda a garantir que apenas a luz que entra no olho através da pupila atinja a retina. A córnea, por outro lado, não só admite a luz como também seu filme lacrimal de revestimento é a principal superfície refrativa do olho. A Esclera cobre mais de 90% do olho e é contínua com a córnea na JUNÇÃO CORNEOESCLERAL (ou Limbo, é a linha azulada ao redor da córnea). É perfurada pelo N. Óptico no Disco Óptico 3mm para medial do plano mediano, e por vasos etc. Externamente, na parte exposta do olho, é coberta pela túnica conjuntiva e vasos. A parte interna da esclera anteriormente recebe o corpo ciliar. Posteriormente, quando o N. Óptico emerge do olho, a parte externa da esclera é substituída pelas meninges (duramáter, pia e aracnóide), recobrindo nervo e a A. Oftálmica. Branda Destacar Branda Destacar Branda de Oliveira de Lima, Turma LVI - MedUnicamp • CÓRNEA É a parte transparente em formato de cúpula externa à íris e é avascular. Tem uma linha azulada ao seu redor, marcando a junção corneoescleral (ou limbo). A córnea protege a superfície ocular de abrasão mecânica, forma uma barreira de permeabilidade (para pequenas moléculas, água e íons) e evita a entrada de agentes patogênicos. Inervação da Córnea: ramos do N. Oftálmico (V). • CORIÓIDE A junção da corióide, corpo ciliar e íris formam a túnica vascular do olho, chamada Úvea. A corioide é uma camada fina de células altamente vascularizadas e muito pigmentadas (bem preta no formol) e que recobre internamente a esclera. É perfurada também pelo N. Óptico posteriormente, é inserida no epitélio pigmentar da retina, e no disco do nervo óptico é contínua com os tecidos pia-aracnóideos ao redor do nervo óptico. • CORPO CILIAR O corpo ciliar ancora o cristalino por meio dos Ligamentos Suspensores do Cristalino e pela contração do músculo ciliar muda a forma e o foco dessa lente (acomodação). A superfície anterior secreta Humor Aquoso e está voltada para a câmara posterior, enquanto a superfície posterior secreta componentes do Humor Vítreo e está voltada para a câmara postrema (indeciso). Internamente, ele exibe uma periferia fendada ou recortada posteriormente, a ora serrata, onde é contínua com a corioide e retina. Só a parte pigmentada da Retina recobre o Corpo Ciliar. O corpo ciliar possui células secretoras e músculo ciliar (liso e em 3 direções). A parte pregueada (cheia de estrias brancas) chamada Coroa Ciliar circunda a íris, enquanto externamente a ela temos uma parte pigmentada (melanina) e lisa chamada Orbicular ciliar ou mesmo Corpo Ciliar. O epitélio ciliar é responsável pela secreção de humor aquoso, enquanto o epitélio pigmentar externo adicionalmente contribui para o “efeito caixa-preta” do olho, como o epitélio pigmentar da retina, pigmento coroidal e epitélio posterior da íris, absorvendo luz espúria para melhorar a qualidade da imagem. Branda Destacar Branda de Oliveira de Lima, Turma LVI - MedUnicamp REFLEXO DE ACOMODAÇÃO DO CRISTALINO Quando queremos focar objetos próximos precisamos aumentar a curvatura do cristalino, enquanto quando vamos focar objetos longes precisamos de um cristalino mais achatado. No repouso, o cristalino fica sob tensão os ligamentos suspensores e fica achatado. Na acomodação, o músculo Ciliar contrai mas não puxa os ligamentos nem faz tensão neles. Assim, as fibras zonulares (ligamentos suspensores) são relaxados. Informações acerca da claridade dos objetos chegam ao cérebro pelo N. Óptico e depois de avaliada a forma do cristalino, mandam eferências corticais para a área pré- tectal, que depois vão para o Núcleo Visceral do N. Oculomotor. O impulso vai pelo nervo Oculomotor até os nervos ciliares, inervando os mmciliares e fazendo com que ele contraia. Assim, o cristalino fica mais arredondado e a visão é acomodada direito na retina. Essa acomodação é acompanhada da constrição da pupila (miose) através da contração do M. Esfincter da Pupila e da contração dos mm Retos medial, superior e inferior. Como todas essas estruturas são inervadas pelo Oculomotor, fica fácil entender porque ocorrem todas juntas (TRÍADE PRÓXIMA). Ao nascimento, o cristalino é incolor e transmite bem todos os comprimentos de onda, do infravermelho ao UV próximo. No entanto, ao longo da vida, a quantidade de radiação de onda curta transmitida diminui até que, na velhice, o cristalino adquire uma coloração âmbar, uma vez que absorve radiação visível de ondas curtas, diminuindo a sensibilidade ao azul em pessoas idosas. Na catarata, a lente torna-se gradualmente opaco. • ÍRIS Branda Destacar Branda de Oliveira de Lima, Turma LVI - MedUnicamp A íris é um diafragma pigmentado (melanina) com um orifício central chamado Pupila. Está entre a córnea e o cristalino, imersa em humor aquoso e divide as câmaras anteriores e posteriores. É importante para impedir que a luz passe por ela (devido à pigmentação), convergindo para a pupila e regulando-a por meio de dois músculos (esfincter e dilatador da pupila). A cor da íris é um produto do efeito combinado de reflexão/absorção pelo tecido conjuntivo da íris e da concentração de pigmento na camada da borda anterior e, em menor medida, no estroma da íris. A distribuição do pigmento é muitas vezes irregular, o que produz uma aparência manchada. Quando o pigmento é praticamente inexistente, exceto nas camadas epiteliais posteriores (nascimento), a cor é azul claro. O M. ESFINCTER DA PUPILA é mais anterior, é um anel de músculo liso ao redor da circunferência da pupila. A contração desse músculo causa contração da pupila (redução do seu diâmetro), chamado Miose (PARASSIMPÁTICO) O esfincter da pupila é inervado pelo N. Ciliar (ou NASOCILIAR), “ramo” do Oculomotor e tem suas vias bem conhecidas. O M. DILATADOR DA PUPILA é mais posterior ao esfincter da pupila e tem suas fibras dispostas radialmente à circunferência, ou seja, perpendiculares a ela. Assim, quando esse músculo se contrai a pupila dilata (aumenta diâmetro), processo chamado Midríase. Esse músculo é inervado pelo gânglio cervical superior e as vias são pouco conhecidas. (SIMPÁTICO) REFLEXO PUPILAR À LUZ - FOTOMOTOR Quando há luz forte (dia), a pupila está em miose, enquanto quando há pouca luz, a pupila está em midríase. Regulando seu diâmetro ela altera quanto de luz entra, mas tão importante quanto são os mecanismos do cristalino e dos movimentos oculares. Tudo isso deve ocorrer em conjunto para que a acuidade visual seja melhorada. Se apenas um olho é iluminado, a pupila daquele olho contrai, bem como a pupila do olho contralateral, não iluminado. Embora a mudança de diâmetro da pupila seja considerada uma resposta reflexa a alterações no nível de luz, a pupila também contrai ao Branda Destacar Branda Destacar Branda Destacar Branda de Oliveira de Lima, Turma LVI - MedUnicamp visualizar objetos próximos (como parte do reflexo de acomodação) e em resposta a estímulos dolorosos. Tudo começa com a alta incidência da luz nas células fotossensíveis da retina, enviando sinais sobre a claridade pelo N. Óptico, Quiasma óptico e Tratos Ópticos. Uma parte das fibras vão para o Corpo Geniculado Lateral do Tálamo, enquanto outra parte vai para o Núcleo Olivar Pré-Tectal (Mesencéfalo). Axônios desse núcleo olivar pré-tectal vão para o núcleo visceral do N. Oculomotor, também no Mesencéfalo. Ocorre uma sinapse nesse núcleo e o N. Oculomotor leva a mensagem para os N. Ciliares para contrair o M. Esfincter da Pupila (miose). A dilatação é ativada pela diminuição dos impulsos para o M. Esfincter da pupila e por neurônios simpáticos da coluna lateral da medula torácica alta. Esses neurônios mandam axônios pelo plexo carótico e que depois inervam o m. Dilatador da pupila por nervos ciliares. Branda de Oliveira de Lima, Turma LVI - MedUnicamp Se eu colocar uma luz no olho direito e só ele fazer midríase é um Reflexo Fotomotor Direto e vai por essa via. Se eu incidir a luz no olho direito e ambos os olhos contrair a pupila, é Reflexo Fotomotor Consensual e o estímulo para contração do M. Esfincter da Pupila do olho esquerdo chegou até ele pela Comissura Posterior e pelo Quiasma. • RETINA É uma uma lâmina fina de células de vários tipos que reveste a parte interna posterior do olho (mais superficial) e está em contato com o humor vítreo. Termina anteriormente na ora serrata, uma margem serrilhada entre a retina e o começo do corpo ciliar. Quando observada com um oftalmoscópio para mostrar o fundo de Olho, a característica mais proeminente são os vasos que saem e entram no disco óptico. Lateral ao disco óptico temos a Fóvea (círculo mais escuro, área avascular – Maior ponto de acuidade visual = CONES) e a Mácula Lútea (“Retina Central” - círculo um pouco mais claro que a fóvea, ao redor dela - Maior ponto de acuidade visual). Nas peças de anatomia vemos a retina como uma pele pálida e feia, mas in vivo ela é arroxeada por conta do pigmento rodopsina. As camadas mais internas da retina é chamada retina neural, pois possuem neurônios e gânglios. Já a camada mais externa é chamada pigmentar, pois possuem células epiteliais pigmentadas que estão em contato com a Corióide. Mais internamente a essa camada pigmentar temos a camada de fotorreceptores, com cones e bastonetes. Depois de captada a luz, essas células transformam em uma energia elétrica e transmite para os neurônios bipolares e células horizontais. Daí, o estímulo vai para as células amácrinas e neurônios ganglionares da camada mais interna da retina (mais interna da retina quer dizer mais próxima do humor vítreo e mais longe da esclera). Esses neurônios ganglionares emitem axônios que vão se juntando no disco óptico para formar o N. Óptico. Essa disposição de camadas da retina não existe na parte do N. Óptico que está intraocular, nem na fóvea central e nem na ora serrata (partes da retina fina). Branda Riscar Branda Riscar Branda Riscar Branda Destacar Branda de Oliveira de Lima, Turma LVI - MedUnicamp Irrigação: A. Central da Retina. A A. Central da Retina é ramo da A. Oftálmica, que por sua vez, é ramo da A. Carótida Interna. A central da retina entra no bulbo do olho junto com o N. Óptico e se ramifica primeiro em ramo Superior e ramo Inferior. Depois vai se ramificando cada vez mais. Como esses ramos e capilares não se anastomosam, a interrupção sanguínea em algum ramo causa perda visual irreparável do território irrigado. Só ocorre anastomose próximo ao disco óptico e N. Óptico. Inervação: fibras eferentes pelo N. Óptico. • NERVO ÓPTICO O Nervo óptico tem uma parte intraocular que corresponde ao PONTO CEGO da retina pois apesar de ter os fotorreceptores não tem as células ganglionares que transmitem o impulso. Edema de disco (papiledema) pode ser o primeiro sinal de elevação da pressão intracraniana, que é transmitida para o espaço subaracnóideo ao redor do NO, pois ele é o único nervo revestido por meninges. O disco também é sensível à elevação da pressão intraocular que ocorre no glaucoma. 5. MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DO OLHO Temos 7 músculos extrínsecos ao bulbo ocular: M. Reto Lateral, m. Reto Medial, m. Reto Inferior, m. Reto Superior, m. Oblíquo Superior, m. Oblíquo Inferior, m. Levantador da Pálpebra Superior. Branda DestacarBranda de Oliveira de Lima, Turma LVI - MedUnicamp • M. LEVANTADOR DA PÁLPEBRA SUPERIOR É um músculo triangular fino superior ao Reto Superior do olho e geralmente está cortado nas peças. À medida que chega na pálpebra ele se estende e cobre toda a extensão da pálpebra superior, podendo entrar diretamento nela ou passar pelo M. Orbicular do olho e perfurá-lo para atingir a pálpebra. Esse músculo eleva a pálpebra superior, como o nome diz. A elevação é freada pelo Septo Orbital. Como esse músculo levantador da pálpebra superior é ligado ao m. Reto Superior por suas fáscias, quando este contrai a pálpebra se eleva junto. A posição das pálpebras depende do tônus recíproco nos músculos orbicular do olho e levantador da pálpebra superior, e do grau de protrusão ocular. Na posição aberta, a pálpebra superior cobre a parte superior da córnea, enquanto a pálpebra inferior fica imediatamente abaixo da sua margem inferior. Os olhos são fechados por movimentos de ambas as pálpebras, produzidos pela contração da parte palpebral do músculo orbicular do olho e relaxamento do músculo levantador da pálpebra superior. Lesões no nervo Oculomotor causando queda da pálpebra superior, chamada Ptose Palpebral. Geralmente associada à Síndrome de Horner, com ptose, miose (contração da pupila) e o lado afetado transpira menos. Irrigação: A. Oftálmica ou A. Supraorbital (ramo da oftálmica). Inervação: Ramo superior do N. Oculomotor (III). • M. RETO SUPERIOR Como todos os músculos retos do olho, tem forma de fita, sendo mais espesso que o Levantador da Pálpebra. Todos são unidos pelo Anel Tendíneo Comum, ou seja, os tendões desses músculos retos circundam o Nervo Óptico e a A. Oftálmica. Eles se fixam na esclera, posterior à margem da junção corneoescleral. O Reto Superior é o mais gordinho dos músculos retos e se fixa na parte superior da esclera. Quando esse músculo se contrai ele rotaciona o olho para cima e um pouquinho para medial (elevação medial), mas quando se contrai junto com o M. Oblíquo Inferior o desvio medial é retirado e o olho se move certinho para cima. Como tem fáscia muscular compartilhada com o Levantador da Pálpebra, a contração do Reto Superior causa elevação da pálpebra também. Irrigação: A. Oftálmica ou A. Supraorbital (ramo da oftálmica). Branda Destacar Branda Destacar Branda de Oliveira de Lima, Turma LVI - MedUnicamp Inervação: Ramo superior do N. Oculomotor (III). • M. RETO INFERIOR Origina no Anel Tendíneo Comum, abaixo do NO, e se insere na porção inferior da esclera, na junção corneoescleral. Esse músculo move o olho para baixo (depressão) e um pouco para medial também (depressão medial). A depressão sozinha sem mover para medial só ocorre quando o Reto Inferior age junto com o Oblíquo Superior. Como esse músculo tem extensões fibrosas com o tarso, quando ele contrai a pálpebra inferior também contrai. Irrigação: A. Oftálmica E A. Infraorbital (ramo da A. Maxilar). Inervação: Ramo inferior do N. Oculomotor (III). • M. RETO MEDIAL É o mais curto dos músculos retos mas o mais forte (tamanho não é documento). Se fixa na porção medial da esclera, posterior à junção corneoescleral. Ele move o olho para medial, ou seja, para perto do nariz (adução). Quando queremos olhar para o nariz contraísmos ambos mm reto mediais. Irrigação: A. Oftálmica. Inervação: Ramo inferior do N. Oculomotor (III). • M. RETO LATERAL Se insere na parte lateral da esclera, posterior à junção corneoescleral. Causa abdução do olho, ou seja, move o olho para lateral, para longe do nariz. Irrigação: A. Oftálmica e/ou da A. Lacrimal (ramo da oftálmica). Inervação: N. Abducente (VI). • M. OBLÍQUO SUPERIOR Se origina na parte medial do Esfenoide, segue superolateralmente e para frente, formando um tendão redondo. Esse tendão contorna a Tróclea (alça fibrosa e cartilaginosa da parede lateral da órbita) e se fixa de modo horizontal na superfície superolateral da Esclera, posterior à fixação do M. Reto Superior. Assim, se insere na parte posterior do bulbo do olho e quando se contrai, levanta o bulbo do olho e deprime a córnea (externamente vemos que deprimiu o olho), bem como gira para lateral (abdução). Irrigação: A. Oftálmica ou A. Supraorbital (ramo da oftálmica). Inervação: N. Troclear (IV). (na lesão desse nervo, o olho fica para cima e um pouco para medial, então a pessoa inclina o pescoço para que a altura dos olhos seja a mesma – Sinal Clínico). Branda Destacar Branda Destacar Branda Destacar Branda Destacar Branda Destacar Branda Riscar Branda de Oliveira de Lima, Turma LVI - MedUnicamp • M. OBLÍQUO INFERIOR É um músculo fino que se origina da parte medial da Maxila (margem orbital inferior), contorna passando por cima do M. Reto Inferior e se insere na parte inferolateral da esclera, na mesma linha do Oblíquo Superior, só que mais embaixo. Ele é mais alargado ao fixar na esclera e os seus tendões são muito curtos. Como se insere na parte postero-infero-lateral do bulbo do olho, quando contrai ele puxa o bulbo do olho para baixo e quando vemos externamente o olho é movido para cima (elevação). Também move o olho para lateral (abdução). Irrigação: A. Oftálmica E A. Infraorbital (ramo da A. Maxilar). Inervação: Ramo inferior do N. Oculomotor (III). • MOVIMENTOS OCULARES Os movimentos oculares são rotações ao redor do centro de rotação do olho e são sempre binoculares (os dois olhos juntos, não conseguimos rotacionar apenas um). Geralmente são acompanhados dos movimentos das pálpebras. Os músculos extrínsecos do bulbo do olho coletivamente posicionam o bulbo do olho na cavidade da órbita e impedem seus movimentos anteroposteriores. O papel dos movimentos oculares é trazer a imagem dos objetos de interesse visual para a fóvea central da retina e reter a imagem constantemente a fim de obter o mais alto nível de acuidade visual. Alguns reflexos gerados pelo sistema vestibular, que induzem movimentos oculares compensadores para estabilizar o olhar, são ativados durante movimentos breves da cabeça. Quando a cabeça é rodada agudamente em qualquer direção, o bulbo do olho roda uma quantidade igual na direção oposta em resposta à estimulação das cristas do canal semicircular (aceleração angular), e a mirada fica imperturbada. Doença vestibular acarretando a perda dos movimentos oculares compensadores rápidos, finos, na locomoção desestabiliza a imagem retiniana, turva a visão e pode tornar intolerável a locomoção. Branda Destacar Branda de Oliveira de Lima, Turma LVI - MedUnicamp Branda de Oliveira de Lima, Turma LVI - MedUnicamp Branda de Oliveira de Lima, Turma LVI - MedUnicamp 6. VIA ÓPTICA (VISUAL) Os receptores visuais e os neurônios I, II e III estão na Retina. O neurônio I equivale à camada fotorreceptora, o neurônio II à camada de neurônios bipolares e, por fim, o neurônio III equivale aos neurônios ganglionares. Os prolongamentos periféricos das células fotorreceptoras são os receptores visuais (cones – mais luz e cores- e bastonetes – pouca luz). Os axônios das células ganglionares formam o nervo Óptico. Ao emergir do bulbo do olho, os nervos Ópticos de cada lado se juntam e parte das suas fibras cruzam o plano mediano (decussação parcial) no Quiasma Óptico. Depois, os nervos de cada lado (agora misturados) seguem pelo Trato Óptico até o Corpo Geniculado Lateral (Tálamo). A Fóvea é a parte de maior acuidade visual da retina por ter maior quantidade de Cones e porcada cone representar uma fibra do nervo Óptico, ou seja, essa área tem representação cortical grande. Cada lado da retina é denominado de um jeito, temos a Retina Nasal (metade medial) e a Retina Temporal (metade lateral). A parte nasal da retina recebe a parte medial do campo (Campo visual lateral - temporal), enquanto a parte temporal da retina recebe o campo nasal. Isso ocorre pelo cruzamento dos raios luminosos ao entrar pela pupila. Já a região central do campo visual vai para a porção mediana dos dois olhos. A imagem que está no extremo temporal do campo visual é captada pela retina nasal do mesmo lado (ipsilateral) – perde-se essa visão do extremo lateral no caso de lesão na hemiretina nasal isplateral (ipsilateral ao lado da imagem perdido). As fibras originadas da retina nasal (fibras nasais) cruzam o plano mediano no QO, enquanto as fibras temporais não cruzam, seguem pelo mesmo lado. Os TO contém fibras temporais do mesmo lado e fibras nasais do lado oposto (ex.: TO Direito tem fibras temporais direitas e fibras nasais esquerdas). Mas, ter fibras nasais esquerdas na realidade é ter fibras vindas da parte direita do olho esquerdo e, portanto, a parte direita dos dois olhos (direito e esquerdo) é transmitida pelo mesmo TO, chegam no mesmo Corpo Geniculado Lateral e no mesmo hemisfério cerebral (Hemisfério Direito). Como tanto a retina nasal esquerda quanto a retina temporal direita recebem raios luminosos do campo visual esquerdo, o hemisfério direito do cérebro interpreta imagens do campo visual esquerdo. Assim, como no corpo, o hemisfério cerebral interpreta o lado esquerdo do objeto (lado oposto). Branda Riscar Branda Destacar Branda Destacar Branda de Oliveira de Lima, Turma LVI - MedUnicamp • DESTINO DA VIA ÓPTICA Depois de formado o Trato Óptico, ele não necessariamente deve ir apenas para o Corpo Geniculado Lateral, do Tálamo. Pode ter fibras que vão para outros locais, como para o Hipotálamo, a Área Tectal e Área pré-Tectal. ➢ FIBRAS RETINO-HIPOTALÂMICAS Saem do TO para o Núcleo Supraquiasmático, do Hipotálamo. Fazem parte do ciclo circadiano, tendo origem em células especiais (nem cones nem bastonetes) sensíveis a melanopsina. ➢ FIBRAS RETINOTETAIS Saem do TO, passam pelo braço do colículo superior e chegam no Colículo Superior, no teto do Mesencéfalo. Fazem parte dos reflexos dos movimentos oculares (movimentos oculares rápidos e dinâmicos de acordo com o estímulo visual – vi raio de luz e virei para ver) e das pálpebras, como o Reflexo de Piscar (resumo N. Cranianos). ➢ FIBRAS RETINO PRÉ-TETAIS Saem do TO, passam pelo braço do colículo superior e chegam na Área Pré-Tetal, do Mesencéfalo. Estão envolvidas com os Reflexos Fotomotores direto e consensual. ➢ FIBRAS RETINOGENICULADAS Branda Destacar Branda Destacar Branda Destacar Branda Destacar Branda Destacar Branda Destacar Branda Destacar Branda de Oliveira de Lima, Turma LVI - MedUnicamp São as fibras mais numerosas e as mais importantes. Saem do TO e fazem sinapse com os neurônios IV da via, no Corpo Geniculado Lateral do mesmo lado. Essas fibras estão envolvidas diretamente com a visão. Os axônios desses neurônios IV formam a Radiação Óptica, ou seja, formando o trato Genículo-Calcarino, que vai para o Lobo Occipital do Telencéfalo, mais especificamente na área visual (entre os lábios do sulco Calcarino). As fibras que saem da parte superior da Retina são codificadas pela parte superior da área visual primária (córtex), enquanto as fibras que saem da parte inferior da Retina vão para a parte inferior da área visual primária. As fibras que saem da parte central da Retina (Mácula, Fóvea) chegam na área intermediária do córtex visual (RETINOTOPIA – MAPA CORTICAL VISUAL). 6.1. LESÕES NA VIA ÓPTICA As lesões na via óptica causam, sobretudo, distúrbios nos campos visuais (ESCOTOMA), ou seja, chegueira de parte desse campo. Quando há perda da metade do campo visual, chamamos HEMIANOPSIA. Essa hemianopsia pode ser Heterônima (são perdidas partes diferentes dos campos visuais de cada olho) ou Homônima (ambas as partes direitas dos campos visuais dos dois olhos, por ex.). As Hemianopsias Homônimas ocorrem após o QO, ou seja, entre ele e a área visual primária. Já as Hemianopsias Heterônimas ocorrem exatamente no QO. • LESÃO DO N. ÓPTICO (II) Causa cegueira completa no olho correspondente ao N. Óptico lesionado. Geralmente a lesão é devido a traumatismos e Glaucoma (aumento da pressão intraocular lesa o nervo). • LESÃO MEDIANA DO QUIASMA ÓPTICO Causa hemianopsia bitemporal por lesionar as fibras nasais (é chamado bitemporal porque o campo visual captado pela retina nasal é o mais lateralizado e, portanto, foi a parte perdida). Geralmente decorre da compressão do QO por tumores na Hipófise (Macroadenomas). • LESÃO LATERAL DO QUIASMA ÓPTICO Causa hemianopsia nasal do olho do mesmo lado lesionado do QO, pois as fibras lesionadas foram as temporais (retina temporal capta campo visual nasal). Pode ser causado por aneurismas da A. Carótida Interna, comprimindo lateralmente o QO. Se ocorrer lesão das duas laterais do QO temos hemianopsia binasal. • LESÃO DO TRATO ÓPTICO Causa hemianopsia homônima direita ou esquerda, dependendo do TO. Por exemplo, isso se deve à perda da parte esquerda do campo visual de ambos os olhos, por lesão no TO direito. Essa lesão pode ser causada por compressão por tumores ou traumatismos. Reflexos Fotomotores ausentes. OBS: A lesão no Corpo Geniculado Lateral causa os mesmos sintomas. • LESÃO DA RADIAÇÃO ÓPTICA (TRATO GENÍCULO-CALCARINO) Também causa hemianopsia homônima, mas os Reflexos Fotomotores estão presentes. Isso ocorre porque quando lesiona as fibras da radiação óptica, as fibras que irão participar desse reflexo fotomotor (retino pré-tetais) já desviaram e foram por outro lugar. Branda Destacar Branda Destacar Branda Destacar Branda Destacar Branda Destacar Branda Destacar Branda Destacar Branda Destacar Branda de Oliveira de Lima, Turma LVI - MedUnicamp Lesões completas da radiação óptica são raras, pois é uma área grande, se restringindo apenas a alguns pedaços perdidos do campo visual. • LESÃO DO CÓRTEX VISUAL PRIMÁRIO Causa os mesmos sintomas da lesão da radiação óptica, também sendo rara a perda completa do campo visual.
Compartilhar