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anatomia do olho

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ANATOMIA DO OLHO E DAS PÁLPEBRAS ROBERTA FERRREIRA 
 
1 BTC 4 – anatomia da VISÃO/OLHO 
Anatomia do olho e das 
pálpebras 
 O OLHO é o órgão responsavel pela visão, formado 
pelo bulbo do olho e pelo nervo optico, e está contido 
em uma estrutura óssea denominada órbita, 
juntamente com estruturas acessórias da visão. 
 A REGIAO ORBITAL é a area da face sobre a orbita e 
o bulbo do olho que inclui as pálpebras superior e 
inferior, além do aparelho lacrimal 
 Bulbo do olho + órgãos anexos (movimentam o olho) - 
músculos do olho saem do tendão comum - tendão de 
zinn, que fica inserida ao longo da fenda esfenoidal ou 
da fissura orbitaria 
ÓRBITAS 
 As orbitas são cavidades ósseas no esqueleto da face, 
formadas por 7 ossos, e se assemelham a pirâmides 
quadrangulares ocas. 
 Função: 
o Proteção dos bulbos dos olhos 
o Proteção das estruturas acessórias da visão 
(pálpebras, musculos extrínsecos do bulbo do 
olho, nervos e vasos no trajeto, fáscia orbital, 
túnica mucosa conjuntiva) 
 Todo espaço da orbita que não é preenchida pelas 
estruturas acima, é preenchida pelo corpo adiposo da 
orbita 
 
Figura 8.44 Órbitas e posição dos bulbos dos olhos em seu 
interior. A. Observe a disposição das órbitas em relação uma à 
outra e aos eixos ópticos (linha do olhar). As órbitas são separadas 
por células etmoidais e pela cavidade nasal superior e septo 
nasal. B. Paredes ósseas da órbita. Esta vista anterolateral mostra a 
órbita e o ápice, situados no plano sagital, e não bem observados 
em uma vista anterior. 
A base da órbita é delimitada pela margem orbital que 
circunda o ádito orbital. O osso que forma a margem orbital 
é reforçado para proporcionar proteção ao conteúdo da 
órbita e oferece fixação para o septo orbital, uma 
membrana fibrosa que se estende até as pálpebras. 
A parede superior (teto) é formada principalmente pela 
parte orbital do osso frontal, que separa a cavidade orbital 
da fossa anterior do crânio. Perto do ápice da órbita, a 
parede superior é formada pela asa menor do esfenoide. 
Na parte anterolateral, uma depressão superficial na parte 
orbital do frontal, denominada fossa lacrimal, acomoda a 
glândula lacrimal. 
As paredes mediais das órbitas contralaterais são quase 
paralelas e são formadas principalmente pela lâmina orbital 
do etmoide, juntamente com contribuições do processo 
frontal da maxila lacrimal e esfenoide. Anteriormente, a 
parede medial é entalhada pelo sulco lacrimal e pela fossa 
do saco lacrimal; a tróclea para o tendão de um dos 
músculos extrínsecos do bulbo do olho está localizada 
superiormente. 
A parede inferior (assoalho da órbita) é formada 
principalmente pela maxila e, em parte, pelo zigomático e 
pelo palatino. A parede inferior fina é compartilhada pela 
órbita e pelo seio maxilar. 
A parede lateral é formada pelo processo frontal do 
zigomático e pela asa maior do esfenoide. Esta é a parede 
mais forte e mais espessa, o que é importante porque é 
mais exposta e vulnerável ao traumatismo direto. A parte 
posterior separa a órbita do temporal e da fossa média do 
crânio. 
O ápice da órbita situa-se no canal óptico na asa menor do 
esfenoide imediatamente medial à fissura orbital superior. 
Os ossos que formam a órbita são revestidos pela 
periórbita, o periósteo da órbita. 
PÁLPEBRAS 
 São pregas moveis cobertas externamente por pele 
fina e internamente por túnica mucosa transparente 
(túnica conjuntiva da pálpebra), a qual fica refletida 
sobre o bulbo do olho, onde é contínua com a túnica 
conjuntiva do bulbo. 
 
ANATOMIA DO OLHO E DAS PÁLPEBRAS ROBERTA FERRREIRA 
 
2 BTC 4 – anatomia da VISÃO/OLHO 
 
ELEMENTOS DE SUSTENTAÇÃO 
 
 
 Os TARSOS superior e inferior são densas faixas de 
tecido conectivo (fibras elásticas) que fortalecem as 
pálpebras superior e inferior, eles formam o 
‘esqueleto’ das pálpebras. 
o Tarsos recebem ligamentos e aponeuroses 
o Nos tarsos estao inseridas as glandulas tarsais 
 produzem secreção lipídica que lubrifica as 
margens das pálpebras e impede sua adesão 
quando se fecham. 
 CÍLIOS  estao nas margens das pálpebras, 
juntamente com as glandulas sebáceas ciliares. 
 As JUNÇÕES DAS PÁLPEBRAS superior e inferior 
formam as comissuras medial e lateral das pálpebras, 
que definem os ângulos medial e lateral do olho. 
 Entre o nariz e o ângulo medial do olho está o 
LIGAMENTO PALPEBRAL MEDIAL, que une os tarsos à 
margem medial da órbita. Fixação da pálpebra. 
 Um LIGAMENTO PALPEBRAL LATERAL semelhante fixa 
o tarso à margem lateral da órbita. 
 O SEPTO ORBITAL é uma membrana fibrosa (mais 
rígida) que se estende dos tarsos até as margens da 
órbita, onde se torna contínuo com o periósteo. Ela 
funciona como tampão, isola estruturas mais 
profundas das orbitas. 
ANATOMIA DA PÁLPEBRA 
 
MUSCULATURA PERIORBITÁRIA 
 
 MUSCULO CORRUGADOR DO SUPERCILIO: movimento 
de juntar a sobrancelha na porção central (cara de 
brava) 
 MUSCULO ORBICULAR DO OLHO: *mais importante 
dessa regiao. Permite o fechamento dos olhos. Possui 2 
porções: porção palpebral (fica dentro da pálpebra) e 
porção orbicular (ao redor da parte óssea). Ele evita 
que tenha lesao ocular e mantem a lubrificação 
(piscar). Ao piscar, se usa mais a porção palpebral e ao 
fechar os olhos com força a porção orbicular. 
APARELHO LACRIMAL 
 Consiste em: 
o Glandula lacrimal 
o Dutos excretores da glandula lacrimal 
o Canalículos lacrimais 
o Ducto lacrimonasal 
 
ANATOMIA DO OLHO E DAS PÁLPEBRAS ROBERTA FERRREIRA 
 
3 BTC 4 – anatomia da VISÃO/OLHO 
 
Glandula lacrimal, 2 porções, parte lateral e medial. Porção 
superior e lateral da orbita. Produz lagrima que desce de 
superior para inferior e de lateral para medial e vai ser 
drenado através dos puntos (2 em cada olho), vao drenar 
através de canalículos lacrimais, que vao dar no saco 
lacrimal, de lá vao descer pelo ducto lacrimonasal, que vai 
drenar para o meato nasal inferior, que é abaixo da concha 
nasal inferior. 
GLÂNDULA LACRIMAL 
 Situa-se na fossa da glândula lacrimal na parte 
súperolateral de cada orbita 
 É dividida em partes superior orbital e inferior 
palpebral pela expansão lateral do tendão do musculo 
levantador da pálpebra superior 
 Pode haver glandulas lacrimais acessórias, as vezes na 
parte média da pálpebra ou ao longo dos fórnices 
superior ou inferior da conjuntiva 
 
 
BULBO DO OLHO 
 Contém o aparelho óptico do sistema visual 
 Ocupa a maior parte da porção anterior da orbita, 
suspenso por seis musculos extrínsecos que controlam 
seu movimento e por um aparelho suspensor da fáscia 
 Tem diâmetro aproximado de 25 mm 
 
 
PAREDES OU TÚNICAS 
 Bulbo do olho possui 3 camadas: 
 
ANATOMIA DO OLHO E DAS PÁLPEBRAS ROBERTA FERRREIRA 
 
4 BTC 4 – anatomia da VISÃO/OLHO 
 
 
1. TÚNICA FIBROSA EXTERNA -> ESCLERÓTICA 
(BRANCO DO OLHO) 
 Formada pela esclera e córnea, é o esqueleto fibroso 
externo, que garante a forma e a resistência. As duas 
camadas diferem principalmente em termos da 
regularidade da organização das fibras colágenas que 
as compõem e do grau de hidratação de cada uma. 
Enquanto a esclera é relativamente avascular, a córnea 
é totalmente avascular e nutrida por leitos capilares 
periféricos, pelo líquido lacrimal e humor aquoso. A 
córnea é muito sensível ao toque, sua inervação é 
realizada pelo nervo oftálmico (NC V1) e sua nutrição 
provém dos leitos capilares em sua periferia, o humor 
aquoso e o líquido lacrimal. Túnica resistente de tecido 
fibroso e elástico que envolve externamente o olho 
(globo ocular) 
 A maior parte da esclerótica é opaca e chama-se 
esclera, onde estão inseridos os músculos 
extraoculares que movem os globos oculares, 
dirigindo-os a seu objetivo visual. A parte anterior da 
esclerótica chama-se córnea. É transparente e atua 
como uma lente convergente. 
 
 A CÓRNEA possui 5 camadas: 
o Epitélioo Membrana de Bowman 
o Estroma (cerca de 90% da camada da córnea) 
o Membrana de Descement 
o Endotélio 
Endotélio: trocas hidroeletrolíticas e pela retirada do 
excesso de agua 
 Consiste em uma única 
camada de células hexagonais, aproximadamente 1 a 2 % 
da espessura. O endotélio corneano possui grande 
sensibilidade a agentes físicos, químicos, diminuição de 
oxigênio e alterações do pH. Suas principais funções são 
habilidade de transportar nutrientes do humor aquoso e a 
manutenção de um estado de turgescência necessário para 
a transparência da córnea. 
 Humor aquoso: faz a nutrição, juntamente com a 
lagrima e o ar atmosférico 
 
 O epitélio corneano possui uma rede de fibras nervosa, 
que quando sofrem algum trauma e ficam expostas 
causam uma forte dor, sensação de corpo estranho e 
fotofobia 
2. TÚNICA INTERMÉDIA VASCULAR PIGMENTADA: 
 Também denominada úvea, é formada pela coroide, 
corpo ciliar e íris. 
o Coroide: uma camada marrom-avermelhada 
escura situada entre a esclera e a retina, 
forma a maior parte da túnica vascular do 
bulbo do olho e reveste a maior parte da 
esclera. Está situada abaixo da esclerótica e é 
intensamente pigmentada. Esses pigmentos 
absorvem a luz que chega à retina, evitando 
sua reflexão. Acha-se intensamente 
vascularizada e tem a função de nutrir a 
retina. 
o O corpo ciliar: é o local de fixação da lente. A 
contração e o relaxamento do músculo liso 
circular do corpo ciliar controlam a espessura 
e, portanto, o foco da lente. 
 
ANATOMIA DO OLHO E DAS PÁLPEBRAS ROBERTA FERRREIRA 
 
5 BTC 4 – anatomia da VISÃO/OLHO 
o O humor aquoso: ocupa o segmento anterior 
do bulbo do olho, o interior do bulbo anterior 
à lente, ligamento suspensor e corpo ciliar. 
o A íris: que está sobre a face anterior da lente, 
é um diafragma contrátil fino com uma 
abertura central, a pupila, para dar passagem 
à luz. 
o Dois músculos involuntários controlam o 
tamanho da pupila: o músculo esfíncter da 
pupila circular, estimulado pelo sistema 
parassimpático, diminui seu diâmetro, e o 
músculo dilatador da pupila, estimulado pelo 
sistema simpático, aumenta seu diâmetro. 
3. TÚNICA INTERNA, QUE É A RETINA: 
 É formada pela retina, é a camada neural sensitiva do 
bulbo do olho. 
 Macroscopicamente, a retina é formada por duas 
partes funcionais com localizações distintas: uma parte 
óptica e uma parte cega. 
o A parte óptica da retina: é sensível aos raios 
luminosos visuais e tem dois estratos: um 
estrato nervoso e um estrato pigmentoso. 
 O estrato nervoso é sensível à luz. 
 O estrato pigmentoso é formado por 
uma única camada de células, que 
reforça a propriedade de absorção da 
luz pela corioide para reduzir a 
dispersão da luz no bulbo do olho. 
o Parte ‘’cega’’: A retina do fundo inclui uma 
área circular bem definida chamada disco do 
nervo óptico (papila óptica), onde as fibras 
sensitivas e os vasos conduzidos pelo nervo 
óptico (NC II) entram no bulbo do olho. Como 
não contém fotorreceptores, o disco do nervo 
óptico é insensível à luz, por isto costuma ser 
chamada de ponto cego. 
 Imediatamente lateral ao disco do nervo óptico está a 
MÁCULA LÚTEA, uma pequena área oval da retina com 
cones fotorreceptores especiais especializados para 
acuidade visual. No centro da mácula há uma 
depressão, a FÓVEA CENTRAL, a área de maior 
acuidade visual. 
MEIOS TRANSPARENTES 
 Córnea: porção transparente da túnica externa 
(esclerótica) 
 Humor aquoso: fluido aquoso que se situa entre a 
córnea e o cristalino, preenchendo a câmara anterior 
do olho. 
 Cristalino: lente biconvexa coberta por uma membrana 
transparente. Situa-se atrás da pupila e e orienta a 
passagem da luz até a retina. 
 Humor vítreo: fluido mais viscoso e gelatinoso que se 
situa entre o cristalino e a retina. 
ANEXOS 
 
 Pálpebra: meio de proteção do olho. Espalha lagrima 
 Cílios: defesa. Também evita que partículas atinjam 
globo ocular 
 Sobrancelha: evita que suor atinjam globo ocular. Faz 
com que escorra pela parte lateral da face 
 Musculatura: movimentação do olho 
 Glândulas lacrimais: 2. Uma na órbita do lado direito 
(fossa lacrimal) 
MUSCULATURA EXTRÍNSE CA DO BULBO DO OLHO 
LEVANTADOR DA PÁLPEBRA SUPERIOR 
O músculo levantador da pálpebra superior expande-se e 
forma uma aponeurose bilaminar larga à medida que se 
aproxima de suas fixações distais. A lâmina superficial se 
fixa à pele da pálpebra superior e a lâmina profunda, ao 
tarso superior. A lâmina profunda da parte distal 
(palpebral) do músculo contém fibras musculares lisas, o 
músculo tarsal superior, responsável pelo alargamento 
adicional da rima das pálpebras, sobretudo durante uma 
resposta simpática (p. ex., medo). 
MÚSCULOS RETOS E OBLÍQUOS 
Os quatro músculos retos seguem em sentido anterior até o 
bulbo do olho e originam-se de uma bainha fibrosa, o anel 
tendíneo comum, que circunda o canal óptico e parte da 
fissura orbital superior. São nomeados de acordo com suas 
posições individuais em relação ao bulbo do olho e 
produzem as ações de elevação, abaixamento, adução e 
abdução. 
O musculo obliquo inferior (OI) é o único a se originar da 
parte anterior da orbita. O musculo obliquo superior (OS) 
origina-se da regiao do ápice, como os musculos retos, 
 
ANATOMIA DO OLHO E DAS PÁLPEBRAS ROBERTA FERRREIRA 
 
6 BTC 4 – anatomia da VISÃO/OLHO 
entretanto, o tendão atravessa a tróclea logo no interior da 
margem orbital supero medial, redirecionando a linha de 
tração. O OI é o principal rotador lateral e o musculo OS é o 
principal rotador medial do bulbo do olho. 
 
 
 
 
NERVOS DA ÓRBITA 
 Os grandes nervos ópticos conduzem nervos 
puramente sensitivos, que transmitem impulsos 
gerados por estímulos ópticos. Os nervos ópticos 
começam na lâmina cribriforme da esclera, onde as 
fibras nervosas amielínicas perfuram a esclera e 
tornam-se mielínicas, posteriormente ao disco óptico. 
Eles saem das órbitas através dos canais ópticos. Em 
todo o trajeto na órbita, os nervos ópticos são 
circundados por extensões das meninges cranianas e 
pelo espaço subaracnóideo, sendo este último 
ocupado por uma fina camada de LCS. As extensões 
intraorbitais da dura-máter e aracnoide cranianas 
constituem a bainha do nervo óptico, que se torna 
contínua anteriormente com a bainha do bulbo e a 
esclera. Uma lâmina de pia-máter cobre a superfície do 
nervo óptico dentro da bainha. 
 Nervos: 
o Optico (II) 
o Oculomotor (III) – a divisão superior inerva o 
RS e levantador da pálpebra superior. A 
divisão inferior inerva o RM, RI e OI, além de 
conduzir fibras parassimpáticas pré 
ganglionares até o ganglio ciliar. 
o Troclear (IV) – segue diretamente até o 
músculo suprido por ele, o obliquo superior 
o Abducente (VI) – segue diretamente até o 
músculo suprido por ele, o reto lateral 
Os movimentos são estimulados pelos nervos 
oculomotor, troclear e abducente, a partir da 
posição primária nas órbitas direita e esquerda, 
produzindo a visão binocular. Os três ramos 
terminais do nervo oftálmico, NC V1, atravessam a 
fissura orbital superior e suprem estruturas 
relacionadas com a parte anterior da órbita, face e 
couro cabeludo. Os nervos etmoidais posterior e 
anterior, ramos do nervo nasociliar que se origina 
na órbita, saem através de aberturas na parede 
 
ANATOMIA DO OLHO E DAS PÁLPEBRAS ROBERTA FERRREIRA 
 
7 BTC 4 – anatomia da VISÃO/OLHO 
medial da órbita para suprir a túnica mucosa dos 
seios esfenoidal e etmoidal e as cavidades nasais, 
bem como a duramáter da fossa anterior do 
crânio. 
 
 
VASCULATURA DA ÓRBITA 
ARTÉRIAS 
 Provém principalmente da artéria oftálmica (um ramo 
da artéria carótida interna). 
 Artéria infraorbital (ramo da artéria carótida externa) 
 estruturas relacionadas com o assoalho da órbita. 
 Artéria central da retina (um ramo da artéria oftálmica) 
que se originainferiormente ao nervo óptico, perfura a 
bainha do nervo óptico e segue dentro do nervo até o 
bulbo do olho, emergindo no disco óptico. Seus ramos 
distribuem-se sobre a face interna da retina. 
 
 Artérias da órbita: 
 
VEIAS 
 Veias oftálmicas superior e inferior atravessam a 
fissura orbital superior e entram no seio cavernoso. 
 Veia central da retina entra diretamente no seio 
cavernoso, mas pode se unir a uma das veias 
oftálmicas. 
 Vórtice, ou veias vorticosas da túnica vascular do 
bulbo do olho drena para a veia oftálmica inferior. 
 Seio venoso da esclera uma estrutura vascular que 
circunda a câmara anterior do bulbo do olho e através 
da qual o humor aquoso retorna à circulação 
sanguínea. 
 
 Veias da órbita: 
 
ANATOMIA DO OLHO 
 Córnea: membrana que reveste a íris. 
 Íris: tem musculatura, funciona como se fosse um 
diafragma. 
o Permite maior passagem quando ela abre 
(pupila dilata), e menor quando diminui. 
o Porção colorida do olho. 
o Divide o olho em câmera anterior (fica entre a 
córnea e a íris) e posterior (fica entre a íris e o 
cristalino. 
 Pupila: orifício, que permite passagem de menos ou 
mais luz, controlada pela íris. 
 Cristalino: lente que permite a passagem da imagem e 
sua projeção na retina. 
o Controlada pelo corpo ciliar e m. ciliar 
(alongamento e estreitamento) 
 Camadas do olho de fora para dentro: 
o Esclera: revestida por conjuntiva 
o Corióide 
o Retina 
o Corpo vítreo (substancia que permite a 
passagem da imagem até a retina) 
o Nervo optico: faz captação da imagem e 
interpretação e leva estimulo para o lobo 
occipital do cerebro para fazer a interpretação 
 
ANATOMIA DO OLHO E DAS PÁLPEBRAS ROBERTA FERRREIRA 
 
8 BTC 4 – anatomia da VISÃO/OLHO 
 
FUNDOSCOPIA 
 
 Região central da retina 
 
ANATOMIA CLÍNICA 
FRATURAS DA ÓRBITA 
 Geralmente ocorrem nas três suturas entre os ossos 
que formam a margem orbital 
 Um golpe no olho pode causar fratura das paredes 
orbitais enquanto a margem permanece intacta  
fratura em “explosão”. Por conta da pequena 
espessuras das paredes medial e inferior da órbita. 
 Um objeto cortante pode penetrar na parede superior 
e atingir o lobo frontal do encefalo 
 Muitas vezes as fraturas da órbita resultam em 
hemorragia intraorbital, que exerce pressão sobre o 
bulbo do olho, causando exoftalmia (protrusão do 
bulbo do olho). Qualquer traumatismo do olho pode 
afetar estruturas adjacente 
 
 TUMORES DA ÓRBITA 
 Em face da proximidade entre o nervo óptico e o seio 
esfenoidal e as células etmoidais posteriores, um 
tumor maligno nesses seios pode causar erosão das 
finas paredes ósseas da órbita e comprimir o nervo 
óptico e o conteúdo da órbita. Os tumores na órbita 
provocam exoftalmia (protrusão do bulbo do olho). 
LESÃO DOS NERVOS QUE SUPREM AS PÁLPEBRAS 
 Como o nervo oculomotor supre o músculo levantador 
da pálpebra superior, sua lesão causa paralisia desse 
músculo e queda da pálpebra superior (ptose). A lesão 
do nervo facial causa paralisia do músculo orbicular do 
olho, impedindo o fechamento completo das 
pálpebras. Também há perda do reflexo normal de 
piscar rápido que protege o olho. 
 A perda de tônus do músculo na pálpebra inferior 
causa queda (eversão) da pálpebra em relação à 
superfície do bulbo do olho, levando ao ressecamento 
da córnea. Isso deixa o bulbo do olho desprotegido 
contra a poeira e pequenas partículas. Assim, a 
irritação do bulbo do olho desprotegido resulta em 
lacrimejamento excessivo, porém ineficiente (formação 
de lágrimas). Também há acúmulo de líquido lacrimal 
em excesso quando o aparelho de drenagem lacrimal é 
obstruído, impedindo, assim, que o líquido chegue à 
parte inferior do bulbo do olho. Em geral, as pessoas 
esfregam os olhos constantemente para secar as 
lágrimas, o que agrava a irritação. 
INFLAMAÇÃO DAS GLÂNDULAS PALPEBRAIS 
 Qualquer uma das glândulas na pálpebra pode 
apresentar inflamação e edema causados por infecção 
ou obstrução de seus ductos. Em caso de obstrução 
dos ductos das glândulas ciliares, surge na pálpebra um 
edema supurativo (produtor de pus) vermelho e 
doloroso, um hordéolo. Também podem se formar 
cistos das glândulas sebáceas da pálpebra, 
 
ANATOMIA DO OLHO E DAS PÁLPEBRAS ROBERTA FERRREIRA 
 
9 BTC 4 – anatomia da VISÃO/OLHO 
denominados calázios. A obstrução de uma glândula 
tarsal causa inflamação, um calázio do tarso, que se 
projeta em direção ao bulbo do olho, havendo atrito 
contra ele quando as pálpebras se fecham. 
HIPEREMIA DA CONJUNTIVA 
 A conjuntiva é incolor, exceto quando há dilatação e 
congestão dos vasos. A hiperemia da conjuntiva é 
causada por irritação local (p. ex., por poeira, cloro ou 
fumaça). A inflamação da conjuntiva, conjuntivite, é 
uma infecção contagiosa comum do olho. 
 Hemorragias subconjuntivas: 
o As hemorragias subconjuntivais são comuns e 
apresentam-se como manchas de cor 
vermelho-vivo ou vermelho-escura situadas 
profundamente à túnica conjuntiva do bulbo e 
no seu interior. As hemorragias podem ser 
causadas por lesão ou inflamação. Um golpe 
no olho, assoar o nariz com força excessiva e 
paroxismos de tosse ou espirros violentos 
podem causar hemorragias em razão da 
ruptura de pequenos capilares 
subconjuntivais. 
DESENVOLVIMENTO DA RETINA 
 A retina e o nervo óptico desenvolvem-se a partir do 
cálice óptico, uma depressão caliciforme oriunda do 
prosencéfalo embrionário, a vesícula óptica (Figura 
B8.24A). Quando evagina do prosencéfalo (Figura 
B8.24B), a vesícula óptica leva consigo as meninges em 
desenvolvimento. Portanto, o nervo óptico é revestido 
por meninges cranianas e uma extensão do espaço 
subaracnóideo (Figura B8.24C). Artéria e veia centrais 
da retina cruzam o espaço subaracnóideo e seguem na 
parte distal do nervo óptico. O estrato pigmentoso da 
retina desenvolve-se a partir da camada externa do 
cálice óptico, e o estrato nervoso desenvolve-se a 
partir da camada interna do cálice (Moore et al., 2016). 
DESCOLAMENTO DA RETINA 
 As camadas da retina em desenvolvimento são 
separadas no embrião por um espaço intrarretiniano 
(Figura B8.24B). Durante o período fetal inicial, as 
camadas se fundem, fechando esse espaço. Embora o 
estrato pigmentoso se torne firmemente fixado à 
corioide, sua inserção no estrato nervoso não é firme. 
Logo, pode haver descolamento da retina após um 
golpe no olho (Figura B8.25). O descolamento da retina 
geralmente resulta da entrada de líquido entre os 
estratos nervoso e pigmentoso da retina, talvez dias ou 
até mesmo semanas após o traumatismo do olho. As 
pessoas com descolamento da retina podem se queixar 
de flashes luminosos ou pontos flutuando na frente do 
olho. 
 
 
REFLEXO PUPILAR À LUZ 
O reflexo pupilar à luz é testado usando-se uma pequena 
lanterna durante o exame neurológico. O reflexo, do qual 
participam o NC II (ramo aferente) e o NC III (ramo 
eferente), é a rápida constrição da pupila em resposta à luz. 
Quando a luz penetra em um olho, as duas pupilas se 
contraem porque cada retina envia fibras para os tratos 
 
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10 BTC 4 – anatomia da VISÃO/OLHO 
ópticos dos dois lados. O músculo esfíncter da pupila é 
inervado por fibras parassimpáticas. Consequentemente, a 
interrupção dessas fibras causa dilatação da pupila devido à 
ação sem oposição do músculo dilatador da pupila inervado 
pelo sistema simpático. O primeiro sinal de compressão do 
nervo oculomotor é a lentidão ipsilateral da resposta 
pupilar à luz. 
UVEÍTE 
 A uveíte, inflamação da túnica vascular do bulbo do 
olho (também conhecida como úvea), pode evoluir 
para comprometimento visual grave e cegueira se a 
inflamação não for tratada por um oftalmologista. 
OFTALMOSCOPIA 
 Os médicos usam um oftalmoscópio (fundoscópio) 
para ver o fundo (parte posterior) do olho (Figura 
8.52).As artérias e veias da retina irradiam-se sobre o 
fundo a partir do disco óptico. O disco oval e pálido 
aparece na face medial com os vasos retinianos 
irradiando-se de seu centro. Em geral, a pulsação das 
artérias da retina é visível. Na região central, no polo 
posterior do bulbo do olho, a mácula parece mais 
escura do que o tom avermelhado das áreas 
adjacentes da retina, porque o pigmento melanina 
negro na corioide e no estrato pigmentoso não é 
permeado por sangue capilar. 
PAPILEDEMA 
 O aumento da pressão do LCS alentece o retorno 
venoso da retina, o que causa edema (acúmulo de 
líquido) da retina. Durante a oftalmoscopia é 
observada a tumefação do disco óptico, denominada 
papiledema. Normalmente, o disco óptico é plano e 
não forma uma papila. O papiledema resulta do 
aumento da pressão intracraniana e da pressão do LCS 
na extensão do espaço subaracnóideo ao redor do 
nervo óptico (Figura 8.50A). 
PRESBIOPIA E CATARATA 
 À medida que as pessoas envelhecem, as lentes 
enrijecem e tornam-se mais achatadas. Essas 
alterações reduzem gradualmente a capacidade de 
focalização das lentes, um distúrbio conhecido como 
presbiopia. Algumas pessoas também apresentam 
perda de transparência da lente por áreas de 
opacidade (catarata). A extração da catarata associada 
a um implante de lente intraocular tornou-se uma 
cirurgia comum. A extração de catarata extracapsular 
consiste na retirada da lente, preservando sua cápsula 
para receber uma lente intraocular sintética (Figura 
B8.26A e B). A extração da lente intracapsular consiste 
na retirada da lente e da cápsula, com implantação de 
uma lente intraocular sintética na câmara anterior 
(Figura B8.26C). 
 
COLOBOMA DA ÍRIS 
 A ausência de uma parte da íris (Figura B8.27) pode ser 
consequência de um defeito congênito, no qual a 
fissura da corioide não se fecha adequadamente 
(Figura B8.24B), de lesões perfurantes ou não 
perfurantes do bulbo do olho, ou de uma iridectomia 
cirúrgica. Quando a íris é lesada desse modo, a fissura 
da íris não cicatriza. 
 
GLAUCOMA 
 A velocidade da saída de humor aquoso através do seio 
venoso da esclera para a circulação sanguínea deve ser 
 
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igual à velocidade de produção do humor aquoso. Caso 
haja diminuição acentuada da drenagem em razão de 
obstrução da via de saída (Figura B8.28), a pressão 
aumenta nas câmaras anterior e posterior do olho, um 
distúrbio chamado de glaucoma. A compressão da 
túnica interna do bulbo do olho (retina) e das artérias 
da retina pode causar cegueira se a produção de 
humor aquoso não for reduzida para manter a pressão 
intraocular normal. 
HEMORRAGIA DA CÂMARA ANTERIOR 
 A hemorragia na câmara anterior do bulbo do olho 
(hifema) geralmente é causada por traumatismo não 
penetrante do bulbo do olho (p. ex., no jogo de squash 
ou raquetebol ou por um taco de hóquei) (Figura 
B8.29). Inicialmente, a câmara anterior é tingida de 
vermelho, mas logo há acúmulo de sangue nessa 
câmara. Em geral, a hemorragia inicial cessa em alguns 
dias e a recuperação é boa. 
PRÓTESE OCULAR 
 A bainha do bulbo forma uma cavidade para uma 
prótese ocular quando o bulbo do olho é removido 
(enucleação). Depois dessa operação, os músculos do 
bulbo do olho não conseguem se retrair muito porque 
as fáscias permanecem inseridas na bainha do bulbo. 
Assim, é possível realizar algum movimento 
coordenado com uma prótese bem adaptada. Como o 
ligamento suspensor sustenta o bulbo do olho (Figura 
8.62), é preservado na remoção cirúrgica do assoalho 
ósseo da órbita (p. ex., durante a retirada de um 
tumor). 
 
 
Figura B8.29 Hifema (seta). 
REFLEXO COREANO 
 No exame neurológico, o examinador toca a córnea 
com um fiapo de algodão (Figura B8.14). A resposta 
normal (positiva) é piscar. A ausência dessa resposta 
sugere uma lesão do NC V1; uma lesão do NC VII (o 
nervo motor para o músculo orbicular do olho) 
também pode comprometer esse reflexo. O 
examinador tem de tocar a córnea (não apenas a 
esclera) para provocar o reflexo. A lente de contato 
reduz ou abole a capacidade de provocar esse reflexo. 
ESCOREAÇÕES E LESÕES DA CÓRNEA 
 Objetos estranhos como areia ou limalha (partículas) 
de metal produzem escoriações da córnea, que causam 
 
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12 BTC 4 – anatomia da VISÃO/OLHO 
dor súbita e intensa no bulbo do olho e 
lacrimejamento. A abertura e o fechamento das 
pálpebras também são dolorosos. As lacerações da 
córnea são causadas por objetos cortantes como galho 
de árvore, unhas ou o ângulo da página de um livro. 
ÚLCERAS E TRANSPLANTES DA CÓRNEA 
 O comprometimento da inervação sensitiva da córnea 
pelo NC V1 deixa a córnea vulnerável à lesão por 
partículas estranhas. Pessoas com lesões na córnea 
(córneas fibróticas ou opacas) podem receber 
transplantes de córneas de doadores e implantes de 
córneas de material plástico não reativo. 
SÍNDROME DE HORNER 
 A síndrome de Horner é causada pela interrupção de 
um tronco simpático cervical e se manifesta pela 
ausência de funções estimuladas pelo sistema 
simpático no mesmo lado da cabeça. A síndrome inclui 
os seguintes sinais: constrição da pupila (miose), queda 
da pálpebra superior (ptose), vermelhidão e aumento 
da temperatura da pele (vasodilatação) e ausência de 
sudorese (anidrose). A constrição da pupila ocorre 
porque não há oposição ao músculo esfíncter da pupila 
estimulado pelo sistema parassimpático. A ptose é uma 
consequência da paralisia das fibras musculares lisas 
interdigitadas com a aponeurose do músculo 
levantador da pálpebra superior, que coletivamente 
formam o músculo tarsal superior, suprido por fibras 
simpáticas. 
PARALISIA DOS MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DO 
BULBO DO OLHO | PARALISIAS DOS NERVOS 
ORBITAIS 
 Um ou mais músculos extrínsecos do bulbo do olho 
podem ser paralisados por doença no tronco encefálico 
ou por traumatismo craniano, resultando em diplopia 
(visão dupla). A paralisia de um músculo é observada 
pela limitação de movimento do bulbo do olho no 
campo de ação do músculo e pela produção de 
imagem dupla quando se tenta usar o músculo. 
 Paralisia do nervo oculomotor: 
o A paralisia completa do nervo oculomotor 
afeta a maioria dos músculos extrínsecos do 
bulbo do olho, o músculo levantador da 
pálpebra superior e o músculo esfíncter da 
pupila. A pálpebra superior cai e não pode ser 
levantada voluntariamente em face da 
atividade sem oposição do músculo orbicular 
do olho (suprido pelo nervo facial) (Figura 
B8.30A). Também há dilatação completa e 
ausência de reação da pupila por causa da 
ação, sem oposição, do músculo dilatador da 
pupila. Há abdução completa e abaixamento 
da pupila (“para fora e para baixo”) devido à 
atividade, sem oposição, dos músculos reto 
lateral e oblíquo superior, respectivamente. 
 Paralisia do nervo abducente: 
o Quando o nervo abducente (NC VI), que supre 
apenas o músculo reto lateral, é paralisado, 
não é possível a abdução voluntária da pupila 
do lado acometido (paresia ou paralisia do 
nervo). A pupila está totalmente aduzida em 
decorrência da tração irrestrita do músculo 
reto medial (Figura B8.30B). 
 
OBSTRUÇÃO DA ARTÉRIA CENTRAL DA RETINA 
 Como os ramos terminais da artéria central da retina 
são artérias terminais, a obstrução deles por um 
êmbolo resulta em cegueira imediata e total. Em geral, 
a obstrução da artéria é unilateral e ocorre em pessoas 
idosas. 
OBSTRUÇÃO DA VEIA CENTRAL DA RETINA 
 Como a veia central da retina entra no seio cavernoso, 
a tromboflebite desse seio pode resultar na passagem 
de um trombo para a veia central da retina e obstrução 
das pequenas veias da retina. A oclusão de um ramo da 
veia central da retina geralmente acarreta perda lenta 
e indolor da visão. 
 
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REFERÊNCIAS 
 Neurociência Básica – anatomia e Fisiologia – 
Arthur C. Guytn - – Ed. Guanabara Koogan – 2ª. Ed 
 Neuroanatomia funcional – ngelo Machando – Ed. 
Atheneu – 2ª. Ed. 2004 
 Neuroanatomia Clínica para estudantes de 
medicina – SNELL, RICHARD . 
 Ed. Guanabara Koogan – 5ª. Ed. 2006 
 Atlas de Anatomia Humana – Netter, Frank – Ed. 
Elsevier – 4ª. Ed. 
 Atlas de Anatomia – PROMETEUS – Michael 
Schunke – Ed. Guanabara Koogan – 4ª. Ed. 
 Atlas de Fisiologia Humana de Netter – John T. 
Hansen – Ed. Artmed . 1ª. Ed. 2006

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