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O cotidiano na terapia ocupacional: cultura, subjetividade e contexto histórico-socialhistórico-social REGINA CÉLIA FIORATI A partir dos anos 90 O O conceito e a noção do cotidiano começa a ser utilizado na TO O Decorre de conceitos mais antigos que datam do início da profissão �� AVDs e AVPs O AVDs – Atividades de vida diária � são atividades O AVDs – Atividades de vida diária � são atividades que se relacionam com os os autocuidados essenciais, higiene, alimentação, vestuário e atividades de manutenção da vida, etc. O AVPs- Atividades de vida prática � incluem atividades domésticas de cuidado com o lar, atividades necessárias a produção da vida material como sair de casa, locomoção, habilidades para lidar com serviços em geral, pegar transporte, etc. O cotidiano entra em cena O Pedagogia, serviço social, psicologia social, sociologia e ciências sociais O Pesquisas e estudos que centram foco na vida cotidiana nas escolas, organizações, cidades, pequenos grupos e atores sociaispequenos grupos e atores sociais O Perspectiva que rompe com metodologia de pesquisa que olha seu objeto de fora – olhar de dentro do fenômeno O Sem a distância positivista entre sujeito-objeto – compartilhando vivências O Desvendando representações sociais, sentidos e significados da vida comum Estudos com enfoque no cotidiano O Interessam-se por desvendar a compreensão que o sujeito anônimo tem de sua própria vida O Também por temáticas predominantes na O Também por temáticas predominantes na realidade urbana, por ex.: violência, a autopercepção de categorias sociais sobre um fenômeno O Estudo de mitos, crenças, ideologias, representações sociais, senso comum e saberes populares Cotidiano como foco de estudo O Aliado a metodologias qualitativas O Ênfase na micro-teoria em contraposição a macro- teoria O Macro – preocupa-se com o conjunto de uma sociedade, estruturas e sistemas sociais O Micro – preocupa-se com a interação entre pessoas no seu cotidianono seu cotidiano O As macro-teorias tendem a pensar a realidade social como algo em suspenso, deslocada do mundo da vida, como grandes estruturas e localizam os resultados das pesquisas dentro de uma teoria geral como explicação do todo social com alto grau de generalização O Micro-teorias - compreensão de uma situação dada, fenômeno, território específico, uma ideologia, etc. As micro-teorias e o cotidiano O Permite a apropriação da realidade social por meio da análise da vida do homem comum O É possível a interface entre repetição e criação e a apropriação das formas de reprodução da vida material e simbólica dos homens O Também existe alienação implícita na vida cotidiana – presentes no pragmatismo e cotidiana – presentes no pragmatismo e coisificação O O estudo do cotidiano permite também a interface entre a singularidade dos sujeitos e sua condição plural de humanidade O Permite o âmbito intersubjetivo e dialógico na pesquisa e no conhecimento Cotidiano na TO O Treinamento das AVD e AVP � ressignificação do cotidiano O Subjetividade, intersubjetividade, cultura e contexto sócio-histórico O A antiga metodologia centrada no treinamento de AVD e AVP seguia uma perspectiva positivista dentro das abordagens científicas do conhecimento O A abordagem com foco no cotidiano rompe com essa perspectiva científica do conhecimento O enfoque positivista O Uma ciência completamente objetiva O A subjetividade é deslocada para uma posição de não verdade O Distância entre sujeito-objetoO Distância entre sujeito-objeto O O conhecimento verdadeiro é somente aquele que pode ser quantificado, sensorialmente observado e medido e reproduzível na natureza O Adquire a dimensão do universal – generalizável sob todos os aspectos, tempos e lugares As rupturas com o positivismo O Ciência formada por variadas formas de conhecimento O Legitimidade para a subjetividade O Não separação entre sujeito e objeto, mas da O Não separação entre sujeito e objeto, mas da lugar para a intersubjetividade O Conhecimento interpretativo e não descritivo O Lugar para a contingência e o contexto O Não generalizável e não universal, depende dos contextos AVD e AVP O Perspectiva positivista dentro da TO O Formulários de avaliação compostas por uma lista de atividades de autocuidados, automanutenção, tarefas domésticas, etc O Nessa perspectiva parte-se do princípio que O Nessa perspectiva parte-se do princípio que esse roteiro de atividades de vida diária e prática são universais – são elencados em categorias únicas O São a-históricas porque sendo utilizadas indiscriminadamente e de forma descontextualizada Assim... O A avaliação em TO consistia em medir O A intervenção em TO se dava sempre através de ação de Treinamento – aplicação permanente de exercícios graduadospermanente de exercícios graduados O Havia um modelo universal e padronizado de desempenho funcional – idealizado como um modelo adaptativo universal humano Incorporação do cotidiano em TO O Mudança na perspectiva teórico-metodológica O Ação da TO segundo perspectiva crítica – histórica e contextualizada do sujeito inserido em um coletivo O Permite pensar a subjetividade O Os significados que as pessoas dão as suas O Os significados que as pessoas dão as suas experiências e as experiências sociais O Interpretação que fazem de sua e da realidade social O Permite a expressão da singularidade no coletivo O Reapropriar-se de sua vida sob novos aspectos Incorporação do cotidiano em TO O A fusão entre singularidade e o genérico � intersubjetividade O A interface entre a realidade do sujeito e a realidade exterior formando redes de relações sociaisrelações sociais O A contextualização do sujeito na cultura O Novas metodologias – histórias de vida, mapas ocupacionais, narrativas e biografias O Inserção da subjetividade na cultura Referência O GUALHEIGO, S. M. O cotidiano na terapia ocupacional: cultura, subjetividade, e contexto histórico-social. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v. 14, n. 3, p. 194-9, Univ. São Paulo, v. 14, n. 3, p. 194-9, set/dez. 2003.
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