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Doenças que afetam a memória

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Doenças que afetam a memória
Mal de Alzheimer
A doença mais comum do sistema nervoso central, o mal de Alzheimer, é caracterizado por um declínio progressivo e irreversível da capacidade mental. É também uma doença da memória cujo primeiro sintoma é a incapacidade de memorizar informações novas e, portanto, de recordá-las. O termo ataque hipocampal é usado porque ambos os lados do hipocampo (esquerdo e direito) são afetados. Em seguida, essa incapacidade se estende a outras funções mentais, reduzindo os pacientes a um estado de completa dependência do seu círculo familiar e de amizades. Nesse estágio, emprega-se o termo "demência". Muitos neurônios desaparecem de áreas específicas do cérebro, começando pelo hipocampo, e essa perda é acompanhada por uma redução do suprimento de acetilcolina, um neurotransmissor envolvido no processo de memorização. O tratamento para combater essa redução é muito mais eficaz quando iniciado antes que a doença atinja um estágio avançado.
Veja um dossiê completo sobre Mal de Alzheimer
Aterosclerose
A aterosclerose é um distúrbio cerebral comum que afeta os vasos sanguíneos que alimentam o coração, os rins, os membros e o cérebro. Faz o colesterol, ou depósitos de gordura, acumular-se nas paredes internas das artérias, formando fibroses e calcificações e, como conseqüência, estreitando-as. A obstrução pode levar a uma redução progressiva ou repentina do suprimento de sangue ao cérebro e ao risco de um acidente isquêmico. Em outros casos, a parede do vaso sanguíneo pode se romper, causando uma hemorragia cerebral (acidente hemorrágico ou aneurisma). Os sintomas variam, pois dependem da localização e da extensão das lesões. Podem se manifestar numa perda temporária ou permanente de certas funções, como a capacidade de andar e falar.
Mesmo o menor dos danos a uma artéria do cérebro pode ter efeitos irreversíveis. Uma lesão bilateral da artéria-comunicante posterior vai resultar numa amnésia anterógrada acompanhada de problemas de comunicação e de amnésia retrógrada. Fumo, álcool, sedentarismo, colesterol alto, hipertensão e diabetes são reconhecidos fatores de risco da doença. A prevenção inclui um estilo de vida saudável, com a redução do fumo e do álcool, a verificação regular das taxas de triglicerídeos e de colesterol, bem como a prática de exercícios físicos adequados.
Mal de Parkinson
O mal de Parkinson resulta da perda de neurônios numa área do cérebro conhecida como substância negra, que controla os movimentos motores e produz o neurotransmissor dopamina. A redução no suprimento desse neurotransmissor provoca tremores, rigidez muscular e diminuição da atividade intelectual e motora. A deterioração das faculdades mentais pode ocorrer em 30% a 40% dos casos, à medida que a doença evolui. Informações e acontecimentos são retidos, mas são aparentemente recordados muito devagar e com grande dificuldade; portanto, seria errado usar o termo amnésia aqui. Atualmente, o tratamento empregado é a reposição da dopamina, que minimiza os resultados da perda de neurônios ao restaurar o equilíbrio de dopamina nessa área vital.
A psicose de Korsakoff é encontrada em quem bebe quantidades excessivas de vodca e em alcoólicos crônicos. Começa por volta dos 55 anos e inclui amnésia anterógrada, desorientação espaço-temporal, alucinações e dificuldade no reconhecimento. Uma lacuna retrógrada cobrindo de diversos meses a muitos anos pode preceder a doença. Além desses sintomas, ocorrem confusão, problemas com o equilíbrio e com o andar e paralisia ocular motora. O estabelecimento dessa síndrome é às vezes insidioso, tendo como único sintoma a neuropatia periférica. A capacidade de raciocínio não é afetada. Esse raro transtorno amnésico tem origem numa deficiência de tiamina, associada ao alcoolismo, que interrompe o suprimento, a absorção e a utilização da vitamina B1, com conseqüente queda nos níveis de vitamina PP (nicotinamida) e de ácido fólico. As lesões afetam principalmente o lobo frontal. Ela é tratada com vitamina B1, mas os resultados não são conclusivos.
Memória e Depressão
Embora não apresentem os mesmos problemas de memória de quem sofre de deterioração cognitiva patológica, as pessoas que padecem de depressão crônica têm dificuldade para lembrar acontecimentos recentes. A falta de motivação e de energia resultante de seu estado depressivo as torna menos propensas a fazer o esforço necessário para codificar novos dados. E, como não registram a informação adequadamente, não conseguem recordá-la. A depressão também tende a reduzir o desempenho de forma geral, comprometendo a capacidade de registrar e processar informações. Isso cria uma memória seletiva, conforme o estado de espírito ou a atitude negativa dos pacientes.
Sabemos hoje distinguir entre os efeitos da depressão sobre a memória e os efeitos de transtornos patológicos como o mal de Alzheimer. A depressão é caracterizada por um baixo nível de motivação generalizado, que leva a graves problemas de déficit de atenção, ao passo que Alzheimer é uma doença da memória propriamente dita, que causa alterações patológicas na codificação, no armazenamento e na recuperação das informações. Quando se curam da depressão ou recebem tratamento, as pessoas recobram suas habilidades intelectuais.

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