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Descartes e a filosofia moderna Slides de Aula I

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Unidade I
DESCARTES E A FILOSOFIA MODERNA
Profa. Heloisa Helena
A filosofia moderna no contexto da história do 
pensamento ocidental
 Não podemos entender a Filosofia Moderna sem 
contextualizá-la dentro da história do pensamento ocidental, 
que teve sua origem na Grécia Antiga. 
 Podemos dividir a história da 
Filosofia ocidental em quatro 
grandes períodos: 
 Filosofia Antiga.
 Filosofia Medieval.
 Filosofia Moderna.
 Filosofia Contemporânea.
Fonte: http://julirossi.blogspot.com.br/2013/02/o-
pensador_6.html
Períodos históricos da filosofia – Filosofia Antiga
 A Filosofia Antiga: vai do século VI a.C. até o século VI d.C. e 
compreende quatro grandes períodos da Filosofia greco-
romana:
 Período pré-socrático: quando a Filosofia se ocupa com a 
origem do mundo e as causas das transformações na 
natureza. 
 Período socrático: a Filosofia investiga as questões 
humanas: a ética, a política e as técnicas, ou seja, é um 
período antropológico.
Filosofia Antiga
 Período sistemático: nesse período, a Filosofia procura 
reunir e sistematizar tudo o que já havia sido pensado até 
então; ela se interessa em mostrar que tudo pode ser objeto 
do conhecimento filosófico, sendo necessário que as leis do 
pensamento e suas demonstrações estejam estabelecidas 
pois é necessário haver critérios da verdade e da ciência. É 
o período de Platão e Aristóteles.
 Período helenístico: vai se ocupar com as questões da ética, 
do conhecimento humano e das relações entre o homem e a 
natureza; mas também de ambos com Deus quando entra no 
Cristianismo. Nesse período temos as escolas epicurista, 
estoica, cínica e neoplatônica.
 Os filósofos mais importantes e influentes desse 
período são: Sócrates, Platão e Aristóteles. 
Filosofia Medieval
 A Filosofia Medieval se divide em:
 Filosofia Patrística. 
 Filosofia Escolástica. 
 A Patrística começa no século I e vai até o século VII, 
recebendo influência das Epístolas de São Paulo e do 
Evangelho de São João. A grande preocupação da filosofia 
patrística é conciliar a fé cristã com a razão e divide-se em 
patrística grega (ligada à Igreja de Bizâncio) e patrística latina 
(ligada à Igreja de Roma). 
 Os nomes mais importantes dessa época foram: Justino, 
Tertuliano, Atenágoras, Orígenes, Clemente, Eusébio, Santo 
Ambrósio, São Gregório Nazianzo, São João Crisóstomo, 
Isidoro de Sevilha, Santo Agostinho, Beda e Boécio.
Filosofia Medieval
 A Filosofia Escolástica vai do século VIII ao século XIV, 
quando a Igreja Romana dominava politicamente a Europa e 
criava, no entorno das catedrais, as primeiras universidades 
ou escolas. E, a partir do século XII, por ter sido ensinada nas 
escolas, a Filosofia Medieval também é conhecida com o 
nome de Escolástica. Uma de suas questões principais diz 
respeito às provas da existência de Deus e da alma. 
 A filosofia medieval tem grandes pensadores europeus, 
árabes, judeus e os teólogos medievais mais importantes 
foram: Abelardo, Duns Scoto, Escoto Erígena, Santo Anselmo, 
Santo Tomás de Aquino, Santo Alberto Magno, Guilherme de 
Ockham, Roger Bacon, São Boaventura. Do lado árabe: 
Avicena, Averróis, Alfarabi e Algazáli. Do lado judaico: 
Maimônides, Nahmanides, Yeudah bem Levi.
Filosofia Moderna
 A Filosofia Moderna é dividida em três grandes períodos:
 Renascimento: do século XIV ao XVI.
 Racionalismo clássico: do século XVII a meados do século 
XVIII.
 Iluminismo: de meados do século XVIII ao começo do século 
XIX.
 Vamos entender cada uma dessas fases?
Filosofia Moderna – Renascimento 
 O pensamento renascentista é marcado pela descoberta de 
obras filosóficas gregas, de Platão e Aristóteles, 
desconhecidas na Idade Média, bem como pela recuperação 
das obras de grandes autores e artistas gregos e romanos. 
Os temas principais desse período são: o homem como 
microcosmo, a política e o antropocentrismo. 
 Os nomes importantes desse período são: Dante, Marcílio 
Ficino, Giordano Bruno, Campannella, Maquiavel, Montaigne, 
Erasmo, Tomás Morus, Jean Bodin, Kepler e Nicolau de Cusa. 
Filosofia Moderna – Racionalismo Clássico
 O Racionalismo Clássico é marcado por três grandes 
mudanças intelectuais: 
 1ª – surgimento do sujeito do conhecimento. 
 2ª – o objeto pode ser conhecido desde que sejam 
consideradas representações, ou seja, ideias ou conceitos 
formulados pelo sujeito do conhecimento.
 3ª – a realidade é concebida como um sistema racional de 
mecanismos físicos, cuja estrutura profunda e invisível é 
matemática. Há uma grande confiança nas capacidades e 
nos poderes da razão humana. 
 Os principais pensadores desse período foram: Francis 
Bacon, Descartes, Galileu, Pascal, Hobbes, Espinosa, Leibniz, 
Malebranche, Locke, Berkeley, Newton, Gassendi.
Filosofia Moderna – Iluminismo 
 O Iluminismo é a última fase da Filosofia Moderna e vai de 
meados do século XVIII ao começo do século XIX. É um 
período calcado também na razão e chamado de “As Luzes”, 
tendo como premissa básica que o homem pode conquistar a 
liberdade e a felicidade social e política por meio da razão.
 Os principais pensadores do período foram: Hume, Voltaire, 
D’Alembert, Diderot, Rousseau, Kant, Fichte e Schelling 
(embora esse último costume ser colocado como filósofo 
do Romantismo).
Interatividade
Existe uma fase da Filosofia Moderna que vai do século XVIII até 
o início do século XIX e é considerada a última fase dela. Qual é 
essa fase?
a) Idade Média.
b) Racionalismo clássico.
c) Renascimento.
d) Iluminismo.
e) Convencional.
Filosofia Contemporânea 
 A Filosofia Contemporânea compreende o final do século XIX 
e os séculos XX e XXI e é marcada por rupturas com o 
pensamento anterior. São temas recorrentes na Filosofia 
Contemporânea: a história, as ciências, a política e as utopias, 
a cultura, a pós-modernidade, a linguagem e a ética. 
 São considerados filósofos contemporâneos: Hegel, 
Nietzsche, Husserl, Heidegger, Sartre, Merleau-Ponty, 
Bachelard, Bergson, Wittgenstein, Foucault.
Mas afinal, vamos filosofar?
 É preciso entender que filosofar é pensar, raciocinar e criar 
conceitos acerca da realidade.
 O intuito dessa disciplina é entendermos a Filosofia como um 
todo e a Filosofia Moderna, com destaque para o pensamento 
de Descartes.
 Vamos, então, entender cada uma das fases ou períodos da 
Filosofia Moderna?
Filosofia Renascentista
 Aqui se dá a ruptura com o pensamento teocêntrico da Idade 
Média e surge o modelo antropocêntrico de compreensão da 
realidade.
 Teo significa Deus e cêntrico significa centro, portanto, tudo 
que pensavam e conheciam girava em torno de Deus.
 A Filosofia Moderna tem seu nascimento no Renascimento 
que compreende os séculos XIV, XV e XVI. O período 
renascentista é marcado pela ruptura com o modelo 
teocêntrico dos medievais e a proposta de um modelo 
antropocêntrico de compreensão da realidade.
 Mas antes de irmos além, vamos entender um pouco mais do 
pensamento medieval.
Pensamento medieval
 O período medieval foi longo, durou mil anos e foi marcado 
pelo domínio da Igreja Católica. O pensamento cristão 
controlava o pensamento das pessoas e dos grupos sociais 
da época. 
 O homem era apenas a criatura criada à imagem e à 
semelhança de Deus, existindo somente para obedecer e 
salvar sua alma por meio dessa obediência.
 Tudo o que era escrito, produzido, pensado, passava pelo 
crivo da Igreja e ela decidia o que poderiaser ou não 
divulgado. 
 Filósofos da Antiguidade como Platão e Aristóteles foram 
cristianizados por Agostinho que cristianizou de Platão e, por 
Tomás de Aquino, que fez o mesmo com Aristóteles. 
Pensamento medieval
 A dualidade corpo e alma, tão importante para Platão, teve 
grande aceitação e desenvolvimento no pensamento 
medieval. A alma era considerada a única parte digna do ser 
humano, aquela que deveria ser salva a todo custo. O corpo 
era a entrada do pecado no mundo e, portanto, deveria ser 
mortificado e controlado para que a alma não ardesse no fogo 
do inferno.
 Essa dualidade também se estendia aos mundos. O mundo 
celestial, o paraíso para onde as almas salvas irão habitar na 
eternidade, o céu. O mundo terreno, sujo, degradado, cheios 
de tentações que podiam levar a alma ao inferno e a eternos 
sofrimentos.
Filosofia Moderna
 O início da Filosofia Moderna se dá com o surgimento do 
pensamento renascentista que rompe com a filosofia 
medieval. Em função das grandes descobertas marítimas, da 
reforma protestante, do ressurgimento das cidades e do 
reestabelecimento do comércio, o sistema feudal entra em 
declínio. Estamos falando do período entre o século XIV e XVI.
 Para Marilena Chauí, o pensamento renascentista tem três 
grandes linhas de pensamento. Vamos entendê-las?
Filosofia Moderna
 A primeira vem de Platão com a ideia da natureza como um 
grande ser vivo; o homem faz parte da natureza como um 
microcosmo (como espelho do universo inteiro) e pode agir 
sobre ela por meio da magia natural, da alquimia e da 
astrologia, pois o mundo é constituído por vínculos e ligações 
secretas (a simpatia); o homem pode também conhecer esses 
vínculos e criar outros, como um deus.
 A segunda linha vem dos pensadores florentinos, que 
valorizavam a vida ativa, isto é, a política, e defendiam os 
ideais republicanos das cidades italianas contra o Império 
Romano-Germânico, isto é, contra o poderio dos papas 
e dos imperadores. 
Filosofia Moderna
 A terceira linha de pensamento propunha o homem como 
artífice de seu próprio destino, tanto por meio dos 
conhecimentos (astrologia, magia, alquimia), quanto da 
política (o ideal republicano), das técnicas (medicina, 
arquitetura, engenharia, navegação) e das artes (pintura, 
escultura, literatura, teatro).
 O Renascimento é assim chamado porque a cultura, a filosofia 
e a arte dos gregos e dos romanos renasceram após ter 
desaparecido durante o período medieval. 
 O pensamento renascentista é antropocêntrico, ou seja, o 
homem é o centro da filosofia, é o ponto de partida para a 
compreensão da realidade. 
Racionalismo Clássico: Descartes
Também segundo Marilena Chauí, o racionalismo clássico é 
marcado por três grandes mudanças intelectuais:
 A primeira, conhecida como “surgimento do sujeito do 
conhecimento”, começa indagando qual é a capacidade do 
intelecto humano para conhecer e demonstrar a verdade dos 
conhecimentos. 
 O ponto de partida é o sujeito do conhecimento, o homem, 
com a consciência que conhece sua capacidade de conhecer. 
O sujeito do conhecimento é um intelecto no interior de uma 
alma. Por isso, a segunda pergunta da Filosofia é: Como o 
espírito ou intelecto pode conhecer o que é diferente dele? 
Como pode conhecer os corpos da natureza?
Racionalismo Clássico: Descartes
 A segunda grande mudança intelectual diz respeito ao objeto 
do conhecimento. Para os modernos, as coisas exteriores (a 
natureza, a vida social e a política) podem ser conhecidas 
desde que sejam consideradas representações, ou seja, ideias 
ou conceitos formulados pelo sujeito do conhecimento.
 Explicando melhor: tudo o que pode ser conhecido deve 
poder ser transformado em um conceito ou em uma ideia clara 
e distinta, formulada pelo intelecto.
Fonte: 
http://www.liceufilosofia.com.br/
2016/06/pensamento.html 
Racionalismo Clássico: Descartes
 A terceira e última mudança veio com Galileu quando afirma 
que “o livro do mundo” “está escrito em caracteres 
matemáticos”, ou seja, o mundo é essencialmente racional e, 
assim, a realidade é concebida. 
 A realidade é um sistema de causalidades racionais rigorosas 
que podem ser conhecidas e transformadas pelo homem. 
Nasce a ideia de experimentação e de tecnologia 
(conhecimento teórico que orienta as intervenções práticas) e 
o ideal de que o homem poderá dominar tecnicamente a 
natureza e a sociedade. É o triunfo da técnica e passa a haver 
a convicção que a razão humana é capaz de conhecer a 
origem, as causas e os efeitos das paixões e das emoções, 
sendo, portanto, capaz de governá-las e dominá-las.
Interatividade
Percebemos até aqui que entender a Filosofia é mais do que 
isso, filosofar é:
a) Pensar.
b) Raciocinar.
c) Criar conceitos sobre a realidade.
d) Estruturação de pensamento.
e) Todas as alternativas se encontram corretas.
Iluminismo: Filosofia das Luzes
 O terceiro período da Filosofia Moderna é chamado 
Iluminismo, em que a razão é a luz que ilumina a realidade.
 No período Iluminista existe grande desenvolvimento pelas 
ciências, principalmente as que têm a ideia de evolução. 
Darwin, com sua evolução das espécies, vai colocar a biologia 
em um lugar central no pensamento iluminista. Também há 
grande interesse pelas artes, porque elas representam o grau 
de progresso de uma civilização.
 A economia passa a ser alicerce da vida social e política. 
Discute-se a importância maior ou menor da agricultura e do 
comércio. Essa controvérsia se expressa em duas correntes 
do pensamento econômico: primeiro, a corrente fisiocrata e, 
segundo, a corrente mercantilista.
Racionalismo moderno
 O racionalismo moderno nos traz uma questão que é 
fundamental: a razão humana é inata ou ela é adquirida por 
nossas experiências vividas? 
 Durante muito tempo, a Filosofia nos deu duas respostas: 
 A primeira ficou conhecida como inatismo.
 A segunda, como empirismo.
 O empirismo afirma que a razão é adquirida por nós pela 
experiência. Em grego: empeiria – empirismo, conhecimento 
empírico, ou conhecimento adquirido por meio da 
experiência (CHAUÍ, 2004, p. 69).
O inatismo
 O inatismo afirma que nascemos trazendo em nossa 
inteligência não só os princípios racionais, mas também 
algumas ideias verdadeiras ou inatas. 
 Platão defende essa tese em várias de suas obras, mas a 
passagem mais conhecida se encontra nos diálogos de 
“Mênon” e em “A República”. Em “Mênon”, Sócrates dialoga 
com um escravo fazendo-lhe perguntas e conseguindo que 
ele, escravo, demonstre sozinho o difícil teorema de 
Pitágoras. 
 Em “A República”, Platão desenvolve a teoria da 
reminiscência, em que nascemos com a razão e as ideias, 
sendo que a filosofia fará com que relembremos. Conhecer, 
diz Platão, é recordar a verdade que já existe em nós.
O inatismo de Descartes
 No “Discurso do Método” e nas “Meditações Metafísicas”, 
Descartes defende a tese que nosso espírito possui três tipos 
de ideias que irão se diferenciar pela origem e pela qualidade:
 1ª – ideias adventícias são aquelas que vêm de fora por meio 
de sensações, percepções, lembranças, ou seja, por 
experiências que, muitas vezes, 
não condizem com a realidade.
Fonte: 
http://supernaturalrrpg.forumeiros.com/t23-
floresta-de-longland-noite
Fonte: http://like3za.pt/os-fantasticos-pores-do-sol-portugal/
O inatismo de Descartes
 2ª – ideias fictícias: são aquelas criadas pela imaginação 
com partes das ideias adventícias e que compõem seres 
inexistentes.
Fonte: http://www.desenhosinfantis.com/imagens-cavalo-alado-jpg
Fonte: http://pt.quizur.com/quiz/que-tipo-de-fada-voce-seria-EQm
O inatismo de Descartes
 3a – ideias inatas: são racionais e só podem existir porque 
nascemos com elas como a ideia do infinito. Não temos 
qualquer experiência sobre o infinito. Para Descartes, essas 
ideias são a “a assinatura do Criador” no nosso espírito e 
nos trazem a possibilidade de entender se uma ideia 
adventícia é verdadeira ou falsa e ter certeza que as ideias 
fictícias são sempre falsas.
 Para Descartes, as ideias inatas são simples, muitas vezes 
chegam com a intuição e são o ponto de partida para a 
dedução racional e da indução como “Penso, logo existo”.
O empirismo
 Para os empiristas, nascemos como uma folha de papel em 
branco e tudo o que sabemos vem de fora, de experiências e 
de contatos com outras pessoas e com o mundo exterior. A 
razão, a verdade e as ideias racionais são adquiridas por meio 
da experiência. 
 Os filósofos ingleses dos séculos XVI ao XVIII são os 
empiristas mais famosos como: Francis Bacon, John Locke, 
George Berkeley e David Hume.
 As sensações se reúnem e formam uma percepção. 
A experiência escreve e grava 
no espírito as ideias, e a razão 
irá associá-las, combiná-las, 
formando os pensamentos. Fonte: 
http://minhasplantas.com.
br/plantas/rosa/
O empirismo
 David Hume foi um empirista e mostra que a ciência é formada 
pela associação de ideias, como consequência das 
repetições. Vamos ver um exemplo?
 Percebo que ao colocar a água no fogo ela fica muito quente e 
ferve, terminando por evaporar. Isso acontece inúmeras vezes 
também com outros líquidos e isso me leva a dizer: “O calor é 
a causa desses fatos”.
 Hume, nesse caso, diz que as ideias da razão se originam na 
experiência e que os princípios da racionalidade também são 
derivados dessas mesmas experiências.
 O calor é a causa e a evaporação, a consequência. Temos, 
aqui, o princípio da causalidade.
Ao questionarmos um e outro...
 Problemas com o inatismo:
 1º – a própria razão pode mudar o conteúdo de ideias que 
eram consideradas universais e verdadeiras. Para Platão se 
uma ideia mudasse, ela era uma simples opinião, ao passo 
que uma ideia verdadeira seria inata, universal e necessária, 
não sofrendo as variações das opiniões.
 2º – a própria razão pode provar que ideias racionais 
também podem ser falsas como foi o caso da física 
cartesiana que demonstrou ser falsa quando vista sob o 
ponto de vista de Galileu.
Ao questionarmos um e outro...
 Problemas com o empirismo:
 Para Chauí, o problema que o empirismo apresenta está na 
impossibilidade do conhecimento objetivo da realidade 
(CHAUÍ, 2004, p. 73) ou, melhor dizendo, se a ciência é uma 
questão de hábitos e repetições, quando ao invés de ferver 
a água e ver seu volume aumentar eu gelar a água e ver seu 
volume diminuir, a ciência desaparece porque deixa de 
explicar, por repetição, o primeiro fenômeno.
 Do conflito entre empiristas e inatistas surge o ceticismo.
Solucionando a origem da razão
 Para o matemático e filósofo alemão Gottfried Leibniz (1646-
1716) existia uma distinção entre verdades de razão e 
verdades de fato.
 As verdades de razão eram inatas e enunciavam uma 
premissa universal, necessária, não podendo ser diferente 
do que realmente era. Como exemplo, temos o círculo.
 As verdades de fato seriam obtidas por meio das 
sensações, da percepção e da memória, dependendo, 
portanto, de experiência. As verdades de fato, para o autor, 
são empíricas e se referem a coisas que poderiam ser 
diferentes como a rosa vermelha.
 Para essas verdades funciona o princípio da razão 
suficiente, ou seja, tudo tem uma causa que pode 
ser conhecida.
Solucionando a origem da razão
 Kant exerceu grande influência entre os filósofos e se 
notabilizou por investigar as condições que possibilitam o 
conhecimento e o modo como podemos agir, tendo em vista 
um princípio universal que não cause danos para as outras 
pessoas. Preocupou-se também em examinar os limites do 
homem e sua filosofia se denominou filosofia crítica.
 Kant dizia que os filósofos eram semelhantes com 
astrônomos geocêntricos, buscando um centro que não é 
verdadeiro. Essa visão ficou conhecida como Revolução 
Copernicana que percebia o sol como o centro de tudo. Hélios
= sol, sistema heliocêntrico.
Interatividade
Percebemos que para que se dê a evolução das ideias, 
normalmente existe um rompimento com as ideias 
antecessoras, pelo menos, em um primeiro momento. Assim, a 
filosofia moderna, centrada na razão, nega a filosofia medieval, 
centrada na ideia de Deus.
Quais são as características de cada uma dessas filosofias? 
a) Antropocêntrica e teocêntrica.
b) Relevante e estruturada.
c) Antropocêntrica e estrutural.
d) Teocêntrica e relevante.
e) Relevante e antropocêntrica.
Qual, então, o grande equívoco?
 Em lugar de estudar o que é a razão e indagar o que ela pode 
e o que não pode conhecer, o que é a experiência e o que ela 
pode ou não pode conhecer ou, melhor dizendo, em vez de 
procurar o que é a verdade, os filósofos preferiram começar 
dizendo o que a realidade é, dizendo que ela é racional e que, 
por isso, pode ser inteiramente conhecida pelas ideias da 
razão. Colocaram a realidade exterior ou os objetos do 
conhecimento no centro e fizeram a razão, ou o sujeito do 
conhecimento, girar em torno deles.
 Parecem, diz Kant, como alguém que, querendo assar um 
frango, fizesse o forno girar em torno dele e não o frango 
em torno do fogo.
Trocando em miúdos... 
 Vamos entender o sujeito do conhecimento e mostrar 
que esse sujeito é a razão universal.
 Mas o que é a razão?
 A razão é uma estrutura vazia, uma forma pura sem conteúdos, 
inata. Essa estrutura (e não os conteúdos) é que é universal, 
sendo a mesma em todos os lugares, em todos os tempos, 
para todos os seres humanos, não dependendo da experiência 
para existir, ou seja, a razão é, do ponto de vista do 
conhecimento, anterior à experiência e não depende dela. 
A estrutura da razão é a priori.
Sobre a razão
 Agora... Os conteúdos que a razão conhece e nos quais ela 
pensa dependem da experiência e sem ela a razão seria vazia, 
nada conhecendo.
 Então, a experiência fornece a matéria (os conteúdos) do 
conhecimento para a razão e essa, por sua vez, fornece a 
forma (universal e necessária) do conhecimento. 
 Pensando melhor: O conhecimento se dá por meio da 
racionalização dos conteúdos, da matéria que advém da 
experiência.
Qual o engano dos inatistas? E dos empiristas?
 Inatistas – supor que os conteúdos ou a matéria do 
conhecimento são inatos. Não existem ideias inatas.
 Empiristas – supor que a estrutura da razão é adquirida por 
experiência ou causada pela experiência. 
 A estrutura da razão, portanto, é inata e universal, enquanto 
os conteúdos são empíricos e podem variar no tempo e no 
espaço, podendo transformar-se com novas experiências ou 
revelarem-se falsos em função de novas experiências.
O que é o conhecimento racional, então?
 É a síntese que a razão realiza entre uma forma universal inata 
e um conteúdo particular oferecido pela experiência.
 A razão é constituída por três estruturas a priori:
 a estrutura ou forma da percepção sensível ou sensorial;
 a estrutura ou forma do entendimento – inteligência; 
 a estrutura ou forma da razão propriamente dita. A razão é a 
função reguladora da atividade do sujeito do conhecimento.O fluxo do conhecimento
 A percepção recebe conteúdos da experiência e a 
sensibilidade organiza racionalmente segundo a forma do 
espaço e do tempo. Essa organização espaço-temporal dos 
objetos do conhecimento é inata, universal e necessária.
 O entendimento organiza os conteúdos que lhe são enviados 
pela sensibilidade; o conteúdo é oferecido pela experiência 
sob a forma do espaço e do tempo, e a razão, por meio do 
entendimento, organiza esses conteúdos empíricos.
 Essa organização transforma 
as percepções em conhecimentos 
intelectuais ou em conceitos. 
Fonte: 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/j/jkt
de/preview/fldr_2004_07_22/file000894312228.jpg
Hegel
 O filósofo alemão Hegel utilizou o método dialético (focado na 
contraposição de ideias) para explicar aquilo que constitui o 
mundo real. 
 Ao criticar o inatismo, o empirismo e o kantismo, Hegel traz 
que essas filosofias não tinham compreendido o que há de 
mais fundamental e de mais essencial à razão: ser histórica.
 Preocupada em garantir a diferença entre a mera opinião e a 
verdade, a filosofia considerou que as ideias só seriam 
racionais e verdadeiras se fossem intemporais, perenes, 
eternas, as mesmas em todo tempo e em todo lugar e é essa 
intemporalidade atribuída à verdade e à razão que Hegel 
criticou.
Para Hegel, a razão é:
 O conjunto das leis do pensamento, os procedimentos do 
raciocínio, as formas e as estruturas necessárias para pensar, 
as categorias (subjetiva).
 A ordem, a organização, o encadeamento e as relações das 
próprias coisas (objetiva).
 A relação interna e necessária entre as leis do pensamento e 
as leis do real. 
Ainda, Hegel
 Para Hegel, os conflitos filosóficos são a história da razão 
buscando conhecer-se. Para ele, graças a tais conflitos e 
contradições entre as filosofias é que se pôde chegar à 
descoberta da razão como síntese, unidade ou harmonia das 
teses opostas ou contraditórias.
 Em cada momento de sua história, a razão produziu uma tese 
a respeito de si mesma e, logo a seguir, uma tese contrária à 
primeira, uma antítese porque ambas, embora verdadeiras, 
foram parciais e, sem elas, a razão nunca teria chegado a se 
conhecer a si mesma. Mas não podemos esquecer que a razão 
não pode ficar estacionada nessas contradições que ela 
própria criou, é preciso ultrapassá-las pela síntese que une 
teses contrárias, mostrando onde está a verdade de cada uma 
delas. Essa é a razão histórica (CHAUÍ, 2004, p. 79).
A Filosofia Contemporânea
 A Filosofia Medieval acreditava em Deus, a Filosofia Moderna 
acreditava na razão e prometeu civilização, progresso, 
felicidade, evolução social, conhecimento, mas o século XX 
mostrou que o projeto das luzes falhou.
 Três pensadores, entre o final do século XIX e início do século 
XX, passam a questionar o conceito de razão: Marx, Freud e 
Bergson.
Fonte: 
https://pixabay.com/pt/cartuchos-arma-
guerra-arma-de-m%C3%A3o-2166491/
Karl Marx
 Marx questiona os limites da razão para as 
ações humanas.
 Segundo ele, a ideologia acaba por mascarar a realidade e não 
nos permite ver as coisas como elas de fato são ou agir a 
partir de nossa própria razão. Muitas vezes agimos por 
imposição ideológica do grupo ou da moral da sociedade. As 
roupas que usamos, a comida que comemos podem não ser 
totalmente escolhida por nós, mas colocadas pela ideologia 
dominante como sendo a roupa certa e comida certa. Nesse 
sentido, não foi a nossa razão que fez as escolhas, mas a 
ideologia que mascarou a realidade e não nos deixou ver 
todas as possibilidade de vestimenta e alimentação.
Fonte: https://pixabay.com/pt/karl-
marx-karl-marx-historicamente-
1882195/
Sigmund Freud
 Freud, ao estudar o inconsciente, impõe 
severos limites à razão porque, para ele, 
muitas das nossas pretensas decisões 
racionais, não são racionais, mas sugeridas 
pelo nosso inconsciente. Agimos guiados 
pelos impulsos internos da psique e não 
somente guiados pela nossa razão. 
 Freud descobre que o inconsciente é irracional e influencia 
nossas vidas, ou seja, a razão humana não é absoluta como 
pretendiam os iluministas. 
Fonte: 
https://pixabay.com/pt/sigm
und-freud-retrato-1926-
1153858/
Henri Bergson
 Para Bergson, é possível distinguir duas 
maneiras diferentes de conhecer uma coisa: a 
primeira é racional, a segunda é intuitiva. 
Uma é conhecimento exterior, a outra, 
conhecimento interior.
 Para o filósofo francês, a razão conhece somente as partes, 
enquanto que a intuição conhece o todo. Espírito e matéria. 
 A razão não dá conta do novo, não concebe o imprevisível 
nem a própria criação, porque somente pode conhecer o 
descontínuo, o imóvel, o inerte. Quando se trata de conhecer a 
totalidade é completamente inábil e incapaz de compreender o 
todo do movimento de criação do espírito, e quando se põe a 
fazer isso advém inúmeros problemas.
Fonte: 
https://www.philosophyguides
.org/decoding/decoding-of-
bergson-donnees-immediates/ 
Henri Bergson
 Mas não podemos conceber e entender razão sem o espírito. 
Uma nos dá a parcialidade e o outro, a totalidade por meio da 
intuição.
 Para Bergson, a razão pensa somente na imobilidade e a 
intuição pensa no movimento.
 A mudança traz a novidade que a intuição acompanha e 
entende seu processo imprevisível. A razão, por sua vez, 
busca a imobilidade, a estabilidade.
 A razão, mesmo sendo um resultado da evolução da vida, é 
naturalmente incapaz de conhecer o movimento vital, que é 
antes de tudo movimento e criação de novas formas de vida.
Interatividade
Existe uma escola filosófica que nos traz que a ideologia acaba 
por mascarar a realidade, não permitindo que possamos ver as 
coisas como elas de fato são. Qual o filósofo que representa 
essa corrente de pensamento?
a) Descartes.
b) Henri Bergson.
c) Marx.
d) Freud.
e) Kant.
ATÉ A PRÓXIMA!

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