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12 Unidade II Di ag ra m aç ão : F er na nd o - Co rr eç ão : F er na nd o - p ar a 2° R ev isã o - Re vi so ra : A ng el a - 25 /0 1/ 20 08 -- || -- R ev isã o: A na : C or re çã o: L éo 2 1/ 05 /0 9 - Unidade II 5 10 15 4 O TERCEIRO SETOR Sob o impacto de um Estado que vem diminuindo sua ação social e de uma sociedade com necessidades cada vez maiores, cresce a consciência nas pessoas – tanto físicas quanto jurídicas – de que é necessário posicionar-se proativamente no espaço público, se o que se deseja é um desenvolvimento social sustentado. (Evelyn Berg Ioschpe) Estado 1º setor Poder Mercado 2º setor Lucro Sociedade 3º setor Deveres O primeiro setor é o governo, que é responsável pelas questões sociais. O segundo setor é o privado, responsável pelas questões individuais. Com a falência do Estado, o setor privado começou a ajudar nas questões sociais, através das inúmeras instituições que compõem o chamado terceiro setor. Ou seja, o terceiro setor é constituído por organizações sem fins lucrativos e não-governamentais, que tem como objetivo gerar serviços de caráter público1. 1 Disponível em www.filantropia.org/oqueeterceirosetor.htm 13 MARKETING SOCIAL E POLÍTICO Di ag ra m aç ão : F er na nd o - Co rr eç ão : F er na nd o - p ar a 2° R ev isã o - Re vi so ra : A ng el a - 25 /0 1/ 20 08 -- || -- R ev isã o: A na : C or re çã o: L éo 2 1/ 05 /0 9 - 4.1 O conceito O termo surgiu para tentar denominar de forma unificada as tantas instituições particulares que desenvolvem atividades de caráter público, pois sua atuação específica exigia que as mesmas fossem identificadas de forma diferenciada das demais. É um conjunto de iniciativas provenientes da sociedade, voltadas à produção de bens públicos, cujo papel é fazer frente aos problemas sociais mais necessitados do país. Representa uma mudança na atuação do Estado e do mercado e na forma de participação do cidadão na esfera pública. Rompe a divisão entre o público e o privado. Surgiu na década de 90 como portador de uma nova promessa: a renovação do espaço público, o resgate da solidariedade e da cidadania, a humanização do capitalismo (cidadania empresarial) a conservação do meio ambiente e a superação da pobreza. Nessa década, houve uma transição da ação social assistencialista para uma cidadania ativa. Dá- se início ao investimento em educação e na organização social. A educação passa a buscar a formação crítica do aluno, capacitando-o a se tornar protagonista de sua ação. As empresas começam a discutir a sua responsabilidade social. No Brasil, os últimos quinze anos foram marcados pelo surgimento de muitas instituições atuantes do terceiro setor, e o mais curioso é a sua diversidade nas áreas de atuação, que vão desde a educação até o design. Sua ampliação permitiu uma abrangência quase que universal e é fruto da democratização da sociedade brasileira (maior maturidade e consciência cidadã) e do desenvolvimento da sociedade civil organizada. 4.2 O termo O termo terceiro setor é uma denominação ainda pouco utilizada em virtude de se tratar de uma nomenclatura relativamente nova, e é sempre bom esclarecer que se denomina 5 10 15 20 25 30 14 Unidade II Di ag ra m aç ão : F er na nd o - Co rr eç ão : F er na nd o - p ar a 2° R ev isã o - Re vi so ra : A ng el a - 25 /0 1/ 20 08 -- || -- R ev isã o: A na : C or re çã o: L éo 2 1/ 05 /0 9 - terceiro por considerar que o Estado e o mercado representam o primeiro e segundo setores respectivamente. A diferença básica entre os três setores é que enquanto os dois primeiros buscam auferir lucros, o terceiro setor almeja justamente o contrário. As organizações do terceiro setor podem atuar de forma muito efetiva, buscando benefícios que são, ao mesmo tempo, público e coletivo e podem, ainda, ajudar o Estado a cumprir com suas obrigações, principalmente em relação às questões das desigualdades sociais. Hoje, as ações realizadas por instituições do terceiro setor contribuem de forma muito significativa para o desenvolvimento social dos países em que atuam. Aqui no Brasil, por exemplo, algumas grandes comunidades já são totalmente dependentes dos trabalhos dessas organizações, ou seja, no caso de algumas delas deixarem de atuar, serão muitos os afetados. 4.3 A composição do terceiro setor O terceiro setor é composto por instituições particulares e sem fins lucrativos. Dada a impossibilidade do Estado de dar conta de todas as suas responsabilidades, auxiliam o mesmo na minimização ou, ainda, na solução de algumas questões de cunho totalmente social. Apesar de serem particulares, por natureza, essas instituições realizam um trabalho cujo objetivo principal é sempre de característica pública. 4.4 As entidades beneficentes Elas representam mais de 90% das instituições que formam o terceiro setor e são as entidades que, de fato, realizam pessoalmente o trabalho social. Elas atuam nos mais variados campos, como cuidado com crianças e idosos abandonados, preservação ambiental, proteção aos animais, prevenção de doenças, doação de órgãos, violência contra a mulher, exploração sexual, dentre outros. 5 10 15 20 25 15 MARKETING SOCIAL E POLÍTICO Di ag ra m aç ão : F er na nd o - Co rr eç ão : F er na nd o - p ar a 2° R ev isã o - Re vi so ra : A ng el a - 25 /0 1/ 20 08 -- || -- R ev isã o: A na : C or re çã o: L éo 2 1/ 05 /0 9 - As entidades beneficentes podem atuar na sociedade em forma de escola, creche, associação ou clube, porém, seu objetivo final deve ser sempre o trabalho em prol de qualquer membro da sociedade e não somente daqueles que, de alguma forma, possuam alguma ligação. Por exemplo, um clube esportivo que beneficia somente aos seus sócios e dependentes não pode ser considerado uma entidade beneficente, pois está restringindo sua atuação aos associados, mas, quando esse clube abre suas portas para realizar atividades para sociedade como um todo, ele está realizando um trabalho característico de uma entidade beneficente. Vale a pena observar que um clube de futebol, cujos beneficiados são seus próprios torcedores, não pode ser considerado sem fins lucrativos. Ao contrário, uma creche criada num bairro carente para atender aos filhos de mães que trabalham fora pode ser classificada como entidade sem fins lucrativos. 4.5 Características principais As principais características do terceiro setor são: ter caráter privado; ser sem fins lucrativos; ter objetivos sociais (entendendo-se social o mais amplo possível), ambientais e, ainda, a congregação de pessoas idealistas. Segundo Salamon e Anheier (1997), as organizações do terceiro setor apresentam as cinco características descritas abaixo: 1. estruturadas: necessariamente devem possuir uma estrutura interna formal com regras e procedimentos próprios; 2. privadas: para que uma instituição seja considerada atuante do terceiro setor, não poderá ter nenhum tipo de 5 10 15 20 25 30 16 Unidade II Di ag ra m aç ão : F er na nd o - Co rr eç ão : F er na nd o - p ar a 2° R ev isã o - Re vi so ra : A ng el a- 25 /0 1/ 20 08 -- || -- R ev isã o: A na : C or re çã o: L éo 2 1/ 05 /0 9 - relação com o Estado, embora esse possa destinar parte de seus recursos para essas instituições. Qualquer tipo de relação institucional com o governo descaracteriza sua atuação no terceiro setor; 3. não repartem lucros: no caso de algum lucro ser gerado, nenhum dirigente poderá ser beneficiado. Tal lucro deverá ser imediatamente repassado aos beneficiários descritos na missão da organização. A repartição de lucros não deve existir em instituições sem fins lucrativos; 4. autônomas: sua gerência é feita sem que haja a interferência externa, ou seja, elas realizam uma autogestão; 5. voluntárias: necessitam de pessoas que realizem um trabalho voluntário e não remunerado. Esses voluntários destinam parte do seu tempo ao auxílio de causas sociais. 4.6 Lucros No terceiro setor, os lucros devem ser reinvestidos em novos projetos, ou distribuídos em parte para os fins sociais a que se destinam, mostrando que forma um segmento importante da sociedade. O dinheiro no terceiro setor é, geralmente, um meio, e não um fim. Assim, a governança das organizações, a gestão de pessoas, a captação de recursos, a promoção e a entrega de produtos e serviços e a avaliação de desempenho difere significativamente do setor mercado. 4.7 Empresas com responsabilidade social A maioria das empresas, principalmente as de médio e grande porte, vai além das responsabilidades com sua atividade principal e atua diretamente na sociedade. Essas empresas, por se sentirem socialmente responsáveis pelo meio em que atuam, 5 10 15 20 25 17 MARKETING SOCIAL E POLÍTICO Di ag ra m aç ão : F er na nd o - Co rr eç ão : F er na nd o - p ar a 2° R ev isã o - Re vi so ra : A ng el a - 25 /0 1/ 20 08 -- || -- R ev isã o: A na : C or re çã o: L éo 2 1/ 05 /0 9 - passam a interagir sobretudo em relação aos problemas sociais ali existentes. O trabalho dessas empresas enquanto responsáveis socialmente é o de encontrar e implementar mecanismos eficazes para o desenvolvimento dessa sociedade. É interessante observar que a própria sociedade já exige das empresas essa postura socialmente responsável. Os consumidores, hoje, preferem comprar de empresas que estejam ligadas a algum movimento social. Eles alegam que, dessa forma, estão ajudando, indiretamente, tornando-se corresponsáveis socialmente, juntamente com a empresa. 4.8 Organizações não governamentais (ONGs) Toda e qualquer ONG caracteriza-se por ser uma entidade de natureza particular, independente do governo e sem fins lucrativos. A formação de uma ONG se dá, geralmente, pela reunião de algumas pessoas dispostas a lutar por um objetivo em comum, é e importante para legalizar a atuação desse tipo de organização. O estabelecimento de parcerias, a presença e a ação fiscalizadora do cidadão desenham o novo papel de uma sociedade informada e atuante, pois não espera tudo do Estado e passa a exigir do mercado maior responsabilidade social. Definição do dicionário Aurélio: ONG — Organização Não Governamental — Não integra o Estado nem está diretamente ligada ao Governo. Suas atividades, de natureza não empresarial estão voltadas para a esfera pública, especialmente a prestação de serviços considerados relevantes para o desenvolvimento social. 4.9 A captação de recursos Captar recursos é buscar meios para sustentar determinada causa ou entidade. 5 10 15 20 25 18 Unidade II Di ag ra m aç ão : F er na nd o - Co rr eç ão : F er na nd o - p ar a 2° R ev isã o - Re vi so ra : A ng el a - 25 /0 1/ 20 08 -- || -- R ev isã o: A na : C or re çã o: L éo 2 1/ 05 /0 9 - A comunicação é uma das principais ferramentas do marketing. As empresas com fins lucrativos utilizam a comunicação para incitar vendas, incitar consumidores, melhorar a imagem de sua marca junto ao público e envolver os distribuidores. As organizações do terceiro setor, do mesmo modo, utilizam as ferramentas de comunicação com diversas finalidades: buscar novos parceiros e doadores, recrutar voluntários, informar conselheiros e outros parceiros sobre o andamento das atividades, aumentar o envolvimento dos beneficiários e de suas famílias, prestar contas à sociedade sobre o investimento dos recursos que recebemos, etc. Diversos são os meios de que as instituições dispõem para desenvolver uma comunicação eficaz com seus doadores, como os contatos pessoais, os contatos telefônicos, e-mails, cartas, enfim um mundo de possibilidades, porém, não se pode esquecer que a criatividade é uma grande aliada e pode ser explorada para chamar a atenção do público-alvo. Todo material promocional precisa ser elaborado de acordo com a missão da instituição e deverá passar para a sociedade uma imagem de organização motivada e atuante. A imagem de “coitadinho” já não comove a sociedade, pois esta prefere ajudar quem tem disposição para atuar. 4.10 A autossustentabilidade do terceiro setor Atualmente, algumas entidades que fazem parte do terceiro setor vêm desenvolvendo seus próprios produtos/serviços, os quais acabam sendo consumidos pela sociedade e gerando renda com essa atividade. Muitas instituições já conseguiram, inclusive, fixar sua marca no mercado. Mesmo nesse caso, o lucro obtido não deve ultrapassar os limites da instituição, tampouco beneficiar algum de seus administradores, uma vez que a sua missão é realizar uma atividade desligada de fins lucrativos. 5 10 15 20 25 30 19 MARKETING SOCIAL E POLÍTICO Di ag ra m aç ão : F er na nd o - Co rr eç ão : F er na nd o - p ar a 2° R ev isã o - Re vi so ra : A ng el a - 25 /0 1/ 20 08 -- || -- R ev isã o: A na : C or re çã o: L éo 2 1/ 05 /0 9 - 4.11 A contribuição do setor público O Brasil é considerado pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe como o país latino-americano que mais investe na minimização de problemas sociais, embora seja o maior país em termos de população e extensão territorial. Hoje, os investimentos do Estado no terceiro setor giram em torno de 46% de todo o gasto público. 4.12 Os tipos de financiamentos para o terceiro setor • Recursos a fundo perdido: representam os recursos que não são passíveis de juros e sem exigência de um retorno do volume investido. Nesse tipo de financiamento, apenas é exigida uma correta prestação de contas, demonstrando veridicamente tudo o que foi aplicado. • Linhas de crédito com juros subsidiados: são espécies de microcréditos oferecidos pelas instituições financeiras com a vantagem de terem juros mais baixos que a maioria praticada pelo mercado. • Incentivos fiscais para financiadores privados: são benefícios que o governo oferece para empresas privadas que desejem atuar no terceiro setor. A maioria desses benefícios gira em torno de deduções de impostos como compensação pelo serviço prestado. 4.13 O mercado de trabalho no terceiro setor Os melhores talentos vão preferir empresas socialmente responsáveis. Oded Grajew O trabalho especializado para o terceiro setor vem se firmando, e as remunerações já chegam a patamares iguais às do setor privado. 5 10 15 20 25 20 Unidade II Di ag ra m aç ão : F er na nd o - Co rr eç ão : F er na ndo - p ar a 2° R ev isã o - Re vi so ra : A ng el a - 25 /0 1/ 20 08 -- || -- R ev isã o: A na : C or re çã o: L éo 2 1/ 05 /0 9 - Segundo Engel Paschoal (2001)2, Para falar do Terceiro Setor como gerador de emprego, é preciso entender que ele é a oitava economia do mundo, movimentando mais de US$ 1 trilhão por ano, cerca de 8% do PIB do planeta. No Brasil, ele representa R$ 10,9 bilhões anuais (cerca de 1% do PIB), sendo R$ 1 bilhão em doações. Reúne mais de 300 mil ONGs, além de fundações, institutos etc., emprega cerca de 1,2 milhão de pessoas e tem 20 milhões de voluntários. O Brasil é o quinto do mundo em voluntários. Com tudo isso, já se pode perceber que o trabalho no terceiro setor não é mais de predominância voluntária. Os profissionais que nele estão atuando são remunerados de acordo com sua profissionalização e até fazem planos de ascensão dentro do setor. Esse fenômeno é mundial; nos EUA, a cada dez novas vagas de empregos que surgem, sete são no terceiro setor, segundo dados da revista RETS. 4.14 Os negócios do terceiro setor O crescimento do terceiro setor foi tão expressivo que, hoje, as empresas, ao fazerem a planificação das suas ações, já a fazem com base em dois aspectos: sob o ponto de vista ético e sob o ponto de vista da responsabilidade social. A expectativa é que esse número cresça, já que as instituições estão se profissionalizando, despertando, assim, o interesse de mais doadores. Os que entram voluntários, rapidamente, profissionalizam-se e acabam sendo contratados como efetivos. A procura pelo emprego no terceiro setor vem aumentando a cada dia, principalmente pela abundância de oportunidades, fato raro nos outros setores da economia. 5 10 15 20 25 2 Jornal Carreira e Sucesso - disponível em: http://www.catho.com. br/jcs/inputer_view.phtml 21 MARKETING SOCIAL E POLÍTICO Di ag ra m aç ão : F er na nd o - Co rr eç ão : F er na nd o - p ar a 2° R ev isã o - Re vi so ra : A ng el a - 25 /0 1/ 20 08 -- || -- R ev isã o: A na : C or re çã o: L éo 2 1/ 05 /0 9 - Mas não tem sido tão fácil para o terceiro setor estar nessa situação e, hoje, os esforços giram em torno de alcançar alguns desafios como: • conscientizar a população acerca do que o terceiro setor representa, bem como da necessidade que o mesmo tem do trabalho de bons profissionais; • prezar pelo fortalecimento de organizações que se preocupem com a qualidade de suas gestões; • estar sempre captando recursos para o sustento do setor; • conseguir o maior número de voluntários para auxiliar as campanhas sociais. Esses esforços dependem diretamente das ações do marketing no desenvolvimento de campanhas capazes de alertar e sensibilizar a população em geral sobre a importância de sua colaboração, bem como aos empresários a respeito da necessidade de maiores doações. 4.15 A estratégia do terceiro setor Atividades como realização de planos estratégicos para definição de metas de pequeno, médio ou longo prazo passaram a ser vitais para a existência do setor. Isso porque a onda de amadorismo que reinava nas instituições do terceiro setor foi substituída pela prática profissional séria e responsável daqueles que hoje formam esse setor. Nada mais óbvio que esses profissionais busquem uma gestão eficiente na sua prática e eficaz, com o alcance de resultados satisfatórios. O terceiro setor não possui modelos próprios de gestão, porém, de forma adaptada à sua atuação, utiliza-se de modelos de gestão tanto do setor público como do setor privado. É uma adaptação dos modelos dos dois outros setores para a lógica do seu propósito. A inexistência de teorias administrativas específicas para o terceiro setor dificulta muito os trabalhos de suas instituições. 5 10 15 20 25 30 22 Unidade II Di ag ra m aç ão : F er na nd o - Co rr eç ão : F er na nd o - p ar a 2° R ev isã o - Re vi so ra : A ng el a - 25 /0 1/ 20 08 -- || -- R ev isã o: A na : C or re çã o: L éo 2 1/ 05 /0 9 - Trabalhar baseado nas lógicas do setor público ou do setor empresarial pode ser perigoso no sentido da possibilidade de influenciarem as instituições, podendo essas perderem seu foco de atuação. O mercado e as agências de cooperação internacional têm sido, atualmente, os maiores influenciadores das práticas gerenciais das instituições do terceiro setor. Com a globalização, as instituições do terceiro setor passaram a sentir necessidade de um planejamento mais eficaz de suas ações futuras, para a garantia de um espaço político que lhes desse tanto uma maior credibilidade quanto maiores possibilidades de novas parcerias. Dessa forma, cada vez mais a gestão das instituições do terceiro setor se assemelha à administração das empresas privadas que formam o segundo setor, principalmente em relação aos seguintes pontos: • ambas necessitam do suporte direto de administradores de excelente competência; • a delimitação de metas é de vital importância para a realização de seus trabalhos; • no gerenciamento e controle dos recursos materiais e financeiros; • no desenvolvimento do trabalho em grupo com base na cooperação mútua; • na profissionalização de sua força de trabalho. Em relação aos pontos em que elas se opõem, podemos destacar a diversidade de relacionamentos que o terceiro setor é capaz de construir, inclusive, com instituições fora de sua área de atuação. 5 10 15 20 25 23 MARKETING SOCIAL E POLÍTICO Di ag ra m aç ão : F er na nd o - Co rr eç ão : F er na nd o - p ar a 2° R ev isã o - Re vi so ra : A ng el a - 25 /0 1/ 20 08 -- || -- R ev isã o: A na : C or re çã o: L éo 2 1/ 05 /0 9 - ONGs Indústrias Órgãos PúblicosBancos Igrejas Toda essa abrangente rede de relacionamentos gera uma necessidade de desenvolvimento de estratégias de relacionamento personalizada para cada parceiro, termo dado aos investidores do terceiro setor, antes chamados de doadores. Outro aspecto que diferencia as instituições do terceiro setor é em relação à sua avaliação de desempenho, já que não existem indicadores definidos para medir seus resultados. Enquanto no segundo setor o volume monetário indica seu nível de resultado, no terceiro setor esse parâmetro se torna inválido, pois seus fins não podem ser lucrativos. 5 10
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