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ANGICO - PRETO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS – CCA 
DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA – DFIT 
DISCIPLINA: SILVICULTURA 
PROFESSOR: DR. RAIMUNDO TOMAZ DA COSTA FILHO 
 
 
 
 
 
 
ANGICO – PRETO (Piptadenia macrocarpa Benth.) 
 
 
 ANNA FLÁVIA DE SOUSA LOPES 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA, PI 
Junho - 2018
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. Angico - Preto..............................................................................................3 
1.1 Classificação Botânica......................................................................3 
1.2 Morfologia..........................................................................................3 
1.2.1 Caracterização morfológica do fruto....................................3 
1.2.2 Caracterização morfológica das sementes..........................3 
1.2.3 Caracterização morfológica da plântula..............................4 
1.2.4 Caracterização morfológica da muda..................................4 
1.3 Características fenológicas...............................................................5 
1.4 Observações ecológicas e regiões de ocorrência............................5 
1.5 Utilização e importância....................................................................6 
1.6 Métodos de propagação....................................................................7 
2. Referência Bibliográfica..............................................................................9 
3. Anexos........................................................................................................10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Angico – Preto 
 
1.1 Classificação botânica 
Angico-amarelo, angico-branco, angico-brabo, angico-castanho, angico-
cedro e etc., são alguns dos sinônimos populares conhecidos do angico-preto. 
Pertence à família Leguminosae – Mimosaceae, cujo nome cientifico é 
Piptadenia macrocarpa (Benth.) e apresenta alguns sinônimos botânicos como: 
Adenanthera colubrina (Vell.) Brenan, Anadenanthera macrocarpa (Benth.) e 
Acacia cebil Griseb. 
 
1.2 Morfologia 
 
1.2.1 Caracterização morfológica do fruto 
O fruto é do tipo folículo, simples, seco, deiscente, polispérmico (variando 
de 9 a 14 sementes), glabro, de formato linear-ondulado. O comprimento médio 
é de 29,75 cm (variando de 13,5 a 39,5 cm), largura média de 2,26 cm (variando 
de 2,03 a 2,44 cm) e espessura média de 0,34 cm (variando de 0,16 a 0,46 cm). 
O epicarpo é seco, opaco, marrom-claro, evidenciando os lóculos, onde estão 
alojadas as sementes; há presença de estrias no centro de cada lóculo, 
apresentando bordo mais espesso que o centro do fruto e reentrâncias 
onduladas em todo seu comprimento; base acuminada, bordo bastante 
ondulado, estipitado, com pedúnculo lenhoso, marrom e estriado verticalmente; 
apresenta diversas lenticelas circulares e de coloração amarelada; mesocarpo 
seco, amarelado, e endocarpo apresenta-se seco, de coloração alaranjada, 
formando falsos septos onde são alojadas as sementes. 
 
1.2.2 Caracterização morfológica das sementes 
As sementes são estenospérmicas, com formato variando de 
arredondada a reniforme; a testa é rugosa, coriácea, glabra, de coloração 
marrom, altamente polida, com presença de estrias e ondulações; o 
comprimento médio é de 1,29 cm ± 0,096 (variando de 1,04 a 1,50 cm), largura 
média de 1,37 cm ± 0,117 (variando de 1,04 a 1,60 cm) e espessura média de 
0,09 cm ± 0,02 (variando de 0,02 a 0,13 cm). Apresenta uma reentrância na 
região hilar, sendo o hilo e a micrópila circulares, basais e homócromos, visíveis 
a olho nu. Na testa observa-se o pleurograma aberto, próximo à base da 
semente e com a abertura em sua direção. O funículo é diminuto, de coloração 
amarelada. Os cotilédones são carnosos, de coloração marrom-conhaque, 
variando entre oblongo e reniforme; a base é cordiforme, apresentando uma 
fenda quando os lobos estão superpostos; o ápice é arredondado. 
 
 
 
Embrião reto, axial, invaginado, devido a sua espessura bastante fina; o 
eixo-embrionário pode ser visualizado a olho nu sem hidratar a semente. Eixo 
hipocótilo-radícula é cilíndrico, invaginado, curto, reto e não ultrapassa os 
cotilédones. A plúmula é bem visível, com protófilos formados, bem definidos e 
delimitados. 
 
1.2.3 Caracterização morfológica da plântula 
 
Com o intumescimento da semente, no início da germinação, há ruptura 
do tegumento na região da micrópila. No primeiro dia ocorre a protrusão da 
radícula, fina, cônica e de coloração branca. Com o desprendimento do 
tegumento, surgem os cotilédones de coloração amarelada e forma circular; 
estes se abrem presos ou não ao tegumento, mostrando os protófilos fechados; 
gradativamente vai surgindo o epicótilo, brilhoso e de coloração verde-clara; 
consequentemente, abrem-se os protófilos e, no sexto dia, a plântula está 
completamente formada. A germinação é do tipo epígea-fanerocotiledonar. 
A plântula apresenta raiz pivotante, glabra, tortuosa ou não, de coloração 
parda-amarelada, cilíndrica, com comprimento variando de 1,88 a 2,16 cm e 
diâmetro de 0,10 a 0,13 cm. O coleto apresenta coloração branca, com diâmetro 
variando de 0,16 a 0,20 cm. O hipocótilo é cilíndrico, com leve tortuosidade, de 
coloração branco amarelada; consistência membranácea com comprimento 
variando de 0,64 a 0,67 cm. Cotilédones reniformes, ápice retuso, base sagitada 
com uma reentrância; são carnosos, amarelados, com comprimento variando de 
1,48 a 1,70 cm e largura de 1,57 a 0,16 cm. Epicótilo levemente curvado ou não, 
cilíndrico, glabro, de coloração verde clara, consistência herbácea, com 
comprimento variando de 6,53 a 8,70 cm. As folhas são compostas com 4 pares 
de folíolos discolores (verde-escuros na face adaxial e verde-claros na face 
abaxial); consistência membranácea, com comprimento variando entre 1,89 a 
2,42 cm e largura de 0,14 cm. Folíolos terminais com comprimento variando de 
1,39 a 2,12 cm; foliólulos com média de 0,15 cm de comprimento e 0,07 cm de 
largura, apresentando base arredondada, ápice agudo e bordo inteiro. Presença 
de ráquis com comprimento variando entre 0,41 a 0,75 cm. 
 
1.2.4 Caracterização morfológica da muda 
Raiz principal tuberosa, tortuosa, pivotante, marrom clara, com 
comprimento variando de 39,50 a 63,00 cm e diâmetro de 0,38 a 0,57 cm; raízes 
secundárias com comprimento variando de 11,00 a 20,00 cm e diâmetro de 0,03 
a 0,06 mm; raízes terciárias finas, de coloração marrom-escura, com 
comprimento variando de 2,60 a 3,50 cm e diâmetro de 0,01 a 0,02 mm. O coleto 
 
 
 
caracteriza-se por uma faixa marrom-clara, de 0,30 a 0,41 cm de diâmetro. O 
caule jovem é tortuoso, com coloração marrom-escura; com presença de estrias 
verticais na base e lenticelas circulares, de coloração bege; é lenhoso, glabro, 
cilíndrico com altura variando de 2,15 a 3,20 cm e diâmetro do colo de 0,28 a 
0,31 cm. Folha recomposta, com coloração verde, com comprimento variando 
de 3,94 a 14,74 cm, consistência membranácea, e com pulvino verde-claro com 
comprimento variando de 0,41 a 0,49 cm; cada folha apresenta 11 a 19 pares de 
folíolos com comprimento variando de 2,11 a 3,70 cm, paripenados, discolores 
(face adaxial verde-escura e face abaxial verde clara), com pecíolo de 
comprimento variando de 0,97 a 1,08 cm; coloração vermelha na face adaxial e 
verde-clara na abaxial; cada um dos folíolos apresenta 21 a 33 pares de 
foliólulos, estes com 0,31 a 0,38 cm de comprimento e largura de 0,08 a 0,10 
cm, oblongos, opostos dísticos, ápice agudo e base arredondada, com pulvino 
de 0,05 cm de diâmetro e 0,10 cm de comprimento; observasse a
presença de 
nectário extrafloral, de coloração avermelhada. 
 
1.3 Características fenológicas 
A raiz da planta jovem forma tubérculos lenhosos pequenos na raiz 
principal, que é pivotante e acentuada em relação às laterais. Na planta adulta 
não se encontra mais tubérculos e as raízes superficiais são mais desenvolvidas. 
O caule nos solos férteis e profundos são ereto, porém nos solos de tabuleiro, 
nas ladeiras, tem caule tortuoso. A casca tem muitas variações, tanto na cor 
(clara, acinzentada, castanho avermelhado, escura) como na textura 
(completamente coberto de acúleos, escura, profundamente gretada, áspera, 
apresentando arestas salientes; ou com poucos acúleos; ou lisa totalmente 
desprovida de acúleos e com fissuras longitudinais pouco profundas). Ao ser 
ferida ela exsuda uma goma-resina amareladas e avermelhada. A folha é 
composta bipinadas, com até 30 pares de pinas opostas, estas medindo 4 a 8 
cm; folíolos de 50 a 80 pares, opostos, sésseis, em geral medindo 3-6 x 1-2 mm; 
pecíolo com glândula preta eliposóide, localizada junto à inserção e mais 
algumas menores entre os últimos pares de folíolos. A flor é branca ou amarelo-
esverdeadas, pequeninas, dispostas em capítulos globosos auxiliares ou 
terminais, de 3 a 5 cm, com cheiro característico e suave. O Fruto é uma vagem 
castanho-avermelhado, achatado, grande, até 30 cm de comprimento, com 
superfície rugosa e dotada de pequenas excrescências e com bordas 
espessados e levemente constritos entre as sementes. Contem 8 a 15 sementes 
e se abre, do início, apenas por um dos lados. 
 
1.4 Observações ecológicas e regiões de ocorrência 
Planta decídua, heliófila, que tolera sombreamento leve na fase juvenil, 
pioneira ou secundária inicial, de rápido crescimento, que vegeta 
 
 
 
indiferentemente à sombra ou ao sol, em solos secos e úmidos, preferindo solos 
férteis e profundos, mas com grande adaptabilidade a diferentes tipos de solos; 
tolera solos rasos e compactados, mas não gosta de solos inundados. Na região 
Nordeste, ocorre nos solos de origem sedimentar, principalmente areníticos, 
calcários e aluviais. A regeneração natural ocorre por sementes, apresentando 
também rebrotação de tocos. Tem produção anual de grande quantidade de 
sementes viáveis, que são dispersadas pela ação do peso ou por formigas. 
Apresenta reprodução vigorosa, rapidez na germinação, ausência de dormência 
nas sementes, alta germinabilidade em uma ampla faixa de temperatura, 
resistência das plântulas ao dessecamento pela presença de órgão de reserva 
de água e amido nas plantas estabelecidas. Tem crescimento rápido, mas não 
atinge grande número de anos. A formiga da roça (saúva) sobe nos seus ramos 
mais altos para colher as flores. 
Ocorre em todas as regiões do Estado do Ceará, exceto nos tabuleiros da 
costa e na mata úmida das serras. É uma das espécies de mais ampla 
distribuição no espaço das caatingas, mas habita também as florestas decíduas 
altas, a Mata Atlântica, o cerrado, o Pantanal Mato-Grossense (nas partes secas 
calcárias) e campos rupestres ou de altitude, ocorrendo desde o Maranhão até 
o norte da Argentina, Peru, Bolívia, Paraguai e de Minas Gerais até Mato Grosso. 
Entre os angicos brasileiros é o que tem a maior abrangência geográfica e o que 
prefere as matas mais secas. 
 
1.5 Utilização e importância 
Alimentação humana: o tronco exsuda goma-resina amarelada, sem 
sabor e cheiro, similar a goma arábica, apreciada como alimento (mastigado 
como chiclete ou preparado para servir como bolacha). 
Medicina caseira: casca, resina, flores e folhas têm propriedades 
medicinais. A goma-resina, altamente béquica, é usada como remédio contra 
tosse, bronquite, afecções do pulmão e das vias respiratórias. A infusão das 
flores serve para os mesmos fins. As cascas em infusão, xarope, maceração e 
tintura são hemostáticas, depurativas, adstringentes, peitorais, antigripais, anti-
reumáticas e possuem propriedades antiinflamatórias. A infusão da casca tem 
propriedades sedativas e é usada contra gonorréia, diarréia e disenterias. É 
eficiente como cicatrizante nas contusões e cortes e também é empregada em 
lavagens nas "flores brancas" (leucorréias) e ulcerações. Em gargarejos, é usada 
contra anginas. O uso da resina e folhas, na forma de xarope e chá, é 
considerado depurativo do sangue, recomendado para combate ao reumatismo 
e à bronquite. As sementes são psicoativas. 
 
 
 
Planta ornamental: florescem exuberantemente todos os anos, as flores 
cobrem toda a árvore e exalam excelente perfume, o que a torna muito 
ornamental e própria para a arborização de parques e praças. 
Restauração florestal: apresenta rápido crescimento, podendo ser 
aproveitada com sucesso para reflorestamentos de áreas degradadas 
juntamente com outras espécies da região. Enriquece o solo com nitrogênio. 
Recomendado para reposição de mata ciliar em locais sem inundação. 
Sistemas agroflorestais: boa árvore para quebra-ventos, pelo rápido 
crescimento, enriquecimento do solo e atração de abelhas na estação seca. 
Usado para sombreamento de pastagens. 
Abelhas: fornece pólen e néctar às abelhas na época mais seca do ano. 
Forragem: as folhas verdes ou murchas são tóxicas ao gado, em 
consequência do elevado teor de tanino, mas são palatáveis para caprinos e 
ovinos. Em forma de feno ou secas, constituem boa forragem para todos os 
animais. Os frutos também servem de forragem. 
Inseticida: um sumo preparado das folhas de angico fermentadas pode 
ser usado no combate de lagartas e formigas de roça. 
Aplicações industriais: a casca e as sementes, ricas em tanino, podem ser 
empregadas para curtir couros e, ao mesmo tempo, lhes dar um colorido 
vermelho por seu alto teor, também, em pigmentos. Possuem utilização na 
indústria de plástico, de tintas e nos trabalhos de sondagem de poços 
petrolíferos. A goma-resina tem aplicações industriais. 
Madeira de excelente qualidade, de grade durabilidade usada na 
construção civil (vigas e assoalhos) e naval, também na confecção de 
dormentes, o uso em marcenaria e carpintaria, para mourões, portas, janelas, 
móveis, postes, construções rurais, tocos, obras hidráulicas e expostas, carretas, 
batentes, esquadrias, barrotes, embalagens grossas, ripas, esteios, 
revestimento de galerias, faqueados, tornearia, carrocerias, calhas para água, 
carroças e rodas de engenho, tabuados, eixos de bolandeiras. Ótima para 
confecção de móveis finos, dando-lhes belos efeitos as raias escuras e 
vermelhas de seu cerne. Não se recomenda muito em obras externas. Fornece 
lenha e carvão de boa qualidade. É considerada excelente para produção de 
álcool e coque. Não é adequada para fabricação de celulose e papel. 
 
1.6 Métodos de propagação 
Os métodos de propagação podem ser por sementes, estaquia. 
 
 
 
Por sementes deve colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem 
a abertura espontânea. Em seguida leva-se ao sol para completar a abertura e 
libertação da semente. Um quilo contem entre 6.400 e 23.000 sementes. Devem 
ser usadas sementes frescas, pois o poder germinativo decresce rapidamente 
em condições naturais enquanto se armazenada em câmara fria é mantida por 
mais de um ano. As sementes não apresentam dormência e germinam logo com 
as primeiras chuvas. 
No cultivo de mudas deve-se cobri-las com uma leve camada de substrato 
peneirada e irrigada duas vezes por dia. A emergência acontece entre 5-10 dias 
e a taxa de germinação é alta (mais de 80%) para sementes frescas. 
É um método utilizado para árvores, arbustos e roseiras em geral. Da mesma 
forma, os ramos devem ser saudáveis e sem flores, com 15 a 30 cm. Estas 
estacas podem ser plantadas diretamente
no local definitivo, embora seu 
"pegamento" seja melhor em recipientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Referências Bibliográficas 
BARRETTO, S. S. B.; FERREIRA, R. A. Aspectos morfológicos de frutos, 
sementes, plântulas e mudas de Leguminosae Mimosoideae: Anadenanthera 
colubrina (Vellozo) Brenan e Enterolobium contortisiliquum (Vellozo) Morong. 
Revista Brasileira de Sementes, v. 33, n. 2, p. 223-232, 2011. 
CENTRO NORDESTINO DE INFORMAÇÕES SOBRE PLANTAS. Banco de 
dados de plantas do Nordeste. Disponível em: < 
http://www.cnip.org.br/bdpn/ficha.php?cookieBD=cnip7&taxon=6922> Acesso 
em: 02 de jun. 2018. 
MADEIRA DE LEI. Angico Vermelho. Disponível em: < 
http://www.esalq.usp.br/trilhas/lei/lei05.htm> Acesso em: 02 de jun. 2018. 
MADEIRA SÃO PAULO. Angico Preto. Disponível em: < 
http://www.madsaopaulo.com.br/madeira-angico-preto/> Acesso em: 02 de jun. 
2018. 
MADEIRA TOTAL. Madeiras Brasileiras. Disponível em: < 
http://www.aguademeninos.com.br/Madeireira/Madeiras/ficha.html> Acesso em: 
02 de jun. 2018. 
VIVA FLORESTA. Angico Preto. Disponível em: < 
http://www.vivafloresta.org/especies/angico-preto> Acesso em: 02 de jun. 2018. 
WEBARTIGOS. Características Gerais Do Angico. Disponível em: < 
https://www.webartigos.com/artigos/caracteristicas-gerais-do-angico/63228> 
Acesso em: 02 de jun. 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Anexos 
 
 
Figura 1 - Copa de Angico – Preto 
Fonte: ESALQ 
 
 
Figura 2 - Tronco de Angico – Preto 
Fonte: ESALQ 
 
 
Figura 3 - Vagens de Angico Preto 
Fonte: ESALQ

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