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Disciplina Relações Interpessoais Sócio-Ambientais Módulo 4 25 Módulo IV - Capítulo 1: Relações Humanas Apresentação Relações humanas: O que são? Onde elas se iniciam? Como melhorá-las? São perguntas que você poderá já ter as respostas, porém, parte delas, por- que muitas pessoas que são bem sucedidas estão na dependência dos tipos de relações que elas estabelecem. Por que será que algumas pessoas se dão bem com tantas outras, enquanto outras parecem fazer parte de um mundo diferente, permanecendo distante dos outros, seja porque evitam o contato, seja porque são evitadas? O segredo está na sensibilidade para observar a si mesmo e também aos outros, percebendo e respeitando as diferenças indi- viduais, de forma a estabelecer relações harmoniosas, duradouras e felizes, em casa, na escola ou no ambiente de trabalho. Uma máxima proferida por Jesus Cristo, diz que: “ Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a eles (Livro de Mateus, capítulo 7, versículo 12)”. Assim, discorreremos, nas páginas abaixo, um pouco, sobre alguns passos importantes para mantermos relacionamentos mais saudáveis. Já vimos, no Módulo I, a complexidade que está por trás da palavra rela- ção. Já a expressão Relações Humanas é usada em diversos âmbitos da sociedade, implicando numa interação entre pessoas, onde são estabeleci- dos vínculos duradouros (família, principalmente) ou temporários (escola, trabalho, associações, locais públicos e privados pelos quais necessitamos passar), podendo quaisquer um dos vínculos temporários estabelecidos assumir o caráter duradouro em alguma etapa da vida. Nossas primeiras relações são estabelecidas no lar, por isso, muito do nosso comportamento na sociedade vai guardar relação com o que recebemos, experimentamos e aprendemos na primeira infância (Figura 1). Figura 1. A família é muito importante na formação de cada pessoa, e muitos dos comportamentos que apresentamos na sociedade, mantêm relação com o que experimentamos na primeira infância (Foto: Elcida L. Araújo). A RESPONSABILIDADE NAS RELAÇÕES HUMANAS A competência de responder por si mesmo. Uma das maiores reclamações que ouvimos nos grupos de trabalho, profissionais, sociais ou voluntários, é sobre a ausência de responsabilidade dos participantes. As pessoas com personalidade irresponsável não assumem e não respondem pelos atos que praticam, pelas palavras que falam e pelas suas omissões diante de um dever ou de um compromisso. Sempre elaboram uma desculpa para se justificar, que, geralmente, não é aceita porque nunca inspiram confiança. A atitude responsável é condição essencial e insubstituível para quem tem um ideal de se desenvolver, de construir, de realizar, de evoluir. Interessante é que a responsabilidade é sempre uma característica própria e constante das pessoas bem sucedidas. A atitude responsável é desenvolvida desde a infância, nos brinquedos, nos relacionamentos familiares e na escola, com a educação recebida em casa e na escola, dos pais e outros educadores, que demonstram nas suas condutas e que exigem sempre responsabilidade diante de todas as ações. Jamais são indiferentes diante um comportamento irresponsável. As pessoas responsáveis sempre apresentam as mesmas características: 26 Poucos são os cursos fora das Ciências Humanas que têm no seu currículo disciplinas que contemplem uma abordagem relacional. Assim, podemos dizer que é um privilégio nosso estudar um pouco sobre as relações humanas no trabalho e, deste modo, nos sensibilizarmos para um posicionamento crítico e reflexivo do papel do indivíduo numa sociedade voltada para o mundo do trabalho, onde o jovem muito se preocupa com a sua colocação no mercado. Desta forma, precisamos aproveitar esta oportunidade para desenvolver habilidades, tais como a de aprender a ouvir, falar adequadamente, respei- tando as diferenças individuais, buscando manter uma relação mais justa no ambiente de trabalho. 1. Grupos: consenso, conflito, coesão, etc. A nossa vida cotidiana é demarcada pela vida em grupo. O tempo todo nos relacionando com outras pessoas, seja em casa, na vizinhança, na escola, no trabalho. Mesmo quando ficamos sozinhos, a referência de nossos pen- samentos são os outros: pensamos em nossos amigos, nos pais, na nossa programação diária – que pode ser ir a um curso, pagar contas no banco, fazer compras, visitar um amigo ou parente, ou realizar nova tarefa no tra- balho. Então, perceba que, raramente, encontraremos uma pessoa que viva completamente isolada. Logo, o homem é um ser social por excelência. No cotidiano, o homem interage uns com os outros de forma a se organizar em grupos para melhor atender às necessidades pessoais e do grupo. Via de regra, torna-se necessários o estabelecimento de normas de conduta para facilitar a viga em grupo. Por exemplo, na profissão de um gestor ambiental, havendo necessidade de uma vistoria numa indústria, o gestor precisa obe- decer ao horário determinado para inspetoria, aceitar usar instrumentos de segurança do trabalho (como capacete, óculos, bota) (Figura 2), observar as faixas de segurança determinadas pela indústria, nas quais é permitido o trânsito de pedestre, entre outros aspectos. Por outro lado, o gerente da indústia deverá tomar providências internas para autorizar a entrada do gestor ambiental. Este tipo de regularidade normatizada pela vida em grupo chamamos de institucionalização. Na sociedade, muitas vezes convivemos com grupos informais, como colegas de trabalho, pessoas que freqüentam a igreja, o clube, o grêmio estudantil, o supermercado, entre outros (Figura 3). Assim, a institucionalização nos obriga a conviver com pessoas que não escolhemos. A essa forma de convívio, que independe da nossa escolha, chamamos de solidariedade mecânica. Por exemplo, quando nos afiliamos a um clube, não podemos escolher os demais integrantes do mesmo. Porém, existem casos em que podemos escolher as Todas têm muita consciência em relação aos próprios atos que praticam. • Assumem e sentem o dever de reparar o mal que causam. • Assumem e respondem pelos próprios atos, pelo próprio tipo de vida, pelo bem-estar de alguém que depende delas. • Respondem pelas atitudes e ações que se espera delas em suas atividades, seus trabalhos, suas atribuições e seus compromissos. • Têm consciência e conhecimento de sua própria atividade mental. • Demonstram cuidados e dedicação em executar um trabalho e cumprir um dever. • Fazem tudo bem feito, com capricho. • Sempre terminam tudo o que começam. Vão até o fim, não desistem. • Distinguem muito claramente o bem do mal. • Suas personalidades manifestam honradez, honestidade e respeito pelos outros. • Suas condutas têm retidão, mostrando a inteireza do seu caráter. As personalidades responsáveis são pessoas admiradas e bem sucedidas na vida, porque têm qualidades que enriquecem intensamente as relações humanas. A responsabilidade pode ser desenvolvida em qualquer idade, desde que a sua ausência seja reconhecida. É só treinar. (Fonte: http://www.mh.etc. br/documentos/seja_bem_sucedido_ nas_relacoes_humanas.pdf ) 27 pessoas com as quais queremos nos agrupar. Por exemplo, na escola, pode- mos, às vezes, escolher os colegas que vão formar conosco uma equipe para realização de um determinado trabalho escolar. Esse tipo de relação, onde podemos escolher nossos pares, é chamada de solidariedade orgânica. Figura 2. Visão de um momento de inspeção de um reflorestamento reali- zado nos terrenos de uma indústria. Em atendimento às regras da instituição, além das botas necessárias, na atividade desenvolvida, no campo, foi tam- bém usado o capacete (Foto: Suzene Izídio da Silva). Figura 3. Na escola, umacriança precisa relacionar-se com as outras crian- ças e com os professores e funcionários da mesma, apesar de não escolher quem será seu professor ou as crianças que serão suas colegas naquela turma (Foto: Elcida L. Araújo). Quando um grupo se estabelece e precisa desenvolver determinada tarefa para atingir um certo objetivo, os componentes do grupo discutem as idéias O QUE É LIDERANÇA? O que é liderança? O texto que segue foi extraído do palestrante e ecritor Mario Persona. “Liderança é importante. Mas é algo diferente do que hoje traz esse nome. Tem pouco a ver com qualidades de liderança e menos ainda com carisma. Não houve em toda a história líderes mais carismáticos do que Stalin, Hitler e Mao — que infligiram tanto mal e sofrimento na humanidade. Mas a liderança eficaz não depende de carisma. Ninguém imaginaria uma personalidade menos carismática do que Abraham Lincoln... Aliás, o carisma acaba sendo a própria ruína dos líderes. O carisma os torna inflexíveis, convencidos de sua própria infalibilidade, incapazes de mudar. Foi o que aconteceu a Stalin, Hitler e Mao e acredita-se que o que salvou Alexandre, o Grande, do fracasso foi sua morte prematura... Então, o que é liderança, se não é carisma e se não é um conjunto de traços de personalidade? A primeira coisa que caracteriza a liderança é o trabalho. O alicerce da liderança eficaz é criar a missão, defini-la, estabelecê- la de forma clara e visível. O líder estabelece metas, define prioridades, determina padrões e os mantém... É claro que o líder faz acordos. Mas antes de se comprometer, o líder eficaz pensa muito bem se aquilo é certo e desejável. A primeira tarefa do líder é ser a trombeta que toca de modo claro... 2� e possíveis estratégias que podem ser adotadas para atingir a meta. Alguns indivíduos do grupo podem apresentar idéias diferentes da idéia geral que une o grupo. Esta idéia geral, muitas vezes, passa a ser a estratégia escol- lhida para realização da tarefa e ela representa o consenso, ou seja, o acato da decisão da maioria. A não concordância da idéia geral por parte de de alguns elementos do grupo representa o conflito do grupo. Dependendo da intensidade do conflito, o subgrupo divergente pode sair do grupo e constituir um novo grupo. Quando isto acontece, dizemos que houve uma baixa coesão no grupo, o que leva à dissolução do mesmo. Logo, a coesão é a forma encontrada pelo grupo para que seus membros sigam as regras estabelecidas. A fidelidade dos membros de um grupo repre- senta a intensidade da coesão grupal. Quanto mais coeso for um grupo para atingir um determinado objetivo, menor será a aceitação de manifestações individuais contrárias às regras estabelecidas. Por exemplo, numa igreja evangélica, algumas pessoas que a freqüentam podem querer introduzir práticas adotadas em outras denominações religiosas. Assim, haverá grande resistência da igreja evangélica para impedir estas manifestações individuais que são contrárias ao objetivo central do grupo, ou seja, às suas doutrinas. 2. Comunicação e Liderança 2.1 Comunicação A comunicação é a forma utilizada para troca de idéias entre indivíduos. É a arte da interação e do encontro, a fim de compartilhar uma mensagem no meio em que atuamos. A partir da comunicação se dá o contato social, pois a conversa é um mecanismo importante para o estabelecimento do relaciona- mento. A comunicação pode ser feita de várias formas, como, por exemplo, através de sons, expressões faciais, gestos, etc. Em qualquer tipo de instituição, é a comunicação, é o mecanismo de ligação entre idéias e tarefas que precisam ser desenvolvidos. Mensagens são trans- mitidas, documentos são escritos, palestras de capacitação são proferidas. As metas, os objetivos e avaliações da instituição são feitas baseadas no princípio da comunicação. Uma comunicação adequada poderá contribuir para o aumento da satisfação e, conseqüentemente, melhorar a qualidade das relações interpessoais. A comunicação depende muito da imagem que você faz de si mesmo e das pessoas com as quais convive. Assim, a forma como você se vê, de como O que distingue o verdadeiro líder de um fracasso são suas metas. Ele verifica se os compromissos que assume são compatíveis com sua missão e metas ou o levam a desviar-se delas. O que determina se um líder tem seguidores ou apenas pelegos hipócritas é se ele mantém-se firme em alguns princípios básicos e os demonstra por sua conduta... A segunda exigência é que o líder enxergue a liderança como uma responsabilidade e não como um cargo ou privilégio. E quando as coisas não dão certo, o verdadeiro líder não culpa outros. Líderes eficazes não temem associados e subordinados fortes, não enxerga o fortalecimento deles como uma ameaça, mas como seu próprio triunfo... Finalmente, exige-se de um líder eficaz que conquiste confiança. Do contrário, ele não terá seguidores e a única definição de um líder é alguém que tem seguidores. Para se confiar em um líder não é necessário gostar dele. Nem é necessário concordar com ele. Confiança é a convicção de que o líder é exatamente aquilo que ele diz. Trata-se de uma crença em uma coisa que está muito fora de moda, chamada “integridade”. As ações de um líder e aquilo em que ele acredita devem ser congruentes ou pelo menos compatíveis. A liderança eficaz, e mais uma vez apelo para a sabedoria comum, não está baseada em ser esperto, mas em ser consistente.” (Condensado de um artigo de autoria de Peter Drucker, em http://oktm.ca/page8c.htm)” (Fonte: http://www.mario persona.com. br/cafe/archives/00000111.htm). 2� você acha que os outros o vêem, e a imagem que gostaria de transmitir sobre sua pessoa influenciará a comunicação. Expressões faciais (Figura 4), vocabulário utilizado, gestos, trajes, tom de voz, etc., são estratégias que podem ser utilizadas para facilitar a comunicação. Já timidez, egocentrismo, preconceito, escolha inadequada do vocabulário, etc., são barreiras que difi- cultam a comunicação. Dependendo da situação, às vezes, torna-se necessário, para alcançar uma boa comunicação, estabelecer um plano de ação adequado. Neste plano, precisamos: identificar as necessidades para uma boa comunicação e relação social; 2. determinar o tempo para conquistar os objetivos propostos; planejar estratégias facilitadoras; avaliar os resultados alcançados. Figura 4. Os gestos e expressões faciais de uma criança podem comunicar uma mensagem de medo (A) ou de alegria e satisfação (B) (Foto: Elcida L. Araújo). Logo, o processo de comunicação é um movimento de mensagens (idéias, opiniões, conhecimentos, sentimentos) de dupla, direção, que saem do indi- víduo e que retornam para ele. Na figura 4, quando a criança comunica medo, receberá de volta uma atitude de proteção vinda de seus pais. Isto significa que só podemos considerar uma mensagem efetivamente comu- nicada, quando quem a recebe compreende claramente, sem distorção do que foi emitido. A comunicação envolve cinco elementos: emissor, mensagem, canal, receptor e ruídos. O emissor é quem emite a mensagem (idéias, opiniões, conhecimentos). A mensagem é o conteúdo que se quer transmitir. O canal 1) 2) 3) OS 12 MAIORES ATRIBUTOS DA LIDERANÇA O texto abaixo foi escrito por Luiz Almeida Marins Filho, consultor de Antropologia. “Liderança” é um tema que vem sendo discutido desde os mais remotos tempos pelo homem. Ser líder, formar líderes, parece ser um desafio constante do homem e das organizações. Aqui vão alguns resultados de pesquisa feita na Europa com mais de 500 executivos de todos os tipos de indústria. Essa pesquisa é muito interessante. Ela mostra coisas simples, objetivas e fornece conselhosúteis para todos nós que desejamos vencer, alcançar o sucesso pessoal e profissional. Espero que a leitura atenta destas descobertas e seus comentários possam trazer benefícios reais aos leitores. Nenhum empregado deseja ser guiado por um administrador a quem falte coragem e autoconfiança. É o estilo de liderança positiva aquele que ousa nas tarefas e se vale de oportunidade não tentada anteriormente. Um Gerente de Vendas bem sucedido irá às ruas e venderá junto com seus vendedores quando o mercado está difícil ou quando o pessoal de vendas encontrar-se sob extrema pressão. Tal gerente sabe que se arrisca a tornar-se impopular. Contudo, ao liderar pelo exemplo, manterá a motivação da equipe. Auto motivação - O Gerente que não consegue se auto-motivar não tem a menor chance de ser capaz de motivar os outros. 30 é a forma usada na emissão da mensagem. O receptor é quem recebe a mensagem. O ruído é tudo que interfere, distorcendo o sentido claro da mensagem. Logo, para facilitar a transmissão da mensagem nas relações humanas, devemos eliminar ou, pelo menos, minimizar tudo o que possa vir a distorcer ou interferir na compreensão clara da mensagem. Pessoas que cuidam em eliminar os ruídos conseguem estabelecer uma melhor comuni- cação. Nas Relações Humanas, nós utilizamos a linguagem verbal, a linguagem escrita e a linguagem não verbal. Esta última envolve gestos, expressão facial, posição corporal (por exemplo, na dança, teatro), cor, odor e imagem (como, por exemplo, mensagens em outdoor, propaganda de restaurantes, entre outros). Para isso, a todo o momento, usamos os sentidos de visão, audição, olfato, paladar e tato tanto para transmitir a mensagem como para interpretá-las. 2.2 Liderança É surpreendente o quanto tem se falado em liderança nos dias atuais. São inúmeros os livros, trabalhos monográficos e artigos que vêm sendo escritos sobre este assunto. Mas, realmente, o que é liderança? Será que ela pode ser aprendida? O indivíduo já nasce com a capacidade de liderar? A liderança pode ser definida como a habilidade desenvolvida pelo indivíduo para influenciar pessoas no sentido de que elas atuem em prol de metas comuns de um grupo, seja ele a família, a escola (Figura 5), a empresa, a igreja, o clube ou qualquer outro. Figura 5. Em uma escola, o professor pode ser considerado o líder da sala de aula e estará interagindo com o aluno, auxiliando-o na compreensão de um determinado assunto (Foto: Clarissa Lopes). Uma percepção aguda do que é justo - Esta é uma grande qualidade de um líder eficaz e a fim de ter o respeito da equipe. O gerente deve ser sensível ao que é direito e justo. O estilo de liderança, segundo o qual todos são tratados de forma justa e igual, sempre cria uma sensação de segurança. Isso é extremamente construtivo e um grande fator de nivelamento. Planos definidos - O líder motivado sempre tem objetivos claros e definidos e planejou a realização de seus objetivos. Ele planeja o trabalho e depois trabalha o seu plano com a participação de seus subordinados. Perseverança nas decisões - O gerente que vacila no processo decisório mostra que não está certo de si mesmo, ao passo que um líder eficaz decide depois de ter feito suficientes considerações preliminares sobre o problema. Ele considera mesmo a possibilidade de a decisão que está sendo tomada vir a se revelar errada. Muitas pessoas que tomam decisões erram algumas vezes. Entretanto, isto não diminui o respeito que os seguidores têm por elas. Sejamos realistas: um gerente pode tomar decisões certas, mas um líder eficaz decide e mostra sua convicção e crença na decisão ao manter-se fiel a ela, sabendo, no entanto, reconhecer quando erra. Assim, seu pessoal tem força para sustentar aquela decisão junto com o gerente. 31 A sociedade se firma através de seus líderes e no desempenho dos mesmos. Ao longo da História, podemos observar a influência de vários líderes, que marcaram épocas. A liderança, na História de um país, pode ser marcada tanto pela gestão de cada presidente quanto por personalidades ou líderes de diversificados setores, como o social, o esportivo, a saúde, a ciência, a tecnologia, etc. Todos se recordam da liderança, por exemplo, do esportista Airton Senna, que se destacou na história automobilística. Muitas pessoas já nascem com um espírito de liderança, mas outras podem desenvolver a capacidade de liderar durante sua vida. Para isto, o autoconhecimento, como discutido no Módulo II, e o aprendizado de uma comunicação eficaz, discutida neste Módulo, tornam-se atributos importan- tes para o alcance de uma boa liderança. Assim, caro(a) aluno(a), é bom lembrar que, no desempenho da função de Gestor Ambiental, você estará diante de diversas situações em que será preciso atuar como um líder, tomando decisões ou aconselhando a tomada destas. A comunicação adequada sobre as medidas necessárias à solução de um problema ambiental será uma ferramenta indispensável no seu dia- a-dia. 3. ATIVIDADE A SER DESENVOLVIDA PELO ALUNO Caro(a) aluno (a), leia a estória abaixo: Um grupo de jovens combina viajar em um feriado e começa a discutir para onde ir e que atividades de lazer vão desenvolver. Uns querem ir a uma praia; outra parte sugere ir a um clube de campo; outros querem ficar na cidade e assistir a um show. “O clube de campo é calmo, permite o contato com a natureza, tem lugar para pescaria, podemos tomar banho de bica, nos divertir e relaxar”. “Este show é imperdível, toda galera vai, só acontece uma vez no ano, vamos nos divertir à beça”. Cada subgrupo tenta defender sua proposta. “A praia é boa, relaxante, podemos jogar bola e curtir bastante”. Depois de muita discussão, a maioria concorda que o clube de campo é uma excelente opção. Estes se juntam para ir ao clube. A minoria discordante acaba ficando, no feriado, na cidade, e indo ao desejado show. Após leitura do problema apresentado, identifique: 1. as situações de conflito e 2. as situações de consenso. O hábito de fazer mais do que aquilo pelo qual se é pago - Um dos ônus da liderança é a disposição para fazer mais do que é exigido do pessoal. O gerente que chega antes dos empregados e que deixa o serviço depois deles é um exemplo deste atributo de liderança. Uma personalidade positiva - As pessoas respeitam tal qualidade. Ela inspira confiança e também constrói e mantém uma equipe com entusiasmo. Empatia - O líder de sucesso deve possuir a capacidade de colocar-se no lugar de seu pessoal, de ser capaz de ver o mundo pelo lado das outras pessoas. Ele não precisa concordar com essa visão, mas deve ser capaz de entender como as pessoas se sentem e compreender seus pontos de vista. Domínio dos detalhes - O líder bem sucedido entende e executa cada detalhe do seu trabalho e, é evidente, dispõe de conhecimento e habilidade para dominar as responsabilidades inerentes à sua posição. Disposição para assumir plena responsabilidade - Outros ônus da liderança é assumir responsabilidade pelos erros de seus seguidores. Caso um subalterno cometa um erro, talvez por incompetência, o líder deve considerar que foi ele quem falhou. Se o líder tentar mudar a direção dessa responsabilidade, não continuará liderando e dará insegurança a seus seguidores. O clichê do líder é: “A responsabilidade é minha”. 32 4. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; Teixeira, M. L. T. 2005. Psicologias: uma introdução ao estudo da Psicologia. Ed. Saraiva, São Paulo. BRAGHIROLLI, M. E.; BISI, G. P.; RIZZEN, L. A.; NICOLETTO, U. 2000. Psicologia Geral. 1ª ed. Vozes, Petrópolis - RJ. CARVALHO, M.S.B. 2003. A comunicação como instrumento de liderança. Monografia de especialização.Universidade de São Paulo, Escola de Artes e Comunicação. São Paulo. 106p. DAVIDOFF, L. 2001. Introdução à Psicologia. Ed. Makron Boos Ltda. São Paulo. ROGERS, C. 1���. Psicologia e Pedagogia sobre o poder pessoal. São Paulo, Martins Fontes, 3ª ed. VIRTUAL G O V E R N O F E D E R A L Ministério da Educação
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