Buscar

Artigo cientifico Logistica Empresarial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL – ESAB 
 
 
 
 
 
 
LOGÍSTICA EMPRESARIAL 
 
 
 
 
Marcelo Mendes Vieira 
 
 
LOGISTICA E COMPEIVIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VILA VELHA (ES) 
2018 
2 
 
 
RESUMO 
 
Com o intuito de melhor compreender as questões analisadas, faz-se necessária a 
realização, sobretudo, de pesquisas doutrinárias, analisando diferentes visões sobre o 
assunto, assim como relacionando tais posicionamentos com as realidades de mercado 
atuais. 
Consequentemente, recorre-se ao método dialético de análise, a fim de se assimilar as 
polêmicas e divergências de entendimentos quanto à importância da logística para a 
competitividade de uma empresa. 
Assim, por meio do presente trabalho, foi constatado que muitas empresas têm grande 
dificuldade para se adaptar em um mundo no qual os avanços tecnológicos acontecem 
constantemente e no qual as trocas comerciais ocorrem muitas vezes de maneira 
automática, realidade essa que leva à necessidade da logística de uma empresa se adequar 
às necessidades de agilidade que o mercado exige. 
 
 
Palavras-chave: Competitividade; Concorrência; Inovação; Logística. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Por meio deste trabalho, pretende-se analisar a importância da logística para que 
uma empresa se mantenha ou se torne competitiva dentro de seu segmento de mercado. 
Atualmente, tendo em vista a intensa competição que há entre os fatores 
econômicos, as empresas para permanecer o mercado tem que se atualizar e investir 
constantemente em tecnologias que aparecem no mercado a todo momento . 1 
 
1 Pós-graduando em Logística Empresarial curso na Escola Superior Aberta do Brasil – ESAB. (Coloque 
aqui seu endereço eletrônico).2 “A logística é um dos entraves para o crescimento da produção agrícola, 
industrial, automobilística entre outros setores no Brasil, no entanto mesmo com essa deficiência o país 
ainda é considerado um grande produtor, estando entre os três principais exportadores agrícolas do 
mundo, atrás apenas da União Europeia e Estados Unidos. O investimento realizado em infraestrutura não 
acompanhou o crescimento da produção, gerando gargalos logísticos para seu escoamento. O 
investimento em infraestrutura comparada com países desenvolvidos foi insignificante há décadas, logo, 
retrata a nossa atual conjuntura, aliado ao pouco recurso destinado para este fim, soma-se os desvios de 
recursos oriundos da corrupção no Brasil. O maior problema gerado pela falta de infraestrutura é que esta 
precariedade eleva o valor dos produtos, fazendo com que os mesmos se tornem menos competitivos no 
comércio internacional, observamos que o custo de transporte por ora fica mais barato no transporte do 
Brasil para outros países, do que dentro do próprio território nacional.” (BARBOZA, 2014). 
 
3 
 
 
Por outro lado a falta de infraestrutura adequada e investimento para resolver os 
problemas que a empresas passam a área de logistica . 
Dessa forma, aquelas que não seguem essa tendência consequentemente perdem 
espaço no mercado e capacidade de convencer o consumidor, uma vez que não 
conseguem alcançar a mesma eficiência daquelas que compreendem a importância da 
logística para os dias atuais de um mundo intensamente conectado, no qual as trocas 
comerciais são muitas vezes imediatas. O exemplo da Amazon é fundamental para se 
compreender em qual nível está a vanguarda das tecnologias em logística. 
realidade, levando em conta toda a influência da logística sobre o mercado, 
levando-se em consideração as dificuldades de muitas empresas em acompanhar os 
principais avanços em matéria de logística do mundo atual, no qual as conquistas 
tecnológicas da humanidade são cada vez mais alcançadas em curtos intervalos de tempo, 
sendo as tecnologias substituídas por novas de maneira muito rápida. 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
Ao longo do final do último século, com a ascensão da informática no mundo, de 
maneira geral os empresários foram impulsionados a aumentar a sua competitividade, 
diferenciando seus modelos de negócio e inovando suas estratégias de logística. Nesse 
sentido, a estratégia nada mais é do que a busca por um plano de ação para desenvolver e 
ajustar, continuamente, a vantagem competitiva de uma empresa (SALIM, 2004, p.19). 
Segundo (CHISTOPHER, 1997, p. 2), a logística deve ser compreendida como: 
 
“processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, 
movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos 
acabados - e os fluxos de informações correlatas - através da 
organização e seus canais de marketing, de modo a poder 
4 
 
 
maximizar as lucratividades presente e futura através do 
atendimento dos pedidos a baixo custo”234 
 
Especialmente nos anos noventa do século XX no Brasil, com a abertura 
econômica orquestrada em um momento de fim de um longo período de estagnação 
econômica, os investimentos em logística foram fundamentais para que as empresas 
brasileiras fossem capazes de concorrer com empresas estrangeiras cujas estratégias em 
matéria de logística já se encontravam devidamente otimizadas. 
No que diz respeito a competitividade, a seguinte definição é deveras 
extremamente útil: "uma empresa é competitiva quando ela é capaz de oferecer produtos 
e serviços de qualidade maior, custos menores, e tornar os consumidores mais satisfeitos 
do que quando servidos por rivais“ (Barbosa, 1999, p.23). 
 Com a atual ascensão da indústria 4.0. e com o nascimento da quarta revolução 
industrial, essa necessidade se torna então ainda maior, visando-se, primordialmente, a 
sobrevivência da empresa em um mercado inserido em um contexto de constantes 
avanços tecnológicos e de concorrência global, tendo em vista as trocas realizadas por 
meio da rede mundial de computadores e a presença de muitas empresas majoritária ou 
exclusivamente no ambiente digital, por meio dos denominados e-estabelecimentos.5 
Por outro lado, é importante notar que, ao se analisar o poder de aumentar a 
competitividade de uma empresa corretamente atribuído a investimentos em logística, 
nota-se que, a médio prazo, ele está relacionado não apenas à otimização da produção e 
atendimento ao consumidor e maior eficiência da empresa de maneira geral, o que agrada 
muito o seu público alvo, mas também está relacionado a uma consequente diminuição 
de custos, tendo em vista que uma empresa que se preocupa com uma logística eficiente 
 
2 Ching (1999, p. 25-26), por sua vez, entende que “a logística exerce a função de responder por toda 
movimentação de materiais, dentro do ambiente interno e externo da empresa, iniciando pela chegada da 
matériaprima até a entrega do ponto final ao cliente (...) A logística procura agrupar as diversas atividades 
da empresa relacionadas aos processos de produção e distribuição de seus produtos aos clientes e 
consumidores finais. Esse agrupamento vai permitir á empresa melhor controle e maior integração dos 
diferentes departamentos, que originalmente tinham visão limitada de sua área de atividades. Muitas vezes, 
prevaleciam os interesses individuais, não importando o envolvimento que cada departamento tinha sobre 
a distribuição dos produtos finais e conseqüente influência em toda empresa.” 
3 Martins et al. (2006, p. 326) afirmam que “a logística é responsável pelo planejamento, operação e 
controle de todo o fluxo de mercadorias e informação, desde a fonte fornecedora até o consumidor”. 
4 “Logística é o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagemde produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto 
de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor” (NOVAES, 2001, p. 36). 
5 "A essência da formulação da uma estratégia competitiva é relacionar uma companhia ao seu meio 
ambiente" (Porter, 1985). 
5 
 
 
racionaliza a sua gestão e, logo evita gastos desnecessários e possivelmente diminui o 
valor final de seu serviço ou produto. 
Assim, no que diz respeito a uma postura racional competitiva de uma empresa 
que priorize boas estratégias de logística, nota-se que: 
 
 “se a empresa valoriza a agilidade, a coordenação e a redução de 
custos, a lógica que fundamenta as suas ações é da eficiência; se 
ela visa à adequação aos padrões de design, produção e 
distribuição, praticados no exterior, e se especializa em técnicas 
de comércio exterior, indica que a sua lógica de ação está fundada 
no propósito de inserção internacional, e assim por diante.” 
(SILVA; BARBOSA, 2002). 
 
Nesse contexto, inclui-se, também, é claro, uma boa gestão dos estoques da 
empresa6. Ora, a gestão dos estoques naturalmente deve estar relacionada a características 
de operação de determinada empresa, isto é, deve-se levar em consideração as operações 
realizadas para se possibilitar a produção, assim como analisar o modelo de distribuição 
adotado pela empresa, de acordo, é claro, com a realidade do segmento de mercado no 
qual essa empresa está inserida. 
Ora, os serviços, é preciso frisar, devem estar sempre integrados, a fim de que as 
consequências de possíveis acidentes sejam facilmente contornadas. 
É importante frisar, entretanto, que tal preocupação é muito semelhante àquela 
dos empresários europeus dos anos cinquenta do século XX, período no qual era de 
extrema importância a diminuição de custos para possibilitar a manutenção da empresa 
em um momento no qual o continente se recuperava da segunda guerra mundial, 
atravessando uma intensa recessão. 
Assim, ao se analisar a empresa como um todo, constata-se que a logística é 
consequentemente parte do know how da empresa, ou seja, agrega à empresa valor 
intangível, de extrema importância para a comercialização de seus produtos e serviços ou 
em uma possível futura fusão ou aquisição. 
 
6 “quanto maior o estoque maior a área necessária, maior o custo de aluguel ou depreciação e maior o custo 
de capital investido, além do que estoques altos geram diversos tipos de custos que devem ser previstos, 
tais como: aumento de avaria ou vencimento, aumento das chances de roubo e aumento do número de 
pessoas necessárias para manutenção e manuseio.” (ROSA; OLIVEIRA, 2010). 
6 
 
 
Atualmente os valores intrínsecos do produto são muitas vezes menos importantes 
em relação aos extrínsecos, tendo em vista uma realidade na qual as empresas apresentam 
ao mercado produtos cujas principais tecnologias agregadas estão em patamares deveras 
muito próximos.7 
Ora, sendo estratégias em matéria de logística fundamentais para haver uma 
administração consciente de uma empresa, incluindo-se sua matéria-prima, equipamentos 
e, sobretudo, estoque e armazenamento, demonstra-se fundamental haver um excelente 
controle das informações operacionais da empresa para se evitar desperdícios e faltas que 
levem a compras emergenciais inevitavelmente mais caras, devendo-se monitorar todas 
as operações da empresa, a fim de que as informações colhidas sejam úteis e reflitam a 
realidade da empresa. 
Assim, para que isso ocorra, as empresas precisam investir em softwares 
modernos de logística, sempre incluindo dados relevantes em tais sistemas e os 
atualizando quando surgir uma nova versão. Muitas vezes é até preciso desenvolver 
softwares apenas para as necessidades de uma determinada empresa. 
Logo, o empresário não deve evitar tais gastos, uma vez que eles se demonstram 
fundamentais para que a empresa possa deveras alcançar um padrão de competitividade 
que reflita de maneira apropriada a realidade do seu respectivo segmento de mercado e 
os anseios do mercado consumidor. 
Mediante tecnologia infraestrutura interna apropriada, uma determinada empresa 
pode criar meios para diminuis seus gastos com logística, ou seja, com recebimento de 
matéria-prima, armazenamento, separação da produção e distribuição dos seus produtos. 
Assim, garante-se um planejamento atrelado aos principais avanços tecnológicos 
em matéria de gestão, evitando-se desperdício de dinheiro e tempo e a perda de respeito 
junto ao mercado consumidor. 
Toda empresa preza pela sua credibilidade, sendo essa a consequência da 
valorização por parte do consumidor das atividades exercidas pela empresa, além da 
valorização das qualidades intrínsecas dos produtos disponibilizados ao mercado por 
determinada empresa. 
Atualmente, no qual o comércio global e informatizado é uma realidade mundial, 
essas diferenças de eficiência e postura ativa da empresa são extremamente importantes 
 
7 Apesar dos expressivos exemplos de reduções de custos que a logística proporciona, o mais excitante da 
logística é como selecionar e reforçar as competências de uma empresa para ganhar vantagem 
competitiva. (Bowersox, 1996). 
7 
 
 
para se agregar valor ao produto final, dar status à empresa e, consequentemente, 
aumentar a competitividade da empresa. Logo, tais investimentos em planejamento 
logístico são importantes neste início de século XXI, no qual toda a empresa pode ser 
criticada e valorizada pela internet por qualquer consumidor que avaliam as empresas 
pelas redes sociais e outros meios de comunicação . 
Dessa forma, investir em novas estratégias e planejamentos logísticos, assim como 
adequar a empresa à sua realidade de mercado, oferecendo ao mercado consumidor 
agilidade e um atendimento de alta qualidade, acima do que é esperado dentro de 
determinado nicho mercadológico, leva empresas a crescerem exponencialmente, muitas 
vezes do dia para a noite, tendo em vista a possibilidade de se conquistar clientes de todo 
o mundo por meio da internet. 
Nesse sentido: 
 
“A ineficiência sistêmica da cadeia de suprimentos penaliza o 
produto e sua qualidade diante do consumidor final. Isto chama a 
atenção para as perdas relacionadas a retrabalhos e refugos na 
produção. Mas olhando para a cadeia como um todo, percebese 
que não basta buscar apenas a excelência operacional. Todas as 
interfaces departamentais e todos os estágios da cadeia devem 
buscar a mesma eficiência.” (PINTO; FERREIRA, 2007). 
 
Sobretudo no que diz respeito às empresas varejistas, é fundamental prezar pela 
melhora das estratégias de logística, a fim de haver giro de estoque, assim como 
otimização da distribuição, o que leva a uma margem de lucro maior para a empresa, 
prezando-se concomitantemente por preços competitivos. 
O giro de estoque é muito importante para as empresas varejistas, sendo o aumento 
da produtividade via investimento em logística uma estratégia muito importante 
atualmente . 
Apesar de tal realidade, o Brasil ainda se encontra muito atrasado no que diz 
respeito a desenvolvimento de estratégias de logística compatíveis com as melhores 
praticadas em economias mais desenvolvidas. 
Dessa forma, uma racionalização do sistema tributário levaria as empresas 
brasileiras a se sentirem mais confortáveis para também intensificar a racionalização de 
suas estratégias de logística. No que diz respeito a empecilhos tributário, o ponto mais 
8 
 
 
relevante é a dificuldade que as empresas têm em recolher de maneira apropriada o ICMS 
(impostosobre circulação de mercadorias e serviços) devido aos estados da federação. 
Dessa forma, constata-se que o sistema tributário brasileiro já alcançou um 
patamar no qual sua complexidade gera problemas muitas vezes intransponíveis para o 
empresariado e empreendedores, se tornando um sistema insustentável. As empresas 
constantemente inclusive, acumulam créditos que são muito difíceis de retornar aos cofres 
da empresa. Dessa forma, uma reforma tributária no Brasil é urgente para que o aumento 
da competitividade não se torne uma tarefa impossível de ser alcançada e o país continue 
em uma estagnação econômica sem prognóstico de fim ou estratégias bem estabelecidas 
de solução dentro do intervalo de uma geração. 
Além disso, as inúmeras isenções fiscais dadas pelo poder público no Brasil, em 
todas as suas esferas, impossibilita o surgimento de estratégias de logística mais eficazes, 
uma vez que as chamadas guerras fiscais levam empresas a rever sua estratégia de sua 
logística para atender a requisitos previsto para que se possa gozar de tais incentivos, em 
uma verdadeira guerra fiscal (sobretudo no que diz respeito a desvio das rotas mais 
racionais de transporte de cargas).8 
Essa realidade também leva a uma realidade na qual falta mão-de-obra 
especializada e logística no Brasil, ou seja, a formação de engenheiros que possam ser 
chamados de engenheiros logísticos. 
A solução para tal realidade seria a capacitação interna, sobretudo no que diz 
respeito a processos logísticos, assim como o investimento em benefícios ligados ao 
aumento da eficiência logística da empresa, sendo esse um incentivo para o trabalhador 
aprender mais via um aprimoramento ininterrupto sobre logística e alcançar as metas 
internas para conquistar tais benefícios. 
Assim, a capacitação profissional pode ser um fundamental para o 
desenvolvimento organizacional da empresa, valorizando-se o trabalhador e alcançando 
níveis maiores de competitividade. 
É importante notar então que o Brasil não se encontra apenas atrasado e 
comparação a países desenvolvido, mas também a países emergentes, que em sua grande 
 
8 Segundo (Keedi; Mendonça, 2000), o principal empecilho que há no que diz respeito ao transporte de 
mercadorias no Brasil diz respeito à distribuição da produção, ou seja, o percurso feito entre a fábrica e o 
cliente. Assim, esses empecilhos criados para se percorrer esses trajetos devem ser devidamente observados 
e estudados, uma vez que afetam toda a sociedade, sendo as soluções para se alcançar um bom trajeto muito 
complexas, tendo-se em vista todas as opções a ser analisadas, no que diz respeito ao modal a ser utilizado, 
a melhor rota pela qual se pode optar (analisada levando-se em conta custos e infraestrutura existente). 
9 
 
 
maioria já entenderam a importância que a logística tem para o desenvolvimento 
econômico. 
Soma-se a esses fatores a ausência de infraestrutura no Brasil, o que leva ao 
aumento de gastos básicos com logística, já que pequenas operações adquirem caráter 
grandioso de verdadeiras odisseias, tendo em vista as enormes lacunas e precariedades 
encontradas pelas empresas. 
Em momento de grave crise econômica no Brasil a solução para tais problemas se 
encontra, então, ainda mais distante, embora iniciativas no sentido de dar concessões a 
terceiros para, por exemplo, administrar estradas, são muito importantes para o combate 
a tais problemas que inevitavelmente atrapalham a eficiência das empresas9 e aumentam 
o preço do produto para o consumidor final. 
Nessa realidade, a dificuldade para se fazer transporte de longas distâncias em um 
país de tamanho continental e com uma malha ferroviária fraca, transporte fluvial ainda 
quase insignificante e rodovias com sérios problemas de manutenção se consubstancia no 
principal entrave para o desenvolvimento de estratégias de logística eficiente e que 
fortaleçam a competitividade das empresas atuantes em solo brasileiro. 
Assim, se esses gargalos já são notados na região sudeste brasileira, a mais rica 
no Brasil, nas regiões norte e nordeste, onde se espera que ocorra grandes projetos de 
desenvolvimento nos próximos anos, após o fim da atual recessão. 
Em razão do tamanho continental do país, as distâncias que se deve percorrer para 
alcançar o consumidor final são, muitas vezes, de mais de mil quilômetros, atravessando 
estradas ruins que encarecem a viagem em razão do desgaste gerado aos automóveis, 
assim como tal precariedade das rodovias leva o tempo para a realização do percurso ser 
muito maior do que seria se houvesse uma constante manutenção das estradas de todo o 
Brasil. 
Por outro lado, acidentes de caminhões são muito mais comuns em relação a 
acidentes ferroviários, o que leva à adição de mais um risco, que, inevitavelmente, é 
passado ao consumidor final 
No caso da produção agrícola, tais problemas podem, inclusive, fazer com que 
toneladas de alimentos pereçam. 
 
9 “A vantagem competitiva de uma empresa, pode estar na forma de distribuir, na maneira com que faz o 
produto chegar 8 rapidamente à gôndola, na qualidade do seu transporte e na eficiência de entrega de um 
material a um fabricante”. (Bertaglia, 2003, p. 170). 
10 
 
 
Ora, nota-se no Brasil ainda uma grande falta de uma cultura focada na criação de 
equipes dedicadas integralmente à logística, criando-se planejamentos de logística de 
caráter deveras sistêmico, ou seja, pensando-se em todos os departamentos de uma 
empresa, que, inevitavelmente, estão interligados e descontroles pontuais podem gerar 
um efeito avalanche que descontrole toda a logística da empresa. 
No que diz respeito então a planejamentos estratégicos em empresas, os seguintes 
ensinamentos de (ROBBINS, 2017, p.116) são de extrema importância para o presente 
trabalho: 
 
“Planejamento compreende a definição das metas de uma 
organização, o estabelecimento de uma estratégia global para 
alcançar essas metas e o desenvolvimento de uma hierarquia de 
planos abrangentes para integrar e coordenar as atividades.”10 
 
Outro grande entrave é a grande burocracia que há no Brasil para se importar e 
exportar, sendo o transporte de caráter marítimo no Brasil ineficiente, apesar de uma 
estrutura portuária relativamente boa. 
Seria de grande utilidade para o fortalecimento de boas estratégias de logística no 
Brasil o desenvolvimento de um planejamento integrado entre o poder público e a 
iniciativa privada, a fim de se focar nas lacunas em infra - estrutura e problemas de 
regulamentações eficientes de forma racional, prezando-se pelo benefício de toda a 
economia, seja no que diz respeito ao crescimento econômico, seja no que diz respeito a 
criação de empregos, tendo como foco empresas capazes de se adequar às exigência de 
um mercado global informatizado, como já previa no final do último século (Motta,1995). 
Por fim, estratégias de logística dentro das empresas são de extrema importância 
para o desenvolvimento econômico do país, assim como para o desenvolvimento de cada 
ator econômico, uma vez que por meio de uma logística bem desenvolvida se pode 
desenvolver uma capacidade competitiva ímpar via diminuição de gastos e aumento do 
valor agregado do produto final, todavia os motivos mais importantes que levam uma 
empresa a desenvolver uma boa estratégia de logística visam a manutenção da empresa 
no mercado atual, que é cada dia mais competitivo, globalizado e digitalizado, tendo-se 
 
10 “Um planejamento eficaz deve levar em consideração não apenas as ações e reações dos concorrentes 
diretos, mastambém os papéis de fornecedores e clientes, e produtos alternativos que satisfaçam a mesma 
necessidade básica e a previsão de que recém-chegados.” (MCGEE 1994, p. 27) 
11 
 
 
como principal exemplo os avanços e logística obtidos pela estadunidense Amazon , que 
está na vanguarda em tal matéria, buscando sempre aplicar as novas tecnologias (que 
surgem constantemente) aos seus problemas cotidianos. 
No entanto, cabe destacar que tais esforços devem ser encabeçados por toda a 
sociedade, incluindo-se, é claro, o poder público, uma vez que os entraves em matéria de 
infraestrutura (sendo alguns no Brasil atualmente crônicos)11 são enormes empecilhos 
para a otimização da logística das empresas, sobretudo em comparação com outros países 
em desenvolvimento e, em especial, em comparação com os outros membros do chamado 
BRICS. 
 
3. CONCLUSÃO 
 
Desenvolver estratégias eficientes de logística no Brasil ainda é uma prática 
razoavelmente pouco difundida entre as empresas, entretanto, tendo-se em vista a 
realidade do comércio cada vez mais global em plena quarta revolução industrial, o valor 
agregado pela eficiência em logística se demonstra um fator de aumento de 
competitividade que hoje deve ser buscado por toda a empresa que pretende se manter 
em um mundo de constantes mudanças tecnológicas. 
Ou seja, o público alvo naturalmente valoriza mais serviços e produtos provindos 
de empresas que, além de levar ao mercado tecnologias em viveis próximos aos dos 
concorrentes, possam se diferenciar por meio da eficiência, boa gestão de estoque e bom 
atendimento. 
 
11 “O maior problema gerado pela falta de infraestrutura é que esta precariedade eleva o valor dos produtos, 
fazendo com que os mesmos se tornem menos competitivos no comércio internacional, observamos que o 
custo de transporte por ora fica mais barato no transporte do Brasil para outros países, do que dentro do 
próprio território nacional. O País se torna refém do transporte rodoviário, que também não escapa das más 
condições de pavimentação das vias, isto quando as mesmas são pavimentadas, este modal já é caro se 
compararmos com outros modais, como ferroviário utilizado com alternativa para escoar 
produtos commodities em vários países, o fato de o modal rodoviário ter um valor mais alto, aliado a 
problemas de pavimentação e falta de estradas pavimentadas acaba por tornar este modal com valor ainda 
mais elevado. De uma forma geral, é possível afirmar que, para solucionar os gargalos físicos, de 
investimento e institucionais é fundamental uma maior atenção por parte do Governo Federal no que se 
refere também ao modal ferroviário. Para viabilizar a modernização e o crescimento da malha serão 
necessários, além de incentivos à participação da iniciativa privada, planejamento e comprometimento do 
ente estatal no que se refere tanto aos investimentos públicos quanto à garantia de estabilidade 
institucional.” (BARBOZA, 2014). 
 
12 
 
 
Busca-se, assim, é claro, também a diminuição do custo de produção, visando o 
aumento do lucro da empresa, que deve inevitavelmente ser parcialmente investido em 
inovação. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BARBOSA, F. V. Competitividade: conceitos gerais. In: RODRIGUES, S. B. 
(Org.). Competitividade, alianças estratégicas e gerência internacional. São Paulo: Atlas, 
1999. 
 
BARBOZA, Maxwell, A. M.. A ineficiência da estrutura logística do Brasil. In: Revista 
Portuária Economia e Negócio, setembro de 2014. Disponível em: 
http://www.revistaportuaria.com.br/noticia/16141 (acessado em 24/08/2018). 
 
BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento. 
São Paulo: Saraiva 2003. 
 
BOWERSOX, D.J. e Closs, D.J., Logistical Management: The integrated Supply Chain 
Process, New York. The McGraw-Hill Companies, INC, 1996. 
 
CHING, H. Y. Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Integrada. São Paulo: Atlas, 
1999. 
 
CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: 
Estratégias para a redução de custos e melhoria dos serviços. São Paulo: Pioneira, 1997. 
 
MARTINS, Petrônio Garcia e ALT, Paulo Renato Campos. Administração de Materiais 
e Recurso Patrimoniais. 3 ed.rev. e atualizada. São Paulo: Saraiva 2009. 
 
MCGEE, James V; Prusak, Laurence. Gerenciamento Estratégico da Informação: 
aumente a competitividade e eficiência de sua empresa utilizando a informação como 
uma ferramenta estratégica. Rio de Janeiro: Elsevier, 1994. 21ª reimpressão. 
 
13 
 
 
MOTTA, R., A busca da competitividade nas empresas. Revista de Administração de 
empresas, março I abril de 1995. Fundação Getúlio Vargas. 
 
NOVAES, Antônio Galvão. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: 
estratégia, operação e avaliação. Rio de Janeiro: Campus, 2001. 
 
PINTO, Sirleni Martins; FERREIRA, Patrícia de Oliveira. A logística como ferramenta 
competitiva para a melhoria do desempenho produtivo da clicheria Blumenau. Revista 
Interdisciplinar Científica Aplicada, Blumenau, v.1, n.2, p.01-11, Sem I. 2007 
 
PORTER, M. E., Vantagem competitiva: Criando e sustentando um desempenho 
superior, Rio de Janeiro. 5 ª edição - Editora Campus, 1985. 
 
ROBBINS, Stephen P. Administração. Mudanças e Perspectivas. São Paulo: Saraiva, 
2007. 
 
ROSA, Fabio; OLIVEIRA, Luis Alberto de. Maringá Management: Revista de Ciências 
Empresariais, v. 7, n.1, - p. 22-31, jan./jun. 2010 
 
SALIM, Cesar S.. Administração empreendedora. Rio de Janeiro – Editora Campus, 
2004. 
 
SILVA, Clóvis da; BARBOSA, Solange de Lima. Estratégia, fatores de competitividade 
e contexto de referência das organizações: uma análise arquetípica. In: Rev. adm. 
contemp. vol.6 no.3 Curitiba Sept./Dec. 2002

Outros materiais