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TGP - Teoria da Ação

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DA AÇÃO
Princípio do pleno acesso à justiça - plenitude de acesso à justiça - direito constitucional de ação 
Indeclinibilidade - direito à tutela. Quando a tutela é prestada, a execução dela é inevitável. Quem vai exigir o cumprimento vai ser a parte vencedora. Se o direito do vencedor não for satisfeito, ele pode entrar com ação de execução para cumprir a demanda judicial.
	Nosso sistema adotou a teoria das três identidades – A ação pode ser identificada a partir dos seus 3 elementos. CPC, 301, §2° uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido; visa evitar a repetição de demandas. 
	Por questão de segurança jurídica, para dar condições de identificar uma ação diferente de outra, o direito tomou partido expressamente na norma.
	Antes de apreciar o mérito, tem que ver as preliminares, porque pode ser que o mérito nem seja analisado. CPC, 267, V, Se o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou coisa julgada, o processo será extinto sem a resolução do mérito.
Elementos da ação - partes, causa de pedir e pedido.
Litispendência 9301, §1° CPC – verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente ajuizada.
	Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há coisa julgada, quando se repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso. É a parte que tem que alegar litispendência.
No exemplo do filme, se houvesse outra ação idêntica a que gerou a condenação deveria ser alegado, em matéria de defesa, 
a coisa julgada.
Teoria das 
3
 identidades = individualização das açõesPartes - NY X Fulana
Pedido - Reclusão de Fulana
Causa de pedir - Homicídio do Marido
DOS ELEMENTOS DAS AÇÕES (para todos os processos)
PARTES - não pode haver processo judicial litigioso sem partes com interesses antagônicos. Tem que ter partes com interesses conflitantes, porque o processo tem essa dialética, de um que acusa e um que se defenda. Se não tiver partes com interesses conflitantes não é atividade jurisdicional contenciosa. Quem pode ser parte? Toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos pode ser parte.
	Muitas pessoas cometem crimes e não podem sequer ser acusadas porque não tem capacidade processual - menores. 
	Toda pessoa com capacidade de fato – ou de exercício – tem capacidade de direito. Quem não tem capacidade ainda pode ser representado. 
	Temos que nos ater a capacidade absoluta e relativa. Absolutamente incapaz - menor de 16 (vai ser autor ou réu, mas vai representado). Relativamente incapaz - O autor aqui fala juntamente com o representante.
Ex.: Ação de investigação de paternidade. Autor: bebê (pede pela boca da mãe, que é a representante).
	A lei determina que os entes despersonalizados não têm capacidade de fato, mas têm judiciária, processual; podem demandar e ser demandados. Ex.: Ex-empregados podem demandar pagamentos atrasados. Condomínio pode demandar ação de cobrança.
Litis + consórcio - consórcio na lide, no litígio. 
Litisconsórcio ativo - Várias pessoas demandando uma só. (menos frequente)
Litisconsórcio passivo - Um demandando vários. 
Litisconsórcio misto - vários demandantes e vários demandados - hipótese rara.
DO OBJETO 
É o pedido, a pretensão. É como se o juiz perguntasse: o que é que você quer? Quero alimentos, anulação de testamento.
	Para entender melhor o pedido temos que fazer um raciocínio analítico, uma decomposição do pedido, porque temos que identificar, para compreender a pretensão, temos que separar o pedido imediato - que é o que está à frente, o que primeiro aparece - o pedido mediado é o que constitui o bem jurídico demandado. O Direito imediato é resolvido com direito processual e o objeto mediato com o direito material
O objeto imediato é feito contra o estado, o tipo de providência jurisdicional pleiteada. 
O objeto imediato no processo de conhecimento será a condenação, a constituição (positiva ou negativa) ou a mera declaração. 
O objeto mediato é o bem jurídico. O que você quer? A proteção. Ex.: numa ação de alimentos se pede ao estado que condene - então, o pedido imediato é condenatória - o pedido mediato é o pagar alimentos. 
Ação de Alimentos
Autor – filho menor, representado
Pedido imediato – condenação;
Pedido mediato – pagar alimentos.
Ação de despejo
Pedido imediato – condenação;
Pedido mediato – desocupação do imóvel sob pena de despejo. 
Divórcio Litigioso
Pedido imediato – desconstitutivo;
Pedido mediato – desconstituição do matrimônio.
	
	Assim como ocorre com a causa de pedir, também o pedido comporta uma divisão em mediato e imediato. O pedido imediato se traduz na espécie de tutela pretendida dentre as possíveis (14) (condenação, declaração, constituição, execução lato sensu, mandamentalidade). O pedido mediato é o bem da vida efetivamente postulado, que se materializa em um "bem jurídico material" (15), ou no "bem da vida pretendido pelo autor" (16).
	Somente os pedidos imediatos condenatórias é que comportam execução forçada, porque quando o pedido imediato é constitutivo ou desconstitutivo ou apenas declaratório, o trânsito em julgado faz com que a parte vitoriosa tenha seu pedido tutelado, a mera decisão satisfaz a vontade das partes. O juiz não condena as partes a comparecer em cartório e fazer uma certidão de distrato, porque a sentença já é desconstitutiva. Nas ações declaratórias o interesse do autor pode se limitar à declaração, porque todo pedido constitutivo ou condenatória tem um conteúdo anterior declaratório, declara um direito. Por isso o princípio da indeclinabilidade, o juiz deve decidir declarando o direito tutelado. 
(PROVAVELMENTE VAI CAIR OS TIPOS DE DECISÃO) 
Resolve o objeto imediato com direito processual e o mediato com direito material. 
CAUSA DE PEDIR ou fundamentos jurídicos ou alegações 
Tem fundamentos fáticos - fato
Tem fundamentos jurídicos 
CAUSA DE PEDIR: Remota (distante) - fatos jurídicos, o fato gerador do direito de postular
 Próxima - fundamentos jurídicos propriamente ditos, a repercussão jurídica do fato, os efeitos do fato.
A defesa pode negar a causa de pedir remota, pode dizer: “eu não matei”
.Ex.:
Acusação por homicídio doloso
Pedido imediato – condenatório
Pedido mediato – reclusão pelo homicídio de fulano
Causa de pedir remota – homicídio doloso
Causa de pedir próxima - 
Legitimidade ad causam e legitimidade ad processum
Legitimidade ad causam - É a legitimidade para agir numa demanda judicial. É a pertinência subjetiva da demanda. Trata-se de instituto de direito material e que importa no preenchimento de uma das condições da ação. Assim, as condições da ação se referem à relação jurídica de direito material e não ao processo judicial em que esta será objeto de análise pelo juiz. 
O menor de 16 anos tem legitimidade ad causam para propor ação contra seu suposto pai, mas não tem legitimidade ad processum, por não ter capacidade para estar em juízo, devendo ser representado.
Em tema de legitimidade ad causam há os institutos da legitimação ordinária (exercício pelo próprio titular do direito) e da legitimação extraordinária ou substituição processual (exercício por um terceiro, que postula em nome próprio na defesa de direito alheio - CPC, art. 6°).
Legitimidade ad processum - É a chamada capacidade de estar em juízo (ou capacidade processual). Trata-se da aptidão para a prática dos atos processuais, independentemente de assistência ou representação. Tais atos podem ser praticados pessoalmente ou por representantes indicados em lei. Está prevista no art. 7° do CPC. Trata-se de instituto de direito processual, portanto, um dos pressupostos processuais de existência. 
A capacidade de estar em juízo (ou capacidade processual) não se confunde com a capacidade de ser parte. Esta é a personalidade judiciária, a aptidão para ser sujeito de uma relação jurídica processual ou assumir uma situação jurídica processual (autor, réu, assistente,excipiente, etc.).
A capacidade de ser parte começa a existir a partir do momento em que a pessoa adquire a capacidade civil. Essa capacidade civil é adquirida com o nascimento com vida. Entretanto, a lei assegura os direitos do nascituro (teoria natalista escolhida pelo legislador no art. 2° do CC/2002). 
Os incapazes (CC, arts. 3º e 4º) têm capacidade de ser parte, mas falta-lhes capacidade processual ou capacidade para estar em juízo (legitimidade ad processum), razão pela qual precisam ser representados ou assistidos pelos pais ou representantes legais.
	Quem tem capacidade para estar em juízo tem capacidade de ser parte, mas a recíproca não é verdadeira.
	Em resumo esquemático:
legitimidade ad causam (condição da ação) - é a legitimidade para agir, a pertinência subjetiva da demanda;
legitimidade ad processum (pressuposto processual objetivo) - é a capacidade de estar em juízo ou capacidade processual;
	capacidade de ser parte (pressuposto processual subjetivo) - personalidade judiciária, aptidão para ser sujeito de uma relação jurídica processual.
TEORIA TRINARISTA DA SENTENÇA
Condenatória (destinatário é o réu);
Constitutiva (positiva ou negativa);
Meramente declaratória (positiva ou negativa).
TEORIA QUINARISTA DA SENTENÇA
Condenatória (destinatário é o réu);
Constitutiva (positiva ou negativa);
Meramente declaratória (positiva ou negativa);
Executivas lato sensu;
Mandamentais.
A sentença mandamental foi idealizada e concebida por Georg Kuttner para representar as decisões que emitiam uma ordem dirigida a outros órgãos estatais, a autoridades estatais ou mesmo a funcionários públicos de outros órgãos estatais.
Pontes de Miranda: "O mandado pode ser dirigido a outro órgão do Estado, ou a algum subórgão da justiça, ou a alguma pessoa física ou jurídica".
Por tudo o que se disse, e, reforce-se, utilizando-se como critério o tipo de tutela jurisdicional pleiteado, forçoso se mostra reconhecer, por coerência com o fator de discrímen escolhido, que, nas tutelas mandamentais, o demandante almeja uma tutela que obrigue alguém a fazer, deixar de fazer alguma coisa, ou a entregar algo, sendo que, por este motivo, é imperioso aceitar que a sentença mandamental se reduz à sentença condenatória.
A sentença será executiva lato sensu, portanto, quando autorizar, uma vez descumprida, sua execução imediata e no próprio processo em que foi formulada, sem se exigir, para tanto, que as partes iniciem um processo diferenciado para a execução.

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