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A democracia Ateniense part 01

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A democracia Ateniense: Uma visão histórico-jurídica
Gabriel Abreu Frizzera juntamente com Jordan Tomazelli Lemos iniciam seu artigo informando sobre como a cidadania ateniense sofreu diversas transformações ao longo de sua história, eles ainda ponderam o fato de que os povos eupátridos isto é, os “bem-nascidos” detinham a maioria das terras férteis e que eles controlavam Atenas.
Ao longo do tempo a classe dos demiurgos passaram a exigir participação na vida política de Atenas, estes que, graças a grande expansão comercial do século VII enriqueceram. Dada as circunstâncias de que os demiurgos também detinham um certo poder econômico viu-se a necessidade de mudanças.
Drácon foi o primeiro a postular leis escritas do governo, vale lembrar que, ele era um dos defensores dos eupátridos. Estas leis postuladas substituíram as leis orais que de fato eram controladas pelos “bem-nascidos”.
Sólon por sua vez, instituiu reformas políticas mais ambiciosas, algumas de suas medidas sócio jurídicas foram a eliminação da escravidão por dívidas, a divisão da população por meio do poder econômico de cada indivíduo, podendo assim os não eupátridos que possuíam uma certa riqueza teria participação na política, já que o critério de riqueza passou a determinar privilégios. Nessa mesma época houve a criação de algumas instituições, a criação de Bulé, que era um Conselho restrito de cidadãos encarregados de assuntos corrente da cidade, a criação de Eclésia, uma assembleia popular que aprovava medidas da Bulé e a criação do Helieu, tribunal de justiça aberto aos cidadãos.
As reformas feitas por Sólon não agradaram as elites agrárias, que fazia oposição à democratização da política e o povo que queriam reformas mais incisivas. Este cenário permitiu que tiranos tomassem o poder e se sustentasse na política, Psístrato, Hiparco e Hípias os principais nomes.
No fim do século VI A.C. Clístenes ascendeu ao poder, conhecido com o pai da democracia, liderou uma revolta buscando expandir os direitos políticos da população e colocando fim à ditadura e inaugurando a Democracia Ateniense. Uma das medidas democráticas que ele adotou foi dividir a população em dez tribos, sendo que cada tribo teria um representante político no governo central, aumentou o número de participantes da Bulé; adotou o Ostracismo (exílio para aqueles que pudessem ameaçar a democracia), visando assim, impedir que novos tiranos se apossassem do poder político ateniense.
A cidadania Ateniense
A cidadania ateniense está completamente ligada a democracia, é válido dizer que apenas aqueles que eram filhos de pais atenienses eram cidadãos atenienses. Esse título era dado ao jovem de dezoito anos, ele era apresentado a Assembleia do Demo, e, com base na sua ascendência ele era reconhecido ou não, mas somente aos vinte anos este tomava posse dos seus direitos de cidadão, possuindo então todos os seus direitos civis e políticos, podendo ter assento na assembleia, opinar, votar, ter um cargo na magistratura e nas demais funções que competiam aos cidadãos. Aquele jovem cujo não era descendente de atenienses era considerado impuro, bastardo. Este só poderia possuir altos cargos, como magistratura se ele possuísse alta renda familiar.
Outro ponto também, é que, só poderia ser proprietários de terras cidadãos puros, isto é, que eram descendentes de atenienses. Estrangeiros que estavam a fim de receber tal título (cidadão ateniense) prestavam serviços ao governo na forma de serem recompensados.
Mulheres não tinham sequer direito na participação na política, não possuíam direitos civis nem políticos e também não poderiam ser proprietárias de terras. Já os escravos, apesar de serem de classe inferior, não só desenvolviam atividades braçais, por vezes, eles até representavam seus senhores em negociações comerciais dentre outras funções.
O Direito Ateniense
Apesar de haver pouco desenvolvimento na área privada, hoje ainda temos consequências daquela cultura. A doutrina do contrato como consenso, convenção pela vontade. A boa-fé como princípio jurídico das transações comerciais, a transferência da propriedade apenas por efeito contratual, e sua publicitação para garantia de terceiros.
A Cultura Cidadã
Desde muito jovem o cidadão ateniense era inserido no aprendizado, através das obras de grandes pensadores.
As Instituições e a Soberania Popular
Eram subdivididas em jurídicas e políticas.
A Eclésia possuía funções legislativas, ela designava por eleição ou sorteio, os magistrados e fiscalizava a sua atuação; decidia sobre guerra ou paz, julgava crimes políticos.
Os Estrategos eram eleitos em números de dez, reelegendo indefinidamente, sempre prestando contas no final de cada gestão, Péricles por exemplo, elegeu-se quinze vezes sucessivamente. A administração da justiça na polis (cidades-estado) era destinada à população. Nela recaia o julgamento e a resolução dos conflitos, criminal ou civil.
O Judiciário Ateniense
Não havia Ministério Público na Atenas clássica. Na ausência de promotoria pública, a denúncia podia ser proposta por qualquer cidadão. Para vigiar o abuso, a acusação infundada ou difamatória, era punida com multas, perda dos direitos políticos, censura ou flagelos. Pessoas incapazes de se defender (mulheres, crianças, escravos) poderiam ser defendidas por pessoas que possuíssem sua tutela ou curatela. Tanto o autor quanto réu com dificuldades na argumentação podia pedir auxílio ao tribunal, que indicava um representante.

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