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APOSTILA DE CURSO TÉCNICO DE HANDEBOL PREPARAÇÃO DA TÉCNICA INDIVIDUAL

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CURSO DE FORMAÇÃO 
DE TÉCNICOS EM HANDEBOL
APOSTILA
FUNDAMENTOS OFENSIVOS, 
FUNDAMENTOS DEFENSIVOS 
O JOGO DO GOLEIRO
PROF. VICENTE CALDERONI FILHO
SÃO LUÍS-MA
2001
�
Sumário 
31	INTRODUÇÃO	�
32	PROCESSOS TÉCNICOS ABRANGENTES	�
42.1	Processos Técnicos Simples	�
42.2	Processos Técnicos Complexos	�
53	ESTILO	�
54	A TÉCNICA INDIVIDUAL DE ATAQUE	�
65	A POSIÇÃO DE BASE	�
66	OS MOVIMENTOS DO JOGADOR NA QUADRA	�
76.1	A Desmarcação	�
76.2	O Sprint	�
76.3	O Frenar	�
76.4	A corrida de Costas e a Corrida Lateral	�
86.4.1	O Deslocamento Lateral e de Costas	�
86.4.2	Corrida Normal de Costas	�
86.5	A Corrida com Mudança de Direção	�
86.5.1	A Mudança Simples de Direção	�
86.5.2	A Mudança Dupla de Direção	�
86.6	O Salto	�
96.7	A inclinação Brusca do Corpo para a Recuperação de Bolas Baixas	�
97	A RECEPÇÃO DA BOLA	�
97.1	A Recepção com as Duas Mãos dos Passes a Altura do Peito, Cabeça e Bolas Altas	�
117.2	A Recepção Lateral com as Duas Mãos	�
117.3	A Recepção com Duas Mãos de Bolas Baixas	�
127.4	A Recepção da Bola com Uma das Mãos	�
137.5	O Apanhar de Bolas que Estão no Solo com as Duas Mãos por Baixo	�
137.6	O apanhar de bolas que estão no solo com as duas mãos por cima	�
147.7	O apanhar de bolas que estão rolando no solo	�
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APOSTILA DE CURSO TÉCNICO DE HANDEBOL PREPARAÇÃO DA TÉCNICA INDIVIDUAL
INTRODUÇÃO
	Por técnica individual entende-se o conjunto de habilidades (práticas motoras, fundamentos técnicos) específicas (considerando as regras do jogo), e se relacionam com o manejo da bola e com os movimentos dos jogadores específicos, visando o máximo rendimento possível competitivo em treinamento ou jogo.
	São considerados fundamentos técnicos individuais as habilidades que cada atleta ou praticante deve desenvolver em treinamento ou jogo, e podem ser consideradas da seguinte forma: específicas de ataque; específicas de defesa; e goleiros.
	
Tabela 1 Divisões da Técnica
	ATAQUE
	DEFESA
	GOLEIROS
	-POSIÇÃO DE BASE
-MOVIMENTOS ESPECÍFICOS 
-RECEPÇÃO DA BOLA 
-CONSERVAÇÃO DA BOLA 
-PASSES 
-DRIBLES 
-DOMÍNIO DA BOLA 
-ARREMESSOS 
-FINTAS
	-POSIÇÃO DE BASE 
-MOVIMENTOS ESPECÍFICOS -MOBILIZAÇÃO DO CORPO 
-LUTA PELA POSSE DE BOLA -BLOQUEIO AOS ARREMESSOS
	-POSIÇÃO DE BASE 
-MOVIMENTOS ESPECÍFICOS
-DEFENDER OS ARREMESSOS 
-FINTAS DOS GOLEIROS
			CALDERONI FILHO 1990.
	É de suma importante que entendamos as designações e seus conceitos de formas específicas embora saibamos que, no momento do desenvolvimento do jogo, todos os fundamentos, quer de defesa ou ataque podem ser realizados simultaneamente, assim como os goleiros, além disso guardam, cada um desses uma tipologia específica que cada fundamento técnico individual possui, como veremos no decorrer deste.
PROCESSOS TÉCNICOS ABRANGENTES
	Os processos técnicos abrangentes fazem parte de um arcabouço de movimentos que resultam na finalização do movimento considerado em um fundamento técnico específico, sendo assim estes processos resultam nos movimentos específicos, nos passes nas recepções, e etc... Por exemplo o conceito técnico específico do passe poderia ser entendido como "a passagem da bola, a partir do local com a mão para um companheiro da mesma equipe". Todos os elementos técnicos (como os conceitos teóricos) abrangem vários processos técnicos. O "passe" como elemento técnico abrange um número considerável destes processos técnicos, como por exemplo:
Passe de ombro executado no próprio local;
Passe de ombro na corrida e em suspensão (salto);
Passe de peito (duas mãos) em corrida a partir do próprio local;
	Partindo destes princípios podemos inferir portanto que no jogo do handebol não são realizados elementos técnicos isolados mas sim processos técnicos abrangentes levando a execução dos fundamentos técnicos individuais.
	Neste prisma podemos considerar os processos técnicos simples e complexos.
Processos Técnicos Simples
	São de aprendizado motor mais simplificados. São movimentos invariáveis e automatizados que decorrem sempre em condições idênticas: possuem posição inicial (considerado início determinado do movimento), e uma posição final (geralmente é o resultado de determinado movimento) e decorrem num ritmo, velocidade e amplitude determinados. Como temos os seguintes exemplos:
O passe de ombro a partir do próprio local; 
O arremesso em queda frontal;
As primeiras fintas simples.
	Estes processos técnicos simples surgem num momento de aprendizado da técnica onde o movimento é aprendido e apreendido de forma mais analítica em programas de aprendizado da técnica, mas podem ser desenvolvidos em situações mais corriqueiras de jogo onde a simplicidade de execução do movimento deva ser a tônica. São exemple:
O tiro de 7 metros;
O passe de ombro frontal;
O arremesso sem ação técnica do defensor.
Processos Técnicos Complexos
	Podemos definir como o encadeamento de processos técnicos simples interligados que na verdade mantêm a sua estrutura geral, mas que com o seu ritmo, velocidade, força e amplitude se acomodam as situações concretas no campo de jogo. A sua utilização sucessiva rápida e correta destes processos técnicos simples e complexos distingue os talentos no handebol. Um processo técnico complexo poderia possuir o seguinte aspecto: recepção da bola em deslocamento frontal, finta para a esquerda e para a direita, passar junto ao adversário, a simulação do arremesso em suspensão, tocar levemente no solo, saltar e arremessar em queda lateral executada par o lado do braço do arremesso.
ESTILO
	Grandes possibilidades individuais desportivas executam os processos técnicos de um modo especial, próprio só dos jogadores e, portanto de suas características individuais, intelectuais e físicas e de suas particularidades morfológicas. A este aspecto individual da execução da técnica chamamos de "estilo pessoal". Através do estilo pessoal surgem novas variantes de movimentos de um processo técnico, que em determinadas situações também são utilizadas com sucesso, por outros jogadores resultando daí o desenvolvimento de novos processos técnicos. O jogador em questão contribui para a continuação do desenvolvimento da técnica. Deste modo, em todas as modalidades desportivas a técnica tem alcançado posição de destaque nos programas de desenvolvimento dos programas de treinamento. Contudo deve ser entendido que execuções erradas derivadas de deficiência de desenvolvimento físico ou de coordenação não podem ser consideradas estilo. O estilo pressupõe uma estrutura e uma forma de movimento absolutamente corretas do ponto de vista mecânico, físico, técnico e tático.
A TÉCNICA INDIVIDUAL DE ATAQUE
Quadro n° 03
CALDERONI FILHO 1980
	Considera-se o jogador atacante é aquele que, no momento histórico específico da análise, a sua equipe (qualquer jogador individualmente) possui a posse de bola, não importando sua localização geográfica em quadra.
	Neste instante, para melhor entendimento acerca do que vem a ser jogador atacante ou defensor, não devemos considerar a organização geográfica (visual) clássica tendo como base a linha divisória do meio da quadra (centro) como ponto referencial importante, mas sim o fato do jogador específico, ou sua respectiva equipe estar ou não de posse de bola.
	A técnica individual de ataque abrange todos os processos técnicos simples ou complexos que o jogador utiliza no ataque.
	Para este estudo considera-se fundamentos técnicos do atacante (conforme quadro 01):
Posição de base (dependendo do posto específico em ataque - posição); 
Movimentos do jogador em jogo (dependendo do posto específico - posição);
Recepção da bola; 
Conservação da bola;
O drible O passe;
O domínio da bola;
O arremesso
A finta
	É importante salientar ainda que as descrições de processos técnicos são aplicáveis nos jogadores destros e sinistros,ou ainda em ambidestros.
A POSIÇÃO DE BASE
	Como em todos os outros desportos, no handebol há também uma posição de base. Esta posição de base é valida como uma posição de partida para todos os movimentos ou ações de um jogador facilitando portanto o desenvolvimento dos processos técnicos.
	A posição de base é utilizada especialmente no momento da recepção e o passe da bola, para iniciar uma corrida, na frenagem do corpo, nas fintas e nos arremessos.
	Exemplo de seqüência de movimentos: na recepção da bola o jogador que recebe volta-se na direção de onde virá a bola. Neste caso específico e neste momento as pernas estão afastadas a aproximadamente na altura dos ombros. A perna contrária ao braço utilizado no passe fica a frente. Todas as articulações, começando pelo tornozelo, joelho e bacia (coxo-femural) ficam levemente fletidas. 
	Os ombros ficam avançados de modo que as costas fiquem levemente dobradas. Os braços, com as palmas das mãos ficam prontas para apanhar a bola vinda do passe, com a articulação do cotovelo relaxada e levemente fletida. Esta posição também é mantida depois da recepção da bola, pois a partir dos seus diferentes movimentos com a bola (movimentos de ataque - fintas, passe recepção e arremesso podem ser executados com mais fluidez e, portanto mais facilmente e rapidamente e com mais segurança. Não se pode imaginar um bom jogador sem esta posição de base. fig.01).
Figura 01
	A conseqüente aprendizagem da posição de base acontece ao mesmo tempo que a do apanhar, passar, e do arremessar a bola. Com as explicações e demonstrações do professor, o aluno primeiro adquire uma ideia correta do que é a posição de base . Depois esta posição é treinada e associada ao apanhar a bola (recepção), e ao passar e arremessar a bola, até o(s) gesto(s) estar(em) automatizado(s).
OS MOVIMENTOS DO JOGADOR NA QUADRA
	Por movimentos do jogador na quadra entendemos uma quantidade processos técnicos que habilitam o jogador a se movimentarem pela quadra, com ou sem a posse de bola no sentido de este poder participar do jogo coma melhor qualidade possível.
	Isto requer uma preparação ativa e conscienciosa para estar a altura das exigências. Trata-se dos seguintes movimentos; 
Desmarcação;
Sprint de 05 a 30 metros; Frenar;
Corrida de costas e lateral;
Mudanças de direção;
Saltos;
Inclinação brusca do corpo para a recuperação de bolas baixas.
A Desmarcação
	O jogador utiliza a desmarcação para se desvencilhar do adversário e, correndo para o espaço livre, poder receber a bola para arremessar ao gol ou apenas participar mais diretamente do jogo.
O Sprint
	O "sprint" em extensões mais curtas (05 m.) ou mais longas (20 a 30m.) é utilizado principalmente nos contra-ataques (direto, indireto e sustentado) e no jogo com trocas de posição através de movimentações táticas rígidas ou livres. No handebol não é permitido o "sprint" com a bola. Além disso durante o "sprint", p jogador deve ainda considerar diferentes aspectos táticos e observar o adversário.
O Frenar
	O atacante utiliza a frenagem para travar de repente uma corrida rápida e assim se livrar, durante alguns momentos dos seus adversários diretos. Durante segundos ou frações de segundo, o jogador fica livre e pode passar a bola ou arremessá-la ao gol. A frenagem pode ser executada por meio de um ou dois passos travados ou de um pequeno salto com as duas pernas. Deve-se dedicar muita atenção à frenagem, pois da sua execução correta dependem muitas vezes ações técnicas de jogo, especialmente as executadas com bola.
A corrida de Costas e a Corrida Lateral
	A corrida de costas e a corrida lateral são um processo técnico com a ajuda do qual o jogador se informa do conjunto da sua equipe, sem perder a visão global do jogo e consequentemente do adversário.
	Não é propriamente uma corrida como a executada em provas de atletismo, mas um deslocamento com os passos dependendo do desenvolvimento do próprio jogo de ataque e as conseqüentes atitudes dos adversários. Assim a posição de base coloca sempre o jogador em situação de receber corretamente a bola, continuar a dominá-la e movimentar-se rápida e convenientemente. Neste prisma distinguimos dois modos de movimento;
O Deslocamento Lateral e de Costas
	Seqüência de movimentos ritmados: são realizados pequenos passos de modo que não se perca o contato com o solo (sem salto) pelo menos com um pé, e o centro de gravidade do corpo se mova o mais possível na horizontal, isto é, sem grandes oscilações, as pernas poderão ser cruzadas se com a ajuda do cruzamento for executado uma mudança de direção.
Corrida Normal de Costas
	Seqüência de movimentos ritmados a corrida de costas deve ser realizada de modo que o equilíbrio do corpo seja pouco perturbado. Um dos pés fica em contato permanente com o solo o movimento se inicia com as pontas dos pés, depois se desloca sobre a planta e calcanhar. -O corpo fica levemente dobrado, os braços fletidos pelo cotovelo que oscilam ao ritmo da corrida.
A Corrida com Mudança de Direção
	Esse tipo de corrida serve, em primeiro lugar, para a mudança de direção e, em segundo lugar, para fintar o adversário. Neste segundo modo, o jogador simula correr numa direção e corre noutra. A mudança de direção é utilizada muitas vezes durante todo o jogo de ataque. Como finta serve para o jogador se livrar do adversário. Distinguimos duas mudanças de direção: a simples e a dupla;
A Mudança Simples de Direção
	Seqüência de movimentos: como na corrida normal em frente, o jogador coloca a perna esquerda com a ponta do pé para dentro, trava a corrida e volta-se abruptamente para a direita, para a nova direção da corrida;
A Mudança Dupla de Direção
	Seqüência de movimentos: é realizada uma mudança de direção para a direita e para a esquerda. Sucede-se, portanto, um movimento da perna esquerda para o lado direito e logo a seguir da perna direita para o lado esquerdo, assim o jogador se liberta no segundo processo do jogador que o acompanhou na primeira mudança de direção.
O Salto
	O salto inclui diferentes processos, e em sendo assim o atacante não pode excluir estes do seu repertório técnico. Não seria possível receber bolas, nem arremessá-las, ou ainda fintar se não saltar corretamente.
	No handebol os saltos são realizados com uma ou duas pernas. O salto com uma perna ou duas pernas são hoje muito utilizados nos arremessos e recebimento de bola e até nos passes dependendo da condição técnica do jogador e da forma com que o jogo se desenrola. Trataremos mais dos saltos no capítulo arremesso em suspensão.
A inclinação Brusca do Corpo para a Recuperação de Bolas Baixas
	A inclinação brusca do corpo serve principalmente para o apanhar bolas parada e em movimento no solo ou a quicar, assim como para arremessos abaixo da linha da cintura do adversário, assim como para tirar a bola do adversário que a conduz bem a frente. Pode ser executado com o jogador parado, ou ainda em corrida.
A RECEPÇÃO DA BOLA
	Para poder manejar a bola corretamente durante o jogo em primeiro lugar dever feita uma boa recepção ao passe.
	Pode-se fazer a recepção de um passe com uma ou duas mãos, mas no processo de ensino é sempre interessante que o aprendiz execute com a s duas mãos para se ter uma melhor expectativa de domínio da bola. Mas se no decorrer do jogo for necessário receber o passe com uma das mãos, deve-se fazê-lo, de modo que esse processo deve ser bem desenvolvido.
	Quanto a altura a recepção pode ser: alta, média e baixa.
Alta é realizada na altura do tronco, cabeça e do rosto; 
Média é realizada na altura da cintura; 
Baixa é realizada na altura das coxas e joelhos.
A Recepção com as Duas Mãos dos Passes a Altura do Peito, Cabeça e Bolas Altas
	O mesmo princípio serve de base a recepção de passe com as duas mão de passes em diferentes alturas. É de se notar que as bolas a altura do peito e rosto são recebidasmais facilmente. As razões desta facilidade são as seguintes:
A bola está sob controle visual permanentemente;
Os braços e as mãos, que estão estendidos para receber o passe, também estão sempre no mesmo campo visual da bola, de modo que sempre podem serem feitas as correções necessárias as posições das mãos;
A própria condição anatômica dos braços e das mãos é mais apropriada para a recepção com as duas mãos.
	Sempre da realização da recepção da bola as mãos não se adequam facilmente a superfície total da bola (configurações diferentes), portanto às zonas de luz (espaços em que a superfície da bola não encosta na mão na recepção) sempre estarão presentes. E este fato tem que ser interpretado pelos jogadores e professores como normal.
Figura 02
	Seqüência de movimentos da posição de base da recepção com as duas mãos: o jogador estende os braços em direção ao passe para receber a bola ficando estes levemente fletidos pelo cotovelo, as palmas das mãos ficam voltadas para a frente e as pontas dos dedos ficam voltadas para cima , levemente fletidas. 
	Os polegares das suas mãos quase tocam um no outro e formam com os indicadores um "W" (flg.02). As palmas das mãos acompanham a curva da bola. Esta pequena "taça" é fechada atrás pelos polegares, impedindo assim que a bola escorregue das palmas das mãos. As pontas dos dedos, que no momento do contato são levemente levantadas para cima, e fazem o primeiro contato com a chegada da bola na hora do passe. Por meio deste movimento excêntrico com as pontas dos dedos, a bola recebe uma leve rotação para baixo voltando-se nas palmas das mãos levemente frouxas. 
	Os dedos ficam postados de forma mais natural possível, na sua posição de recepção, embora bem separados para abarcar uma boa porção da bola. A rotação da bola nas palmas das mãos é contida pelos carpos. Desse modo a bola fica segura nas palmas das mãos (fíg. 03) A palma da mão deve possuir um contato amplo com a superfície da bola. No momento do contato das palmas das mãos com a superfície da bola na recepção do passe, os braços começam a fletir-se fazendo assim diminuir a velocidade da bola empreendida no passe. A bola, já empunhada, é então, levada até o peito. 
	Para auxiliar a recepção de bolas passadas com muita força, é aconselhável dar um passo para trás no momento da recepção. Assim uma bola passada com muita força pode ser melhor controlada com segurança, e esta pode repousar momentaneamente junto ao corpo, à altura do peito. Esta é a posição inicial para se continuar a jogar inclusive com a possibilidade de um arremesso ao gol. Além disso, este procedimento técnico dificulta ainda mais uma possível retomada da bola pelo adversário.
	As bolas altas são recebidas com a mesma posição das palmas das mãos da descrição acima, mas os braços não ficam estendidos à frente mas sim para cima, para alcançar a altura do passe da bola alta. Ao apanhar a bola as mãos trazem esta a altura dos ombros. Dessa forma a bola é apanhada no trajeto original do passe alto. Logo em seguida a bola é novamente levada a altura do peito.
Figura 03
	Erros mais perceptíveis de recepção:
Posição errada das mãos (em funil) tendo os dedos posicionados em direção ao passe, com perigo inclusive de contusão da musculatura, dos ossos, ou dos ligamentos;
Recepção rígida da bola fazendo com que esta ricocheteíe como numa parede; 
Os braços não são estendidos suficientemente em direção ao passe, as mãos não podem amortecer a bola, esta escapa das mãos do recebedor;
A bola é apanhada pelos dedos, pouca possibilidade de estabilidade da bola nas palmas das mãos e perigo de contusão;
A bola não é imediatamente protegida de modo que o adversário possa ter acesso a ela mais facilmente.
A Recepção Lateral com as Duas Mãos
	Durante o jogo disputado por duas equipes antagônicas, muitas vezes o bola pode vir inesperadamente ao encontro do jogador, por isto é necessário treinar varias formas a recepção da bola e com trajetórias mais inesperadas possíveis.
	E a seguinte a seqüência de movimentos: o movimento para a recepção de uma bola da direita, aproximadamente na altura dos ombros, começa com um passo rápido para a direita com a perna do mesmo lado. Os braços são dirigidos para a direita, as palmas das mãos estão voltadas para a direção do passe, os polegares e os indicadores formam um "W". O dedo mínimo da mão direita aponta inclinado para a frente e para baixo. O jogador segue a bola com o olhar por cima do braço esquerdo. As pontas dos dedos é o primeiro segmento do corpo a tomar contato com a bola e efetuam a rotação nas palmas das mãos. A bola é levada ao corpo e a perna direita é novamente levada para a posição inicial (fíg 04).
Figura 04
	Podem ser considerados erros:
O passo inicial falha, pelo que a bola já não é alcançada;
A bola escorrega pelas mãos, porque as palmas das duas mãos estão voltadas uma para a outra.
A Recepção com Duas Mãos de Bolas Baixas
	A recepção das bolas baixas e na altura da cintura obrigam o jogador a mudar a posição das palmas das mãos.
	Seqüência de movimentos: Os braços são estendidos, inclinados para baixo. As palmas das mão estão voltadas para a frente. Os dedos mínimos estão voltados um para o outro e formam com os anelares um "M" (fíg. 05).
Figura 05
	Também aqui as pontas dos dedos tomam o primeiro contato com a bola e realizam a rotação desta. A velocidade da bola é interceptada para baixo por meio de um afrouxamento dos braços. Depois, a bola é levada em direção ao peito. As palmas das mãos mudam de posição sobre a bola, de modo que os polegares fiquem voltados um para o outro, e esta ficam nas mãos como feito descrito na recepção de bolas à altura do peito (fíg 06). 
Figura 06
	São erros possíveis da recepção de bolas baixas com duas mãos:
As palmas das mãos estão voltadas uma para a outra, daí a bola escorrega das mãos;
Ao segurar a bola as palmas das mãos estão mal colocadas;
A Recepção da Bola com Uma das Mãos
	Com as duas mãos a bola pode ser apanhada mais facilmente do que com uma só mão. Por isso deve-se sempre tentar utilizar as duas mãos na recepção da bola.
	Contudo durante o jogo há situações em que a bola já não chega suficientemente controlada para se recebe-la com duas mãos, ou, utilizando como exemplo está muito alta ou, num contra-ataque foi mal passada, ou no decorrer da partida deve ser imediatamente arremessada ao gol pelo pivô (jogador de 6m) Por isso tudo também a recepção com uma só mão deve ser aprendida e dominada.
	Seqüência de movimentos. O jogador que está parado, correndo ou saltando estende o braço para a bola apanhando-a com a mão pouco tensa, primeiro com a ponta dos dedos c dirige-a com a ponta dos dedos em direção ao corpo para segurar com a outra mão. 
	Todo o corpo ajuda durante a intercepção da força da bola. Se depois da recepção tiver de ser logo passada ou arremessada ao gol o movimento de recepção, transforma-se num movimento para tomar impulso, para assim poder lançar a tempo (fíg 07). Em todo o caso, o jogador precisa de sentir otimamente a bola para poder avaliar e depois ajustar a trajetória, a altura e o rigor da execução. Uma recepção com uma mão e uma conclusão bem sucedida naturalmente também são espetaculares aos olhos dos espectadores.
	Lembramos neste momento a beleza que são os gols conseguidos através do passe alto, direto ao jogador que corre e salta de fora da área dos 06 m., recebe esta bola no salto e após isto a arremessa ao gol fintando o goleiro que não espera a jogada (jogo aéreo).
	Erros mais freqüentes:
A mão não está suficientemente relaxada e a bola se perde;
O braço e o corpo não ajudam o bastante no amortecimento da bola;
O passe e a conseqüente recepção estão fora de sincronia, portanto o erro é de tempo do passe e do respectivo salto para receber a bola.
Figura i
	Durante um jogo, nem todas as bolas chegam seguras e sem interferências ao seu destino.Muitas vezes, uma bola fica parada ou corre na quadra, e então tem que ser apanhada rápida e corretamente e posta da melhor forma em jogo. Se isto acontecer no próprio local onde se encontra o jogador parado, é fácil o apanhar da bola.
	Acontece exatamente o contrario quando o jogador, ou mesmo o jogador e a bola estão em movimento. O apanhar da bola pode ser realizado com as duas mãos ou com uma.
O Apanhar de Bolas que Estão no Solo com as Duas Mãos por Baixo
	Este processo é especialmente recomendado a principiantes.
	Seqüência de movimentos: o jogador corre para a bola. Deve-se prestar atenção para o apanhar da bola, as pernas tem que ficar em posição de passos para a bola. Enquanto este passo de recepção é executado, o jogador deve inclinar-se rapidamente para baixo; ao mesmo tempo, fletir as pernas na altura dos joelhos, as mãos apanham a bola do chão (fig. 08). A velocidade da corrida não deve ser muito reduzida. Para proteger a bola, esta é puxada para a frente do peito.
Figura 08
O apanhar de bolas que estão no solo com as duas mãos por cima
	Esta atitude técnica assemelha-se ao apanhar com as duas mãos as bolas que estão no solo. A diferença está exatamente nas mãos que já não são colocadas em forma de pá por debaixo da bola, mas sim por cima dela. A bola é, assim, envolvida pelas mãos, como na recepção com as duas mãos (fíg. 02).
	Com a mesma técnica, a bola também é apanhada com uma mão (fíg. 09). Com uma mão o processo é mais rápido mas não é tão seguro. Por isso, devia ser utilizado sobretudo por jogadores com pratica e que possuem mãos relativamente grandes.
Figura 09
O apanhar de bolas que estão rolando no solo
	O apanhar de bolas rolando no solo faz parte de um procedimento técnico que está presente constantemente no jogo. Neste caso trata-se de bolas que rolam no sentido da corrida do jogador ou em sentido contrário.
	Sequência de movimentos: quando a bola se afastado jogador os passos tem que ser perfeitamente calculados se coadunando com o ritmo de rolagem da bola. O jogador coloca o pé que está próximo da bola precisamente junto a esta, e conjuntamente com a próxima passada o jogador realiza o movimento de apanhá-la como foi descrito anteriormente.
	Com as bolas que rolam de encontro ao jogador, o jogador, se puder facilitar o seu apanhar deve fazê-lo com esta chegando para a posição aberta entre os dois pés, para depois ser apanhada de modo já descrito. O jogador deve agir rapidamente para a bola não passar pelo ponto exato de apanhá-la.
O segurar da bola
Desde a recepção, até o passe ou o arremesso, o jogador pode permanecer de posse da bola durante três segundos ou três passos. Este procedimento técnico deve ocorrer de modo que seja impossível do jogador adversário toma-la. Esta pode ser segurada com duas mãos ou com uma.
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O segurar da bola com duas mãos
O segurar da bola com duas mãos é o processo mais seguro de ter a sua posse com pouco perigo de perde-la. As palmas das mãos colocam-se sobre a bola de modo que os polegares fiquem voltados um para o outro e formem com os indicadores um "W". A altura do peito, junto ao corpo, é a melhora posição inicial para o correio e rápido manejo da bola, assim a bola também é protegida do ataque do adversário (fig 10).
Figura 10
O segurar da bola com uma mão (empunhadura)
Figura 11
O segurar da bola com uma mão (empunhar) é um processo técnico que tem desempenhado um papel importante na evolução do jogo do handebol, é sobretudo através do desenvolvimento desta técnica que hoje produz tanto efeito plástico ao público (fig.ll). Quase todas as fmtas, arremessos, combinações de jogo não poderiam ser realizados sem a empunhadura da bola. Por isto é que este processo deve ser ensinado corretamente aos jovens praticantes. A seu ensino incorreto deve prejudicar o jogador no seu caminho para a técnica perfeita do jogo do handebol. Se os jovens possuírem a mão pequena será difícil empunhar (agarrar) a bola. Mas isto não é razão para a alijar os jovens do processo. No início as bolas devem sempre ter o perímetro correspondente. Para principiantes e jovens, dever-se-ia escolher bolas que estivessem no limite mínimo do perímetro permitido. (+ ou - 40 cm. de diâmetro).
O segurar da bola com uma mão sem agarrá-la
Este procedimento técnico é utilizado apenas em passes e arremessos onde o jogador não pode empunhar corretamente a bola (agarrar), esta é guiada com as duas para o passe sobre o ombro do passe que o executa. A bola fica na mão que está atrás da bola e o passe ou arremesso é realizado por meio do impulso que lhe é dado. O braço de arremesso completa então o movimento de balanço começando imediatamente o movimento de passe
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consequência disto desenvolver-se-á mais potência. A mão que tem a bola deve ficar mais afastada, atrás do cotovelo, se não esta pode ser empurrada. Durante o impulso realiza-se no tronco uma torção, de modo que o ombro esquerdo fique voltado na direção do passe.
O movimento de passe começa com o deslocamento do peso da perna de trás para a perna da frente e redução simultânea da torção do corpo, da linha da cintura para cima. A bola é passada com um movimento, para a frente do ombro do braço do passe e com movimento simultâneo e repentino do braço do passe para a frente. No fim do movimento o tronco inclina-se para frente, de modo que todos os músculos anteriores do tronco exercem a função sinergista do movimento auxiliando o passe. Na aceleração a bola deve receber os últimos impulsos por meio do pulso e do polegar, do indicador e do dedo médio (os três dedos mais fortes da mão). Depois do abandono da bola, a palma da mão fica levemente voltada para baixo e para fora. A bola recebe, com este movimento da mão uma volta da frente e de cima para trás, para um eixo horizontal que é transversal à direção do passe. Todos outros impulsos dados a bola diminuem a sua aceleração e prejudicam a exatidão do passe. Este passe com uma só mão pode ser facilmente aperfeiçoado a partir do passe efetuado simplesmente e em distancias curtas, em que na maioria das vezes só é utilizado o braço do passe, até o arremesso forte ao gol. (7, 9 e 12m) no qual todos os movimentos enumerados contribuem o máximo possível para a aceleração da bola. (fig. 12).
Figura 12
Erros mais frequentes:
- Posição de início ao passe errada 9como já descrito);
- Torção muito pequena, ficando a mão que tem a bola á frente do cotovelo. Assim a bola é empurrada;
- A bola não é empunhada corretamente, e por isso perde-se facilmente ou é lançada erradamente para cima pois a palma da mão fica debaixo da bola;
- O braço do passe esta muito fletido, a alavanca é muito pequena, dificultando assim o movimento.
- Posição dos pés erradas, pode ocasionar uma falta de precisão ao passe, alem de diminuir a sua potência de execução;
- Efetuar a rotação da bola erradamente (diagonal) logo após esta sair da mão, em direção ao objetivo do passe.
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O passe de ombro associado aos três passos
Quando a bola tem que ser lançada com mais força a uma distância maior, ou ainda na corrida do contra-ataque por exemplo, ou, como veremos futuramente em arremessos, utiliza-se para o passe de ombro acima descrito passos que contribuem para ritmar ou aumentar, ainda mais, a aceleração do movimento do passe. Estes passos podem ser utilizados de um, a no máximo três.
O aprendizado dos passes com os passos é muito importante , pois o jogo exige sempre a sua utilização. E é sempre útil ensinar a jogar no limite que as regras do jogo nos propicia pois é neste momento de limite que se apartam os bons dos não tão bons jogadores. Estes movimentos não são somente utilizados no arremesso ao gol, mas também nos movimentos táticos de ataque para passar a bola somente a empurrando (fig. 13).
O passe de ombro associado aos passos tem a característica de poder dar-se um salto passo saltado), talvez até dois substituindo qualquer desses saltos.Esse aspecto é muito conhecido especialmente pelas crianças, podendo se encontrar utilizações múltiplas nos jogos infantis. Poderia ser de importância iniciar o aprendizado do passe em três passos, sendo que um destes pudesse ser marcado como passo saltado. A sequência dos passos para indivíduos é a seguinte:
- Destros (direitos) - esquerda, direita, esquerda, daí sendo passada abola; sinistros (esquerdos) - direito, esquerdo, direito, daí sendo passada a bola.
Sequência de movimentos: da posição de base o passador começa, para a direita, com um passo a frente. O pé deve ser colocado de modo que o passador faça uma rotação do seu ombro esquerdo na direção do passe, resultando assim uma ótima torção de corpo. O segundo passo é um salto sobre a perna direita, sendo que a esquerda já é trazida para a frente para a posição de perna de apoio. Ao mesmo tempo realiza-se com este segundo passo um movimento ritmado com o braço do passe que na mão esta posicionada a bola, sendo que o terceiro passo é um passo alavancado a frente. Este passo grande - ponta dos pés para dentro - a perna esquerda é posta em posição de apoio. Ao mesmo tempo começa
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o movimento do passe (fíg. 13). Quanto mais corretamente este passo de impulso for executado, maior será a aceleração da bola. Esta consegue uma aceleração ótima quando há a fixação da perna de apoio a frente (terceiro passo) e assim o impulso do movimento é completamente transferido para o tronco e para o braço estendido, do passe ou do arremesso. Depois do passe ou arremesso o movimento é completado de forma natural.
Pode-se também realizar o passe de ombro utilizando um passo cruzado. Este procedimento técnico assemelha-se ao passo cruzado dos arremessadores de dardo. A sequência de movimentos partindo da posição de base, o jogador destro começa com um grande passo dado com a perna esquerda na direção do passe ou do arremesso. A ponta do pé é virada para dentro. O ombro esquerdo fica voltado na direção do lançamento. O segundo passo é um passo cruzado (passo de impulsão da perna direita por sobre a direita -o cruzamento pode ser feito pela frente , ou por de trás. A ponta do pé direito fica voltada para fora.
Ao mesmo tempo que o segundo passo realiza-se, é também feito o movimento ritmado do braço da bola para o passe ou arremesso .Este segundo passo também pode ser saltado para se ganhar mais espaço ou impulso. O terceiro passo é para fixar o pé de apoio da do na perna esquerda, realizando-se um passe de ombro simultâneo, como foi descrito no passe saltado, (fíg. 14).
Figura 14
Pode-se também realizar o passe de ombro realizando um passo de trás. Sequência de movimento: partindo da posição de base o jogador destro inicia o movimento com um passo a esquerda, sendo que a ponta do pé é voltado um pouco para dentro depois segue-se o ato de juntar a perna direita a esquerda (regularmente somente um passo. Durante este ato de juntar as pernas, levantar o braço na posição do passe, fazendo com que o tronco sofra uma forte torção. Depois segue-se a fixação da perna esquerda simultaneamente com um passe de ombro. (fíg. 15).
No fundo este procedimento técnico (passe de ombro com passo de trás) compõe-se apenas de dois passos de modo que só pode ser dado um terceiro passo se este trouxer alguma vantagem técnica.
Erros mais frequente:
- O passo para fixar a perna de apoio (último passo) sai demasiado curto;
- A torção do tronco é demasiado pequena;
O braço do passe não está suficientemente estendido, a alavanca, torna-se, assim demasiadamente pequena;
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Todos os passos ritmados tem algumas características comuns, que são muito importante para o vigor do passe, ou do arremesso, e para a execução da técnica correta:
- O quadro dos passos é igual em todas as execuções deste: comprido - curto -curto;
O movimento ritmado é orientado paralelamente ao segundo passo (no jogador destro é sempre um passo com a perna direita);
- Os passos ritmados terminam sempre com um passo de perna esquerda e a sua consequente fixação. Ao mesmo tempo que se faz este apoio, realiza-se o passe de ombro. O passo para fixar a perna de apoio deve ser orientado de modo que o movimento para a frente seja completamente travado. Assim a aceleração do braço do passe ou arremesso è aumentada. A perna do lado do passe ou arremesso só é colocada a frente quando a bola já não estiver na mão, aí podendo então interromper o impulso.
O passe com duas mãos por cima da cabeça
Este passe pertence a família dos passes de ombro. E é utilizado como passe no local, em corrida, no salto , em queda, e eventualmente, principalmente com os iniciantes também como arremesso ao gol.
Sequência de movimentos: a bola é segurada com as duas mãos. Com um movimento ritmado e vigoroso por cima da cabeça atrás desta, todo o corpo fica curvado. Os braços são repentinamente estendidos para a frente ao mesmo tempo e as mãos voltam-se para a frente e para baixo, para passar a bola na direção desejada.
Erros mais frequentes: a bola perde o contato com as mãos demasiado cedo o que faz a trajetória desta se alterar para cima.
Os passes de peito com as duas mãos
O passe de peito (característico do basquetebol) é um passe rápido e seguro em distâncias pequenas. No handebol o pivô devia utilizá-lo depois de ter recebido a bola nos 6m. e ao ter arremessá-la ou passá-la imediatamente. Devido à falta de ritmo de passe, este dificilmente é interceptado pelo adversário.
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Sequência de movimentos: a bola é segura com as duas mãos à frente do peito. Sem ou com um passo para a frente, os braços são estendidos na direção do passe. As mãos coma bola estão voltadas para cima e para trás, tanto quanto possível. O estender dos braços para a frente consegue simultaneamente o abrir das mãos com a bola, podendo assim ser determinada a aceleração, a direção, a altura e a velocidade da trajetória da bola. As palmas da mão estão voltadas para baixo par a entrega da bola.
Erros frequentes:
- Braços e mãos não se estendem uniformemente;
- As mão não se estendem para a frente. Só com o estender dos braços a bola eleva-se muito lentamente;
Os cotovelos são levantados de modo que as pontas dos dedos, no passe, apontem umas para as outras. A bola eleva-se com inexatidão.
Figura 16
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O passe por baixo ( na linha de cintura)
Em muitas situações de jogo, o jogador é obrigado, pelo adversário ou por outra circunstâncias, a passar a bola por baixo (linha de cintura). Aqui ele utiliza os passes por baixo, com uma mão ou com as duas. (figs. 17 e 18).
Figura 17
Sequência de movimentos: A bola é segura ou agarrada entre a mão e o antebraço. O braço oscila estendido, conforme a necessidade mecânica do movimento, mais ou menos para trás, passando pela cintura. Com uma vigorosa oscilação do braço, a bola é acelerada à altura do joelho, o que pode levar a bola a girar. Se q, passe é executado ao lado do corpo, o movimento assemelha-se ao do lançamento do disco (atletismo). Se o movimento do passe é diminuído e o braço dobrado na articulação do cotovelo, fala-se de um passe na linha da cintura. O passe por baixo com uma ou duas mãos é apropriado especialmente para um passe fácil e a curta distância (nos cruzamentos e alguns passes livres de 9 metros).
Erro frequente:
- Momento errado da entrega da bola, por isso o passe é impreciso.
Figura 18
Além dos processos de arremessos e passes que nos referimos nos itens anteriores, sobretudo os jogadores de nível utilizam alguns processos de passes combinando com outros jogadores que tornam o jogo, rápido, interessante e portanto espetacular.
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O passe por de trás das costas
O passe por de trás das costas é um processo de combinação, eficaz e muitas vezes utilizado a meia, e pequena distância. É, segundo o seu modo de execução na altura da linha de cintura executado geralmente após uma finta.
Sequência de movimentos: o jogador avança na direção do gol entre jogadores de defesa,simula um arremesso por cima ou ao lado do defensor. Assim obrigando os defensores a tentarem o bloqueio ao arremesso. O atacante então passa bola com a mão por de trás das costas, que deve estar em condições de recebe-la sem marcação. O processo atende também as necessidades do passe de surpresa. Neste caso o braço oscila da posição de arremesso, rapidamente pelas costas passando pela altura da cintura, (fig. 19). A bola fica bem firme na mão e por um movimento de antebraço e munheca consegue a correspondente aceleração para se efetuar este passe com mais precisão. Este passe também pode ser realizado numa trajetória de bola quicada (Fig. 20).
Erros frequentes:
A bola não é eficazmente empunhada e por isso o passe deve ser perdido facilmente;
- O movimento de passe não é executado com todos os processos da técnica envolvidos, a bola deve sair sem a precisão necessária.
Figura 19
O passe por de trás da nuca
O passe por de trás da nuca também pode ser utilizado de forma eficaz em combinação por jogadores da mesma equipe, este também é utilizado a média e pequena distancias como o passe por de trás das costas já mencionado.
Sequência de movimentos: depois de ataque entre defensores, que assim são obrigados ao movimento específico de bloqueio, segue-se partindo de uma posição efetiva de arremesso oscilando rápida do antebraço, que se dirige para trás da cabeça do mesmo lado do arremesso, daí a mão empurra a bola e os dedos dão o último impulso em direção ao objetivo passe, (fig 21). Por meio deste movimento a bola recebe uma orientação
correspondente a um dos eixos do ombro em prolongamento do ombro do lado oposto ao do passe.
rigura 20
A direção e a altura da trajetória dependem completamente da orientação da bola pelo antebraço, pela mão e pelos dedos, bem como também por uma discreta torção do corpo.
Erros possíveis:
Se a aposição da bola estiver errada o passe deve ser inexato; - A bola não é empunhada corretamente;
Se houver um erro nos processos coordenativos na execução deste passe deve acontecer uma pequena aceleração da bola e esta deverá se perder.
O passe por baixo da perna de apoio
O passe efetuado com o pulso por baixo da perna de apoio é também útil para surpreender, e também é utilizado em situações semelhantes aos processos especiais já aqui descritos anteriormente.
Sequência de movimentos: depois do ataque com tentativa de arremesso ao gol fintando na altura da linha da cintura do defensor, a bola é levada do local de arremesso um pouco para a frente para depois ser passada com o punho por debaixo da perna de apoio para o jogador que está livre (geralmente o pivô), (fíg 22) A altura e a consequente aceleração são determinadas por meio do antebraço e pulso.
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Figura 21
Erros frequentes:
O movimento de finta de arremesso determinando uma consequente tentativa de bloqueio pela defesa, não é realizado adequadamente, ou não existe, de modo que o passe pode ser bloqueado pelo defensor;
O movimento de flexão do tórax por sobre a perna de apoio para efetivar a mecânica do arremesso e, posteriormente o passe, é demasiado pequeno, conquanto haverá imperfeição na trajetória do passe.
Figura 22
O passe quanto a sua trajetória
Quanto a sua trajetória identificamos 03 possíveis:
em linha reta (a bola efetiva uma linha reta entre a origem e o destino do passe,
também chamado de passe direto);
quicado (na trajetória do passe a bola quica no chão);
- parabólico (a bola efetiva uma parábola entre o início e o objetivo do passe).
O passe em linha reta
Este trata-se do passe mais utilizado em um jogo de handebol, e também é o que a trajetória demora menos (em distâncias idênticas) para chjgar ao objetivo. Diz respeito a todos os tipos de passe, tendo importância somente a sua trajetória.
Este também é utilizado em quase todas as sequências de jogo que se requer a velocidade como fator primordial. No entanto este é o passe que mais frequentemente c interceptado pela defesa, não só porque ele é o mais executado mas também porque os processos bio mecânicos utilizados e portanto executados frequentemente podem lev um estado de pré fadiga nervosa muscular por movimentos muito repetitivos, dificultando sua precisão. Este também deve ser aquele que mais se incentiva nos treinamentos.
Sequência de movimento: Num passe de ombro (ver capítulo o passe de ombro), os processos técnicos bem executados deverão fazer com que a bola chegue ao receptor na altura do peito, para que este possa recebe-la com segurança e controle, dando uma boa possibilidade para que este seqiiencie o jogo através de outros procedimentos técnic ataque.
Erros mais frequentes:
Passe muito forte dificultando a recepção;
- Passe muito fraco a trajetória se modifica podendo nem chegar ao destino;
- Passe não colocado na altura do peito dificultando a recepção;
Quando executar este em corrida, suprimir um pouco da força porque em sua trajetória, que já é forte, ainda se acrescenta a velocidade de deslocamento do corpo, aumentando mais ainda a sua potência.
O passe quicado
Este deve ser utilizado onde a velocidade não é primordial mas sim, no morne em que é necessário prejudicar o movimento defensivo individual ou coletivo. O quite bola deve-se dar no terço de quem recebe a bola pois assim se efetiva uma boa relação entre o custo da perda da velocidade e a necessidade de se fazer com que, a bola, chegue segura, firme e mais controlada ao receptor. Qualquer tipo de passe pode ser utilizado com trajetória parabólica.
Sequência de movimentos: O passe é efetivado de forma com que a bola tome uma trajetória que se dirija ao solo, e que após o quique esta rebate em direção à recepção, recepção se modifica um pouco em função da bola possuir uma trajetória que vem de baixo para cima, e também, quando a bola quica no solo acontece uma fenómeno fazendo com que esta adquira um efeito (rotação) para frente podendo dificultar esta recepção.
Erros frequentes:
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Bola passada no terço mediano, ou ainda, do passador a recepção é muito
dificultada;
Bola passada com muita força, dificuldade de recepção.
O passe parabólico
Este é mais executado em condições diferentes de jogo quando é necessário lazer passes longos, e até passando por cima de defensores, como o contra-ataque, daí a sua maior utilidade.
Sequência de movimentos: No passe de ombro a trajetória parabólica deve ser efetivada prevendo uma recepção diferente e que geralmente se efetiva com o deslocamento do corpo.
Erros frequentes:
- Ápice da parábola muito alta, demora da bola a chegar ao seu destino facilitando ações defensivas;
Ápice da parábola baixa não passando pelos defensores.
Metodologia Passe/recepção
O passe e a recepção estão estritamente ligados, e praticamente um não existe sem o outro. Assim, podemos dizer, que todo o passe executado, sendo que este não possui uma ótima recepção, este deverá ser considerado errado. Os processos técnicos devem ser aprendidos conjuntamente, ou seja, no treino do passe deve-se aproveitar também para desenvolver a recepção. Portanto esses exercícios podem ser chamados de exercícios de passe e recepção.
No treino começa-se com a apresentação feita pelo professor, ou por um aluno mais velho também bom jogador. Depois a sequência de movimentos é descrita com exatidão, onde podemos destacar as seguintes ações técnicas. No passe:
Segurar corretamente a bola, com as duas mãos, a altura e a frente do peito;
O movimento balanceado da bola a posição do passe de ombro deve-se efetuar
na trajetória mais curta, evitando todos os movimentos suplementares ou
desnecessários;
O pulso e os dedos devem contribuir para dar a bola uma ótima aceleração e
consequente direção;
- O passe deve ser adaptado quase que individualmente, pois as características de recepção também são individuais (cada um a efetiva de uma forma), sendo assim o processo de bastante treinamento é imprescindívelneste procedimento técnico.
- O deslocamento em 03 passos deve ser sempre realizado, pois jogar próximo ao limite da regra é sempre um sinónimo de qualificação técnica.
Na recepção:
- O relaxamento das mãos, a posição das palmas das mãos e dos dedos voltados uns para os outros, de modo que o polegar e o indicador formem um "W", como já discutido anteriormente;
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- A recepção com os braços estendidos para amortecer o impacto do passe, contribuindo a isto o consequentemente flectir do braço peia articulação do cotovelo, podendo assim controlar a bola com mais segurança.
Um exercício simples de treinamento com o qual a aprendizagem da recepção deveria começar é simplesmente informando a posição correta da mão em "W" . A bola fica no solo a frente do praticante. As palmas das mãos são então colocadas corretamente sobre a bola, levantando-a. Este exercício pode ser integrado num encadeamento simples. Aqui a bola é levantada e colocada a frente do vizinho, que, do mesmo modo a toma para jogar. A seguir a bola é passada de um jogador para outro, e sendo assim controlada sempre a posição correta da mão e treinada sempre a empunhadura da bola nas palmas das mãos. Esta entrega da bola pode também ser integrada num outro encadeamento. O exercício seguinte então seria tocar e apanhar as bolas que saltam no solo, as palmas das mãos são levadas então frouxamente para a bola, os polegares e os indicadores formam um ÍLW\ Deste modo os alunos aprendem muito rapidamente a posição correta das mãos para receber as bolas na altura do peito e do rosto.
Quando os processos de passe e de recepção estiverem apreendidos de forma grosseira, devem começarem a ser trabalhados em movimento, primeiro a passo depois em corrida. Nisso também podem serem empregues adversários passivos, e mais tarde ativos, para que a aprendizagem do passe e recepção sejam apreendidos mais proximamente a situações de jogo possível. O passe e a recepção são o "bê a bá" do handebol e devem estar inclusas nas formas mais variadas de exercícios em todas as sessões de treinamento, principalmente em equipes que estão iniciando o aprendizado do jogo.
O drible
O drible é um processo técnico muito simples e também não exige muito dos principiantes. Consiste numa atitude biomecânica de empurrar, com a palma da mão e ponta dos dedos firmemente, a bola ao solo, para que esta rebata (quique) e retorne novamente à palma da mão do executante. Aí sim este decide se continua ou não o mesmo processo técnico.
Sequência de movimentos: A bola é segura com as duas mãos, depois empurrada ao solo com uma mão (bater a bola) e, finalmente, apanhada novamente com as duas mãos.
O jogador pode driblar parado ou em movimento (corrida ou salto). Com o jogador parado, a bola pode ser segura durante três segundos, depois tem de ser batida e em seguida novamente passada ou arremessada.
A regra dos três passos tem mais valor no salto. O jogador pode dar três passos com a bola e depois tem de passar arremessar ou driblar. Quando o jogador não está em contato com a bola, podem ser dados quantos passos forem necessários. Depois da recuperação da bola, são novamente permitidos ao jogador três passos e então este tem agora de passar a bola ou arremessar, não sendo permitido a este voltar a driblar novamente (anti regulamentar), (fíg.23).
Sequência de movimentos: Driblando continuamente a bola deve ser empurrada contra o solo e depois do seu quique ela retorna a mão, e esta atitude técnica e repetida continuamente. Logo que a bola é segura com uma ou as duas mãos, entra em vigor a regra dos três segundos ou três passos. No drible no local, a bola deve ser quicada contra o solo coma força necessária para que esta retornar a mão do executante. A mão aberta recebe a
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bola (palma da mão para baixo) sem agarrar, acompanha o movimento da bola descontraindo o antebraço e jogando-a novamente para o solo, com a ajuda do antebraço e do pulso. Os dedos devem estar descontraídos e bem estendidos.
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Figura 23
c
Figura 24
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Em corrida, o procedimento é o mesmo (fig. 24). Aqui deve-se entender que a bóia é conduzida lateralmente e á frente, de modo que não perturbe a corrida. Quanto mais rápido for a corrida, mais rapidamente deve ser executado o drible.
O jogador pode mudar de mão desde que a bola não escape o seu controle. Se consideramios o jogador que corre e que dribla a bola, deve-se poder ver sempre a bola; de ângulo visto de trás.
Erros:
- A bola é quicada contra o solo de modo que esta não retorne à mão;
- Num drible de frente aos pés, cuidado para não tocá-los;
- A bola é jogada de uma mão para a outra sem quicar o solo, isto é contra a regra; O ângulo em que abola é driblada no solo não corresponde a velocidade de corrida.
Os arremessos
Considera-se arremesso todos aquele procedimento técnico que tem por objetivo marcar o gol. Portanto a potência do arremesso constitui-se num fator importante pois este procedimento técnico tem que ultrapassar uma defesa, um goleiro e daí sim penetrar na baliza de gol.
Podemos dizer que por meio da qualidade dos arremessos (gois feitos) podemos também observar a qualificação técnica da equipe, (fig. 25). O ensino dos arremessos deve,
Figura 25
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por isso ocupar um lugar importante na preparação do jogador. A maioria dos processos técnicos de arremessos já foram tratados no item "passe". Agora são salientados a utilização e as diversas execuções dos arremessos já conhecidos. Sempre que não se trata de processo de arremessos conhecidos, este são descritos com exatidão.
O arremesso no próprio local
O arremesso com o jogador parado é um arremesso onde o processo de execução técnica está mais fundamentado no ombro, que é mais utilizado na execução do tiro de 07 metros (penalti) (fig. 26 ) e como arremesso livre direto dos 09 metros. Como o passe executado no local, este arremesso não possui tanta força, Enquanto no arremesso em movimento deve se ter uma força máxima. Esta circunstância exigiu algumas alteraçõ execução que aumentam a potência dos arremessos.
O movimento de impulso é aumentado, o mesmo acontecendo com a torção do corpo. O ombro do braço do arremesso é recuado ao máximo. O braço do arremesso é em parte ou totalmente estendido, de modo que a ação de alavanca do braço se torne o maior possível. O peso do corpo é transferido ainda mais para a perna que está atrás. Tudo isto causa um prolongamento do trajeto em que a bola é acelerada. Toda a força deve atuar explosivamente na bola. É especialmente importante a queda para a frente, em que todos os músculos anteriores do tronco estão implicados no arremesso, e o excesso do peso do corpo passa da perna de trás para a da frente.
A altura do arremesso é determinado pelo lapgar, mais cedo ou mais tarde, da bola, enquanto esta pode ser dirigida com o pulso para a direita ou para a esquerda.
Em todos os casos, a bola deve ser empunhada. O arremesso ao gol com o jogador parado trás poucos problemas de método de execução. Se o jogador dominar o passe (recepção) a partir do próprio local, é fácil executar o arremesso. No arremesso ao gol é importante o sentido de alvo que existe nos arremessos, e este sentido deve ser treinado.
Aqui oferecem-se exercícios simples de arremesso a parede, pequenos jogos de arremessos com o objetivo imóvel ou móvel, ou arremessos ao gol com a atuação do goleiro.
O arremesso em corrida
Este processo pode ser executado de duas maneiras:
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01- Em corrida com a perna do lado do braço do arremesso à frente ou no momento em que o peso do corpo está centrado nesta perna;
02- Com os passos balanceando o arremesso.
As duas maneiras são utilizadas frequentemente durante uni jogo, e em especialmente a segunda pode ser executada com muitas variações.
O arremesso em corrida cora o apoio do lado do braço do arremesso
Este é um arremesso de ombro muito parecido com o passe clássico do handebol (de ombro).A sequência de movimentos é a mesma do passe em corrida (fig.27). O jogador tentará fazer o arremesso tão rigorosamente quanto possível. Isto acontece através de :
Corrida rápida;
Arremesso da bola efetuado com força (corrida + potência determinada pela
execução biomecânica);
- Extensão do braço (ação de alavanca);
- Movimento mais balanceado;
- Inclinação do tronco para a frente.
Este arremesso é utilizado no contra-ataque e no ataque, para se aproveitar o espaço entre os jogadores de defesa. Pela execução rápida dificulta a ação exata de defesa do goleiro. Com relação a altura do arremesso, este pode ser executado de fornia alta (acima da cabeça), média (altura do tórax) e baixa (linha de cintura).
Fig 27
O arremesso com passo balanceado
É um arremesso com o qual a bóia é lançada de maneira mais forte possível. São utilizados a sequência dos três passos e mais um salto. A sequência de movimentos é a mesma do passe balanceado. O arremessador pode tentar tornar o arremesso mais forte por meio de:
- Arrancada mais rápida e disposta;
- Dimensão máxima que, o equilíbrio permitir, dos passos balanceados;
- A terminação do arremesso se dá com o braço estendido e com força; O movimento balanceado é longo com ótima torção do corpo;
- Inclinação do tronco a frente;
- Condução da bola com a mão do lançamento em condições ideais (empunhadura);
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Finalização do movimento com o pulso (polegar, indicador e dedo médio). O arremesso pode ser executado da seguinte maneira:
1- A bola é recebida com o jogador parado os passos de impulso (três) são executados. A partir daí são executados os passos balanceados;
2- A bola é recebida na corrida, ou no salto e é executado o arremesso com a criatividade, e os regulamentos do jogo permitir ao jogador;
3- A bola é recebida no salto (no ar) e o jogador retoma ao solo com duas pernas. Neste caso podem ser utilizados os passos balanceados, pois o primeiro a com o solo após recepção da bola não é considerado regulamentarmente um passo;
O arremesso executado desta forma, a trajetória da bola será de cima para baixo.
Os passos balanceados são utilizados em muitos arremessos especiais e devem ser aprendidos com grande atenção e amplitude de movimentos. Não podemos nos esquecer que um salto balanceado pode substituir um passo nos passos que antecedem o arremesso.
O arremesso no salto
Neste item o arremessador tenta se aproximar do gol, e ou dificultar, com um salto, a ação dos defensores arremessando por sobre estes. Este arremesso é um dos processos técnicos mais importantes do handebol ocupando mais de 50% de todos os arremessos realizados em um jogo.
Quando não existe entre o gol e o arremessador um jogador de defesa, a não ser o goleiro este pode ser executado na sua amplitude dé forma mais estendida. Esta situação surge com os contra-ataques, no arremesso de ponta, dos 06 metros, e após se penetrar < os defensores.
Vantagens destes arremessos:
O jogador dificulta ainda mais as ações defensivas;
- O jogador reduz a distancia até o gol;
O jogador melhora o angulo de seu arremesso;
O momentâneo atraso do arremesso, leva ao jogador que arremessa esperar uma
reação do goleiro, e daí conseguir mais facilmente marcar o gol
O arremesso no salto pode ser executado com o balanceamento de dois ou três passos. A recepção da bola pode ser efetuada com o jogador parado ou em corrida.
Sequência de movimentos: a bola é recepcionada com as duas mãos. A dircção da corrida balanceada pode ser de cerca de 45° em relação à baliza. Para o jogador destro, a arrancada do lado esquerdo consiste em três passos (esquerdo, direito, esquerdo). Normalmente os três passos tem uma amplitude maior e são efetuados rapidamente. Sai-se de chão com a perna esquerda a frente, enquanto a direita dobra-se, e é utilizada como perna de impulso, sendo energicamente levantada para o lado e girada para a direita mesmo tempo com o salto efeíua-se o movimento balanceado com a bola, como em todos os arremesso de ombro já aqui mencionados. O ombro esquerdo avança sendo o centro de rotação do arremesso. No ponto mais alto do salto, é executado o arremesso. Este começa com o desfazer da torção do corpo e do arco por este formado. O movimento do braço é auxiliado pelo movimento do ombro do braço do arremesso para a frente, pela queda do tronco para a frente e pela trajetória em voo do jogador que arremessa. Depoi: arremesso o jogador volta ao solo sobre a perna do salto pronto para continuar atenciosamente jogando (ííg.28).
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Figura 2S
Portanto, no arremesso em suspensão distinguimos os seguintes processos té a recepção, o deslocamento em três passos, o salto, o vôo e o arremesso. Erros mais frequentes:
- Passos iniciais demasiadamente grandes;
Corrida direta para o gol (melhor o corpo não estar diretamente de frente para o
gol);
- A perna de impulso é dobrada e levantada somente para a frente;
- A bola não é levantada diretamente por sobre o ombro do braço do arremesso; O braço do arremesso não é suficientemente estendido;
- A articulação do ombro (cintura escapular) não participa do arremesso, o centro de rotação não é o ombro do lado oposto ao lado do arremesso. Assim o arremesso é feito apenas com a força do impulso da corrida e do braço.
O regresso ao solo não se realiza de forrna correta (perna de impulso).
Os arremessos em queda
O arremesso em queda é um arremesso de ombro que é executado durante o movimento de queda. Distinguimos MTemessos frontais com queda (arremesso de 07 metros, arremessos dos 06 metros) e arremessos laterais com queda, executados pelos jogadores que atuam nas pontas.
Vantagens do arremesso em queda:
1- Tendo a bola durante mais tempo no arremesso esta pode receber um maior controle e aceleração, alem disso, pode esperar-se as reações de defesa do goleiro;
2- O jogador esquiva-se ao ataque do adversário;
3- O angulo de arremesso é aumentado;
4- A distancia do gol diminui.
O arremesso com queda frontal é aquele em que o jogador cai ao solo de frente. Como este é o arremesso em queda de mais fácil execução devemos iniciar o aprendizado dos arremessos em queda por ele.
Sequência de movimentos: O arremessador segura a bola a frente do peito com as duas mãos, na posição de base, com as pernas afastadas ou com uma perna a frente c outra atrás. O movimento começa com o avançar do joelho e do quadril, (o mesmo movimento do ajoelhar-se), com movimento simultâneo do braço do arremesso.
Aqui, o braço do arremesso com a bola é dirigido, tal como no arremesso de ombro com o jogador parado. Para auxiliar a torção do corpo, os joelhos também podem girar um pouco para o lado do braço do arremesso, conseguindo-se assim unia extensão do corpo muito boa, que por sua vez contribui para uma ótima aceleração da bola. O olhar é dirigido para o objetivo. Desta posição efetua-se um movimento de queda, no qual os joelhos, dobrados, e o quadril são trazidos para a frente. Perto do corpo, as pernas são est vigorosamente e a bola é arremessada, sendo a direção do arremesso determinada pelo pulso. A recepção no solo do corpo depois da queda realiza-se apenas com as mãos (fíg. 29), ou ainda com as mãos e. o corpo rolando por cima do braço do arremesso (rolamento).
Figura 29
Erros frequentes:
- No arremesso a bola não é conduzida corretamente;
- Não há torção do corpo, e assim a bola é lançada apenas com o braço e não com todo o corpo;
- A queda e o arremesso estão temporariamente separados;
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Na queda o quadril e o joelho estão estendidos, não surgindo assim o arquear do corpo e aumentando o perigo de lesões das mãos.
Os arremessos especiais
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Figura 30
No estado atuai do desenvolvimento do handebol, as técnicas descritas até aqui servem de base técnica comum do jogo, e por isso, devem ser dominadas por todos osjogadores. Para se ter um bom resultado na disputa com o defensor com boa técnica c em
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boas condições, o atacante precisa de alguns processos especiais, especialmente arremessos ao gol que pode utilizar conforme o comportamento do defensor. Estes arremessos especiais ao gol organizam-se com base nas técnicas fundamentais já descritas e podem ser mais e eficazmente aprendidas se forem dominadas com perfeição (fig.30). É de salientar que uma condição física ótima e em especial um poder de potência de impulso e de arremesso são muito importantes para a execução de processos especiais. Os processos isolados são pensados especialmente para determinadas categorias de jogadores: meia distância, pivô e ponta.
O arremesso por baixo
O arremesso por baixo é um arremesso que é feito a meia distância, por baixo p; lado do braço do arremesso, passando perto do adversário, e que causa difículd especialmente ao goleiro pois o arremessador é encoberto pelo defensor (fig.31). Serve de base a este arremesso o arremesso na linha da cintura com passo saltado com jogador parado ou em corrida.
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Sequência de movimentos: se o arremesso for executado em corrida, a bola tem de ser recebida durante um passo para a esquerda. Se for executado com o jogador parado, o jogador que faz o arremesso começa diretamente com um passo saltado. Nos dois casos, o passo saltado pode ser executado na direção do defensor, pelo que com o segundo passo é ganha a posição para o arremesso de quadril direcionando a bola para cima. O defensor o é obrigado a bloquear por cima. Agora, o arremessador não coloca a perna de apoio a direita, mas sim para o lado do braço do arremesso, de modo que a parte da frente do corpo
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fica voltada para o solo. O braço do arremesso, com abola empunhada, fica na posição de arremesso. Segue-se, aí sim, o verdadeiro arremesso, em que a bola e arremessada rente ao solo para o lado do braço do arremesso, passando próximo ao adversário. O tronco do jogador arremessador gira na direção do gol, este fato pode ser auxiliado, e muito com a da perna que esta a direita e com o deslocamento do peso para a perna de apoio. O tronco tem de ser tão dobrado que a cabeça do jogador arremessador fica a altura do quadril do adversário. Abola deve ser arremessada pelo lado do defensor para o canto esquerdo do gol (jogadores destros), pois o goleiro volta-se para o lado da trave para a qual a bola é arremessada, passando pelo defensor para poder ver o jogador arremessador. Erros frequentes:
O tronco não é suficientemente fletido,
O braço do arremesso não é levado suficientemente para perto do solo; - A perna de apoio e a outra perna não se cruzam suficientemente.
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Este arremesso também pode ser utilizado com uma queda lateral. Este pode ser um arremesso considerado de meia distância podendo ainda ser executado com jogador parado ou em corrida (fig.32).
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. que este arremesso aconteça, depois de todos os processos técnicos do arremesso por baixo, o jogador arremessador efetua uma queda lateral para o lado do braço do arremesso, com isto este jogador consegue uma maior mobilização de forças, e ainda, consegue afastar-se um pouco mais do defensor, que tenta o bloqueio, aumentando ainda mais o espaço livre do arremesso. Neste arremesso é possível arremessar a bola ao gol, tanto no alto quanto baixa, podendo ter portanto uma trajeíória ascendente, o que dificulta a ação do bloqueio e do goleiro, já que este raramente treina defendendo bolas em trajetórias idênticas.
Erros frequentes:
O ombro do braço do arremesso não é suficientemente recuado portanto o arremesso não possui potência suficiente;
- Havendo uma demasiada inclinação do corpo, perigo em ser acometido de ões na queda.
O arremesso de ombro com finta do lado contrário ao braço do arremesso
Figura 32
Este arremesso sempre serve para fintar o adversário dificultando sobremaneira as suas ações. O arremesso pode ser executado por baixo, em corrida, parado, no salto. Depois da sequência de passos de posse de bola o jogador simula um arremesso de ombro do mesmo iado da bola, forçando o defensor a fazer o bloqueio. Após, a perna de apoio é colocada do lado esquerdo (jogador destro), o tronco flete-se com uma rotação simultânea para a esquerda e o braço do arremesso movimenta-se para atrás da cabeça. A mobilização da coordenação com objetivo de efetivar a potência de arremesso começa com um forte movimento de rotação do tronco para um eixo longitudinal da direita para a esquerda com um arremesso de ombro, auxiliado com a extensão enérgica da perna de apoio. Depois da bola ter abandonado a mão a terminação do arremesso refere-se a dominação do movimento ríspido realizado com a extensão da perna direita afrente. (fig. 32).
Erros mais frequentes:
Força transmitida pela perna estendida sobre a perna de apoio e a flexão do tronco não são suficientemente fortes, de modo que o defensor que se aproxima pode bloquear;
Se o braço de arremesso não for colocado atrás da cabeça, este arremesso deve perder potência e portanto facilmente sofrer o bloqueio.
Este arremesso especial é uma fornia muito eficaz para atuar contra defesas que não estão suficientemente preparadas, mas a sua utilização contínua deve gerar no defensor uma prevenção contra este, facilitando assim o defensor.
O arremesso do lado contrário ao lado do arremesso também pode ser efetuado com queda o que ajuda muito no processo de arremessar fintando e portanto dificultando as ações dos defensores. É um processo técnico de arremesso de meia distância e tem como objetivo poder arremessar fintando o adversário próximo a este.
É na verdade a contini ição do arremesso com finta de ombro do lado contrário ao braço áo arremesso. Com c movimento de queda, o jogador arremessado!* tente desvencilhar do ataque e da possibilidade de bloqueio do defensor (fig.33). O arremesso pode ser executado com o jogador parado, em corrida ou com simulações de arremessos anteriores.
l;igiira 33
Sequência de movimentos: o movimento começa com uma finta de arremesso por
baixo. Após, o jogador arremessador executa um passo profundo para o lado contrário ao
do braço do arremesso, inclinando rapidamente o corpo para este lado, posicionando ao
mesmo tempo o ombro do braço do arremesso na nova posição. O corpo é, assim, girado
para a direita. O braço do arremesso estendido, com a bola, é colocado atrás da cabeça. O
que faz o arremesso deixa de estar sobre a perna direita, muda o peso para a perna
poio, que nesta altura se estende, ficando o eixo longitudinal do corpo paralelo ao
solo.Com este movimento começa uma queda lateral, O eixo do ombro acaba ficando
perpendicular ao solo. Com a mobilização da força, o corpo sofre uma rotação para a frente
na direção de um eixo longitudinal. Depois do arremesso, o jogador que o executou volta
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>lo com a mão esquerda, ou com as duas mãos em posição repousada. O arremesso deve ser feito para o canto do lado do braço do arremesso, portanto, pelo íado do defensor. Erros frequentes:
A inclinação lateral do corpo é muito pequena. O braço do arremesso posicionado suficientemente atrás da cabeça, ficando a bola presa no bloqueio; O corpo não sofre uma torção suficiente; o arremesso é muito fraco; A queda se não executada correíamente pode oferecer o perigo de lesão.
O arremesso no salto com um tempo a mais
O arremesso retardado é um processo de arremesso que é usado com mais frequência a meia distância para fintar o defensor. Distinguimos aqui duas possibilidades:
1- O arremesso no salto com um tempo a mais com o braço do lado do arremesso;
2- O arremesso no salto com um tempo a mais para o lado contrário ao lado do arremesso.
Sequência de movimentos: arremesso no salto com um tempo a mais com o braçodo lado do arremesso: O jogador que faz o arremesso começa a correr em diagonal da esquerda ou paralelamente à linha do gol, salta para o arremesso, obrigando o defensor a bloquear. O goleiro também se coloca esperando o arremesso. Começa pelo atacante o retardamento do arremesso. Este pode ter duas consequências diferentes:
O defensor que tinha saltado para bloquear úiicia a sua queda até o solo com o atacante ainda no ar, este então pode arremessar a bola sem o efetivo bloqueio que antes dificultava o seu arremesso, o que é desvantajoso para a ação de defesa do goleiro.
Com a trajetória em diagonal ou paralela do movimento do jogador arrernessador, durante o retardo deste, este salta passando pelo bloqueio defensores, podendo assim haver um arremesso que tenha unia trajetória próxima ao defensor, que na maioria das vezes tira a visibilidade do goleiro. No arremesso com um tempo a mais para o lado contrário ao do braço do arremesso, o jogador que o faz pode começar a correr de qualquer direção. O último passo com a perna do salto, e o salto desta para a direção contrária à do braço do arremesso são decisivos. Aqui, o jogador que faz o arremesso, tenta mudar o início do arremesso temporariamente com o prolongamento da fase do vôo, de modo que este possa passar por sobre o bloqueio ou simplesmente passar por ele. Especialmente no salto, o tronco deve inclinar-se para o lado contrário ao do braço do arremesso e este deve ser colocado por de trás da cabeça, para escapar a ação da defesa (fig.34).
Os arremessos no salto da ponta
No decorrer da evolução técnica do handebol, tem evoluído os processos técnicos
dos arremessos de ponta. Estes exigem dos pontas, especialmente, rapidez e potência de
impulsão para o arremesso. Já não é feito com um salto simples na direção da marca dos 07
os, pois os defensores podem evitá-lo com relativa facilidade. Por exemplo o
arremesso ào ponta com impulsão sobre a perna do lado do braço do arremesso é utilizado
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pelo quando este consegue impulsionar o corpo, este faio faz com que o jo[
obtenha vantagens:
- O angulo de arremesso não é diminuído em relação ao salto dado com a perna
esquerda;
O defensor que espera pelo salto dado com a perna esquerda é surpreendi^
não pode defender a bola com correção.
Figura 34
Sequência de movimentos: o começo da corrida efetua-se geralmente com dois passos no angulo de 45° a 90° em relação ao gol, passando junto do defensor de ponta. O pé esquerdo é colocado à frente da área do gol perto do adversário, e salta energicamente.
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Com a ajuda do salto deve ser tentado o aumento do ângulo de arremesso. O salto su< portanto, na área do gol. Aqui a bola é segurada à frente do peito, com as duas mãos, o ombro esquerdo é empurrado para a frente, de modo que o adversário não pode aproximar-se da bola. A perna direita que vem para a frente no salto, oscila agora para trás. A p esquerda é levada para a frente, dobrada pelo joelho. Depois, a bola é trazida rapidamente por cirna do ombro do braço do arremesso e é arremessada com um arremesso mais de cirna
■Io, conforme o objetivo do arremesso. A perna esquerda oscila vigorosamente trás como no passe habituai, para auxiliar a aceleração do arremesso. O jogador arremessador pode voltar ao solo sobre a perna esquerda ou direita (fíg.35). É importante salientar que a figura 35 trás este arremesso de jogador canhoto (sinistro).
Figura 35
O arremesso de jogador direito (destro) na posição de ponta direita
Como nem todas as equipes dispõem de jogadores canhotos, neste caso um jogador destro deve especializar-se na posição de extrema direita. Ele deve, como todos os pontas, possuir especialmente bom poder de salto. Em contraposição à posição de ponta esquerda, em que o jogador destro pode ainda executar com êxito um salto num ângulo agudo em relação a trave, é quase impossível na posição de ponta direita, especialmente quando o goleiro está corretamente posicionado. Por isso, só devem ser executados os arremessos quv: produzam uni aumento do angulo de arremesso.
.quência de movimentos: o começo da corrida sucede na direção da marca de 07 metros. Pode ser executado com três passos normais (esquerda, direita, esquerda) ou com um salto entre os passos. O salto deve ser tão largo e tão alto quanto possível. A bola e
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segui ate do corpo, com a s duas mãos, durante o máximo de tempo possível, para
tirar do adversário a possibilidade de toma-la. Depois, o arremessador gira o corpo pa direita, na direção do eixo longitudinal, de modo que o eixo do ombro tique em posição oblíqua em relação ao solo (quanto mais ampla for a esta rotação, mais aceleração a bola be), daí colocando o braço do arremesso esticado atrás da cabeça, inclina o tronco para a esquerda, para deste modo aumentar o ângulo de arremesso tanto quanto possível. A mobilização da força sucede geralmente só na fase descendente da curva de voo, por meio de forte movimento de rotação do corpo para o eixo longitudinal, trazendo simultaneamente para a frente o braço do arremesso. Quando a bola deixa a mão, o eixo do ombro fica paralelo ao solo. O jogador que fez o arremesso regressa ao solo com a perna do salto (fíg. 36).
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í' igura 36
Para aumentar mais o ângulo de arremesso e assim aumentar as possibilidades de um arremesso bem sucedido, o arremessador pode executá-lo também em queda. Neste j regressa ao solo em posição de repouso (fíg. 37 e 38).
O arremesso de ponta após a recepção aérea da bola (jogo aéreo)
É um processo técnico muito exigente e espetacular que solicita do executante mento, assim como noção espacial e temporal. A execução é muito difícil porque deve-se conjugar o salto e o passe que deve ser realizado com perfeição num ponto exato do espaço, onde o jogador recepcionará a bola e, sem cair no solo deverá arremessa-la. Este pode não ser executado somente pelas pontas mas em outras posições de ataque,
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como sugestão apenas a sua realização deverá ser realizada a uma distância média . portanto estas possibilidades de distancia íambcm estão afetas ao pivô Porém suas melhores condições de execução estão afeitas aos pontas possuem mais espaço para se aproximarem mais dos 06 metros em velocidade e saltar para a recep marcados.
Figura 37
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Figura 37
ura 38
Sequência de movimentos: o ponta esquerda inicia a corrida, quase sempre sem ser
incomodado, e salta num vôo bem alto como num arremesso dos 06 metros, portanto uma
ao é necessário. Durante o salto, o jogador que conduz a bola, passa esta e o
essador pode recebê-la com uma ou duas mãos e arremessá-la ao gol. O cair ao
ior que saitou realiza-se com uma ou duas pernas (fíg. 39).
Os arremessos em queda do pivô
A maioria dos arremessos com queda do pivô, que são executados com o jogador em movimento, sobretudo em corrida, tornam-se, com um impulso grande arremessos em
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queda (fígs. 40 e 41).Neste caso, a execução técnica é, em princípio, a mesma. Contudo o arremesso é precedido por um salto mais ou menos vigoroso, muitas vezes com as duas pernas e sem acorrida inicial. A queda no solo, depois do arremesso, acontece quase sempre com as mãos e os pés. A maior parte das vezes, é concluído com um movimento por cima do ombro do braço do arremesso (rolamento). O bater do corpo no chão é, assim, diminuído.
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Figura 40
Os arremessos de costas também são utilizados de forma muito especial e em frequentes podem ser até consignados gois desta forma. Estes arremessos são mais utilizados de média e pequena distancia. Representam uma arma perigosa, especialmente dos 06 metros. Como, na maior parte das vezes, a surpresa para o goleiro e para o defensor nde, a execução raramente pode ser evitada, os pivôs podem utilizar este processo com êxito.

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