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Mecanismos de Ação dos Antibacterianos

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Mecanismos de Ação dos Antibacterianos
INTRODUÇÃO
A antibioticoterapia teve seu início em ampla escala a partir da 2ª Guerra Mundial. Ela se baseia no conceito de Toxicidade Seletiva → Esta é a capacidade de atuar de maneira seletiva sobre o microorganismo sem causar danos ao hospedeiro. Seu principal efeito colateral é a seleção de mutantes resistentes.
Quanto ao índice terapêutico, destaca-se a relação B/A, sendo B a dose tóxica e A a dose terapêutica. Quanto aos conceitos básicos, tem-se:
Antibiótico: Produtos microbianos de metabolismo secundário (fase estacionária), não essenciais e síntese dependente do ambiente. Ex: Penicilina, advém do fungo pinicillium.
Quimioterápico: Agente sintético, com ação similar a de um antibiótico. Logo, tanto antibióticos quanto quimioterápicos são denominados de antibacterianos.
Os antimicrobianos são substâncias têm a capacidade de inibir o crescimento e/ou destruir microorganismos. Podem ser produzidos por bactérias ou por fungos ou podem ser total ou parcialmente sintéticos.
O principal objetivo do uso de um antimicrobiano é o de prevenir ou tratar uma infecção, diminuindo ou eliminando os organismos patogênicos e, se possível, preservando os germes da microbiota normal. Para isso é necessário conhecer os germes responsáveis pelo tipo de infecção a ser tratada.
Microbianos produtores de antibióticos: Antibióticos são produzidos por bactérias e fungos.
Nos fungos, apenas os antibióticos produzidos pelos fungos da divisão Ascomycotina e fungos imperfeitos são de importância prática. Apenas 10 dos antibióticos fúngicos conhecidos são produzidos comercialmente, e apenas as penicilinas, cefalosporina C, griseofulvina e ácido fusidico são clinicamente importantes.
Nas bactérias, existem alguns grupos taxonômicos importantes que produzem antibióticos. A grande variedade na estrutura e número de antibióticos é encontrado nos Actinomicetes, especialmente no gênero Streptomyces.
Outro importante grupo de substâncias são os antibióticos peptídeos, produzidos pela bactéria do gênero Bacillus.
 Mecanismo de ação: Alguns antibióticos têm ação bacteriostática, ou seja, impedem o crescimento dos microorganismos, atuando numa estrutura da célula que não é vital, mas é essencial ao seu crescimento. Outros têm ação bactericida, isto é, matam a célula atingindo o ponto vital do m.o. e causando sua morte. De um modo geral, os antibióticos:
- Atuam na síntese da parede celular causando a morte da célula pela ausência da parede. - Atuam na membrana celular.
- Atuam na síntese de proteínas, aminoácidos e de ácidos nucléicos.
- Atuam na cadeia respiratória.
• A atuação de um dado antibiótico está relacionada com a concentração do mesmo no sangue, a fim de se determinar os intervalos das doses do antibiótico em questão. A determinação dessa concentração recebe o nome de “nível sérico”.
Espectro de antibiose, sensibilidade e resistência:
Espectro de Antibiose:
Determina sobre quais e quantos microorganismos. o antibiótico tem ação (largo espectro atua vastamente e pequeno espectro atua com baixa ação).
Sensibilidade e Resistência:
Um microorganismos é sensível quando se deixa atacar pelo antibiótico.
O microorganismos que geralmente possui forma mutante (membrana com outra composição, sintetiza proteínas diferentes, etc) é chamado de resistente.
Tipos de produção: A pesquisa de um novo antibiótico normalmente tem seu início no solo – fonte natural para captar os microorganismos. produtores de antibióticos. Também lança-se mão das coleções de cultura.
Etapas:
• Seleção de estirpes;
• Otimização à escala laboratorial;
• Teste em instalações piloto;
• Caracterização química e estrutural do composto;
• Modificação química do composto ativo;
• Teste de formulações em animais e seres humanos;
• Produção industrial do antibiótico
A produção pode ser sintética, fermentativa ou semi-sintética.
• Sintética – antibióticos que são produzidos apenas por síntese. 
Ex: clorofenicol. A produção por meio de m.os. deste antibiótico é viável, contudo fica mais barato sintetizá-lo quimicamente.
• Fermentativa – antibióticos que são produzidos por via microbiana.
• Semi-sintética –antibióticos que são produzidos via fermentação, sendo sua molécula modificada por via sintética.
 Principais mecanismos de resistência bacteriana
A resistência aos antibióticos foi evoluindo como uma resposta natural das bactérias à exposição a estes fármacos, e pode ser definida pela capacidade de resistir às concentrações clínicas do antibiótico. É dividida em resistência intrínseca e adquirida. A resistência intrínseca é aquela que ocorre naturalmente, e é uma caraterística de toda a espécie. A resistência adquirida ocorre através de mutações espontâneas, que surgem naturalmente durante o crescimento bacteriano e/ou aquisição de DNA exógeno, por transferência de genes de organismos resistentes para os sensíveis, sendo por isso a mais preocupante devido à possibilidade de disseminação dos genes de resistência a uma população bacteriana.
Existem quatro mecanismos que conferem resistência:
› Alteração do sítio alvo: estas alterações normalmente surgem de mutações nos genes alvo, resultando numa alteração estrutural do sítio alvo. Esta alteração mantém a função celular, apenas torna a bactéria inacessível ao antibiótico.
› Alteração da permeabilidade da membrana externa: as bactérias Gram negativo têm a capacidade de restringir a entrada de moléculas hidrofílicas devido Eloísa Pina à sua membrana externa. Esta membrana, composta por uma dupla camada assimétrica de fosfolípidos, polissacáridos e proteínas é uma excelente barreira, e é a primeira linha de defesa à entrada de agentes antimicrobianos. As porinas são proteínas que permitem a passagem de agentes hidrofílicos, tais como os antibióticos β-lactâmicos, e a perda de porinas funcionais poderá levar a resistências.
› Bombas de efluxo: são proteínas de transporte transmembranares usadas pelas bactérias, para expulsar para fora da célula substâncias tóxicas às mesmas, incluindo múltiplos antibióticos, podendo conferir assim múltiplas resistências.
› Inativação enzimática do fármaco: produção de proteínas que hidrolisam o antibiótico, tornando-o inativo. A produção de β-lactamases é provavelmente o exemplo deste mecanismo de resistência mais comum, e que mais contribui para a resistência aos antibióticos β-lactâmicos.
Principais doenças relacionadas a microbiologia
Meningite Infecção das meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula).
Tuberculose É uma doença transmitida de uma pessoa doente para outra sadia, através do “Bacilo de Koch”, que ataca preferencialmente os pulmões e se torna grave se não for tratada de forma correta.
Difteria Doença muitas vezes fatal causada pelo bacilo diftérico, que ataca principalmente crianças.
Lepra ou Hanseníase Doença transmitida pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae)
Febre tifóide Doença causada pela Salmonella typhi
Tétano Doença produzida pelo bacilo do tétano (Clostridium tetani), pode penetrar no organismo por ferimentos na pele ou pelo cordão umbilical do recém-nascido quando este é cortado por instrumentos não esterilizados. 
Cólera Doença causada pela bactéria Vibrio cholerae (vibrião colérico), que se instala e se multiplica na parede do intestino delgado
Sífilis Provocada pela bactéria Treponema pallidum, é transmitida, geralmente, por contato sexual (pode passar também da mãe para o feto pela placenta). 
Gonorréia ou Blenorragia Causada por uma bactéria, o gonococo (Neisseria gonorrhoeae), transmite-se por contato sexual. 
Pneumonia Embora algumas formas de pneumonia sejam causadas por vírus, a maioria é provocada pela bactéria Streptococcus pneumoniae, que ataca o pulmão. 
Coqueluche Doença típica de crianças causada pela bactéria Bordetella pertussis. 
Leptospirose Causada pela Leptospira interrogans, é transmitida pela água, alimentos e objetos contaminados por urina de ratos, cães e outros animais portadores da bactéria.AIDS Aids é uma doença que ataca o sistema imunológico devido à destruição dos glóbulos brancos (linfócitos T CD4+). A Aids é considerada um dos maiores problemas da atualidade pelo seu caráter pandêmico (ataca ao mesmo tempo muitas pessoas numa mesma região) e sua gravidade. A infecção da Aids se dá pelo HIV, vírus que ataca as células do sistema imunológico, destruindo os glóbulos brancos (linfócitos T CD4+). A falta desses linfócitos diminui a capacidade do organismo de se defender de doenças oportunistas, causadas por microorganismos que normalmente não são capazes de desencadear males em pessoas com sistema imune normal. O Vírus da AIDS , ou HIV , é um retrovírus envelopado . Possui no centro duas moléculas de RNA  , cada uma delas envolta por moléculas protéicas
Sarampo; Doença causada por vírus, febril que causa inflamação do sistema respiratório e manchas.
BUTUlISMO O botulismo é uma doença causada por bactérias (espécie = Clostridium botulinum), provocando intoxicação por meio de substâncias que agem sobre o sistema nervoso de pessoas contaminadas, interrompendo o mecanismo de condução dos impulsos neuronais entre o neurônio motor e os músculos. 
GRIPE é causada pelo vírus Myxovirus influenzae, também conhecido como vírus influenza, que é uma partícula envelopada de RNA  de fita simples segmentada e se divide em três tipos A, B e C, mas apenas os tipos A e B possuem importância para os humanos.
RAIVA é uma infecção viral mortal transmitida para seres humanos a partir da saliva de animais infectados – geralmente por uma mordida. é transmitida pela saliva infectada que entra no corpo por meio de uma mordida ou pele lesionada. A raiva é uma doença infecciosa aguda, causada por um vírus, que compromete o Sistema Nervoso Central (SNC). É uma encefalite, em geral de evolução rápida, dependendo da assistência médico-hospitalar recebida pelo paciente.
A sintomatologia atualmente é bastante diversa podendo o paciente apresentar as fobias consideradas clássicas da raiva (hidrofobia e aerofobia), a tríade parestesia, paresia e paralisia, a Síndrome de Guillain-Barré e outros sinais e sintomas.
Pode acometer todas as espécies de mamíferos, incluindo o homem, sendo seu prognóstico fatal em praticamente todos os casos.
É uma zoonose (antropozoonose) que tem como hospedeiro, reservatório e transmissor, o animal que, dependendo da situação, transmite a doença aos humanos através da mordedura, arranhadura ou lambedura.
Varíola é uma doença infectocontagiosa provocada por vírus.Essa descoberta dá a entender que a varíola, que é uma doença muitas vezes mortal, atinge os seres humanos há milhares de anos.
Micoses são infecções causadas por fungos que atingem a pele, as unhas e os cabelos. São particularmente frequentes nos trópicos, onde existem condições ideais de calor e umidade, necessárias para o desenvolvimento dos fungos. 
Febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta animais biungulados, ou seja, animais que possuem dois dedos. Os mais afetados são bovinos de leite e de corte e os suínos.
http://www.saude.sp.gov.br/instituto-pasteur/paginas-internas/o-que-e-raiva/o-que-e-raiva
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/aids
https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/22414/1/TESE.pdf

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