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Unidade I - Alfabetização em Química - das Teorias Pedagógicas à Sala de Aula (e fora dela)

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Metodologia de 
Ensino em Química 
Alfabetização em Química - das Teorias Pedagógicas à Sala de 
Aula (e fora dela)
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Antônio Bartocci de Queiróz
Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
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• Aspectos de Algumas Teorias Pedagógicas
• Construindo Mapas Conceituais
• A Primeira Vez em Sala a Gente Nunca Esquece
 
 Atenção
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar as 
atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
 · Nesta unidade veremos as tendências pedagógicas mais 
atuais em educação, as quais poderão lhe trazer benefícios na 
elaboração, condução e finalização de suas aulas.
Alfabetização em Química - das Teorias 
Pedagógicas à Sala de Aula (e fora dela)
6
Unidade: Alfabetização em Química - das Teorias Pedagógicas à Sala de Aula (e fora dela)
Contextualização
Nessa unidade, exploraremos como abordar o aluno e quais as formas para se obter um 
melhor desempenho no assunto tratado.
O conhecimento das teorias pedagógicas será de total importância para você tornar suas 
aulas mais interessantes e próximas da realidade do aprendiz.
Abuse de exemplos do cotidiano e verifique o conhecimento que o aluno já traz sobre o tema tratado.
Precisamos ser mais que mediadores, e sim facilitadores do conhecimento, mostrando aos 
seus alunos a importância do conhecimento e da educação.
Acesse o site do prof. Marco Antônio Moreira e reflita “Utilizo a linguagem adequada para 
auxiliar a aprendizagem do meu aluno?”
• http://www.if.ufrgs.br/~moreira/linguagem.pdf
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Aspectos de Algumas Teorias Pedagógicas
Várias correntes pedagógicas surgiram ao longo dos últimos séculos. De cada teoria, uma 
ideia pode ser aproveitada. Ou várias delas. É impossível negar a importância de Paulo Freire, 
Antônio Nóvoa, Lev Vygotsyk, Pestalozzi, Piaget e inúmeros outros que, embora omitidos aqui, 
trouxeram mudanças profundas para a ciência da educação.
Muito se fala de habilidades e competências, principalmente com as mudanças introduzidas 
pelo Ministério da Educação no ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), a partir de 
2009, e da abordagem das teorias de Philippe Perrenoud – sociólogo suíço pioneiro na 
ideia de que é necessário ensinar para que o aluno saiba resolver situações-problema que 
ele enfrentará no seu dia a dia.
Em Dez Novas Competências para Ensinar, Philippe Perrenoud mostra-nos que “Competência 
é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos (saberes, capacidades, informações 
etc.) para solucionar uma série de situações” (Perrenoud, 2000); é induzir o aluno a usar seu 
conhecimento para resolver uma situação corriqueira e, também, usar essas situações para 
compor os exercícios. É contextualizar a Química, aproximando o exemplo teórico daquilo que 
o aluno conhece, que já viu. Por exemplo, transformar o enunciado de um exercício em uma 
atividade que seja familiar ao aluno. Uma coisa é dizer que pH é o cologaritmo da concentração 
hidrogeniônica do meio (?!?), outra é dizer ao aluno que é uma escala que indica se o meio é 
ácido, básico ou neutro.
Devem-se salientar, igualmente, as bases trazidas por 
Edgar Morin, sociólogo francês que enfatiza a importância da 
transdisciplinaridade, que é usar o arcabouço de conhecimentos 
do aluno em outras áreas para resolver uma questão. É muito fácil 
associar conceitos químicos e biológicos, químicos e matemáticos, 
químicos e físicos, etc. Vários exercícios de vestibulares e do 
ENEM são transdisciplinares.
Usar textos de autores consagrados é outro instrumento muito 
útil: já pensou que na primeira parte de Morte e Vida Severina, 
de João Cabral de Melo Neto, quando “o retirante explica ao 
leitor quem é e a que vai” (Melo Neto, 1955), as “pernas finas” 
demonstram raquitismo – deficiência de cálcio – e o “sangue 
com pouca tinta”, anemia, por carência de ferro? E que você 
pode usar esse texto em uma aula, exercício ou avaliação para falar desses elementos?
Processos bioquímicos, como respiração celular, fotossíntese, digestão, etc. podem ser muito 
úteis para exemplificar com maior clareza reações químicas que seriam de difícil compreensão 
se ficassem apenas no campo abstrato.
Aliás, não espere que a maioria dos alunos consiga abstrair conceitos com facilidade. O papel 
do professor é mediar, facilitar essa transição do teórico para o concreto.
Figura: David Monniaux/ Wikimedia Commons
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Unidade: Alfabetização em Química - das Teorias Pedagógicas à Sala de Aula (e fora dela)
David Ausubel, psicólogo americano, escreve em seu livro Aprender a aprender a 
importância da aprendizagem significativa, preocupando-se com os processos de compreensão, 
transformação, armazenamento e uso da informação recebida pelo aluno.
A aprendizagem está vinculada com o querer saber e o dever aprender. Quanto mais consciente 
a tomada de decisão de aprender, maior a capacidade de compreender, agir e transformar. Dessa 
forma, a aprendizagem é intencional: só é possível o processo ensino-aprendizagem quando os 
indivíduos querem e devem aprender e ensinar.
A linguagem é fundamental, pode ajudar ou atrapalhar no processo de ensino-aprendizagem. 
Por isso, devemos explicar de modo claro, usando linguajar adequado para a faixa etária e série 
em que se leciona, buscando o diálogo e estabelecendo um contato positivo com o aluno.
Aliando-se com Joseph Novak, Ausubel cria os mapas conceituais em que se mostra as inter-
relações de um tema central com as ideias que o cercam.
Os mapas conceituais são uma importantes ferramentas para você organizar sua abordagem 
em relação ao assunto central da aula.
No princípio da carreira, a elaboração de um mapa conceitual é extremamente útil para você 
“não se perder”.
Um exemplo de mapa conceitual:
 
No mapa conceitual, fica claro que alguns conceitos formam a base para o desenvolvimento do 
conhecimento a respeito do assunto: eles são o que Ausubel chama de subsunçores. Subsunçor 
é um conceito que leva o cérebro a agregar conhecimento, favorecendo a aquisição do assunto.
É isso mesmo, o aluno adquire o conhecimento, por isso, quando a aquisição ocorre o 
conceito se torna significativo.
Mas, e o primeiro contato com tal assunto, é significativo?
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Conforme o próprio Ausubel, “a aprendizagem mecânica é necessária e inevitável no caso 
de conceitos inteiramente novos para o aprendiz, mas, posteriormente, ela se transformará em 
significativa” (FURTADO, 2008).
Assim, o aprendiz parte de duas referências, uma primeira mecânica e outra posterior 
significativa, ou seja, o aluno deve apresentar uma organização para adquirir o conhecimento 
(cognição), baseada em conhecimentos conceituais cuja importância se estabelece à medida em 
que se dão significados a esses conceitos.
O que conselho que damos é que se dedique a apresentação dos conceitos e, ainda mais, a 
produção dos exemplos dados, para unir esses conceitos aos fatos do cotidiano. A Química será 
menos “chata” e os alunos a verão como um instrumento de desenvolvimento, não como um 
carrasco do Ensino Médio e dos vestibulares.
Carl Rogers, historiador e psicólogo norte-americano, afirma: “Por aprendizagem significativa 
entendo uma aprendizagem que é mais do que uma acumulação de fatos. É uma aprendizagem 
que provoca uma modificação” (ROGERS, 1988).
Ainda sobre aprendizagem significativa, César Coll, psicólogo espanhol, relata que é 
necessário disposição para que a aprendizagem torne-se significativa, isto é, poder contar 
com a intenção do aluno em conhecer, apreendere, por fim, aprender (FURTADO, 2008). Diz 
ainda que devemos nos conscientizar que aprendizagem significativa exige tempo – material 
muito escasso atualmente. Algo essencial para que a aprendizagem torne-se significativa é a 
afetividade, a intencionalidade.
Marco Antônio Moreira, em Aprendizagem Significativa Crítica, afirma que aprendemos a 
partir do que já sabemos, devemos buscar as perguntas ao invés de respostas, usar materiais 
educativos distintos, não se centralizando em um só livro de texto. Devemos notar que percebemos 
e representamos o mundo. Perceber que a linguagem é o ponto central da percepção humana. 
O significado está nas pessoas, não nas palavras, e o ser humano aprende corrigindo seus erros. 
Precisamos usar conceitos importantes, relevantes e saber que as perguntas são essenciais para 
a percepção. Definições e metáforas são caminhos para pensar.
Devemos respeitar as limitações momentâneas do aluno, aquilo que ele conhece, que é 
sua zona de conforto. Um novo conceito desfaz esse paradigma “arrumadinho” e perturba o 
aluno. As etapas para a construção desse novo conceito devem possuir dificuldades graduais, 
estabelecendo metas que possibilitem que o aluno vá apreendendo o conceito pouco a pouco, 
construindo o que Vygotsky chamava de zona de desenvolvimento proximal. Quando o aluno 
domina essa região do conhecimento, é hora de aprofundar um pouco mais, caminhar mais um 
pouco. Conforme o próprio Vygotsky, “a zona proximal de hoje será o nível de desenvolvimento 
real amanhã” (VYGOTSKY, 1934).
Com tudo isso, a educação torna-se libertadora, pois ajuda a quebrar paradigmas, 
pseudoverdades universais, criando uma consciência necessária para a evolução humana. Nesse 
ponto, Paulo Freire estava absolutamente certo: devemos buscar uma visão crítica e dialógica.
Devemos aprender a partir de várias estratégias de ensino, criando um estilo e uma linguagem 
próprios, porque apenas repetir as ideias de outra pessoa não estimula a compreensão e a 
apreensão do conhecimento.
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Unidade: Alfabetização em Química - das Teorias Pedagógicas à Sala de Aula (e fora dela)
Por fim, é fundamental dizer que a aprendizagem só se torna significativa se quem aprende 
a vê como algo pessoal, adquirindo assim atitude desafiadora frente aos novos conceitos e 
colaborando com o processo ensino-aprendizagem.
Fazer o aluno querer aprender é, então, o nosso grande desafio.
Dicas de leitura:
MOREIRA, Marco Antônio. Aprendizagem Significativa Crítica. Disponível em: http://www.
marcoantoniomoreira.com.br/homepage.html.
______. Aprendizagem significativa: um conceito subjacente. Disponível em: http://www.
marcoantoniomoreira.com.br/homepage.html.
PERRENOUD, Philippe. 10 Novas Competências para Ensinar: Convite À Viagem. São Paulo: 
Editora Artmed, 2000.
SANTOS, Júlio César Furtado dos. Aprendizagem significativa. São Paulo: Editora Mediação, 2008.
______. Educação de Qualidade: Inovando com Ética. Disponível em: http://www.juliofurtado.com.br/.
______. O papel da escola e da família em tempos de crise. Disponível em: http://www.
juliofurtado.com.br/.
Construindo Mapas Conceituais
Os mapas conceituais são um tipo de fluxograma que indica a interrelação de um assunto 
central com diversos assuntos que lhe servem como subsunçores.
Para esquematizar um mapa conceitual, você pode fazer rascunhos manuscritos, usar a 
ferramenta fluxograma de editores de texto ou baixar programas próprios, como o Cmap Tools, 
de download gratuito em: http://cmap.ihmc.us/download/
Primeiramente, defina o assunto central da aula e, a partir dele, estabeleça as relações que o 
aluno deve ter para construir uma aprendizagem significativa.
Você, como mediador, deve ter amplo conhecimento dos temas retratados no mapa 
conceitual. Se houver dúvida em algum deles, esse será seu ponto fraco, onde deve estudar 
mais para cobrir lacunas e melhorar ainda mais suas explicações.
Por exemplo, vamos elaborar um mapa conceitual para uma aula sobre separação de misturas 
destinada para a primeira série do Ensino Médio. O tema central é separação de misturas. Os 
subsunçores para esse assunto são vários, dentre os quais conceitos de sistema, fase, solubilidade, 
estados físicos, mudanças de estado, equipamentos de laboratório.
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Observe:
 Você não precisa passar o mapa conceitual para os alunos, ele serve para lhe orientar sobre 
os conceitos necessários para que o assunto seja compreendido por eles.
Esses mapas têm uma enorme utilidade para que você não se esqueça de abordar nenhum 
ponto referente ao assunto e se certifique de que os assuntos subsunçores já foram fornecidos 
aos alunos, ou seja, um assunto que eles podem compreender.
Não existe um mapa conceitual correto, nem definitivo. Cada qual é próprio daquele tema, 
para aquele momento.
Preparando a Aula
Fonte: Thinkstock / Getty Images
Então, como agir para preparar uma aula:
1. Deixe evidente o assunto central da aula.
2. Passe os conceitos necessários de forma bastante clara. Baseie-se em diferentes fontes: 
livros didáticos, paradidáticos, sites confiáveis, livros de ensino superior, artigos, etc.
3. Tenha certeza de que os subsunçores já foram dados.
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Unidade: Alfabetização em Química - das Teorias Pedagógicas à Sala de Aula (e fora dela)
4. Utilize diversas técnicas para construir sua aula:
a. Mapas conceituais, para não se esquecer de nada relevante ao assunto;
b. Exemplos ligados ao cotidiano;
c. Experimentos de fácil compreensão;
d. Resolução de exercícios de aplicação.
5. Deixe uma tarefa complementar para o aluno revisar o assunto e aprofundar seu 
conhecimento. Nessa tarefa complementar, utilize exercícios com diferentes graus de 
dificuldade: primeiro, alguns mais fáceis para dar confiança ao aluno; depois, alguns um 
pouco mais complexos, para que ele precise explorar seus níveis de conhecimento; e, ao 
final, exercícios mais desafiadores, que exijam uma compreensão maior. Esses exercícios 
podem ser criados ou, então, baseie-se nos exercícios do ENEM e de vestibulares.
Quanto aos materiais didáticos, use os mais diferentes possíveis, mas sem repetição constante:
• Lousa e giz/canetão sempre combinam com a Química: não invente de ficar corrigindo e 
explicando exercícios sem usar a lousa;
• Utilizar um texto/resumo de apoio é fundamental, ajuda o aluno a compreender o assunto;
• Figuras, filmes, apresentações devem ser usados sempre que necessário. Não abuse das 
apresentações, slides podem se tornar monótonos e desinteressantes. Não coloque muito 
texto nos slides. Prefira, nesses casos, a lousa;
• Aulas práticas são a maravilha da Química: há vários experimentos que podem ser 
feitos utilizando materiais comumente encontrados em farmácias e supermercados e que 
ajudam muito na explicação de vários conceitos.
Quando digo para não repetir constantemente os materiais didáticos, refiro-me, principalmente, 
às apresentações de slides: o “click-click” fica chato, cansativo. No final da aula, você terá vários 
alunos sonolentos.
Para formular sua explicação, baseie-se em vários livros de diferentes autores, tenha sempre 
mais de uma opinião. Assim, você irá criar a sua própria opinião, o seu próprio conceito.
Além dos exercícios propostos pelo material didático usado na sua escola, busque 
exercícios complementares nas avaliações do ENEM e de grandes vestibulares. O desafio 
torna-se maior para você e seus alunos. No início da aula seguinte, resolva alguns exercícios 
da lista complementar que você passou, é uma forma de retomar o conteúdo e aprofundar 
o conceito dado.
Sempre esclareça as dúvidas, mesmo que o aluno pergunte n vezes amesma coisa ou que 
o aluno que pergunta seja aquele que nem prestou atenção na aula. Se você não gosta de 
explicar, não trabalhe em sala de aula.
Seja cordial, não misture problemas pessoais com a sala de aula, é difícil não deixar 
transparecer um mal momento, mas não desconte no aluno, na escola, na aula e nem na 
avaliação suas frustrações.
Eleve a autoestima do aluno, propondo desafios ao seu alcance, utilizando linguagem 
acessível e um ambiente de ensino-aprendizagem em que ele também se sinta colaborador.
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Reconheça progressos, mesmo que pequenos, dos alunos. Escrever um “parabéns”, “ótimo”, 
“excelente”, deixa o aluno feliz.
Promova a interação dos alunos com atividades em dupla, grupo. Deixe-os agruparem-se por 
afinidade, a imposição pode ser um tiro no pé.
Parece que estamos desconstruindo, e estamos, mas também estamos deixando o processo 
ensino-aprendizagem mais rico e eficaz.
A Primeira Vez em Sala a Gente Nunca Esquece
Primeiro dia na sala de aula e aquele friozinho na barriga. Todo mundo passa por isso. Ser 
espontâneo e não tentar se passar por “amiguinho” dos alunos é uma boa opção.
Seja você mesmo, como é no seu cotidiano – descolado ou arrumadinho, sorridente ou mais 
fechado –, com seu próprio estilo. A falsidade é facilmente percebida pelos alunos.
Não use linguajar muito culto ou rebuscado, tampouco gírias e palavras ofensivas. Muitas 
vezes, há alunos muito novos na sala. Não se arrisque.
Demonstre segurança, comece perguntando o nome dos alunos e passando a eles o conteúdo 
programático e o seu método de avaliação.
Em um primeiro encontro, tente mostrar aos alunos a importância da Química, sua aplicação 
no cotidiano e as indústrias químicas de sua região. Esteja antenado: fique atento às notícias 
diárias e, em especial, às descobertas e aos problemas relacionados à Química.
“Puxe a sardinha”: tente fazer o aluno perceber que Química não envolve apenas coisas 
tóxicas e que explodem, que a Química também pode ser “legal”.
Deixe claro também que o que conhecemos e tentamos aprender em poucas aulas foi o 
trabalho de uma vida para os grandes químicos da história.
Do mesmo modo, tenha um canal de relacionamento com os 
alunos: uma conta em redes sociais, um e-mail no site da escola, 
um blog ou um site próprio; mas cuidado, não misture vida 
particular com vida profissional, preserve-se. 
Enfim, para lecionar é necessário ter traquejo e, 
fundamentalmente, conhecimento e vontade de ensinar – e de 
aprender, porque, a cada aula, a gente aprende um pouco mais 
sobre como lecionar e como se relacionar com o aluno.
“O educador já não é o que apenas educa, mas o que, 
enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando que, 
ao ser educado, também educa.”
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Unidade: Alfabetização em Química - das Teorias Pedagógicas à Sala de Aula (e fora dela)
Material Complementar
Links
• No link http://educarparacrescer.abril.com.br/pensadores-da-educacao/, você encontrará 
vários artigos sobre diversos pensadores da Educação. Explore bastante, seu conhecimento 
apenas irá se ampliar. 
• No link http://cmap.ihmc.us/download/, você encontrará o programa para fazer mapas 
conceituais de modo mais facilitado, aproveite!
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Referências
AUSUBEL, D. P.; NOVAK, J.D. e HANESIAN, H. (1980). Psicologia educacional. Tradução 
de Eva Nick. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25.ed. 
São Paulo: Paz e Terra, 1996. (Coleção Leitura).
FURTADO, J. O papel da escola e da família em tempos de crise. Disponível em http://
juliofurtado.com.br/papel_familia_tempos_crise.pdf Acessado em: out. 2013.
MARTINS, J. C. Vygotsky e o papel das interações sociais. Disponível em: www.
Crmariocovas.sp.gov.br/pdf/idéias/28_p.111-122¬¬_c.pdf> Acesso em: 16 set. 2013.
MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa crítica. Disponível em: http://www.if.ufrgs.
br/~moreira/apsigcritport.pdf. Acessado em: out. 2013.
NOVAK, J. D. e GOWIN, D. B. Aprender a aprender. Tradução Carla Valadares. Lisboa: 
Plátano Edições Técnicas, 1996.
PERRENOUD, P. Avaliação: da Excelência à Regulação das Aprendizagens. Porto 
Alegre: Artmed Editora, 1999.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
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Unidade: Alfabetização em Química - das Teorias Pedagógicas à Sala de Aula (e fora dela)
Anotações
www.cruzeirodosulvirtual.com.br
Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP 01506-000
São Paulo SP Brasil 
Tel: (55 11) 3385-3000

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