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UCDB – Saúde Geral CORPO HUMANO 1 METABOLISMO DO DIABETES O aproveitamento da glicose pelos tecidos insulino-dependentes se dá pela presença da insulina na circulação sanguínea. Logo, quando há deficiência na produção de insulina ou a mesma é produzida, mas não é capaz de estimular a entrada da glicose nas células, há excesso de glicose na circulação sanguínea (hiperglicemia) e as células permanecem sem, apesar do excesso presente na circulação. Como a absorção celular de aminoácidos é estimulada pela insulina, as células além de ficarem desprovidas de glicose, também ficam desprovidas de aminoácidos, comprometendo assim as suas atividades celulares normais. Portanto, é como se o indivíduo não tivesse se alimentado corretamente, ou seja, o organismo permanece numa situação de carência nutricional. A falta de aproveitamento da glicose sanguínea (nos dois tipos de diabetes) acarreta a degradação das reservas fisiológicas com a ativação de gliconeogênese, lipólise acentuada e alta produção de corpos cetônicos, ocasionando um balanço de nitrogênio negativo. Com isso, um indivíduo diabético tem apetite maior que o de um indivíduo normal nas mesmas condições de gasto de energia, no entanto, apresenta carência celular de glicose. Cabe ressaltar que não haverá estímulo da degradação de proteína muscular na gliconeogênese, apenas o que ocorre é a utilização daquelas proteínas que estariam sendo degradadas normalmente. A hiperglicemia causa aumento da pressão osmótica dentro do vaso sanguíneo que faz com que líquido de outros compartimentos (como o das células) se direcione ao sangue, o que leva à desidratação celular. O rim tem capacidade de reabsorver a glicose do sangue até determinadas concentrações. Quando a concentração de glicose ultrapassa aproximadamente 170 mg/dL, o rim não consegue mais reabsorvê-la e então o organismo passa a perder açúcar pela urina (glicosúria) o que causa aumento na pressão osmótica impedindo a reabsorção tubular de água (nos rins) e com isso levando à desidratação extracelular.
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