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MAT0355 - Álgebra Linear I - A Primeira Prova - 30/04/2014 Gabarito de uma prova "padrão" TODAS AS RESPOSTAS DEVEM SER JUSTIFICADAS Questão 1: (a) (1,5 ponto) Encontre dois vetores do R3 que, juntos com u = (1; 3; 0); constituam uma base do R3: Solução. Basta escolher dois vetores que junto com u sejam li. Escolhemos v = (0; 1; 0) e w = (0; 0; 1) (existem outras escolhas de vetores bem como outras formas de resolver este problema. Portanto, quem não fez como aqui não signi ca que está necessariamente incorreto): Resolvendo a equação xu+ yv+ zw = (0; 0; 0) encontramos como única solução a solução nula x = y = z = 0; o que mostra estes vetores são li. (b) (1,5 ponto) Existe algum vetor do R4 que, junto com os vetores u = (1; 3; 1;�1); v = (0;�1;�1; 1); w = (1; 2; 0; 0); seja uma base do R4? Solução. Existirá um tal vetor se os vetores u; v e w forem li. Resolvendo a equação xu+yv+zw = (0; 0; 0; 0) vemos que ela admite in nitas soluções. Logo estes 3 vetores são ld e, portanto, não podem fazer parte de uma base do R4: (c) (0,5 ponto) Decida se é verdadeira ou falsa a seguinte a rmação: as ternas (x; y; z) de reais que são soluções do sistema linear � 2x+ 3y � z = 4 3x+ 5y � 2z = 6 formam um espaço vetorial com as operações usuais de soma de ternas e multiplicação de uma terna por um escalar. Solução. Falsa. Se fosse um espaço vetorial ele deveria ser um subespaço vetorial e, neste caso, teria de conter o vetor nulo (0; 0; 0), o que claramente não é o caso. Questão 2 (1,5 ponto) Combinando uma ampliação/redução com uma rotação (ou usando dire- tamente propriedades das TL do R2 em R2), obtenha a expressão de uma TL T : R2 ! R2 que leva um quadrado com vértices nos pontos (1; 1); (�1; 1); (�1;�1) e (1;�1) em um quadrado de vértices (1; 0); (0; 1); (�1; 0); (0;�1): Solução. 1 Sabendo que uma TL ca completamente determinada a partir da imagem dos vetores de uma base e tomando para base f(1; 1); (�1; 1)g, tem-se: T deve satisfazer T (1; 1) = (1; 0) e T (�1; 1) = (0; 1): Como (x; y) = x+ y 2 (1; 1) + y � x 2 (�1; 1) obtemos T (x; y) = T ((x+ y) (1; 1) + y (�1; 1)) = x+ y 2 T (1; 1) + y � x 2 T (�1; 1) = x+ y 2 (1; 0) + y � x 2 (0; 1) = � x+ y 2 ; y � x 2 � Já sabemos que T (1; 1) = (1; 0) e T (�1; 1) = (0; 1): Além disso, usando a fórmula acima de T (x; y); vemos que T (�1;�1) = (�1; 0) e T (1;�1) = (0;�1) o que comprova que esta T satisfaz as condições pedidas. Questão 3 (a) (0,5 ponto) Prove que, SEJA QUAL FOR a matriz A 2M2�2; a função T :M2�2 !M2�2 dada por T (X) = AXAt é uma transformação linear, sendo M2�2 o espaço vetorial das matrizes 2� 2 e At denota a matriz transposta de A: Solução. Temos que veri car que (a) T (X + Y ) = T (X) + T (Y ) e que (b) T (aX) = aT (X): Quanto a (a) temos T (X + Y ) = A(X + Y )At = AXAt + AY At = A(X) + A(Y ) e quanto a (b) T (aX) = A(aX)At = a � AXAt � = aT (X): (b) (1,0 ponto) Supondo A = � �1 0 2 3 � e sendo T dada como em (a), prove que T �� x y z w �� = � x �2x� 3y �2x� 3z 9w + 4x+ 6y + 6z � : Solução. T �� x y z w �� = � �1 0 2 3 � � x y z w � � �1 0 2 3 �t = � �1 0 2 3 � � x y z w � � �1 2 0 3 � Efetuando a primeira multiplicação de matrizes e depois a segunda obtemos, nesta ordem: T �� x y z w �� = � �x �y 2x+ 3z 3w + 2y � � �1 2 0 3 � = � x �2x� 3y �2x� 3z 9w + 4x+ 6y + 6z � 2 (c) (0,5 ponto) Calcule N(T ) Solução.� x y z w � 2 N(T ), T �� x y z w �� = � 0 0 0 0 � , x = 0 �2x� 3y = 0 �2x� 3z = 0 9w + 4x+ 6y + 6z = 0 Este sistema só tem como solução a solução nula x = y = z = w = 0; de modo que N(T ) = �� 0 0 0 0 �� (d) (0,5 ponto) Enuncie o Teorema do Núcleo e da Imagem Solução. Dada uma T.L. T : V ! W tem-se dimV = dimN(T ) + dim Im(T ) (e) (0,5 ponto) Use o Teorema do Núcleo e da Imagem para provar que ImT =M2�2: Solução. Como, pelo ítem anterior, dimN(T ) = 0; e como dim(M2�2) = 4 decorre to Teorema do Núcleo e da Imagem que dim Im(T ) = 4: Logo Im(T ) =M2�2: Questão 4: Seja S o subconjunto do espaço P3 das funções polinomiais de grau menor ou igual a 3 cuja derivada segunda é nula. (a) (1,0 ponto) Prove que S é um subespaço de P3 Solução. Como a derivada segunda da função polinomial nula 0 é óbviamente nula decorre que 0 2 S: Se p(x); q(x) 2 S então p00(x) = 0 e q00(x) = 0: Logo, como sabemos do Cálculo que a derivada da soma é a soma das derivadas, temos (p(x) + q(x))00 = (p0(x) + q0(x))0 = p00(x) + q00(x) = 0 + 0 = 0: Se p(x) 2 S então p00(x) = 0: Logo, dado � 2 R; decorre novamente das regras de derivação do Cálculo que (�p(x))00 = (�p0(x))0 = �p00(x) = �0 = 0: Isto prova que S é um subespaço de P3: Uma outra maneira de provar é obtendo uma descrição explícita de S. Dado p(x) = a + bx + cx2+dx3 temos p0(x) = b+2cx+3dx2 e p00(x) = 2c+6dx. Logo p(x) 2 S , p00(x) = 0, 2c+6dx = 0 , c = 0 e d = 0: Obtemos então S = fa+ bx j a; b 2 Rg : Daí prova-se que S é um subespaço testando-se as 3 condições usuais. (b) (0,5 ponto) Prove que p(x) = 1� x e q(x) = 1 + x formam um base B de S Solução. Temos �p(x) + �q(x) = 0 , � (1� x) + � (1 + x) = 0 , � + � + (� � �)x = 0 , � + � = 0 e � � � = 0, � = 0 e � = 0: Logo p(x) e q(x) são linearmente independentes. Dado a + bx temos a + bx = �p(x) + �q(x) = 0 , � + � = a e � � � = b , � = (a+ b) =2 e � = (a� b) =2: Decorre que p(x) e q(x) geram S: Assim p(x) e q(x) formam um base do R2: (c) (0,5 ponto) Determine as coordenadas de q(x) = �2 + 3x na base B: 3 Solução. Decorre do ítem (b), para a = �2 e b = 3 vem � = (�2� 3) =2 = �5=2 e � = (�2 + 3) =2 = 1=2: Logo [q(x)]B = � �5 2 1 2 � 4
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