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6o termo - Caderno Prova 7 - processo penal

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PROCESSO PENAL - PROVA 7
Bruno VENDRAMINI
RESUMO: 
6º Termo
Turma C
Professor: Mário Coimbra
1 INTRODUÇÃO
	
AULAS DOS DIAS 08 E 10 DE SETEMBRO
COMPETÊNCIA FUNCIONAL-
- distribuição feita pela lei entre juízes da mesma instância ou de instâncias diversas para, num mesmo processo, ou em um segmento ou fase do seu desenvolvimento, praticarem determinados atos.
Competência funcional horizontal por fases do processo – Consiste na afetação de jurisdição a mais de um órgão jurisdicional, da mesma instância, para atuar, cada qual, em fases distintas do processo. Ex. fase de conhecimento e fase de execução penal.
Competência funcional horizontal por objeto do juízo – quando no mesmo julgamento os juízes têm funções diversas em face do próprio objeto submetido a julgamento no juízo. Ex. Tribunal do Júri – jurisdição de fato e jurisdição de direito.
Competência vertical – competência dos tribunais.
em razão de recursos – como ocorre nas demais nações civilizadas, há um duplo grau de jurisdição. Há órgãos inferiores e superiores .
Competência vertical originária ratione personae – foro por prerrogativa de função.
Competência vertical originária ratione materiae - determinadas causas somente são decididas na superior instância.
Ex. revisão criminal (art.102,I, j; art.105,I, e; 108, I, b - CR).
Prova – tudo aquilo que possa influir diretamente na formação da convicção racional do juiz, a que este, pois, se refere na fundamentação da sentença. Conjunto de atos praticados pelas partes, por terceiros (tests, peritos,etc.) e até pelo juiz para averiguar a verdade e formar a convicção deste último.
DIREITO À PROVA – direito público, subjetivo, cujos titulares são as partes no processo, em igualdade de condições; seu sujeito passivo é o Estado-juiz.
Reconhecimento do direito à prova – sistema de garantias constitucionais asseguradas pelo devido processo legal, contraditório, ampla defesa e presunção de inocência (art.l 5º, LIV, LV e LVII).
SISTEMA DE PROVAS – critério utilizado pelo juiz para valorar as provas dos autos.
1 – Sistema da íntima convicção – o juiz decide de acordo com sua convicção íntima. O fundamento da sentença é a certeza moral do juiz. O magistrado não está obrigado a fundamentar sua decisão.
Ex. Tribunal do Júri – votação do jurados – cédulas sim ou não. 
2 – Sistema das regras legais ou certeza moral do legislador ou da prova tarifada – todas as provas têm seu valor prefixado pela lei, não dando ao magistrado liberdade para decidir no caso concreto.
3 – Sistema da livre convicção ou da persuasão racional – o juiz tem liberdade de agir de acordo com as provas que se encontram nos autos.
Sistema pátrio – art.155 do CPP – livre convicção. 
Provas cautelares , provas não repetíveis e provas antecipadas – (art.155-CPP) – 
Prova cautelar – dois requisitos – fumus boni iuris e periculum in perdere – O primeiro requisito decorre da pertinência, da relevância da prova para a demonstração do fato. O segundo consiste no risco de perecimento ou desaparecimento do elemento da prova. A prova é obtida sem contraditório real, concomitante que será postergado, diferido. Ex. interceptação.
Prova irrepetível – não pode ser repetida posteriormente, em razão da existência de uma circunstância objetiva absoluta. Ex. morte inesperada de testemunha.
Prova antecipada – colhida antes do momento processual normal. Ex. prova pericial (realizada em sede de i.p.).
Destinatário direto – magistrado, que formará o seu convencimento pelo material que é trazido aos autos.
Destinatário indireto – são as partes, pois convencidas daquilo que ficou demonstrado no processo, aceitarão com mais tranquilidade a decisão.
Natureza jurídica – as normas atinentes às provas são de natureza processual, tendo aplicação imediata.
Objeto da prova – é o que se deve demonstrar. É o que de fundamental deve estar conhecido e demonstrado para viabilizar o julgamento. Abrange o fato criminoso, sua autoria, as circunstâncias objetivas e subjetivas que possam influir na responsabilidade penal e na fixação da pena ou na imposição de medida de segurança.
Ônus da prova – encargo de provar. Como regra, o ônus da prova no Processo Penal é do Ministério Público ou do querelante que deverão provar a autoria, materialidade, nexo causal, dolo ou culpa, qualificadoras, causas de aumento de penas, circunstâncias agravantes e reincidência. 
O ônus será do acusado quando invocar causa de justificação ou excludente de culpabilidade (art.156-CPP).
Álibi – alegação feita pelo réu de que estava em local diverso de onde ocorreu o delito, razão pela qual não poderia tê-lo cometido.
autoincriminação – o réu não está obrigado a fornecer prova contra si.
Verdade formal – aquela produzida no processo, conforme os argumentos e provas trazidas pelas partes.
Verdade real – situada o mais próximo possível da realidade. Não se deve contentar o juiz com as provas produzidas pelas partes no processo penal. Não é ilimitada.
Ônus da prova e o poder instrutório do juiz – Art. 156. É facultado ao juiz ordenar, mesmo antes da iniciada a ação
penal, a produção antecipada de provas (urgentes e relevantes).
Sistema acusatório puro – não há espaço para o magistrado ter a gestão da prova, em especial antes da ação penal.
MEIO DE PROVA – é tudo o que possa ser utilizado para a demonstração da ocorrência dos fatos alegados e perseguidos no processo. São os instrumentos necessários para comprovar a existência ou não da verdade de um fato: depoimentos, perícias, reconhecimentos, etc.. Não há limitação dos meios de provas (princípio da verdade real). 
Nada impede que se utilizam provas como a utilização de meios técnicos ou científicos, como gravações em fita magnética, fotos, filmes, videofonograma etc, desde que obtidas licitamente.
O princípio da liberdade probatória recebe restrições quanto ao estado das pessoas (art. 155, p.u.-CPP). Ver Súmula 74 do STJ.
Ex. o casamento prova-se pela certidão do registro (art. 202-CC) e, assim, a agravante do artigo 61,II, e do CP, só pode ser reconhecida com a juntada de tal documento.A morte do autor da infração penal, prova-se para fins de extinção de punibilidade, através da juntada da certidão do assento do óbito (art. 62-CPP). 
Finalidade da prova – formar a convicção do juiz, se destinando também a produzir o convencimento das partes e à apuração da verdade dos fatos definindo a responsabilidade criminal ou a inocência do réu.
Classificação das provas:
1) valor probante:
 a) prova plena ou completa – demonstram de forma inequívoca a realidade do fato que se pretende demonstrar em Juízo.
B) Prova semiplena – princípio ou começo de prova – não proporciona uma certeza cabal sobre a realidade dos fatos. O réu estava perto do local onde foi achado o cadáver, com a mão suja de sangue, é um início de prova. Mas ninguém viu ele matando a vítima. Pode usar para receber uma denúncia mas não para julgar, por si só, procedente uma ação penal.
2) Quanto ao objeto:
 A) prova direta – quando, por si, demonstra um fato. Testemunha presencial. A viu B matar C (plena e direta). Laudo que demonstra que é cocaína, demonstra materialidade (plena e direta).
B) indireta – alcança o fato principal por meio de um raciocínio lógico-dedutivo. Eu não vi o réu matar a vítima, mas eu ouvi dizer, é frágil, pode juntar esta prova com outras para levar o indivíduo ao conselho de sentença.
3) Quanto à forma ou aparência, a prova pode ser:
A) testemunhal: resultante do depoimento prestado por sujeito estranho ao processo sobre fatos de seu conhecimento pertinentes ao litígio. Terceiros, pessoas estranhas ao fato, não é nem o autor nem a vítima. Não pode haver um vínculo muito forte entre as partes, filho, mãe, pai, porém, se for a única prova possível, usa-se esta.
B) documental: produzida por meio de documentos;
C) material: consistente em qualquer materialidade que sirva de elemento de convicção. Ex. exame de corpo de delito.
Princípios fundamentais:
1) legalidade – a prova e o seu meio de produção nãopodem contrariar a lei, não pode usar uma prova ilícita.
2) comunhão – a prova, ainda que produzida por iniciativa de uma das partes, pertence ao processo e pode ser utilizada por todos os participantes da relação processual. Uma vez inserida no processo não pertence a nenhuma das partes, e pertence sim ao processo.
3) liberdade de produção – garante a realização de todo e qualquer tipo de prova, por quaisquer meios, desde que não proibidos expressamente por lei. Tenho liberdade de produção de prova, desde que não contrarie o direito.
4) Não auto-incriminação – os acusados não estão obrigados a produzir prova contra si mesmos, nem terão obrigação de c8olaborar com a produção da prova que possa eventualmente incriminá-los. Ex. Hipótese de alcoolemia arts.165, 276, 277, § 3° e 306 do CTB.
5) livre apreciação da prova – assegura às partes e sobretudo ao juiz, o direito de analisar criticamente o conjunto probatório, emitindo juízos de credibilidade quanto à aptidão e ao peso que as provas têm no esclarecimento do thema probandum - ART.155-cpp. O juiz pode recusar um laudo motivadamente.
Prova emprestada – produzida num processo e traslada a outro. Em hipótese alguma poderá a prova emprestada gerar efeitos contra quem não tenha participado da prova no processo originário. Os dois processos tem que ter fatos conexos ou são os mesmos réus.
22 de setembro de 2014
Provas ilícitas – aquelas obtidas por meio de um ato violador de normas assecuratórias de direitos materiais (violação direta de direitos da personalidade ou de quaisquer formas de liberdades públicas).(violação - normas constitucionais ou legais-art.157-CPP-nova redação dada pela Lei 11.690/08)
Não pode tortura, não pode alguém que não tem conhecimento técnico fazer uma perícia.
Art.5°, LVI da CF. São inadmissíveis no processo as provas obtidas por meios ilícitos.
Desentranhamento das provas obtidas por meios ilícitos – art.157 do CPP – a prova ilícita tem que ser desentranhada do processo.
Provas ilícitas e princípio da proporcionalidade – razoabilidade – devem ser sopesados os valores atingidos ou ameaçados pela conduta criminosa em face dos valores violados pela produção da prova ilícita.
Usar tortura para um criminoso falar onde estão várias bombas que vão explodir no metrô ou em um avião. O estado não pode usar nenhuma excludente para usar de tortura.
Prova ilícita em benefício do réu – posição majoritária – uso da prova ilícita em benefício da defesa é possível.
Prova ilícita por derivação – art. 157, § 1° - prova legal que provém de uma prova obtida por meio ilícito (frutos da árvore envenenada).
Ada Pellegrini/USP: só pode usar prova ilícita em favor do réu, excepcionalmente, nunca em favor do Estado. STF acabou adotando isso.
Usa-se a prova ilícita para inocentar alguém, mas não pode para condenar alguém. Quando não tem outro meio para provar a inocência.
Prova ilícita não se convalida.
Frutos da árvore envenenada: as provas que nascem daquela prova manchada estão manchadas também, também são consideradas ilícitas.
Colheita ilegal de digitais na delegacia, depois de um assalto colhe as digitais, é uma prova decorrente de prova ilícita.
Derivou de uma prova ilícita é considerada ilícita também.
Réu que aponta onde está o bem furtado mediante tortura. Tem um nexo causal entre a prova ilícita e a prova decorrente da 1ª prova ilícita.
AULA DO DIA 17 DE SETEMBRO DE 2014
Teoria da fonte independente – ausência fática de relação de causalidade entre umas e outras. A prova não está relacionada com os fatos que geraram a produção da prova contaminada.
Foi descoberta em face da prova ilícita.
Teoria da descoberta inevitável – admite-se a prova, ainda que presente eventual relação de causalidade ou de dependência entre as provas. Se a prova, que circunstancialmente decorre da prova ilícita, seria conseguida de qualquer maneira, por atos de investigação válidos, ela será aproveitada eliminando-se a contaminação.
Duas equipes de investigação do fato: uma equipe obteve o local do bem furtado por meio de confissão sob tortura, e outra equipe obteve através de interceptação telefônica permitida pelo juiz: de qualquer maneira chegaria a essa fonte.
29 de setembro de 2014
Teoria do encontro fortuito de provas – quando a prova de determinada infração penal é obtida a partir da busca regularmente autorizada para a investigação de outro crime. 
Investigando um crime de tráfico de drogas, com uma ordem judicial consegue-se uma escuta telefônica. Durante a gravação, o sujeito confessa que cometeu um homicídio.
PROVAS EM ESPÉCIE
Interrogatório – ato pelo qual uma autoridade, delegado de polícia ou juiz de direito, ou ainda os jurados, o promotor de justiça e o advogado de defesa, submetem a pessoa do indiciado ou réu a um conjunto de indagações a respeito do fato delituoso que lhe está sendo atribuído no inquérito ou processo. art.185-196-CPP.
É o momento da autodefesa. 
Comparecimento do réu ao processo para ser interrogado – ônus processual (revelia): doravante, os próximos atos processuais serão feitos sem a sua presença. Pode ser conduzido coercitivamente.
Natureza do interrogatório – meio de prova ou meio de defesa? É um meio de defesa pois ele pode se defender. Em alguns casos é meio de prova, por exemplo, no caso da confissão, o juiz usará aquilo para acusar.
Último ato da audiência de instrução e julgamento – art.400 do CPP.
Competência originária - ouvido pelo relator (não é pelo colegiado) (art.7º, Lei 8.038/90) ou interrogado pelo juiz - carta de ordem.
Novo interrogatório – art.196 do CPP. Faculdade do juiz ou Tribunal e direito do acusado, desde que demonstrada a pertinência e relevância de um novo interrogatório.
O sujeito tinha confessado o crime em razão de um líder de uma facção tenho o ameaçado. Depois, quando ele muda de presídio, quer explicar a situação.
Características:
1) ato público – processo acusatório e devido processo legal – princípio da publicidade. Exceção – art.792, § 1°.
2) personalíssimo – prestado pessoalmente pelo acusado.
3) Oralidade – feito oralmente, salvo a hipótese do réu estiver impossibilitado de falar. Mudo.
Formas especiais de interrogatório – art.192 do CPP.
Direito ao silêncio – art. 5°, LXIII, C.R; art.8°, § 2°, letra g – Pacto San José da Costa Rica.; art. 186 do CPP.
Procedimento:
1) direito do réu entrevistar-se reservadamente com seu defensor (art.185, § 5º-CPP). Antes do interrogatório, o advogado tem o direito de conversar reservadamente com seu cliente.
2) o acusado é qualificado e cientificado da acusação e informado do seu direito de ficar calado. O conteúdo do interrogatório é dividido em duas partes: a primeira focando a pessoa do acusado e a segunda dos fatos – art.186-CPP.
Interrogatório da pessoa jurídica 
Lei 9.605/98 – art. 225, § 3º da CF. A pessoa jurídica pode ser autora de crimes contra o meio ambiente.
Citação – pessoa do representante legal – aplicação analógica do art.12 do CPC.
Interrogatório – será interrogada na pessoa que seu representante indicar, ex. gerente. (analogia-CLT). Vai ser interrogado aquele que melhor tem condições de defender a empresa.
Interrogatório do réu preso – deve ser realizado, como regra, no estabelecimento penal em que se encontra o acusado art.185, § 1º do CPP.
Interrogatório por videoconferência – art.185, § 2°, redação da Lei 11.900/09:
A) prevenir risco à segurança pública – suspeita do réu integrar organização criminosa ou risco de fuga;
B) dificuldade de comparecimento do réu por enfermidade por alguma circunstância pessoal;
C) impedir a influência do réu sobre o ânimo de testemunhas e vítimas
D) gravíssima questão de ordem pública.
Procedimento para uso da videoconferência.
1) decisão fundamentada, com intimação das partes, com pelo menos 10 dias de antecedência (art.185, § 3º-CPP).
Após a oitiva das tests na audiência de instrução e julgamento, o réu será ouvido pelo juiz-art.185, § 4º.
Haverá um defensor no presídio e outro na sala de audiência.Poderá haver conversasreservadas – art.185, § 5º-CPP.
Requisição do réu para interrogatório – art.185, § 7º -CPP - quando não for possível o interrogatório na sala especial do presídio ou por vídeo.
Uso da videoconferência para outros atos – oitiva de vítimas, testemunhas, acareação, reconhecimento de pessoas e coisas-art.185, § 8º-CPP.
Confissão – ato pelo qual o réu admite ser verdadeiro todo o conteúdo da acusação, ou apenas uma parte dela – art.197 – CPP.
Confissão ficta? Não se admite no processo penal – ver art.367-CPP.
Espécies:
1) Confissão simples – o réu confessa apenas um fato e as suas circunstâncias.
2) Confissão complexa – vários os fatos confessados pelo réu.
3) Confissão qualificada – acusado admite o conteúdo da acusação, mas invoca excludentes ou dirimentes.
4) Confissão judicial – aquela declinada no processo.
5) Confissão extrajudicial – fora dos autos, ou antes da fase judicial.
6) Confissão tácita ou implícita – conduta denotativa de ser o acusado o autor do fato.
Características da confissão – art.200 do CPP:
1) divisibilidade – divisível porque o réu poderá admitir apenas parte da acusação e a confissão de um dos acusados em nada prejudica os demais.
2) retratabilidade – a qualquer tempo o réu confesso poderá voltar atrás, desdizendo e negando a confissão de culpa.
Confissão e direito ao silêncio – art.186-CPP – o silêncio do acusado não importará sua confissão.
Silêncio – elemento de convicção – art.198 do CPP (art.186,p.u.-CPP).
OFENDIDO – a vítima – o sujeito passivo da infração penal. Não é equiparada para efeitos legais à testemunhas, já que a vítima tem interesse na condenação do acusado, Não presta compromisso de dizer a verdade. Não presta depoimento e sim declarações.. Assim, a vítima não pratica falso testemunho. O ofendido pode ser conduzido coercitivamente (art.201, § 1°). A oitiva do ofendido não é obrigatória, não constituindo sua falta nulidade.
Comunicação dos atos processuais – art.201, § 2° - a vítima será cientificada do ingresso e da saída do acusado da prisão, bem como da audiência, da sentença e do acórdão.
Habilitação como assistente de acusação – art. 598 do CPP.
Espaço separado para o ofendido – art. 201, § 4° do CPP.
Atendimento multidisciplinar – art.201, § 5° do CPP.
Segredo de justiça – art. 201, § 6° do CPP.O magistrado pode restringir o acesso dos autos somente às partes para preservar a vítima
AULA DO DIA 22 DE SETEMBRO DE 2014
Teoria da fonte independente – ausência fática de relação de causalidade entre umas e outras. A prova não está relacionada com os fatos que geraram a produção da prova contaminada.
Teoria da descoberta inevitável – admite-se a prova, ainda que presente eventual relação de causalidade ou de dependência entre as provas. Se a prova, que circunstancialmente decorre da prova ilícita, seria conseguida de qualquer maneira, por atos de investigação válidos, ela será aproveitada eliminando-se a contaminação.
Teoria do encontro fortuito de provas – quando a prova de determinada infração penal é obtida a partir da busca regularmente autorizada para a investigação de outro crime. 
PROVAS EM ESPÉCIE
Interrogatório – ato pelo qual uma autoridade, delegado de polícia ou juiz de direito, ou ainda os jurados, o promotor de justiça e o advogado de defesa, submetem a pessoa do indiciado ou réu a um conjunto de indagações a respeito do fato delituoso que lhe está sendo atribuído no inquérito ou processo. art.185-196-CPP.
Comparecimento do réu ao processo para ser interrogado – ônus processual (revelia). Pode ser conduzido coercitivamente.
Natureza do interrogatório – meio de prova ou meio de defesa?
Último ato da audiência de instrução e julgamento – art.400 do CPP.
Competência originária_ ouvido pelo relator (art.7º, Lei 8.038/90) ou interrogado pelo juiz-carta de ordem.
Novo interrogatório – art.196 do CPP. Faculdade do juiz ou Tribunal e direito do acusado, desde que demonstrada a pertinência e relevância de um novo interrogatório.
Características:
1) ato público – processo acusatório e devido processo legal – princípio da publicidade. Exceção – art.792, § 1°.
2) personalíssimo – prestado pessoalmente 
pelo acusado.
3) Oralidade – feito oralmente, salvo a hipótese do réu estiver impossibilitado de falar.
Formas especiais de interrogatório – art.192 do CPP.
Direito ao silêncio – art. 5°, LXIII, C.R; art.8°, § 2°, letra g – Pacto San José da Costa Rica.; art. 186 do CPP.
Procedimento:
1) direito do réu entrevistar-se reservadamente com seu defensor (art.185, § 5º-CPP).
2) o acusado é qualificado e cientificado da acusação e informado do seu direito de ficar calado. O conteúdo do interrogatório é dividido em duas partes: a primeira focando a pessoa do acusado e a segunda dos fatos – art.186-CPP.
Interrogatório da pessoa jurídica – 
Lei 9.605/98 – art. 225, § 3º da CF. A pessoa jurídica pode ser autora de crimes contra o meio ambiente.
Citação – pessoa do representante legal – aplicação analógica do art.12 do CPC.
Interrogatório – será interrogada na pessoa que seu representante indicar, ex. gerente. (analogia-CLT).
Interrogatório do réu preso – deve ser realizado, como regra, no estabelecimento penal em que se encontra o acusado art.185, § 1º do CPP.
Interrogatório por videoconferência – art.185, § 2°, redação da Lei 11.900/09:
A) prevenir risco à segurança pública – suspeita do réu integrar organização criminosa ou risco de fuga;
B) dificuldade de comparecimento do réu por enfermidade por alguma circunstância pessoal;
C) impedir a influência do réu sobre o ânimo de testemunhas e vítimas
D) gravíssima questão de ordem pública.
Procedimento para uso da videoconferência.
1) decisão fundamentada, com intimação das partes, com pelo menos 10 dias de antecedência (art.185, § 3º-CPP).
Após a oitiva das tests na audiência de instrução e julgamento, o réu será ouvido pelo juiz-art.185, § 4º.
Haverá um defensor no presídio e outro na sala de audiência.Poderá haver conversas reservadas – art.185, § 5º-CPP.
Requisição do réu para interrogatório – art.185, § 7º -CPP - quando não for possível o interrogatório na sala especial do presídio ou por vídeo.
Uso da videoconferência para outros atos – oitiva de vítimas, testemunhas, acareação, reconhecimento de pessoas e coisas-art.185, § 8º-CPP.
Interrogatório de corréu- A, B, e C são citados e A deixa de comparecer no processo tornando-se revel. No dia do interrogatório “A” o advogado de “A” pode comparecer na audiência efetuando perguntas aos corréus B e C que interessarem à defesa do seu cliente.
A revelia não importa em confissão ficta.
A não participação do advogado implicaria exclusão do réu “A” da relação jurídico-processual. A defesa técnica é indisponível.
DELAÇÃO PREMIADA - quando o indiciado/acusado imputa a autoria do crime a um terceiro, coautor ou partícipe. E não só isso. Também é possível a sua ocorrência quando o sujeito investigado ou processado, de maneira voluntária, fornece às autoridades informações a respeito das práticas delituosas promovidas pelo grupo criminoso, permitindo a localização da vítima ou a recuperação do produto do crime.
Lei nº 8.078/90 introduziu o instituto da delação premiada no Brasil – art. 8º, parágrafo único.
Atualmente o instituto encontra-se previsto em diversos instrumentos legais, dentre os quais: Código Penal (arts. e 159, §4º, e 288, p.u.), Lei do Crime Organizado – nº 9.034/05 (art. 6º), Lei dos Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional – nº 7.492/86 (art. 25, §2º), Lei dos Crimes de Lavagem de Capitais – nº 9.613/88 (art. 1º, §5º), Lei dos Crimes contra a Ordem Tributária e Econômica – nº 8.137/90 (art. 16, p.u.), Lei de Proteção a vítimas e testemunhas – nº 9.807/99 (art. 14), Nova Lei de Drogas – nº 11.343/06 (art. 41), e, mais recentemente, na Lei que trata do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência – nº 12.529/2011 (art. 86).
Objetivo do instituto - objetivo é possibilitar a desarticulação de quadrilhas, bandos e organizações criminosas, facilitando a investigação criminal e evitando a práticade novos crimes por tais grupos. 
Também chamada de confissão delatória, a delação se difere da confissão em razão desta se referir à autoincriminação, enquanto aquela representa a imputação do fato criminoso a terceiros.
Natureza jurídica - se perfaz num acordo entre o Ministério Público e o acusado, com a participação da polícia judiciária, onde este recebe uma vantagem em troca das informações que fornecerá à persecução penal . Quanto mais informação for dada por aquele que delata, maior será o benefício a ele proporcionado.
Benefícios - a substituição, redução ou isenção da pena, ou mesmo o estabelecimento de regime penitenciário menos gravoso, a depender da legislação aplicável ao caso.
A natureza da delação premiada variará conforme a situação do caso concreto - uma causa de diminuição de pena, incidente na terceira etapa do sistema trifásico de aplicação da pena, ou uma causa extinção da punibilidade, pois pode resultar na concessão do perdão judicial, nos termos do art. 13 da Lei 9.807/99.
Delação premiada – como meio de prova no processo penal. A delação não deverá servir como prova absoluta contra aquele que está sendo delatado. O instituto apenas servirá como indicador da materialidade e da autoria do crime, devendo o processo ser instruído com outras provas que corroborem as informações apresentadas pelo delator.
Aplicação geral e irrestrita – Com o advento da Lei nº 9.807/99 a delação premiada pode ser utilizada a todos os tipos penais. A lei não especificou os tipos penais, de forma que pode ser utilizada em qualquer delito.
Confissão – ato pelo qual o réu admite ser verdadeiro todo o conteúdo da acusação, ou apenas uma parte dela – art.197 – CPP.
Confissão ficta? Não se admite no processo penal – ver art.367-CPP.
Espécies:
1) Confissão simples – o réu confessa apenas um fato e as suas circunstâncias.
2) Confissão complexa – vários os fatos confessados pelo réu.
3) Confissão qualificada – acusado admite o conteúdo da acusação, mas invoca excludentes ou dirimentes.
4) Confissão judicial – aquela declinada no processo.
5) Confissão extrajudicial – fora dos autos, ou antes da fase judicial.
6) Confissão tácita ou implícita – conduta denotativa de ser o acusado o autor do fato.
Características da confissão – art.200 do CPP:
1) divisibilidade – divisível porque o réu poderá admitir apenas parte da acusação e a confissão de um dos acusados em nada prejudica os demais.
2) retratabilidade – a qualquer tempo o réu confesso poderá voltar atrás, desdizendo e negando a confissão de culpa.
Confissão e direito ao silêncio – art.186-CPP – o silêncio do acusado não importará sua confissão.
Silêncio – elemento de convicção – art.198 do CPP (art.186,p.u.-CPP).
OFENDIDO – a vítima – o sujeito passivo da infração penal. Não é equiparada para efeitos legais à testemunhas, já que a vítima tem interesse na condenação do acusado, Não presta compromisso de dizer a verdade. Não presta depoimento e sim declarações.. Assim, a vítima não pratica falso testemunho. O ofendido pode ser conduzido coercitivamente (art.201, § 1°). A oitiva do ofendido não é obrigatória, não constituindo sua falta nulidade.
Comunicação dos atos processuais – art.201, § 2° - a vítima será cientificada do ingresso e da saída do acusado da prisão, bem como da audiência, da sentença e do acórdão.
Habilitação como assistente de acusação – art. 598 do CPP.
Espaço separado para o ofendido – art. 201, § 4° do CPP.
Atendimento multidisciplinar – art.201, § 5° do CPP.
Segredo de justiça – art. 201, § 6° do CPP.O magistrado pode restringir o acesso dos autos somente às partes para preservar a vítima
08 de outubro – Arteiro
Prova testemunhal
Prova baseada na oralidade, testemunha é aquele que presenciou o fato.
Conceito: é uma modalidade de prova oral baseada em depoimentos prestados por pessoas que vivenciaram fatos relevantes para o julgamento da causa.
Características: 
Oralidade: contraditório da prova testemunhal é produzido verbalmente
Retrospectividade: a testemunha irá falar do passado, daquilo que vivenciou no passado.
Objetividade (o discurso tem que ser objetivo, a testemunha não é chamada a dar opinião, a testemunha não valora fato, não faz juízo de valor, quem dá opinião é perito com base em dados científicos)
Judicialidade (o juiz fará o controle de legalidade das perguntas feitas pelas partes)
Preclusividade: a testemunha pode ser ouvida em uma única oportunidade. Quando o promotor oferece a denúncia já coloca o rol de testemunhas, defesa 396-A – defesa preliminar, 10 dias após a citação, tem que trazer o rol de testemunhas, senão estará precluso.
Individualidade: é ouvida uma testemunha por vez.
Incomunicabilidade: as testemunhas não podem ficar conversando sobre as versões dos fatos, elas ficam em uma sala de espera em silêncio. Acareação é colocar as testemunhas cara a cara, quando houver divergências entre as testemunhas.
Sujeito da prova: testemunha
Dever de comparecimento em juízo: estar no prédio do fórum na hora da audiência. Quando é violado caracteriza um delito: crime de desobediência. Art. 218 tem a condução coercitiva, a testemunha é levada a força à presença do juiz, pode haver aqui o crime de resistência.
Dever de depor com a verdade: pressupõe que a testemunha não tem interesse na causa, tem condição de dar uma versão neutra. Independe do juramento, deriva da lei
Dispensas – art. 206 – é uma opção que a testemunha tem de não assumir o depoimento, se o réu for filho da testemunha, por exemplo. Pode falar somente como informante, sem se comprometer com a verdade.
Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.
Proibições – art. 207 – não pode ser testemunha: médico, padre, advogado, orientador espiritual. Salvo se a parte interessada autorizar que essa pessoa fale.
Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.
Condução coercitiva – art. 218
Modalidades
Direta/indireta
Direta é aquela que presencia o fato
Indireta tem distanciamento do fato mas tem informações importantes, sabe quem viu, ouviu dizer quem viu.
Própria/imprópria
Própria é aquela que narra o fato ou dá uma informação.
Imprópria/formal/fedataria é aquela que se serve para legitimar documentos, para atribuir força probatória a certos documentos, testemunha fedataria, dá fé a um documento – formal.
Numerária/extranumerária
Numerária: são aquelas que representam um número legal do direito de provar da parte. Representa o rol que a lei permite ser ouvido em juízo. O número depende do procedimento, rito ordinário pode até 8 testemunhas, rito sumário 5 testemunhas, rito sumaríssimo até 3 testemunhas.
Informante/referida
	
Sistema de exame da prova testemunhal – art. 212 CPP
- sistema presidencialista: antes de 2008, as partes (MP e advogado) faziam a pergunta para o juiz e o juiz fazia para a testemunha.
- sistema da inquirição cruzada ou cross examination: as partes fazem a pergunta diretamente para a testemunha.
AULA DO DIA 22 DE OUTUBRO
	OFENDIDO – a vítima – o sujeito passivo da infração penal. Não é equiparada para efeitos legais à testemunhas, já que a vítima tem interesse na condenação do acusado, Não presta compromisso de dizer a verdade. Não presta depoimento e sim declarações. Assim, a vítima não pratica falso testemunho. O ofendido pode ser conduzido coercitivamente (art.201, § 1°). A oitiva do ofendido não é obrigatória, não constituindo sua falta nulidade.
	Comunicação dos atos processuais – art.201, § 2° - a vítima será cientificada do ingresso e da saída do acusado da prisão, bem como da audiência, dasentença e do acórdão.
	Habilitação como assistente de acusação – art. 598 do CPP.
	Espaço separado para o ofendido – art. 201, § 4° do CPP.
	Atendimento multidisciplinar – art.201, § 5° do CPP.
	Segredo de justiça – art. 201, § 6° do CPP.O magistrado pode restringir o acesso dos autos somente às partes para preservar a vítima
	A delação premiada consiste naquela em que, apoiada pelo legislador, concede certos benefícios como à redução de pena, ou pode haver até mesmo um perdão judicial ao acusado que confessa a sua participação delituosa e também delata outros participantes que lhe ajudou na ação delituosa, assim contribuindo para a persecução penal no esclarecimento de um ou mais crimes e das respectivas autorias.
	Características:
	Uma vez o acusado cooperando com a justiça, ele abre a mão do direito ao silêncio e também da ampla defesa expressamente previstos na Constituição Federal.
	Inserção inicial no ordenamento – Lei nº 8/072/90 – art. 8º, p. único – redução de 1/3 a 2/3 da pena.
	Previsão jurídica - Código Penal (arts. e 159, §4º, e 288, p.u.), Lei do Crime Organizado – nº 9.034/05 (art. 6º), Lei dos Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional – nº 7.492/86 (art. 25, §2º), Lei dos Crimes de Lavagem de Capitais – nº 9.613/88 (art. 1º, §5º), Lei dos Crimes contra a Ordem Tributária e Econômica – nº 8.137/90 (art. 16, p.u.), Lei de Proteção a vítimas e testemunhas – nº 9.807/99 (art. 14), Nova Lei de Drogas – nº 11.343/06 (art. 41), e Lei que trata do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência – nº 12.529/2011 (art. 86).
	Diferença da confissão - Também chamada de confissão delatória, a delação se difere da confissão em razão desta se referir à autoincriminação, enquanto aquela representa a imputação do fato criminoso a terceiros.
	Natureza jurídica - Variará conforme a situação do caso concreto, podendo ser, por exemplo, uma causa de diminuição de pena, incidente na terceira etapa do sistema trifásico de aplicação da pena, ou uma causa extinção da punibilidade, pois pode resultar na concessão do perdão judicial, nos termos do art. 13 da Lei 9.807/99.
	Alcance da delação premiada - Antes da edição da Lei 9.807/99, que regula o Sistema de Proteção a vítimas e testemunhas, a delação premiada era aplicável somente aos tipos penais descritos nas leis especiais que previam tal instituto. Porém, com o advento da referida norma, esse benefício foi estendido a todos os tipos penais, posto que neste diploma não foi ressalvada a aplicação do instituto a nenhum crime específico. 
	Corpo de delito – art.158 do CPP.Elementos sensíveis do fato criminoso. Conjunto de vestígios materiais deixados pelo crime.
	Exame de corpo de delito – espécie de prova pericial para a constatação da materialidade do crime investigado.
	Perícia – exame realizado por pessoas que tenham determinados conhecimentos técnicos, científicos ou práticos acerca de fatos, condições pessoais ou mesmo de circunstâncias relevantes para o desate da questão, a fim de comprová-los.
	Peritos – auxiliares da justiça, assessoram o juiz em questões que exigem conhecimentos especializados fora do âmbito jurídico.
	Oficiais – concursados (art.159).
	Particulares – não oficiais – duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior, que são compromissadas de bem e fielmente desempenharem o encargo de peritos (art.159, § 2°).
	Assistente técnico – faculdade do MP, assistente de acusação, ofendido, querelante e acusado – art. 159, § 3°. Poderão apresentar pareceres ou serem inquiridos em audiência-art.159, § 5°,II –CPP.
	Perícia complexa e mais de uma área de conhecimento especializado – o magistrado poderá designar mais de um perito oficial e as partes mais de um assistente técnico (art. 159, § 7°). Por exemplo um médico legista e um engenheiro. Ou uma simples colisão de veículos.
	Iniciativa da perícia – autoridade (policial ou judiciária) de ofício ou a requerimento das partes.
	Perícia requerida – poderá ser indeferida, salvo exame de corpo de delito – art. 184-CPP.
	EXAME DIRETO – aquele em que os peritos examinam os próprios vestígios materiais relativos à prática delituosa investigada. Corpo delito por exemplo.
	EXAME INDIRETO – depoimento de testemunhas sobre a materialidade do delito ou exame feitos com base em fichas clínicas. O perito faz a perícia de acordo com o que consta na ficha clínica da vítima. O perito não está vendo a vítima, ela faz a perícia de acordo com que as testemunhas falaram.
	Exame por testemunhas - (art. 167 do CPP). As testemunhas dizem que estava roxo, como estavam as lesões.
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
	Confissão e prova pericial – artigo 158-CPP – não adianta só a confissão, precisa da prova testemunhal ainda. Doutrina majoritária entende que só a confissão não é suficiente, precisa da prova pericial indireta ou testemunhal.
CAPÍTULO II
DO EXAME DO CORPO DE DELITO, E DAS PERÍCIAS EM GERAL
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
	LAUDO PERICIAL – documento em que os peritos consignam suas conclusões, após minuciosa apreciação dos elementos analisados. Deverão os peritos descreverem minuciosamente o que examinarem e responderem aos quesitos formulados – art.160 do CPP. Feita em sede de polícia judiciária. O perito responderá se a lesão foi leve, grave ou gravíssima. Se a arma era operante ou não, se ela podia atirar.
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.(Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
	PRAZO - 10 dias – prorrogáveis apenas em casos excepcionais, a pedido dos peritos (art. 160, p.u.-CPP).
	A PERÍCIA VINCULA O JUIZ? PRINCÍPIOS VINCULATÓRIO E LIBERATÓRIO.
	- vinculatório – o juiz fica adstrito à perícia.
	- liberatório – inteira liberdade assiste ao juiz de aceitar ou rejeitar o laudo pericial no todo ou em parte. Adotado pelo Brasil (art. 182 do CPP).
	Quesitos - os quesitos poderão ser formulados até o ato da diligência (art. 176).
	Número de peritos oficiais – um só perito – art.159 do CPP. Súmula 361 do STF perdeu eficácia com a Lei n° 11.690/08.
	Perícia por precatória – nomeação no Juízo deprecado – art. 177-CPP.
	Ação privada – poderá ser nomeado pelo Juízo deprecante em havendo acordo entre as partes – art. 177 do CPP.
	Fungibilidade do perito – característica das perícias oficiais – aceitação da perícia quando oriunda de órgãos oficiais.A instituição é a perita.
	NECROPSIA – autópsia ou necroscopia – exame interno feito no cadáver, a fim de constar a causa mortis. Será feita pelo menos seis horas após o óbito. ART. 162 do CPP.
	Se evidentes sinais de morte, a perícia pode ser feita antes do prazo do artigo 162 do CPP. Tal exame é dispensado nos casos de morte violenta, mediante simples exame externo do cadáver se não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.
	EXUMAÇÃO – desenterramento do cadáver. Quando houver necessidade de se proceder a exame cadavérico, externo ou interno, para a constatação da causa mortis. Deverá ser lavrado auto circunstanciado, nos termos do artigo 163 do CPP>
	Tanto na autópsia como na exumação os cadáveres serão fotografados na posição em que forem encontrados, bem como, na medida do possível, as lesões externas e vestígios deixados pelo crime (art. 164), podendo os peritos juntarem ainda esquemas ou desenhos representativos das lesões encontradas no cadáver (art.165).
	Reconhecimento de cadáver – art. 166.
	EXAME COMPLEMENTAR – artigo 168 do CPP – no caso de lesões corporais:
	se o primeiro exame tiver sido incompleto.	 se o exame tiver por finalidade determinar a classificação do delito no art. 129, § 1º, I do Código Penal (incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias). Exame realizado logo que decorra os 30 dias.
	EXAME DO LOCAL DO CRIME – art.6º,I do CPP c.c. o artigo 169 e p.u.CPP).
	PERÍCIA DE LABORATÓRIO – artigo 170 do CPP.
	EXAME GRAFOTÉCNICO – exame caligráfico ou grafológico – exame de reconhecimento de escritos por comparação de letras. Visa identificar o autor de determinado documento (art. 174 do CPP).
	PERÍCIA DOS INSTRUMENTOS DO CRIME – verificação da natureza e sua eficiência – art. 175 do CPP.
	
Aulas dos dias 27 e 29 de outubro
	MEDIDAS ASSECURATÓRIAS - providências de natureza cautelar levadas a efeito no juízo penal que buscam resguardar provável direito da vítima ao ressarcimento do prejuízo causado pela infração penal, além de obstar locupletamento ilícito do infrator. Servem também para pgto de custas e multa. Têm a característica da instrumentalidade, pois se destinam evitar o prejuízo que adviria da demora na conclusão da ação penal (periculum in mora) , garantindo através da guarda judicial das coisas, o ressarcimento do prejuízo causado pelo delito.
	SEQUESTRO – decisão judicial, bem como a consequente retenção por depósito da coisa litigiosa em mãos de terceiro estranho à lide, com o fim de preservar o direito sobre ela.
	SEQUESTRO – art.125 e 132 CPP – retenção judicial do bem imóvel ou móvel, havido com os proventos da infração, com o fim de assegurar as obrigações civis advindas deste.
	Somente podem ser sequestrados os imóveis adquiridos pelo agente com os proventos da infração (lucro auferido pelo produto do crime - móveis ou imóveis).
	OPORTUNIDADE: pode ser decretada ainda na fase do inquérito policial (art.127).
	PRESSUPOSTO- indícios veementes da proveniência ilícita dos bens. – séria probabilidade de que o bem tenha proveniência ilícita – art.126.
	COMPETENCIA – Juízo Penal. (art.127).
	QUEM PODE REQUERER – MP e ofendido (requerimento), autoridade policial (representação). O juiz pode decretar de ofício (art.127).
	EFETIVAÇÃO – lavrado o auto de sequestro, deve-se proceder a inscrição do sequestro no Registro de Imóveis – art. 128-CPP e 239 da Lei 6.015/80.
	Inscrição no CRI – art.128do CPP . Tem por objetivo tornar pública a restrição, assegurando a eficácia do provimento condenatório final, bem como protegendo direito de terceiros.
	EMBARGOS DE TERCEIRO – ART.129 – CPP (terceiro – pessoa diversa daqueles que litigam Quem não tomou parte do feito, pessoalmente ou por via de representação)– apresentada pelo terceiro de boa fé, completamente alheio à prática do crime.
	EMBARGOS DE TERCEIRO ADQUIRENTE DO BEM – art.130,II do CPP – terceiro de boa-fé. Aquele que adquiriu, ao menos a preço justo, bens do acusado, resultantes da infração, ignorando-lhes, de modo invencível, a proveniência ilícita.
	EMBARGOS DO ACUSADO – (art.130,I-CPP). Quando os bens não foram adquiridos com os proventos da infração.
	Os embargos do terceiro estranho serão julgados a qualquer tempo.
	Os embargos do acusado e do terceiro de boa-fé serão julgados após o trânsito em julgado da sentença condenatória – art.130, p.u.-CPP.
	JUÍZO COMPETENTE – Juízo Penal.
	LEVANTAMENTO DO SEQUESTRO – art. 131-CPP – perda da eficácia do sequestro: 1) a ação penal não é intentada no prazo de 60 dias a contar da diligência ; 2) se o terceiro que recebeu os bens prestar caução que assegure a aplicação do disposto no art. 91,II, b, segunda parte, do Código Penal. Aplica-se o art. 827 do CPC; 3) se for julgada extinta a punibilidade ou absolvido o réu, por sentença transitada em julgado. 
	SEQUESTRO DE BENS MÓVEIS – ART. 132 do CPP – indícios veementes da proveniência ilícita dos bens móveis – desde que não caiba a apreensão.Ex. compra de automóvel com o dinheiro roubado.
	disposto no art. 91,II, b, segunda parte, do Código Penal. Aplica-se o art. 827 do CPC; 3) se for julgada extinta a punibilidade ou absolvido o réu, por sentença transitada em julgado. 
	SEQUESTRO DE BENS MÓVEIS – ART. 132 do CPP – indícios veementes da proveniência ilícita dos bens móveis – desde que não caiba a apreensão.Ex. compra de automóvel com o dinheiro roubado.
	HIPOTECA LEGAL – direito real de garantia em virtude do qual um bem imóvel, que continua em poder do devedor, assegura ao credor, precipuamente, o pagamento da dívida.
	O imóvel do agente poderá ser hipotecado para o pagamento dos danos causados pela infração (penal).
	PRESSUPOSTOS – prova inequívoca da materialidade delitiva; indícios suficientes de autoria – art. 134 – CPP.
	FINALIDADE – satisfação do dano ex-delicto e pagamento de eventuais penas pecuniárias e despesas processuais-art.140 do CPP.
	OPORTUNIDADE – pode ser requerida em qualquer fase do processo.Alcança o i.p.
	AUTORIDADE COMPETENTE – juízo criminal
	LEGIMITIDADE – a especialização pode ser requerida pelo ofendido, seu representante legal, ou até mesmo pelos herdeiros (art. 134 do CPP.). Também pelo M.P., quando o ofendido for pobre e o requerer e se houver interesse da Fazenda Pública – art. 142 do CPP.
	PROCEDIMENTO – petição – pressupostos da medida (materialidade e autoria), estimativa dos prejuízos, individualização do imóvel com aferição de valor – juntada de documentos responsabilidade civil e certidões dos títulos dominiais . Caso o indiciado tenha outros imóveis é necessário menciona-los (art. 135, § 1º). O juiz nomeará perito para a análise do imóvel e da estimativa da responsabilidade civil.
	ESPECIALIZAÇÃO – INDICAÇÃO.
	PROCESSO INCIDENTAL – em apartado – art. 138 – perícia para arbitrar valor da responsabilidade e avaliação do imóvel.
	Estabelecido o valor da responsabilidade, o Juiz então determinará se proceda à inscrição da hipoteca do imóvel ou imóveis que forem necessários àquela garantia oficiando-se ao CRI.
	CAUÇÃO – se o réu não pretender que o seu imóvel fique hipotecado, oferecera caução suficiente – art. 135, § 6º 
	MEDIDA PREVENTIVA - - art. 136 - permite-se um arresto prévio, cautelar diante da possibilidade do processo de especialização e inscrição da hipoteca se alongar no tempo. Efetivada a diligência, deverá a parte interessada (vítima e MP) promover a processo de especialização e inscrição da hipoteca legal, dentro do prazo de 15 dias, sob pena de ser revogada a medida.
	LIQUIDAÇÃO DEFINITIVA – havendo eventual sentença penal condenatória, com trânsito em julgado, os autos da hipoteca serão remetidos ao Juízo Cível – art. 143.
	CANCELAMENTO DA HIPOTECA – trânsito em julgado da sentença absolutória ou aquela que julgar extinta a punibilidade – cancela-se a hipoteca – art. 141.
	ARRESTO – MÓVEIS – art.137 – na ausência de bens imóveis em nome do réu ou se os existentes forem insuficientes para cobrir a responsabilidade civil, despesas processuais e penas pecuniárias, as pessoas legitimadas podem requerer o arresto de bens móveis, desde que sejam suscetíveis de penhora.
	Inconstitucionalidade do artigo 142 – inconstitucionalidade progressiva.
	Medidas assecuratórias previstas na Lei 11.343/06 – arts60 a 64.
Aula dos dia 03 de novembro
	Pacto de San Jose da Costa Rica – 22.11.69. Ratificada pelo Brasil – 25.09.92.
	Art.1°,1 – Os Estados-partes se comprometem a respeitar os direitos e liberdades nesta reconhecidos e a garantir seu livre e pleno exercício a toda pessoa que esteja sujeita a sua jurisdição.
	Art.1°,1 – Os Estados-partes se comprometem a respeitar os direitos e liberdades nesta reconhecidos e a garantir seu livre e pleno exercício a toda pessoa que esteja sujeita a sua jurisdição.
	Direitos: vida, integridade pessoal, proibição da escravidão e da servidão, liberdade pessoal, garantias judiciais, princípio da Legalidade e retroatividade, direito à indenização, proteção da honra e da dignidade, liberdade de consciência e de religião, liberdade de pensamento e expressão, direito de retificação ou resposta, direito de reunião, liberdade de associação, proteçãoda família, direito ao nome, direitos das crianças, direito à nacionalidade, direito à propriedade privada, direito de circulação e de residência, direitos políticos, igualdade perante a lei, proteção judicial,etc.
	Meios de Proteção: Órgãos Competentes: Comissão Interamericana de Direitos Humanos e Corte Interamericana de Direitos Humanos.
	Comissão – Sede – Washington-DC. - A CIDH foi criada em 1959, reunindo-se pela primeira vez em 1960. 
	Composta sete membros de alta autoridade moral e de reconhecido saber em matéria de direitos humanos.
	Escolha – eleição pela Assembleia Geral da OEA, a partir de lista de candidatos propostos pelos Estados-membros. Cada Estado pode propor até 3 candidatos nacionais ou de outro Estado-membro.
	Quando a lista for de três candidatos, pelo menos um deles deve ser de Estado diferente.
	Mandato – quatro anos, com direito a uma reeleição.
	Proibição – Não pode fazer parte da Comissão mais de um nacional de um mesmo país.
	Função principal - promover a observância e a defesa dos direitos humanos.
	Comissão - faz instrução e a investigação das violações dos direitos humanos – é um tipo de juízo de admissibilidade que proporciona aos Estados um acordo na fase política de solução de controvérsias
	Art.44 - Qualquer pessoa ou grupo de pessoas, ou entidade não-governamental legalmente reconhecida em um ou mais Estados membros da Organização, pode apresentar à Comissão petições que contenham denúncias ou queixas de violação desta Convenção por um Estado Parte.
	Admissibilidade da petição ou comunicação pela Comissão - requisitos: (art.46)
	a) que hajam sido interpostos e esgotados os recursos da jurisdição interna, de acordo com os princípios de direito internacional geralmente reconhecidos;
	b) que seja apresentada dentro do prazo de seis meses, a partir da data em que o presumido prejudicado em seus direitos tenha sido notificado da decisão definitiva.
	c) que a matéria da petição ou comunicação não esteja pendente de outro processo de solução internacional; e d) que, no caso do artigo 44, a petição contenha o nome, a nacionalidade, a profissão, o domicílio e a assinatura da pessoa ou pessoas ou do representante legal da entidade que submeter a petição.
	As disposições das alíneas a e b não se aplicarão quando:
	a) não existir, na legislação interna do Estado de que se tratar, o devido processo legal para a proteção do direito ou direitos que se alegue tenham sido violados; 
	b) não se houver permitido ao presumido prejudicado em seus direitos o acesso aos recursos da jurisdição interna, ou houver sido ele impedido de esgotá-los;
	 c) houver demora injustificada na decisão sobre os mencionados recursos.
	A Comissão declarará inadmissível toda petição ou comunicação apresentada quando:
	a) não preencher algum dos requisitos estabelecidos no artigo 46;
	b) não expuser fatos que caracterizem violação dos direitos garantidos por esta Convenção;
	c) pela exposição do próprio peticionário ou do Estado, for manifestamente infundada a petição ou comunicação ou for evidente sua total improcedência; ou
	d) for substancialmente reprodução de petição ou comunicação anterior, já examinada pela Comissão ou por outro organismo internacional.
	 princípio da suplementariedade. Caso haja problemas ou injustiça, deve haver ação internacional para corrigir falhas ou vícios. Desse princípio também chamado de complementariedade decorre para alguns, o princípio do esgotamento
	Os dois são fundamentais no controle de convencionalidade, bem como um outro que estabelece a proibição de retrocesso. Um direito declarado e aceito como universal ou inerente ao homem não pode dele ser subtraído do artigo. 4.4: “Não se pode restabelecer pena de morte nos Estados que a hajam abolido”. 
	Processo:
	A Comissão solicitará informações do Governo do Estado-parte com prazo de resposta razoável.
	recebidas as informações, ou transcorrido o prazo fixado sem que sejam elas recebidas, verificará se existem ou subsistem os motivos da petição ou comunicação. No caso de não existirem ou não subsistirem, mandará arquivar o expediente; c) poderá também declarar a inadmissibilidade ou a improcedência da petição ou comunicação, com base na informação ou prova supervenientes;
	DECISÃO SOBRE ADMISSIBILIDADE – art.36 do Regulamento da CIDH.
	Uma vez consideradas as posições das partes, a Comissão pronunciar-se-á sobre a admissibilidade do assunto. Os relatórios de admissibilidade e inadmissibilidade serão públicos e a Comissão os incluirá no seu Relatório Anual à Assembleia Geral da OEA. 
	PROCEDIMENTO SOBRE O MÉRITO – artigo 37 - Com a abertura do caso, a Comissão fixará o prazo de três meses para que os peticionários apresentem suas observações adicionais quanto ao mérito. As partes pertinentes dessas observações serão transmitidas ao Estado em questão, para que este apresente suas observações no prazo de três meses.
	DECISÃO SOBRE O MÉRITO – artigo 43 do Regulamento da CADH.
	A Comissão deliberará quanto ao mérito do caso, para cujos fins preparará um relatório em que examinará as alegações, as provas apresentadas pelas partes e a informação obtida em audiências e mediante investigações in loco. Além disso, a Comissão poderá levar em conta outra informação de conhecimento público.
	 Relatório quanto ao mérito – art.44,2-Reg. Estabelecida a existência de uma ou mais violações, a Comissão preparará um relatório preliminar com as proposições e recomendações que considerar pertinentes e o transmitirá ao Estado de que se trate. Neste caso, fixará um prazo para que tal Estado informe a respeito das medidas adotadas em cumprimento a essas recomendações. O Estado não estará facultado a publicar o relatório até que a Comissão haja adotada um decisão a respeito
	ENVIO DO CASO À CORTE - Se o Estado de que se trate houver aceito a jurisdição da Corte Interamericana em conformidade com o artigo 62 da Convenção Americana, e se a Comissão considerar que este não deu cumprimento às recomendações contidas no relatório aprovado de acordo com o artigo 50 do citado instrumento, a Comissão submeterá o caso à Corte, salvo por decisão fundamentada da maioria absoluta dos seus membros.
	Art.73 – Reg. Quando a Comissão decidir enviar um caso à Corte, o Secretário Executivo notificará essa decisão imediatamente ao Estado, ao peticionário e à vítima. A Comissão transmitirá ao peticionário, juntamente com essa comunicação, todos os elementos necessários para a preparação e apresentação da demanda.
	INVESTIGAÇÃO – se for necessário a Comissão procederá a uma investigação sobre o caso, havendo o dever do Estado-membro de colaborar (art.48,d).
	SOLUÇÃO AMISTOSA – entre o Estado-membro e o peticionário. A comissão redigirá um relatório – art.49
	Em situações de gravidade e urgência a Comissão poderá, por iniciativa própria ou a pedido da parte, solicitar que um Estado adote medidas cautelares para prevenir danos irreparáveis às pessoas ou ao objeto do processo relativo a uma petição ou caso pendente (art.25,1.Regulamento da CADH).
	Sede – San Jose da Costa Rica. A Corte compor-se-á de sete juízes, nacionais dos Estados membros da Organização, eleitos a título pessoal dentre juristas da mais alta autoridade moral, de reconhecida competência em matéria de direitos humanos, que reúnam as condições requeridas para o exercício das mais elevadas funções judiciais, de acordo com a lei do Estado do qual sejam nacionais, ou do Estado que os propuser como candidatos. Os juízes da Corte serão eleitos, em votação secreta e pelo voto da maioria absoluta dos Estados Partes na Convenção, na Assembleia Geral da Organização, de uma lista de candidatos propostos pelos mesmos Estados.
	Os juízes da Corte serão eleitos por um período de seis anos e só poderão ser reeleitos uma vez.
	Legitimação para agir: Somente os Estados Partes e a Comissão têm direito de submeter caso à decisão da Corte. 
	A Corte tem competência para conhecer de qualquer caso relativo à interpretação e aplicaçãodas disposições da Convenção que lhe seja submetido, desde que os Estados Partes no caso tenham reconhecido ou reconheçam a referida competência, seja por declaração especial, seja por convenção especial.
	Idiomas oficiais – inglês, francês, espanhol, português.
	Somente os Estados Partes e a Comissão têm direito de submeter caso à decisão da Corte.
	A Comissão submete o caso à Corte através de relatório.
	Admitido o caso, o Estado demandado será notificado a se manifestar no prazo de dois meses.
	Admitido o caso, as supostas vitimas ou seus representantes passarão a se manifestar nos autos até o final do processo, atuando no polo ativo da ação.
	A Corte poderá realizar provas de ofício (art.58 do Regulamento).
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