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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA PARASITOLOGIA

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FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA 
 
 
 
 
 
CRISTIAN PEREIRA DOS SANTOS 
 
 
 
 
ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA DA DISCIPLINA 
PARASITOLOGIA 
 
 
 
 
 
Vitória da Conquista-BA 
2019 
Disciplina: Parasitologia 
Professor: Karla Raiza Cardoso Ribeiro 
Tutor: Rodrigo Castro 
Período: 01/04/19 a 27/05/19 
 
Negligenciada, doença de Chagas mata um por semana no Ceará. - O 
inseto barbeiro segue fazendo vítimas em todo o mundo. Sem saber quando 
ocorreu contaminação, milhares de novos diagnósticos são feitos todos os 
anos no país. 
 
“"Pai vai morrer?” A dúvida de Henrique, de oito anos, vem da surpresa no dia em que um mal 
rompeu o silêncio. O Ceará tem mais de 20 mil pessoas diagnosticadas com a doença de Chagas 
e outras 260 mil que não sabem tê-la. A maioria morrerá sem saber. O tempo anda devagar 
enquanto a doença de barbeiro corre, sempre associada à pobreza e ao passado. Tão presente, 
nem parece que fará 110 anos de sua descoberta em 2019, pois o tratamento pouco evoluiu. 
Não importa qual seu bem estar social hoje, se uma origem humilde assina o risco. A doença 
causada pelo protozoário parasita Trypanosoma cruzi tem por sobrenome "negligenciada" e assim 
naturalizou-se. No maior sentido que a palavra pode ter. Não é que a "doença do coração crescido" 
voltou. Ela nunca foi. Milhares de pessoas ainda vivem em casas de taipa, que o insteto barbeiro 
escolhe para abrigo. Quem já deixou, ou nunca morou assim, mas vive em região endêmica, corre 
mais risco. 
O Ceará registra uma morte por semana da doença, média maior que dengue. Enquanto quem 
bate à porta é o mal, não a saúde, pacientes soropositivos tentam, e muitos conseguem, uma vida 
normal. Mas uma outra normalidade é perigosa: várias regiões endêmicas no interior do Estado e 
pouca atenção onde o descaso é parasita e regra. ” 
 
FONTE: Adaptado de reportagem do Diário do Nordeste. Disponível em: 
< http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/metro/negligenciada-doenca-de-chagas-
mata-um-por-semana-no-ceara-1.2038492 >. Acesso em 17 de dezembro de 2018. 
 
Proposta da Atividade: 
Com base na reportagem acima, descreva os fatores que favorecem que a 
doença de Chagas seja considerada um problema de saúde pública. Defina 
doenças negligenciadas e ressalte os impactos socioeconômicos que estas 
causam no nosso país. Aborde a problemática do tratamento e controle da doença 
de Chagas. Fale sobre a importância da realização de medidas preventivas para 
esta doença. 
 
As Doenças Tropicais Negligenciadas - DTN’s são aquelas doenças 
causadas por agentes infecciosos ou parasitas e que são consideradas endêmicas 
em populações mais pobres, ou seja, considerados como baixa renda. 
A doença de Chagas está inserida na lista de doenças negligenciadas, 
recebeu esse nome em virtude do Médico Brasileiro chamado Carlos Chagas, que 
diagnosticou, clinicamente, diversos casos da doença, causada pelo protozoário 
Trypanosoma cruzi, que parasita o sangue e os tecidos de pessoas e animais. 
Estima-se que existam hoje de 1,9 e 4,6 milhões de pessoas afetadas pela 
doença, das quais 60% vivem em áreas urbanas, provocando impactos sociais, 
previdenciários e assistenciais (complicações crônicas e perda da vida produtiva). 
As más condições habitacionais e sanitárias são os principais fatores que 
contribuem para a proliferação do inseto transmissor, conhecido popularmente 
como “barbeiro”. 
A dificuldade em diagnosticar a doença, também é outro fator agravante, 
pois na faze aguda (que começa logo nos primeiros três meses após a infecção) a 
maioria dos casos não apresenta sintomas. Na fase crônica podem se manifestar 
complicações cardíacas ou digestivas que surgem depois de muitos anos, 
afetando o coração, causando arritmias e outros transtornos, além de afetar o 
sistema digestivo, causando dilatação do esôfago (que se manifesta com 
dificuldades para deglutir os alimentos) e do cólon (que se manifesta por 
constipação). 
O tratamento específico pode ser realizado com benznidazol, 
(medicamento de primeira escolha) ou nifurtimox (que não está disponível no 
Brasil) e tem uma duração média de 60 dias. Quanto mais cedo for feito o 
tratamento, maiores são as chances de cura da pessoa infectada. Uma pessoa 
infectada que seja diagnostica na fase aguda e receba o tratamento adequado tem 
aproximadamente 100% de chance de cura. 
Para romper com o ciclo de negligência que envolve a doença de Chagas, é 
fundamental educar as pessoas sobre os fatores de risco de infecção, contar com 
protocolos de manejo clínico atualizados, profissionais de saúde treinados e a 
disponibilidade de insumos para a oferta de diagnóstico e tratamento para 
responder a este problema de saúde pública que representa um grande impacto 
socioeconômico no Brasil. 
 
Referências: 
https://www.msf.org.br/o-que-fazemos/atividades-medicas/doenca-de-chagas. Acesso em 19 de 
maio de 2019. 
http://chagas.fiocruz.br/a-importancia/. Acesso em 19 de maio de 2019. 
https://www.youtube.com/watch?v=x7RqdQB7XjA. Acesso em 19 de maio de 2019.

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