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Administração Financeira Avançada - Unidade 4

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Thais Souza Alves
Administração Financeira 
Avançada
Sumário
03
CAPÍTULO 4 – Como a empresa protege seus ativos e investimentos através do mercado de 
derivativos? ...................................................................................................................05
Introdução ....................................................................................................................05
4.1 Proteção de ativos e investimentos .............................................................................05
4.1.1 Protegendo seus ativos e investimentos ..............................................................07
4.1.2 Tipos de mercados derivativos ..........................................................................07
4.2 Mercado de opções ..................................................................................................08
4.2.1 Tipos de opções ..............................................................................................10
4.3 Mercado futuro ........................................................................................................12
4.3.1 Formação de preços no mercado de futuros .......................................................15
4.4 Mercado de Swap ....................................................................................................16
4.4.1 Tipos de Swaps ...............................................................................................19
Síntese ..........................................................................................................................22
Referências Bibliográficas ................................................................................................23
05
Capítulo 4
Introdução
Olá, estudante!
Bem-vindo ao quarto capítulo da disciplina de Administração Financeira Avançada. Ao ler o título 
desta unidade, você deve estar se perguntando: o que são mesmo os derivativos? Para que eles 
servem? Quais são e como funcionam seus modelos de operação? São muitas perguntas, não é 
mesmo? Mas fique atento, pois vamos esclarecer esse conceito.
O mercado que abrange os derivativos está adquirindo, a cada dia, valor para todos os agentes 
da economia, o que impulsiona para uma necessária vontade de encontrar formas e mecanismos 
de proteger os ativos da tão conhecida oscilação de preços.
Você já deve ter percebido que o termo “derivativo” refere-se a várias coisas diferentes e possui 
vários significados, o que pode provocar um emaranhado na cabeça das pessoas menos acos-
tumadas com o mercado financeiro. Porém, um dos significados mais relevantes diz respeito à 
derivação. Mas antes de falarmos sobre suas várias definições, vamos responder a uma pergunta 
fundamental: o que é derivativo? É um instrumento financeiro onde o preço de mercado “deriva” 
(daí origina-se o nome) do mercado de bens ou de outros instrumentos financeiros. É o caso do 
petrolífero, que é uma modalidade de derivativo onde o preço do produto dependerá dos negó-
cios gerados nesse mercado, sendo, assim, sua referência.
Neste capítulo, você verá de que forma é possível proteger os ativos e investimentos utilizando 
os derivativos, além de identificar a relevância desses instrumentos para a proteção destes e 
como reconhecer o mercado de opções e o mercado futuro, analisando como funcionam suas 
atuações.
E aí? Ficou interessante? 
Então vamos começar os nossos estudos!
4.1 Proteção de ativos e investimentos
Martin Mayer afirma (1997) que não se pode dizer que uma operação com derivativos é um 
investimento. Na realidade, ele representa uma expectativa da direção, dimensão, duração e 
velocidade das mudanças do valor de outro bem que lhe serve de referência.
Se os mercados de derivativos, por algum motivo, deixassem de ser negociados, a economia de 
todo o mundo sofreria sensivelmente, porque o processo mundial de negociações está amparado 
nas coberturas de hedge, que exerce seu papel contra riscos nas altas dos preços e suas taxas 
através dos derivativos. Veja o exemplo de um simples modelo de empréstimo obtido em um 
banco, que já pode ter sido, antes, objeto de uma negociação e operação de derivativos.
Como a empresa protege seus 
ativos e investimentos através do 
mercado de derivativos?
06 Laureate- International Universities
Administração Financeira Avançada
Compreenda que os instrumentos derivativos podem fazer parte de um ciclo de operações que 
sustentam contratos comerciais em todo o mundo.
Neste ponto, vale destacar que o surgimento das operações de mercado ocorreu no Japão nos 
tempos de feudalismo, no século XVII, quando aconteceu o primeiro contrato a termo (que você 
estudará ainda neste capítulo), que se tornou o primeiro registro do comércio com entrega de 
bens no futuro. Os fazendeiros e senhores feudais estavam esmagados entre a economia de 
expansão que ocorria nas cidades e sua fonte primária de recursos, a agricultura, onde os pa-
gamentos a seus arrendatários ocorriam por meio de uma parte concedida na colheita de arroz. 
Essa parte muitas vezes era irregular, pois ficava sempre sujeita a fatores diversos e às vezes sem 
controle, como o clima, por exemplo, que poderia acabar com a plantação a qualquer momento.
Aqui, é importante que você considere o fato de que a economia, na época, praticamente exigia 
que a realeza e toda a nobreza sempre possuíssem recursos disponíveis. Essa instabilidade de 
faturamento fez com que o arroz fosse enviado por meios marítimos, que excedia para os princi-
pais centros de adquirência, como Tóquio e Ozaka, pois nesses locais era possível armazenar a 
mercadoria, que poderiam ser vendidas quando desejado. Dessa forma e com intuito de levantar 
recurso rápido, os fazendeiros passaram a vender recibos de armazenagem de bens guardados 
em estoques tanto urbanos quanto rurais.
Neste momento, você pode estar se perguntando: porque os compradores teriam interesse em 
pagar antecipado e não retirar a mercadoria? Por que eles antecipavam as necessidades de com-
pra, pois eles também eram atingidos pela instabilidade das safras e tinham receio de ficarem 
sem produtos para comercializar.
Figura 1 – Colheita na plantação de arroz no Japão, alvo do mercado de recibos no século XVII.
Fonte: kazoka, Shutterstock, 2016.
Dessa forma, o recibo de produtos tornou-se uma moeda corrente. No entanto, essas reservas, 
algumas vezes, tornaram-se insuficientes devido à demanda solicitada pela nobreza, então os 
comerciantes realizavam empréstimos aos fazendeiros antes mesmo da venda efetiva dos recibos, 
apoiando a produção e garantindo a chegada das mercadorias.
No final desse século, esse modelo de mercado caracterizava-se essencialmente por negociações 
de liquidação futura e, em meados de 1730, o Governo Imperial o reconheceu, estabelecendo de 
forma oficial o mercado que na época era chamado de Cho-Ai-Mai, onde o arroz e demais produ-
tos eram comercializados de forma escritural, ou “no livro”, como ficou também ficou conhecido.
07
4.1.1 Protegendo seus ativos e investimentos
Para iniciarmos os estudos deste item, podemos dizer que a melhor forma de investir é cuidar 
do capital e preservá-lo. Mas vale ressaltar que cuidar dos investimentos e de seus ativos não 
significa que quando se começa a perder é hora de vendê-los. De forma alguma! Isso quer dizer 
que é preciso estar ciente de sua carteira e disposto a suportar possíveis perdas, sejam elas de 
qualquer ordem. 
Sabemos que evitar o risco pode ser praticamente impossível. Contudo, existe uma forma de se 
proteger de perder além dos investimentos, evitando comprometer seus ativos. Para isso, existe 
uma estratégia pautada em dois aspectos: diversificar a carteira e investir em dividendos.
Compreenda que quando falamos de diversificação podemos dizer que não se pode reduzir o 
risco de exibição,mas, sim, que se gere uma série de possibilidades, evitando perda do investi-
mento total. Por isso é necessário saber exatamente onde, como e quando investir. Sendo assim, 
compreende-se que quanto mais diversificada for a carteira, menos risco se corre de perder. 
Incluindo na carteira, até mesmo, títulos de renda fixa, moedas e imóveis, mantendo-a menos 
volátil, reduzindo riscos.
Outro método de proteção pouco conhecido é o investimento em ações que pagam dividendos. 
Historicamente, afirmamos que os dividendos são maiores pelo retorno total da ação, portanto, 
possuir uma carteira com ações que paguem dividendos mantém sua continuidade nos investi-
mentos, sendo que é comprovado que entregam um retorno acima da média, até mesmo quando 
os mercados estão em queda, tornando-se, dessa forma, uma saída para investidores que são 
avessos a riscos.
4.1.2 Tipos de mercados derivativos
Vamos conhecer quais são os tipos de mercados derivativos? São eles: a termo, de opções, futuro 
e de swap (alguns especialistas não considerarem os swaps um modelo de derivativo por ele ser 
muito semelhante ao mercado a termo). A seguir você estudará melhor cada um deles.
• No mercado a termo, tanto o vendedor quanto o comprador se comprometem a vender ou 
comprar determinada quantidade de um bem, sejam mercadorias ou qualquer outro ativo, 
a um preço fixo, da data do negócio, a ser liquidado em data futura. Os contratos desse 
tipo somente são liquidados de forma integral no vencimento, e podem ser negociados na 
bolsa de valores do no mercado de balcão.
• O mercado futuro deve ser entendido como o mercado a termo evoluído. A forma de 
negócio é a mesma: compromisso de compra por preço fixo com liquidação futura. Porém, 
a diferença está no ajuste financeiro que ocorre no mercado futuro, que é de acordo com 
as expectativas futuras do valor do bem por meio de um ajuste diário, onde se medem 
ganhos e perdas. Os bens desse tipo apenas são negociados nas Bolsas.
• No mercado de opções a negociação ocorre com base no direito de vender ou comprar 
um bem, seja qual for ele, por um preço fixo, também em data futura. Aquele que adquirir 
o direito retira o prêmio, como acontece nos contratos de seguros. 
• No mercado de swap, por sua vez, ocorre à troca de rentabilidade entre duas mercadorias 
ou ativos. É um acordo entre as partes que gera troca de fluxo de caixa, utilizando como 
base o resultado da rentabilidade entre os bens. Veja, como exemplo, a análise do swap 
de uma moeda X taxa prefixada: quando do vencimento do contrato, se o valor da moeda 
for inferior à taxa, quem recebe a diferença é a parte que vendeu a moeda e comprou a 
taxa prefixada. Mas se a rentabilidade da moeda for superior, quem recebe a diferença é a 
parte que comprou a moeda e vendeu a taxa. Note que isso faz com que essa operação se 
assemelhe ao mercado a termo, pois sua liquidação ocorre de forma integral no vencimento.
08 Laureate- International Universities
Administração Financeira Avançada
E aí, já conseguiu compreender todos esses mercados? Fique atento, pois eles serão analisados 
detalhadamente nos tópicos a seguir.
VOCÊ QUER VER?
O filme “O Primeiro Milhão” (2000), do diretor Ben Younger, retrata a história do empre-
sário J.T. Martin (Ben Affleck) que recruta jovens ambiciosos para trabalharem duro, sem 
dar importância às questões éticas, ganhando muito dinheiro. Em sua corretora de valo-
res está o jovem Seth Davis (Giovanni Ribisi), estudante de perfil preguiçoso que deseja 
fazer seu primeiro milhão de dólares e provar à família que pode ser alguém. Mas, para 
isso, o mesmo se envolve em negociatas perigosas e passa a chamar atenção do FBI.
Figura 2 - O filme “O primeiro milhão” retrata as operações fraudulentas realizadas nas 
corretoras de valores com fins de vantagem financeira, visando faturar milhões.
Fonte: Maryna Pleshkun, Shutterstock, 2016.
Você certamente já ouviu a expressão “quem está na chuva é pra se molhar”, não é mesmo? 
Contudo, nesse cenário, é preciso compreender que existem negociadores de todo tipo e o 
nosso papel é buscar empresas sérias que possam fazer o dinheiro render, mas se proteger das 
fraudes às vezes parece uma missão impossível. A primeira coisa que o investidor, principalmente 
o iniciante, precisa entender, é que não existem negócios milionários de rápido retorno, o cha-
mado “negócio da China”: se um investimento parece excessivamente bom, algo está errado. O 
importante é estudar profundamente os esquemas possíveis e os tipos de fraudes já ocorridos, 
evitando, dessa forma, prejuízo e até quebra do seu negócio.
4.2 Mercado de opções
Ao iniciar os estudos deste tópico, é importante que você saiba que o conceito de opções nasceu 
da necessidade de controlar riscos provenientes da instabilidade de preço no mercado agrícola.
O primeiro registro da utilização de opções surgiu na Holanda, em 1634, quando a tulipa era um 
produto bastante conhecido e comercializado, sendo símbolo da realeza e aristocracia daquele 
09
país. Na época, era normal que os comerciantes as vendessem com data estimada (a futuro). 
Por conta do risco de oscilação de preços, havia um medo natural de que eles fossem alterados 
na data da entrega dos produtos. Para diminuir esse risco e garantir a margem de lucros, muitos 
interessados compravam opções dos cultivadores, que garantia o direito, mas não a obrigação, 
de adquirir tulipas dos cultivadores por um preço máximo previamente estabelecido num período 
também estabelecido com antecedência.
Tenha em mente que, assim, o preço máximo era fixado até que os produtos chegassem e, caso os 
mesmos estivessem mais caros, os mercadores que possuíam opções poderiam exigir que o preço 
máximo fosse mantido, assegurando a margem de lucro. Contudo, se o preço caísse a opção 
seria descartada e ainda assim o mercador garantiria o lucro. Os contratos de opções garantiam 
que os produtores pudessem trabalhar em períodos de muita variação dos preços dos produtos.
Compreenda que o conceito de opções não possui característica especulativa, pois ele está mais 
para ferramenta de proteção às variações de preço. Veja como exemplo os contratos de seguros, 
onde o segurado (nesse caso comprador de opções) tem o direito de receber o recurso investido, 
caso ocorra um sinistro, e não possui obrigações de contrapartida, sendo que a seguradora (ven-
dedora) tem a obrigações de pagar o investidor, caso o sinistro ocorra. O vendedor da opção, 
nesse caso a seguradora, recebe um pagamento chamado prêmio.
Foi na bolsa de Chicago (Board Options Exchange), em 1973, que as opções passaram a ser 
negociadas nas mesmas modalidades que existem hoje, difundindo-se por toda parte, sendo 
inegável sua eficiência como ferramenta de hedge.
Atualmente, existem opções negociadas numa imensidão de ativos e bens, tais como: contratos 
futuros, ações empresariais, índices de preços, títulos, entre outros. As opções são negociadas 
na Bolsa e no Balcão.
Você já ouviu falar em empresas do esquema de pirâmide? É uma prática financeira 
ilegal onde o investidor precisa realizar um pagamento inicial e deve conseguir outros 
investidores para participar do esquema, sendo que o investidor inicial ganha em cima 
das aplicações provenientes dos novos integrantes. Nessa prática, existem níveis onde 
cada um deles precisa recrutar um número cada vez maior de pessoas para que todos 
consigam recuperar sua parte, o que pode tornar o negócio cada dia mais difícil. O 
objetivo desse tipo de prática é que quem esteja no topo ganhe, sendo que para os 
demais geralmente sobra somente a perda. Em 2013, a maior empresa dessa prática 
no país, a Telexfree, teve suas contas bloqueadas e mais de um milhão de associados 
no país perderam seus investimentos.
VOCÊ SABIA?
Podemos definir como opção o direito de comprar ou vender quantidades de ativos ou bens, por 
um preço estabelecido,e usá-lo em data futura. Por conta da sua complexidade, esse mercado 
possui um vocabulário especifico para representar atributos das opções, que você pode conferir 
a seguir:
• titular: é o comprador da opção, o que compra os direitos de vender ou comprar opções;
• lançador: é o vendedor, aquele que concede os direitos ao titular e assume a obrigação 
de vender ou comprar o ativo ou objeto das opções;
• ativo-bem: é o objeto/mercadoria que é negociado no contrato;
10 Laureate- International Universities
Administração Financeira Avançada
• prêmio: é o valor pago pelo titular ao lançador, para que se obtenha o direito de vender 
ou comprar o ativo da opção;
• data: último dia que o titular pode utilizar o direito de vender ou comprar, também 
nomeado data do vencimento;
• preço: é o preço que o titular utilizará seu direito.
Segundo Ferreira (2009), as opções sobre ações não são apenas para investidores profissionais e 
traders. Com bom senso, bom entendimento do mercado de ações e um pouco de conhecimento 
sobre matemática financeira, é possível operar opções de maneira eficaz.
4.2.1 Tipos de opções
Os tipos de opções poderão ser classificados de duas formas, descritas a seguir. Acompanhe.
• Opção de compra (call): o titular adquiri o direito de comprar o ativo ou bem objeto 
do contrato, mas não a obrigação, determinado por um preço fixo, em uma data futura 
previamente acordada pelas partes. Para conseguir o direito de comprar, paga ao lançador 
um prêmio. 
• Opção de venda (put): o titular compra o direito de vender o objeto do contrato, mas não 
a obrigação, por um preço fixo, em uma data futura. Para ceder o direito de vender ao 
comprador, o lançador recebe um prêmio.
Acompanhe um resumo dos conceitos no Quadro 1.
POSIÇÃO CALL PUT
Titular
Possui o direito, mas não a obrigação 
de comprar
Possui o direito, mas não a obrigação 
de vender
Lançador Possui a obrigação de vender Obrigação de comprar
Quadro 1 – Resumo dos direitos e deveres do titular e do lançador. 
Fonte: Elaborado pela autora, 2016.
Além dos tipos, podemos classificar as opções em dois modelos. Confira a seguir.
• Modelo americano – a opção pode ser exercida em todo e qualquer momento, até data 
de vencimento estabelecido;
• Modelo europeu – a opção só pode ser exercida na data exata do vencimento. 
Este último também pode, ainda, ser dividido da seguinte forma:
• opção sobre o produto disponível: quando a finalidade da opção é um ativo negociado 
no mercado de a vista;
• opção de contrato a termo: quando a finalidade da opção é um contrato a termo;
• opção de contrato futuro: quando a finalidade da opção é um contrato futuro.
11
O livro “Mercado de Opções - A Estratégia Vencedora” (2009), escrito por Luiz Fran-
cisco Rogé Ferreira, apresenta ao investidor a forma como o mercado de opções se 
comporta e como pode ser utilizado na qualidade de protetor dos ativos e investimen-
tos, assim como a multiplicação dos ganhos no mercado de ações. Essa leitura tem 
como foco o mercado de opções sobre as ações na bolsa utilizando os fundamentos 
da teoria das opções.
VOCÊ QUER LER?
Figura 3 – O mercado de opções é a ferramenta de proteção às variações de preço.
Fonte: designer491, Shutterstock, 2016.
Podemos perceber, nos dias atuais, que alguns fatores têm distanciado o valor de mercado com 
o valor contábil nas empresas, assim como a falta de uniformidade dos princípios contábeis e o 
teor alto de intangibilidade no valor das empresas.
Mas como isso acontece? Para facilitar a compreensão, acompanhe esses exemplos.
• O comprador da call possui interesse em ser o titular da opção de compra. Ele entende 
que o preço a vista do bem (PV) deverá elevar-se e que na data a vencer será maior que 
o preço no período (PE), somando-se ao prêmio pago. Se de fato isso ocorrer, ele poderá 
comprá-lo pelo preço atual e vender com valor maior no mercado à vista. Exemplo: o 
preço atingiu R$150,00. Exercendo seu direito de compra, irá adquirir por R$ 125,00, 
mas venderá por R$ 150,00 (150-125=25). Contudo, ele gastou R$15,00 com o prêmio.
Seu lucro será, então, de R$ 10,00. Esse tipo de operação deve ser utilizado quando 
se perceber uma movimentação de alta nos preços, sendo que ela apresenta um risco 
limitado ao prêmio. No entanto, seus lucros podem ser ilimitados, pois quanto maior for 
o PV (preço a vista) maior será o ganho.
• O vendedor da call possui interesse em ser o lançador da opção de compra. Sua expectativa 
é oposta ao do comprador, então ele imagina que o preço a vista do bem (PV) deverá cair 
e que na data a vencer será igual ou menor que o preço no período (PE), somando-se 
ao prêmio pago. Se de fato isso ocorrer, ele ficará com o prêmio pago pelo comprador. 
Esse tipo de operação deve ser utilizado quando se entender uma movimentação de baixa 
nos preços, sendo que ela apresenta um prejuízo ilimitado ao vendedor, pois quanto mais 
subir o preço, maior será a perda.
12 Laureate- International Universities
Administração Financeira Avançada
• O comprador da put possui interesse em ser o titular da opção de venda. Assim, ele 
entende que o preço a vista do bem (PV) deverá cair e que na data a vencer será igual 
ou menor que o preço no período (PE), somando-se ao prêmio pago (PR). Se de fato isso 
ocorrer, ele exercerá seu direito em vender pelo preço atual e poderá recomprar o ativo 
por um preço menor no mercado, obtendo lucro. Exemplo: o preço atingiu R$150,00, 
exercendo seu direito de vender o ativo por R$125,00, mas venderá por R$150,00 (150 
–125 = 25). No entanto, ele gastou R$15,00 com o prêmio, consequentemente seu 
lucro será de R$10,00. Esse tipo de operação deve ser utilizado quando se entender 
uma movimentação de baixa nos preços, sendo que ela apresenta um prejuízo ilimitado 
ao prêmio pago ao titular, pois apresenta um risco limitado ao prêmio. No entanto, seus 
lucros podem ser ilimitados, pois quanto menor for o PV, maior será o ganho.
• O vendedor da call possui interesse em ser o lançador da opção de venda. Sua expectativa 
é oposta ao do comprador, então ele imagina que o preço a vista do bem (PV) deverá 
subir e que na data a vencer será igual ou maior que o preço no período (PE), somando-se 
ao prêmio pago. Se de fato isso ocorrer, ele ficará com o prêmio pago pelo comprador. 
Esse tipo de operação deve ser utilizado quando se entender uma movimentação de alta 
nos preços, sendo que ela apresenta um prejuízo ilimitado ao lançador, pois quanto mais 
cair o preço, maior será a perda.
Segundo Hoji (2007, p. 233), “o risco existe em todas as atividades empresariais, pois se refere a 
um resultado futuro, sendo, portanto, incerto. Geralmente está associado a algum fator negativo 
que possa impedir ou dificultar a realização do que foi planejado”.
4.3 Mercado futuro
Para estudarmos esse tópico, existem dois fatores necessários para o seu entendimento sobre o 
mercado de futuros:
• os contratos futuros somente são negociados na Bolsa.
• o mercado futuro é uma modalidade avançada do mercado a termo.
Exatamente como no contrato a termo, o investidor se compromete a vender ou comprar de-
terminada quantidade de um ativo por um preço determinado para ser liquidada futuramente. 
Contudo, a diferença é que no mercado a termo a quitação ocorre na data exata do vencimento, 
já no mercado futuro os pagamentos são ajustados às ocorrências do mercado através do ajuste 
diário que possa verificar os ganhos e perdas.
Tendo isso em mente, podemos afirmar que esse modelo de negociação propiciou um atributo 
relevante: a competitividade. Alguns critérios como transparência, velocidade de informações e 
mobilidade facilitam o ajuste dos preços de acordo com as leis do mercado, ou seja, de acordo 
com as pressões e procura. 
Outra importante característica é a possibilidade de entrar e sair a qualquer momento, tornando 
osfuturos, dessa forma, também importantes por causa da sua liquidez.
Um aspecto funcional desse mercado são os contratos, que podem ser padronizados e são de-
nominados dessa forma porque possuem estruturas uniformes regulamentadas pela Bolsa, esta-
belecendo todos os critérios do bem negociado, como a data de vencimento, tipo de liquidação, 
cotação e outros. Essa padronização é imprescindível para que possa ser negociada na Bolsa. 
Sabe um bom exemplo desse mercado? O pregão da Bolsa, onde cada integrante negocia seu bem, 
seja ele café, arroz ou outro, com uma cotação ou unidades diferentes, tornando-se impraticável. 
13
Com base nessa padronização, os bens ou produtos negociados tornam-se homogêneos, man-
tendo indiferente quem compra ou vende o produto. Nesse contrato encontram-se, ainda, todas 
as condições a respeito da transferência do ativo a outra parte, sendo que somente dois itens 
podem sofrer alterações: o número do contrato e o preço de negociação. Esse modelo é bem re-
sumido, atendendo as necessidades de todos os participantes, possuindo algumas especificações 
padronizadas quanto a seu modelo, confira:
• cotação – unidade de valor determinada de cada mercadoria. Exemplo: reais por saca;
• unidade – é o tamanho do contrato. Exemplo: o tamanho do contrato de feijão é de 200 
sacas de 50Kg;
• objeto – é a descrição do bem ou ativo do qual a oscilação está em negociação. Exemplo: 
arroz, boi, moeda;
• vencimento – quantidade de meses que o contrato será liquidado;
• liquidação – modalidade que o contrato será liquidado.
Luiz Francisco Rogé Ferreira é profundo conhecedor dos mercados financeiros. Econo-
mista formado pela Universidade de São Paulo (USP), com mestrado em Administração 
de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), Ferreira é um profissio-
nal de investimento certificado (CNPI) pela Associação dos Analistas e Profissionais de 
Investimentos do Mercado de Capitais (APIMEC). Além disso, ele é gestor de investimen-
tos habilitado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e autor de inúmeros livros, 
revistas e artigos técnicos publicados com referência ao Mercado de ações. Ferreira atua 
como professor, especialista em gestão de carteiras, e também Diretor na InvestCerto.
VOCÊ O CONHECE?
Compreenda que existe um mecanismo que serve para equalizar as posições no mercado futuro, 
que se chama ajuste diário e é o resultado da movimentação dos débitos e créditos nas contas 
dos investidores, acontecendo de acordo com a variação no valor das posições. Dessa forma, 
o risco dos investidores é diluído, recebendo os lucros e pagando os prejuízos até a data que o 
contrato vencer.
Com isso, podemos dizer que a grande diferença entre o mercado de futuros e a termo é, de 
fato, o ajuste diário. No mercado a termo existe somente uma data de vencimento, existindo um 
acúmulo da perda até o ultimo dia e um risco maior do que nos mercado futuros com relação ao 
não cumprimento. Vale ressaltar que nessa operação há uma peça fundamental, que é a margem 
de garantia e que assegura o cumprimento das obrigações assumidas pelos participantes. 
Como você já sabe, os preços futuros sofrem influência da demanda e da oferta dos bens, ge-
rando uma expectativa de preço, o que permite que o mesmo seja negociado em data presente 
com vencimento futuro, podendo variar para cima ou para baixo.
Para diminuir o risco de que o contrato futuro não seja cumprido devido a uma possível diferença 
de preços, o mercado futuro desenvolveu um mecanismo para ajustar, diariamente, entre com-
pradores e vendedores, uma diferença entre os preços atuais e futuros, conforme a elevação ou 
queda no preço do bem. Compreenda que essa margem é solicitada pelo órgão de compensa-
ção para cobrir o compromisso assumido no mercado de futuros.
Para facilitar a compreensão, vamos a um exemplo?
14 Laureate- International Universities
Administração Financeira Avançada
Um exportador receberá, em abril, o valor de U$40.000,00 e mantém-se acreditando na baixa 
do dólar. Para evitar ficar exposto à variação cambial até o vencimento, ele resolveu vender mi-
nicontratos futuros na Bolsa. Considere, dessa forma, que no lado do importador, a operação 
ocorrerá de forma contrária (comprando os minicontratos). 
Vejamos os dados preliminares.
• Taxa de câmbio ajustado ao dia da realização da operação: U$3,61/dólar;
• Taxa de câmbio da abertura: U$3,622/U$1.000;
• Número de contratos: 6 contratos (U$40.000 /U$5.000);
• Tamanho do minicontrato: (U$5.000);
• Suposição da taxa de câmbio: U$3,400 dólar
Veja na Tabela 1 os ajustes diários em ambas as condições:
Data 
Vendedor Cotação 
de ajuste
Comprador
Ajuste Saldo Ajuste Saldo
D+0 3,621 
D+1 30,00 30,00 
 
3,605
- 
30,00 
 30,00 
D+2
 
480,00 
510,00 3,593
- 
480,00 
 
510,00 
D+3
 
360,00 
870,00 3,579
- 
360,00 
 
870,00 
D+4
 
420,00 
 
1.290,00 
 
3,591
- 
420,00 
 
1.290,00 
D+5
- 
360,00 
- 930,00 
 
3,629
 
360,00 
- 
930,00 
D+6
- 
1.140,00 
- 210,00 
 
3,624
 
1.140,00 
 
210,00 
D+7
 
150,00 
- 60,00 
 
3,586
- 
150,00 
 
60,00 
D+8
 
1.140,00 
 
1.080,00
 
3,574
- 
1.140,00 
- 
1.080,00 
D+9
 
360,00 
 
1.440,00 
 
3,546
- 
360,00 
- 
1.440,00 
D+10
 
840,00 
 
2.280,00
 
3,528
- 
840,00 
- 
2.280,00 
D+n 60,00 
 
6.660,00 
 
3,400
- 
60,00 
 
6.660,00 
Tabela 1 – Fluxo diário de ajustes.
Fonte: Elaborado pela autora, 2016.
15
Agora, acompanhe algumas observações.
• No vencimento do contrato D+n o resultado da operação líquida foi R$ 6.600;
• Analisando o resultado na expectativa do exportador, teremos:
Resultado no mercado futuro 
(R$3,622/dólar – R$3,400/dólar) x US$5.000,00 x 6 = R$6.660,00
Resultado da exportação
R$3,400/dólar x US$40.000,00 = R$136.000,00
Resultado geral
R$6.660,00 + R$136.000,00 = R$142.660,00
Taxa de câmbio da operação
R$ 142.660,00/US$40.000,00 = R$3,566/dólar
É importante ressaltar que se ocorresse uma alta na taxa de câmbio, o resultado para o expor-
tador provavelmente seria negativo, além de que o resultado da exportação poderia ser maior. 
Contudo, o resultado geral seria mantido igualmente a taxa de câmbio da operação e o inverso 
aconteceria com o importador. 
Note que, para as duas partes, as cotações do dólar mantiveram-se prefixadas, havendo perdas 
de preço.
4.3.1 Formação de preços no mercado de futuros
Os preços sempre foram e serão formados com base no processo de competição entre vende-
dores e compradores nos pregões ou bolsas eletrônicas. Eles apresentam as expectativas do 
mercado com relação ao valor de um bem no futuro e, em razão das mudanças dos mercados, 
variam bastante de um dia para o outro, algumas vezes no mesmo dia.
Para compreender o processo de formação de preço, é necessário explorar a relação entre o 
preço futuro e o preço à vista, podendo ser explicada pela fórmula:
PF = PV × (1 + i)n + CC + E
Onde:
PF = preço futuro
PV = preço a vista
i = taxa de juros diária
n = número de dias até o vencimento
CE = custo com estocagem 
E = elemento de erro
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Vamos a mais um exemplo?
Um bem foi negociado por R$100,00 no mercado à vista. Considere que a taxa de juros esteja 
em 20% a.a, que o custo de armazenagem seja de R$3,00 a.m e o custo de corretagem R$0,25 
por operação. Você sabe qual deverá ser o preço do contrato futuro desse bem, considerando o 
vencimento em 45 dias? Relembrando a fórmula, vamos calcular:
PF = 100 × (1,20)45/252 + [3 × (45/30)] + 2 × 0,25 = R$108,309
Dessa forma, podemos dizer que esse contrato futuro será cotado a R$108,309.Caso a cotação seja diferente, os arbitradores entrarão em ação para reestabelecer o equilíbrio, 
lançando a cotação a um nível que anule os lucros.
Vale destacar que nessa operação existe um risco proveniente das variações não previstas nos 
níveis de preços, podendo ser referentes a fatores econômicos, geográficos e políticos, por exem-
plo. Esse risco é comum a todos os ativos ou bens, existindo a qualquer tempo. 
Dessa maneira, podemos dizer que o valor dos ativos é negociado em razão das expectativas 
dos agentes de mercado e da incerteza do valor futuro dos ativos, gerando uma oscilação, cujo 
resultado poderá ser de perda ou ganho, que é o chamado risco de mercado.
Segundo Assaf Neto (2003, p. 283), “toda vez que a incerteza associada à verificação de de-
terminado evento possa ser quantificada por meio de uma distribuição de probabilidade dos di-
versos resultados previstos, diz-se que a decisão está sendo tomada sob uma situação de risco”.
O risco de base é definido pela diferença da cotação do derivativo negociado na Bolsa e 
o preço local da origem. Essa diferença pode ser justificada por vários elementos, como 
condições sazonais, demanda, frete, localização geográfica e outros. Agora, pense numa 
comercialização de soja de produtor no interior de São Paulo, cuja formação de preço do 
derivativo de soja na Bolsa reflita os preços praticados no porto de Santos. Por conta da 
diferença de cotação entre os dois pontos de formação de preço, essa commodity não se 
manterá constante. Nesse caso, podemos afirmar que existe aí o risco de base.
VOCÊ SABIA?
Com o crescimento das relações comerciais, do avanço tecnológico e da globalização geral em 
todas as áreas, o capital ganhou mobilidade e os derivativos tornaram-se veículos relevantes 
para o crescimento da eficiência em uma economia competitiva.
4.4 Mercado de Swap
Para iniciarmos os estudos do último tópico desta unidade, vamos primeiro entender o que é 
swap? Pois bem, esse termo pode ser definido como um acordo entre duas partes para troca de 
risco de uma posição credora ou devedora, numa data futura, de acordo com critérios estabele-
cidos. As trocas (swaps) muito comuns referem-se a taxas de juro, moedas e commodities.
Nesse ponto, é possível dizer que a economia competitiva é capaz de apresentar riscos inerentes 
a vários setores e atividades, assim como gerar, por meio de departamentos especializados do 
17
mercado, ferramentas e mecanismos mais eficazes e flexíveis para sua gestão. Devido a este, os 
derivativos passaram por enormes alterações. 
A partir de agora, aprenderemos, então, o último formato de derivativos, que são os swaps, e 
apesar de alguns especialistas considerarem uma evolução, seu conceito e estrutura são seme-
lhantes à dos contratos a termo.
Esse tipo de operação é uma das maiores inovações no mercado financeiro nos últimos 20 anos. 
Sua relevância se dá no sentido de que o swap pode ser realizado junto com a emissão de título 
e, assim, viabilizar a troca da natureza da obrigação. Com a entrada dos swaps de moedas, o 
comércio mundial pendurou-se em moedas mais fortes, permitindo, dessa forma, o fluxo de ne-
gócios, como é o caso do dólar americano.
 Vamos ver algumas particularidades dessa operação? Acompanhe.
• Já vimos que a palavra swap significa troca; 
• Esses contratos são negociados no mercado de balcão, não possuem padrão e o modelo 
mais comum são os swaps de taxa de juro, pois como são negociados no balcão, não se 
pode transferir posição para outro investidor, obrigando o agente a carregá-la até o final 
do vencimento;
• Nos swaps, não existe desembolso de recurso no seu percurso, ou seja, não há ajustes 
diários; 
• A liquidação é financeira e realizada pela diferença entre os fluxos de vencimento.
• Veja também algumas nomenclaturas que fazem parte desse mercado:
• contraparte: refere-se aos agentes que negociam o swap;
• variáveis: preço que será apurado no período para valorizar o parâmetro;
• valor de referência: valor inicial ao qual cairá a valorização do parâmetro. Também 
chamado de “principal”;
• parâmetros: são as fórmulas para cálculo dos fluxos;
• prazo: período de duração do contrato. 
Tenha em mente que nesse mercado a operação se estabelece por meio da negociação de troca 
entre dois bens (ativos), a partir da aplicação de rentabilidade de ambos em valor real. Por exem-
plo: preço da prata x BM&F (Bolsa), onde caso o vencimento do contrato da valorização da prata 
seja menor que a variação da bolsa negociada, o proprietário que comprou na Bolsa receberá 
a diferença (chamaremos de empresa A nos exemplos citados abaixo). Mas se a rentabilidade 
da prata for maior que a variação da Bolsa, a diferença ficará para aquele que comprou prata e 
vendeu BM&F (Bolsa). Vamos chamar de empresa B.
Outro exemplo muito comum de swap no mercado nacional é o dólar X a taxa pré: a cotação é a 
diferença entre a taxa de juros subordinada e a variação do câmbio, chamado cupom cambial. 
Dessa forma, o valor dos indexadores reflete sobre o valor de referencia usual entre as partes.
Nesse cenário, vamos analisar as posições:
• posição da empresa A: vendida em dólar + cupom cambial e adquirida em taxa prefixada;
• posição da empresa B: adquirida em dólar + cupom cambial e vendida em taxa prefixada.
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Administração Financeira Avançada
Se, no vencimento de contrato, o dólar valorizar menor que a variação da taxa prefixada nego-
ciada, o recebedor da diferença será a parte que adquiriu a taxa pré-fixada e vendeu o dólar. 
No exemplo dado anteriormente, seria a empresa A.
Figura 4 – O swap é uma das maiores inovações no mercado financeiro nos últimos 20 anos.
Fonte: g0d4ather, Shutterstock, 2016.
O livro “Mercado de Capitais: Fundamentos e Técnicas” (2006), escrito por Juliano 
Lima Pinheiro, tem por objetivo expor os tópicos fundamentais do mercado de capitais 
e as operações que ocorrem por meio dele, normalmente estranhas ao público em ge-
ral. O autor apresenta uma análise aprofundada dos principais conceitos a respeito do 
tema e caracteriza-se por manter o foco na prática sem perder a formalidade da teoria.
VOCÊ QUER LER?
Vamos a mais um exemplo prático?
A empresa TSA possui um bem de R$10.000.000,00 nas seguintes condições:
• prefixação a 17% a.a;
• recebimento em 21 dias úteis.
A empresa deseja transformar seu indexador em dólar somado a 10% e, para isso, contratou um 
swap, permanecendo:
• ativo em dólar +10%;
• passivo em 17%.
Da mesma forma, o Banco Andrade negociou o swap com a empresa:
• ativo da taxa prefixada + 17%;
• passivo em dólar + 10% a.a.
19
Pois bem, sabemos que a empresa TSA está exposta a um alto risco da taxa de juros prefixada 
no swap. No vencimento do contrato em cima do valor de referência será aplicada a variação 
do indexador. Vamos calcular?
Considere que a variação cambial é de 2% e que a posição inicial = ativo em taxa pré:
10.000.000,00 × (17/100 + 1)21/252 = R$10.131.696,11
Para o swap - Passivo em taxa pré:
10.000.000,00 × (17/100 + 1)21/252 = R$10.131.696,11
Para o ativo em dólar:
10.000.000,00 × 1,02 × [(10/100 × 30/360) + 1] = R$10.285.000,00
Assim, podemos analisar e compreender que a empresa TSA receberá do Banco Andrade o valor 
líquido de R$153.303,89, pois a variação do câmbio é acrescida mais 10% acima dos 17% 
determinado pela taxa pré, conforme cálculo:
R$10.285.000,00 - R$10.131.696,11 = 153.303,89
Observe que esse resultado confirma o conceito de Swap, onde a tarifação do mesmo foi substi-
tuída (também podendo ser chamado de “troca”) da taxa prefixada pela taxa cotada acima desta.
4.4.1 Tipos de Swaps
Agora que você já sabe o que é um swap e como funciona essa operação, vamos ver as suas 
variedades. Confira a seguir.
• Swap de taxa de juro: é um tipo de contrato em que as parte trocam indexadoresassociados 
aos ativos e passivos.
Exemplo: 
Swap taxa de DI (Depósito Interfinanceiro) × dólar: trocam-se fluxos de caixa indexados 
ao DI por fluxos indexados à variação do câmbio, acrescido a taxa de juro negociada 
entre as contrapartes.
Swap pré × taxa de DI: trocam-se fluxos de caixa indexados a uma taxa estipulada por 
fluxos indexados à taxa de DI.
• Swap de moeda: contrato cujo objeto é trocar o principal pelos juros em uma moeda, 
acrescido dos juros em outra moeda.
Exemplo:
Swap fixed-for-fixed de dólar × libra esterlina: operação onde trocam-se volumes iniciais 
em dólares e em libras. No decorrer do contrato, são realizados pagamentos de juros a 
uma taxa determinada para cada moeda.
20 Laureate- International Universities
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• Swap de índices: contrato em que se trocam fluxos, contudo um deles anexado ao retorno 
de um índice de preços, podendo ser o IGP-M, IPC-Fipe, INLPC ou de um índice de ações.
Exemplo: 
Swap Ibovespa × taxa de DI: trocam-se fluxos de caixa indexados ao retorno do Ibovespa 
acrescido a uma mais de juros acertada entre as contrapartes por fluxos indexados a uma 
variação ao DI, ou o inverso.
• Swap de commodities: contrato através do qual duas empresas trocam fluxos anexados à 
variação de cotações de commodities.
Segundo a legislação brasileira, deve sempre haver uma instituição financeira nas pontas do 
swap, enquanto as não-financeiras utilizam o mercado para gerir os riscos dentro de suas posi-
ções, reduzindo o custos de captação de recursos, assim como especulam sobre a movimentação 
do mercado para proteger-se da oscilação das variáveis.
Ainda nesse mercado, existem dois agentes relevantes: o swap broker, que aponta e localiza 
as duas partes que firmam o compromisso no swap, e o swap dealer, que é o agente que fica 
posicionado em uma das pontas de um swap quando ocorre o interesse de uma empresa pelo 
contrato, até que o mesmo localize outra empresa que queira ser a contraparte.
Figura 5 – As constantes dúvidas e riscos do mercado de capitais, onde 
quanto mais arriscado, maior a chance de melhores resultados.
Fonte: ImageFlow, Shutterstock, 2016.
 Você já deve ter percebido a semelhança da operação de swap com a operação a termo, 
o que dificulta o intercâmbio e apresenta baixa liquidez em contratos menos conhecidos. Outra 
característica que vale ressaltar é que há fluxo de caixa no momento de duração do swap e no 
mercado nacional, bem como que o tipo de swap mais comum é o de taxa de juro.
21
CASO
Recentemente, a Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da Polícia Federal, em Porto Ale-
gre, desmontou um esquema de fraudes que destruiu pequenos investidores num volume aproxi-
mado de R$100.000.000,00, fazendo a festa dos golpistas que operavam na Bolsa de Valores, 
onde pequenos lojistas, comerciantes atraídos por possíveis rentabilidades grandiosas aplicando 
na Bolsa Valores, entregam suas economias a um operador financeiro. Os golpistas aprontam 
aos poucos, em pequenas operações que normalmente o investidor não acompanha e que dimi-
nui sensivelmente o valor do investimento. Quando o investidor vê, todo seu recurso foi embora.
Agora, preste atenção: se você é um pequeno comerciante, sabe a dificuldade do dia a dia do 
comércio e o quanto é difícil manter-se no mercado. Certo dia, um agente lhe procura, cativa-o e 
apresenta uma enormidade de informações desconhecidas para você e que, a olho nu, parecem 
promissoras e prometem riqueza. Seria no mínimo estranho, não é verdade? Basta comparar 
com a sua realidade. Os mercados financeiro e de ações, assim como em todas as suas nuances, 
não permitem erros ou desconhecimento das técnicas de investimento, muito menos confiança 
naqueles que não conhecemos.
Podemos perceber, com base nesse caso, que as corretoras de má intenção (os chamados “lobos 
alfa” no grande ecossistema formado por uma enormidade de empresas que operam fora dos lia-
mes da lei, assim como seus agentes autônomos) vão atrás de pessoas comuns (as chamadas 
“sardinhas”, no jargão financeiro) que, desavisadas, mantêm o sonho de enriquecer rapidamente 
sem esforço, tornando-se assim, presas fáceis nessas situações.
22 Laureate- International Universities
Síntese
Prezado estudante, concluímos a unidade relativa à proteção de ativos e investimentos através 
do mercado de derivativos da disciplina de Administração Financeira Avançada. Agora, você já 
conhece as principais ferramentas para a execução dos derivativos e consegue identificar o fun-
cionamento desse mercado, bem como descrever os tipos de derivativos e estimar uma operação 
nesse cenário.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
• Identificar a importância dos derivativos para a proteção de ativos;
• Conhecer o funcionamento do mercado de opções e analisar como atuar nesse mercado;
• Entender o funcionamento do mercado futuro e analisar as formas de atuação nesse 
mercado;
• Analisar formas de viabilização de uma operação no mercado de derivativos.
Síntese
23
Referências
ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e valor. São Paulo: Atlas, 2003.
FERREIRA, Luiz Francisco Rogé. Mercado de Opções - A Estratégia Vencedora. São Paulo: 
Saraiva, 2009.
FERREIRA, Luiz Francisco Rogé. A Fábula dos Dois Irmãos que Investem em Ações. Jornal 
Valor Econômico, Seção, 09 abr. 2009. 
HOJI, Masakazu. Administração Financeira - uma Abordagem Prática. São Paulo: Atlas, 
2007.
MAYER, Martin. Artigo The next Generation. Publicação Revista The Bankers, 1997.
O PRIMEIRO Milhão. Direção: Bem Younger. Produção: Suzanne Todd, Jennifer Todd. EUA: Me-
tropolitan FilmExport, New Line Cinema, Team Todd. 2000, 120 min.
PINHEIRO, Juliana Lima. Mercado de capitais: fundamentos e técnicas. São Paulo: Atlas, 2006.
Bibliográficas

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