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Mercado de Derivativos Financeiros

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Unidade 1 Página inicial 
BOLSA DE 
VALORES E 
MERCADO DE 
DERIVATIVOS 
Professor (a) : 
Drª Carlândia Brito Santos Fernandes 
Objetivos de aprendizagem 
• Discorrer sobre a história da Bolsa de Valores no Brasil e introduzir o mercado de capitais. 
• Abordar os principais conceitos e as formas de operacionalização do mercado de derivativos. 
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• Discutir o uso dos derivativos como investimento. 
Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Bolsa de Valores no Brasil 
• Mercado de Derivativos: conceitos e operacionalização 
• O Uso de Derivativos como Investimentos e Gestão de Riscos 
Introdução 
Caro(a) aluno(a), 
No mercado financeiro é onde ocorre o encontro entre os agentes econômicos ofertantes de recursos, os 
superavitários, e os demandantes de recursos, os deficitários. Esses encontros, que podemos chamar de 
transações, em geral ocorrem mediante a atuação, direta ou indireta, das instituições financeiras. Um dos 
mercados que compõem o sistema financeiro é o mercado de capitais. Nesse mercado, as transações 
ocorrem via intermediação de uma instituição financeira. Neste encontro, começaremos estudando o 
mercado de capitais e veremos alguns aspectos relacionados à bolsa de valores, como suas funções e 
segmentos. 
A seguir, passaremos ao estudo do nosso tema principal: o mercado de derivativos. Estes são 
instrumentos financeiros que os agentes ou participantes do mercado utilizam como investimento ou 
como proteção para eventuais riscos financeiros. Veremos diversos conceitos ligados ao mercado de 
derivativos bem como a sua operacionalização, a qual pode ser definida como as formas/características 
em que os contratos são negociados e aos mecanismos utilizados para amenizar os riscos envolvidos nas 
operações. 
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Introduziremos o assunto sobre os contratos a termo (que é uma promessa de compra e venda, com preço 
pré-estabelecido, sendo que as partes ficam vinculadas uma a outra até a liquidação); futuro (em que as 
partes intervenientes assumem compromissos de compra e/ou venda para liquidação em uma data 
futura); de opções (os compradores desses contratos compensam os vendedores pagando-lhes um prêmio 
assim que o acordo é estabelecido, para ter a opção de comprar ou vender o bem em uma data futura) e de 
swap (contrato de derivativo entre duas empresas para a troca futura de fluxos de caixa). 
Se um grande participante do mercado de derivativos quebrar, isso tende a desencadear uma reação em 
cadeia, ou seja, diversos outros agentes terão problemas. Assim, para finalizar, abordaremos sobre a 
gestão de riscos e, então, de como se dá a regulação no mercado de derivativos. 
Bons estudos e até a próxima. 
Avançar 
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UNICESUMAR | UNIVERSO EAD 
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Unidade 1 Página inicial 
BOLSA DE VALORES NO BRASIL 
O Mercado de Capitais 
Antes de falarmos sobre a bolsa de valores, precisamos abordar, mesmo que de forma breve, sobre o 
mercado de capitais. No sistema capitalista, há diferentes alternativas para se ganhar dinheiro, ou seja, 
essas alternativas vão além daquela em que se investe diretamente no sistema produtivo. É possível obter 
uma participação em uma empresa, por exemplo, de forma indireta, adquirindo suas ações. Para as 
empresas de capital aberto, essa é uma estratégia para captar recursos para os indivíduos que possuem 
recursos, é uma oportunidade de negócio e para ampliar os recursos. As empresas têm outras opções para 
captar recursos, como os lucros retidos, a emissão de títulos de dívida e os recursos de terceiros 
(DANTAS, 1996). 
Em geral, tanto empresas quanto outros agentes que necessitem de recursos os buscam em instituições 
financeiras, como nos bancos comerciais. Porém, esses recursos estão disponíveis graças aos indivíduos 
que têm superávit de recursos, isto é, aqueles que poupam. Se cada agente poupador tivesse que 
encontrar um tomador para os seus recursos, com as mesmas necessidades de montante e prazo, seria 
muito difícil a efetivação dos negócios. 
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Os agentes econômicos que formam poupança, ou seja, consomem menos do que 
ganham, são chamados de agentes superavitários. Já os que consomem mais que sua 
renda e precisam recorrer à poupança de terceiros são conhecidos como agentes 
deficitários. 
Fonte: Comissão de Valores Mobiliários (2013). 
Devido a essa dificuldade, desenvolveram-se instituições especializadas em intermediar essas operações, 
tendo como função básica pegar emprestado daqueles que poupam, pagando uma remuneração 
representada pelos juros, e emprestar para os demais, ganhando com a diferença da taxa cobrada. Essas 
instituições foram se especializando, passaram a oferecer diferentes serviços e desenvolveram novos 
instrumentos, sistemas e produtos para organizar, controlar e desenvolver esse mercado. Chamamos esse 
sistema, como um todo, de Sistema Financeiro, que segmentou-se em quatro grandes mercados: mercado 
monetário, mercado de crédito, mercado de câmbio e mercado de capitais (CVM, 2013). 
No mercado de crédito, as instituições financeiras captam recursos dos poupadores e 
os emprestam aos tomadores, assumindo os riscos da operação. O Mercado monetário 
é utilizado basicamente para controle da liquidez da economia, no qual o Banco Central 
intervém para condução da Política Monetária. No Mercado de câmbio, são negociadas 
as trocas de moedas estrangeiras por moeda nacional e dele participam todos os 
agentes econômicos que realizam transações com o exterior. 
Fonte: Comissão de Valores Mobiliários (2013). 
O foco desta disciplina é o mercado de capitais, vamos conceituá-lo? No mercado de capitais, os agentes 
superavitários emprestam seus recursos diretamente aos agentes de deficitários, mas as operações 
ocorrem sempre com a intermediação de uma instituição financeira. Essas instituições são remuneradas 
pelo serviço prestado e atuam principalmente estruturando as operações, assessorando na formação de 
preços, oferecendo liquidez, captando clientes, distribuindo os valores mobiliários no mercado, entre 
outros trabalhos (CVM, 2013). 
As negociações do mercado de capitais podem ocorrer no mercado primário ou no secundário. O primeiro 
caso refere-se à fase em que serão criados os títulos ou em que ocorre a primeira negociação entre os 
agentes deficitários, os vendedores, e os superavitários, os compradores. O mercado secundário é 
consequência do mercado primário, pois os títulos que foram emitidos e negociados neste são 
renegociados, ou seja, trocam de mãos (PINHEIRO, 2016; ASSAF NETO, 2011). 
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Bolsa de Valores 
Poucos investidores se interessam em adquirir um ativo, uma ação, por exemplo, em uma oferta pública, 
se não existisse um mercado organizado em que pudessem se desfazer de seus investimentos a qualquer 
tempo. Evidentemente, cada investidor poderia negociar diretamente com outro, mas esse sistema seria 
ineficiente no que diz respeito ao encontro depropostas, à definição de preços, à transparência e 
divulgação das informações, à segurança na liquidação, entre outros (CVM, 2013). 
As bolsas de valores buscam justamente atender essa necessidade e têm como papéis principais garantir 
ambientes propícios e seguros para a realização dos negócios. Isso possibilita o aumento na confiança dos 
investidores no mercado secundário, de forma a promover o mercado primário e, consequentemente, a 
abertura de capital pelas companhias (CVM, 2013). 
Pinheiro (2016) define as bolsas de valores como instituições de caráter econômico que têm como objeto 
a negociação pública mercantil de títulos e valores mobiliários, que estão abertas a todo tipo de indivíduos 
e instituições e que estão sujeitas ao controle e regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários 
(CVM), no caso, do Brasil. 
De acordo com a instrução CVM 461/07, consideram-se mercados de bolsa aqueles 
que funcionam regularmente como sistemas centralizados e multilaterais de 
negociação e que possibilitam o encontro e a interação de ofertas de compra e de 
venda de valores mobiliários. 
Fonte: Comissão de Valores Mobiliários (2013). 
Você sabe quando surgiu a primeira bolsa no Brasil? Vamos ver um pouco dessa história? 
Em 1890, Emílio Rangel Pestana – e outros agentes – criam uma Bolsa Livre para operar valores 
financeiros na cidade de São Paulo. Porém, em 1891, suas atividades são encerradas devido à política de 
encilhamento. Em 1895 foi aberta a Bola de Fundos Públicos de São Paulo, que resultou na Bovespa 
(PINHEIRO, 2016). 
Tradicionalmente as bolsas se organizavam sob a forma de uma associação de corretoras, detentoras de 
títulos patrimoniais, as únicas habilitadas a operar nos seus recintos. Com o desenvolvimento do mercado, 
essa forma de organização evoluiu para um modelo em que as bolsas se constituem sob a forma de 
sociedades por ações, com fins lucrativos. A esse processo de transformação dá se o nome de 
desmutualização (CVM, 2013). 
No Brasil temos a BM&FBOVESPA como principal entidade administradora de mercado de bolsa para as 
negociações de ações. Ela é a única bolsa de valores do país nesse segmento. Administra também outros 
sistemas, de bolsa e de balcão, como o BovespaFix, para negociação de títulos de dívida corporativa, e o 
Sisbex, para negociação de títulos públicos de renda fixa, contratos de câmbio, títulos privados, contratos 
de energia e derivados (CVM, 2013). 
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A BM&FBOVESPA é uma companhia de capital brasileiro formada, em 2008, a partir da integração das 
operações da Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA e da Bolsa de Mercadorias & Futuros – BM&F, 
com ações negociadas no mercado com o código BVMF3. Tem como principais objetivos administrar 
mercados organizados de títulos e valores mobiliários e prestar os serviços de registro, compensação e 
liquidação. Além disso, atua como contraparte central garantidora das operações realizadas em seus 
ambientes (CVM, 2015). 
Como principal instituição brasileira de intermediação para operações do mercado de 
capitais e de derivativos, a BM&FBOVESPA desenvolve, implanta e provê sistemas para 
a negociação de ações, títulos de renda fixa privados, títulos públicos federais, 
derivativos financeiros e agroenergéticos, moedas à vista e commodities. As 
negociações são efetuadas em meio exclusivamente eletrônico (CVM, 2015). 
Os mercados administrados pela BM&FBOVESPA podem ser divididos em segmentos de atuação do 
mercado. Os dois principais segmentos de receita mais significativa para a companhia são: segmento 
Bovespa, no qual as empresas captam recursos para seus investimentos, e o segmento BM&F, no qual elas 
fazem a gestão de seus riscos. É nesse último que as empresas e demais participantes utilizam contratos 
derivativos para se protegerem de possíveis riscos financeiros ou como oportunidades de investimentos 
para seus recursos (CVM, 2015). 
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MERCADO DE DERIVATIVOS: 
CONCEITOS E 
OPERACIONALIZAÇÃO 
Caro(a) aluno(a), você já ouviu falar em derivativos? Veremos agora alguns conceitos ligados a esses 
instrumentos financeiros. 
Fortuna (2002) define o mercado de derivativos como aquele no qual a formação de seus preços deriva 
dos preços do mercado à vista. Nas palavras de Assaf (2011), derivativos são instrumentos financeiros 
que dependem do valor de um outro ativo, que seria o ativo de referência, isto é, os derivativos não têm 
valor próprio, deriva-se do valor de um bem, como commodities , ações, taxas de juros etc. Em vez de os 
próprios ativos serem negociados no mercado, os investidores apostam em seus preços futuros, 
assumindo compromissos estabelecidos em contratos, de pagamentos e entregas físicas futuras. 
O uso de derivativos no mercado financeiro tem como vantagens: maior atração ao capital de risco, pois 
permite uma garantia de preços futuros para os ativos; criar defesas contra oscilações nos preços; 
estimular a liquidez do mercado físico; melhor gerenciamento de risco; realizar negócios de maior porte 
com um volume relativamente pequeno de capital e nível conhecido de risco (ASSAF, 2011). 
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Em todas as modalidades de derivativos, compradores e vendedores assumem compromissos de compra e 
de venda, respectivamente. Os contratos em aberto refletem a posição líquida em determinada data de 
todas as operações ainda não liquidadas pelo investidor. Uma posição em derivativos representa o saldo 
líquido dos contratos negociados pelo mesmo contratante para a mesma data de vencimento (CVM, 
2013). 
O participante abre uma posição quando assume uma posição comprada ou vendida em determinado 
vencimento que anteriormente não possuía. Ao realizar a operação inversa em relação à original, há o 
encerramento da posição, em que o participante transfere seus direitos e suas obrigações a outrem. 
Classifica-se um participante em vendido ( short ) ou comprado ( long ) de acordo com sua posição líquida em 
determinado vencimento (CVM, 2013). 
Os participantes dos mercados de derivativos são o hedger , o especulador e o arbitrador. Vamos entender 
o que cada um desses participantes representa? 
• Hedger : é um agente que participa do mercado com o intuito de desenvolver proteção diante dos riscos 
de variações nos preços dos diferentes ativos e nas taxas de juros, abrindo mão de possíveis ganhos 
futuros para não incorrer em perdas futuras. Assim, hedger é uma operação realizada no mercado de 
derivativos com o objetivo de proteção quanto à possibilidade de oscilação de um preço, taxa ou índice. 
Por meio dessa operação, uma empresa zera um risco inerente a sua atividade econômica principal, por 
exemplo, uma torrefadora de café que compra café futuro para garantir o preço de sua matéria-prima. Ela 
pode comprar contratos futuros de café, caso seu estoque esteja baixo, para garantir o preço de 
reposição. Da mesma forma, pode vender o café no futuro, caso esteja com seus armazéns lotados, 
protegendo-se de eventuais perdas no valor da mercadoria em seu poder. Nesse último caso, a empresa 
estará coberta de uma eventual queda no preço do bem e de uma consequente queda no preço do café 
torrado, pois, se a cotação do produto sobe. Ela terá uma perda com os contratos futuros, mas que será 
compensada pelo aumento do preço do seu produto. Em resumo, o hedger pode ser feito tanto na compra 
quanto na venda de um derivativo (SILVA, 1998; ASSAF, 2011). 
• Especulador: é aquele que, com a possibilidade de ganhos financeiros, adquire o risco do Hedger , ou seja, 
assume o risco das variações de preços. De outra forma, o especulador assume hoje o risco de perdas 
futuras na esperança de auferir ganhos futuros. Sem o especulador,o hedger não teria a quem repassar 
seu risco. O especulador é responsável também pela formação futura dos preços dos bens. Ao assumir 
riscos que não tinha anteriormente, ele buscará o máximo de informações possíveis sobre o ativo que está 
negociando, para definir suas expectativas de preços futuros (SILVA, 1998; ASSAF, 2011). Dado que as 
posições assumidas pelos especuladores são muito arriscadas, e eles não precisam do ativo de referência, 
não permanecem no mercado por muito tempo e dificilmente suas posições chegam até a data de 
liquidação do contrato. Por isso, a operação de especulação mais comum é a day-trade , em que se abre e se 
encerra a posição no mesmo dia (CVM, 2013). 
A especulação não deve ser confundida com manipulação, que é a compra ou venda de 
ativos em mercado com o objetivo de criar falsa aparência de negociação e influenciar a 
ação dos demais investidores. Todas as negociações são monitoradas pela 
BM&FBOVESPA, bem como pela Comissão de Valores Mobiliários, para coibir, 
identificar e punir a manipulação, que é sujeita a sanções administrativas e até penais. 
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Fonte: Comissão de Valores Mobiliários (2013). 
• Arbitrador: é um participante que procura tirar vantagens financeiras, assumindo pouco risco, quando 
percebe que os preços em dois ou mais mercados apresentam-se distorcidos. Caro(a) aluno(a), será que 
esses participantes são importantes para o mercado? Sim, são responsáveis pela manutenção de uma 
relação entre preços futuros e à vista. Em geral, trata-se de grandes bancos que possuem uma fonte de 
financiamento barato, ou grande empresa que trabalham com o produto objeto do derivativo e que 
possuem a facilidade de negociá-lo no mercado a vista (SILVA, 1998; ASSAF, 2011). 
No que se refere à operacionalização dos derivativos, podemos abordar o local das negociações e as 
formas de redução do risco. Os derivativos podem ser negociados nas bolsas de valores, que é uma forma 
de mercado organizado, em que os contratos são padronizados, ou em balcão e, nesse caso, os contratos 
não obedecem a um padrão. 
Os contratos que são negociados diretamente em balcão, em que suas características, como preços, 
quantidades, cotações e locais de entrega são determinadas diretamente entre as partes envolvidas, não 
são intercambiáveis, ou seja, não podem ser repassados a outros participantes. Em geral, o participante 
não conseguirá transferir sua obrigação a outro agente, pois o contrato foi negociado para atender as 
necessidades específicas das partes originalmente envolvidas na operação. Assim, as partes desses tipos 
de contratos mantêm-se amarradas umas às outras até a data de vencimento do contrato (CVM, 2013). 
As operações com derivativos de contratos não padronizados são liquidadas diretamente entre as partes 
contratantes, e os riscos de não cumprimento das obrigações são assumidos por ambas as partes, sem o 
amparo de sistema de garantia que assegure o cumprimento do contrato. As operações com derivativos 
padronizados são liquidadas em câmaras de compensação ligadas às bolsas ou aos sistemas de negociação 
que garantem o cumprimento de todas as obrigações assumidas pelas partes (CVM, 2013). 
Há duas formas básicas de liquidação: a financeira, que ao partir do preço no dia do 
vencimento do contrato registra uma venda para o comprador original e uma compra 
para o vendedor original, e a diferença apurada é liquidada entre as partes, sem que 
haja entrega física do ativo negociado; já na liquidação física o negócio é liquidado 
mediante a entrega física do ativo negociado. 
Fonte: Comissão de Valores Mobiliários (2013). 
Já os contratos padronizados e negociados em bolsa são muito líquidos. Isso porque, sendo uniformes, 
atendem as necessidades de todos os participantes do mercado. Esses tipos de contratos são 
intercambiáveis a qualquer momento. O diferencial mais importante entre o mercado organizado e 
Mercado de balcão não organizado é a existência da câmara de compensação que, ao se interpor entre os 
negociantes, reduz o risco de inadimplência. No Brasil, 78% dos negócios são realizados por meio de 
contratos padronizados, transacionados em bolsa (CVM, 2013; CVM, 2015). 
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No Brasil, existem duas entidades que oferecem serviço de registro de contratos 
derivativos: BM&FBovespa e CETIP. A primeira dispõe de ambiente para negociação 
em pregão (bolsa) e balcão, enquanto a segunda dispõe apenas de mercado de balcão. 
Fonte: Comissão de Valores Mobiliários (2015) 
Sobre as formas de redução dos riscos dos derivativos, podemos citar: 
• A Câmara de Compensação ( clearing house ): com o crescimento e o desenvolvimento do Mercado 
financeiro, os valores que passaram a circular nas bolsas eram muito grandes, e problemas na liquidação 
das posições poderiam comprometer a confiança do sistema. Considerando-se que alguns agentes 
poderiam não cumprir os compromissos assumidos, os corretores decidiram criar uma instituição, a 
câmara de compensação, com o objetivo de garantir as operações realizadas na bolsa. A expressão 
clearing house é muito utilizada para diferenciar uma câmara de liquidação de uma bolsa de valores para a 
de futuros, que assume muito mais riscos de crédito (SILVA, 1998). 
• As margens de garantia: ao abrir uma posição na Bolsa, o agente deve depositar valor estipulado pela 
própria BM&FBOVESPA com o objetivo de cobrir eventuais inadimplências (CVM, 2015). 
• Os ajustes diários dos contratos: é um mecanismo utilizado como proteção de risco dentro do mercado 
de derivativos, para evitar inadimplências, que equaliza todas as posições, com base no preço de 
compensação do dia. Os participantes recebem seus lucros e pagam seus prejuízos de modo que o risco 
assumido pela câmara de compensação das bolsas se dilua diariamente até o vencimento do contrato. No 
Mercado a termo há um único ajuste na data de vencimento, assim toda a perda se acumula para o último 
dia. Dessa forma, o risco de não cumprimento do contrato é muito maior do que nos mercados futuros, em 
que os prejuízos são acertados diariamente (CVM, 2015). 
Segundo CVM (2013), podemos elencar três principais categorias de derivativos: 
• Derivativos agropecuários: têm como ativo objeto commodities agrícolas, café, boi, milho, soja; 
• Derivativos financeiros: têm seu valor de mercado referenciado em alguma taxa ou índice financeiro de 
juro, taxa de inflação, taxa de câmbio, índice de ações; 
• Derivativos de energia e climáticos: têm como objeto de negociação energia elétrica, gás natural, 
créditos de carbono. 
Não há um consenso sobre quando os derivativos surgiram. Alguns autores consideram que foi na China 
antiga, com a negociação de commodities básicas, outros registram seu surgimento na Idade Média, com a 
especialização do comércio, e outros autores que surgiram no início da década de 1970, como o 
aparecimento dos swaps (veremos seu conceito mais adiante), em resposta a uma necessidade de 
proteção contra o risco de oscilação de moedas (SILVA, 1998). 
Os mercados de derivativos são quatro: a termo, futuro, de opções e de swap . Neste estudo, 
conceituaremos rapidamente cada um desses mercados e nas próximas unidades estes serão abordados 
de forma mais ampla. 
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O mercado de futuros 
O objetivo do mercado de futuros é a proteção dos agentes econômicos, sejam produtores primários, 
industriais, comerciantes, instituições financeiras e investidores, contra as variações nos preços de seus 
produtos e de seus investimentos em ativos financeiros. Esse mercado existe para facilitar a distribuição 
do risco entre os agentes econômicos, ao mesmo tempo que interfere diretamente na formação futurados preços dos produtos e ativos negociados (FORTUNA, 2002). O contrato futuro acontece quando se 
realiza a encomenda de algo e não uma compra instantânea. O preço é definido no momento do acordo, 
mas o pagamento é realizado futuramente. Normalmente é solicitado que o comprador deixe uma 
garantia para que a transação seja liquidada na data (SHARPE, 1985). 
No mercado futuro as partes intervenientes assumem compromissos de compra e/ou 
venda para liquidação em uma data futura, sendo que a característica básica é o 
sistema de gerenciamento de posições, que engloba o ajuste diário do valor dos 
contratos, o qual se constitui em ganho ou prejuízo diário para as respectivas posições 
e as margens de garantia. 
Fonte: Fortuna (2002). 
Sabemos que para amenizar o risco de não cumprimento do contrato futuro, devido a uma eventual 
diferença entre o preço futuro em que o ativo foi negociado e o preço à vista na data de vencimento do 
contrato, os mercados futuros desenvolveram o mecanismo do ajuste diário, em que vendedores e 
compradores acertam a diferença entre o preço futuro anterior e o atual, considerando as elevações ou 
quedas no preço futuro da mercadoria. Para a cobertura do compromisso assumido pelos participantes no 
mercado futuro, a câmara de compensação exige uma margem de garantia (CVM, 2015). 
Mercado de opção 
Sharpe (1985) lembra que as pessoas ocasionalmente cometem o erro de considerar um contrato futuro 
como sendo um contrato de opção, mas não é. Caro(a) aluno(a), é importante que essa diferença fique 
bem clara. No contrato futuro, ambas as partes envolvidas na transação são obrigadas a completar a 
transação. Os compradores dos contratos de opção compensam os vendedores pagando-lhes um prêmio 
assim que o acordo é estabelecido. O prêmio gera a situação em que, na liquidação do contrato, o 
comprador não perde e o vendedor não ganha. Nos contratos de futuros, o comprador e o vendedor estão 
sujeitos a perdas ou ganhos na transação. Isso dependerá do preço do bem no momento da liquidação 
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(SHARPE, 1985). 
Esse prêmio não é o preço do bem, mas apenas um valor pago para ter a opção de comprar ou vender o 
referido bem em uma data futura por um preço previamente acordado. O objeto de negociação pode ser 
um ativo financeiro ou uma mercadoria. O comprador da opção, também chamado de titular, sempre terá 
o direito do exercício, mas não a obrigação de exercê-lo. O vendedor da opção, também chamado 
lançador, terá a obrigação do exercício caso o titular opte por exercer seu direito (CVM,2013). 
Mercado a termo 
Segundo Silva (1998) o contrato a termo é uma promessa de compra e venda, com preço pré-estabelecido, 
em que a responsabilidade do o comprador é pagar o valor previamente ajustado e contratado ao 
vendedor na data de entrega do bem, e a do vendedor de entregar o bem no local, na quantidade e na 
qualidade acordados. O autor elenca algumas vantagens desse tipo de contrato, ao sistema de 
comercialização de bens e bolsa, como: o vendedor assegura mercado e preço para a sua produção; o 
comprador garante fornecimento e preço para o produto; a facilidade de comercialização dos bens; a 
menor oscilação nos preços, pois não haveria concentração da comercialização nos períodos de safra; e a 
possibilidade dos produtores programarem melhor suas atividades, pois baseando-se nos preços futuros 
podem escolher os produtos que lhes garantam melhores lucros (SILVA, 1998). 
Caro(a) aluno(a), como você se comportaria como comprador ou vendedor de um 
contrato a termo? 
Nesse tipo de contrato, você tem que se comprometer a comprar ou vender certa quantidade de uma 
mercadoria ou de um ativo financeiro por um preço que é estabelecido na data de realização da transação, 
mas que será liquidado em uma data futura. Esses contratos podem ser negociados em bolsa e no 
mercado de balcão, porém somente são liquidados integralmente no vencimento (CVM, 2013). 
O mercado a termo é semelhante ao futuro, porém, não há ajuste diário nem 
intercambialidade de posições, ficando as partes vinculadas uma a outra até a 
liquidação do contrato. 
Fonte: Fortuna (2002). 
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Swaps 
Podemos definir os swaps como um contrato de derivativo entre duas empresas para a troca futura de 
fluxos de caixa, respeitada uma fórmula pré-estabelecida, e podem ser considerados carteiras de 
contratos a termo. Com isso, podemos dizer que a análise de swaps é uma extensão natural do estudo de 
contratos futuros e a termo. Esses instrumentos surgiram na Europa, na década de 1970, quando as 
empresas e bancos necessitavam trocar seus fluxos financeiros remunerados a uma taxa prefixada por 
uma pós-fixada. Disso vem o nome swaps , que no inglês britânico possui o sentido de troca. Os primeiros 
contratos desse tipo foram negociados em 1981 e, desde então, seu mercado tem crescido com muita 
rapidez (HULL, 1995; SILVA, 1998). 
Segundo Hull (1995) o tipo mais comum de swap é conhecido por plain vanilla , em que a parte B concorda 
em pagar à parte A fluxos de caixa indexados a juros prefixados sobre um principal teórico por um 
determinado período. Da mesma forma, A concorda em pagar a B uma taxa flutuante sobre o mesmo valor 
teórico e para o mesmo período de tempo. 
Os swaps são contratos negociados no mercado de balcão, não são padronizados, e os tipos mais comuns 
são os swaps de taxa de juro. Por serem negociados em balcão, não existe a possibilidade de transferir 
posição a outro participante, o que obriga o agente a carregá-la até o vencimento. Nos swaps , como nos 
demais contratos a termo, não há desembolso de recursos durante sua vigência (ajustes diários). A 
liquidação é essencialmente financeira e feita pela diferença entre os fluxos no vencimento (CVM, 2015). 
De acordo com a CVM (2015), são exemplos de swaps negociados pelo mercado financeiro: a) Swap de 
taxa de juro, em que as contrapartes trocam indexadores associados aos seus ativos ou passivos e que 
uma das variáveis é a taxa de juro; Swap taxa de DI × dólar, trocam-se fluxos de caixa indexados ao DI por 
fluxos indexados à variação cambial mais uma taxa de juro negociada entre as partes; Swap de moeda, 
caso em que se troca o principal e os juros em uma moeda pelo principal mais os juros em outra moeda. 
Assim, no Swap fixed-for- fixed de dólar × libra esterlina trocam-se os montantes iniciais em dólares e em 
libras e, durante o contrato, são feitos pagamentos de juros a uma taxa prefixada para cada moeda. 
Os participantes dos mercados de Swaps são (CVM, 2015): 
• as instituições financeiras, que devem estar sempre em uma das pontas do swap ; 
• as instituições não financeiras ou outras financeiras, que utilizam esse instrumento para gerenciar os 
riscos embutidos em suas posições, reduzir o custo de captação de fundos, especular sobre os 
movimentos do mercado ou proteger-se da oscilação das variáveis sobre outro contrato de swap ; 
• o swap broker , que identifica e localiza as duas partes que estabelecem o acordo no swap; 
• o swap dealer , que se posiciona em uma das pontas de um swap até que ele encontre outra instituição 
que queira ser a contraparte em seu lugar. 
Os contratos de swap possuem características operacionais que os diferenciam dos derivativos 
negociados em bolsa. Por serem negociados em mercado de balcão, não são facilmente transferíveis e, em 
geral, não há nenhum desembolso de recursos no início da operação, sendo que a liquidação é 
essencialmente financeira. Assim, os riscos são concentrados, em geral, no vencimento da operação, 
criando o que se chama de risco de crédito. Os participantes também enfrentam um outro tipo de risco, o 
de mercado que expressa o grau de incerteza sobre os eventos futuros de uma operação em função das 
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oscilações no preço do produto negociado. 
O USO DE DERIVATIVOS COMO 
INVESTIMENTOS E GESTÃO DE 
RISCOS 
O conceito de risco é um dos pilares da gestão financeira. Sob a ótica das empresas, as expectativas de 
retorno em seus empreendimentos devem ser analisadas em conjunção com os riscos envolvidos no 
negócio (por exemplo: descasamento entre as moedas associadas a suas receitas de exportação e a seus 
custos de produção). Sob a ótica dos gestores de investimentos nos mercados financeiros, a identificação 
e mensuração do risco são essenciais para a correta avaliação do perfil dos investidores em relação a 
potenciais perdas, bem como para a adequada alocação e seleção de ativos em carteiras a partir do perfil 
identificado. Para os riscos inerentes aos mercados financeiros (por exemplo: preços de ativos, crédito), 
foram desenvolvidos os contratos derivativos (CVM, 2015). 
Os derivativos também podem ser utilizados para investimento, mas como são ativos de renda variável 
devem ser considerados como investimentos de risco (CVM, 2013). 
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Derivativos são instrumentos financeiros utilizados, em essência, para gerenciar riscos, pois sabemos que 
seu valor depende de outros ativos aos quais se referem. 
Caro(a) aluno(a), você concorda que os derivados possuem risco? Imagine o que aconteceria se um grande 
participante do mercado de derivativos quebrasse. Isso tenderia a desencadear uma reação em cadeia, 
pois uma instituição que dá origem a uma operação pode realizar diversas outras, na tentativa de se 
proteger do risco assumido. Podemos colocar isso de outra forma, como um participante do mercado de 
derivativos não tem operações somente com seus clientes originais, mas sim com vários outros, se um 
deles tiver problemas sem honrar seus compromissos, isso poderá causar problemas financeiros a outras 
instituições, e estas também terão problemas para honrar seus compromissos, gerando-se um círculo 
vicioso. 
Assim, devido ao grau de risco envolvido nas operações com derivativos, sendo elas de contratos 
padronizados ou não, surgiu uma atividade que visa diminuir esse risco. Isso possibilita que os 
participantes do mercado de derivativos atuem de forma mais segura. Para obter controle e transparência 
das operações com derivativos, é importante um sistema (programa) eficiente de controle e mensuração 
de risco, o que chamamos de sistema de gestão de risco. O objetivo principal do sistema é assegurar que 
as operações, posições, concessão de crédito, não ultrapassem certos níveis de risco que comprometam a 
saúde financeira da instituição. O sistema de gestão de risco deve ser capaz de agregar riscos similares e 
avaliá-los de forma global dentro dos parâmetros previamente traçados. Por exemplo, o sistema deve ter 
condições de simular diferentes situações (SILVA, 1998). 
No entanto, como o mercado de derivativos é regulado? Você acha que existe alguma lei para definir essa 
questão? 
Considerando-se a relevância e a complexidade do processo de transferência de riscos por meio de 
derivativos, bem como os potenciais danos aos sistemas financeiros globais a partir de seu uso 
inadequado, há necessidade, por parte do Estado, de regular esse mercado, de forma a garantir que seu 
objetivo principal seja alcançado (CVM, 2015). 
No Brasil, a definição da natureza jurídica dos derivativos foi crítica para a identificação da competência 
regulatória entre a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco Central do Brasil (BCB). A Lei no 
6.385/76 instituiu a CVM como autarquia competente para regular os mercados de capitais e valores 
mobiliários, porém, até a edição da Medida Provisória no 1.637/1998 (convertida na Lei no 10.198/2001), 
a competência para regulação de derivativos no Brasil era dividida: a CVM ficava como responsável pela 
regulação dos derivativos cujos ativos subjacentes eram caracterizados como valores mobiliários no 
art.2o da Lei no 6.385/76, por exemplo, as ações, debêntures e os índices representativos de carteiras de 
ações, enquanto o BCB possuía competência regulatória residual para todos os demais derivativos, como 
os contratos futuros e de opções sobre câmbio e juros (CVM, 2015). 
A partir da Lei no 10.198/2001 ampliou-se o conceito de valor mobiliário no Brasil, adotando uma visão 
mais abrangente. Em complemento à Lei no 10.198/2001, foi editada a Lei no 10.303/2001, que incluiu 
expressamente em seu artigo 4º os derivativos na lista de valores mobiliários regulados pela CVM. Desde 
então, a competência para regulação de derivativos no Brasil é da Comissão de Valores Mobiliários 
(CVM). Porém, o Banco Central do Brasil e o Conselho Monetário Nacional também atuam como 
reguladores indiretos quando existe o envolvimento de instituições financeiras, em especial nas 
operações realizadas no mercado de balcão (CVM, 2015). 
O rápido crescimento dos mercados de derivativos na década de 90 levou as autoridades reguladoras de 
16 países a promoverem uma conferência visando ao planejamento de ações coordenadas que 
possibilitem manter a integridade e confiança desses mercados. A partir da conferência, a Tokyo 
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Commodity Futures Markets Regulators‘ Conference (1997), foram estabelecidos vários princípios e 
benchmarks sobre a regulação de derivativos (CVM, 2015). 
Em resumo, a regulação de derivativos no Brasil é feita de forma coordenada, em que a CVM, como 
autarquia com competência para regulamentar os mercados, operações e contratos derivativos, atua de 
forma integrada com o CMN e com o BCB, que em suas respectivas áreas de atuação também editam 
normas que envolvam derivativos. Essa forma de gestão regulatória tem permitido que os mercados 
derivativos no Brasil se desenvolvam de forma segura, cumprindo, dessa forma, sua função primordial, 
qual seja, a de propiciar a transferência de riscos entre os agentes econômicos sem colocar em risco a 
solidez do Sistema Financeiro Nacional (SFN) (CVM, 2015). 
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ATIVIDADES 
1. Sobre as negociações do mercado de capitais, assinale a alternativa correta: 
a) As instituições financeiras captam recursos dos poupadores e os emprestam aos tomadores, assumindo 
os riscos da operação. 
b) Trata-se de trocas de moedas estrangeiras por moeda nacional. 
c) O Banco Central intervém nesse mercado para a condução da política monetária. 
d) As negociações do mercado de capitais podem ocorrer no mercado primário ou no secundário. 
e) É no mercado primário que os títulos que foram emitidos são renegociados. 
2. Julgue as alternativas abaixo em verdadeiro (V) ou falso(F): 
( ) O mercado de derivativos é aquele no qual a formação de seus preços deriva dos preços do mercado à 
vista do valor de um bem, como commodities, ações e taxas de juros. 
( ) Uma posição em derivativos representa o saldo líquido dos contratos negociados por um conjunto de 
participantes para a mesma data de vencimento. 
( ) O hedger é um agente que assume o risco das variações de preços. 
( ) O arbitrador é um participante que procura tirar vantagens financeiras, assumindo pouco risco. 
( ) Os especuladores não permanecem no mercado por muito tempo e dificilmente suas posições chegam 
até a data de liquidação do contrato. 
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3. A principal diferença entreo mercado de opções e a termo é: 
a) A ausência de um hedger nas transações. 
b) Os contratos não são padronizados. 
c) É o prêmio que os compradores dos contratos de opção pagam ao vendedor para ter a opção de 
comprar ou vender um bem em uma data futura por um preço previamente acordado. 
d) A gestão de risco. 
e) O swap broker, que identifica e localiza as duas partes que estabelecem o acordo. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Neste estudo, vimos que no mercado financeiro as transações ocorrem por meio da intermediação das 
instituições financeiras, como os bancos comerciais, que são responsáveis por captar recursos dos 
agentes superavitários (os poupadores de recursos) e repassar aos deficitários (os demandantes de 
recursos). 
Introduzimos o assunto de mercado de derivativos, o qual é conceituado como são instrumentos 
financeiros que os agentes ou participantes do mercado utilizam como investimento ou como proteção 
para eventuais riscos financeiros. Os derivativos não têm valor próprio, seu valor é derivado do valor de 
um bem, como commodities . 
Os participantes dos mercados de derivativos são o hedger , o especulador e o arbitrador. O hedger é um 
agente que participa do mercado com o intuito de desenvolver proteção diante dos riscos de variações 
nos preços dos diferentes ativos e nas taxas de juros, abrindo mão de possíveis ganhos futuros para não 
incorrer em perdas futuras. Especulador: é aquele que, com a possibilidade de ganhos financeiros, adquire 
o risco do Hedger . Arbitrador é um participante que procura tirar vantagens financeiras, assumindo pouco 
risco, quando percebe que os preços em dois ou mais mercados apresentam-se distorcidos. 
Os contratos que são negociados diretamente em balcão não são intercambiáveis, já os contratos 
padronizados e negociados em bolsa são muito líquidos e intercambiáveis a qualquer momento. Há duas 
formas básicas de liquidação dos contratos de derivativos à financeira e à física. Os mercados de 
derivativos são quatro: a termo, futuro, de opções e de swap . 
No que se refere à gestão de riscos dos derivativos, a regulação no Brasil é feita de forma coordenada, em 
que a CVM atua de forma integrada com o CMN e com o BCB, o que tem permitido que os mercados 
derivativos no Brasil se desenvolvam de forma segura. 
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Material Complementar 
Leitura 
Mercado de Derivativos no Brasil - Conceitos, Operações 
e Estratégias 
Autor: Octavio Bessada, Claudio Barbedo e Gustavo 
Araújo. 
Editora: Record. 
Sinopse: Dicas sobre funcionamento, estratégias e 
instrumentos para operar com maior segurança, em 
mercados de derivativos financeiros, de alta volatilidade. 
Explica conceitos deste mercado, seus produtos, 
participantes, o papel da bolsa, das corretoras e 
regulamentação. 
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REFERÊNCIAS 
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado financeiro . Atlas, 2011. 
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM). O mercado de valores mobiliários brasileiro . Rio de 
Janeiro: CVM, 2013. 
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM). Mercado de derivativos no Brasil: conceitos, produtos 
e operações . 1ª ed. Rio de Janeiro: CVM, 2015. 
DANTAS, Antonio. Análise de investimentos e projetos: aplicada à pequena empresa. Editora 
Universidade de Brasília, 1996. 
FORTUNA, Eduardo. Mercado financeiro: produtos e serviços. Qualitymark Editora Ltda, 2002. 
HULL, John. Introdução ao Mercado Futuro e de Opções, Bolsa de Mercadorias & Futuros Associados . 
São Paulo, 1995. 
PINHEIRO, Juliano Lima. Mercado de capitais: fundamentos e técnicas. Atlas, 2016. 
SHARPE, William F. Investments . Prentice Hall, 1985. 
SILVA NETO, Lauro de Araújo. Derivativos: definições, emprego e risco. Atlas, 1998. 
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Unidade 1 Página inicial 
APROFUNDANDO 
Durante nossos estudos, vimos que o sistema financeiro é composto por quatro grandes mercados: o 
mercado de capitais, o mercado monetário, o mercado de crédito e o mercado de câmbio. Discutimos 
bastante sobre o mercado de capitais, pois esse é o foco desta disciplina. Agora é o momento ideal para 
aprendermos um pouco mais sobre os outros três mercados, vamos lá? 
Você já deve imaginar que o mercado monetário é utilizado para o controle da quantidade de moeda na 
economia ou, de outra forma, para a execução da política monetária. Assim, se o objetivo do Banco Central 
do Brasil é aumentar a quantidade de moeda na economia (política monetária expansionista), para que a 
taxa de juros caia, isso se dará por meio dos instrumentos de política monetária, que são: emissão de 
moeda, open Market, reservas compulsórias e taxa de redesconto. O primeiro instrumento não é muito 
utilizado para tal fim, pois pode gerar pressões para o aumento de preços, assim as emissões de moeda 
tendem a acompanhar o crescimento do produto da economia. O open market representa a compra e 
venda de títulos públicos pelo Banco Central, assim, para o Banco Central aumentar a quantidade de 
moeda na economia, é necessário resgatar (comprar) títulos públicos. Vamos esclarecer esse ponto: 
imagine que muitos indivíduos possuam títulos públicos, de diferentes valores e vencimentos, então, 
quando o Banco Central anuncia que está resgatando os títulos de tais vencimentos, os indivíduos 
receberão os seus respectivos valores, aumentando a quantidade de dinheiro na economia. As reservas 
compulsórias ou obrigatórias se referem ao montante dos depósitos à vista e a prazo que os bancos 
comerciais precisam manter depositado no Banco Central. 
As taxas de compulsório são definidas de acordo com o objetivo da política monetária, para aumentar a 
quantidade de moeda na economia, serão necessárias reduções nessas taxas, de forma que os bancos 
ficarão com mais dinheiro em caixa para trabalhar com seus clientes. A taxa de redesconto é a taxa que o 
Banco Central cobra para emprestar dinheiro aos bancos comerciais, então, para colocar em prática uma 
política monetária expansionista, será necessário reduzir essa taxa, de forma que os bancos comerciais 
ficarão com mais recursos para repassar, na forma de empréstimos, por exemplo, a seus clientes. Da forma 
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como colocamos aqui, fica claro que ocorrerá aumento na quantidade de moeda na economia, se o 
objetivo do Banco Central é o de redução da quantidade de moeda, basta seguiro raciocínio inverso, tudo 
bem? 
O mercado de crédito é onde os agentes buscam recursos para atender as suas necessidades de 
financiamento, por exemplo, crédito para financiamento de imóveis, de veículos, de máquinas etc. Para 
atender essa demanda, as instituições financeiras captam recursos dos agentes superavitários, os 
poupadores de recursos. Claro que as instituições financeiras serão remuneradas por seus serviços, essa 
remuneração está na diferença entre o que ela paga aos agentes superavitários e o que cobra dos agentes 
deficitários, a isso se dá o nome de spread. 
No mercado de câmbio, ocorrem as transações de trocas em diferentes moedas, participam desse 
mercado todos aqueles que realizam transações com o exterior, inclusive os turistas, pois estes, ao viajar 
ao exterior, precisam da moeda do país que está visitando. Da mesma forma, atuam nesse mercado os 
importadores e exportadores de mercadorias. Os importadores demandam moeda estrangeira, pois as 
mercadorias que são compradas em outros países precisam ser pagas em moeda estrangeira. Os 
exportadores, por sua vez, ofertam moeda estrangeira, pois vendem seus produtos a outros países e 
recebem em moeda estrangeira que precisa ser trocada, posteriormente, por moeda nacional. Um 
conceito muito importante nesse mercado é o de taxa de câmbio, ou seja, o preço de uma moeda em 
termos de outra. A taxa de câmbio real/dólar está valorizada quando são necessários menos reais para 
comprar um dólar e está desvalorizada quando são necessário mais reais para comprar um dólar. 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
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EDITORIAL 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a 
Distância; FERNANDES , Carlândia Brito Santos. 
Mercado de Derivativos Financeiros. 
Carlândia Brito Santos Fernandes. 
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Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
29 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Mercado. 2. Financeiros. 3. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 332 
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Unidade 2 Página inicial 
MERCADO A 
TERMO 
Professor (a) : 
Drª Carlândia Brito Santos Fernandes 
Objetivos de aprendizagem 
• Conhecer o funcionamento do mercado a termo. 
• Compreender os tipos de operações do mercado a termo. 
• Conhecer o funcionamento básico das negociações com ações no mercado a termo. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Mercado a termo: definições 
• Operações do mercado a termo 
• As ações no mercado a termo 
Introdução 
O foco geral deste estudo é o mercado de derivativos, por isso, neste encontro, concentraremos em um de 
seus componentes: o mercado a termo. É muito importante que você acompanhe todos os nossos 
encontros e fique atento aos conceitos que surgirão. Quem sabe, depois disso, você não se anima a 
investir nesse tipo de mercado. 
Especificamente, estudaremos como se dão os acordos no mercado a termo. Isso envolve conhecermos o 
funcionamento de uma operação básica a termo e os elementos de um contrato, como a definição do 
preço e do vencimento. Veremos como ocorre a liquidação desses contratos e os tipos de garantia que 
podem ser exigidas para a sua efetivação. 
Veremos também os tipos de operações de um mercado a termo, tanto para os ativos de modo geral, 
quanto para as operações envolvendo ações. Entenderemos como se comportam, em geral, o vendedor e 
o comprador a termo. Além disso, apresentaremos os tipos de depósitos de garantias, quais sejam: a 
garantia de cobertura, a garantia de margem e a de margem adicional. 
Por fim, serão entendidos alguns motivos que levam um investidor a comprar ou vender ações no 
mercado a termo, dentre os quais podemos citar o de proteção de preços e o de diversificação de 
portfólio. No primeiro caso, se um investidor tiver expectativa de alta nos preços das ações, ele poderá se 
beneficiar, realizando um contrato a termo de compra a um preço previamente estabelecido. Mesmo que 
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o comprador não tenha recursos no momento não é problema, pois somente saldará o compromisso na 
data de vencimento. Na diversificação do risco, um investidor pode adquirir ações no mercado a termo 
para diversificar seu portfólio e, então, o risco. 
Para facilitar o entendimento, tentei abordar o assunto de forma simples, sempre utilizando exemplos, 
mas, por favor, sempre que tiverem dúvidas, procurem os tutores para saná-las. Bons estudos! 
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Unidade 2 Página inicial 
MERCADO A TERMO: 
DEFINIÇÕES 
O contrato a termo foi a primeira modalidade de derivativo conhecida pela sociedade. Aqueles contratos, 
ainda primitivos, já apresentavam o conceito básico de uma negociação a futuro: contrate agora e acerte o 
pagamento depois. Atualmente, os contratos a termo são negociados sobre mercadorias, ações, moedas, 
títulos públicos e outros (CVM, 2015). 
Antes de darmos continuidade, vamos relembrar o conceito de mercados de derivativos? São mercados 
em que são negociados contratos referenciados em um ativo real, por exemplo, uma commodity , ou um 
ativo financeiro - como índices, indicadores, taxas e moedas - com vencimento e liquidação, financeira e 
física, estabelecidos para uma data futura por um preço que é determinado na assinatura do contrato. 
Pode-se afirmar que derivativos é o nome dado à família de mercados em que operações com liquidação 
futura são realizadas, tornando possível a gestão do risco de preço de diversos ativos. O objetivo desses 
mercados é a transferência dos riscos de preço inerentes à atividade econômica entre os seus 
participantes. Os mercados derivativos viabilizam aos agentes produtivos realizar operações que possam 
proteger do risco de preço as posições detidas no mercado à vista (CVM, 2007; 2014). 
Os mercados a termo são acordos de compra e venda de um ativo em uma data futura, por um preço 
previamente estabelecido. São contratos de acordos particulares entre dois agentes, em que uma das 
partes assume sua posição de compra em data específica, a um preço definido e ajustado, e a outra parte 
assume sua posição de venda nos mesmos termos (FORTUNA, 2002; SILVA, 1998). Os contratos a termose caracterizam por serem muito detalhados exercerem movimentação financeira somente na liquidação 
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(CVM, 2007). 
O preço no mercado a termo é estabelecido adicionando-se ao preço à vista a expectativa de juros, fixada 
livremente no mercado pelo prazo do contrato. Para as negociações desses contratos é necessária uma 
corretora, que será responsável pela operação em pregão (FORTUNA, 2002). Hull (1995) define preço de 
entrega em um contrato a termo e preço a termo. O preço de entrega é aquele que é especificado em um 
contrato a termo, ou seja, o preço que é acordado no momento em que o contrato é realizado. O preço a 
termo é semelhante ao de um contrato futuro, pois, conforme lembra Sharpe (1985) o preço no mercado 
futuro também é definido no momento do acordo, o pagamento é realizado futuramente e, normalmente, 
é solicitado que o comprador deixe uma garantia para que a transação seja liquidada na data. O preço a 
termo atual de um contrato é o preço de entrega que seria aplicado se o contrato fosse negociado hoje. 
Geralmente, o preço a termo de um contrato varia de acordo com o vencimento do contrato (HULL, 
1995). 
Vamos analisar a figura a seguir para compreender como ocorre uma transação nesse mercado. 
Figura 1 - Operação de um contrato a termo 
Fonte: CVM (2015, p. 48). 
Observe que o vendedor encontra o comprador no momento atual, em t0, e define o preço e outras 
características do contrato a termo, como a quantidade da mercadoria, a qualidade, as condições da 
entrega e da liquidação. No período tn, que representa a data de vencimento do contrato, cada parte 
cumpre o combinado. Assim, o comprador paga ao vendedor o valor que foi inicialmente estabelecido 
para a commodity e este lhe entrega o produto nas condições que foram definidas no contrato. Caro(a) 
aluno(a), observando a Figura 1, você percebeu que as partes se mantêm vinculadas até a data de 
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vencimento do contrato que a mercadoria não troca de mãos? 
Isso ocorre porque nesse tipo de contrato cada parte é obrigada a cumprir o estabelecido. É um acordo 
particular entre dois investidores e, por isso, geralmente são negociados fora da bolsa de valores, ou seja, 
no mercado de balcão (ASSAF NETO, 2011). 
O mercado de balcão representa o mercado de títulos e valores mobiliários, sem local 
físico definido para a realização das negociações, que são realizadas por telefone entre 
as instituições participantes. 
Fonte: Comissão de Valores Mobiliários (2007). 
Há possibilidade de as operações contratadas serem liquidadas em data antecipada, desde que seja 
solicitado pelo comprador, pelo vendedor ou por acordo mútuo das partes. Para isso, o tipo de 
antecipação deverá ser definido na data de efetivação da operação, caso contrário, vigorará o acordo 
mútuo (PINHEIRO, 2016). 
As operações do mercado a termo, que aderem a liquidação antecipada, são 
classificadas em três tipos: vontade do comprador (VC), vontade do vendedor (VV) e 
acordo mútuo (AM). 
Fonte: Pinheiro (2016). 
Entre os principais contratos a termo negociados no mercado internacional e no Brasil, 
destacam-se os de moedas. Numa operação desse tipo, dois agentes acertam, na data 
zero, a cotação pela qual liquidarão a operação de câmbio entre duas moedas, na data 
do vencimento do contrato (CVM, 2015 p.49). 
Para transações a termo, é necessário um depósito de garantia na bolsa, que pode ser no formato de: 
cobertura, em que o vendedor efetua o depósito do ativo objeto do contrato; margem - um percentual do 
valor do contrato que é estabelecido pela bolsa, a partir de uma avaliação do ativo (FORTUNA, 2002). 
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As garantias são depósitos efetuados junto às bolsas com a finalidade de garantir as 
operações realizadas nos mercados a termo, futuro e de opções, quando exigidos. 
Fonte Comissão de Valores Mobiliários (2007). 
Vamos ver um exemplo de contrato a termo? Isso deixará o assunto mais claro. 
Suponha que um produtor de soja não tem nenhuma garantia do preço que poderá ser praticado ao final 
da safra, pois pode ocorrer uma queda no preço, em função de um excesso de produção, ou pode ocorrer 
um aumento no preço, devido à escassez do produto no mercado, causada pela ocorrência de geadas, por 
exemplo. Da mesma forma, a cooperativa, que compra a soja do produtor rural, não sabe qual será o preço 
da soja que vigorará no final da safra. Assim, o vendedor de soja e o comprador/cooperativa negociam os 
termos e efetuam um contrato a termo. Vamos supor que o preço negociado tenha sido de R$60,00/saca 
de 60kg, e que este seja um preço razoável para ambas as partes, isto é, que permite que cada um consiga 
pagar os custos de produção e obter lucro em suas atividades. Vamos supor também que a data de 
vencimento do contrato seja 28/03/2018. Supondo que tenha ocorrido excesso de produção e que o 
preço da saca de soja no vencimento do contrato seja de R$55,00, então o vendedor sairá em vantagem 
em relação ao comprador, pois receberá R$60,00 por saca. Este, por sua vez, terá que pagar o preço que 
foi previamente estabelecido e que na data de vencimento é superior ao do mercado à vista. Porém, 
poderia ter ocorrido uma escassez do produto e levado o preço a R$65,00. Nesse caso, o comprador sairia 
em vantagem. O importante é que em operações como essa a “perda” não é vista como “prejuízo”, mas sim 
como uma quantia que se deixou de ganhar, é como se tivéssemos pagando um prêmio de seguro. 
OPERAÇÕES NO MERCADO A 
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TERMO 
Além de ser um importante instrumento para a gestão do risco de mercado, os contratos a termo 
frequentemente são utilizados em operações semelhantes às de renda fixa. Por meio da negociação de 
contratos a termo simultaneamente com o ativo objeto deste contrato, as partes promovem a troca de 
fluxos financeiros no momento da negociação e quando há liquidação. O valor da diferença desses fluxos, 
conhecido desde o início da operação, constituem os juros da transação (CVM, 2015). 
Segundo Fortuna (2002) há três tipos básicos de operações a termo: 
• Simples a prazo fixo: trata-se do tipo de operação mais simples desse mercado; é a compra ou venda 
para liquidação em data futura, em que as partes definem o preço e a data de vencimento, na qual o 
comprador realiza o pagamento e recebe os ativos. 
• A prazo com prêmio: nesse caso, a operação é efetuada com a possibilidade de que uma das partes 
poderá desistir do acordo, porém mediante o pagamento de um prêmio que é previamente estipulado. 
• As de report e deport : o primeiro caso refere-se à compra à vista de ativos e a sua venda simultânea a 
termo; a deport refere-se à venda à vista e comprar a prazo, nesse caso o investidor estaria precisando de 
capital imediato e os custos para se obter um financiamento seriam maiores do que as taxas do mercado a 
termo. 
No mercado a termo, as operações têm prazos de liquidação diferentes, mas ficam entre um mínimo de 12 
dias úteis e máximo de 999 dias corridos. Para aplicação no mercado a termo são requeridos, além do 
registro na CBLC, um limite mínimo para a transação e depósitos de valores na CBLC, tanto para 
vendedores quanto compradores. A princípio o preço a termo é determinado somando um custo de 
manutenção, ou custo líquido de financiamento ao preço à vista. Assim, o preço a termo de uma ação é a 
adição de um montante que corresponde aos juros que são fixados livremente em mercado ao se valor 
cotadono mercado à vista (PINHEIRO, 2016). 
Na bolsa, as operações desse tipo de contrato seguem as mesmas exigências de uma operação à vista, 
sendo necessária a presença de uma corretora para intermediação. A bolsa disponibiliza as informações 
sobre todos os contratos a termo realizados. Outro detalhe é que todas as ações listadas na bolsa podem 
ser objeto de um contrato a termo (ASSAF NETO, 2011). 
Suponha que um investidor tenha adquirido na BM&F 10 lingotes de ouro, cada um 
com 250 gramas. O vencimento do contrato é em 20 dias, e o preço estabelecido no 
contrato a termo foi de $60/grama. Então, o valor bruto do contrato é $150.000,00. O 
comprador a termo assume a obrigação de pagar no vencimento essa quantia ao 
vendedor. O vendedor, por sua vez, assume o compromisso de entregar os lingotes de 
ouro na data de vencimento do contrato a termo, independentemente do valor que o 
ouro atinja no mercado. Se na data de liquidação o grama de ouro estiver valendo 
menos que $60,00 no mercado à vista, o comprador terá prejuízo, pois assumiu o 
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compromisso de pagar uma quantia superior ao vendedor. Se estiver valendo mais que 
$60,00, o prejuízo será do vendedor, pois entregará a mercadoria a um valor inferior do 
que aquele que vigora no mercado à vista. 
Fonte: ASSAF NETO (2011). 
CONTRATO A TERMO NO 
MERCADO DE AÇÕES 
No mercado de ações, operações a termo são bastante frequentes, admitindo diversas modalidades. 
Podemos citar: a) comum, que são efetuadas em moeda nacional corrente; b) em dólares ou em pontos, 
quando o preço a termo é indexado; c) a flexível, quando se admite a troca do ativo objeto depositado em 
garantia (CVM, 2015). 
Precisamos discutir um pouco essas operações em dólares ou em pontos, para ficar claro os conceitos. 
O termo em dólar é similar ao termo tradicional em reais, a diferença é que o preço contratado será 
corrigido diariamente pela variação entre a taxa de câmbio média de reais por dólar norte-americano, 
para o período compreendido entre o dia da operação, inclusive e o dia da solicitação da liquidação 
antecipada, exclusive; o dia da solicitação por diferença, exclusive; e o dia do vencimento do contrato a 
termo, exclusive, para os casos de liquidação por decurso de prazo (PINHEIRO, 2016). 
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Na operação de termo em pontos, para o caso de liquidação financeira, o valor é calculado pela conversão 
do valor dos pontos para a moeda nacional. A Bovespa autoriza a utilização de alguns índices (a taxa de 
câmbio real/dólar, a taxa referencial e a taxa de juros de longo prazo) para a correção do valor econômico 
do ponto. As partes deverão escolher o índice na abertura da operação, o qual não poderá ser alterado em 
negociações secundárias do contrato e, na hipótese de extinção do índice escolhido, será substituído pelo 
sucessor (PINHEIRO, 2016). 
Na operação flexível, conforme Pinheiro (2016), o comprador pode substituir as ações que são objeto do 
contrato. O comprador venderá à vista as ações adquiridas a termo, e o montante financeiro gerado será 
retido na câmara de liquidação sem remuneração. Esses recursos somente poderão ser utilizados pelo 
comprador para comprar ações de outras empresas no mercado a vista, as quais ficarão depositadas como 
cobertura em substituição às iniciais e serão, a partir de então, o novo objeto do contrato. 
O comprador a termo usualmente vende ações que compõem o seu portfólio para aplicar o resultado da 
venda em outros ativos. No vencimento, resgata sua aplicação original e reconstitui sua posição em ações 
liquidando a operação a termo, ou seja, comprando as ações. Já o vendedor a termo, quando faz uma 
operação financeira, geralmente toma dinheiro emprestado para comprar ações no mercado à vista e usá- 
las como garantia em vendas a termo. No vencimento, com o dinheiro da venda de ações paga o 
empréstimo inicial. Em ambos os casos, os agentes têm condições de precisar o resultado final da 
estratégia em termos de taxa de juro (CVM, 2015). 
Há muitas variantes dessas operações envolvendo empréstimo de ações e liquidações antecipadas todas 
realizadas dentro dos parâmetros (de prazos, preços e tipos de ativos) admitidos pela bolsa. É importante 
destacar que todos os direitos e proventos distribuídos à ação objeto da negociação, durante a vigência 
do contrato a termo são de propriedade do comprador (CVM, 2015). 
Conforme afirma ASSAF NETO (2011), nas transações a termo, em que o objeto de negociação são ações, 
também são exigidos depósitos de garantia, que podem ser dos tipos: 
• Garantia de cobertura: quando o vendedor possuir as ações objetos do contrato, pode depositá-las na 
Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), como garantia de sua obrigação futura de entrega 
dos papéis ao comprador. 
• Garantia de margem: quando é solicitado ao investidor o depósito de uma margem de garantia, 
correspondente à diferença entre o preço a termo e o preço à vista da ação. 
• Garantia de margem adicional: acontece toda vez em que ocorrer uma queda na cotação da ação 
depositada em garantia ou da ação objeto de negociação. 
Caro(a) aluno(a), você pode imaginar alguns motivos que levam um investidor a comprar ou vender ações 
no mercado a termo? Assaf Neto (2011) elenca alguns: 
a. A proteção de preços: considerando que um investidor tenha expectativa de alta nos preços das ações, 
ele poderá se beneficiar, realizando um contrato a termo de compra a um preço previamente 
estabelecido. A vantagem de uma operação como essa é que mesmo que o comprador não tenha recursos 
no momento não é problema, pois somente saldará o compromisso na data de vencimento. 
b. Diversificação do risco: um investidor pode adquirir ações no mercado a termo para diversificar seu 
portfólio e, então, o risco. 
c. Geração de caixa: o investidor pode vender suas ações no mercado à vista, o que lhe gerará recursos 
que poderão ser investidos de outra forma ou para saldar algum compromisso, e poderá comprá-las de 
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volta no mercado a termo. 
d. Alavancagem do retorno: em relação ao mercado à vista, o investidor consegue aplicar uma quantidade 
maior de recursos no mercado a termo. Dessa forma, consegue obter um retorno mais elevado. 
e. Financiamento: o investidor pode adquirir ações no mercado à vista e vendê-las no mercado a termo, 
obtendo um ganho correspondente à diferença entre os preços a termo e à vista. 
f. Ganhos de juros: quando o investidor não tem necessidade imediata de recursos, pode dar preferência 
às operações no mercado a termo, em relação ao mercado à vista, pois assim terá acrescido no preço das 
ações os juros pelo período de vigência do contrato. 
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ATIVIDADES 
1. Sobre as definições do mercado a termo, avalie as alternativas a seguir em (V) para verdadeiro e (F) para 
falso e assinale a proposição que apresenta a sequência correta: 
I) Os mercados a termo são acordos de compra e venda de um ativo em data e preço futuros. 
II) No mercado a termo cada parte é obrigada a cumprir o estabelecido, é um acordo particular entre dois 
investidores e geralmente são negociados no mercado de balcão. 
III) Os contratos a termo se caracterizam por serem muito detalhados e terem movimentação financeira 
somente na liquidação. 
a) V, V, V. 
b) V, F, V. 
c) F, F, V. 
d) F, V, V. 
e) V, F, F. 
2. Sobre as operações no mercado a termo, avalie as alternativas a seguir em (V) para verdadeiro e (F) 
parafalso e assinale a proposição que apresenta a sequência correta: 
I) A operação a prazo com prêmio refere-se à compra à vista de ativos e a sua venda simultânea a termo. 
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II) Na operação flexível, o comprador venderá à vista as ações adquiridas a termo e os recursos somente 
poderão ser utilizados pelo comprador para comprar ações de outras empresas no mercado à vista, as 
quais ficarão depositadas como cobertura em substituição às iniciais. 
III) As operações de report e deport é a compra ou venda para liquidação em data futura, em que as partes 
definem o preço e a data de vencimento. 
a) F, V, F. 
b) V, F, V. 
c) F, F, V. 
d) F, V, V. 
e) V, F, F. 
3. Sobre o contrato a termo no mercado de ações, avalie as alternativas a seguir em (V) para verdadeiro e 
(F) para falso e assinale a proposição que apresenta a sequência correta: 
I) O termo em dólar é similar ao termo tradicional em reais, a diferença é que o preço contratado será 
corrigido diariamente pela variação entre a taxa de câmbio média de reais por dólar norte-americano. 
II) O vendedor a termo, quando faz uma operação financeira, geralmente toma dinheiro emprestado para 
comprar ações no mercado a vista e usá-las como garantia em vendas a termo. No vencimento, com o 
dinheiro da venda de ações paga o empréstimo inicial. 
III) A garantia de margem indica que o investidor pode adquirir ações no mercado à vista e vendê-las no 
mercado a termo, obtendo um ganho correspondente à diferença entre os preços a termo e à vista. 
a) F, V, F. 
b) V, F, V. 
c) V, V, F. 
d) F, V, V. 
e) V, F, F. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Caro(a) aluno(a), durante este estudo nos concentramos no mercado a termo. Você está lembrado de que 
esse mercado é um dos componentes dos mercados de derivativos. Os mercados a termo são acordos de 
compra e venda de um ativo em uma data futura, por um preço previamente estabelecido. São contratos 
de acordos particulares entre dois agentes, em que uma das partes assume sua posição de compra em 
data específica, a um preço definido e ajustado, e a outra parte assume sua posição de venda nos mesmos 
termos. As partes se mantêm vinculadas até a data de vencimento do contrato. 
Para a realização das transações a termo é necessário um depósito de garantia na bolsa, que pode ser no 
formato de cobertura, onde o vendedor efetua o depósito do ativo objeto do contrato; ou no formato de 
margem, que é um percentual do valor do contrato, estabelecido pela bolsa, a partir de uma avaliação do 
ativo. 
Os tipos básicos de operações a termo são a simples a prazo fixo, que trata-se do tipo de operação com 
compra ou venda para liquidação em data futura, em que as partes definem o preço e a data de 
vencimento; a prazo com prêmio, que efetuada com a possibilidade de que uma das partes poderá desistir 
do acordo; a de report , que refere-se à compra à vista de ativos e a sua venda simultânea a termo; a de 
deport refere-se a vender à vista e comprar a prazo; e a flexível, em que o comprador pode substituir as 
ações que são objeto do contrato. 
No mercado de ações, as operações a termo podem ser comuns quando são efetuadas em moeda nacional 
corrente; em dólares ou em pontos, quando o preço a termo é indexado e a flexível quando se admite a 
troca do ativo objeto depositado em garantia. Nas transações a termo, em que o objeto de negociação são 
ações, também são exigidos depósitos de garantia dos tipos: Garantia de cobertura, Garantia de margem e 
Garantia de margem adicional. 
Prezado(a) aluno(a), esses aspectos que foram abordados sobre o mercado a termo são essenciais para o 
bom entendimento desse mercado de derivativos, caso queira discutir mais sobre algum deles, não hesite 
em procurar o seu tutor. Até a próxima! 
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Material Complementar 
Na Web 
Apresentação: Caro(a) aluno(a), para fixar um pouco mais o 
conceito de mercado a termo, assista ao vídeo a seguir, o 
qual aborda um exemplo muito simples que facilita o 
entendimento e aborda diferentes conceitos associados a 
esse mercado e que vimos durante os nossos encontros. 
Acesse 
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REFERÊNCIAS 
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado financeiro . Atlas, 2011. 
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Cadernos CVM. Mercados de derivativos na BM&FBOVESPA 
SA–bolsa de valores, mercadorias e futuros . Rio de Janeiro, 2007, v.9. 
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM). O mercado de valores mobiliários brasileiro . Rio de 
Janeiro: CVM, 2014. 
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM). Mercado de derivativos no Brasil: conceitos, produtos 
e operações. 1ª ed. Rio de Janeiro: CVM, 2015. 
FORTUNA, Eduardo. Mercado financeiro: produtos e serviços. Qualitymark Editora Ltda, 2002. 
HULL, John. Introdução ao Mercado Futuro e de Opções, Bolsa de Mercadorias & Futuros. Associados . 
São Paulo, 1995. 
PINHEIRO, Juliano Lima. Mercado de capitais: fundamentos e técnicas. Atlas, 2016. 
SHARPE, William F. Investments. Prentice Hall, 1985. 
SILVA NETO, Lauro de Araújo. Derivativos: definições, emprego e risco. Atlas, 1998. 
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APROFUNDANDO 
O que é mercado a termo? O caso Marfrig 
Durante nossos estudos, falamos sobre o mercado a termo, que são acordos de compra e venda de um 
ativo (por exemplo commodities e ações) em uma data futura, por um preço previamente estabelecido. 
Esses tipos de contratos são instrumentos que permitem a gestão de riscos do mercado. 
No início de agosto de 2011, as operações desse tipo de mercado, realizadas por fundos da gestora GWI, 
provocaram aumento da liquidez das ações ordinárias de Marfrig (MRFG3) e deprimiram ainda mais o 
preço da ação. 
Suponhamos que um investidor desejasse comprar MRFG3 no início de julho de 2011, pois tinha a 
expectativa de que as ações se valorizassem em um curto período, porém ele não possuía recursos. Esse 
investidor, conhecido como comprador do termo, procuraria uma contraparte denominada vendedor do 
termo que faria a compra das ações no mercado. O vendedor adquiriria essas ações no mercado e as 
carregaria até o vencimento do contrato (nesse tipo de negociação não são permitidas liquidação

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