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RELATÓRIO GUILHERME SCHAEDLER

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL ASSIS BRASIL
GUILHERME DE BARROS SCHAEDLER
CULTURA DA SOJA E
 BOVINOCULTURA DE LEITE
CLEVELÂNDIA
2016
GUILHERME DE BARROS SCHAEDLER
CULTURA DA SOJA E
BOVINOCULTURA DE LEITE
Relatório de estágio Supervisionado realizado
como requisito parcial para obtenção de Título
de Técnico em Agropecuária do Centro 
Estadual de Eduacação Profissional Assis Brasil.
Orientadora: Kelli Cristina Domborowski
CLEVELÂNDIA
						2016
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Nome do estagiário: Guilherme de Barros Schaedler
Instituição escolar: Centro Estadual Educação Profissional Assis Brasil
Curso: Técnico em Agropecuária
Área de Estágio: Agricultura
Área de atuação no estágio: Cultura da Soja
Empresa: COAMO Agroindustrial e Cooperativa
Endereço: Rodovia Sc 155- 193 Bairro Ipiranga Abelardo Luz
Período de Realização: 04/01/2016 a 16/01/2016
Supervisor: Almir José Schaedler – Engenheiro Agrônomo
Área de Estágio: Bovinocultura 
Área de atuação no estágio: Bovinocultura de Leite
Empresa: Agroveterinária Cadore LTDA ME
Endereço: Avenida Rio Grande do Sul 255- Faxinal dos Guedes Sc
Período de Realização: 18/01/206 a 30/01/2016
Supervisor: Claudionor Olímpio Cadore – Médico Veterinário
Professor(a) Orientador(a): Kelli Cristina Domborowski
1 INTRODUÇÃO
O Estágio Curricular Supervisionado é obrigatório, o qual faz-se necessário para que o aluno, futuro Técnico em Agropecuária, tenha um aprendizado mais elevado tanto na prática quanto na teoria, aperfeiçoando seus conhecimentos e melhorando sua capacidade de análise da realidade prática.
O estágio é amparado pela lei n° 9.131/95 e no arts. 90, 8° e 9° da lei 9.394/96, com fundamento do parecer CNE/CEB 35/2003, homologado pelo Senhor da Educação em 21/01/2004, a resolução n°.2/2005, a lei n°.11.788/08 de 25 de setembro de 2008, e a deliberação n°.02/09 – CEE da Câmara de legislação específica, como arte parte do currículo e forma complementar de ensino e aprendizagem.
O relatório a seguir apresentará as atividades que foram desenvolvidas a campo durante os estágios nas áreas de Agricultura e Pecuária, com o objetivo de obter conhecimentos sobre a cultura da Soja e Bovinocultura de Leite.
O estágio de Agricultura foi realizado na empresa COAMO Agroindustrial e Cooperativa, no município de Abelardo Luz-Sc, na qual, observou-se a Cultura da soja, realizando visitas a campo, verificando se havia indícios de pragas e doenças na lavoura e quais medida deveriam ser tomadas.
Quanto ao estágio de Pecuária, este foi realizado na Agroveterinária CADORE LTDE ME em Faxinal dos Guedes-Sc, acompanhando o Veterinário responsável pela Agroveterinária nos atendimentos nas propriedades com relação ao manejo da Bovinocultura de Leite.
Portanto, o aluno precisa do estágio para que possa vivenciar o dia-a-dia de uma propriedade, desenvolvendo os conhecimentos teóricos e estando melhor preparado para o mundo de trabalho como Técnico em Agropecuária.
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVOS GERAIS
	Vivenciar atividades práticas na área da Cultura da Soja e Bovinocultura de Leite, de forma a enriquecer os conhecimentos, podendo aperfeiçoar a teoria adquirida em sala de aula.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Aprimorar os conhecimentos sobre a Cultura da Soja;
- Observar os cuidados com a cultura;
- Acompanhar o desenvolvimento da soja;
- Verificar procedimento de dosagem de agrotóxicos.
- Acompanhar as assistências técnicas a produtores;
- Conhecer as técnicas de melhoramento de manejo da Bovinocultura de Leite;
- Entender o tratamento de doenças que ocorrem nos bovinos;
- Participar das campanhas de vacinação.
3 CAPÍTULO I – CULTURA DA SOJA
3.1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA
A empresa COAMO Agroindustrial e Cooperativa unidade de Abelardo Luz-Sc, foi inaugurada no dia 19 de outubro de 1984 que a princípio pareceu estranho para os agricultores catarinenses, mas, logo no início, os agricultores perceberam a responsabilidade que a mesma carregava, pois muitos agricultores tinham ouvido falar da Coamo, mas não conheciam a filosofia de trabalho da mesma.
 Naquele tempo, até os dias de hoje, na cidade de Abelardo Luz, a mesma está localizada no Oeste catarinense, na Rodovia SC155 n°1932 – Bairro Ipiranga, a cooperativa presta assistência técnica aos produtores, faz a venda de defensivos agrícolas, e peças, compra e venda de cereais, produção de sementes, armazenagem de grãos. A empresa desde então veio a se desenvolver no município a qual traz muitos benefícios aos produtores rurais, sua matriz está situada na cidade de Campo Mourão-Pr, a mesma possui filiais nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
 A empresa conta com 67 funcionários, sendo seis Engenheiros Agrônomos para atender as necessidades dos produtores rurais. No estágio foram visitadas várias propriedades de 3 municípios, feita a rotina de um agrônomo.
3.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO 
- Conhecimento de variedades de soja;
- Observação dos diversos estágios da soja nas lavouras;
- Reconhecimentos e controle de pragas e doenças na cultura da soja;
- Orientação do uso de agrotóxicos para o controle de pragas e doenças
- Acompanhamento com o Agrônomo nas lavouras de Abelardo Luz, Palmas e Ouro Verde.
3.3 CULTURA DA SOJA NO BRASIL
A soja (Glycine max) que hoje é cultivada mundo afora, é muito diferente dos ancestrais que lhe deram origem: espécies de plantas rasteiras que se desenvolviam na costa leste da Ásia, principalmente ao longo do Rio Amarelo, na China. Sua evolução começou com o aparecimentos de plantas oriundas de cruzamentos naturais, entre duas espécies de soja selvagem, que foram domesticadas e melhoradas por cientistas da antiga China. Sua importância na dieta alimentar da antiga civilização chinesa era tal, que a soja, juntamente com o trigo, o arroz o centeio e o milheto, era considerada um grão sagrado, com direito a cerimoniais ritualísticos na época da semeadura e da colheita.
A soja chegou ao Brasil por volta de 1882. O responsável pelos primeiros estudos com a cultura no país foi o professor Gustavo Dutra, da Escola de Agronomia da Bahia. Foi introduzida oficialmente no Rio Grande do Sul em 1914, e no Paraná seu cultivo iniciou-se em 1954. A boa adaptação da soja nas terras do Sul do país e a crescente demanda dos mercados interno e externo deram estabilidade aos preços do produto no mercado, o que incentivou o aumento de área.
Em 1892, o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), no Estado de São Paulo, iniciou estudo para obtenção de cultivares aptos à região. Naquela época, porém, o interesse pela cultura não era pelo seu material nobre, o grão, era mais pela planta como uma espécie a ser utilizada como forrageira e na rotação de culturas. Os grãos eram administrados aos animais já que não havia o seu emprego na indústria.
A expansão da soja, no Brasil, começa mesmo nos anos 1970, quando a indústria de óleo começa a ser ampliada. O aumento da demanda internacional pelo grão é outro fatos que contribui para o início dos trabalhos comerciais e em grande escala da sojicultura.
O desenvolvimento de cultivares tolerantes a herbicidas chega ao Brasil em 1995, quando o Governo Federal aprova a Lei de Biossegurança, permitindo então o cultivo de plantas de soja transgênicas em caráter experimental. A lei é atualizada em 2005, regulamentando definitivamente o plantio e a comercialização de cultivares transgênicas no Brasil.
Esse processo de consolidação da sojicultura no país foi fundamental para o desenvolvimento de toda uma cadeia produtiva, incluindo investimentos privados e públicos em estruturas de armazenagem, unidades de processamento do grão e modais para transporte e exportação da soja e seus derivados. Além disso, a soja brasileira permitiu uma maior viabilidade comercial para a atividade pecuária, devido ao fato de que se trata de uma matéria-primaestratégica para a produção de ração animal para gado bovino suíno e aves.
Outra consequência positiva da sojicultura no Brasil foi o processo de desenvolvimento urbano dos municípios ligados à cultura, principalmente estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país
3.3.1 Variedades da soja
	No estágio foram observadas as variedades Bramas Apolo RR, Potência, TMG 7062 IPRO NIDERA 5909 RG, Veloz RRR (5953) e Alvo. A variedade da soja é feita a escolha do produtor, com a intenção de obter-se maiores lucros.
3.3.1.1 Brasmax Apolo RR
	
Esta variedade é bem difundida em nossa região por ser de ciclo super-precoce, tendo duas safras anuais, porte médio e hábito de crescimento indeterminado. Com características da cor da flor branca e hilo amarelo, altamente resistente ao acamamento e à doenças. É mais resistente a maioria das doenças, sendo mais suscetível a podridão da haste.
Presente na Fazenda Jardim Colônia Nova, a variedade estava se desenvolvendo bem, com uma altura relativamente boa, e bastante galhos, feitas as aplicações nos dias corretos, não houve nenhum problema grave com doenças.
3.3.1.2 Potência
É a variedade mais plantada do Brasil, ideal para abertura de plantio. Possui um elevado potencial produtivo, tem estabilidade. Está no grupo de maturação 6.7, flores com cor branca e hilo claro. É muito resistente ao acamamento com fertilidade de média para alta e elevado valor produtivo e quantidade de sementes por vagens de três, a mesma proporciona o plantio antecipado.
Observada na Fazenda Criciúma, a variedade teve também teve um bom desenvolvimento, o produtor seguiu todas as recomendações feitas pelo agrônomo e tudo ocorreu conforme o desejado.
3.3.1.3 TMG 7062 IPRO
Cultivar com maturação relativa de 6.2, com crescimento semi-determinado. É muito resistente ao acamamento com fertilidade de média para alta. Cor da flor branca e hilo marrom claro. É resistente à Ferrugem Asiática, Cancro da haste, Pústula bacteriana, Podridão radicular de fitoftóra, moderadamente resistente ao Oídio, e suscetível a Nematóide das galhas (M. Javanica e M. Incógnita) e Nematóide de Cisto.
Vista na Fazenda Santa Julia, a variedade mostrou-se bem desenvolvida, com um crescimento foliar bom, e aparentemente uma ótima produção. Não sendo totalmente resistente à ferrugem, mas com uma tolerância muito grande.
3.3.1.4 NIDERA 5909 RG
Variedade superprecoce, estabilidade e alto rendimento de grãos, resistente ao Glifosato, possui resistência ao acamamento, capacidade de engalhamento, favorece o escalonamento do plantio, excelente adaptação ao Sul do Brasil, arquitetura de plantas favorável ao controle de ferrugem (folíolos pequenos e estreitos), crescimento indeterminado e flor de cor roxa. É resistente ao Cancro da Haste, suscetível à Nematóide de Cisto e mediamente suscetível ao Oídio.
Vista também na Fazenda Santa Julia, essa variedade desenvolveu-se bem em relação às outras observadas no estágio, com uma maior produtividade, e com uma ótima tolerância ao Oídio.
3.3.1.5 Veloz RR (5953)
	Possui ciclo superprecoce, tem boa relação de produtividade e precocidade, ótima adaptação para M1 Alta, alta exigência de fertilidade, está no grupo de maturação 5.0. Resistente à Podridão Radicular de Phytophthora e Cancro da Haste.
	Foi observada em poucas propriedades, a variedade estava com uma boa produtividade, não teve aparição de danos graves com doenças, só danos normais, mas com as recomendações do Agrônomo e as aplicações corretas, ocorreu tudo bem até a colheita.
	
3.3.1.6 Alvo
	É uma variedade com altíssimo potencial produtivo, mais produtivo do que Brasmax Apolo RR, tem uma exigência de fertilidade alta, e está no grupo de maturação 5.9. É resistente ao Cancro da Haste e a Podridão Radicular de Phytophthora e moderadamente resistente à Pústula bacteriana.
	Observada na Fazenda Vale Verde, apresentou-se muito bem em relação às outras variedades. Visto que a variedade tinha um alto potencial produtivo, e o controle de doenças estava indo bem.
3.3.2 Doenças da soja
No estágio foram observadas algumas doenças, tais como Ferrugem Asiática da Soja, Oídio, Mofo Branco e Podridão Vermelha da Raiz. Após vistas às doenças, o Agrônomo recomendava a aplicação de produtos próprios para a doença que estava atacando a soja, para conseguir um bom controle e uma boa produtividade.
3.3.2.1 Ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi)
	
	A identificação dos sintomas nas lavouras, é facilitada pelo uso de lupa de mão de 20x de aumento, o que possibilita a visualização das estruturas reprodutivas do fungo, denominadas urédias ou pústulas. As pústulas são caracterizadas por pequenas elevações que contém os uredosporos e a sua formação é mais evidente na face inferior das folhas. Os sintomas da ferrugem podem ser confundidos com os da Septoriose ou do Crestamento Bacteriano.
 A diferença está na presença do halo amarelado, ai redor das pontuações, característicos destas duas doenças e ausente na ferrugem. Na medida em que aumenta a quantidade de lesões, ocorre amarelecimento generalizado das folhas e, conseqüentemente, umas aceleração na desfolha, principalmente se a doença encontrar condições favoráveis ao seu desenvolvimento.
 Isso, certamente, causará redução no número de vagens por planta, no número de grãos por vagem e no peso dos grãos e, assim, interferindo na produtividade. As perdas variam em função da intensidade da infecção e da fase em que ocorrem os primeiros sintomas, pois a ferrugem pode ocorrer em diferentes estádios vegetativos e repordutivos da soja e quanto mais cedo ocorrer a infecção, maiores poderão ser os danos.
	O controle pode ser feito através de cultivares resistentes ou tolerantes ou ainda por controle químico, recomendando a utilização da mistura de triazois e estrobilurinas. Também, recomenda-se a adoção do “Vazio Sanitário”, realizar a semeadura da soja na época recomendada, evitar o prolongamento do período de semeadura, realizar monitoramento constante da lavoura, utilizar as tecnologias de aplicação recomendadas para obter boa cobertura foliar e penetração do produto no dossel da planta, respeitando as condições climáticas durante as aplicações e utilizando fungicidas recomendados e eficientes.
	Foi muito bem observada na Fazenda Jardim, onde a doença já estava num estádio avançado, pois o produtor aplicou produtos que estavam guardados a mais de um ano, e que a ferrugem já era resistente. Ao caminhar na lavoura, o pó da ferrugem aparecia no ar, concluindo que deveria ser feita uma aplicação urgente. Foi recomendada a aplicação de fungicida Orkestra (Piraclostrobina e Fluxapiroxade) 300ml/ha.
Segundo Costa et al. (2002), algumas doenças, com a redução do espaçamento entre linhas, diminuem a severidade devido à ocorrência de maior umidade no interior do dossel e devido a cobertura do solo mais rápida.
3.3.2.2 Oídio (Microsphaera diffusa)
 O fungo apresenta micélio branco que cobre a parte aérea da planta (folhas, hastes e vagens), caracterizando a doença. Os sintomas do oídio podem variar desde clorose, machas ferruginosas, desfolha acentuada ou combinações desses, dependendo da reação das cultivares. Cultivares resistentes e/ou aplicação de fungicida na parte aérea são as formas de controle. O uso de fungicidas é indicado a partir do momento em que a severidade da doença (área foliar infectada) atingir 20% até o estádio R6.
 Foi vista na fazenda Santa Julia, que a doença já estava avançada, e cobria aproximadamente 50% das folhas da planta. Recomendou-se a aplicação urgente de FOX (Trifloxistrobina) 400ml/ha.
3.3.2.3 Podridão Vermelha da Raiz (Fusarium solani f. sp. glycines)
	O fungo ataca as culturas de soja e feijão. O sintoma inicia com uma mancha avermelhada na raiz principal, geralmente localizada logo abaixo do nível do solo. Esta mancha aumenta de tamanho e muda para a coloração vermelho-arroxeado e, secundárias se degradam, ficando somente a parte da raiz principal. As plantas infectadasapresentam clorose e necrose entre as nervuras das folhas.
	No estágio foi observada apenas uma lavoura com a doença,ela foi encontrada em apenas algumas plantas. Não estava muito atacada e estava no estádio R5, tanto que as plantas que tinham a podridão estavam morrendo. Recomendou-se fazer o controle por meio da descompactação do solo, rotação de culturas com espécies não hospedeiras e incorporação dos restos culturais.
3.3.2.4 Mofo Branco (Sclerotinia sclerotiorum)
	
Os sintomas podem ser observados a partir do florescimento pleno. O fungo pode infectar qualquer parte da planta, porém os sintomas iniciais são mais aparentes nas inflorescências, nas axilas das folhas e nos ramos laterais. Os primeiros sintoomas são manchas de encharcamento que evoluem para uma coloração castanho clara, com formação de micélio branco e denso. Em poucos dias, o micélio se transforma em uma massa negra de forma e tamanho variado (esclerócios).
	O controle é feito através de sementes certificadas, livres do patógeno, tratamento de sementes com mistura de fungicidas de contato e benzimidazois, aumento do espaçamento de plantas, rotação de culturas com espécies não hospedeiras (milho, aveia branca, trigo), incorporação de restos culturais, eliminação de plantas hospedeiras, e adubação equilibrada. 
O agrônomo não recomendou controle químico pois a soja estava com uma área foliar grande, incapacitando a pulverização atingir o local da lesão. Porém, em lavouras onde a soja estava em floração, foi recomendado um fungicida sistêmico preventivo, com princípio ativo Sumilex (Procimidona) 1l/ha.
3.3.3 PRAGAS DA SOJA
No estágio foram observadas algumas pragas, tais como a Lagarta da Soja, Lagarta Falsa-Medideira e o Percevejo Marrom. Em todas as propriedades havia pelo menos uma praga, não havia propriedades que estavam imunes a todas as pragas, apenas resistentes a algumas. As recomendações feitas pelo agrônomo, fizeram com que as aplicações corretas controlassem as pragas.
3.3.3.1 Lagarta da soja (Anticarsia gemmatalis)
	As lagartas podem apresentar coloração totalmente verde, pardo-avermelhada ou preta, com estrias brancas sobre o dorso e são caracterizadas pela presença de cinco pares de falsas pernas abdominais. O adulto é uma mariposa de coloração variando entre cinza, marrom, bege, amarelo ou azul claro, tendo sempre presente uma linha transversal unindo as pontas do primeiro par de asas.
	Durante a fase inicial as lagartas raspam o tecido foliar. A partir do terceiro estágio consomem o limbo foliar e as nervuras, deixando pequenos buracos nas folhas, provocando reduções da área foliar e da taxa fotossintética.
Observada em quase todas as propriedades, a Lagarta da soja foi encontrada mexendo nas plantas, fazendo com que elas caíssem no chão, e com o uso do pano, eram encontradas normalmente de 3 a 6 a cada local escolhido para usá-lo. Recomendado o controle químico, Cyptrin (Cipermetrina) 200ml/ha.
3.3.3.2 Lagarta Falsa-Medideira (Chrysodeixis includens)
	A coloração das lagartas é verde claro, com uma série de linhas brancas longitudinais espalhadas sobre o dorso. Apresentam apenas três pares de falsas pernas na região abdominal e, no seu deslocamento, parecem medir palmos. A mariposa apresenta cor marrom, com duas manchas prateadas em casa umas das asas do primeiro par. As assas posteriores também são marrons. As lagartas atacam as folhas da soja, porém não se alimentam das nervuras, dando um aspecto rendilhado. Dessa forma, acabam contribuindo para a redução da área foliar. Esta espécie é favorecida por condições de seca.
Encontrada na fazenda Santa Julia e na fazenda Jardim, logo quando batia as plantas, eram encontradas no máximo 3 lagartas por metro quadrado. Não foi utilizado o pano para encontrar as lagartas, foi um ataque normal. O controle é feito por meio de produtos químicos. Recomendou-se utilizar Cyptrin (Cipermetrina) 200ml/ha.
3.5.3 Percevejo Marrom (Euschistus heros)
O adulto é marrom escuro, com espinhos pontiagudos, apresenta uma mancha branca no dorso na forma de “meia-lua”. Os ovos apresentam coloração bege, normalmente com seis a 15 ovos, dispostos em duas ou três linhas paralelas. Durante seu desenvolvimento passa por cinco estádios ninfais, nos quais apresentam coloração marrom suave (às vezes esverdeada, amarelada, castanha ou acinzentada) uniforme. A partir do terceiro estádio passam a sugar os grãos de soja. Os percevejos sugam a seiva nos ramos, hastes ou vagens, injetam toxinas e/ou inoculam fungos que provocam manchas nos grãos. Quando sugam ramos, cusam a “retenção foliar”.
	Observado na Fazenda Criciuma, foi facilmente encontrado, pois estava na parte de cima da folha, e nas vagens, usando o pano foram encontrados em média de 4 Percevejos, o ataque era normal. No controle químico foi recomendado a aplicação de Engeo Pleno (Tiametoxam e Lambda Cialotrina) 200ml/ha.
4 CAPÍTULO II – BOVINOCULTURA DE LEITE
4.1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA
	A empresa Agroveterinária Cadore LTDE, fundada em 2 de junho de 1997, está situada em Faxinal dos Guedes-Sc, na Avenida Rio Grande do Sul 255, a agroveterinária presta assistência técnica aos produtores, faz a venda de remédios para animais, além de muitas outras coisas que são vendidas na loja.
 A Agroveterinária conta com 3 veterinários que fazem as assistências técnicas e 1 secretária que cuida do escritório. No estágio foi acompanhado os 3 veterinários, oberservando abcesso purulento, Inseminação artificial, e vacinas preventivas para algumas doenças.
	
4.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO
- Acompanhamento com o Veterinário nas propriedades de Faxinal Dos Guedes;
- Orientação do uso de vacinas para o controle de doenças;
- Reconhecimento e controle de pragas e doenças na área de bovinocultura de leite;
- Conhecimento das raças bovinas;
- Inseminação Artificial.
4.3 BOVINOCULTURA DE LEITE NO BRASIL
A Pecuária leiteira do Brasil nasceu em 1532, quando a expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza trouxe da Europa para a então colônia portuguesa, precisamente para a vila de São Vicente, no litoral paulista, os primeiros bois e vacas. Nestes quase cinco séculos de existência, a atividade caminhou morosamente, sem grandes evoluções tecnológicas. A partir de 1950, coincidindo com o surto da industrialização do país, a pecuária leiteira entra na sua fase dita moderna, mas mesmo assim o progresso continuou muito tímido, não se verificando nada de estrondoso que mudasse radicalmente o status.
No final dos anos 60, o rumo das coisas começa a se alterar, quando o revolucionário leite tipo B ganha expressão nacional. Entretanto, o salto mais qualitativo da pecuária leiteira aconteceu somente por volta de 1980. Daí em diante, o setor exibiu um dinamismo que nunca tinha tido, possibilitando afirmar que os progressos que teve em apenas duas décadas foram maiores que o dos últimos 500 anos. Raríssimos setores da nossa economia mudaram tanto em tão pouco tempo, e essa constatação fica patente quando se nota a ocorrência em apenas quinze anos de quatro ciclos distintos de notáveis mudanças.
O leite está entre os seis produtos mais importantes da agropecuária brasileira, ficando à frente de produtos tradicionais como café beneficiado e arroz. O Agronegócio do Leite e seus derivados desempenham um papel relevante no suprimento de alimentos e na geração de emprego e renda para a população.
O Brasil é o sexto maior produtor de leite do mundo e cresce a uma taxa anual de 4%, superior à de todos os países que ocupam os primeiros lugares. Respondendo por 66% do volume total de leite produzido nos países que compõem o Mercosul. Pelo faturamento de alguns produtos da indústria brasileira de alimentos na última década,  pode-se avaliar a importância relativa do produto lácteo no contexto do agronegócio nacional, registrando 248% de aumento contra 78% de todos os segmentos.  
Além da importância econômica, o leiteé um alimento de natural grande valor nutritivo com maior concentração de cálcio, que é essencial para a formação e manutenção dos ossos. As proteínas do leite são completas, propiciando a formação e manutenção dos tecidos. Além da vitamina A, o leite contém vitamina B1, B2 e minerais que favorecem o crescimento e a manutenção de uma vida saudável. A indústria de laticínios tem potencializado o valor nutritivo do produto. Existem no mercado uma série de bebidas lácteas enriquecidas com vitaminas, minerais e ômegas, assim como leites especiais para as pessoas que não conseguem digerir a lactose.
4.3.1 Raças bovinas
No estágio foram observadas as raças Jersey, Holandesa e Red Angus. A raça a ser criada na propriedade vai da escolha do produtor. Sempre buscando bons lucros e um bom trabalho.
4.4.1.1 Jersey
Esse animal tem como origem uma pequena ilha, chamada Ilha de Jersey, por isso o nome Jersey. A chegada dos primeiros exemplares no Brasil aconteceu no Rio Grande do Sul através do pecuarista Assis de Brasil, em 1896. Aproximadamente 40 anos depois foi criada a Associação dos Criadores de Gado Jersey no Brasil.
A vaca Jersey pode ser encontrada tanto em países de clima frio quanto de clima quente. O gado Jersey apresenta a mesma rusticidade do gado girolanda, mas tem a vantagem de apresentar um período de lactação maior e um leite com maior teor de gordura. No estágio, muitas propriedades visitadas tinham gado Jersey, com escore coportal entre 2 e 4, e todos se comportavam bem. 
Segundo a superintendente da Associação dos Criadores do Gado Jersey do Brasil, Giselda Mendonça(2009), um estudo realizado nos Estados Unidos, afirma que uma vaca Jersey produz 40% a mais que uma vaca leiteira de outra raça.
4.3.1.2 Holandesa
Pouco se conhece sobre a origem da raça Holandesa. Há afirmações que a domesticação desta raça de gado data de 2000 a.C. nas terras planas da Holanda setentrional e da Frisa(Países Baixos).	
O gado holandês é um gado pesado, de grande porte e com uma ampla caixa óssea. Os chifres ficam apontados para frente, com pontas escuras; focinho amplo; mucosa escura; narinas dilatadas e cavidade bucal ampla. Seu pescoço é bem implantado e articulado nas paletas e na cabeça, podendo ser fino ou médio, alongado e apresentando músculos compactos. Muitas propriedades possuíam gado Holandês, também com escore corporal entre 2 e 4, e todos se comportavam bem, com uma boa produção.
4.3.1.3 Red Angus
	Não foi observada como uma raça leiteira, mas foram feitas algumas Inseminações artificiais em fêmeas Red Angus, com sêmen de Jersey ou Holandesa.
	O gado Red Angus é precoce,com excelente conversão alimentar e rápido acabamento de carcaça. Apresenta maior resistência a enfermidades e a sua grande adaptabilidade ao solo brasileiro, seja seco ou alagadiço, regiões acidentadas ou planas, em pastagens ricas ou pobres, permite que produzam e desmamem bezerros sadios e fortes. Foram observadas poucas propriedades com gado Red Angus, alguns faziam inseminação artificial em fêmeas Red Angus, para obter futuramente um gado bom para leite e corte.
4.5 Doenças da bovinocultura de leite
No estágio, foram observadas algumas doenças nos bovinos, tais como leptospirose, carbúnculo sintomático, IBR BVD e pneumonia bovina, também foi visto um abscesso purulento. Após serem reconhecidas as doenças, o veterinário aplicava produtos próprios para a doença que estava afetando o gado, para conseguir controlar a doença e ter uma boa produtividade.
4.3.1.5 Leptospirose
	A leptospirose é uma doença transmissível entre animais e humanos que traz grandes prejuízos principalmente em bovinos, devido a sua grande influência na queda de produção, infertilidades, abortamentos e mortalidade em bezerros. A leptospirose ocorre em todas as espécies de animais pecuários, em animais domésticos e é uma importante zoonose causada principalmente pela bactéria Leptospira interrogans. 
	Os sinais clínicos variam desde a forma aguda e toxêmica até a forma crônica e inaparente, sendo os bezerros os mais suscetíveis aos processos toxêmicos. Os animais podem apresentar febre, sangue na urina, anemia, mucosas amareladas causadas pela hemólise intravascular.
 As vacas apresentam aborto geralmente no quinto mês de prenhes, infertilidade, nascimento de bezerros fracos e prematuros, retenção de placenta, decréscimo súbito de produção de leite, mastite, meningite e até morte.
 A contaminação do ambiente e a capacidade da bactéria de sobreviver por longos períodos em condições favoráveis de umidade levam à alta incidência do microorganismo em pastos intensamente irrigados, em áreas com elevadas precipitações pluviométricas, em campos com fornecimento de água sob a forma de aguadas, em campos pantanosos e recintos e piquetes com lama. Por causa da importância da água como meio de disseminação da infecção casos novos são mais prováveis de ocorrer nas estações úmidas do ano e em áreas de baixadas, principalmente em pastos contaminados e rebanhos não vacinados. A compra e trânsito de animais, compartilhamento de pasto com outras espécies, acesso a rios, riachos, mananciais onde co-habitam outras espécies e ainda a reposição de novilhas são importantes fatores de risco para a leptospirose.
No estágio não foram observados nenhum gado infectado com a doença, foi feito apenas a vacina que prevenia a doença, o produto utilizado foi TREO (Doramectina) 1ml/50kg de peso corporal. Foram vacinadas mais de 20 gados, de raça Jersey e Holandesa, a vacina era intramuscular.
4.3.1.6 Carbúnculo Sintomático
	O carbúnculo sintomático é uma doença infecciosa aguda causada pela bactéria Clostridium chauvoei. Causa inflamação nos músculos, toxemia grave e alta mortalidade, é de extrema importância devido às grandes perdas econômicas que ocorrem nas criações bovinas.  Geralmente acomete bovinos entre seis meses a dois anos de idade. A taxa de letalidade do carbúnculo sintomático se aproxima dos 100%. A infecção ocorre quando os bovinos ingerem os esporos, presentes no solo durante o pastejo, e esses esporos alcançam o intestino e penetram pela mucosa entérica e por meio da circulação alcançam o fígado e massas musculares. 
	A pele perde a cor, torna-se seca e rachada. A doença se desenvolve rapidamente e o animal vem a óbito em 12 a 36 horas após o aparecimento dos primeiros sinais. Muitos animais podem morrer sem que sejam observados os sinais clínicos. Os bovinos encontrados mortos por carbúnculo sintomático estão quase sempre deitados de lado e com o membro posterior acometido estirado.
	Também não foi observado nenhum animal com a doença, pois as vacinas eram feitas logo para preveni-la, e também com o produto TREO (Doramectina) 1ml/50kg de peso corporal. Foram vacinados dois rebanhos inteiros. Neles haviam gado de raça Jersey e Holandesa, a vacina era intramuscular.
4.3.1.7 IBR (Rinotraqueite Infecciosa Bovina) BVD (Diarréia Viral Bovina)
As duas doenças são reprodutivas, na IBR, o vírus pode comprometer o embrião ou o feto em qualquer estágio de desenvolvimento e provocar aborto em qualquer fase da gestação. Dados sobre a frequência de animais e rebanhos soropositivos indicam que, no Brasil, a infecção pelo vírus causador da IBR apresenta caráter endêmico, ou seja, está presente nos rebanhos, tanto em planteis destinados à produção de leite como de carne. 
A infecção de bovinos pelo BVD está amplamente difundida no rebanho bovino brasileiro. Alguns estudos mostram que cerca de 70% dos rebanhos brasileiros já tiveram, pelo menos, contato com os vírus. A doença está associada a diversas manifestações, que variam da ausência de sinais clínicos aparentes até a altamente fatal Doença das Mucosas. Além disso, podem ocorrer também síndromes respiratórias ou hemorrágicas, mortalidade embrionária, abortos ou mumificação fetal, malformações fetais e nascimento de bezerros inviáveis.
 	No estágio não foram observados gado com a doença, apenas foi feita a prevenção por meio da vacina. Foram vacinados 2 rebanhos no estágio,também foi utilizado o produto TREO (Doramectina) 1ml/50kg de peso corporal, que previne não só IBR BVD, mas também a leptospirose e o carbúnculo sintomático.
4.3.1.8 Pneumonia Bovina
A pneumonia enzoótica dos bezerros é o nome utilizado para designar a doença respiratória infecciosa. É observada normalmente em animais jovens com menos de 6 (seis) meses de idade, podendo ocorrer em animais de até 1 ano. 
 Geralmente a doença tem ligação direta com fatores estressantes, como temperatura, lotação, desmame e transporte, que reduzem a imunidade dos animais e facilita a infecção viral primária e depois uma infecção bacteriana secundária no trato respiratório. O principal agente envolvido é a Pasteurella multocida, também chamada de Pasteurelose.
 	A ingestão dos anticorpos através do colostro é de grande importância para a prevenção das pneumonias, tanto quanto as medidas de manejo adequadas para se evitar o estresse dos animais.
A pneumonia é uma inflamação do parênquima pulmonar que quase sempre é acompanhada pela inflamação dos bronquíolos (broncopneumonia). As manifestações clínicas são: aumento da frequência respiratória, tosse, sons respiratórios anormais e, nos casos de infecções bacterianas, evidências de toxemia e febre.
As pneumonias podem ser causadas principalmente por vírus, bactérias, uma combinação de ambos, verminose e fungos. 
A maioria das pneumonias dos animais é adquirida pelo ar e nesse tipo de infecção é muito importante o isolamento dos animais acometidos a fim de se detectar a doença em seu estágio inicial. O tratamento com antibióticos é bastante eficaz no caso de pneumonias bacterianas e os quadros normalmente são revertidos em 24 a 48 horas.
O tratamento vai depender da causa e etiologia da doença. Para as pneumonias de origem viral, como as causadas por IBR, BVD, PI3 e Vírus Respiratório Sincicial Bovino (BRSV), é utilizada a vacinação do rebanho como medida preventiva. Nas bacterianas, o uso de antimicrobianos é de extrema importância, sendo os mais eficazes as penicilinas, sulfas e quinolonas. Na parasitária, o uso de sulfóxido de albendazol tem mostrado excelentes resultados, podendo também ser usadas as ivermectinas.
Em casos mais graves e com comprometimento do estado geral do animal, devemos fazer um tratamento auxiliar com a utilização de soros, antipiréticos e antiinflamatórios.
No estágio, foi observado um bezerro de raça holandesa, com cinco meses de idade. O bezerro estava com um aumento da frequência respiratória, e sons respiratórios anormais, sendo assim uma Broncopneumonia. O antibiótico usado para combater a doença foi Resolutor (Marbofloxacina) 1ml/25kg de peso vivo.
4.3.1.9 Abscesso Purulento
É o acúmulo localizado de pus em um tecido, originando uma cavidade limitada por uma membrana de tecido inflamatório, conhecida como membrana piogênica.
Origina-se quando bactérias invasoras são atacadas pelas células de defesa do organismo (leucócitos) e as células mortas nesse combate se desintegram formando o pus.
	Os sintomas variam de acordo com o local afetado. Todavia, as principais manifestações de um abscesso são hiperemia (vermelhidão), edema (inchaço) e dor local. Estes sintomas agravam na medida em que o abscesso distende a área e tende a romper através da pele. A dor se deve a pressão exercida pelo pus sobre terminações nervosas, sendo que o desconforto é aliviado após o rompimento do abscesso ou quando este é drenado.
	O abscesso encontrava-se nas costas do animal, foi feito um corte na parte inferior do abscesso, após o corte, feita a drenagem do abscesso e infiltração de iodo a 10% e expelido novamente, após isso, colocado iodo puro. O veterinário recomendou 4 dias de infiltração de 20ml de iodo no local do abscesso. O produto utilizado foi Megacelin ppu 17ml/dia durante 3 dias.
4.3.2 Inseminação Artificial
Acredita-se que teve seu início no ano de 1332, segundo a lenda, em eqüinos, pelos árabes. Em 1779 foi realizado, segundo a história, a primeira Inseminação Artificial: foi quando o monge italiano Lázaro Spallanzani demonstrou ser possível a fecundação de uma fêmea sem o contato direto com o macho, colheu sêmen de um cachorro através de excitação mecânica e o aplicou em uma cadela em cio, a qual veio a parir três filhotes. 
Os russos encabeçados por E. Ivanov deram à Inseminação Artificial de animais domésticos, caráter de grande escala utilizando eqüinos, a partir de 1912. Era o nascimento de uma técnica que iria revolucionar o campo da reprodução animal, sendo largamente utilizada em todo o mundo. No ano de 1949 Polge, Smith e Parquer, pesquisadores ingleses, demonstraram que o espermatozóide podia ser conservado por um longo período de tempo a baixas temperaturas utilizando o Nitrogênio Líquido. Até então, o sêmen era conservado em refrigeração, a temperatura de 5ºC, quando os espermatozóides viviam poucos dias.
 Essa descoberta permitiu a sua conservação indefinidamente, dando maior difusão à Inseminação Artificial e favorecendo assim, de maneira decisiva, o incremento do comércio de sêmen e exaltando todas as vantagens que a Inseminação Artificial proporciona.
 Atualmente, muitos países inseminam quase a totalidade de seus rebanhos bovinos, calculando-se que no mundo mais de 90 milhões de vacas são anualmente inseminadas. A primeira Inseminação Artificial que se tem notícia no Brasil, data do ano de 1940 em caráter experimental. E em 1950 a técnica foi utilizada a nível de campo, porém alcançou impulso comercial somente a partir de 1970 com o aparecimento das primeiras empresas especializadas no ramo.
	A Inseminação Artificial acelera o melhoramento genético; possibilita o uso de animais de alto padrão zootécnico em propriedades que não possuem condições financeiras para manter tais animais; possibilita o uso de touros provados: é possível o uso de touros comprovadamente superiores para características de produção ou tipo; ajuda a evitar consangüinidade: pode-se adquirir sêmen de animais diferentes, evitando-se assim o cruzamento entre parentes. Facilita o cruzamento entre raças: Pode-se adquirir sêmen de animais de raças diferentes, e desta forma inseminar cada fêmea com a raça de melhor conveniência; facilita a estação de monta: Característica mais empregada em gado de corte onde, no caso de monta natural, seriam necessários vários reprodutores para cobrir um grande número de fêmeas em um curto período de tempo. Permite a estocagem e transporte de material genético: Com o congelamento do sêmen é possível transportar o material genético de um macho ou estocá-lo por tempo indeterminado. 
Porém, a técnica possui algumas limitações que na verdade deveriam ser colocadas como condições mínimas para um bom resultado. De um modo geral são as seguintes: Mão de obra treinada, dela depende em mais de 50% o sucesso da técnica, pois está envolvida em todas etapas do processo; acompanhamento técnico, imprescindível, principalmente na implantação, e também na manutenção e avaliação dos índices obtidos e controle sanitário, o qual se deve tentar implantar Inseminação Artificial em locais onde a mortalidade de crias é elevada, onde existam doenças infecto-contagiosas que possam provocar abortos ou redução de fertilidade das fêmeas.
 A boa nutrição, É um dos aspectos mais importantes, invariavelmente, a IA (reprodução) apresenta melhores resultados onde a nutrição é boa. O bom Manejo, associado à nutrição, pode interferir muito nos resultados. Como exemplo, pode-se citar os problemas de instalações inadequadas. A escrituração zootécnica, é importante para animais de produção como bovinos. Devem ser anotados, pelo menos, partos, coberturas, inseminações, cios e um controle leiteiro mensal no caso de gado de leite, para que se possa acompanhar os resultados da técnica e mensurar a melhoria da eficiência da atividade. Inicialmente, controlar essas situações e depois implantar a inseminação.
Para se fazer a inseminação artificial, deve-se primeiro detectar o cio da vaca. Pode-se detectar facilmente o cio de uma vaca observando-aem campo. Se ela monta em outras vacas e deixa ser montada pelas companheiras; se tem corrimento de muco pela vulva e mudança no comportamento. Desses, o mais importante a ser observado é se ela deixa ser montada pelas outras vacas, os outros são considerados secundários. Após detectar o cio da vaca, o proprietário deixa a vaca separada até a chegada do veterinário para ser feita a inseminação.
Para inseminar, primeiramente, é feito o toque pelo ânus do animal, acontecendo o escoamento do muco. O muco deverá ser cristalino, para ter a certeza de que a vaca não tem nenhuma infecção, o que poderá fazer com que a inseminação não faça efeito. O sêmen é colocado em objetos apropriados para fazer a inseminação, então, o objeto é introduzido na vagina da vaca, e “empurrado” para dentro, fazendo com que o sêmen possa agir naturalmente.	 O sêmen utilizado para a Inseminação Artificial, deve ser congelado a -196°C, e descongelado em um pote com água a 36°C por 30 segundos. 
	
	
	
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	O estágio realizado na parte de Agricultura foi muito proveitoso, pois se aprendeu muito sobre pragas e doenças na soja e seus controles e como deve ser realizada sua produção para obtenção de melhores resultados.
	Já na parte de Pecuária, aprendeu-se um pouco sobre Bovinocultura de leite, suas doenças e controles, e sobre a Inseminação Artificial, que hoje é um processo muito importante para o crescimento do rebanho dos produtores.
	Os supervisores do estágio são profissionais excelentes e por isso aprendeu-se muito junto a eles.
	Portanto, o estágio é indispensável para um bom preparo para um futuro Técnico em Agropecuária.
	
	
	
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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