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Desenho Técnico - Unidade 2 UNINASSAU

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Desenho Técnico
UNIDADE 2
	
   1	
  
UNIDADE 2 
CONCEITOS E SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO 
Como objetivos de aprendizagem nesta unidade, teremos: 
§ Conhecer a padronização do desenho técnico. 
§ Aprofundar o conhecimento sobre as vistas ortogonais. 
§ Entender as vistas em cores. 
§ Saber o que são seções. 
Nessa unidade serão abordados dois temas fundamentais, que são eles: 
1- Normatização para representação em desenho técnico 
Nessa unidade começaremos estudando as normas de representação do desenho 
técnico estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). É 
necessário conhecê-las para sabermos interpretar os desenhos técnicos. 
2- Vistas ortogonais 
Nesse momento iremos aprofundar os conhecimentos sobre vistas ortogonais, e 
assim veremos métodos de projeção, os tipos de corte e seções. 
 
INTRODUÇÃO 
Você já sabe que desenho é uma forma de linguagem. E como forma de linguagem 
possui uma padronização, também ocorre no desenho técnico. Essa padronização 
se apresenta na forma de normas técnicas, estas são estabelecidas pela ABNT 
(Associação Brasileira de Normas Técnicas). E é necessário conhecer essas 
normas técnicas para que possamos interpretar o desenho técnico. 
Após você estudar as normas técnicas, você irá aprofundar os seus conhecimentos 
de vistas ortográficas e compreender também os métodos de projeção. Serão 
apresentadas as vistas em corte ou seções, tais vistas serão usadas para detalhar 
objetos no seu interior. E para tanto, você deve recorrer aos conhecimentos da 
unidade 1 sempre que ocorrer dúvidas. 
E é isso que vamos aprender nessa disciplina, vamos lá! 
NORMATIZAÇÃO PARA REPRESENTAÇÃO EM DESENHO TÉCNICO 
No Brasil, as normas técnicas que regulam o desenho técnico são aprovadas e 
editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT, registradas pelo 
INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia. 
 
	
   2	
  
Layout e dimensões 
Nos projetos de engenharias e arquiteturas são utilizadas folhas nas quais 
denominamos de pranchas. Como padrões do desenho técnico exigem tamanhos 
do papel definidos por normas técnicas. No Brasil, a ABNT adota o padrão ISO: usa-
se um módulo de 1 (um) m² (metro quadrado), cujas dimensões seguem uma 
proporção equivalente à raiz quadrada de 2 (841 x 1189 mm), que remete às 
proporções áureas do retângulo. Esta é a chamada folha A0 (a-zero). A partir desta, 
obtém-se múltiplos e submúltiplos (a folha A1 corresponde à metade da A0, assim 
como a 2A0 corresponde ao dobro daquela). 
 
Figura 1 – Série A deriva do A0 – 1m². 
Saiba mais 
NBR 8196: Desenho Técnico – Emprego de Escalas. 
NBR 8402: Execução de Caractere para Escrita em Desenho Técnico. 
NBR 8403: Aplicação de Linhas em Desenhos – Tipos e Larguras das Linhas. 
NBR 10067: Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico. 
NBR 10068: Folha de Desenho – Layout e Dimensões. 
NBR 10126: Cotagem em Desenho Técnico. 
NBR 10647: Desenho Técnico. 
NBR 13142: Desenho Técnico – Dobramento da Cópia. 
NBR 12298: Representação de Área de Corte por meio de Hachuras em Desenho 
Técnico. 
	
   3	
  
Os demais formados submúltiplos do formato A0 são os seguintes tamanhos: 
 
Para você visualizar esses formatos veja a figura abaixo: 
 
Figura 2 – Formatos da folha de papel. 
 
 
	
   4	
  
Dicas: 
 
 
Toda folha com dimensões maiores ao formato A4, para seu arquivamento deverá 
ser feito um processo de dobragem a ser realizada de uma forma recomendada. 
Esta forma busca permitir que o desenho seja armazenado em uma pasta, com a 
finalidade de ser consultada sem necessidade de retirá-la da pasta, e também que a 
legenda esteja visível com o papel dobrado. 
As cópias dos projetos podem ser arquivadas dobradas, ocupando o menor espaço 
possível e facilitando o manuseio. O formato final deve ser o A4, para arquivamento. 
Assim observem na figura 2.1 os diferentes formatos e forma de dobragem: 
	
   5	
  
 
Além da forma correta de dobragem para o arquivamento existem outras 
padronizações no desenho técnico, a exemplo como deverá ser dispostos os 
elementos que compõe o projeto. Ou seja, dentro da folha de papel existe uma 
forma correta de dispor os elementos do desenho, os quais denominaram layout da 
folha. Assim a folha deve ter espaços definidos para serem preenchidos conforme 
recomendação da figura abaixo: 
	
   6	
  
 
Figura 3 – Layout da folha. 
Saiba mais: 
O que são os espaços definidos no layout da folha? 
Bom, vamos entender cada um deles! 
Espaço para desenho – espaço reservado para ser utilizado com os desenhos. 
Espaço para texto – espaço reservado para ser utilizado com informações textuais 
relativas sobre o desenho. 
Espaço para legenda – espaço reservado para ser utilizado para informações 
principais sobre o desenho (responsáveis, título, escala, data de elaboração, tipo de 
projeção...) 
 
Além dos espaços definidos, existe o limite da folha definido por margens o qual 
denominaremos de quadro, o qual limita todos os espaços (para desenho, para 
texto e para legenda). 
 
 
 
 
 
	
   7	
  
Saiba mais: 
Elementos que limitam a folha: 
 
 
 
Dica: 
A posição correta para locar a legenda é sempre na direita no canto inferior, porém 
existe posição alternativa sendo na direita no canto superior. 
 
 
A legenda terá dimensões definidas pelo formato da folha, como também pelo 
quadro que corresponde à margem da folha, veja figura 4. 
	
   8	
  
 
Figura 4 – Margens e esquadrias. 
Foram muitas as informações, não foi? A tabela 2.1 irá apresentar estas 
informações até esse momento resumidas, veja a tabela: 
 
Sobre as principais normas brasileiras acerca do desenho técnico, veja um resumo: 
§ NBR 10647 (Norma Geral do Desenho Técnico) – define os termos 
empregados em desenho técnico. Estabelece os tipos de desenho quanto 
aos seus aspectos geométricos (desenhos projetivo e não-projetivo), ao grau 
de elaboração (esboço, desenho preliminar ou definitivo), ao grau de 
pormenorização (desenho de detalhes e de conjuntos) e a técnica de 
execução (à mão livre ou utilizando o computador). 
§ NBR 10068 (Layout e Dimensões da Folha de Desenho) – padroniza as 
dimensões das folhas utilizadas na execução de desenhos técnicos e define 
seu layout, com suas respectivas margens e legenda. 
10	
  
	
   9	
  
§ NBR 10582 (Apresentação da Folha) – normaliza a distribuição do espaço 
da folha de desenho, definindo a área para texto, o espaço para desenho etc. 
Como regra geral, devem-se organizar os desenhos distribuídos na folha, de 
modo a ocupar toda a sua área, e organizar os textos acima da legenda junto 
da margem direita, ou à esquerda da legenda, logo acima da margem inferior. 
§ NBR 13142 (Dobramento de Cópias) – padroniza a forma de dobramento de 
todos os formatos de folhas de desenho. Para facilitar a armazenagem, as 
folhas devem ser dobradas até as dimensões do formato A4. 
§ NBR 8402 (Execução de Caracteres para Escrita em Desenhos Técnicos) – 
estabelece as características de escrita em desenhos técnicos. 
§ NBR 8403 (Aplicação de Linhas em Desenhos) – define os tipos de linhas, 
suas características e usos. 
§ NBR 12298 (Representação da Área de Corte por meio de Hachuras em 
Desenho Técnico). 
Saiba mais 
O que é hachuras? São representações dos materiais utilizados na construção do 
objeto representado pelo desenho técnico, e como materiais podem ser ferro, aço, 
bronze, concreto, madeira etc. Geralmente, essas representações dos materiais são 
mais visualizadas nos cortes, tal assunto será estudado ainda nessa unidade. 
 
Caligrafia Técnica 
Como o desenho técnico possui padronização, as letras e algarismos também 
seguem umaforma definida por norma. A NBR 8402 tem como finalidade fixar 
características para a escrita à mão ou por instrumentos, assim os demais projetos 
desenvolvidos em qualquer localidade sejam interpretados da mesma forma. 
O essencial para a escrita das letras são LEGIBILIDADE e CONSISTÊNCIA, tanto 
em estilo quanto em espaçamento. A padronização permite agilizar a interpretação 
dos textos nos projetos. Portanto, os textos inseridos nas plantas devem ser 
colocados após a conclusão das mesmas. 
	
   10	
  
O uso de linhas guia é indicado para que as letras escritas à mão livre, e devem ser 
uniformes na altura. As letras devem comunicar e não distrair ou prejudicar o 
desenho em si, veja a figura 5. 
 
Figura 5 – Caligrafia à mão. 
Saiba mais: 
As letras devem ser sempre maiúsculas e não inclinadas. Letras inclinadas 
geralmente são direcionadas, distraindo a visão em um desenho retilíneo. 
Para manter as letras verticais, um pequeno esquadro ajuda a manter os traços 
verticais das letras. 
Mantenha a proporção de áreas iguais para cada letra, para que seu texto seja mais 
estável. 
 
Elementos da caligrafia: 
1. Linhas de guia – são fundamentais para manter as letras e números na 
mesma altura. Seu traço deve ser contínuo e estreito, conforme modelo: 
 
2. Altura das letras – padronizadas pelas letras maiúsculas. A proporcionalidade 
entre maiúsculas e minúsculas deves ser preservada, sendo 2,5mm o 
	
   11	
  
tamanho mínimo das letras minúsculas. O quadro 2.1 apresenta um modelo 
de proporcionalidade e também o distanciamento entre as linhas de base: 
 
Na prática, visualmente é que são definidas as distâncias entre as letras e os 
números mantendo a proporcionalidade. Já a altura das letras e dos números é 
escolhida pela importância do texto. Assim, títulos devem ser escritos em tamanhos 
maiores que 7 ou 10mm, e os demais textos informativos em tamanhos menores 
que 3mm. 
 
Tipos de linha no desenho técnico 
Segundo o livro de Silva e demais autores, publicado em 2013 nas páginas 28 e 29; 
em desenho técnico existe a necessidade de utilizar tipos de linhas diferentes de 
acordo com o elemento a ser representado. Por exemplo, a aresta de contorno 
visível de uma peça deve ser representada de forma distinta de uma aresta invisível. 
A norma ISO 128 de 1982 define 10 tipos de linhas e respectivas espessuras, 
designados pelas letras A à K, indicados na Tabela 3.3. A utilização correta dos 
tipos de linhas facilita a interpretação dos desenhos e sua compreensão. 
 
 
 
 
	
   12	
  
Tabela 3.3 – Tipos de linha e sua aplicação 
Tipo de linhas Descrição Aplicações 
A Contínuo grosso A1 Linhas de contorno visível 
A2 Arestas visíveis 
B Contínuo fino B1 Arestas fictícias 
B2 Linhas de cota 
B3 Linhas de chamada 
B4 Linhas de referência 
B5 Tracejado de corte 
B6 Contorno de seções locais 
B7 Linhas de eixo curtas 
C 
 
D 
 
Contínuo fino a mão livre* 
 
 
Contínuo fino em zigue-zague* 
C1 Limites de vistas locais ou 
interrompidas quando o limite não é uma 
linha de traço misto. Limites de cortes 
parciais 
D1 Mesmas aplicações de C1 
E 
 
F 
Interrompido grosso* 
 
Interrompido fino* 
E1Linhas de contorno invisível 
E2 Arestas invisíveis 
F1 Linhas de contorno invisíveis 
F2 Arestas invisíveis 
G Misto fino G1 Linhas de eixo 
G2 Linhas de simetria 
G3 Trajetória de peças móveis 
H Misto fino com grosso nos 
limites da linha e nas 
mudanças de direção 
H1 Planos de corte 
J Misto grosso J1 Indicação de linhas ou superfície às 
quais é aplicado um determinado 
requisito 
K Misto fino duplamente 
interrompido 
K1 Contorno de peças adjacentes 
K2 Posições extremas de peças móveis 
K3 Centróides 
K4 Contornos iniciais de peças 
submetidas a processos de fabricação 
com deformação plástica 
K5 Partes situadas antes dos planos de 
corte 
 
No Brasil, a norma correspondente à aplicação de linhas em desenho técnico é a 
NBR 8403. 
	
   13	
  
Ao representar o objeto por vistas ortogonais com três vistas, é possível que seja 
insuficiente para se ter uma visão completa do objeto. Desta forma ocorrerá nas 
vistas ortogonais superfícies não visíveis e as quais serão representadas por linhas 
tracejadas. Veja a figura 2.3, na qual a superfície A observada pela direção 3 (vista 
lateral) fica invisível nessa posição do observador, e ao construir a vista aparecerá 
arestas invisíveis, representadas por linhas tracejadas. O mesmo ocorrerá na 
superfície B observada pela direção 2 (vista superior), também torna-se invisível a 
superfície nessa posição do observador, e ao construir a vista aparecerá linhas 
tracejadas representando as arestas invisíveis. 
 
Porém deve-se ter cuidado com o uso excessivo de linhas tracejadas, sendo 
preferível a utilização das linhas cheias e para tanto se pode girar a peça, e dessa 
forma obter uma posição em que as vistas resultarão em melhores representações 
do objeto. Veja como isso ocorre na figura 2.4. 
 
	
   14	
  
Desenho das vistas em presença do objeto 
Além da melhor posição a ser observado o objeto, tem-se que se preocupar na 
quantidade de vistas que melhor representaria e apresentaria todas as 
características do objeto. Na maioria dos casos, apenas três vistas denominadas de 
vistas principais, são elas: vista da frente, vista superior e vista lateral esquerda 
(representação realizada no primeiro diedro); seriam suficientes para uma 
representação adequado do objeto. Porém em alguns casos raríssimos, sejam 
necessárias seis vistas para representar o objeto. 
Portanto, a representação do objeto em vistas ortogonais se faz pela escolha da 
posição a ser observado o objeto e na quantidade de vistas que melhor 
representaria. Observe a figura 2.5. 
 
Considerando como vista de frente o lado indicado pela seta, observe que as três 
vistas principais do primeiro diedro são suficientes para a representação do objeto. 
E é por esse motivo que tais vistas são denominadas como vistas principais. Veja 
também, que as seis vistas do objeto em algumas dessas vistas ocorrerão arestas 
invisíveis, e dessa forma desaconselhadas a serem utilizadas como vistas 
preferenciais. 
Para melhor entendimento assista ao vídeo: 
Aula 08 - Desenho Técnico - Profissionalizante - Telecurso, com tempo de duração 
de 11:50 minutos. 
 
http://www.youtube.com/watch?v=CisgpdomIcE 
 
	
   15	
  
 
VISTAS ORTOGONAIS 
Métodos de projeção 
Todo projeto a ser elaborado na área das engenharias e arquitetura faz uso da 
expressão gráfica, e esta é uma forma de linguagem gráfica que se norteia pelo 
desenho técnico para transmitir suas informações. Como visto no tema anterior, a 
linguagem escrita é utilizada para repassar as informações complementares ao 
desenho (a exemplo: título, responsáveis, data...). 
Sabendo que a expressão gráfica é parte essencial para transmitir as informações 
no desenho técnico, portanto faz-se necessário conhecer os métodos projetivos. 
Estes métodos variam conforme o modo com que os raios projetantes atingem o 
plano de projeção. 
Dessa forma teremos os seguintes métodos de representação: 
a) Método ortográfico – nesse os raios projetantes são perpendiculares ao plano 
de projeção. 
b) Método oblíquo – nesse os raios projetantes formam ângulo com o método 
de projeção. 
c) Método em perspectivas – nesse os raios projetantes são utilizados para 
representar sua profundidade em um único plano. 
Pelos métodos apresentados e pela teoria projetiva resultam, assim, em dois 
métodos que são: 
a) Vistas ortográficas – este método, já conhecido por você, consiste de no 
mínimo um conjunto de duas ou mais vistas diferentesdo objeto, projetadas 
em diferentes posições do observador, geralmente elaboradas por raios 
projetantes formando um ângulo reto ao tocar o objeto. Sendo que cada vista 
apresenta a forma do objeto por uma direção particular. Esse conjunto de 
vistas mostra o objeto na sua forma exata, e por esse motivo é muito 
empregado dentro das áreas de engenharias e de arquiteturas. 
	
   16	
  
b) Perspectivas – este método faz a representação do objeto conforme é 
observado pelo olho humano, na forma tridimensional; e para isto utiliza de 
projeção ortográfica e de projeção oblíqua. 
Teoria da projeção ortográfica 
Observe a figura 2.6, nela foi construída uma projeção em perspectiva. Essa 
projeção é formada uma imagem no plano transparente colocado entre o objeto e o 
ponto de partida (posição do observador). 
 
Agora, tente imaginar que o observador se afaste a uma distância infinita, 
teoricamente. Os raios visuais que formam a linhas de visão, aqueles que vão do 
ponto de partida (observador) até o objeto, vão transforma-se em paralelos entre si 
e perpendiculares ao plano. Veja a figura 2.7: 
 
	
   17	
  
A imagem formada no plano transparente é denominada de projeção ortográfica. O 
conjunto dessas imagens em diferentes posições dos objetos, ou seja, vistas 
ortográficas, representam em totalidade o objeto. Ao sistema formado pelo conjunto 
das vistas ortográficas é chamado de sistema ortogonal. 
Vistas ortogonais 
Mas o que é vistas ortogonais? 
Segundo o livro de FRENCH e VIERCK, publicado em 2005 na página 152 diz: “a 
vista pode ser considerada como o resultado da interseção de perpendiculares 
levadas de todos os pontos do objeto sobre o plano”. Dessa forma, cada projeção 
apresenta o objeto visualizado em uma determinada posição, e os três principais 
planos formados pelas projeções ortográficas são (veja figura 2.8): 
a) Plano vertical – corresponde à projeção no plano vertical, apresenta a forma 
do objeto visualizado pela frente e informa a largura e a altura do objeto. 
b) Plano Horizontal – corresponde à projeção no plano horizontal, apresenta a 
forma do objeto visualizado por cima e informa a largura e a profundidade do 
objeto. 
c) Plano de perfil – corresponde à projeção no plano de perfil e informa a altura 
e a profundidade do objeto. 
 
Fique atento 
A projeção vertical é chamada também de vista frontal ou elevação. 
A projeção horizontal é chamada também de vista superior ou planta. 
A projeção de perfil é também chamada de vista lateral, vista de perfil ou elevação 
lateral. 
 
 
	
   18	
  
 
Saiba mais 
Para representar as dimensões representadas nas vistas ortogonais como largura, 
altura e profundidade do objeto é realizado um processo denominado de cotagem, 
para você entender melhor cotagem assista aos vídeos: 
Aula 21 - Desenho Técnico - Profissionalizante - Telecurso, com tempo de duração 
de 14:38 minutos, segue link: 
www.youtube.com/watch?v=9losxdi-B3A 
Aula 22 - Desenho Técnico - Profissionalizante - Telecurso, com tempo de duração 
de 14:57 minutos, segue link: 
www.youtube.com/watch?v=E5Xe7xmW3IA 
 
As seis vistas principais 
Para caracterização de um objeto podem ser realizada através de vistas ortográficas 
e essas podem se somar até seis vistas, porém deve-se ter o cuidado de não utilizar 
vistas por demais. Ou seja, na representação do objeto por vistas ortográficas são 
apresentadas a quantidade de vistas necessárias para visualização completa do 
objeto. Para isso, deve-se eliminar vistas com arestas invisíveis e que tais não 
sejam necessárias para informar as dimensões principais do objeto (largura, altura e 
profundidade). A formação das seis vistas pode ser observada nas: figura 2.9 para o 
primeiro diedro e figura 2.10 para terceiro diedro. 
	
   19	
  
 
 
As três dimensões 
Você já deve ter percebido que todo objeto representado possui três dimensões: 
largura, altura e profundidade; vamos entender elas como medidas do espaço 
tridimensional (3D) são elas: 
1. Altura – imagine dois planos horizontais colocados conforme a figura 2.11, 
observe que a altura é a diferença de medida vertical entre esses dois planos 
(veja figura 2.11). 
 
	
   20	
  
2. Largura – seria a distância entre dois planos verticais colocados conforme a 
figura 2.12, assim a largura seria a medida horizontal entre esses dois planos 
(veja figura 2.12). 
 
3. Profundidade – a distância de fundo entre dois planos verticais colocados 
conforme a figura 2.13, observe que a profundidade é a diferença de medida 
entre esses dois planos (veja figura 2.13). 
 
Relação entre planos, direção de vistas e dimensões espaciais 
Existe uma relação entre os planos de projeção, as três dimensões espaciais com 
as direções de vista. Ou seja, cada plano de projeção informa uma ou duas 
dimensões espaciais, da seguinte forma sempre paralela ao plano daquela vista e 
perpendicular à direção da vista, veja a figura 2.14. Assim, temos o seguinte: 
	
   21	
  
a) Altura e largura são paralelas ao plano frontal e perpendiculares em direção à 
vista frontal; 
b) Altura e largura são paralelas ao plano horizontal e perpendiculares à direção 
da vista superior; 
c) Altura e profundidade são paralelas ao plano de perfil e perpendiculares à 
direção da vista lateral. 
 
Classificação de superfícies e linhas 
Os objetos podem apresentar superfícies paralelas ou perpendiculares em relação 
aos planos de projeção, e isso depende da forma e da posição no espaço desse 
objeto. Portanto, a classificação das superfícies dos objetos é realizada conforme 
sua relação com os planos de projeção. Veja a figura 2.15. 
 
	
   22	
  
Dessa forma temos a seguinte classificação de superfícies: 
a) Horizontal, frontal ou de perfil – quando a superfícies do objeto encontram-se 
paralelas ao plano de projeção, como exemplo a figura 2.15a. 
b) Auxiliar (ou acumulada) – quando uma superfície do objeto encontra-se 
inclinada em relação a dois planos de projeção, como exemplo a figura 2.15b. 
c) Oblíqua – quando uma superfície do objeto forma ângulo com os três planos 
principais de projeção, como exemplo a figura 2.15c. 
Da mesma forma que as superfícies, as linhas (que representam as arestas do 
objeto) também são classificadas pela sua posição em relação aos planos de 
projeção. Assim temos: 
a) Uma linha sobre um plano ou uma linha paralela a um plano recebe o nome 
desse plano. Exemplo: uma linha sobre o plano horizontal é denominada 
linha horizontal. 
b) Uma linha paralela a dois planos de projeção recebe o nome desses dois 
planos. Exemplos: linha frontal-horizontal, linha de perfil-horizontal ou de 
perfil-frontal. 
c) Uma linha não paralela a nenhum plano de projeção é chamada linha 
oblíqua. 
Na figura 2.16 podem ser observadas as posições variadas dessas retas: 
 
	
   23	
  
Lembrando: 
Quando a aresta é paralela ao plano de projeção, ela é representada em seu 
verdadeiro comprimento. 
Quando a aresta é perpendicular ao plano, projeta-se como um ponto. 
E quando é inclinada em relação ao plano, ao projeta-se será representada em 
tamanho reduzido. 
 
Existem linhas importantes dentro do desenho técnico, as quais você deve 
conhecer, como estas: 
a) Linha de centro – no desenho técnico indicam o centro de regiões circulares 
ou quadradas, ou ainda arcos de circunferência etc. São representadas por 
traços e pontos alternados uniformemente. 
 
b) Eixo de simetria – é utilizada para representar que o objeto é simétrico, ou 
seja, que pode ser dividido em partes iguais. E é também representado 
conforme a linha de centro. 
 
 
	
   24Saiba mais 
Para entender o uso de certas linhas, como linhas de centro ou linhas de eixo e 
linhas de simetria, assista ao vídeo com tempo de duração de 15:49 minutos: 
Aula 09 - Desenho Técnico - Profissionalizante – Telecurso 
http://www.youtube.com/watch?v=hq0SxLBsJaY 
 
Vistas secionais 
Se precisarmos conhecer no objeto detalhes internos, não visíveis por meio das 
vistas ortográficas, teremos que realizar um corte. Para realizarmos um corte 
faremos a representação semelhante às vistas, porém o objeto é cortado por um 
plano imaginário, que seciona, divide o objeto em duas partes. E dessa forma 
poderemos detalhar internamente o objeto. 
Vamos entender quais os tipos de corte que podemos realizar num objeto. Vamos 
lá? 
1) Corte pleno ou total – se o corte atravessar o objeto em toda sua extensão, 
seja longitudinalmente ou transversalmente, ele é denominado de corte pleno 
ou total. Veja a figura 2.17. 
	
   25	
  
 
2) Corte em desvio – se o plano de corte possuir um desvio de plano, e somar a 
outro plano de corte, terá o corte em desvio o qual pode ser: 
a) Paralelos – depois do desvio o plano de corte seguinte segue em 
paralelo ao plano anterior, conforme pode ser observado na figura 
2.18. 
	
   26	
  
 
b) Concorrentes – o plano de corte seguinte ao desvio é utilizado para 
representar internamente partes do objeto que apresenta superfícies 
oblíquas. E assim, ocorre uma rotação para que os dois planos de 
cortes sejam cortes retos, conforme pode ser observado na figura 
2.19. 
	
   27	
  
 
3) Meio-corte – se a região cortada pelo plano de corte for apenas uma parte do 
objeto, e é muito utilizado em peças simétricas. Veja a figura 2.20. 
	
   28	
  
 
4) Corte parcial – se o corte for realizado em uma pequena parcela do objeto, 
utilizado para detalhar partes específicas do objeto, conforme pode ser 
observado na figura 2.21. 
 
Para você entender melhor sobre cortes, assista aos vídeos: 
	
   29	
  
Aula 11 - Desenho Técnico - Profissionalizante - Telecurso, com duração de tempo 
de 16 minutos, segue link: 
www.youtube.com/watch?v=K53ZIomH1gM 
Aula 12 - Desenho Técnico - Profissionalizante - Telecurso, com duração de tempo 
de 12 minutos, segue link: 
http://www.youtube.com/watch?v=WoNrZ734BSo 
 
Seções 
A seção é um corte feito no objeto em qualquer posição, e é representado como 
uma fatia do objeto, veja a figura 2.22. 
 
Atenção! 
Na seção é representada apenas a parte do objeto que é interceptado pelo plano de 
corte, os demais detalhes referentes ao objeto não são representados e é esta a 
diferença entre corte e seção. Ou seja, na seção só é representada a forma da área 
especifica em que foi cortada a peça. Para melhor entender veja a figura 2.23. 
 
	
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Como pode ser observado na figura 2.23, na vista do corte (corte AA) existem 
representações além da região interceptada pelo plano de corte. Diferente na seção 
(seção AA) em que só é visualizada a região interceptada pelo plano de corte, 
também denominada de seção transversal. 
Para melhor entender assista ao vídeo: 
Telecurso 2000 Leitura e Interp de Desenho Técnico 16 Seção e encurtamento, com 
tempo de duração de 13 minutos, segue link: 
http://www.youtube.com/watch?v=CVTPe2KXJK8 
 
Saiba mais: 
Encurtamento é um recurso utilizado para representar peças muito longas e que se 
apresentam constantes ao longo da peça, no qual para deixar mais prático 
seccionamos a peças e representamos em perspectiva nuns pedaços menores sem 
prejudicar o entendimento da peça. 
	
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Assim finalizamos essa unidade, aproveite o momento para aprofundar os 
conhecimentos lendo seu livro. Como também, faça os exercícios que ajudarão a 
fixar os conhecimentos adquiridos nessa unidade. 
Bons estudos e continuaremos na próxima unidade! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
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REVISÃO 
Nessa Unidade 2, estudamos e aprendemos os tipos de padronizações no desenho 
técnico. E para isso, você estudou sobre as normas estabelecidas pela Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Descobrimos o quanto estas normas são 
importantes para interpretação do desenho técnico, e por isso devem ser seguidas e 
realizadas ao elaboramos um projeto gráfico. E assim, você relembrou que o 
desenho técnico é uma linguagem, e por isso existem normas para sua 
comunicação. Vimos, também, sobre os formatos das folhas de desenho (prancha) 
padronizadas e denominadas em A0, A1, A2, A3 e A4. E aprendeu também a forma 
correta de arquivamento destas folhas, dobramento. Aprendeu a caligrafia técnica, 
legenda e margens. E conheceu os tipos de linhas e suas respectivas aplicações. Já 
no tema 2, estudamos os métodos de projeção ortográficas. No método ortográfico, 
os raios projetantes são perpendiculares ao plano de projeção; e no método oblíquo, 
os raios formam ângulo com o plano; e por fim, no método em perspectivas, os raios 
projetantes representam o objeto conforme o olho do observador visualiza (em 3D). 
Aprendeu, logo em seguida, que a teoria da projeção ortográfica determina que os 
raios projetantes sejam paralelos entre si e perpendiculares ao plano de projeção. 
Ficou sabendo que ao conjunto de seis vistas ortográficas formam o sistema 
ortogonal. Conheceu as três dimensões espaciais do objeto (altura, largura e 
profundidade); como sabe que estas medidas dimensionais podem ser informadas 
no desenho técnico pelo processo de cotagem. Aprendeu a relação entre essas 
dimensões, os planos de projeção e as direções das vistas. Seu estudo seguiu e 
aprendemos a classificação das superfícies e linhas. E que se as superfícies forem 
paralelas ao plano serão denominadas conforme o plano de projeção; se as 
superfícies estiverem inclinadas em relação a dois planos a superfície projetada 
será denominada de auxiliar ou acumulada; e se a superfície formar ângulo em 
todos os planos essa superfície será denominada oblíqua. Da mesma forma 
ocorrerá na classificação das linhas o qual será em relação a sua respectiva posição 
ao plano de projeção. E para finalizar a Unidade 2, você aprendeu importantes 
conhecimentos sobre vistas secionais. E estudou tipos de corte e diferença entre 
corte e seção. Assim terminamos essa unidade foi muito importante o que 
aprendemos e necessário para avançarmos na sua aprendizagem. Vamos 
continuar? 
 
 
 
 
	
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Bibliografia 
Normas: 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8403: Aplicações de 
Linhas em Desenhos – Tipos e Larguras das Linhas. Rio de Janeiro, 1984. 
___________.NBR 10068: Folha de Desenho – Layout e Dimensões. Rio de 
Janeiro, 1987. 
__________.NBR 10126: Cotagem em Desenho Técnico. Rio de Janeiro, 1987. 
___________.NBR 8402: Execução de Caractere para Escrita em Desenho 
Técnico. Rio de Janeiro, 1994. 
___________.NBR 10067: Princípios Gerais de Representação em Desenho 
Técnico. Rio de Janeiro, 1995. 
___________.NBR 12298: Representação de Área de Corte por meio de Hachuras 
em Desenho Técnico. Rio de Janeiro, 1995. 
___________.NBR 13142: Desenho Técnico – Dobramento de Cópia. Rio de 
Janeiro, 1999. 
FRENCH, T. E.; VIERCK, C. J. Desenho técnico e tecnologia gráfica. Porto Alegre: 
Globo, 2005. 
MICELI, M. T.; FERREIRA, P. Desenho Técnico básico. Rio de Janeiro: Imperial 
Novo Milênio, 2010. 
RIBEIRO, A. C.; PERES, M. P.; IZIDORO, N. Curso de desenho técnico e AutoCAD. 
São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013. 
Silva, A. et. al. Desenho técnico moderno. Rio de Janeiro: LTC, 2013. 
Silva, A. et. al. Desenho técnico. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014.

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