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Leis Orçamentárias

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Leis orçamentárias
O Orçamento da União é um planejamento que indica quanto e onde gastar o dinheiro público federal no período de um ano, com base no valor total arrecadado pelos impostos. O Poder Executivo é o autor da proposta, e o Poder Legislativo precisa transformá-la em lei. Os 26 estados, o Distrito Federal e os municípios também fazem os seus próprios orçamentos, prevendo a arrecadação e os gastos que serão realizados com os impostos arrecadados por eles, os tipos orçamentários são Plano Plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamento anual.
É através do plano plurianual que ocorre o planejamento estratégico das ações estatais ao longo do prazo, influenciando a elaboração da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual. Destina-se a formular grande diretriz, objetivos e metas de administração para as finanças públicas do Estado, orientando ações executivas voltadas à promoção do bem-estar social e progresso econômico. Objetiva identificar e avaliar projetos de grandes magnitudes e estabelecer parâmetros para a realização das despesas correspondentes. Consiste num planejamento financeiro que traça os rumos para o desenvolvimento do país e norteia a elaboração de programas nacionais, regionais e setoriais. É decorrente da instabilidade do orçamento anual, deste modo seu período é de 4 anos. Inicia-se no segundo ano de mandato e termina no primeiro do mandado subsequente. Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. O plano plurianual passou a ser um instrumento de programação econômica e das ações governamentais. Ele define o planejamento das atividades governamentais. Traça as diretrizes, metas e objetivos para: Despesas de capital, outras delas decorrentes programas de duração continuada. Os desafios apontados no plano plurianual constituem grandes temas brasileiros e abrangem notáveis demandas sociais, econômicas e relacionadas à cidadania. Os valores nele estabelecidos não constituem limites, mas estimativas à programação das despesas expressas nas leis orçamentárias. Se o Presidente não enviar o Plano Plurianual, não se poderia iniciar qualquer atividade que envolvesse despesa de capital e outras dela e para as relativas aos programas de duração continuada. Toda obra ou serviço que durasse mais de um mandato legislativo não poderia ser realizado, salvo autorização legislativa. Se o Congresso não devolver ou rejeitá-lo, o Presidente poderia promulgar o próprio projeto, assumindo o risco de administrar o país. O Plano Plurianual é dinâmico, podendo ser aletrado com as mudanças das circunstâncias econômicas e sociais do Estado.
 Já a Lei de Diretrizes orçamentárias apresenta um conteúdo voltado ao planejamento operacional do governo. Compreende prioridades e metas da administração pública para o exercício financeiro subsequente, deve traçar metas e prioridades que deverão constar no plano plurianual, orientando a elaboração da lei orçamentária anual, deve dispor também sobre alterações na legislação tributária. Autorizará aumento de remuneração de servidores, criação de cargos, alteração nas carreiras, bem como admissão e contratação de pessoal a qualquer título (Exceção das empresas públicas e sociedades de economia mista). Obs.: para criar cargo ou aumentar remuneração é necessária a edição de lei posterior específica. Estabelece ainda a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. Conter o Anexo de Metas Fiscais, que conterá as metas definitivamente estabelecidas. Este anexo refere-se a três exercícios. Contém ainda a avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior e o demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. Estas despesas dizem respeito a nomeações de servidores, elevação de padrão de progressividade funcional, aumento de vencimentos e reestruturação de planos de carreira. Há ainda o Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando providências a serem tomadas, caso se concretizem. Elas viabilizam os programas do plano plurianual. Definem quais são as ações prioritárias do Estado e apontam as respectivas metas. A discriminação das despesas é por unidade orçamentária. Se o Presidente não enviar a LDO, o congresso pode atualizar a lei do exercício anterior ou haver a necessidade de autorização legislativa específica. Se o Congresso não devolver ou rejeitar o texto, o presidente pode promulga-lo ou impor que o mesmo seja aprovado em sessão legislativa sem interrupção. Se este for rejeitado, haverá promulgação pelo presidente ou terá a necessidade de solicitação específica de verbas adicionais a todo instante.
 Entretanto a Lei Orçamentária Anual irá conter todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual.
Compreenderá: 
 I. Orçamento Fiscal: contém o que se arrecada e o que se gasta. Refere-se aos poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações.
 II. Orçamento de Investimento: refere-se às empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha maioria do capital social com direito a voto.
 III. Orçamento da Seguridade Social: abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
É necessário que esta lei guarde compatibilidade com a LDO, não podendo haver divergência entre os textos. Existe uma reserva de contingência, que é destinada a garantir pagamentos imprevistos (condenação judicial) e evitar os restos a pagar.
Os orçamentos anuais quantificam as programações, expressando a política orçamentária em números. Expressa grandes opções governamentais em matéria de política econômico-financeira, relevando os custos envolvidos e os rumos que se pretende conferir ao plano de desenvolvimento.
Portanto com base no PPA aprovado, o governo federal envia anualmente ao Congresso o projeto de uma outra lei: a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Esse projeto, que também precisa ser aprovado pelos parlamentares, define as prioridades que irão nortear a Lei Orçamentária da União (LOA), conhecida como Orçamento da União. A LDO é apresentada e votada no início do ano, e a LOA, no segundo semestre. Isso ocorre porque o planejamento deve ser feito com antecedência.
Todos os projetos das leis orçamentárias - PPA, LDO e LOA - têm autoria do presidente da República. No Congresso Nacional, eles são alterados e votados, primeiramente, na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), que é composta por deputados e senadores. Em seguida, os projetos seguem para serem votados em sessão plenária conjunta do Congresso. Depois de aprovado, o projeto do Orçamento volta ao Executivo para a sanção pelo presidente da República, transformando-se em lei. A partir desse momento, inicia-se a fase de execução, que é a liberação das verbas.

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