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O Conceito de Capital Cultural de Pierre Bourdieu na Realidade Escolar

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INTRODUÇÃO.
A presente analise é sobre Pierre Bourdieu e seu conceito de capital cultural, que segundo ele, é a discrição minuciosa de cultura num sentido amplo de gostos, estilos, valores e estruturas psicológicas que decorre das condições de vida especificas das diferentes classes sociais. A análise consiste em relacionar oque Bourdieu defendia com a realidade dos alunos nos dias atuais no ambiente escolar.
DESENVOLVIMENTO.
2.1 – Capital Cultural
Para Pierre Bourdieu a família seria a precursora do Capital Cultural do aluno, sendo responsável pela socialização e pela transmissão desse capital. Porem para Bourdieu a escola também merece muita atenção, porque é na escola que o capital cultural começa a dar lucro ou até prejuízo para o aluno, é nela que vários mecanismos diferentes serão acionados que darão destaque ao capital cultural que contribuirá para a hierarquizar os indivíduos, afetando no seu desempenho.
Bourdieu diz, que trazendo as características psicológicas para a escola como “atitude em relação ao fracasso” e “baixa autoestima” os alunos tendem a ter um desempenho muito aquém e a ter expectativas mais baixas em relação ao campo profissional. Esse efeito, Bourdieu denomina como habitus de classe, faz com que as classes inferiores se “auto releguem”. Além das disposições psicológicas, os gostos, as preferencias, as maneiras características de classe também se manifestam na escola, que auxilia no reenquadramento dos indivíduos nas suas classes de origem, é aí que a escola passa a ter um papel atuante porque reproduz os privilégios de classes de uma forma velada “aparentando neutralidade”. 
A cultura que a escola transmite está próxima da cultura dominante e os alunos que tem proximidade com essa cultura terão mais facilidade de compreensão. Além de tornar a linguística uma prioridade não assumida da transmissão da informação, as maneiras, os gostos e o interesse na cultura erudita também teriam um valor de cultura legitima para a escola. Mesmo não fazendo parte das exigências curriculares, essas características serviriam para distinguir e legitimar a cultura que o aluno adquiriu no ambiente familiar.
2.3 – Analise:
	A análise consistia em realizar uma entrevista com 11 perguntas predefinidas com um professor de ensino médio, sendo assim optei por uma professora de língua portuguesa, a mesma já leciona a alguns anos na mesma escola, onde já tem um acompanhamento continuo de seus alunos, a escola onde ela leciona está localizada no interior da cidade, por conta disso muitos alunos são filhos de agricultores.
	Iniciando a entrevista pude perceber que muito oque Bourdieu defende em sua teoria ainda está ativo no ambiente escolar, relacionando as respostas da professora com o que diz Bourdieu, observei que o capital cultural influencia muito no desempenho escolar do aluno, tanto na questão de assimilação do conteúdo, quanto um vocabulário mais amplo e melhor concentração são pontos que se sobressaem, muitos dos alunos que dispõem do dito capital cultural, tem uma visão mais ampla sobre mercado de trabalho, a maioria desses alunos tem o objetivo de seguir nos estudos para um melhor cargo profissional.
	Outro ponto em comum entre a teoria de Bourdieu e a entrevistada foi o fato de ambos destacarem que o capital cultural não necessariamente está relacionado com o capital econômico das famílias, como mencionado pela professora, nem todos os alunos tem uma vida econômica estável, porém, muitos deles dispõem de um conhecimento cultural bem aguçado.
	Mais um ponto de extrema relevância abordado pela professora foi a dificuldade de se trabalhar e instigar o capital cultural dos alunos, por não dispor de meios que facilitem essa interação como museus, teatros e cinemas, ela menciona somente a biblioteca da escola, porem os alunos não se interessam pelo acervo de livros que a escola dispõe. 
Seguindo com a análise e observando os pontos destacados pela professora em relação a dificuldade de difundir esse capital cultural na sua região, realizei uma breve pesquisa afim de encontrar algum museu, teatro e afins, constatei que o cinema mais próxima da escola se encontra a 56 km de distância e o museu encontra-se a 51 km de distância.
CONCLUSÃO.
	Nesta analise pude observar que o conceito de “Capital Cultural” de Pierre Bourdieu está presente no cotidiano escolar, e que tem uma enorme importância para o desenvolvimento dos alunos, porem todo bônus tem seu ônus, consegui perceber pelas palavras da professora que o capital cultural tanto pode ajudar, como também pode atrapalhar alguns alunos, em decorrência de alguns não disporem desse capital cultural podem se sentirem menosprezados, se auto relegarem e conviverem com baixo autoestima, podendo a vir ter um desempenho muito aquém dos demais. 
Porem os demais alunos que convivem com o Capital Cultural tem maior facilidade em acompanhar e assimilar os conteúdos da escola, melhor diálogo entre colegas e professores e também uma maior perspectiva em relação a profissão e campo de trabalho.
Sendo assim, constatei que o desenvolvimento do capital cultural não depende somente da família, mas também de oportunidades para que o capital cultural do aluno possa se desenvolver, como bibliotecas, cinemas, museus, feiras de ciências e etc...

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