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Microeconomia: Demanda e Oferta

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Universidade Estácio de Sá
Curso: Administração
Disciplina: Economia Aplicada
Aula 02 – Microeconomia
Prof. Alan Gusmão
Conhecer e compreender as variáveis e os mecanismos que regem os comportamentos dos consumidores é fundamental para os atuais ou futuros empresários, para analistas de mercado, para analistas de políticas publicas, para administradores da área de marketing, entre outros profissionais da área administrativa e/ou econômica. Também, qualquer individuo que tenha curiosidade sobre a lógica, da argumentação utilizada pelos economistas, certamente não pode prescindir deste tema básico da economia” ( Gremaud, p.15)
 
Demanda: É a disposição de comprar determinada mercadoria ou serviço.
Função de Demanda: Dão as quantidades demandadas pelos consumidores de um bem como função das condições de mercado.
Para falar: A ideia básica é a de que o consumidor quando se defronta com a necessidade de fazer escolhas esta constantemente avaliando os custos e benefícios das suas decisões. É por esta razão que se pode com muita tranquilidade , supor que ele vai adaptar seus planos de compra as situações de mercado. Se estiver favorável, compra mais, se não, compra menos. (Gremaud, p.15)
Algumas das condições que podem afetar as quantidades demandadas do consumidor são as listadas (preço do bem, preço do bem substituto ou complementar, a renda do consumidor e as preferências).
Através de modelos econométricos podemos isolar os efeitos das demais variáveis estipulando a condição ceteris paribus (tudo mais constante). Essa simplificação consiste em isolar o impacto das variações no preço sobre a quantidade demandada das eventuais mudanças nas outras variáveis.
Simplificando: 
Lei da demanda: Quanto maior for o preço, menor será a quantidade demandada em determinado período de tempo, ceteris paribus.
	Preço por barril
	Quantidade demandada
	18
	730
	20
	700
	22
	680
	24
	665
Para falar: O consumidor desejará demandar mais unidades conforme cai o preço do produto. Isso faz todo o sentido. É só pensar nos diversos bens que vocês comprar por mês. Imaginem por ex. uma camisa de marca, se ela for 200 reais, vocês vão desejar comprar uma certa quantidade de bens. Se o preço cair, é provável que vocês demandem mais deste bem. Assim a reta da curva de demanda é negativa. Conforme o preço cai, a quantidade demandada sobe. 
No caso da curva de demanda por petróleo, a curva é muito inclinada porque é muito difícil para o consumidor reduzir o consumo deste bem. Por mais que o preço aumente, fica difícil para o consumidor deixar de andar de carro ou para o estadunidense deixar de se aquecer no inverno. Quanto fica difícil para o consumidor reduzir o consumo do bem, vamos ver mais na frente que isso é uma demanda inelástica.
Ceteris paribus é um termo em latim, muito utilizado na economia, que quer dizer “tudo o mais constante”
< Mostrar figura 2.1 >
As demais variáveis, deslocariam a curva de demanda do consumidor.
Para falar:
- Preços de bens substitutos ou complementares: Se um bem for substituto (gás natural), um aumento do preço dele fará com que a curva de petróleo se desloque para a direita (dado um preço as pessoas vão querer consumir mais). Se for um bem complementar (carro), um aumento do preço dele fará com que a curva de petróleo se desloque para a esquerda (menos pessoas vão demandar petróleo a cada nível de preços).
- Renda: Para a maioria dos produtos, a curva de demanda se desloca para a direita. Ou seja, dado um preço, todo mundo vai querer comprar mais do produto se a sua renda aumentar.
- Diminuição das preferências: Resultado de uma campanha por economia de energia. Vai deslocar a curva de demanda para a esquerda. Pois a cada preço, os consumidores gostarão de comprar menos.
Função de Oferta: Dão as quantidades ofertadas pelos empresários de um bem como função das condições de mercado.
Para falar: A ideia básica é a de que o produtor também esta avaliando constantemente os custos e benefícios das suas decisões. Assim ele vai adaptar os seus planos de vendas as situações do mercado. Se o mercado estiver favorável, ele vai procurar produzir mais, caso contrário, vai diminuir a sua produção. (Gremaud, p.35)
Simplificando: 
Para falar: Nesta simplificação, estamos de novo recorrendo a clausula ceteris paribus para poder isolar o impacto de variações no preço sobre a quantidade ofertada das eventuais mudanças nas outras variáveis. Deste modo, vamos supor que as demais variáveis que podem influenciar as decisões dos empresários também permanecem inalteradas. (Gremaud, p.36)
Lei da Oferta: Quanto maior for o preço, maior será a quantidade ofertada em determinado período de tempo, ceteris paribus.
	Preço por barril
	Quantidade demandada
	18
	600
	20
	700
	22
	775
	24
	825
< Mostrar figura 2.2 >
Para falar: Podemos perceber que a curva de oferta do produtor é positivamente inclinada. Isto acontece porque aumentos no preço do produto dão aos produtores de petróleo maior incentivo para refiná-lo e oferecê-lo para venda. Estudos específicos mostram que vários mercados possuem essa tendência. (Mansfield, p.12)
As demais variáveis, deslocariam a curva de oferta do produtor.
- Teconologia: Torna possível para a empresa vender o produto mais barato. Muitas vezes ela faz isto para vencer a concorrência com os demais produtores. Assim, a curva de oferta se desloca para a direita.
 - Preços dos insumos: São os preços dos recursos utilizados na produção. Reduções nos preços dos insumos possibilitam que a firma produza mais barato, deslocando a curva para a direita.
- Preço dos bens substitutos e complementares: Não diz no Mansfield, mas deve deslocar a curva de oferta do produtor para a esquerda. Pois o cenário do mercado piora para ele e ele deve querer produzir menos. Seria algo que afeta os dois lados, oferta e demanda. Se ele especificou na função de oferta e porque também afeta a oferta.
1. Equilíbrio de Mercado: 
Ponto de equilíbrio: Situação onde não há tendência de mudança. É um preço que pode ser mantido por um determinado período de tempo devido a forças básicas de mercado.
< Mostrar Figura 2.3 >
			
Para falar: No nosso exemplo de petróleo, temos que a curva de oferta e a curva de demanda se cruzam quando a quantidade é 700 e o preço é 20. Este é o ponto de equilíbrio do mercado. Se o preço estiver acima, então o preço do produto será enxergado como algo caro, as pessoas não vão querer comprar e como consequência teremos um excesso de oferta. Com muito estoque, os produtores vão descer os preços para conseguir vender mais.
 Se o preço estiver abaixo, então o preço do produto será visto como algo barato. As pessoas vão querer comprar, haverá então um excesso de demanda. No primeiro caso, os produtores vão querer abaixar o preço para se livrar dos estoques, e no segundo vão aumentar o preço para maximizar os seus lucros. Então, estamos vendo que “as forças básicas do mercado” estão levando a economia para aquele ponto de equilíbrio.
O preço de equilíbrio é aquele onde não há descompasso, ou seja, onde a quantidade demandada é igual a quantidade ofertada.
Para falar: Vimos na parte da teoria do consumidor que a curva de demanda representava a resposta dos consumidores às variações nos preços. Assim, quanto menor o preço de um produto, mais os consumidores devem querer consumi-lo. Por isto a inclinação da curva de demanda era negativa. Já no caso da curva de oferta, vemos que ela tende a possuir uma inclinação positiva. Assim, os produtores aceitarão aumentar os níveis de produção (aumentando os seus custos unitários devido à lei dos rendimentos decrescentes no curto prazo ou das deseconomias de escala no longo prazo) se o preço do produto aumentar. Assim a curva de oferta para o produtor tende a possuir uma inclinação positiva.
É interessante destacar que didaticamente é muito convenientetrabalhar com funções de oferta e demanda lineares para ilustrar os conceitos envolvidos. Na prática, porém, as funções de oferta e demanda estimadas por meio de técnicas de estatística aplicada à economia, conhecidas como técnicas econometricas, não se restringem a esta especificação, ou seja, podem ser, sem qualquer problema, representadas por funções não lineares. (Gremaud, p.71)
Em “A” temos um preço muito mais alto que o de equilíbrio. Neste caso, teremos muito menos gente demandando frente aos ofertantes. Com isto, estamos em uma situação onde há excesso de oferta. Os produtores se veriam frente a um acumulo de estoques e com isto serão tentados a diminuir o preço dos produtos para se livrar dos estoques indesejáveis. Por outro lado, quando o preço se encontra em “B” temos um excesso de demanda, pois o preço do produto está barato demais. Como consequência, os consumidores disputarão os bens se propondo a pagar mais por eles. Isto elevará o preço para o ponto de equilíbrio. (Adaptado de Gremaud, p.60).
Ex.: Equilíbrio no Mercado de Café
Ex. de Função de Demanda: Qd = 300-8p
Ex. de Função de Oferta: Qs= +2p
Para falar: 
Para construir as curvas de demanda e oferta, jogar p=0 e p=37.
Na função de demanda estamos vendo que quanto maior o preço de um bem menos as pessoas devem demandar este bem. Como veremos mais adiante, esse caso acontece para praticamente todas as mercadorias. Por isto a chamamos de um “Bem comum”.
Na função de oferta acontece o contrário. Como a função de oferta está medindo a resposta do produtor a aumentos no preço da mercadoria, temos que aumentos nos preços das mercadorias levam a aumentos na quantidade produzida. Isto porque no curto prazo permitirá ao empresário aumentar o seu insumo variável mais, pressionando mais os custos marginais e no longo prazo a permitir uma maior deseconomia de escala.
Qual a quantidade e o preço de equilíbrio nos exemplos acima? 
Q equilíbrio= ? 
P equilíbrio= ?
300-8p = +2p 
10p=300
P=30
Substituindo em Qs= 2(30)=60	Qd = 300-8(30)= 300 -240 = 60
Graficamente:
Para falar: Na hora de construir o gráfico, jogar os valores P=0 e P=37 nas equações de demanda e oferta para montar as curvas de demanda e oferta.
P=25 -> Qd = 300-8(25)=100	 P=35 -> Qd = 300-8(35)=20
P=25 -> Qs=2(25) = 50	 	 P=35 -> Qs=2(35) =70
E porque o preço de mercado é o do intercepto? Porque quando o preço é igual a 25 a mercadoria está muito barata e temos um excesso de demanda. Demandam-se 100 unidades e ofertam-se 50 unidades (excesso de demanda de 100-50= 50). Com isto os produtores tendem a reajustar os preços até o valor de 30, que equilibra a oferta e a demanda de mercado.
Já quando o preço é igual a 35, então a mercadoria está muito cara e temos um excesso de oferta. Demandam-se 20 unidades e ofertam-se 70 (excesso de oferta de 50 unidades). Com isto os produtores abaixarão os preços até o valor de 30, que equilibra a oferta e a demanda de mercado.
E se o preço for 25 reais?
P=25 -> Qd = 300-8(25)=100
P=25 -> Qs=2(25) = 50
Excesso de demanda de 50
E se o preço for 35 reais?
P=35 -> Qd = 300-8(35)=20P=20 
P=35 -> Qs=2(35) =70
Excesso de oferta de 50 unidades
2.Tipos de Bens: Análise da demanda por um bem x1.
Função de demanda: 
Objetivo: Verificar como varia a demanda por um bem x1 quando os preços (p1 e p2) e a renda variam.
2.1. Quando a renda varia : 
Ex.: a renda sobe ()
Bem normal: A quantidade demandada por também sobe.
Ex.: Ao receber um acréscimo salarial, passo a viajar mais. Viagem é um bem normal.
Os bens normais se dividem em “bens necessários” e “bens de luxo”:
Bens necessários: 
Bens de luxo: 
Para falar: É facil de entender a diferença entre esses bens. Em um bem necessário, exemplo. arroz e feijão, a demanda responde pouco a um acréscimo na renda. Não é esperado que voce consuma muito mais de feijão se sua renda aumentar. Acontece porém, que quando a sua renda cai, voce vai procurar manter o seu consumo de feijão nos mesmos patamares de antes, pois o feijão é fundamental para sua subsistência. Desta forma, dizemos que os bens necessários são mais inelásticos a renda. Ou seja, quando a renda varia, a demanda pelo bem necessário varia menos. 
Viagens podem ser também um bem de luxo. Pois se a sua renda aumenta um pouco, pode ser que você queira viajar. Se ela cair, pode ser que viagem seja o primeiro item do seu orçamento que você vá cortar.
Bem inferior: Quando a quantidade demandada por cai.
Ex.: Bens com baixa qualidade. Sair de Salsicha para Carne ou de Itaipava para uma Bohemia. Itaipava e Salsicha são bens inferiores.
2.2 Quando o preço do bem 2 varia ()
Ex.: o preço do bem 2 sobe ()
Substitutos: A quantidade também sobe. São bens que concorrem entre si.
Para falar: 
São exemplos: Lápis e canetas. Aluguel e compra de imóveis. Ingresso de cinema e aluguel de DVD. Margarina e Manteiga.
Complementares: A quantidade demandada de cai. São bens consumidos em conjunto. 
Para falar: 
São exemplos: Sapatos e meias; cachorro quente e mostarda. Café e açúcar.
2.3 Quando o preço do bem 1 varia ()
Ex.: o preço do bem 1 cai ()
Bem comum: A demanda pelo bem . É o efeito esperado, pois quando o preço de um produto cai esperamos que a demanda por este bem aumente.
Bens de Giffen: A demanda pelo bem . Pode acontecer quando um dos bens é inferior. Quando cai o , posso comprar mais de e atingindo um novo equilíbrio onde agora consumo mais do outro bem.
Para falar: Há exceções. Exemplo: Antes meu dinheiro dava pra comer salsicha 6 dias por semana e 1 dia de carne. Como o preço da salsicha ficou mais barato, agora posso alocar a minha renda de forma que eu possa consumir 5 salsichas e 2 carnes. Neste sentido, quando o preço da salsicha diminuiu, eu saí do consumo da salsicha pro de carne.
Um economista do século XIX, chamado Giffen, percebeu que a regra não valia para todos os bens. Imagine uma família que só pode destinar 40 reais por semana para a proteína do almoço. Ela só come carne , que sai por 10 reais, uma vez por semana. Nos outros seis dias, come salsicha, que sai por 5 reais por dia. Certo dia o preço da salsicha cai para 3 reais. Os seis dias de salsicha vão cair de 30 para 18 reais. Opa! Sobraram 12 reais. Significa que dá pra comer carne mais um dia! A família percebe, então, que com os mesmos 40 reais, passa a ser possível comer carne por dois dias e salsicha no resto da semana. Conclusão: o preço da salsicha caiu, mas seu consumo caiu também, em vez de subir. O chamado bem de Giffen (no nosso exemplo, a salsicha) é, em geral, um bem de pouca qualidade ou barato, que você só consome porque não tem outra saída. Assim, logo que pode, tira da listinha de compras.
P Carne: 10		P Salsicha: 5		Renda do consumidor: 40
10 5 5 5 5 5 5 = 40 reais gastos na semana.
P Salsicha: 3
10 10 3 3 3 3 3 = 35 reais gastos
Exemplo: 
Como:
 : bem comum
: bens substitutos
: bens complementares
: bem normal
: bem de luxo
Para falar: Lembrar que provavelmente essa equação tem que estar com porcentagem dos dois lados, para ser uma variação percentual de x em y. Captar a ideia de elasticidade.
3. Elasticidade
Elasticidade-Preço da Demanda: Mede qual a variação percentual na quantidade demandada dada uma variação percentual nos preços. Ou seja, mostra o quanto a demanda é afetada quando os preços são alterados.
Para falar: Para entrarmos nesse conceito, primeiro eu deixo uma pergunta para vocês: Se o produtor aumentar os seus preços, obrigatoriamente ele vai aumentar a sua receita???? A resposta é depende! Vai que a queda na demanda foi brusca, então neste caso ele estará pior com esta ação.
É de extremo interesse dos empresários saber como varia a quantidade demandada pelos consumidores dado um reajuste ou uma queda nos preços do seu produto. Em um mercado de refrigerantes significaresponder qual é a magnitude da resposta dos consumidores a mudanças nos preços dos refrigerantes? Se houver um aumento de 10% no preço do refrigerante qual será o percentual de queda na quantidade demandada? (Gremaud, p.69).
No nível macroeconômico, se o governo pensa em diminuir o IPI dos carros, ele se perguntará primeiro sobre qual será o impacto no aumento da quantidade demandada de carros dado a redução de preços.
A elasticidade-preço da demanda em cada ponto da curva de demanda do mercado é definida como a mudança percentual na quantidade demandada que resulta de uma variação de 1% nos preços. Logo, mede a sensibilidade da quantidade demandada a variações no preço em um determinado ponto da curva de demanda. (Mansfield, p.105)
Até agora sabemos pelo formato da curva de demanda que quando p sobe, x1 desce. Ou seja, a direção do consumo do bem x1 e não a sua magnitude. Não conseguimos responder a seguinte pergunta: Se p1 sobe 10%, quantos % desce a quantidade consumida de x1 ? Com frequência é interessante saber o quão sensível é a demanda dada uma variação nos preços. Para responder a esta questão: Elasticidade.
O termo elasticidade significa sensibilidade. Então, alta elasticidade significa alta sensibilidade a mudanças nos preços.
Na realidade, a elasticidade mostra quão sensíveis são os consumidores de um produto x quando o seu preço sofre uma variação para mais ou para menos. Em outras palavras, a elasticidade serve para medir a reação, grande ou pequena, desses consumidores diante de uma variação do preço do produto X. O mesmo raciocínio poderia ser aplicado a uma variação na renda real dos consumidores. Neste caso, estaríamos medindo o quanto a demanda pelo bem X é sensível a uma variação na renda dos consumidores, e teríamos então a elasticidade-renda da demanda.
Def. Chiang: Os economistas gostariam de ter uma medida da sensibilidade da demanda em relação a variações no preço que não pudesse ser manipulada pela escolha de unidades e que pudesse ser utilizada para comparar hábitos de consumidores em diferentes países com diferentes moedas e medidas de peso e volume. A solução para isto é a elasticidade. 
E porque variações nas porcentagens? Porque variações absolutas nos preços não nos dizem nada. Uma variação de 100 reais no preço de um carro não significa nada. A mesma variação no preço do feijão é um desastre. Por isto que se utilizam variações percentuais e não variações absolutas, para mensurarmos a sensibilidade da demanda em relação a aumentos nos preços. 
A elasticidade é calculada pressupondo tudo o mais constante. Esta limitação acabou sendo superada pelo desenvolvimento de técnicas estatísticas e econométricas que permitem a separação dos efeitos de mudanças simultâneas nas variáveis que afetam a demanda, renda e preços. Com estas efeitos desagregados passa a ser possível obter estimativas da elasticidade-preço da demanda. (Gremaud, p.73)
Variação percentual de uma variável é a variação absoluta dividida pelo seu valor inicial. 
Ex.: Preço = 200 -> 204
Para falar: Se o preço de um bem era 200 e passou para 204, temos que ele aumentou 2%. Isto pode ser verificado da seguinte forma:
Para falar: A fórmula de elasticidade é então o impacto da variação percentual nos preços (dado no denominador) na quantidade demandada de um bem (que está no numerador). A elasticidade costuma ser calculada no ponto. 
Ou seja, os empresários estão querendo saber dado o preço atual qual é a elasticidade dele. Assim se ele aumentar o preço, a demanda cai menos ou mais e consequentemente a sua receita cai menos ou cai mais.
Lembre-se que 
O pindyck põe as porcentagens em cima e embaixo e divide as duas. Fazer a mesma coisa durante a aula. Por ex.: 4% / 2 % = 2%
					 
Onde: dq/dp = inclinação da curva de demanda.
P e q = Preços e quantidades de equilíbrio.
Se -> demanda elástica. (
-> demanda unitária. (
-> demanda inelástica. (
Elasticidade e Receita Total (Quando o 
Demanda elástica: RT cai.
Demanda unitária: RT tende a se manter constante.
Demanda inelástica: RT sobe.
Para falar: A elasticidade é negativa pq aumentos no preço diminuem a quantidade. Mas os economistas costumam trabalhar essa variável em módulo. Pensem na elasticidade como a sensibilidade da quantidade demandada em relação aos preços. 
Quando a demanda é elástica, a quantidade demandada é muito sensível em relação aos preços. Logo, o gasto total com o produto diminui quando se aumentam os preços. Desta forma, seria pouco interessante para um produtor que se depara com um trecho onde a demanda é elástica, elevar mais seus preços. Pois a sua receita diminuiria devido a uma queda relativamente maior da demanda pelo seu produto.
Quando a demanda é inelástica, temos que a quantidade demandada é pouco sensível a aumentos nos preços. Desta forma, se o produtor optar por elevar os preços de uma mercadoria, o consumo cairá proporcionalmente menos, aumentando dos gastos do consumidor e o lucro do produtor.
Quando temos elasticidade unitária, os gastos com o produto se mantém constantes (Ex.: sempre 100 mil). Se os preços aumentam, o consumo diminui até chegarmos ao valor do gasto que tínhamos antes.
Simon: Se o preço de um bem sobe, então a variação no gasto total daquele bem é indeterminada à primeira vista, pois gasto é preço vezes quantidade e esses dois caminham em direções opostas. A elasticidade resolve essa questão pois para um bem inelástico, um aumento no preço leva a um acréscimo no gasto total. Para um bem elástico, um aumento no preço leva a um decréscimo no gasto total.
O que importa na verdade é a magnitude da medida e não o seu sinal. Por esta razão, normalmente, os economistas ignoram o sinal negativo e analisam apenas o valor absoluto ou o módulo da medida de elasticidade-preço da demanda. (Gremaud, p.72)
Cada ponto ao longo da curva de demanda linear tem sua própria elasticidade-preço distinta. Esse é um resultado que se aplica a todas as curvas de demanda lineares. Assim, a elasticidade é maior do que 1 acima do ponto médio e menor do que 1 abaixo do ponto médio. (Mansfield, p.108) Por fim, se a demanda por um produto fosse de elasticidade unitária, aumentos ou reduções nos preços não afetariam os gastos com o produto porque qualquer variação percentual no preço estaria associada a uma variação percentual de igual quantidade na direção oposta. (Mansfield, p.112)
Fatores que influenciam a elasticidade: 
1.Possibilidade de Substituição: Quanto mais substitutos, maior será a elasticidade preço da demanda.
2.O grau de essencialidade: Quanto mais essencial o bem, mais inelástica deverá ser sua demanda. Ex: alimentos básicos e remédios.
3.Importância relativa do bem no Orçamento do Consumidor: Quanto menor for o peso do bem no orçamento do consumidor, mais inelástico deverá ser a sua demanda
4.Tempo: Quanto mais no longo prazo, mais elástica será a demanda.
Se um bem tem muitos substitutos: Alta elasticidade.
Para falar: Pois um aumento de p1 fará com o que os consumidores busquem x2. Ex., se o preço da manteiga aumenta muito, é de se esperar que os consumidores migrem para margarina.
Se um bem tem poucos substitutos: Baixa elasticidade.
Para falar: Barcas ou trem. Se o preço das passagens de barcas ou trem aumentam, os passageiros não tem muitos meios de substituir a ida ao trabalho por um desses meios e é provável que tenham que aceitar pagar passagens mais altas.
Exemplo de Elasticidade: 
Função de demanda: Qd = 100 -5P
Preço de equilíbrio: P = 10
Resolução: Qd = 100 -5 (10) = 50 
 (em módulo = 1)
Logo, ao preço vigente, a elasticidade-preço da demanda é unitária.
Para falar: Como a elasticidade é unitária, isto significa que se o empresário aumentar o preço marginalmente a sua receita total deve se manter praticamente constante. Só vale para valores marginais, porque senão o erro aumenta muito.
(ex.: P aumenta 1%)
Antes: 
RT = PQ = 10*50=500Depois: 
P = 10,1
Q = 100 -5(10,1)=49,5
RT = 499,95
(ex.:P aumenta 10%)
Antes: 
RT = PQ = 10*50=500
Depois: 
P = 11
Q= 100 -5 (11) = 45
RT = 495
4. Estruturas de Mercado
Para falar: A análise que fizemos a respeito do custo da firma vale para qualquer firma que deseja maximizar lucros, seja uma firma pequena ou uma grande firma monopolista (desde que a firma tome os preços dos insumos como dados). Vamos agora analisar a segunda etapa do problema de maximização de lucros escrito em duas etapas, ou seja, a escolha do nível ótimo de produção. Porém, como vimos, precisamos dizer algo sobre o ambiente de mercado em que a firma está inserida. Toda firma tentará cobrar o preço mais alto possível pelo seu produto. Existem dois fatores que impedem a firma de cobrar um preço muito alto pelo seu produto. O primeiro é a demanda de mercado. Se o preço for alto demais, ninguém ou quase ninguém comprará o bem. O segundo fator é a existência de outras firmas produzindo o mesmo bem. Se a firma cobrar um preço muito alto, os consumidores provavelmente comprarão o bem de firmas que o vendem a um preço mais barato. Portanto, para modelarmos o comportamento da firma, precisamos supor algo sobre o ambiente econômico em que está inserida. O ambiente em que estudaremos o comportamento da firma será competição perfeita (ou concorrência pura).
Mercado: É o espaço de concorrência entre as firmas que disputam a renda dos consumidores de um determinado conjunto de produtos substitutos próximos entre si.
Estruturas de Mercado: Descreve a natureza das firmas e como elas se comportam para maximizar seus lucros. Os mercados se estruturam de acordo com o número de firmas e a (homogeneidade ou) diferenciação dos produtos.
Para falar: Os dois exemplos clássicos de mercados são o monopólio (uma firma) e a concorrência perfeita (milhares de firmas). A grande maioria dos mercados, contudo, encontra-se na imensa variedade de possibilidades entre esses dois extremos. Apresentando um número variado de firmas, de diferentes tamanhos, mais ou menos estáveis e com diferentes custos de entrada e saída. (Gremaud, p.124). Os produtos que compõem um determinado mercado normalmente são avaliados à partir das elasticidades cruzadas da demanda e o deslocamento geográfico do produto (Gremaud. p.125)
 Dizer que um produto é homogeneo é dizer que eles são perfeitos substitutos entre si. Como resultado, os compradores são indiferentes quanto à firma da qual eles irão adquirir o produto.
- Concorrência perfeita: Milhares de produtores e consumidores e nenhum deles consegue ter influência sobre o preço. 
Para falar: O produtor é obrigado a vender o produto ao preço de mercado e esses produtos são homogêneos.
A hipótese de competição perfeita é razoável para mercados onde o número de firmas é grande, e cada firma produz uma parcela pequena da produção total do bem. Um mercado como o de pães é um mercado competitivo (ou com características muito próximas de um mercado competitivo): cada padaria sabe que não pode cobrar um preço muito alto pelo seu pão, pois nesse caso perderia sua clientela. Outra característica comum a mercados competitivos é a entrada e saída livres (ou sem muitas dificuldades) do mercado. Montar uma padaria é um empreendimento que tem um custo, mas não tão alto que impeça o surgimento de novas padarias, como podemos ver em qualquer cidade, onde novas padarias abrem e velhas padarias fecham. O mercado em competição perfeitaé uma versão idealizada do mercado concorrencial. O mercado de alguns produtos agrícolas é outro exemplo.
- Concorrência monopolística: Existem muitas firmas vendendo produtos diferenciados que sejam substitutos entre si
Para falar: a concorrência monopolista é uma estrutura de mercado que contém elementos da concorrência perfeita e do monopólio, ficando em situação intermediária entre as duas formas de organização de mercado. Por um lado tem muitos vendedores. Por outro seus produtos são um pouco diferenciados, o que permite algum poder sobre os preços.
Exemplos: calças jeans, pizzarias, nescau e ovomaltine. Um jeans é levemente diferenciado de outro. Várias empresas vendem jeans com caracteristicas e qualidades diferentes e isto permite diferenciação de preços.
- Oligopólio: Quantidade restrita de firmas e cada uma delas possui alguma influência sobre o mercado.
Para falar: Neste caso temos um número pequeno de grandes empresas que controlam o mercado. Assim, possuem grande influência sobre os preços. Varios mercados no brasil são oligopolistas, como o de automóveis e cervejas.
Os produtos podem ser homogeneos: cimento, aluminio, cobre e aço. Os produtos podem ser semelhantes mas não identicos: carros vectra e gol, cigarros marlboro e free.
- Monopólio: Um produtor e milhares de consumidores. Escolhe o nível de preços que maximiza o seu lucro. 
Para falar: O monopólio é uma situação de mercado em que existe um só produtor de um bem ou serviço que não tenha substituto próximo. Devido a isso, o monopolista exerce grande influência na determinação do preço a ser cobrado pelo seu produto. De fato, iremos verificar que o monopolista é um formador de preço. Isto significa que o monopolista tem a capacidade de escolher o preço do produto.
Um monopólio se dá por vários motivos: 
Pode ser “Natural”, quando a estrutura de custos inibe a entrada de novas empresas nos mercados. neste caso, os custos fixos são muito grandes e os custos marginais muito baixos (saneamento básico, energia elétrica, água).
“Legal”: Direito exclusivo concedido pelo governo para uma empresa atuar.
“Patentes”: Comercialização exclusiva de um produto inventado por uma determinada empresa. Ex.: remédios.
“Acidental”: Com empresas pioneiras dominando os mercados (microsoft). 
Falar sobre o que eu vi la no uruguai. O palestrante do prédio da telefonica antel pra se defender das acusações da população uruguaia, falou que eles não eram um monopólio porque qualquer empresa que quisesse poderia entrar no mercado. Ele estava falando a verdade em parte. Eles não eram um “monopólio legal” mas a estrutra de custos e o tamanho do mercado impedem que outra pessoa tente entrar no mercado. Ou seja, eles são um “monopólio natural”. Obviamente, eles não tem culpa por isto.
O monopólio também produz no nível onde RMg=Cmg. Ocorre que agora, a RMg não é fixa e não é igual ao preço. Conforme a quantidade produzida aumenta, o preço vai diminuindo e a RMg no produtor cai muito pois se diminui a receita para todos os bens vendidos anteriormente. Assim, no monopólio, o produtor vende neste nível e observa o preço que será cobrado na curva de demanda. O monopólio implica em quantidades produzidas menores e preços maiores do que no caso da concorrência perfeita e isto traz um “peso morto”. Por causa deste “peso morto” o monopólio pode trazer perdas grandes em termos de preços altos para o consumidor. Uma empresa continua sendo monopólio apesar dos altos graus de economias de escala devido a vários fatores que são denominados de barreiras à entrada (patentes, regulação governamental, elevadas exigências mínimas de capital, economias de escala. Propaganda, design e promoção). (Resumo do cap.7 – Gremaud). 
Índices de concentração.
Para falar: A fim de tornar possível a comparação entre os diversos mercados, foram desenvolvidas medidas de concentração que mostram em que intensidade a oferta é controlada por poucas firmas. Essa é uma medida também que pode indicar quais mercados estão mais sujeitos ao exercício do poder de mercado das firmas maiores. Esta ideia surge da comparação entre a concorrência perfeita – em que nenhuma firma é individualmente relevante frente ao tamanho de mercado (não há qualquer contratação de mercado) eo monopólio em que todo o mecado é controlado por apenas uma única empresa (a concentraão é absoluta).
1. Razão de Concentração (Cn): Soma a participação das n maiores empresas no mercado.
2. Índice de Herfindahl-Hirshman(HH): Soma o quadrado das participações de todas as empresas no mercado.
Para falar: No caso da maior concentração possível o HH seria igual a 100² = 10.000 (monopólio). No caso da concorrência perfeita, a participação de cada firma é insignificante, sendo ainda menor quando elevada ao quadrado, o que resulta no índice próximo a 0. (Gremaud, p.128)
Para chegar aos resultados do HH é necessário ter informações sobre todas as firmas do mercado. Como é difícil ter o dado para todas, é comum adotar a hipótese conservadora (que teria o menor efeito sobre a medida de concentração) de que as menores firmas sobre as quais não se tem informações disponíveis, possuem participação equivalente à menordas firmas para a qual se sabe a participação do mercado. (Gremaud, p.128)
Vantagens: Atribui um maior peso para as maiores empresas e considera todas as empresas do mercado.
HH < 1000: Não concentrado
1000 < HH < 1800: Moderadamente concentrado
HH > 1800 : Altamente concentrado
Exemplo: Mercado de Leite Condensado. (Gremaud, p127).
	Empresa
	Participação
	Nestlé
	43,3
	Fleischmann
	22,1
	Parmalat
	16,4
	Mococa
	12,7
	Itambé
	5,5
	Total
	100
 ?
 ?
HH = ?
Para falar:
 
 
HH = 1874,89 + 488,41 + 268,96 + 161, 29 + 30,25 = 2823,8 -> altamente concentrado.
========================== FIM ===============================
E você, sabe calcular a variação percentual de determinado valor?
Alguns podem pensar: não, não sei. Como calcular corretamente? Bom, isso é fácil de resolver, basta aplicar uma simples fórmula matemática: dividir o valor final pelo valor inicial, tirar 1 e multiplicar por 100. Talvez não tenha ficado claro. O melhor é usar um exemplo. Vamos pegar o preço do feijão apurado pelo cálculo do IPC-FESO (índice de preços ao consumidor de Teresópolis) nos últimos 2 meses. No mês de julho, o quilo do feijão preto custava, em Teresópolis, em média, R$ 3,82. No mês de agosto este valor caiu para R$ 3,69. Pela fórmula calcula-se: 3,69 / 3,82 = 0,966, mas 0,966 – 1 = -0,034 e, finalmente, -0,034 * 100 = - 3,4%. Ou seja, o feijão preto caiu 3,4% no mês de agosto.
Outros podem pensar: eu já sei calcular isso. O que esse assunto me interessa? Neste caso, o fato de saber calcular o valor já é um ponto positivo, mas você sabe o motivo de fazermos “-1”? E a razão pela qual multiplicamos o valor encontrado por 100? Bom, o “menos 1” é porque estamos interessados na variação propriamente dita. Então, a variação deve ser calculada com a seguinte fração:
Está aí o motivo! Precisamos descontar o “patamar inicial” do que se deseja medir.
E a multiplicação por 100? Bom, na verdade o que se faz é multiplicar e dividir por 100. Das propriedades da matemática sabemos que multiplicar e dividir um número pelo mesmo valor não altera em nada nosso resultado, e é exatamente isso que fazemos, já que o símbolo “%”, como o próprio nome sugere, substitui uma divisão por 100. Então, se multiplicamos por 100 e colocamos o símbolo “%”, então, no final das contas, estamos multiplicando e dividindo pelo mesmo valor, sem alterar nosso resultado final.
Obs.: Supondo que não estamos na concorrência perfeita, pois nela a curva de oferta de mercado no longo prazo é horizontal (As empresas vão entrando no mercado até o preço igualar o cme min. Ou seja, o lucro econômico se tornar igual a zero. Pois cme.y=ct p.y=rt). Na concorrência perfeita, o curva de oferta da industria é horizontal porque enquanto houver lucros “extraordinários” (econômicos) e sabemos que não há barreiras à entrada, então mais empresas entraram deslocando a oferta até ela se tornar aproximadamente uma linha horizontal. Ou seja, na concorrência perfeita, a curva de oferta da indústria no LP é horizontal e a curva de demanda é negativa. Tirando esta situação extrema, então a curva de oferta da industria terá inclinação positiva.

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