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* * ALGUNS PROBLEMAS DA NORMA CULTA * * * * MAU e MAL MAU: adjetivo; equivale a “ruim”, “de má qualidade”, antônimo de “bom”, admite o feminino “má” e o plural “maus”; Ex: Hoje foi um mau dia. MAL: pode ser um advérbio – equivale a “de modo errado”, “pouco", “escassamente”; antônimo de “bem”; não possui plural. Ex: Ele comeu mal. Pode ser um substantivo. Como substantivo, quer dizer "aquilo que é nocivo, prejudicial", ou então "doença", "epidemia”. Nesse caso, admite plural. Ex: Sofre desse mal desde os oito anos de idade. Não há motivos para praticarmos o mal. Os males da humanidade... * * SENÃO e SE NÃO SENÃO: equivale a “caso contrário”, “a não ser”. Ex: É melhor irmos, senão chegaremos atrasados. Não fez nada senão comer. SE NÃO: inicia as orações adverbiais condicionais; é antônimo de “se”. Ex: Se não chover, iremos para casa. (≠ se chover...) * * AFIM e A FIM DE AFIM: adjetivo; equivale a “semelhante” Ex: Estes papéis são afins àqueles. A FIM DE: locução prepositiva; substitui a preposição “para” (“com a intenção de”). Ex: Ela está aqui a fim de te ver. (ideia de finalidade) * * A e HÁ O verbo haver é empregado para denotar tempo decorrido, equivalendo, nesse sentido, ao verbo “fazer”. (verbo impessoal). A melhor maneira de se distinguir o uso de “há” ou “a” é substituir, quando possível, a expressão temporal em questão por “faz”. Ex: Há três dias não o vejo. (Faz três dias...) Daqui a pouco chegaremos. (daqui faz pouco...) ??? Pergunta: Nada a ver ou nada haver? * * AO INVÉS DE e EM VEZ DE AO INVÉS DE: significa “ao contrário de”. Ex: Ao invés de ir trabalhar, ficou em casa dormindo. (ir trabalhar e ficar em casa são ideias opostas). EM VEZ DE: significa “em lugar de”. Ex: Em vez de ir trabalhar, foi ao shopping fazer compras. (sair para o shopping não apresenta uma ideia oposta a sair para trabalhar, mas uma “troca”, uma “preferência”.) * * MAS e MAIS MAS: conjunção que indica adversidade ou contrariedade; equivale a “porém”, “entretanto”, “contudo”, “todavia”. Ex: Íamos ao cinema, mas choveu. MAIS: advérbio de intensidade; antônimo de “menos”. Também pode estabelecer comparações. Indica sempre uma noção de maior quantidade, ou intensidade, ou excesso. Pode significar “os outros”. Ex: Ela é mais divertida do que você. Não me procure mais. Vou embora, os mais que se decidam. * * POR QUE, PORQUE, POR QUÊ, PORQUÊ POR QUE: pronome interrogativo + que – equivale a “por qual motivo” Ex: Por que ela saiu sem avisar? OU - Preposição por + pronome relativo que – equivale a “pelo (o) qual”. Ex:Esta foi a razão por que eu saí. Estes são os direitos por que estamos lutando. PORQUE: conjunção casual ou explicativa.(“pois”, “visto que”, “dado que”). Ex: Porque choveu, eu saí mais cedo. Você chegou cedo porque estava chovendo? POR QUÊ: pronome interrogativo (ou indefinido) + que; usado APENAS próximo a sinais gráficos de pontuação. Ex: Você saiu? Por quê? PORQUÊ: Substantivo; equivale a “motivo”, “razão”. Ex: Qual o porquê dele ter saído sem avisar? * * BIBLIOGRAFIA CAETANO, Marcelo Moraes. Caminhos do texto: produção e interpretação textual: inclui teoria e prática. Rio de Janeiro, Ed Ferreira, 2010. * * * * ATENÇÃO! Quando escrevemos no “bate-papo” do facebook, ou aplicativos como Whatsapp, usamos abreviações de palavras. No entanto, na norma culta essas abreviações são PROIBIDAS! É errado escrever: q – que vc – você mto – muito ... * * ESTRANGEIRISMO O estrangeirismo é um fenômeno linguístico que consiste no uso “emprestado” de uma palavra, expressão ou construção frasal estrangeira, em substituição de um termo na língua nativa. Exemplos de estrangeirismos: Okay, brother, croissant, designer, jeans, link, cappuccino, yes, show, site, pizza, hot dog, reveillon, stop, pink, internet. Existem também alguns estrangeirismos que devido ao seu frequente uso na língua portuguesa, já foram incorporados ao léxico da língua, ou seja, já são palavras dicionarizadas. São exemplos: shampoo (xampu), deletar (delete), football (futebol), basketball (basquete). Já outras palavras sofrem modificações na sua pronúncia por uma questão de acomodação da linguagem, adaptando-as para uma pronúncia semelhante às palavras da língua nativa. Este outro fenômeno é popularmente chamado e aportuguesamento. Vejamos exemplos de palavras “aportuguesadas”: Recorde, abajur, etc. * * * * * * * * * * http://www.kibeloco.com.br/categoria/pracas-do-braziu/ * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * O que mudou no Novo Acordo Ortográfico Trema: não se usa mais o trema, salvo em nomes próprios e seus derivados. Acento diferencial: não é preciso usar o acento diferencial para distinguir: Para (verbo) de para (preposição) “Esse carro velho para em toda esquina”. “Estarei voltando para casa daqui a uma hora”. * * Acento Agudo Ditongos abertos “ei”, “oi” Não se usa mais acento nos ditongos ABERTOS “ei”, “oi” quando estiverem na penúltima sílaba. He-roi-co ji-boi-a As-sem-blei-a i-dei-a Pa-ra-noi-co joi-a OBS. Só vamos acentuar essas letras quando vierem na última sílaba e se o som delas estiverem aberto. Céu véu Dói herói Chapéu beleléu *Rei, dei, comeu, foi (som fechado – sem acento) * * Acento Circunflexo Não se acentuam mais as vogais dobradas “EE” e “OO”. Creem veem Deem releem Leem descreem Voo perdoo enjoo * * Proparoxítonas... ... Nada Mudou! \0/\0/\0/ Todas as proparoxítonas devem ser acentuadas. médico público prática mágica política gramática * * Uso de Hífen Regra Geral: A letra “H” é uma letra sem personalidade, sem som. Em “Helena”, não tem som; em "Hollywood”, tem som de “R”. Portanto, não deve aparecer encostado em prefixos: pré-história anti-higiênico sub-hepático super-homem * * Regra geral (continuando): Letras IGUAIS, SEPARA. Letras DIFERENTES, JUNTA. Anti-inflamatório neoliberalismo Supra-auricular extraoficial Arqui-inimigo semicírculo sub-bibliotecário superintendente * * Quanto ao "R" e o "S", se o prefixo terminar em vogal, a consoante deverá ser dobrada: suprarrenal (supra+renal) ultrassonografia (ultra+sonografia) minissaia antisséptico contrarregra megassaia Entretanto, se o prefixo terminar em consoante, não se unem de jeito nenhum. Sub-reino ab-rogar sob-roda ATENÇÃO! Quando dois “R” ou “S” se encontrarem, permanece a regra geral: letras iguais, SEPARA. super-requintado super-realista inter-resistente * * Referências CUNHA, Celso; CINTRA, Luís F. Nova gramática do português contemporâneo. Lexikon. Rio de Janeiro, 2008. www.infoescola.com Sofre desse mal desde os oito anos de idade. Não há motivos para praticarmos o mal. * Nada a ver/ nada haver * eu – pronome pessoal de caso reto (sujeito/ quem pratica a ação) Mim – pronome pessoal de caso oblíquo (objeto/ complementa a ação) * São proibidas. *
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