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É o estudo funcional dos fonemas de uma língua. Fonemas e letras Fonema é a menor unidade sonora que se pode isolar no interior de uma palavra. O fonema possui a propriedade de estabelecer distinção entre palavras de uma língua. Tia/dia manto/mato caro/carro bola/bela fico/fixo Observando os pares acima, podemos concluir que: O fonema pode ser representado por uma única letra. O fonema pode ser representado por mais de uma letra. Uma letra pode representar mais de um fonema. Na língua escrita, os fonemas são representados por si- nais gráficos denominados letras. Além de letras, utiliza- mos notações léxicas (acentos gráficos, til, cedilha) para representar fonemas. Dígrafos Dígrafos ou digrama é o encontro de duas letras para representar um único fonema. Dígrafos consonantais Ch / lh / nh / rr / sc / sc / ss / xc / gu / qu. Ex.: chuva, telha, rainha, carro, crescer, cresço, pêssego, excelente, guerra, esquentar. Dígrafos vocálicos Am, an, em, en, im, in, om, on, um, un. Ex.: tampa, canto, tempo, tenente, limpo, tinta, pomba, tonta, Jumbo, fundo. CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS Os fonemas classificam-se, de acordo com a forma com que são emitidos, em vogais, consoantes e semivogais. Vogais são fonemas que resultam da livre passagem da corrente de ar pela boca, ou pela boca e cavidades nasais. São representados pelas letras a, e, i, o, u e pelos dígrafos vocálicos e funcionam sempre como base da sílaba. Não existe sílaba sem vogal. Consoantes são fonemas que resultam de algum obstácu- lo encontrado pela corrente de ar. Só formam sílaba quando apoiadas em uma vogal os fonemas consoantes são representados pelas letras: b, c, d, f, g, j, l, m, n, p, q, r, s, t, v, x, z e pelos dígrafos consonantais. Semivogais são os fonemas /j/ e /w/. cuja articulação é semelhante à das vogais e que se juntam a uma vogal para com ela formar sílaba, São representados pelas le- tras e, i, o, u, quando pronunciadas de forma átona. Classificação das vogais Segundo a NGB, as vogais devem ser classificadas de acordo com quatro critérios: @ten.prof.edvaldo ten.prof.edvaldo@bol.com.br Quanto à zona de articulação Anteriores – e, i. Médias – a. Posteriores – o, u. Quanto ao timbre Abertas – casa, pele, loja. Fechadas – mesa, sino, porto, pura. Reduzidas – casa, tenente, menino. Quanto ao papel da cavidade bucal e nasal Orais – maré, pele, livro, loja, música. Nasais – órfã, empresa, ímã, ombro, penumbra. Quanto à intensidade Tônicas – casa, pele, lobo. Átonas – casa, pele, lobo. Classificação das consoantes A NGB classifica as consoantes da seguinte forma: Quanto ao modo de articulação Oclusivas Construtivas – fricativas, laterais e vibrantes. Quanto ao ponto de articulação Bilabiais Labiodentais Linguodentais Alveolares Palatais Velares Quanto ao papel das cordas vocais Surdas Sonoras Quanto ao papel das cavidades bucal e nasal Orais Nasais Encontros vocálicos Há, em português, três espécies de encontros vocálicos: ditongo, tritongo e hiato. Ditongo É o encontro de uma vogal e uma semivogal numa mes- ma sílaba, ou vice-versa. Não podemos ter duas vogais na mesma sílaba. Os ditongos podem ser: a) Crescentes – a semivogal vem antes da vogal. (ré- gua). b) Decrescentes – a vogal vem antes da semivogal. (pai). c) Orais – quando a vogal é oral. (mágoa). d) Nasais – quando a vogal é nasal. (falaram). Tritongo É o encontro de semivogal + vogal + semivogal numa mesma sílaba. Os tritongos podem ser: a) Orais – Paraguai, averiguei, enxaguou. b) Nasais – saguão, enxáguam, águam, enxáguem, sa- guões. Hiato É o encontro imediato de duas vogais, cada uma delas pertencendo a uma sílaba distinta: Ra-iz, ru-im, Sa-a-ra, pa-ul. Encontros consonantais Encontros consonantais são grupos formados por mais de uma consoante sem vogal intermediária. Podem ser: a) Perfeitos – as consoantes pertencem à mesma síla- ba. Blu-sa, pra-to, psi-co-lo-gi-a, crí-ti-ca. b) Imperfeitos – as consoantes pertencem a sílabas diferentes. Af-ta, ab-so-lu-to, rit-mo, pac-to. Divisão silábica A divisão das sílabas de uma palavra é feita pela soletra- ção. A separação é marcada pelo hífen (-). Convém observar as seguintes regras: a) Não se separam os ditongos e os tritongos. Au-ro-ra, U-ru-guai. b) Separam-se as vogais que formam um hiato. Ra-i-nha, ca-a-tin-ga, co-or-de-na-ção. c) Palavras como teia, maio, praia, meia e balaio são separadas assim: Tei-a, mai-o, prai-a, mei-a, ba-lai-o. d) Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu: Fi-lho, ma-nhã, fo-gue-te e) Não se separam os encontros consonantais perfeitos. a-plau-so, li-vrei-ro, bra-sa. f) Os demais encontros consonantais devem ser sepa- rados: Ed-val-do, Dig-no, rit-mo, oc-ci-pi-tal, ap-to, af-ta. g) Sempre se separam os dígrafos rr, ss, sc, xc, sc: As-cen-são, ex-ce-ção, car-ro-ça, des-ça, as-sas-si-no. Atenção para as seguintes palavras: Sub-lin-gual, sub-le-gen-da, ab-rup-to, su-bes-ti-mar, tungs-tê-nio, su-bo-fi-ci-al, subs-tan-ti-vo. PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Consulpam 2019) Marque abaixo o item onde todas as palavras estão silabicamente separadas de forma CORRETA: A) A-ca-de-mi-a, re-fei-tó-rios, u-ti-li-tá-ri-o. B) Re-fe-i-tó-ri-os, a-po-i-o, ex-ce-lên-ci-a. C) ba-ir-ros, es-tá-di-os, ter-i-na-men-to. D) Man-ti-que-i-ra, um-se-u, ma-io-res. 02.(Cetrede 2019) Está CORRETA a divisão silábica de todas as palavras da alternativa A) Subs-tra-to / pers- pi-caz / ab-ro-gar. B) Ab-sces-so / ab-ru-pto. C) Feld-spa-to / des-in-to-xi-car. D) A-mné-sia / su-bli-nhar / zoo-bi-o-lo-gia. E) In-ex-au-rí-vel / ar-te-rios- cle-ro-se. 03.(Cetrede 2019) Nas palavras blusa, prato e pardo, en- contra-se A) ditongos crescentes. B) encontros consonantais. C) hiatos. D) ditongos decrescentes. E) dígrafos. 04.(Cetrede 2019) As palavras também, igual, pia e égua possuem, respectivamente, A) ditongo crescente, ditongo crescente, hiato e diton- go crescente. B) dígrafo, tritongo, ditongo, e ditongo. C) ditongo decrescente, tritongo, hiato e ditongo cres- cente. D) ditongo, ditongo, ditongo e ditongo. E) ditongo decrescente, ditongo crescente, hiato e di- tongo crescente. 05.(Cetrede 2016) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos apresentam um dígrafo. A) Queijo, flecha, torresmo, piscina. B) Nascer, patriarca, tosse, também. C) Cachecol, ficha, prateleira, guerra. D) Tóxico, pretensão, carroça, bondade. E) Grandeza, florescer, misto, quitanda. 06.(Cetrede 2016) Marque a opção que apresenta encon- tro consonantal. A) Lenço. B) Guerra. C) Chumbo. D) Francês. E) Cachorro. 07.(UECE 2016) Analisando a palavra “TOCHA”, pode-se afirmar corretamente que há A) mais letras do que sons. B) 4 letras e 5 sons. C) 4 letras e 4 sons. D) mais sons do que letras. 08.(Consulpam 2015) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão separadas corretamente: A) a-ve-ri-guei, Pi-au-í, mag-ní-fi-co B) sa-iu, p-neu, Jó-ia C) tun-gstê-nio, re-lap-so, pers-cru-tar D) at-mos-fe-ra, e-gi-pcio, pers-pi-caz 09. (Consulpam 2014) O substantivo soalheira apresenta: A) Um hiato e um ditongo oral decrescente. B) Dois ditongos, um oral crescente e um oral decrescen- te. C) Dois hiatos. D) Um hiato e um ditongo oral crescente. 10.(Consulpam 2014) A separação silábica das palavras está CORRETO em: A) Pés.si.mo, pro.fes.so.ra, vi.es.se B) Vies.se, ain.da, fre.guês C) Fre.gu.ês. a.in.da. pe.ssi.mo D) Qu.an.do. fre.gu.ês. vi.es.se As regras de acentuação gráfica procuram reservar os acentos para as palavras que se enquadram nos padrões prosódicos menos comuns da línguaportuguesa. Disso, resultam as seguintes regras básicas: PROPAROXÍTONAS - são todas acentuadas: lâmpada – Atlântico – Júpiter – ótimo - flácido PAROXÍTONAS - são as palavras mais numerosas da lín- gua. São acentuadas as que terminam em: ã, ãs, ão, ãos (foca um) ímã – órfã – ímãs – órfãs – bênção - órgão - órfãos us, um, uns, ons (foca dois) vírus – bônus – álbum - parabélum (arma de fogo) ps, r x, n, l, i, is (Pássaro RouXiNoL Ítalo ISraelita) Fórceps – éter – tórax - hífen – útil - júri – oásis Ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de s. água – árduo - pônei – vôlei – cáries – mágoas OXÍTONAS – são acentuadas as que terminam em: a, as Pará – vatapá – estás – irás e, es vocês – café – Urupês – jacarés o, os jiló - avô – retrós - supôs em, ens alguém – vintém - armazéns – parabéns MONOSSÍLABOS TÔNICOS – são acentuados os termina- dos em: a, as pá – vá – gás – Brás e, es pé – fé – mês – três o, os só, xô, nós, pôs ATENÇÃO! Proparoxítonas aparentes Os encontros ia, ie, io, ua, ue, uo finais, átonos, seguidos, ou não, de s, classificam-se quer como ditongos, quer como hiatos, uma vez que ambas as emissões existem no domínio da Língua Portuguesa: histó-ri-a e histó-ria; sé-ri-e e sé-rie; pá-ti-o e pá-tio; ár-du-a e ár-dua; tê-nu-e e tê-nue; vá-cu-o e vá-cuo» p.52 «São proparoxítonas (incluindo-se os vocábulos termina- dos por ditongo crescente)» p.71 BECHARA, Evanildo, Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009 CUNHA, Celso & Luis Filipe Lindley CINTRA. Nova Gramá- tica do Português Contemporâneo. Lisboa: Ed. J. Sá da Costa,1984:Todas as palavras proparoxítonas devem der acentuadas graficamente (...) Incluem-se neste preceito os vocábulos terminados em encontros vocálicos que costumam ser pronunciados como ditongos crescentes: área, espontâneo, ignorância, imundície, lírio, mágoa, ré- gua, vácuo, etc.» p. 70 CUNHA, Celso & Luis Filipe Lindley CINTRA. Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa: Ed. J. Sá da Costa,1984 AS REGRAS ESPECIAIS Além dessas regras que você acabou de estudar e que se baseiam na posição da sílaba tônica e na terminação, há outras, que levam em conta aspectos específicos da so- noridade das palavras. Essas regras são aplicadas nos seguintes casos: HIATOS Quando a segunda vogal do hiato for i ou u, tônicos, acompanhados ou não de s, haverá acento: saída – proíbo – faísca – caíste – saúva – viúva – bala- ústre – carnaúba – país – aí - baú – Jaú CUIDADO: se o i for seguido de nh, não haverá acento. É o caso de rainha, moinho, tainha, campainha. Também não haverá acento se a vogal i ou a vogal u se repetirem, o que ocorre em poucas palavras: vadiice, sucuuba, mandriice, xiita. Convém lembrar que, quando a vogal i ou a vogal u forem acompanhadas de outra letra que não seja s, não haverá acento: ruim, juiz, paul, Raul, cairmos, contribuiu, contribuin- te. DITONGOS Ocorre acento na vogal tônica dos ditongos ei, eu, oi desde que sejam abertos e não sejam paroxítonas, como em: anéis – aluguéis - coronéis – céu - chapéu – réu CUIDADO: não haverá acento se o ditongo for aberto, mas não tônico: chapeuzinho, heroizinho, aneizinhos, pasteizi- nhos, ideiazinha. Você notou que, em todas essas pala- vras, a sílaba tônica é zi. Se o ditongo apresentar timbre fechado, também não haverá acento, como em azeite, manteiga, eu, judeu, hebreu, apoio, arroio, comboio. O U e o I tônicos antecedidos de ditongo ou tritongo (Ex- ceto em paroxítonas). Piauí – teiu - tuiuiú – sauí etc. FORMAS VERBAIS SEGUIDAS DE PRONOMES OBLÍQUOS Para acentuar as formas verbais associadas a pronomes oblíquos, leve em conta apenas o verbo, desprezando o pronome. Considere a forma verbal do jeito que você a pronuncia e aplique a regra de acentuação corresponden- te. Em cortá-lo, considere cortá, oxítona terminada em a e, portanto, acentuada. Em incluí-lo, considere incluí, em que ocorre hiato. Já em produzi-lo, não há acento, porque pro- duzi é oxítona terminada em i. ACENTOS DIFERENCIAIS Existem algumas palavras que recebem acento excepcio- nal, para que sejam diferenciadas, na escrita, de suas homófonas. São casos muito particulares e, por isso mesmo, pouco numerosos. Convém iniciar a relação lem- brando o acento que diferencia a terceira pessoa do sin- gular da terceira pessoa do plural do presente do indicati- vo dos verbos ter e vir: ele tem - eles têm ele vem - eles vêm Com os derivados desses verbos, é preciso lembrar que há acento agudo na terceira pessoa do singular e circun- flexo na terceira do plural do presente do indicativo: Ele detém - eles detêm Ele intervém - eles intervêm Ele mantém - eles mantêm Ele provém - eles provêm Ele obtém - eles obtêm Ele convém - eles convêm Existe apenas um acento diferencial de timbre em portu- guês: pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfei- to do verbo poder), diferencial de pode (terceira do singu- lar). Há ainda uma palavra que recebe acento diferencial de tonicidade (uma é tônica, a outra é átona): • Pôr (verbo) • Por (preposição) PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Imparh 2020) Com referência à acentuação gráfica, NÃO são acentuadas em razão da mesma regra as pa- lavras: A) até e será. B) bíblico e países. C) hipotética e século. D) tecnológica e climáticas. 02.(Imparh 2019) Com relação às regras de acentuação gráfica, assinale a alternativa cujo teor está certo. A) O vocábulo “exuberância” é acentuada graficamen- te, porque é uma proparoxítona terminada em di- tongo. B) A palavra “escritório” deve acentuar-se por ser paro- xítona terminada em ditongo crescente oral. C) Os vocábulos “mágoa” e “abundância” se acentuam devido a regras diferentes. D) As palavras “é” e “aí” recebem acento gráfico em virtude da mesma regra. 03.(Cetrede 2019) Só em uma alternativa, todos os vocá- bulos estão acentuados corretamente. Assinale-a. A) Feiúra / epopéia / saúde. B) Projétil / ínterim / vôo. C) Tórax / álcool / mártir. D) Cárie / júnior / gratuíto. E) Nóbel / íbero / fortuíto. 04.(Cetrede 2018) As palavras “relatório”, “vários” e “pá- reo” seguem a mesma regra de acentuação de A) história. B) revólver. C) miosótis. D) saúde. E) período. 05.(Imparh 2018) No tocante à acentuação da palavra “lençóis”, qual é a afirmação correta? A) Esse vocábulo se acentua por ter um ditongo aberto e por ser oxítono. B) Não deveria haver o acento agudo em razão de essa palavra ser paroxítona. C) A colocação desse acento é facultativa, ou seja, também existe a forma “lençois”. D) O uso do acento agudo em ditongos abertos foi abo- lido pelo acordo ortográfico (AOLP 1990). 06.(Cetrede 2018) Qual das palavras a seguir deve rece- ber acento? A) Geleia. B) Destroi. C) Canoa D) Constroem. E) Nucleico. 07.(Consulpam 2015) Assinale a alternativa que indica corretamente a regra de acentuação da palavra desta- cada do texto: A) País (linha 1) – Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em “i”, seguido ou não de “s”. B) Séria (linha 8) – Acentuam-se as palavras paroxíto- nas terminadas em ditongo, seguido ou não de “s”. C) Praticá-la (linha 9) – Acentuam-se as palavras mo- nossílabas terminadas em “a”, seguido ou não de “s”. D) Judiciário (linha 12) – Acentuam-se as vogais tôni- cas dos hiatos, seguidas ou não de “s”, na sílaba tô- nica. 08.(Consulpam 2015) Consoante ao Novo Acordo Ortográ- fico vigente (em vigor desde 2009 e obrigatório a partir de 2016), na sequência de versos “As cartas de amor, se há amor/Têm de ser/ ridículas” (texto 1), o vocábu- lo TÊM está grafado: A) De maneira INCORRETA, uma vez que o acento dife- rencial que distingue a 3a pessoa do singular/plural do verbo TER não poderá mais ser utilizado B) De maneira CORRETA, uma vez que a obrigatorieda-de do acento diferencial instituído a partir do Novo Acordo Ortográfico foi devidamente utilizado nesse caso. C) De maneira CORRETA, já que o acento circunflexo empregado na conjugação dos verbos ter e man- ter foi inalterado porque já era utilizado antes da promulgação do Novo Acordo. D) De maneira INCORRETA, pois o acento diferencial instituído pelo Novo Acordo Ortográfico não pode ser aplicado aos verbos defectivos. 09.(Imparh 2015) Quanto à acentuação gráfica das palavras constantes do segundo parágrafo, qual é a afirma- ção incorreta? A) A acentuação gráfica da única palavra oxítona é devida ao fato de ela ser terminada pela vogal o. B) As palavras “Cássia" e “vários" podem ser acentuadas em virtude da mesma regra. C) Existem mais proparoxítonas aparentes do que proparoxítonas reais. D) Inexiste inadequação referente à acentuação gráfica. 10.(Imparh 2015) Em conformidade com o AOLP (1990), em vigor desde 1º. de janeiro de 2009, marque a opção verda- deira. A) De acordo com a base XI, a palavra “transgênero” pode escrita apenas dessa forma. B) A palavra “discórdia”, segundo a base XI, só pode ser classificada como paroxítona aparente. C) Conforme a base XV, a palavra “sexta-feira” deve ser hifenizada, diferentemente da palavra mandachuva. D) Consoante a base XIX, o termo “papa”, grafado com inicial minúscula, apresenta incorreção com essa grafia. MORFEMAS Govern-o, govern-a, des-govern-o, des-govern-a-do, govern- a-dor-es, in-govern-á-vel Cada um desses elementos formadores é capaz de forne- cer alguma noção significativa à palavra que integra. Além disso, nenhum desses pode sofrer nova divisão. Estamos diante de unidades de significação mínimas, ou seja, elementos significativos indecomponíveis, a que damos o nome de morfemas. CLASSIFICAÇÃO DOS MORFEMAS RADICAIS É o morfema govern-, comum a todas as palavras obser- vadas nos exemplos anteriores, que faz com que as con- sideremos palavras de uma mesma família de significa- ção. Ao morfema comum de uma família de palavras chamamos radical; às palavras que pertencem a uma mesma família chamamos cognatas. O radical é a parte da palavra responsável pela sua significação principal. AFIXOS Observe que des- e dor- dos exemplos anteriores são mor- femas capazes de mudar o sentido do radical a que são anexados. Esses morfemas recebem o nome de afixos. Quando são colocados antes do radical, como acontece com des-, os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como -dor, surgem depois do radical, os afixos são cha- mados de sufixos. DESINÊNCIAS Se você agora pluralizar a palavra governo, encontrará a forma governos. Isso nos mostra que o morfema –s, acrescentado ao final da forma governo, é capaz de indi- car a flexão de número desse substantivo. Tomando o verbo governar e conjugando algumas de suas formas, você irá perceber modificações na parte final dessa palavra: governava, governavas, governava, governávamos, governáveis, governavam. Essas modifi- cações ocorrem à medida que o verbo vai sendo flexiona- do em número (singular/plural) e pessoa (primeira, se- gunda e terceira). Também ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo (governava, governara, gover- nasse, por exemplo). Podemos concluir, assim, que existem morfemas que indicam as flexões das palavras. Esses morfemas sem- pre surgem na parte final das palavras variáveis e rece- bem o nome de desinências. Há desinências nominais (indicam flexões nominais, ou seja, o gênero e o número) e desinências verbais (indicam flexões do verbo, como número, pessoa, tempo e modo). VOGAIS TEMÁTICAS Observe que entre o radical govern- e as desinências ver- bais surge sempre o morfema –a-. Esse morfema que liga o radical às desinências é chamado vogal temática. Sua função é justamente a de ligar-se ao radical, constituindo o chamado tema. É ao tema (radical + vogal temática) que se acrescentam as desinências. Tanto os verbos como os nomes apresentam vogais temáticas. PROCESSOS DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS DERIVAÇAÇÃO PREFIXAL OU PREFIXAÇÃO Resulta do acréscimo do prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado; veja, por exemplo, alguns verbos derivados de pôr: Repor, dispor, compor, indispor. DERIVAÇÃO SUFIXAL OU SUFIXAÇÃO Resulta do acréscimo do sufixo à palavra primitiva. Unhada, alfabetizar, lealdade. DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA OU PARASSÍNTESE Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. É um processo que dá origem principalmente a verbos, obtidos a partir de substantivos e adjetivos. Veja alguns exem- plos: Amaldiçoar, espreguiçar, engatilhar, esfarelar, enrijecer, engordar, apodrecer, enlouquecer, envelhecer, etc. DERIVAÇÃO REGRESSIVA Ocorre quando se retira a parte final de uma palavra primi- tiva, obtendo-se por essa redução palavra derivada. É um processo particularmente produtivo na formação de subs- tantivos a partir de verbos principais da primeira e da segunda conjugações. Esses substantivos, chamados por isso de deverbais, indicam sempre o nome de uma ação. O mecanismo para sua obtenção é simples: substitui-se a terminação verbal formada pela vogal temática + desi- nência de infinitivo (-ar ou –er) por uma das vogais temá- ticas nominais (-a, -e ou –o): Sacar – saque Cortar - corte Vender – venda Atacar – ataque DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA Ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo o supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Isso acontece, por exemplo, nas frases: Não aceitarei um não como resposta É um absurdo o que você esta propondo. Na primeira frase, não, um advérbio, converteu-se em substantivo. Na segunda, o adjetivo absurdo converteu-se em substantivo. COMPOSIÇÃO Costumam-se apontar dois tipos de composição: Composição por justaposição Ocorre quando os elementos que formam os compostos são simplesmente colocados lado a lado (justapostos), sem que se verifique qualquer alteração fonética em al- gum deles: Segunda-feira, passatempo, para-raios, girassol. Composição por aglutinação Ocorre quando os elementos que formam o composto se aglutinam, o que significa que pelo menos um deles perde sua integridade sonora, sofrendo modificações. Vinagre (vinho+acre), Aguardente (água + ardente) HIBRIDISMO São palavras que combinam elementos de origens diver- sas. Genocídio, televisão e automóvel (grego e latim) Surfista (inglês e português), Sambódromo (quimbundo e grego)etc. ABREVIAÇÃO VOCABULAR A Abreviação vocabular consiste na eliminação no seg- mento de alguma palavra a fim de se obter uma forma mais curta. Ocorre, portanto, uma verdadeira truncação, obtendo-se uma nova palavra cujo significado é o mesmo da palavra original. Cinematógrafo – cine Pneumático – pneu Pornográfico – pornô Analfabeto – analfa Professor – fessor SIGLONIMIZAÇÃO Essa palavra dá nome ao processo de formação de siglas. As siglas são formadas pela combinação das letras inici- ais de uma sequência de palavras que constitui um nome. BNB – Banco do Nordeste do Brasil IOF – Imposto sobre Operações Financeiras CBF – Confederação Brasileira de Futebol COMBINAÇÃO A combinação resulta do acoplamento de duas palavras, em que ao menos uma sofreu truncação. Brasiguaio, portunhol, bebemorar, grenal, chafé, show- mício, etc. NEOLOGISMO SEMÂNTICO Frequentemente, acrescentamos significados a determi- nadas palavras sem que elas passem por qualquer pro- cesso de modificação formal. Pense, por exemplo, na palavra arara, nome de uma ave, que também é usada para designar uma pessoa nervosa, irritada. Arara, como sentido de ¨irritado, nervoso¨, é um neologismo semânti- co, ou seja, um novo significadoque se soma ao que a palavra já possuía. EMPRÉSTIMOS LINGUÍSTICOS O português recebeu empréstimos principalmente da língua francesa. Atualmente, a maior fonte de emprésti- mos é o inglês norte-americano. As palavras de origem estrangeiras normalmente passam por um processo de aportuguesamento fonológico e gráfico. Bife, futebol, abajur, xampu, “shopping”, etc. PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Consulpam 2019) Marque o item onde só constam palavras derivadas: A) Combatente, visitação, treinamento. B) Principal, bancárias, próprias. C) Auditório, museu, militar. D) Ensino, logísticas, cadetes. 02.(Consulpam 2019) Marque o item onde só constam palavras derivadas: A) Maresia, sol, infiel. B) Pedreiro, vidraça, luzeiro. C) Caiado, roubo, insuportável. D) Maremoto, terremoto, terra. 03.(Consulpam 2015) Na frase: “... contra a Samarco e suas controladoras para criar um fundo de R$ 20 bi- lhões para iniciativas de minimização dos impactos e indenização.” A palavra destacada é formada pelo processo de: A) Derivação sufixal. B) Aglutinação. C) Derivação parassintética. D) Derivação prefixal. 04.(Consulpam 2015) Nas palavras ATENUADO, TELEVI- SÂO, PERCURSO, temos, respectivamente, os seguin- tes processos de formação de palavras: A) parassíntese, hibridismo, prefixação B) aglutinação, justaposição, sufixação C) sufixação, aglutinação, justaposição D) hibridismo, parassíntese, justaposição 05.(Uece 2018) Assinale a palavra cujo processo de for- mação se diferencia das demais opções. A) descarrilamento B) irreconciliáveis C) consciência D) insignificante 06.(Uece 2018) Assinale a opção em que os três exem- plos seguem o mesmo processo de formação de pala- vras. A) contracheque – impunidade – representante B) estradinha – igualmente – poderosos C) desgraça – intocável – servidores D) representante – contracheque – igualmente Leia: Texto – A geração digital entra em cena Julia Baldacci Orlovsky brinca de boneca e faz roupinhas como toda criança de 5 anos fazia na época de sua mãe e continua fazendo ainda hoje. Com uma diferença: ela desenha no computador os vestidos, que depois são im- pressos em tecido. O fim da velha brincadeira de casinha? Não, sinal dos tempos. A nova geração, nascida sob o signo da revolução da informática, sabe manejar compu- tadores com a mesma agilidade com que suas avós ma- nejavam dedal, agulha e linha (...). (Heitor Shimizu e Frances Jones. Época, São Paulo. Globo, 19/10/1998. Fragmento). 07.(Uece 2017) O sufixo –INHA em “roupinhas” e “casi- nha” apresenta valor semântico A) pejorativo. B) afetivo. C) aumentativo. D) neutro. 08.(Uece 2016) Assinale a opção em que todas as pala- vras foram formadas pelo mesmo processo de deriva- ção. A) irremediável – infeliz – inquieto B) infância – independente – inúmeras C) desapego – desamparo – irreal D) irremediável – desengano – insinua 09.(Uece 2011 adaptada) Atente ao que é dito sobre o vocábulo “vamovê” na frase “Mas, no vamovê, limita-se a exigir do leitor o projeto de escrita proposto pelo lei- tor” e marque com V o que for verdadeiro e com F o que for falso. ( ) Foi construído a partir de duas formas linguísticas que sofreram o fenômeno da apócope (supressão de um ou mais fonemas no final da palavra). ( ) Mesmo formado por dois verbos, esse vocábulo pertence à classe dos substantivos. ( ) Tem o mesmo sentido de "na hora do pega pra capar" e, assim como essa outra expressão popu- lar, significa, em outro registro da língua, "na hora de agir", "na hora de pôr em prática a teoria". ( ) Está de acordo com o registro formal, por isso causa estranheza ao leitor. A sequência correta, de cima para baixo, é: A) V, V, F, V. B) F, V, F, V. C) V, V, V, F. D) V, F, V, V. 10.(Uece 2011) Assinale a opção em que os vocábulos apresentam o sufixo i(m/n) com o mesmo sentido que ele tem na palavra inelegíveis. A) Ingerir, imortal, irrealidade. B) Irracional, inimaginável, importar. C) Imprudente, impermeável, intolerante. D) Imergir, impenitente, ilegalidade. 11.(Uece 2011) Assinale a opção que contém os elemen- tos que estruturam a palavra “indefinível”, separados e classificados corretamente. A) in (prefixo) + definir (raiz) + ível (sufixo) B) in (sufixo) + definir (raiz) + ível (prefixo) C) inde (raiz) + finir (prefixo) + vel (raiz) D) inde (raiz) + finir (sufixo) + vel (raiz) 12.(Uece 2009) Marque a alternativa que apresenta a correlação adequada entre o elemento mórfico desta- cado nas palavras e sua classificação. A) Fustigados. Desinência de número. B) Velhas. Vogal temática. C) Restará. Radical. D) Viver. Desinência modo-temporal. E) Iludo. Vogal temática. 13. (Uece 2006) Possui desinência do feminino a palavra da opção: A) "colega". B) "culpada" C) "malha". D) "quantia". Uso do hífen com compostos Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresen- tam elementos de ligação. Exemplos: Guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa- redonda, vaga-lume, joão-ninguém, porta-malas, porta- bandeira, pão-duro, bate-boca etc. * Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, ma- dressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedis- ta, paraquedismo. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação. Exemplos: Reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, es- conde-esconde, pega-pega, corre-corre, etc. Não se usa o hífen em compostos que apresentam ele- mentos de ligação. Exemplos: Pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de for- ça, cara de pau, olho de sogra Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional. Exemplos: Maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete cabeças, faz de conta * Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima- roupa. Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo. Exemplos: Gota-d’água, pé-d’água Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de to- pônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem ele- mentos de ligação. Exemplos: Belo Horizonte — belo-horizontino Porto Alegre — porto-alegrense Mato Grosso do Sul — mato-grossense-do-sul Rio Grande do Norte — rio-grandense-do-norte África do Sul — sul-africano Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. Exemplos: Bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão- dourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagônia, erva- doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do- campo, cravo-da-índia. Obs.: não se usa o hífen, quando os compostos que de- signam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de senti- do entre os pares: a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de papagaio (deformação nas vértebras). b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal). Uso do hífen com prefixos As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) ou por elementos que podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo etc.). Casos gerais Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos: anti-higiênico anti-histórico macro-história mini-hotel proto-história sobre-humano super-homem ultra-humanoUsa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra. Exemplos: micro-ondas anti-inflacionário sub-bibliotecário inter-regional Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferen- te daquela com que se inicia a outra palavra. Exemplos: autoescola antiaéreo intermunicipal supersônico superinteressante agroindustrial aeroespacial semicírculo * Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra come- çar por r ou s, dobram-se essas letras. Exemplos: minissaia antirracismo ultrassom semirreta Casos particulares Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r. Exemplos: sub-região sub-reitor sub-regional sob-roda Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal. Exemplos: circum-murado circum-navegação pan-americano Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, re- cém, pós, pré, pró, vice. Exemplos: além-mar além-túmulo aquém-mar ex-aluno ex-diretor ex-hospedeiro ex-prefeito ex-presidente pós-graduação pré-história pré-vestibular pró-europeu recém-casado recém-nascido sem-terra vice-rei O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h. Neste último caso, corta- se o h. Se a palavra seguinte começar com r ou s, dobram- se essas letras. Exemplos: coobrigação coedição coeducar cofundador coabitação coerdeiro corréu corresponsável cosseno Com os prefixos pre e re, não se usa o hífen, mesmo dian- te de palavras começadas por e. Exemplos: preexistente preelaborar reescrever reedição Na formação de palavras com ab, ob e ad, usa-se o hífen diante de palavra começada por b, d ou r. Exemplos: ad-digital ad-renal ob-rogar ab-rogar Outros casos do uso do hífen Não se usa o hífen na formação de palavras com não e quase. Exemplos: (acordo de) não agressão (isto é um) quase delito Com mal*, usa-se o hífen quando a palavra seguinte co- meçar por vogal, h ou l. Exemplos: mal-entendido mal-estar mal-humorado mal-limpo * Quando mal significa doença, usa-se o hífen se não hou- ver elemento de ligação. Exemplo: mal-francês. Se houver elemento de ligação, escreve-se sem o hífen. Exemplos: mal de lázaro, mal de sete dias. Usa-se o hífen com sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu, mirim. Exemplos: capim-açu amoré-guaçu anajá-mirim Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que oca- sionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói eixo Rio-São Paulo Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos: Na cidade, conta- -se que ele foi viajar. O diretor foi receber os ex- -alunos. REGRA GERAL Se a segunda palavra começar com H, tem de separar! Anti-hispânico, pré-história, anti-higiênico, sub-hepático, super-homem, etc. O que é igual SEPARA! O que é diferente JUNTA! Autoescola, anti-inflamatório, micro-ondas, neolibera- lismo, supra-auricular, extraoficial, Arqui-inimigo, semi- círculo, sub-bibliotecário, superintendente etc. Quanto ao “R” e o “S”: se o prefixo terminar em vogal, a consoante deverá ser dobrada: Contrarreforma, autorretrato, suprarrenal, ultrassonogra- fia, minissaia, antisséptico, contrarregra. Entretanto, se o prefixo terminar em consoante, não se unem de jeito nenhum. Sub-reino, ab-rogar, sob-roda, etc. PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Consulpam 2015) Assinale a alternativa em que o uso do hífen foi empregado CORRETAMENTE em todas as palavras: A) Auto-escola, anti-histórico, ob-nubilado, aquém- Pirineus B) Auto-estima, joão-de-barro, mal-nascido, olho d’água. C) Auto-observação, neo-realismo, mal-me-quer, bate- estacas D) Anti-ibérico, couves-flores, inter-racial, bem-me-quer. 02.(Imparh 2015) Em conformidade com o Acordo Orto- gráfico da Língua Portuguesa (AOLP 1990), em vigor desde 1º de janeiro de 2009, é correto asseverar que: A) se deve grafar com hifens apenas a locução adver- bial dia-a-dia. B) se trata de um erro de ortografia, pois o substantivo dia-a-dia tem hifens. C) o substantivo dia a dia não se grafa mais com hi- fens por causa desse acordo. D) o substantivo dia a dia apresenta duas maneiras de ser grafada, ou seja, com ou sem hífenes. 03.(CCV 2017) Todos os vocábulos encontram-se corre- tamente grafados na alternativa: A) acessível – hiper-inflação. B) re-utilização – autoestrada. C) ascenção – impressindível. D) infra-estrutura – agronegócio E) macroeconomia – socioeconômico. 04.(CCV 2016) Assinale a alternativa cuja palavra, como “autorretrato” (linha 05), sofreu mudança gráfica no Novo Acordo Ortográfico (Decreto Nº 6.583, de 29 de setembro de 2008). A) Bem-te-vi B) Autoanálise C) Extraterrestre D) Recém-casado E) Super-realidade 05.(CCV 2016) Como “corresponsável” e “coautor”, tam- bém está grafada corretamente, conforme o Decreto Nº. 6.583, de 29 de setembro de 2008 (Novo Acordo Ortográfico), a palavra: A) reelaborar. B) auto-estima. C) extra-oficial. D) superrealista. E) pré-estabelecer. 06.(CCV 2013) Como autoestima, está grafada conforme o Novo Acordo Ortográfico (Decreto Nº. 6.583, de 29 de setembro de 2008), a palavra: A) auto-suficiente. B) auto-realização. C) auto-medicação. D) auto-organização. E) auto-administração. 07.(CCV-Unilab 2011) O prefixo de interlocução está em- pregado conforme as regras do Novo Acordo Ortográ- fico em: A) inter-social. B) inter-ação. C) interrelação. D) interhispânico. E) interpartidário. A noção de texto é central na linguística textual, abran- gendo realizações em todos os campos, que tenham a extensão mínima de dois signos linguísticos, sendo que a situação pode assumir o lugar de um dos signos como em "Oh! Meu Deus!". Para a interpretação ou construção de um texto é neces- sária a junção de vários fatores que dizem respeito tanto aos aspectos formais como as relações sintático- semânticas, quanto às relações entre o texto e os elemen- tos que o circundam: falante, ouvinte, situação. Um texto bem construído e, naturalmente, bem interpre- tado, vai apresentar um conjunto de características que fazem com que ele seja coerente e coeso. Vamos ao estudo da coesão e coerência: ANÁFORA Fala-se de anáfora quando a interpretação de uma ex- pressão (habitualmente designada por termo anafórico) depende da interpretação de uma outra expressão pre- sente no contexto-verbal (o termo antecedente). Mais concretamente, a expressão referencialmente não autô- noma (o termo anafórico) retoma, total ou parcialmente, o valor referencial do antecedente. Há casos de anáfora em que o termo anafórico e o antecedente são correferentes (isto é, designam a mesma entidade), mas há também casos de anáfora sem correferência. Exemplos: “Aquela voz subindo do mar de barracas e legumes eram como a própria sirena policial, documentando, por seu uivo, a ocorrência grave, que fatalmente se estaria con- sumando ali, na claridade do dia, sem que ninguém pu- desse evitá-la.” (retomada de uma palavra gramatical. Referente "-la" = "a ocorrência grave"). “Estamos ficando velhos. Há de consolar-nos o fato de que isso não é privilégio de alguns. Estamos todos.” (re- tomada de uma frase inteira. Referente "isso" = "Estamos ficando velhos"). “Você sabe por que a televisão, a publicidade, o cinema, a Internet e os jornais defendem os músculos torneados, as vitaminas milagrosas, as modelos longilínease as aca- demias de ginásticas? Porque tudo isso dá dinheiro. Sabe por que ninguém fala do afeto e do respeito entre duas pessoas comuns, ainda que meio gordas, um pouco feias, que fazem piquenique na praia? Porque isso não dá di- nheiro para os negociantes, embora signifique prazer para os participantes.” (retomada de várias frases ou uma ideia. Referente "isso" = "Estamos ficando velhos"). O professor acordou feliz naquele dia. Edvaldo foi dar aula na Faculdade Prominas. (retomada por palavra lexi- cal ”Edvaldo” = "professor"). O professor faz 50 anos no dia 01 de Janeiro de 2017. No dia seguinte parte para uma grande viagem de férias pela Amazônia. Aqui, exemplifica-se um caso de anáfora temporal. O va- lor referencial da locução adverbial no dia seguinte cons- trói-se a partir da interpretação do termo antecedente, a expressão temporal no dia 01 de Janeiro de 2017. Assim, o dia seguinte designa o dia 02 de Janeiro de 2017. Leia estes versos de Manuel Bandeira: “Vi uma estrela tão alta, Vi uma estrela tão fria! Vi uma estrela luzindo Na minha vida vazia”. Observe que o poeta inicia os três primeiros versos com a mesma expressão “Vi uma estrela”, com o objetivo de enfatizar essa ideia. Esse recurso é usado frequentemen- te também na poesia. Veja outro exemplo, agora nos versos de Vinícius de Mo- raes: “Tende piedade, Senhor, de todas as mulheres Que ninguém mais merece tanto amor e amizade Que ninguém mais deseja tanta poesia e sinceridade Que ninguém mais precisa tanto da alegria e serenidade”. A anáfora consiste também em repetir uma palavra ou expressão em espaços regulares durante o texto. “Noite – montanha. Noite vazia. Noite indecisa. Confusa noite. Noite à procura, mesmo sem alvo.” (Carlos Drum- mond de Andrade) “Acorda, Maria, é dia de matar formiga de matar cascavel de matar estrangeiro de matar irmão de matar impulso de se matar”. (Carlos Drummond de Andrade) O poema “O último andar”, de Cecília Meireles, apresenta dois casos de anáfora: a repetição se dá nas expressões “último andar” e em “é lá que eu quero morar”, enfatizando o anseio do eu lírico em viver no último andar. “No último andar é mais bonito: do último andar se vê o mar. É lá que eu quero morar. O último andar é muito longe: custa-se muito a chegar. Mas é lá que eu quero morar. Todo o céu fica a noite inteira sobre o último andar. É lá que eu quero morar. Quando faz lua, no terraço fica todo o luar. É lá que eu quero morar. Os passarinhos lá se escondem, para ninguém os maltratar: no último andar. De lá se avista o mundo inteiro: Tudo parece perto, no ar. É lá que eu quero morar: no último andar.” CATÁFORA Numa cadeia de referência, a expressão que estabelece o referente pode ocorrer no discurso subsequente àquele em que surgem as expressões referencialmente depen- dentes habitualmente designadas por termos anafóri- cos (anáfora). Quando a cadeia de referência exibe esta ordenação linear, o termo catáfora substitui o ter- mo anáfora. No fragmento textual "A aluna olhou-o e disse: - Edvaldo, você está com um ar cansado", o pronome pessoal o é uma expressão referen- cialmente não autônoma, cujo valor depende da interpre- tação de uma expressão presente no contexto discursivo subsequente, o nome próprio Edvaldo. Catáfora designa este tipo particular de anáfora, em que o termo anafórico precede o antecedente. De vocês só quero isto: dedicação. (antecipação de uma palavra gramatical "isto" = "dedicação") ELIPSE Leia a seguinte afirmação, extraída da obra de Autran Dourado: “A praia deserta, ninguém àquela hora na rua”. Observe que após o vocábulo “ninguém”, está implícito o verbo estava. Ele não aparece na afirmação, mas pode- mos notar sua ausência pelo contexto. Por isso dizemos que aqui ocorreu elipse do verbo estava. Veja esta outra sentença: “No fim da festa, sobre as mesas, copos e garrafas vazi- as”. Nesta frase, podemos identificar facilmente a ausência do verbo haver (No fim da festa haviam, sobre as mesas, copos e garrafas vazias). Portanto, podemos afirmar que, neste caso, também ocorreu elipse do verbo haver. A Elipse consiste em omitir um termo da frase, mas po- demos facilmente identificá-lo pelo contexto. Outros exemplos: “Na casa vazia, nenhum sinal de vida” – elipse da expres- são “não havia”. “A tarde talvez fosse azul, não houvesse tantos desejos” (Carlos Drummond de Andrade) – elipse da conjunção “se”, antes de “não”. Na frase "O professor viajou e reencontrou sua amada", verifica-se a elipse do sujeito da segunda oração, mas esse sujeito continua a ser interpretado anaforicamente, por retomada do valor referencial do antecedente ‘O pro- fessor’. SINONÍMIA É um processo muito utilizado por falantes de uma língua. Sabe quando não queremos repetir o mesmo termo ou palavra a todo instante? Uma das maneiras de acabar com esse problema é com uso de sinônimos. Por exem- plo, se digo: “Passe um dia na linda casa de Edvaldo.” e quiser referir-me novamente ao termo sublinhado “casa”, posso lançar mão de um sinônimo para não o ter que repetir: “Passe um dia na linda casa de Edvaldo e verá como o lar dele é aconchegante.” Para saber se o candidato domina mais esse subterfúgio da Língua Portuguesa, os avaliadores pedem a ele que substitua palavras ou termos retirados do texto e assinale em qual opção encontram-se aqueles que não alteram o sentido, ou os que alteram. Para se resolver esse tipo de questão é importante que o candidato tenha um certo domínio lexical, que conheça muitas palavras, o que é possível conseguir por meio de muita leitura. Pode-se ler de tudo. Jornais, revistas, livros, bulas de remédio, outdo- ors, placas de trânsito... o fundamental é buscar informa- ção. Exemplos: triste = melancólico. resgatar = recuperar maciço = compacto ratificar = confirmar digno = decente, honesto reminiscências = lembranças insipiente = ignorante. HIPONÍMIA Relação semântica em que uma palavra está num plano hierárquico inferior, uma vez que pertence a uma classe ou espécie que a inclui ao nível do significado. Este fato implica que o significado do hipônimo (etimologicamente significa nome pequeno) é mais específico e mais restrito do que o significado do hiperônimo a que pertence. O conceito de hiponímia também só é entendido em relação ao conceito de hiperonímia. Dizemos que há uma relação de hiponímia se o sentido de A estiver incluído no sentido de B, sendo que B deve possuir uma propriedade mais genérica e que inclua ao mesmo tempo o sentido de A e dos seus co-hipônimos. Por exemplo, peixe é hiperônimo em relação à sardinha, salmão, pirambu, pescada, baca- lhau, que por sua vez são hipônimos de peixe e co- hipônimos entre si. Os verbos afirmar, exclamar, sussur- rar, murmurar, entre ouros, são hipônimos do verbo dizer. Os nomes: amarelo, branco, laranja, castanho, verde, azul, cinzento, vermelho, são hipônimos do hiperônimo cor. No mesmo nível hierárquico, os hipônimos de um mesmo hiperônimo, por possuírem semas semelhantes, podem estabelecer entre si outras relações semânticas, como a sinonímia, a antonímia ou a heteronímia. HIPERONÍMIA Relação semântica de superordenação hierárquica que uma palavra assume em relação à outra (o hipônimo) em virtude da sua maior abrangência de sentido. O hiperôni- mo é etimologicamente um nome que está numa posição hierárquica superior (hiper) por ser capaz de incluir outras palavras - os seus hipônimos; ou seja, comporta-se como um nome de espécie ou de classe, mais genérico, menos restrito, a que pertencem subclasses de palavras coloca- das num nível inferior na hierarquia do significado. Assim, a hiperonímia só é entendida em relação à hiponímia. Por exemplo, a palavra fruta é hiperônima em relação à maçã, pera, banana, laranja ou ao pêssego. A palavra animal é um hiperônimo de cão, gato, leão, tigre, elefante, girafa,rinoceronte, etc. Ou ainda, a palavra vestuário é um hipe- rônimo de camisa, calças, saia, casaco, cachecol, etc. HOLONÍMIA Em termos bem objetivos, é o todo pela parte, ou seja, é uma palavra: “corpo”, em relação as suas partes: cabeça, pernas, braços, pés, etc. Neste caso, “corpo” tem uma relação de holonímia, quer dizer, de hierarquia semântica, com “pés”. Assim também acontece com: computador e monitor; alfabeto e letras; carro e cinto de segurança, etc. MERONÍMIA É o contrário da holonímia, ou seja, é a parte pelo todo. Logo, a parte por si só, “teclas” infere o todo “teclado” e faz relação semântica com o mesmo, chamada de mero- nímia. Quando digo ou escrevo o merônimo “dentes”, lembro-me de seu holônimo “boca” ANTONÍMIA São palavras que possuem significados contrários, como largo e estreito, dentro e fora, grande e pequeno. O impor- tante é saber que os significados são opostos, excluem- se. Exemplos: bom x mau bem x mal condenar x absolver simplificar x complicar HOMONÍMIA É a identidade fonética e, ou gráfica de palavras com sig- nificados diferentes. Existem três tipos de homônimos: Homônimos homógrafos – palavras de mesma grafia e significado diferente. Exemplo: jogo (substantivo) e jogo (verbo). Homônimos homófonos – palavras com mesmo som e grafia diferente. Exemplo: cessão (ato de ceder), sessão (atividade), seção (setor) e secção (corte). Homônimos perfeitos – palavras com mesma grafia e mesmo som. Exemplo: planta (substantivo) e planta (ver- bo); morro (substantivo) e morro (verbo). PARONÍMIA É a semelhança gráfica e, ou fonética entre palavras. Exemplos de parônimos: Outros exemplos de homônimas e parônimas: Acender (atear fogo) e ascender (subir); acento (sinal gráfico) e assento (cadeira); ao invés de (ao contrário de) e em vez de (e lugar de); apreçar (tomar preço) e apressar (dar pressa); asado (alado) e azado (oportuno); assoar (limpar o nariz) e assuar (vaiar); acerca de (a respeito de), a cerca de (distância aproximada) e há cerca de (aproxi- madamente tempo que passou); à-toa (ruim) e à toa (sem rumo); descriminar (inocentar) e discriminar (separar); despensa (depósito) e dispensa (licença); flagrante (evi- dente) e fragrante (perfumoso); mandado (ato de mandar) e mandato (procuração); paço (palácio) e passo (marcha); ratificar (confirmar) e retificar (corrigir); tapar (fechar) e tampar (cobrir com a tampa); vultoso (volumoso) e vultu- oso (rosto inchado). Lista com alguns homônimos e parônimos: afim = semelhante, com afinidade a fim de = com a finalidade de amoral = indiferente à moral imoral = contra a moral, libertino, devasso arrear = pôr arreios arriar = abaixar bucho = estômago de ruminantes buxo = arbusto ornamental caçar = abater a caça cassar = anular cela = aposento sela = arreio censo = recenseamento senso = juízo cessão = ato de doar seção ou secção = corte, divisão sessão = reunião chá = bebida xá = título de soberano no Oriente chalé = casa campestre xale = cobertura para os ombros cheque = ordem de pagamento xeque = lance do jogo de xadrez, contratempo comprimento = extensão cumprimento = saudação concertar = harmonizar, combinar consertar = remendar, reparar conjetura = suposição, hipótese conjuntura = situação, circunstância coser = costurar cozer = cozinhar deferir = conceder diferir = adiar descrição = representação discrição = ato de ser discreto despercebido = sem atenção, desatento desapercebido = desprevenido discente = relativo a alunos docente = relativo a professores emergir = vir à tona imergir = mergulhar emigrante = o que sai imigrante = o que entra eminente = nobre, alto, excelente iminente = prestes a acontecer esperto = ativo, inteligente, vivo experto = perito, entendido espiar = olhar sorrateiramente expiar = sofrer pena ou castigo estada = permanência de pessoa estadia = permanência de veículo fúsil = que se pode fundir fuzil = carabina fusível = resistência de fusibilidade calibrada incerto = duvidoso inserto = inserido, incluso indefesso = incansável indefeso = sem defesa infligir = aplicar pena ou castigo infringir = transgredir, violar, desrespeitar intemerato = puro, íntegro, incorrupto intimorato = destemido, valente, corajoso intercessão = súplica, rogo interse(c)ção = ponto de encontro de duas linhas laço = laçada lasso = cansado, frouxo soar = produzir som suar = transpirar sortir = abastecer surtir = originar sustar = suspender suster = sustentar tacha = brocha, pequeno prego taxa = tributo tachar = censurar, notar defeito em taxar = estabelecer o preço INTERTEXTUALIDADE Acontece quando há uma referência explícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer com outras formas além do texto, música, pintura, filme ou novela. Apresenta-se explicitamente quando o autor informa o objeto de sua citação. Num texto científico, por exemplo, o autor do texto citado é indicado, já na forma implícita, a indicação é oculta. Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo, um saber prévio, para reconhe- cer e identificar quando há um diálogo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer afirmando as mesmas ideias da obra citada ou contestando-as. Há duas formas: a Paráfrase e a Paródia. PARÁFRASE Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do texto é confirmada pelo novo texto, a referência ocorre para atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. É dizer com outras palavras o que já foi dito. Temos um exemplo citado por Affonso Romano Sant’Anna em seu livro “Paródia, paráfrase & Cia” (p. 23): Texto Original Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá, As aves que aqui gorjeiam Não gorjeiam como lá. (Gonçalves Dias, “Canção do exílio”). Paráfrase Meus olhos brasileiros se fecham saudosos Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’. Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’? Eu tão esquecido de minha terra… Ai terra que tem palmeiras Onde canta o sabiá! (Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bahia”). Este texto de Gonçalves Dias, “Canção do Exílio”, é muito utilizado como exemplo de paráfrase e de paródia, aqui o poeta Carlos Drummond de Andrade retoma o texto primi- tivo conservando suas ideias, não há mudança do sentido principal do texto que é a saudade da terra natal. PARÓDIA A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar ou- tros textos, há uma ruptura com as ideologias impostas e por isso é objeto de interesse para os estudiosos da lín- gua e das artes. Ocorre, aqui, um choque de interpretação, a voz do texto original é retomada para transformar seu sentido, leva o leitor a uma reflexão crítica de suas verda- des incontestadas anteriormente, com esse processo há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma busca pela verdade real, concebida através do raciocínio e da crítica. Os programas humorísticos fazem uso contí- nuo dessa arte, frequentemente os discursos de políticos são abordados de maneira cômica e contestadora, provo- cando risos e também reflexão a respeito da demagogia praticada pela classe dominante. Com o mesmo texto utilizado anteriormente, teremos, agora, uma paródia. Texto Original Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá, As aves que aqui gorjeiam Não gorjeiam como lá. (Gonçalves Dias, “Canção do exílio”). Paródia Minha terra tem palmares onde gorjeia o mar os passarinhos daqui não cantam como os de lá. (Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”). O nome Palmares, escrito com letra minúscula, substitui a palavra palmeiras, há um contexto histórico, social e raci- al neste texto, Palmares é o quilombo liderado por Zumbi, foi dizimado em 1695, há uma inversão do sentido do texto primitivo que foi substituído pela crítica à escravi- dão existente no Brasil. PRATICANDO COM EDVALDO Leia: “Sou perseverante, eu sei. À mesa que ponho ninguém senta.Nas camas que arrumo ninguém dorme. Não há ninguém nesta casa, vazia há tanto tempo.” 01.(Imparh 2018). Marque a frase em que a palavra grifa- da constitui o antônimo de “perseverante”. A) Quando se trata de manter a casa limpa, sou uma mulher incansável! B) Às vezes, sinto-me tão volúvel por me preocupar com coisas tão fúteis... C) Vejo, todos os dias, como sou persistente em deta- lhes de uma vida tão vazia. D) A vontade insistente de manter esta casa limpa dá significado a minha existência! Leia: Os deuses, meus descendentes; os profetas, meus public- relations, os legisladores, meus advogados; proibir-te-ão como luxúria, como adultério, como crime, e até como atentado ao pudor! 02.(Imparh 2016) Os substantivos “luxúria” e “pudor”, ambos apresentam entre si uma relação de: A) homonímia. B) paronímia. C) antonímia. D) sinonímia. 03.(Imparh 2015) Neste excerto, “O papa Francisco pediu nesta sexta-feira (23) que os aparelhos tecnológicos, como celulares e tablets, não atrapalhem as conversas em família”, a relação de coesão entre “aparelhos tec- nológicos” e “celulares e tablets” se dá por meio da: A) hiperonímia, a relação existente entre um termo mais genérico (“aparelhos tecnológicos”) e um mais específico (“celulares e tablets). B) meronímia, o segundo termo (“celulares e tablets”) constitui uma parte do primeiro (“aparelhos tecno- lógicos”). C) catáfora, o segundo termo (“celulares e tablets”) re- toma o primeiro termo (“aparelhos tecnológicos”). D) anáfora, o primeiro termo (“aparelhos tecnológicos”) aponta para o segundo (“celulares e tablets”). 04.(Imparh 2015) Considere-se este verso da música Tua presença, de Paulo César Baruk, “Eu correria o mundo se não estivesses aqui”. A relação semântica existente entre a palavra sublinhada nesse verso e a palavra “correria” na frase “Com a correria do dia a dia” é de: A) homonímia. B) sinonímia. C) antonímia. D) paronímia. 05.(Imparh 2015) Aponte a frase em que o termo desta- cado apresenta oposição semântica com o verbo “as- similar” (l. 08). A) Daniel Oppenheimer decidiu agregar mais dados re- levantes a sua pesquisa. B) Os leitores desse texto poderão absorver bem mais informações se escreverem a mão. C) Os estudantes que assistiram à palestra não pude- ram participar de outras pesquisas na área. D) Os pesquisadores de Princeton chegaram a esque- cer as teorias da neurolinguística acerca disso. Leia: “Não se irrite o leitor com esta confissão. Eu bem sei que, para titilar-lhe os nervos da fantasia, devia padecer um grande desespero, derramar algumas lágrimas, e não al- moçar. Seria romanesco; mas não seria biográfico. A rea- lidade pura é que eu almocei, como nos demais dias...”. Machado de Assis 06.(Imparh 2012) Marque a oração em que o verbo em destaque constitui uma antonímia para titilar: A) O amor platônico estimula o espírito sem a espe- rança da aceitação. B) As tuas lágrimas mitigam o meu sofrimento, a mi- nha dor, o meu ódio... C) As desilusões provocadas pelo amor inquietam o mais tranquilo dos corações! D) Punge os feridos por Cúpido a menor manifestação de carinho. Leia: (Imparh 2009) “A expansão do domínio português terra adentro, na cons- tituição do Brasil, é obra dos brasilíndios ou mamelucos. Gerados por pais brancos, a maioria deles lusitanos, sobre mulheres índias, dilataram o domínio português, exorbi- tando a dação de papel das Tordesilhas, excedendo a tudo que se podia esperar.” (Ribeiro, Darcy. 1995) 07.A forma pronominal “deles” refere-se a A) Brasilíndios. B) Mamelucos. C) Pais brancos. D) Brasilíndios e mamelucos. E) Brasilíndios, mamelucos e pais brancos. 08.(Imparh 2009) O dicionário registra o verbete brasilín- dio com o sentido de “indígena do brasil”. No texto acima, o referido termo deve ser lido como: A) Antônimo de mameluco. B) Sinônimo de mameluco. C) Hipônimo de mameluco. D) Hiperônimo.de mameluco. E) Equivalente à acepção dicionarial. 09.(Uece 2018) Assinale a opção em que os parônimos em destaque estão com significação INVERTIDA. A) O agente fiscalizador do trânsito inflige penas a quem infringe as leis do trânsito. B) Os vultosos números de mortes no trânsito supe- ram os de vítimas com algum tipo de sequela tem- porária, como faces vultuosas. C) Pere Navarro apresentou várias conjeturas sobre o trânsito no Brasil, considerando a conjuntura da época da entrevista. D) O iminente especialista em segurança viária preo- cupa-se com a eminente catástrofe no trânsito do Brasil. Sinônimo é um vocábulo que, em determinado texto, apresenta significado semelhante ao de outro e que pode, em alguns contextos, ser usado no lugar desse outro sem alterar o sentido da sentença. Hiperônimo é um vocábulo ou um sintagma de sentido mais genérico em relação a outro. Ele abarca vocábulos de sentidos menos genéricos ou mais específicos. Hipônimo é um vocábulo menos geral ou mais específico, cujo sentido é abarcado pelo sentido do hiperônimo. 10.(Uece 2015) Considere a ordem em que foram distribu- ídos os vocábulos do excerto transcrito a seguir e as- sinale a opção correta: “abracei a senda do crime e en- veredei pela do furto...”. A) Os vocábulos roubo e furto são sinônimos e um po- de substituir o outro, indistintamente, em qualquer contexto. B) Crime é hiperônimo de furto. Isso significa que o sentido do vocábulo crime é mais genérico do que o sentido do vocábulo furto. C) Nesse contexto, a inversão da posição dos vocábu- los crime e furto seria aceitável: “abracei a senda do furto e enveredei pela do crime”. D) Sendo vereda um caminho estreito e enveredar, se- guir por uma vereda, seria lógico dizer “abracei a ve- reda do crime e enveredei pelo caminho do furto”. Leia: O impacto social, provocado por essas obras relacionadas à Copa do Mundo, também é questionado pelo professor. "São obras que estão levando a milhares de remoções. Essas famílias estão sendo destinadas a morar em espa- ços mais periféricos: as obras estão gerando exclusão social e territorial", critica. Segundo o governo do Ceará, cerca de 2.140 famílias terão seus imóveis atingidos total ou parcialmente pela obra do VLT. 11.(Uece 2014) “Essas famílias estão sendo destinadas a morar em espaços mais periféricos ...”. O termo em negrito significa A) limitados. B) próximos. C) incompletos. D) afastados. Leia: É uma falha do nosso registro civil: as crianças não rece- bem número ao nascer. Dão-lhes apenas um nome, às vezes surrealista, que as acompanhará por toda a vida como pesadelo, quando a numeração pura e simples viria garantir identidade insofismável, poupando ainda o ve- xame de carregar certos antropônimos. Carlos Drummond de Andrade 12.(Uece 2009) O vocábulo “insofismável” pode ser subs- tituído, sem alteração do sentido do que lhe é dado no texto, por A) Solúvel. D) Incógnita. B) Indiscutível. E) Absurda. C) Violável. Leia: “No afã do progresso material, ele se desespiritualizou. Desespiritualizando-se, o homem não colocou o progres- so material efetivamente a seu serviço.” 13.(Uece 2008) A palavra “afã” tem como sinônimos A) ânsia; ambição; pressa. B) contradição; revolta; negação. C) falha; erro; descuido. D) busca; interesse; pesquisa. Leia o excerto abaixo: “Diversos estudos mostram isso há muito tempo. Por exemplo, uma análise feita por psicólogos alemães sobre a rotina de violonistas da Universidade das Artes em Ber- lim, em 1993. Eles dividiram os alunos em dois grupos de acordo com sua habilidade: os de “elite” e os “medianos”. Os dois grupos dedicavam em média 50 horas por sema- na ao estudo do violino. Só que os medianos praticavam aleatoriamente ao longo do dia, enquanto os de elite con- centravam seu trabalho em dois períodos fixos: de manhã e à tarde. Quanto melhor o violonista, mais rígida era essa divisãoentre trabalho e lazer. E isso tinha um baita im- pacto nas vidas dos músicos. Os melhores dormiam uma hora a mais por noite e dedicavam mais tempo à diversão. No fim das contas, os mais habilidosos eram também os mais relaxados.” 14.(CCV 2013) O pronome “isso” no comentário “E isso tinha um baita impacto nas vidas dos músicos.”, faz remissão à: A) prática de violino ao longo do dia. B) fixação do trabalho em dois turnos. C) maior destinação de tempo ao lazer. D) rígida divisão entre trabalho e lazer. E) noite de sono mais longa e relaxante. VALOR SEMÂNTICO DOS CONECTIVOS VALOR DAS CONJUNÇÕES Para lá de importante é ter domínio sobre o valor semân- tico (o significado) das conjunções, ou seja, é preciso saber que circunstâncias nos trazem as orações iniciadas por elas, relativamente à ideia expressa na oração à qual estão ligadas. Tais circunstâncias inferem-se, em geral, do próprio nome das conjunções. Por exemplo, na frase: “estamos bem preparados, portanto teremos um bom desempenho”, a conjunção (portanto) é conclusiva, e a oração iniciada por ela (negrito) expressa uma conclusão, decorrente do que se diz na oração anterior, isto é, do fato de estarmos bem preparados. Assim, as conjunções, além de ligar orações as seguintes circunstâncias: • Aditiva - adição, soma, aproximação: As flores embelezam e perfumam o ambiente. • Alternativa – alternância, exclusão: “Ou troteia, ou sai da estrada.” • Adversativa – adversidade, oposição: O Brasil é um país rico, mas os brasileiros são pobres. • Conclusiva – conclusão, consequência, resultado: “Penso, logo existo”. • Explicativa – explicação, motivo: Trabalhemos, porque o trabalho dignifica. • Causal – causa razão: “Estou triste, porque não tenho você perto de mim”. • Condicional – condição: Se a chuva parar, iremos ao jogo. • Concessiva – concessão (isto é: a oração iniciada por ela concede uma garantia de que a ideia da outra se rea- liza): Embora tenhamos pouco tempo, concluiremos o trabalho. • Conformativa – conformidade, concordância: Devemos proceder conforme estabelece o regulamento. • Consecutiva – consequência, efeito: Tem contado tantas mentiras, que ninguém acredita nele. • Final – finalidade, resultado desejado ou preconcebido: Estudarei esse assunto, a fim de que possa compreendê-lo. • Proporcional – proporção, medida: À proporção que estudava, compreendia melhor o assunto. • Temporal – tempo: Quando voltares, visita-me. • Integrante – a conjunção integrante inicia uma oração que integra o sentido (além de exercer uma função sin- tática) de um termo da oração anterior: Espera-se que venças. (sujeito de “espera-se”) A verdade é que vencerás. (predicativo) VALOR DAS PREPOSIÇÕES Especificamente falando sobre as preposições, é impor- tante sabermos que elas fazem parte das dez classes gramaticais e que possuem a função de ligar termos den- tro de uma oração. Elas também estabelecem relações semânticas entre o termo regente (aquele que pede a preposição) e o termo regido (aquele que completa seu sentido). Por isso veja- mos uma relação em que há esta ocorrência: Peguei o livro do professor com o compromisso de devol- vê-lo amanhã - Valor semântico de posse. As esculturas de cerâmica fizeram o maior sucesso du- rante a exposição – Matéria. Estudar com os amigos é muito mais proveitoso – Com- panhia. O conhecimento é a chave para o sucesso – Finalidade. Fiz o trabalho conforme você sugeriu – Conformidade. Falamos sobre Machado de Assis durante a apresentação do seminário – Assunto. O garoto se feriu com a faca – Instrumento. Aguardávamos com ansiedade o resultado do concurso – Modo. O cachorro morreu de uma epidemia desconhecida – Causa. A plateia protestou contra o alto preço da mensalidade – Oposição. O orientador estipulou um prazo de vinte dias para a en- trega da tese de dissertação – Tempo. VALOR SEMÂNTICO DO ADJUNTO ADVERBIAL É a função sintática da palavra ou da expressão que ser- vem para modificar ou intensificar o sentido do verbo, do predicativo ou de outro adjunto adverbial, atribuindo-lhes uma circunstância. Não se deve confundir adjunto adverbial com advérbio: advérbio é a classe gramatical; adjunto adverbial é a fun- ção sintática. Em outras palavras: advérbio é o nome da palavra; adjunto adverbial é a função que a palavra exerce na oração. CLASSIFICAÇÃO DOS ADJUNTOS ADVERBIAIS Adjunto Adverbial de Tempo Ex. O ônibus chegará a qualquer momento. De vez em quando, vou à praia do Pirambu. Ninguém confia nos políticos hoje em dia, no Ceará. Observe que, quando o adjunto adverbial estiver no final da oração, não será separado por vírgula, a não ser que haja dois ou mais adjuntos adverbiais coordenados. Se o adjunto adverbial estiver no início da oração ou entre os elementos formadores da oração, deverá estar separado por vírgula. Adjunto Adverbial de Lugar Ex. O policial observava o bandido a distância. O documento está em cima da escrivaninha. De vez em quando, vou ao cinema. A locução adverbial a distância só receberá o acento gra- ve indicativo de crase, se possuir a preposição de, for- mando a locução prepositiva à distância de. Por exemplo: O policial observava o bandido à distância de cem metros. Adjunto Adverbial de Modo Ex. Os namorados caminhavam lado a lado. Caminhei à toa pelo Pirambu. O acontecimento espalhou-se boca a boca. À toa, adjunto adverbial, não tem hífen. Quando for locu- ção adjetiva, ou seja, quando estiver qualificando um substantivo, terá hífen. Por exemplo, Aquele homem à-toa só anda à toa. Adjunto Adverbial de Negação Ex. Não o procurarei mais. De modo algum, você usará esse objeto. Observe que o adjunto adverbial não, apesar de estar no início da oração, não está separado por vírgula. Isso por- que é representado por apenas uma palavra. Portanto só será separado por vírgula o adjunto adverbial que for re- presentado por mais de uma palavra. Adjunto Adverbial de Afirmação Ex. Decididamente estou disposto a ajudá-lo. Sem dúvida alguma, iremos até aí amanhã. Adjunto Adverbial de Dúvida Ex. Quem sabe, conseguiremos a vaga. Talvez encontremos a solução. Adjunto Adverbial de Intensidade Ex. Ele bebeu em excesso. Adjunto Adverbial de Meio Ex. Gosto de viajar de avião. Atacou os desordeiros a pedras. Nas expressões adverbiais femininas, muitas vezes ocor- re o acento grave sem que haja a crase, isto é, a fusão de dois aa. Verifique: Comprei o carro à vista. Se trocarmos por um masculino correspondente, teremos: Comprei o carro a prazo. Evidência clara de que na expressão à vista não houve a fusão de dois aa. Nesses casos, o uso do acento grave é justificado por alguns gramáticos por uma questão de tradição da língua, ou para tornar o contexto mais claro, evitando-se ambiguidades. Não confunda adjunto adverbial de meio com adjunto adverbial de modo. Este indica a maneira como a ação é praticada; aquele, o instrumento usado para a ação ser praticada. Por exemplo: Andei de bicicleta, vagarosamen- te. de bicicleta é o meio; vagarosamente, o modo. Adjunto Adverbial de Causa Ex. Frank Zappa morreu devido a um câncer na próstata. O poço secou com o calor. Adjunto Adverbial de Companhia Ex. Passeei a tarde toda com Edvaldo. Andarei junto dele. Adjunto Adverbial de Finalidade Ex. Eles vieram aqui para um estudo aprofundado de Portu- guês. Convidei meus amigos para um passeio. Adjunto Adverbial de Oposição Ex. O Ferroviário jogará com o Fortaleza. Ela agiu contra a família. Adjunto Adverbial de Argumento Ocorrerá o adjunto adverbial de argumento com as ex- pressões chegar de e bastar de, no Imperativo. Ex. Chega de brigas. Basta de incompetência. Adjunto Adverbial de Assunto Ocorrerá o adjunto adverbial de assunto, quando houververbo, indicando comunicação entre as pessoas (falar, conversar, discutir...) com as preposições de, sobre, a locução prepositiva acerca de, a respeito de... Ex. Conversamos sobre Edvaldo ontem. Edvaldo falará a respeito dos problemas educacionais brasileiros. Adjunto Adverbial de Preço Ex. Essa camisa custa muito caro. As palavras caro e barato só serão adjunto adverbial de preço, junto do verbo custar. Caso surjam com verbo de ligação, funcionarão como predicativo do sujeito, concor- dando com este elemento. Por exemplo As calças custaram caro. Mas As calças estão caras. Adjunto Adverbial de Matéria Ex. Fiz de ouro o meu relógio. Adjunto Adverbial de Acréscimo Ex. Além da tristeza, sentia um profundo mal-estar. Adjunto Adverbial de Concessão Ocorrerá adjunto adverbial de concessão na indicação de fatores contrários iniciados por apesar de, embora, inobs- tante... Ex. Apesar de você, sou feliz. Adjunto Adverbial de Condição Ex. Sem disciplina, não há educação. Adjunto Adverbial de Conformidade Ex. Faça tudo conforme os regulamentos da empresa. Adjunto Adverbial de Substituição Ex. Abandonou suas convicções por privilégios. PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Consulpam 2018) A conjunção presente na frase “A sociedade é desigual porque a partilha do poder eco- nômico gera diferenças históricas definidas pela divi- são social do trabalho e da propriedade” estabelece entre as orações que liga uma relação semântica de: A) Finalidade. B) Causalidade. C) Condicionalidade. D) Proporcionalidade. A DENTADURA Enquanto dormia, a dentadura saiu do vaso tranquilamen- te e caminhou até a cozinha onde comeu todo o bolo. Voltou, pé ante pé, e viu o dono dormindo na santa paz do Senhor. Como resistir à passiva situação de permanecer, há tanto tempo, mergulhada em água azul de tão estra- nhos odores? Resolveu ter vida própria. Somente à noite, pois demasia- do era o trabalho na boca do Sr. Pirandelo durante o dia. Para obtenção desse privilégio usou de uma série de re- cursos. O mais brilhante resume- se no seguinte: compri- mir as gengivas do velho de uma forma terrível, todos os dias após o jantar. Péricles Prade “Toda saudade é uma espécie de velhice. Talvez, então, a melhor coisa seria contar a infância não como um filme em que a vida acontece no tempo, uma coisa depois da outra, na ordem certa, sendo essa conexão que lhe dá sentido, princípio, meio e fim." 02.(Consulpam 2015) Qual das ideias abaixo expressa o sentido da palavra “então" no contexto? A) Audição B) Conclusão C) Oposição D) Consequência 03.(Uece 2018) Na frase “À frente do Departamento Geral de Trânsito da Espanha entre 2004 e 2012, o engenhei- ro comandou ações que contribuíram para uma queda drástica das mortes em acidentes de trânsito do país. (...)Ainda assim, o país se preocupa agora com um no- vo perigo...”, a expressão conectiva destacada apre- senta valor semântico de A) concessão. B) prioridade. C) alternância. D) exemplificação. 04.(Uece 2018) A expressão conectiva destacada em “... para a melhoria do trânsito, tais como cooperação, so- lidariedade, honestidade e valorização da vida” apre- senta valor semântico de A) prioridade. B) finalidade. C) exemplificação. D) causalidade. 05.(Uece 2018) Assinale a opção em que a conjunção destacada nos trechos retirados do texto e a relação de sentido estabelecida estão corretamente identifica- das. A) “... compartilhá-los com todos os cidadãos para que estejam conscientes da magnitude da catástrofe do trânsito”. – TEMPO B) “... as leis eram as mesmas, mas o cidadão passou a cumpri-las”. – CAUSA C) “... se não são tomadas outras iniciativas, em seis meses retornamos ao ponto de partida”. – CONDI- ÇÃO D) “... mandar mensagem enquanto se dirige equiva- le...” – CONSEQUÊNCIA. 06.(Uece 2018) A expressão conectiva destacada em “...os seus cidadãos perdem a segurança para andar nas ruas, seja por medo de bandido, seja por medo de polícia” apresenta valor semântico de A) condição. B) finalidade. C) alternância. D) concessão. 07.(Uece 2018) Assinale a opção que garante a mesma ideia presente em: “Não é punitivo, mas alerta”. A) Como não é punitivo, alerta. B) Uma vez que é punitivo, alerta. C) Embora não seja punitivo, alerta. D) Ainda que seja punitivo, alerta. 08.(Uece 2018) No subtítulo “Multa não tem valor legal, apenas educativo”, o termo destacado tem como prin- cipal função a de estabelecer uma circunstância em re- lação à palavra seguinte. Essa circunstância é de A) tempo. C) lugar. B) inclusão. D) exclusão. 09.(Uece 2017) Assinale a opção em que o valor semânti- co da conjunção destacada está corretamente identifi- cado. A) “...faz roupinhas como toda criança de 5 anos fazia na época de sua mãe...” — oposição. B) “...não sabem ler nem escrever, mas desde os 3 me- xe no micro.” — consequência. C) “...o mouse é mais fácil de movimentar do que a ca- neta. — comparação. D) “Quando ligados à rede mundial, navegam pelos si- tes...” — conclusão. 10.(Cetrede 2015) Os versos “Como um velho boiadeiro levando a boiada, / Eu vou tocando os dias pela longa estrada” estabelecem uma circunstância de A) comparação. B) causa. C) consequência. D) condição. E) proporção. ESCRITA E FIXAÇÃO DE INFORMAÇÃO Com a correria do dia a dia e a tecnologia ao alcance de todos, escrever à mão tornou-se algo menos frequente. Mas pesquisadores da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, elucidaram que nem sempre o que se apresenta como mais fácil é o melhor método. Eles expli- caram que escrever aumenta a memorização das infor- mações. Estudo realizado pelo psicólogo Daniel Oppe- nheimer comprovou, por meio de um teste aplicado a es- tudantes, que após 30 minutos da apresentação de uma palestra, quando interrogados sobre o assunto abordado, os voluntários que digitaram no notebook, apesar de te- rem anotado uma grande quantidade de texto, consegui- ram assimilar bem menos as explicações do tema pro- posto – diferente do que aconteceu com o grupo que escreveu à mão. (Revista Extrafarma. 10 ed. Nov. e dez. 2014, p. 16) 11.(Imparh 2015) Existe entre “a correria do dia a dia e a tecnologia ao alcance de todos” e o fato de escrever a mão ter-se tornado menos frequente, respectivamente, uma relação de: A) causa e efeito. B) efeito e causa. C) condição e hipótese. D) hipótese e condição. 12.(Cetrede 2014) Leia o texto abaixo e, em seguida, assi- nale a opção que preenche, de uma forma coesa e coe- rente, as três lacunas. De acordo com o cientista Ja- mes Lovelock, por conta do aquecimento global, a so- brevivência da raça humana corre sério risco. Na visão do estudioso, até 2020, secas e outros extremos climá- ticos serão lugar-comum. Para outros pesquisadores, __________ a rapidez __________ as mudanças climáti- cas acontecem em todo o mundo, há possibilidade de se reverter a situação, caso sejam tomadas medidas imediatas __________ reduzir a emissão de gases polu- entes. A) portanto – que – objetivando B) não obstante – com que – no sentido de C) dessa maneira – na qual – para D) no entanto – como – de modo E) quanto à – na qual – é o caso Leia o excerto abaixo: (...) Denise teve uma infecção no seio, chamada de mastite, logo depois que o primeiro filho nasceu. “Eram dores hor- ríveis, direto. Fiquei mais de um mês tomando antibiótico e não fazia efeito nenhum”, conta ela. Não fazia efeito porque a bactéria era resistente a antibióticos. Identifica- da a bactéria, ela teve que fazer uma cirurgia e remover todo o pedaço infectado na mama. Denise ficou comple- tamente curada. E pôde amamentar o segundo filho. (...) 13.(UFC 2014) Em: “Fiquei mais de um mês tomando antibiótico e não fazia efeito nenhum” (linha 33), a re- lação semântica que pode ser inferida entreos conte- údos das orações ligadas pela conjunção “e” é: A) causa. B) tempo. C) contraste. D) finalidade. E) comparação. 14.(UFC 2014) A oração reduzida em destaque em: “Iden- tificada a bactéria, ela teve que fazer uma cirurgia”, ar- ticula uma circunstância de: A) modo. B) tempo. C) condição. D) conclusão. E) concessão. 15.(Vunesp 2017) Quanto ao sentido, a oração destacada em “A mãe, conquanto insensível às boas ações, não pôde disfarçar a admiração e o prazer que o moço lhe causou...” equivale a: A) apesar de insensível às boas ações. B) conforme insensível às boas ações. C) portanto insensível às boas ações. D) como insensível às boas ações. E) porque insensível às boas ações. 16.(UFPR 2017) Na frase “Mesmo que a variante de- sempenhe um papel pequeno no aumento do risco de artrite, o número de pessoas que a possui signifi- ca que ela pode ter um efeito importante”, estabele- ce-se uma relação de: A) Oposição. B) Comparação. C) Consequência. D) Proporção. E) Concessão. Leia: Como superar o fim de um relacionamento? A ciência explica Ter o “coração partido” é uma das experiências mais traumáticas da vida. No entanto, de acordo com um estu- do da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, acreditar que está fazendo algo para superar o término de um relacionamento, independente como, pode ajudar a aliviar o sofrimento. Esse efeito placebo, segundo os cien- tistas, influencia regiões do cérebro associadas às emo- ções, liberando dopamina – um dos neurotransmissores responsáveis pelo sentimento de felicidade (...) (Fonte:http://veja.abril.com.br/saude/como-superar-o-fim-de-um- relacionamento-a-ciencia-explica/. Adaptado.Acesso em: 14/05/2017) 17.(Instituto de Seleção 2017) Em: “No entanto, de acordo com um estudo da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, acreditar que está fazendo algo para superar o término de um relacionamento, [...]”, a conjunção destacada expressa sentido de A) Conclusão. B) Adversidade. C) Concessão. D) Finalidade. E) Condição. 18.(Fundep 2017) Leia o trecho a seguir. “Nesse contexto, a assistência pediátrica de qualidade tem de ser vista como prioridade, pois se ocupa fun- damentalmente daqueles que, mais que todos, preci- sam de uma sociedade que respeite a cidadania.” A conjunção destacada confere a esse trecho uma ideia de: A) Explicação. B) Conclusão. C) Condição. D) Tempo. Que medicina nos espera amanhã? Temos medicina primária que não necessita de mi- nhas críticas. Basta consultar a imprensa diariamente. Essa endemia na saúde, que persiste há décadas, mata milhares de vezes mais que as epidemias virais que hoje nos acometem. Os órgãos oficiais fazem campanhas, muitas vezes demagogicamente, apenas na hora da des- graça, não entendendo, ou não querendo entender, o sig- nificado da palavra prevenção, que é o pilar fundamental de qualquer sistema de saúde. Metade da população não é servida por saneamento básico. Em compensação, a medicina terciária, da qual nos orgulhamos pela qualidade atingida, deveria estar em centros especializados devidamente localizados, espa- lhados pelo país, de preferência perto de centros universi- tários, de acordo com as necessidades regionais. Os gas- tos com tecnologia se reduziriam muito e equipamentos caríssimos não ficariam encaixotados, deteriorando-se, ou em mãos inexperientes, sem condições de ser utilizados. Por que, então, foram encaminhados a esses locais? Para agravar, a maioria das escolas forma profissio- nais especializados, geralmente mais interessados em técnicas e métodos, e não em clínica. O contato com o paciente, o ouvir, o olhar, o palpar, o auscultar foram subs- tituídos pelos exames complementares. O indivíduo transformou-se em algo secundário, meio de fazer funci- onar uma máquina de produzir dinheiro, pois a medicina se transformou num grande negócio, nas mãos de empre- sários com enorme poder econômico. Julgo precisarmos mais de ética que de técnica. Mas ética “não dá dinheiro”. A tecnologia transformou-nos numa tecnocracia do- minadora amoral, quando deveria estar a serviço do paci- ente, com equilíbrio de interesses e necessidades. Ela nos dá poder material que, quando não contrabalançado por um poder intelectual, pode tornar-se destrutiva. A ciência também é amoral e deve ser digerida pela moral social. Quanto de tecnologia inútil se produz e se utiliza diariamente e quanto de ciência se publica para apenas engrossar currículos, sendo colocadas logo após na biblioteca do esquecimento, das inutilidades, sem co- laborar em nada para uma saudável evolução? Quantos artigos médicos, além de aulas e conferências, são frau- dados para convencer os menos informados a assumir determinadas condutas? Essa cultura já impregnou as academias médicas e as piores consequências se fazem sentir na qualidade do ensino e da assistência. Como dizia Karl Marx, os setores que dominam o sis- tema financeiro, “ao fundarem a produção econômica na exploração da ciência aplicada, e ao monopolizarem em seu proveito as invenções tecnológicas”, caminhariam a passos largos para um domínio sem escrúpulos, amoral, das ciências. O paciente tornou-se um meio, e não um fim. Mesmo não sendo marxista, admiro a antevisão que teve esse pensador. Demorará para sairmos desse padrão, em direção a uma situação eticamente aceitável, pois a mudança de- pende dos responsáveis por essa situação. [...] MADY, Charles. Que medicina nos espera amanhã? Estadão. 5 abr. 2016. Disponível em:<https://goo.gl/OFL5vW> . Acesso em: 20 mar. 2017 (Fragmento adaptado). 19.(Fundep 2017) Releia o trecho a seguir. “O indivíduo transformou-se em algo secundário [...], pois a medicina se transformou num grande negó- cio [...]” Em relação aos períodos separados pela conjunção destacada, assinale a alternativa CORRETA. A) O segundo período é a causa do que se expõe no primeiro. B) O que se declara no primeiro período é a finalidade do segundo. C) O segundo período é uma conclusão do primeiro. D) O primeiro período é comparado simultaneamente ao segundo. As modificações das palavras (substantivo, artigo, adjeti- vo) recebem o nome de flexão. A flexão pode ser: a) de NÚMERO: singular (um só ser) ou plural (mais de um ser). b) de GÊNERO: masculino ou feminino. c) de GRAU: aumentativo (maior que o normal) ou diminu- tivo (menor que o normal). Flexão de Número SUBSTANTIVOS SIMPLES Nos dicionários, as palavras aparecem no singular. Para passá-las para o plural, é preciso seguir certas regras: 1. Se as palavras terminarem em vogal, acrescenta-se S. Ex.: a - as; elegante - elegantes; siri - siris; trabalho - traba- lhos; tatu - tatus etc. 2. Se as palavras terminarem em R ou Z, acrescenta-se ES. Ex.: jantar - jantares; faquir - faquires; vez - vezes; luz - luzes etc. 3. Se as palavras terminarem em AL, EL, OL, UL, troca-se o L por IS. Ex.: casal - casais; anel - anéis; lençol - lençóis; azul - azuis etc. 4. Se as palavras terminarem em IL, troca-se: a) o L por S nas oxítonas. Ex.: barril - barris; funil - funis etc. b) o IL por EIS nas paroxítonas. Ex.: fácil - fáceis; fértil - férteis etc. 5. Se as palavras terminarem em ÃO, há três maneiras de formar o plural: a) Acrescenta-se S. Ex.: mão - mãos; irmão - irmãos etc. b) Troca-se o ÃO por ÃES. Ex.: pão - pães; capitão - capitães etc. c) Troca-se o ÃO por ÕES. Ex.: patrão - patrões; leitão - leitões etc. OBS.: algumas palavras terminadas em ÃO têm mais de um plural. ADJETIVOS SIMPLES a) Os adjetivos simples formam o plural da mesma ma- neira que os substantivos simples. OBS.: os substantivos empregados como adjetivos ficam INVARIÁVEIS: bolsas café, homens monstro. PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Uece 2016) Assinale a opçãoem que a anteposição ou a posposição do adjetivo ao substantivo implica mudança de significado. A) “Nem da infância querida, nem sequer das borbole- tas...”. B) “Gostaria de ter palavras boas...”. C) “...a suposta felicidade dos moços.”. D) ...foi se tornando pouco a pouco uma velha ami- ga...”. 02.(Uece 2016) Assinale a opção em que o substantivo destacado mudou o significado por estar no plural. A) No jogo de baralho, ela tirou um ás de ouros. B) Os atletas ansiavam pelo ouro olímpico. C) O atleta participou de diversos jogos. D) Todas as equipes venceram em algum momento. 03.(Uece 2016) A mudança de gênero provoca mudança de significado no par: A) o maratonista – a maratonista. B) o atleta – a atleta. C) o ginasta – a ginasta. D) o capital – a capital. 04.(Imparh 2015) No lead – “Mostrar a importância de res- peitar as diferenças é uma lição que deve ser ensinada desde os primeiros anos de escolaridade", a maioria dos substantivos são: A) derivados. B) compostos. C) concretos. D) abstratos. 05.(Uece 2011) O plural do diminutivo das palavras “reno- vação”, e “sinal” está corretamente escrito em A) renovaçõesinhas e sinalsinhos. B) renovaçõeszinhas e sinaiszinhos. C) renovaçõezinhas e sinaizinhos. D) renovaçõizinhas e sinaezinhos. 06.(Imparh 2009) As palavras destacadas na frase “O dizer de um precisa ser adicionado pelo dizer do outro” são, respectivamente: A) verbo e numeral; B) substantivo e artigo indefinido; C) substantivo e pronome indefinido; D) verbo e artigo indefinido. 07.Indique a alternativa em que todas as palavras são femininas. A) Cal, faringe, dó, telefonema. B) Omoplata, apendicite, cal, ferrugem. C) Criança, cônjuge, champanha, afã. D) Cólera, agente, guaraná, vitrina. E) Giz, diafragma, estratagema, telefonema. 08.Assinale o par em que a flexão de gênero está errada. A) patrão - patroa B) hortelão - hortelã C) senhor – senhora D) peixe-boi – peixe-mulher FORMAÇÃO DO PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS As duas palavras vão para o plural Substantivo + substantivo Ex.: tenente-coronel tenentes-coronéis carta-bilhete cartas-bilhetes Substantivos + adjetivos Ex.: amor-perfeito amores-perfeitos obra-prima obras-primas Adjetivo + substantivo Ex.: livre-pensador livres-pensadores gentil-homem gentis-homens Numeral + substantivo Ex.: quinta-feira quintas-feiras Só a primeira palavra vai para o plural Quando as duas palavras são ligadas por preposição Ex.: pé-de-moleque pés-de-moleque pão-de-ló pães-de-ló Quando à segunda palavra limita ou determina a primeira: Ex.: pombo-correio pombos-correio fruta-pão frutas-pão OBSERVAÇÃO: Nesse caso, também é correto colocar no plural os dois elementos: pombos-correios, frutas-pães. Só a segunda palavra vai para o plural Quando as palavras forem ligadas sem hífen Ex.: passatempo passatempos girassol girassóis Quando for verbo + substantivo Ex.: beija-flor beija-flores quebra-mar quebra-mares Com palavras repetidas Ex.: tico-tico tico-ticos reco-reco reco-recos Quando a primeira palavra for invariável Ex.: sempre-viva sempre-vivas As duas palavras ficam invariáveis Com Verbo + Advérbio Ex.: o bota-fora os bota-fora Com Verbo + Substantivo no plural Ex.: o saca-rolhas os saca-rolhas PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Uece 2009) Indique a alternativa correta no que se refere ao plural dos substantivos compostos guarda- louça, quinta-feira, manga-rosa, fruta-pão e reco-reco. A) Guardas-louças, quintas-feiras, mangas-rosas, fru- tas-pães, reco-recos. B) Guardas-louças, quinta-feiras, manga-rosas, frutas- pães, recos-recos. C) Guarda-louças, quinta-feiras, mangas-rosas, frutas- pão, recos-recos. D) Guarda-louças, quintas-feiras, mangas-rosas, frutas- pão, reco-recos. E) Guarda-louças, quinta-feiras, mangas-rosas, frutas- pães, reco-recos. 02.(Imparh 2014) Fazem o plural como “vira-latas” as palavras: A) ganha-perde, bota-fora e pisa-mansinho. B) guarda-civil, decreto-lei e cabeça-chata. C) mestre-escola, boa-vida e cartão-postal. D) arranha-céu, caça-níquel e beija-flor. 03.Indique a alternativa onde se encontram os dois subs- tantivos que formam o plural como escrivão e guarda- roupa, respectivamente: A) bênção / papel-moeda B) irmão / salário-família C) capelão / guarda-sol D) razão / guarda-chuva 04.Indique a alternativa correta no que se refere ao plural dos substantivos compostos casa-grande, flor-de- cuba, arco-íris e beija-flor. A) Casa-grande, flor-de-cubas, os arco-íris, beijas-flor. B) Casas-grandes, flores-de-cuba, arcos-íris, beijas- flores. C) Casas-grandes, as flor-de-cubas, arcos-íris, os beija- flor. D) Casas-grandes, flores-de-cuba, os arco-íris, beija- flores. FORMAÇÃO DO PLURAL DOS ADJETIVOS COMPOSTOS Os adjetivos compostos só recebem o plural no último elemento e somente se esse último elemento for adjetivo. Se o último elemento não for adjetivo, então o plural do adjetivo composto será exatamente igual ao seu singular. Ex.: tecido verde-claro tecidos verde-claroS. Roupa verde-garrafa roupas verde-garrafa. Não é adj. é subs. OBSERVAÇÃO: Existem adjetivos compostos que não seguem a regra acima: O adjetivo surdo-mudo, que tem plural nas duas pala- vras. Ex.: meninos surdoS-mudoS. O adjetivo azul-marinho, que é invariável, isto é, não tem plural em nenhuma das duas palavras. Ex.: roupas azul-marinho. O adjetivo azul-celeste, que também é invariável. Ex.: cortinas azul-celeste. PRATICANDO COM EDVALDO Leia: (Imparh 2015) No Brasil, as estatísticas refletem essa realidade: os ne- gros são 45,5% da população, mas têm nível de escolari- dade menor que os brancos. Silvério e outros pesquisado- res que estudam as relações raciais na escola afirmam que o tratamento diferenciado dentro da sala de aula é um dos fatores que contribuem para o baixo rendimento das crianças negras. 05.O adjetivo “menor" expressa a ideia de: A) relatividade. B) igualdade. C) superioridade. D) inferioridade. 06.Coloque a frase abaixo no plural, indicando a alternati- va correta: “O guarda-noturno luso-brasileiro sempre desconfiou do chefe-de-seção”. A) Os guardas-noturnos lusos-brasileiros sempre des- confiaram dos chefes-de-seção. B) Os guardas-noturnos luso-brasileiros sempre des- confiaram dos chefes-de-seções. C) Os guarda-noturnos luso-brasileiros sempre des- confiaram dos chefes-de-seção. D) Os guardas-noturnos luso-brasileiros sempre des- confiaram dos chefes-de-seção. Leia com atenção a frase abaixo: Edvaldo deitou tarde. Edvaldo ainda dormia quando, de ma- nhã, a vizinha de Edvaldo chamou Edvaldo. Como você observou, a frase apresenta uma repetição do nome, do substantivo Edvaldo. Essa repetição torna a frase bastante incomum para nós, torna-se até mesmo meio esquisita. Mas... como evitar essa repetição? A repetição pode ser evitada se trocarmos a palavra Ed- valdo por outras que a substituam adequadamente. As- sim: Edvaldo deitou tarde. Ele ainda dormia quando, de manhã, sua vizinha chamou-o. Observe, então, que as palavras ele, sua e o estão substi- tuindo o substantivo, o nome Edvaldo Elas estão no lugar do nome. Elas são pronomes. Podemos dizer, portanto, que: Pronomes são palavras que representam (substituem um substantivo), ou o acompanham, limitando sua significação. Outros exemplos de pronomes: Edvaldo, encontrei tua caneta no chão, mas não a apanhei pois ela estava quebrada. Tua de Edvaldo a, ela caneta Pronomes substantivos e adjetivos Quando um pronomeé empregado junto de um substanti- vo, ele é chamado de pronome adjetivo e quando um pro- nome aparece isolado, sozinho na frase, ele é chamado de pronome substantivo. Ex.: Alguém pode adivinhar nossas vontades? alguém pronome substantivo (pois está sozinho) nossas pronome adjetivo(pois está junto do substanti- vo vontades) Encontrei tua caneta, mas não a apanhei. tua pronome adjetivo a pronome substantivo Coloque: (1) pronome substantivo (2) pronome adjetivo a) Nestas aulas aprendemos o que ele ensina. ( )( ) b) Aquela camisa é linda. ( ) c) Qualquer aluno poderia gostar do professor e de suas manias. ( ) ( ) d) Nosso desejo é que ele troque a camisa. ( ) ( ) CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES Os pronomes classificam-se em: • pessoais • possessivos • demonstrativos • indefinidos • interrogativos • relativos A seguir um quadro com todas as formas do pronome pessoal: Pronomes Pessoais Num P. Retos oblíquos Átonos Tônicos Sing 1ª 2ª 3ª eu tu ele me te o a lhe se mim, comigo ti, contigo ele si consigo Plur. 1ª 2ª 3ª nós vós eles nos vos os as lhes se Nós conosco vós convosco eles si consigo Emprego dos pronomes pessoais Os pronomes oblíquos me, nos, te, vos, e se podem indicar que a ação praticada pelo sujeito reflete-se no próprio sujeito. Nas frases em que isso ocorre, tais pro- nomes são chamados pronomes reflexivos. Ex.: Eu me machuquei. me (= a mim mesmo) pronome reflexivo. Os pronomes oblíquos se, si e consigo são sempre reflexivos. Ex.: Márcia só pensa em si. (= pensa nela mesma) O rapaz feriu-se (= feriu a ele próprio) Ele trouxe consigo o livro. (= com ele mesmo) Note, portanto, que frases como as exemplificadas a se- guir são gramaticalmente incorretas. Marcos, eu preciso falar consigo erro Eu gosto muito de si, minha amiga. erro Os pronomes oblíquos nos, vos e si, quando significam um ao outro, indicam a reciprocidade (troca) da ação. Nes- se caso são chamados de pronomes reflexivos recíprocos. Ex.: Os jogadores se abraçavam após o gol. se (= um ao outro) pronome reflexo recíproco. Eu x mim: eu (pronome reto) só pode funcionar como sujeito, enquanto mim (pronome oblíquo) só pode funcio- nar como complemento, nunca como sujeito. Daí termos frases como: Ela trouxe o livro para eu ler. (correto) sujeito Ela trouxe o livro para mim. (correto) Não pode ser sujeito Ela trouxe o livro para mim ler. (errado) Não pode ser sujeito Entre todos os pronomes pessoais somente os pro- nomes eu e tu não podem ser pronomes oblíquos (reveja o quadro). Esses dois pronomes só podem exercer a fun- ção de sujeito da oração. Nas frases em que não for para exercer a função de sujeito, tais pronomes devem ser substituídos pelos seus pronomes oblíquos correspon- dentes. Eu me, mim. Tu te, ti. Ex.: Eu e ela iremos ao jogo. (correto) sujeito Uma briga aconteceu entre mim e ti. (correto) sujeito não-sujeito Não houve nada entre eu e ela (errado) Não houve nada entre mim e ela. (correto) Pronomes de tratamento Os pronomes de tratamento são pronomes pessoais usa- dos no tratamento cerimonioso e cortês entre pessoas. Os principais pronomes de tratamento são: Pronome de Tratamento Usado para Vossa Alteza (V.A.) Vossa Majestade (V.M.) Vossa Santidade (V.S.) Vossa Eminência (V.Emª.) Vossa Excelência (V. Exª) Príncipes, Duques Reis Papas Cardeais Autoridade em geral OBSERVAÇÕES: Existem, para os pronomes de tratamento, duas for- mas distintas: vossa (Majestade, Excelência, etc.) e sua (Majestade, Excelência etc.). Você deve usar a forma vossa quando estiver falando com a própria pes- soa e usar a forma sua quando estiver falando a respei- to da pessoa. Ex.: Vossa Majestade é cruel. (falando com o rei) Sua Majestade é cruel. (falando a respeito do rei) PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Cetrede 2018) Quanto ao uso dos pronomes, marque a opção INCORRETA. A) Vi-lhe, mas não lhe paguei. B) Não há nada entre mim e ti. C) Eu a vi e beijei. D) Não deram o doce a ti? E) Elsa se machucou. 02.(Cetrede 2016) Na frase “Queria que me aconselhas- ses” o termo em destaque pode ser substituído por, o A) teu conselho. B) vosso conselho. C) conselho deles. D) conselho de vocês. E) seu conselho. 03.(Uece 2016) A forma de tratamento direcionada aos bandidos sugere A) respeito. B) solidariedade. C) raiva. D) desprezo. 04.(Uece 2016) O pronome possessivo “sua” refere-se A) ao leitor. B) aos bandidos. C) à residência. D) à população. 05.(Uece 2009) Leia estes versos: Modinha Tuas palavras antigas Deixei-as todas, deixei-as, Junto com as minhas cantigas, Desenhadas nas areias. [...] (Cecília Meireles) Em relação às palavras “tuas” e “minhas”, analise as proposições abaixo. I. “Tuas” refere-se ao substantivo “palavras”, indican- do que elas pertencem à pessoa com quem se fala. II. “Minha”’ refere-se ao substantivo “cantigas”, indi- cando que elas pertencem à pessoa que fala. III. “Tuas” e “minhas” são exemplos de pronomes de tratamento, empregados quando nos referimos a uma pessoa de maneira respeitosa. Marque a única opção CORRETA: A) A afirmativa I é incorreta. B) A afirmativa II é incorreta. C) As afirmativas I e III são incorretas. D) A afirmativa III é incorreta. E) As afirmativas I – II e III são incorretas 06.(Uece 2006) O pronome de tratamento apropriado para o Ministro da Justiça é: A) Vossa Eminência. B) Vossa Magnificência. C) Vossa Excelência. D) Vossa Senhoria. 07.O pronome você é classificado como pronome de tra- tamento, o qual se refere à: A) segunda pessoa do plural. B) terceira pessoa do singular. C) primeira pessoa do singular. D) segunda pessoa do singular. Emprego dos pronomes demonstrativos No espaço: este(s), esta(s) e isto são usados para in- dicar que o ser está perto de quem fala. Ex.: Este livro que está comigo é raro. Esse(s), essa(s) e isso são usados para indicar que o ser está perto de que ouve. Ex.: Essa faca que está com você é voa. Aquele(s), aquela(s) e aquilo são usados para indicar que o ser está longe de quem fala e também está longe de quem ouve. Ex.: Aquela casa lá é muito antiga Na frase, no texto: este(s) , esta(s) e isto são usados para indicar algo que vai ser falado (ou escrito) mais à frente. Ex.: Ele me disse isto: caia fora! Esse(s), essa(s) e isso são usados para indicar algo que já foi falado (ou escrito) anteriormente. Ex.: Caia fora! Foi isso que ele me disse. Para fazer referência a dois elementos já citados na frase, usa-se este para indicar o último elemento e usar-se aque- le para indicar o primeiro elemento. Ex.: Paulo e João são bons alunos, mas este é mais inteligen- te que aquele. este João aquele Paulo 08.(Cetrede 2019) Analise e preencha, as lacunas da as- sertiva a seguir, com os pronomes demonstrativos. Senhor Diretor Em resposta ao memorando nº. 27/5/2019 d_______ Di- retoria, quero comunicar-lhe que _______ Chefia não é responsável por _______ irregularidades a que Vossa Senhoria se refere. Marque a opção que completa CORRETA e respecti- vamente as lacunas. A) esta / essa / aquelas D) esta / esta / estas B) essa / essa / estas E) esta / essa / essas C) essa / esta / essas Leia: (...) Um país vai para o brejo quando políticos lutam por car- gos em secretarias e ministérios não porque tenham qualquer relação com a área, mas porque secretarias e ministérios têm verbas — e isso é noticiado como fato corriqueiro da vida pública. (...) Um país vai para o brejo quandorepresentantes do povo deixam de ser povo assim que são eleitos, quando se criam castas intocáveis no serviço público, quando esses brâmanes acreditam que não precisam prestar contas a ninguém — e isso é aceito como normal por todo mundo. (...) Um país vai para o brejo quando as suas escolas e os seus hospitais públicos são igualmente ruins, e quando os seus cidadãos perdem a segurança para andar nas ruas, seja por medo de bandido, seja por medo de polícia. (...) A elite mora com a elite, convive com a elite e janta com a elite, sem vista para o Brasil. Os tempos épicos do faroes- te acabaram há décadas, mas há os privilégios que foram mantidos, ampliados e replicados pelos estados. De todas as heranças malditas que nos deixaram, essa é a pior de todas. (...) 09.(Uece 2016) Assinale a opção em que há a correta identificação do pronome destacado no exemplo e o seu referente. A) “... e isso é noticiado como fato corriqueiro da vida pública.” — refere-se a “porque tenham qualquer re- lação com a área”. B) “... e isso é aceito como normal por todo mundo.” — refere-se a “Um país vai para o brejo”. C) “...e os seus hospitais públicos são igualmente ruins...” — refere-se a “escolas”. D) “De todas as heranças malditas que nos deixaram... — refere-se à autora e aos brasileiros de maneira ge- ral. Leia: Texto – Saudade Conversávamos sobre saudade. E de repente me apercebi de que não tenho saudade de nada. (...) Nem da infância querida, nem sequer das borboletas azuis, Casimiro. Nem mesmo de quem morreu. De quem morreu sinto é falta, o prejuízo da perda, a ausência. A vontade da presença, mas não no passado, e sim presença atual. Saudade será isso? Queria tê-los aqui, agora. Voltar atrás? Acho que não, nem com eles. (...) QUEIROZ, Rachel de. Um alpendre, uma rede, um açude. Rio de Janeiro: José Olympio, 2006. Texto adaptado. 10.(Uece 2016) Na frase: “Saudade será isso?”, o prono- me destacado A) amplia a informação sobre saudade. B) resume reafirmando o que foi dito. C) anuncia algo que ainda vai ser dito. D) indica ordenação de ideias no texto. Leia o excerto abaixo: “Diversos estudos mostram isso há muito tempo. Por exemplo, uma análise feita por psicólogos alemães sobre a rotina de violonistas da Universidade das Artes em Ber- lim, em 1993. Eles dividiram os alunos em dois grupos de acordo com sua habilidade: os de “elite” e os “medianos”. Os dois grupos dedicavam em média 50 horas por sema- na ao estudo do violino. Só que os medianos praticavam aleatoriamente ao longo do dia, enquanto os de elite con- centravam seu trabalho em dois períodos fixos: de manhã e à tarde. Quanto melhor o violonista, mais rígida era essa divisão entre trabalho e lazer. E isso tinha um baita im- pacto nas vidas dos músicos. Os melhores dormiam uma hora a mais por noite e dedicavam mais tempo à diversão. No fim das contas, os mais habilidosos eram também os mais relaxados.” 11.(CCV 2013) O pronome “isso” no comentário “E isso tinha um baita impacto nas vidas dos músicos.”, faz remissão à: A) prática de violino ao longo do dia. B) fixação do trabalho em dois turnos. C) maior destinação de tempo ao lazer. D) rígida divisão entre trabalho e lazer. E) noite de sono mais longa e relaxante. Leia o excerto abaixo: “Outras pesquisas indicam que a qualidade das horas de trabalho importa mais que a quantidade. Um estudo de 2005 publicado na revista Applied Cognitive Psychology analisou dois grandes grupos de jogadores de xadrez: mestres e intermediários. E concluiu que a diferença entre eles não era fruto de um dom ou do simples tempo de prática, mas da dedicação ao “estudo sério” – a tarefa árdua de rever jogadas de enxadristas melhores, tentando prever movimentos. Durante sua primeira década de ativi- dade, os mestres investiram em média cerca de 5 vezes mais tempo a esse tipo de estudo sério do que os inter- mediários. Ou seja: não bastava praticar muito xadrez, era preciso praticar direito. Isso vale pra todo mundo. Se você é um estudante ou já tem anos de carreira, e se o seu objetivo é construir uma vida extraordinária, então fuja da exaustão. Se você está cronicamente estressado e trabalha até tarde, algo anda mal.” 12.(CCV 2013) Ao afirmar “Isso vale pra todo mundo.”, o autor quis dizer que: A) todos deveriam praticar, honestamente, o jogo de xadrez. B) o jogo de xadrez deveria ser levado mais a sério por todos. C) jogar xadrez com seriedade é uma prática recomen- dada a todos. D) ter experiência em um jogo como o xadrez é impor- tante para todos. E) o estudo sério feito pelos mestres do xadrez é exemplo para todos. 13.(Uece 2018) As palavras destacadas em “A cidade obteve bons resultados e a UFC espera conseguir o mesmo”, referem-se a A) “resultados”. B) “bons resultados”. C) “cidade”. D) “cidade obteve”. Pronomes Possessivos Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do dis- curso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa. Quando digo, por exemplo, meu livro, a palavra meu in- forma que o livro pertence à 1ª pessoa (eu). Eis as formas dos pronomes possessivos: 1ª pessoa singular: meu, minha, meus, minhas 1ª pessoa plural: nosso, nossa, nossos, nossas 2ª pessoa singular: teu, tua, teus, tuas 2ª pessoa plural: vosso, vossa, vossos, vossas 3ª pessoa singular: seu, sua, seus, suas 3ª pessoa plural: seu, sua, seus, suas PRATICANDO COM EDVALDO 14.(Impahr 2009) Marque a frase cuja palavra sublinhada tem a mesma classe gramatical do vocábulo destaca- do em “De modo que ninguém diz propriamente o que diz”. A) “Dizer o que eu jamais soube ser dito.” B) “O que é mesmo que ele estava dizendo?” C) “Contradizer-se é ainda uma solução para o conflito.” D) “O dizer de um precisa ser acionado para dizer do outro.” Pronomes indefinidos Pronomes indefinidos são pronomes que se referem à 3ª pessoa gramatical (pessoa de quem se fala), quando con- siderada de modo vago e indeterminado. Ex.: Acredita em tudo que lhe dizem certas pessoas. QUADRO DOS PRONOMES INDEFINIDOS VARIÁVEIS INVARIÁVEIS algum(ns); alguma(s) nenhum(ns); nenhuma(s) todo(s); toda(s) outro(s); outra(s) muito(s); muita(s) pouco(s); pouca(s) certo( s); certa( s) tanto(s); tanta(s) quanto(s); quanta(s) qualquer; quaisquer alguém ninguém tudo outrem nada cada algo OBSERVAÇÃO: Um pronome indefinido pode ser representado por ex- pressões formadas por mais de uma palavra. Tais expressões são denominadas locuções pronominais. As mais comuns são: qualquer um, todo aquele que, um ou outro, cada um, seja quem for. Ex.: Seja qual for o resultado, não desistiremos. PRATICANDO COM EDVALDO 15.(Cetrede 2019)São pronomes indefinidos invariáveis. A) Todo – vário – qualquer. B) Pouco – certo – tanto. C) Alguém – cada – quem. D) Algo – qual – outrem. E) Que – todo – algo. 16.(Cetrede 2019) Analise as assertivas a seguir. ...preparado justamente com essa polpa turbinada. ...vem acompanhado de outras delícias. Os pronomes destacados classificam-se, respectiva- mente, como A) demonstrativo e indefinido. B) indefinido e indefinido. C) possessivo e demonstrativo. D) relativo e relativo. E) demonstrativo e demonstrativo. 17.(Cetrede 2015) Marque a opção que contém apenas pronomes indefinidos. A) que / qual / muito / um. B) este / aquele / o / isso. C) algum / outrem / alguém / cada. D) que / qual / quanto / quem. E) minha / nossas / seu / vosso. Pronomes interrogativos Pronomes interrogativos são aqueles empregados para fazer uma pergunta direta ou indireta. Da mesma forma que ocorre com os indefinidos, os interrogativos também se referem, de modo vago, à 3ª. Pessoa gramatical. Os pronomes interrogativos são os seguintes: que, quem, qual, quais, quanto(s) e quanta(s). Ex.: Que horas são? (frase interrogativa direta) Gostaria de saber que horas são. (inter. Ind.) Quantas crianças foram escolhidas? Pronomes relativos Vamos supor que alguém queira transmitir-nos duas in- formações a respeito de um menino. Esse alguém poderia fala assim: Eu conheço o menino. O menino caiu no rio. Mas essas duas informações poderiam também ser transmitidas utilizando-se não duas frases separadas, mas uma única frase formada por duas orações. Com isso, seria evitada a repetição do substantivo, do nome menino. A frase ficaria assim: Eu conheço o menino que caiu no rio. 1ª oração 2ª oração Observe que a palavra que substitui, na segunda oração, a palavra menino, que já apareceu na primeira oração. Essa é a função dos pronomes relativos. Podemos dizer, então, que: Pronomes relativos são os que se referem a um substan- tivo anterior a eles, substituindo-o na oração seguinte. QUADRO DOS PRONOMES RELATIVOS VARIÁVEIS INVARIÁVEIS masculino Feminino que quem onde o qual; os quais; cujo; cujos; quanto; quantos. A qual; as quais; cuja; cujas; quan- ta; quantas OBSERVAÇÃO Como relativos, o pronome que é substituível por o qual, a qual, os quais, as quais. Ex.: Já li o livro que comprei. (=livro o qual comprei) Há frases em que a palavra retomada, repetida pelo pronome relativo, é o pronome demonstrativo o, a, os, as. Ex.: Ele sempre consegue o que deseja. (que) pron. relativo (o) pron. demonstrativo O relativo quem só é usado em relação a pessoas e aparece sempre precedido de preposição. Ex.: O professor de quem você gosta chegou. O relativo cujo (e suas variações) é, normalmente, em- pregado entre dois substantivos, estabelecendo entre eles uma relação de posse e equivale a do qual, da qual, dos quais, das quais. Ex.: Compramos o terreno cuja frente está murada. (cuja frente = frente do qual) Note que após o pronome cujo (e variações) não se usa artigo. Por isso, deve-se dizer, por exemplo: Visitei a cidade cujo prefeito morreu e não: Visitei a cidade cujo o prefeito morreu. O relativo onde equivale a em que. Ex.: Conheci o lugar onde você nasceu. Quantos(s) e quanta(s) só são pronomes relativos se estiverem precedido dos indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s). Ex.: Sempre obteve tudo quanto quis. indef. relativo Outros exemplos de reunião de frases através de prono- mes relativos: Eu visitei a cidade. Você nasceu na Cida. Eu visitei a cidade você nasceu. Observe que, nesse exemplo, antes dos relativos que e qual houve a necessidade de se colocar a preposição em, que é exigida pelo verbo nascer (quem nasce em algum lugar). Você comprou o livro. Eu gosto do livro. Você comprou o livro eu gosto. Da mesma forma que no exemplo anterior, aqui houve a necessidade de se colocar a preposição de, exigida pelo verbo gostar (quem gosta, gosta de alguma coisa). PRATICANDO COM EDVALDO 18.(Cetrede 2017) Analise as frases a seguir. I. O livro ___ estou lendo é de Carlos Drummond de Andrade. II. Aquele senhor, ____ mulher é advogada, é muito do- ente. III. Os professores da minha escola, _____ são muito competentes, farão reunião amanhã. Marque a opção que preenche CORRETA e respecti- vamente as lacunas. A) o qual / cuja / que. B) ao qual / que / cujos. C) que / cuja / os quais. D) que / cuja / cujos. E) o qual / a qual / que. 19.(CCV 2017) Assinale a alternativa em que a forma gri- fada é classificada como pronome relativo. A) “extraiu objetos estranhos, que poderiam ser im- plantes alienígenas”. B) “o que sugere que os fragmentos foram desenhados ou fabricados”. C) “Ele explica que “essas coisas não poderiam ser en- contradas...”. D) “Teriam que ser processadas”. E) “muitos acreditam que essa é a prova mais eviden- te”. qualna queem onde qualdo quede Os pronomes oblíquos átonos (o, a, os, as, lhe, lhes, me, te, se, nos, vos) podem ocupar três posições na oração em relação ao verbo: Antes do verbo: próclise; dizemos que o pronome está proclítico. Nunca se fala nestas coisas aqui. Quero que todos me acompanhem. No meio do verbo: mesóclise; dizemos que o pronome está mesoclítico. Ajudar-te-ei amanhã sem falta. Dir-lhe-ei depois o que desejo. Depois do verbo: ênclise; dizemos que o pronome está enclítico. Ouviu-se um alarido. Faltavam-me alguns relógios. Uso da próclise A próclise é obrigatória: Quando há palavra de sentido negativo antes do verbo. Nada lhe posso dizer. Nunca a vi. Ninguém me procurou. Quando aparecem conjunção subordinativa e pronome relativo. Quero que me entendas. Quando me convidaram, não titubeei. Há casos que nos aborrecem. Ainda que a encontre, não conversaremos. Em orações iniciadas por palavras interrogativas. Quando nos enviarão as passagens? Quem te perdoou a dívida? Em orações que exprimem desejo, e iniciadas por pala- vras exclamativas. Deus me acuda! Bons olhos o vejam! Quanto tempo se perde com leviandades! Como me recordo daquele feriado! Com a presença de pronomes relativos: que, o qual, cujo... O recibo que lhe deram não é verbo. Este é o livro ao qual me referi Quando se usar gerúndio com em. Em se tratando de medicina, ele é especialista. Em se apresentando condições, faremos o que pedes. Uso da mesóclise Para usar mesóclise, é necessário que o verbo esteja no futuro do presente ou do pretérito do indicativo. Os filhos a receberiam bem se você os respeitasse. Os filhos recebê-la-iam bem se você os respeitasse. Se houve, porém, partícula atrativa, como as palavras negativas não, nunca, jamais, ninguém, nada, a prócli- se é obrigatória, apesar de o verbo está no futuro do pretérito. Os filhos não a receberiam bem se ela os desrespeitas- se. As mulheres nunca a respeitarão. Ninguém te chamaria. Uso da ênclise A ênclise é obrigatória: Quando o verbo inicia a frase. Faltam-me os dados técnicos desejáveis. “Empurram-no, mas vosso criado não quer correr.” (Car- los Drummond de Andrade) Com o verbo no infinitivo impessoal. “Para assustá-lo, os soldados atiram a esmo.” (Carlos Drummond de Andrade) PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Cetrede 2019) Marque a opção CORRETA quanto à colocação pronominal. A) Me ajudem, por favor. B) O encontrarei depois do almoço. C) Te cuida, rapaz! D) Lhe pagaram tudo que deviam? E) Eu lhe farei uma visita. 02.(Imparh 2018). Neste fragmento “Escurecem-se as pratas”, quanto à sintaxe de colocação, com base no conhecimento gramatical de acordo com o padrão cul- to da língua, marque a asserção correta. A) Nesse contexto, existe correção no emprego da ên- clise e da próclise. B) Observa-se um erro de colocação do pronome, visto que a próclise é obrigatória. C) Empregou-se a ênclise porque não se pode começar frase com pronome oblíquo átono. D) Deve-se empregar a ênclise, pois se trata de uma oração optativa, em que se expressa um desejo. 03.(Cetrede 2016) Marque a opção em que ocorre ênclise. A) Disseram-me a verdade. B) Não nos comunicaram o fato. C) Dir-se-ia que tal construção não é correta. D) A moça se penteou. E) Contar-me-ão a verdade? 04.(Promunicípio 2016) Assinale a alternativa que com- pleta corretamente as lacunas da frase abaixo: “Quem___________estragado que___________de____________". A) trouxe-o - encarregue-se - consertá-lo. B) o trouxe - encarregue-se - consertá-lo. C) trouxe-o - se encarregue - consertá-lo. D) trouxe-o - se encarregue - o consertar. E) o trouxe - se encarregue - consertá-lo.05.(Promunicípio 2016) Assinale a alternativa incorre- ta quanto à colocação do pronome: A) Todos me disseram o mesmo. B) Preciso vê-lo, disse-me o rapaz. C) Recusei a ideia que apresentaram-me. D) Os soldados não lhe obedeceram às ordens. E) Sempre a quis como secretária. 06.(Uece 2009) No trecho: “Não lhes poderei dizer, ao certo, os dias que durou esse crescimento.” observa-se a colocação pronominal adequada à norma culta. A única opção em que o uso do pronome pessoal oblí- quo obedece à gramática normativa é A) Nos uniu esse beijo breve, mas único. B) Jamais direi-lhe algo que a faça sofrer. C) Alguém informará-lhe o horário do encontro. D) O vi saindo de casa na calada da noite. E) Não pude dormir: debulhei-me em pensamentos tor- turantes. 07.(Uece 2007) Nas frases que se seguem, somente uma delas pode ter o termo sublinhado substituído corre- tamente pelo pronome no local indicado entre parên- teses. Assinale-a: A) Esta é a história absurda que contaram a meu che- fe? (LHE – antes de contaram). B) Se tivesse começado mais tarde, ninguém teria concluído a prova. (A – antes de concluído). C) Por falta de oportunidade, não convidou os amigos para o encontro. (LHES – antes de convidou). D) “Se tivéssemos comunicado à mãe com antecedên- cia, ela teria tomado providência”. (LHE – depois de comunicado). E) Enviarei a todos vocês, meu novo endereço. (LHES – depois de enviarei). 08.(Uece 2008) A colocação pronominal está correta em A) o povo de Acopiara não havia afastado-se da cidade B) entregaremos-lhes as propostas do curso de portu- guês C) nada me haviam dito sobre a cidade de Acopiara D) nos lembramos das propostas do curso de portu- guês E) ninguém machucou-se no jogo em Acopiara 09.(Pró-Município 2012) Quanto à colocação pronominal, marque o item em que a posição do pronome em rela- ção ao verbo está de acordo com a gramática normati- va: A) Te acompanharei aonde fores, onde estarás, estarei contigo; B) Convidarei-te para meu aniversário; C) Me sinto como os ratos abandonando o navio; D) Ninguém havia lembrado-me de fazer as reservas para o jantar na inauguração do restaurante; E) Tudo se acaba com a morte, menos a saudade. É a palavra variável que indica ação ou estado, apresen- tando distinção da pessoa do discurso e respectivo nú- mero. As formas verbais podem ser finitas e infinitas. As primei- ras se referem às três pessoas do discurso: Falei jogamos andaste As outras representam as formas verbais que funcionam como substantivo, adjetivo ou advérbio. → Deixe o pensar na cabeça. → Rapaz envergonhado. → Não se vai a Roma brincando. MODOS E TEMPOS As diversas maneiras de um fato se realizar são indicadas pelos modos. As precisões de época ou momento de o fato se realizar são vistos nos tempos. Modos INDICATIVO - denota um ação real. Ex.: Entregou-me dinheiro. SUBJUNTIVO - denota um fato duvidoso. Ex.: Se ela entregasse dinheiro... IMPERATIVO - denota uma ordem, convite, pedido. Ex. Entregue-me o dinheiro . LOCUÇÃO VERBAL É o conjunto de dois ou mais verbos com sujeito comum encerrando uma só declaração. Apresenta o verbo princi- pal em uma das formas nominais. INFINITIVO Uma estrela estava a brilhar.(brilhava) GERÚNDIO Estive chorando. (chorei) PARTICÍPIO O Sol já havia desaparecido. (desaparecera) OBS.: O verbo flexionado chama-se auxiliar, o das formas nomi- nais, principal. CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS Os verbos classificam-se em: Verbos Regulares Verbos regulares são aqueles que não sofrem alterações no radical. Ex. cantar, vender, partir. Verbos Irregulares Verbos irregulares são aqueles que sofrem pequenas alterações no radical. Ex. fazer = faço, fazes; fiz, fizeste Verbos Anômalos Verbos anômalos são aqueles que sofrem grandes altera- ções no radical. Ex. ser = sou, é, fui, era, serei. Verbos Defectivos Verbos defectivos são aqueles que não possuem conju- gação completa. Ex. falir, reaver, precaver = não possuem as 1ª, 2ª e 3ª pes. do presente do indicativo e o presente do subjuntivo inteiro). Verbos Abundantes Verbos abundantes são aqueles que apresentam duas formas de mesmo valor. Geralmente ocorrem no particípio, que chamaremos de particípio regular, terminado em -ado, -ido, usado na voz ativa, com o auxiliar ter ou haver, e particípio irregular, com outra terminação diferente, usado na voz passiva, com o auxiliar ser ou estar. Exemplos de verbos abundantes OBS.: Os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, pôr, ver e vir só possuem o particípio irregular aberto, coberto, dito, escrito, feito, posto, visto e vindo. Os particípios regulares gastado, ganhado e pagado estão caindo ao desuso, sendo substituídos pelos irregulares gasto, ganho e pago. Verbo significativo É todo verbo que, fundamentalmente, exprime uma ação, um fato ou um fenômeno. O pescador dormia à sombra da árvore. v. sig. Poucas pessoas gostam desse lugar. v. sig. Ontem choveu muito. v. sig. Tipos de verbos significativos Dependendo de ter ou não sentido completo, os verbos significativos são classificados em: Verbo intransitivo: é aquele que, por si mesmo, tem senti- do completo, isto é, não exige nenhum complemento. Uma rosa nasceu v. intransitivo Um dia de sol começava. v. intransitivo Pouco a pouco, chegaram os vizinhos. v. intrans. sujeito ATENÇÃO: Esse tipo de verbo pode vir seguido de deter- minadas expressões que traduzem algumas circunstân- cias, mas elas não são obrigatoriamente exigi das pelo verbo. Aquele gato morreu. (de fome). v. intransitivo Verbo transitivo direto: é todo verbo que, por não ter sen- tido completo, exige um complemento sem preposição. O termo sem preposição que completa o verbo transitivo direto chama-se objeto direto. Nós alugamos um velho caminhão. v. t. dir. obj. direto Todos receberão o aviso. v. t. dir. obj. direto Verbo transitivo indireto: é o verbo que exige um comple- mento obrigatoriamente iniciado pela preposição. Esse complemento é chamado de objeto indireto. A criança necessitava de cuidados. v. t. ind. obj. ind Ninguém confia mais em você. v. t. ind. obj. ind Verbo transitivo direto e indireto: é o verbo que exige, ao mesmo tempo, dois objetos; um deles sem preposição (objeto direto) e outro com preposição (objeto indireto). Não diremos a verdade a você. v. t. d. i. obj. dir. obj. ind Ele já enviou a carta para o amigo. v. t. d. i. obj. dir. obj. ind Observe como continua válido o uso da estrutura prática: Quem diz diz alguma coisa a alguém. obj. dir. obj. ind Quem envia envia alguma coisa a alguém. obj. dir. obj.ind Verbo de ligação Como o próprio nome diz, verbo de ligação é todo verbo que liga o sujeito a uma qualidade, um estado ou um mo- do de ser desse sujeito. Essa característica atribuída ao sujeito através do verbo de ligação chama-se predicativo. O verbo de ligação não traz em si nenhuma informação, nenhuma novidade ao respeito do sujeito. A informação a respeito do sujeito é expressa pelo predicativo do sujeito. Observe as frases abaixo: O garoto ficou triste. O garoto parecia triste. O garoto continuava triste. sujeito v. lig. predicativo do sujeito Observando as três frases podemos constatar que a mu- dança de um verbo de ligação por outro verbo de ligação praticamente não provoca mudança nenhuma no conteú- do da frase. Se, por outro lado, trocarmos o predicativo triste por doente, o sentido da frase muda completamen- te. Observe que: Há orações em que o verbo de ligação fica subenten- dido, oculto: A garota voltou cansada. Você já deve ter visto, em algum momento de sua vida escolar, uma lista com os principais verbos de ligação (ser, estar, ficar etc.). Não é aconselhável, no entanto, que você decore os verbos de ligação, porque a clas- sificação de certos verbos como verbo de ligação ou verbo significativo depende do valor, do sentido que esse verbo tem na frase em que ele aparece: A criança estava feliz suj. v. lig. predicativo estava é verbo de ligação porque feliz é predicativo do sujeito A criança estava no sítio. suj. v. lig. não é predicativo Estava não é verbo de ligação porque no sítio não é um predicativo, não é uma característica atribuída ao sujeito. É importante frisar que um determinado, verbo pode mu- dar de classificação, dependendo da frase em que ele aparece. Vamos tomar como exemplo o verbo virar nas três frases abaixo: O tempo virou. (virou = ficou diferente, alterou-se). v. intransitivo A onda virou a canoa. (virou = tombou) v. t. dir. obj. dir. O ladrão virou deputado. (virou=passou a ser, tornou-se) v. lig. predicativo Da análise das três frases acima, podemos concluir que: A classificação de um verbo depende do sentido que ele tem na frase em que ele aparece. PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Cetrede 2019) A forma verbal “ia” no imperfeito do subjuntivo, 2ª. pessoa do plural é A) fostes B) fordes. C) fôsseis. D) irdes. E) fôreis. Infância Meu pai montava a cavalo, ia para o campo. Minha mãe ficava sentada cosendo. Meu irmão pequeno dormia. Eu sozinho menino entre mangueiras lia a história de Robinson Crusoé, comprida história que não acaba mais. No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu chamava para o café. Café preto que nem a preta velha café gostoso café bom. Minha mãe ficava sentada cosendo olhando para mim: - Psiu... Não acorde o menino. Para o berço onde pousou um mosquito. E dava um suspiro... que fundo! Lá longe meu pai campeava no mato sem fim da fazenda. E eu não sabia que minha história era mais bonita que a de Robinson Crusoé. Alguma Poesia Carlos Drummond de Andrade 02.(Cetrede 2019) Há no texto A) mais verbos regulares. B) nenhum verbo irregular. C) três verbos anômalos. D) dois verbos defectivos. E) três verbos auxiliares. 03.(Cetrede 2019) Está INCORRETA a conjugação verbal em A) Certos motoristas só freiam em cima do obstáculo. B) O juiz medeia as discussões. C) Os manifestantes incendiam os ônibus. D) Nós receamos viajar de avião. E) Minha irmã nunca se maquia. 04.(Cetrede 2019) Está INCORRETA a afirmação sobre verbo. A) Haver e ir são verbos regulares; reaver e precaver- se, anômalos. B) Os tempos compostos são formados com os verbos ter e haver. C) Existem dois tipos de voz passiva: a analítica e a sintética. D) Voz passiva e passividade não devem ser confundi- das. E) As vozes verbais são: ativa, passiva e reflexiva. 05.(Imparh 2018). O termo destacado neste trecho “E de vassoura em punho gasto tapetes persas” (l. 09) é um verbo: A) transitivo indireto. B) transitivo direto. C) intransitivo. D) de ligação. 06.(Cetrede 2018) Marque a alternativa cuja flexão verbal está INCORRETA. A) Se eu a vir, te aviso. B) Requeri a minha pensão. C) Tu crias que ela te amava? D) Tu não fizestes o trabalho. E) Não pudeste resolver a questão! 07.(Cetrede 2017) “Que tal se você mudasse de namora- da... arranjasse uma mais simpática...” Marque a op- ção que traz o CORRETO tempo e modo dos verbos em destaque. A) Pretérito perfeito do subjuntivo. B) Futuro do pretérito do indicativo. C) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo. D) Pretérito imperfeito do subjuntivo. E) Futuro do subjuntivo. 08.(Imparh 2015) No excerto “que escreveu à mão”, o verbo escrever apresenta que tipo de regência? A) É transitivo indireto. B) É um verbo intransitivo. C) É um verbo bitransitivo. D) É um verbo transitivo direto. Papa pede que celulares não atrapalhem conversas em família O papa Francisco pediu nesta sexta-feira (23) que os aparelhos tecnológicos, como celulares e tablets, não atrapalhem as conversas em família que, para ele, são o berço da comunicação. Em seu discurso anual pelo dia católico das comuni- cações, o pontífice afirmou que o uso dessas ferramentas pode tanto ajudar como prejudicar a comunicação entre as famílias. Ao mesmo tempo, podem ajudar as pessoas a se evitarem. “O grande desafio que enfrentamos hoje é reaprender a falar uns com os outros, não simplesmente como gerar e consumir informação”, disse. “Eles atrapalham quando se tornam uma via de escape para ouvir, se isolar, mas podem favorecer se ajudam a conversar e a dividir. Que as famílias orientem o nosso relacionamento com as tecnologias ao invés de serem guiadas por elas”, destacou. Para Francisco, o núcleo familiar é o primeiro local on- de as pessoas aprendem a comunicar e é preciso “voltar a esse momento para deixar a comunicação entre as pes- soas mais autêntica e humana”. “Em um mundo em que se gasta muito tempo em falar mal, semear a discórdia, poluir as conversas com nosso ambiente humano, a família pode ser uma escola de co- municação abençoada. E a bênção deve permanecer, inevitavelmente, acima do ódio e da violência”, ressaltou. O tema do dia da comunicação deste ano coincide com o encerramento de dois anos de discussões sobre a família que terão seu ponto alto em outubro, no Sínodo da Família, com a participação de bispos e cardeais. Dentre os assuntos que possivelmente serão debati- dos, estão o divórcio, as uniões estáveis, as crianças transgênero e a união homossexual. (http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/01/1579399. Acesso em 25/01/15.) 09.(Imparh 2015) Quanto ao emprego dos verbos, qual é a afirmativa falsa? A) O verbo atrapalhar, no trecho “não atrapalhem as conversas em família” (l. 02), está no presente do subjuntivo para exprimir um desejo, uma vontade. B) Em “podem ajudar as pessoas a se evitarem” (l. 05), há incorreção porque o infinitivo destacado não po- de ser flexionado. C) A forma verbal “estão” (l. 20) poderia ser empregada também no futuro do presente sem se alterar o sen- tido da frase. D) A exemplo de “atrapalhem” (l. 02), o verbo orientar (l. 09, “orientem”) também está no presente do sub- juntivo. 10.(Imparh 2015) Quanto à sintaxe de regência, qual é a afirmação INCORRETA? A) No segundo parágrafo, há verbos transitivos diretos e indiretos. B) No terceiro parágrafo, predominam os verbos transi- tivos diretos. C) No primeiro parágrafo, existem dois verbos transiti- vos diretos e um verbo de ligação. D) Na l. 12, “deixar” é transobjetivo, isto é, além do ob- jeto direto, ele requer um predicativo para o objeto. Voz verbal é a flexão do verbo que indica se o sujeito pra- tica, ou recebe, ou pratica e recebe a ação verbal. Voz Ativa Quando o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação verbal ou participa ativamente de um fato. Ex. As meninas exigiram a presença da diretora. A torcida aplaudiu os jogadores. O médico cometeu um erro terrível. Voz Passiva Quando o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação verbal. Voz Passiva Sintética A voz passiva sintética é formada por verbo transitivo direto, pronome se (partícula apassivadora) e sujeito pa- ciente. Ex. Entregam-se encomendas. Alugam-se casas. Compram-se roupas usadas. Voz Passiva Analítica A voz passiva analítica é formada por sujeito paciente, verbo auxiliar ser ou estar, verbo principal indicador de ação no particípio - ambos formam locução verbal passi- va - e agente da passiva. Ex. Asencomendas foram entregues pelo próprio diretor. As casas foram alugadas pela imobiliária. As roupas foram compradas por uma elegante senhora. Voz Reflexiva Há dois tipos de voz reflexiva: Reflexiva Será chamada simplesmente de reflexiva, quando o sujei- to praticar a ação sobre si mesmo. Ex. Edvaldo machucou-se. Marilete cortou-se com a faca. Reflexiva recíproca Será chamada de reflexiva recíproca, quando houver dois elementos como sujeito: um pratica a ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro. Ex.: Edvaldo e Marilete amam-se. Os jovens agrediram-se durante a festa. Os ônibus chocaram-se violentamente. Passagem da ativa para a passiva e vice-versa Para efetivar a transformação da ativa para a passiva e vice-versa, procede-se da seguinte maneira: 1 - O sujeito da voz ativa passará a ser o agente da passi- va. 2 - O objeto direto da voz ativa passará a ser o sujeito da voz passiva. 3 - Na passiva, o verbo ser estará no mesmo tempo e mo- do do verbo transitivo direto da ativa. 4 - Na voz passiva, o verbo transitivo direto ficará no par- ticípio. Voz ativa A torcida aplaudiu os jogadores. • Sujeito = a torcida. • Verbo transitivo direto = aplaudiu. • Objeto direto = os jogadores. Voz passiva Os jogadores foram aplaudidos pela torcida. • Sujeito = os jogadores. • Locução verbal passiva = foram aplaudidos. • Agente da passiva = pela torcida. PRATICANDO COM EDVALDO 11.(Cetrede 2019) Leia a afirmativa a seguir. O barulho do bonde cortava o silêncio da noite. Marque a opção que indica como seria essa oração na voz passiva. O silencia da noite A) foi cortado pelo barulho do bonde. B) será cortado pelo barulho do bonde. C) fora cortado pelo barulho do bonde. D) seria cortado pelo barulho do bonde. E) era cortado pelo barulho do bonde. 12.(Cetrede 2017) Quanto às vozes verbais, marque a opção CORRETA. A) A mulher matou-se. Voz passiva analítica. B) Tranquei todos no quarto. Voz ativa. C) O carro foi freado bruscamente. Voz passiva sintética. D) Sou barbeado diariamente. Voz reflexiva. E) O material será posto no lugar. Voz passiva sintética. 13.(Cetrede 2016) O período “Fazem-se unhas” é sintati- camente igual a A) faz-se unhas. B) precisa-se de empregados. C) trabalha-se muito. D) compram-se livros. E) unhas são feitas. 14. (Uece 2014) O equivalente analítico da forma passiva em: “Os principais problemas concentram-se nas regi- ões oeste e leste do município” é A) estavam concentrados. B) estejam concentrados. C) estivessem concentrados. D) estão concentrados. 15.(Uece 2006) Está na voz passiva o verbo da frase: A) Uma ação integrada iniciará uma nova fase no combate à exploração sexual infanto-juvenil no Es- tado. B) O convênio faz parte de uma ação integrada entre o Governo Federal, os estados e o município. C) O termo do acordo foi assinado pela prefeita de For- taleza, Luizianne Lins. D) O município não possuía uma política pública eficaz na prevenção e no combate ao problema. Três são os modos: indicativo, subjuntivo e imperativo. Normalmente, o indicativo exprime certeza e é o modo típico das orações coordenadas e principais; o subjuntivo exprime incerteza, dúvida, possibilidade, algo hipotético e é mais comum nas subordinadas; por fim, o imperativo exprime ordem, solicitação, súplica. Há construções que permitem tanto um modo como ou- tro, algo que dependerá do comprometimento do usuário e suas intenções: Só deixe entrar os que têm cartão de identificação. (indicativo: há certeza do fato, trabalha-se o fato de forma convicta, direta) Só deixe entrar os que tenham cartão de identificação. (subjuntivo: projeta-se a possibilidade, trabalha-se o hipo- tético, não há certeza) TEMPOS Presente do indicativo Emprega-se o presente do indicativo para: a) expressar simultaneidade ao momento da fala: Nesse momento, falo eu! Estou muito bem. b) indicar ação habitual: A Terra gira em torno do sol. Eles estudam para o concurso. c) mostrar algo permanente (como uma verdade absolu- ta): provérbios: Deus ajuda quem cedo madruga. definições: O homem é um ser racional. d) narrar com mais atualidade (cria-se uma proximidade com o momento do fato, dando mais realismo e viva- cidade; também é chamado de presente histórico): Com a publicação do edital, o aluno passa por um lon- go período de estudo. Em 2010, ocupação em favela gera várias manifesta- ções. e) substituir o futuro do presente do indicativo: Você volta aqui amanhã? (=Você voltará aqui amanhã?) f) substituir o imperativo (atenuando a ordem): Você faz a prova. (= faça a prova) g) substituir o pretérito imperfeito do subjuntivo (mais usado informalmente): Se ele não vem até aqui, seria pior para todos. (= Se ele não viesse) h) substituir o futuro do subjuntivo (expressa certeza, convicção da ocorrência): Se ele não vem até aqui, não pago. (= Se ele não vier até aqui) Pretérito imperfeito do indicativo Emprega-se o pretérito imperfeito do indicativo para: a) expressar algo em processo, em desenvolvimento: Edvaldo ensinava quando o coordenador o chamou. b) indicar continuidade ou fato habitual, constante, fre- quente: Edvaldo morava nas margens da praia Formosa. c) indicar ação planejada que não se realizou: Pretendíamos comprar um jornal, mas a chuva atrapa- lhou. d) substituir o presente do indicativo (denota cortesia ou polidez): Queria só uma coisa. (= Quero só uma coisa) e) substituir o futuro do pretérito do indicativo (mais usado informalmente): Se Edvaldo viesse, agora tudo estava certo. (= agora tudo estaria certo) Pretérito perfeito do indicativo simples Emprega-se o pretérito perfeito do indicativo simples para: a) expressar algo já realizado, concluído, terminado: Em 1984, o Ferroviário jogou o principal campeonato brasileiro de futebol. Pretérito perfeito do indicativo composto Formado com o auxiliar ter (no presente do indicativo) mais o particípio do principal. Emprega-se o pretérito perfeito do indicativo compos- to para: a) exprimir repetição: As pessoas têm errado muito. b) indicar algo que se desenvolve até o momento da fala: Temos superado os obstáculos. Pretérito mais-que-perfeito do indicativo simples Emprega-se o pretérito mais-que-perfeito do indicativo sim- ples para: a) expressar fato concluído que aconteceu antes de outro fato (ambos ocorridos no passado): Edvaldo partira quando a vizinha enfim pediu. Assim que Edvaldo se retirara da sala, o aluno respon- deu a pergunta. b) substituir o pretérito imperfeito do subjuntivo (mais comum no uso literário): Edvaldo amou como se fora pela última vez. (= Amou como se fosse pela última vez) Colhera os frutos de seus atos. (= Colheu os frutos de seus atos) c) formar certas frases exclamativas: Quem me dera! Tomara! Pretérito mais-que-perfeito do indicativo composto Formado com os auxiliares ter ou haver (no pretérito im- perfeito do indicativo) mais o particípio do principal, em- prega-se o pretérito mais-que-perfeito do indicativo compos- to com valor equivalente à sua forma simples: Antes de fazer a correção, ele tinha realizado ampla análise do problema. (= Antes de fazer a correção, realizara ampla análise do problema) Futuro do presente do indicativo simples Emprega-se o futuro do presente do indicativo simples para: a) expressar fato posterior ao momento em que se fala: No final do trabalho, acertaremos o pagamento. b) indicar correlação com o futuro do subjuntivo: Se ele fizer isso, ficarei feliz. Quando eles se exercitarem, viverão melhor. c) exprimir dúvida, incerteza: Será possívelo Brasil melhorar? d) formar certas expressões idiomáticas: Mas será o Benedito? e) indicar ordem ou pedido (valor próximo ao imperativo): Não matarás nem roubarás. Futuro do presente do indicativo composto Formado com os auxiliares ter ou haver (conjugados no futuro do presente do indicativo simples) mais o particí- pio do principal, emprega-se o futuro do presente do indica- tivo composto para: a) exprimir fato ocorrido antes de outro (ambos no futu- ro): Eles já terão saído quando vocês chegarem. b) indicar a hipótese de algo já ter acontecido: Já terão chegado? Futuro do pretérito do indicativo simples Emprega-se o futuro do pretérito do indicativo simples para: a) exprimir dúvida, incerteza: Naquele dia, havia umas dez pessoas com ele. b) indicar correlação com o pretérito imperfeito do sub- juntivo: Se ele fizesse isso, ficaria feliz. c) fazer um pedido, indicar um desejo de uma forma poli- da: Vocês fariam um favor para nós? d) indicar fato futuro que se relaciona a um momento no passado (muitas vezes expressa uma quebra de ex- pectativa, algo frustrado, ainda não realizado): Ele disse que viria e prometeu que me pagaria. e) expressar indignação ou surpresa em orações excla- mativas ou interrogativas: Você faria isso de novo? Futuro do pretérito do indicativo composto Formado com os auxiliares ter ou haver (conjugados no futuro do pretérito do indicativo simples) mais o particí- pio do principal, emprega-se o futuro do pretérito do indica- tivo composto para: a) indicar fato passado que aconteceria mediante condi- ção: Se você realmente estudasse a lição, teria alcançado a aprovação. b) expressar dúvida em relação ao passado: Teria tido ele uma ideia melhor? c) exprimir hipótese, algo que deveria ter acontecido (cor- relaciona-se com o pretérito mais-que-perfeito do sub- juntivo): Se ele tivesse feito isso, teríamos ficado mais felizes. Presente do subjuntivo Emprega-se o presente do subjuntivo para: a) expressar hipótese, algo relacionado ao desejo, à su- posição, à dúvida: Peço que na hora você não esqueça as minhas reco- mendações. b) criar orações optativas (aquelas que exprimem dese- jo): Deus lhe pague! Os céus te protejam! c) compor oração subordinada quando o verbo da oração principal estiver no: presente do indicativo: Convém que ele faça um seguro. imperativo: Pague ao homem para que ele se cale. futuro do presente do indicativo: Virá para que eu a co- nheça. Pretérito imperfeito do subjuntivo Emprega-se o pretérito imperfeito do subjuntivo para: a) compor oração subordinada quando o verbo da oração principal estiver no: pretérito imperfeito do indicativo: Era nosso desejo que eles pernoitassem aqui. pretérito perfeito do indicativo: Pedi que eles mandas- sem notícias. futuro do pretérito do indicativo: Gostaria que ela vies- se até nossa casa. Pretérito perfeito do subjuntivo Formado com os auxiliares ter ou haver (no presente do subjuntivo) mais o particípio do principal, usa-se o pretéri- to perfeito do subjuntivo para: a) exprimir fato anterior e supostamente concluído no momento da fala: Creio que ela já tenha trazido o livro. b) exprimir fato no futuro e já terminado em relação a outro também no futuro: Quando vocês chegarem, acredito que eles já tenham resolvido o problema. Pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo Formado com os auxiliares ter ou haver (conjugados no pretérito imperfeito do subjuntivo) mais o particípio do principal, emprega-se o pretérito mais-que-perfeito do sub- juntivo para: a) expressar fato anterior a outro, ambos no passado: Pensei que você tivesse trazido tudo. Futuro do subjuntivo simples Emprega-se o futuro do subjuntivo simples para: a) expressar fato que talvez aconteça (relaciona-se ao verbo da oração principal, que deve estar no presente ou no futuro do presente, ambos do indicativo): Quando você trouxer o dinheiro, a dívida será esqueci- da. Só receberá a senha quem estiver no local. Futuro do subjuntivo composto Formado com os auxiliares ter ou haver (no futuro do sub- juntivo simples) mais o particípio do principal, usa-se o futuro do subjuntivo composto para: a) expressar fato terminado antes de outro (ambos no futuro): Só partiremos depois que ela tiver chegado com os presentes. Sairemos daqui se eles tiverem trazido um mapa. Imperativo Emprega-se o imperativo (afirmativo e negativo) para: a) exprimir ordem, solicitação, convite, conselho: Saia daqui imediatamente! Abra a janela, por favor. Quando ele chegar, fique quieta, não abra a boca! Infinitivo Emprega-se o infinitivo para: a) formar, com o verbo principal, inúmeras locuções ver- bais: Devemos dormir aqui, pois somente amanhã podere- mos chegar ao local. b) substituir o imperativo (atenuando a ordem): Trazer todos os documentos no dia da apresentação. Na data de inscrição, respeitar todos os prazos deter- minados. c) substituir o gerúndio (neste caso, o infinitivo virá com preposição a: Ele esteve a andar por aqui novamente. Todos estavam a mentir. d) substituir o substantivo: Viajar alegrará a todos. É necessário obedecer a esta lei. Gerúndio Emprega-se o gerúndio para: a) formar, com o verbo principal, inúmeras locuções ver- bais: Todos vêm trabalhando com o mesmo objetivo. b) encabeçar orações reduzidas: Obedecendo ao regulamento, viveremos mais felizes. Ficando ele em silêncio, incriminou-se ainda mais. c) formar orações reduzidas iniciadas por em: Em se tratando de polêmicas, este é um tema fértil. Em se cantando, vive-se melhor. Particípio Emprega-se o particípio para: a) ser o verbo principal no tempo composto (voz ativa), com os verbos ter ou haver como auxiliares: Não tínhamos acertado o pagamento. Ela havia viajado para vários lugares. b) formar a voz passiva analítica, tendo o verbo ser como auxiliar (também estar e ficar em certas construções): O encontro será realizado às 10 horas. Os ingressos foram retirados ontem. c) encabeçar orações reduzidas: Analisadas as propostas, fizeram o acordo. Constatado o erro, fez-se a correção imediatamente. d) exercer a função de adjetivo: O carro descontrolado foi de encontro ao muro reforma- do. PRATICANDO COM EDVALDO 16.(DPE PR 2017) Leia a tirinha: Em “UM PROGRAMA DE VIDA SUBMARINA USANDO UM PÉ DE PATO?”, o termo destacado expressa: A) Um ato concluído no passado. B) Uma ação numa perspectiva futura. C) Uma ação imperfeita. D) Um processo em andamento. E) Um processo verbal hipotético. 17.“Ouvira Major Alberto dizer...” A forma ouvira pode ser substituída pela equivalente: A) teria ouvido; C) terá ouvido; B) ouvisse; D) tinha ouvido. 18.(Fadesp 2017) Releia o trecho “Você executa uma tarefa e atende ao celular, responde a um WhatsApp enquanto cozinha, come assistindo à Netflix e xin- gando alguém no Facebook, pergunta como foi a escola do filho checando o Twitter, dirige o carro postando uma foto no Insta- gram, faz um trabalho enquanto manda um email sobre outro e assim por diante. Duas, três... várias tarefas ao mesmo tempo”. Quanto aos mecanismos de coesão, é correto afirmar que A) o tempo dos verbos marca uma enumeração. B) o gerúndio assinala a simultaneidade de ações. C) conector “enquanto” expressa a ideia de conformi- dade. D) o conector “e”, em suas duas ocorrências, tem valor adversativo. 19.No último parágrafo do texto, o emprego das formas verbais “exclamou” e “recuando” expressa ações A) ocorridas em sequência. B) simultâneas. C) apenas iniciadas no passado. D) habituais.E) que se prolongam no tempo. Leia: “Temos solapado a fertilidade do solo e sua capacidade de sustentar a vida: 65% da terra cultivada foram perdidos e 15% estão em processo de desertificação." 20.No período em análise, a locução verbal “temos sola- pado" indica A) a continuidade de uma ação até o presente. B) uma ação cuja duração se estende no passado. C) uma ação tida como habitual no passado. D) uma ação totalmente concluída no passado. REGÊNCIA VERBAL Observe os verbos abaixo que podem apresentar dúvida quanto à regência. 1. Abdicar Intransitivo: Ex.: Os parlamentares abdicaram em 15 de novembro. Transitivo direto: Ex.: Edvaldo abdicou o cargo. Transitivo indireto: Ex.: Edvaldo abdicou dos seus direitos. 2. Agradar Mimar, acariciar: VTD Contentar, ser agradável: VTI Ex.: Edvalda agradava seu gatinho. Edvaldo não agradou ao aluno. 3. Agradecer Coisas: VTD Pessoas: VTI Coisas e pessoas: VTDI Ex.: Agradeci o dinheiro que recebi. Agradeça a ele, e não a mim. Agradeço a você o dinheiro que me emprestou. 4. Ajudar Socorrer, ajudar: VTD ou VTI Com verbo no infinitivo: VTDI Ex.: Ajudei-a no trânsito. Ajudei-lhe no trânsito. Ajudei a velhinha a atravessar a avenida. 5. Amar Transitivo direto: Ex.: Os alunos amavam aquele professor. Intransitivo: Ex.: Amei muito nesses longos anos. 6. Apelar Transitivo indireto (Exige as preposições para ou de) Ex.: Edvaldo Apelou para todos os santos. Edvaldo apelou da sentença. 7. Aspirar Inalar, sorver: V.T.D. Desejar, almejar: V.T.I. Ex.: Aspirei o gás tóxico e passei muito mal. Aspiramos a uma vaga na universidade. 8. Assistir Ajudar: V.T.D. Presenciar, ver: V.T.I. Caber: V.T.I. Residir: V.I. Ex.: É dever do profissional de saúde assistir os pacientes. Assistimos a todo o espetáculo. Votar é um direito que lhe assiste. Edvaldo assiste no litoral. 9. Avisar Exige a preposição A ou DE: V.T.D.I. Ex.: Edvaldo avisou aos alunos o feriado. Edvaldo avisou os alunos do feriado. 10. Chamar Invocar, convocar: V.T.D. Tachar, apelidar: V.T.D. ou V.T.I. + predicativo do obje- to com ou sem preposição. Ex.: Edvaldo chamou os alunos. Edvaldo chamou o aluno inteligente. Edvaldo chamou o aluno de inteligente. Edvaldo chamou ao aluno inteligente Edvaldo chamou ao aluno de inteligente. 11.Certificar, Cientificar, Comunicar Exigem a preposição A ou DE: V.T.D.I. Ex.: Certifiquei / Cientifiquei / Comuniquei aos alunos o vestibular. Certifiquei / Cientifiquei / Comuniquei os alunos do vestibular. 12.Compartilhar V.T.D. Ex.: Sempre compartilhei sua alegria e sua dor. 13.Chegar / Ir V.I.: exigem a preposição a, em e de, quando se refe- rem, respectivamente, a lugar, tempo e meio. Ex.: Cheguei em 2005 à capital de trem. Vou em 2010 à Argentina de avião. 14.Custar Acarretar: V.T.D. Ex.: O estudo custa muito gasto aos pais. Ser difícil, custoso: V.T.I. OBSERVAÇÃO: Não aceita pessoa ou coisa como sujeito; tem como su- jeito uma oração. Ex.: Custou-me aprender inglês. 15.Dar Verbo transitivo direto e indireto. Ex.: Deu o voto ao partido 16.Desfrutar V.T.D.: não rege preposição DE Ex.: O político desfrutava o dinheiro público. 17.Desobedecer / Obedecer V.T.I.: regem a preposição A Ex.: Desobedeceram à ordem que foi dada Obedeça sempre a seus pais. 18.Entregar V.T.D.I. Ex.: Entregou o livro ao professor. 19.Esquecer V.T.D.: não é pronominal Ex.: Esqueci o presente V.T.I.: é pronominal Ex.: Esqueci-me do presente. OBS.: Usado na terceira pessoa do singular ou do plural com pronome oblíquo, é transitivo indireto. Ex.: Esqueceu-me o fato. sujeito 20.Implicar Ter implicância: V.T.I. Ex.: Aquela aluna implicava com o Edvaldo. Acarretar: V.T.D. Ex.: Passar no vestibular implica muita dedicação. Envolver-se: V.T.I. Ex.: Edvaldo implicou-se em problemas. Envolver: V.T.D.I. Ex.: Implicaram Edvaldo em problemas. 21.Informar V.T.D.I.: algo a alguém ou alguém de algo. Ex.: Informei aos alunos o resultado da prova. Informei os alunos do resultado da prova. 22.Lembrar V.T.D.: não é pronominal Ex.: Lembrei onde ela mora. V.T.I.: é pronominal. Ex.: Lembrei-me do endereço dela. Pode ser V.T.D.I. Ex.: Lembrei aos alunos o compromisso do fim de semana. OBS.: Usado na terceira pessoa do singular ou do plural com o pronome a obliquo, é transitivo indireto. Ex.: Lembrou-me a data Sujeito 23.Morar / Residir / Situar-se São verbos intransitivos, os quais são seguidos da prepo- sição EM. Ex.: Moro na Rua Gomes Parente. Resido na Avenida Castelo Branco. O prédio situa-se na Avenida Leste Oeste, 860. 24.Namorar V.T.D. Ex.: Edvaldo namora Micélia bastante tempo. Micélia namora Edvaldo há um ano. OBS.: I. Para melhor identificação do sujeito, o objeto direto pode vir preposicionado. Ex.: Aquela garota namora a um rapaz que não conhece- mos. II. Pode vir acompanhado da preposição COM; nesse caso, a expressão iniciada pela preposição representa um adjunto adverbial de companhia. Ex.: O rapaz namorava seu amor com os amigos. 25.Pisar V.T.D. Ex.: Não pise a grama. 26.Pagar Coisas: V.T.D. Pessoas: V.T.I. Coisas e pessoas: V.T.D.I. Ex.: Paguei o almoço. Paguei ao garçom. Paguei o almoço ao garçom. 27.Perdoar Coisas: V.T.D. Pessoas: V.T.I. Coisas e pessoas: V.T.D.I. Ex.: Perdoei seus erros Sempre perdoei a você Perdoei o débito ao devedor. 28.Proceder Agir: V.I. Origem, procedência: V.I. Dar andamento, dar início: V.T.I. Ex.: Aquele político procedeu mal. Donde você procede? Procederam ao sorteio do bingo. 29.Preferir Algo: V.T.D. Uma coisa a outra: V.T.D.I. Ex.: Prefiro lasanha. Prefiro suco natural a refrigerante. 30.Querer Estimar, querer bem: V.T.I. Desejar, almejar: V.T.D. Ex.: Quero muito a meus colegas Quero muito essa vaga na polícia militar. 31.Responder Dizer algo: V.T.D. Dar resposta: V.T.I. Ex.: Responda a verdade. Responda ao que lhe perguntei. 32.Servir Atender: V.T.D. Ser útil: V.T.I. Ex.: O garçom ainda não serviu a sobremesa. Esse computador servirá muito ao meu escritório. 33.Simpatizar / Antipatizar V.T.I.: não são pronominais Ex.: Simpatizei muito com a turma. Antipatizaram com o colega. 34.Usufruir VTD: não regem preposição DE Ex.: Edvaldo usufruía excelente saúde. 35.Visar Mirar: V.T.D. Pôr o visto: V.T.D. Almejar, desejar: V.T.I. Ex.: O atirador visou o centro do alvo a distância. Edvaldo visou a prova dos alunos. Visamos a um mundo melhor. REGÊNCIA NOMINAL Como os verbos, alguns nomes (substantivo, adjetivo, advérbio) podem apresentar mais de uma regência. Estava ansioso para... Estava ansioso por... Estava ansioso de... Seque uma lista de substantivo e adjetivo com as res- pectivas regências: Acessível a acostumado a, com adaptado a afável a, com, para com aflito com, por agradável a alheio a, de alienado de alusão a amante de ambicioso de analogia com, entre análogo a ansioso de, para, por apto a, para atento a, em aversão a, para, por ávido de, por benéfico a capaz de, para certo de compatível com compreensível a comum a, de constante de, em constituído de, por, com contemporâneo a, de contíguoa contrário a cuidadoso com curioso de, a desatento a descontente com desejoso de desfavorável a devoto a, de diferente de difícil de digno de entendido em equivalente a erudito em escasso de essencial para estranho a fácil de falha de, em falta de Favorável a fiel a firme em generoso com grato a hábil em habituado a horror a hostil a idêntico a imbuído em, de impossível de impróprio para imune a, de incompatível com inconsequente com indeciso em independente de, em indiferente a indigno de inepto para inerente a inexorável a leal a lento em liberal com medo a, de misericordioso com, para com natural de necessário a negligente em nocivo a ojeriza a, por, contra paralelo a parco em, de passível de perito em permissivo a perpendicular a pertinaz em possível de possuído de posterior a preferível a prejudicial a prestes a, para propenso a, para propício a próximo a, de relacionado com residente em responsável por rico de, em seguro de, em semelhante a sensível a sito em, entre suspeito de, a transversal a útil a, para versado em vizinho a, de, com PRATICANDO COM EDVALDO Estátua Falsa Só de oiro falso meus olhos se douram; Sou esfinge sem mistério no poente. A tristeza das coisas que não foram Na minha alma desceu veladamente. Na minha dor quebram-se espadas de ânsia, Gomos de luz em treva se misturam. As sombras que eu dimano não perduram, Como ontem para mim, hoje é distância. Já não estremeço em face de segredo; Nada me aloira, nada me aterra A vida corre sobre mim em guerra, E nem sequer um arrepio de medo! Sou estrela ébria que perdeu os céus, Sereia louca que deixa o mar; Sou templo prestes a ruir sem deus, Estátua falsa ainda erguida no ar... Mário de Sá Carneiro. 01.(Cetrede 2019) Marque a alternativa que indica a clas- sificação CORRETA da regência verbal dos verbos a seguir retirados do texto. A) ... desceu : transitivo indireto. B) ... dimano: transitivo direto. C) ... aloira: intransitivo. D) ... perdeu: transitivo indireto. E) ... perduram: bitransitivo. 02.(Cetrede 2018) Marque a opção que apresenta erro de regência verbal. A) Se olhares a terra prometida... B) Se chegares à terra prometida... C) Se encontrares a terra prometida... D) Se fores a terra prometida... E) Se vires a terra prometida... Leia a tirinha. 03.Na tirinha foi usado o verbo lembrar no 2º e no 4º qua- drinho. Em ambos, a regência do verbo está de acordo com a norma padrão. Marque o item em que aparece desvio da norma padrão quanto à sintaxe de regência: A) Perdoei-lhe a atitude grosseira; B) Preferia brincar à trabalhar; C) O filme a que assisti foi maravilhoso; D) Lembramo-nos do endereço; E) Nunca desobedeça às normas gramaticais. 04.A regência verbal está conforme à gramática normati- va na alternativa: A) Quero-lhe muito bem e vou assistir a seu casamen- to. B) Juliano desobedecia seus pais, mas obedecia ao professor. C) João namora com Maria, mas prefere mais seus amigos de bar do que ela. D) Ele esqueceu do compromisso e não pagou ao mé- dico. 05.Assinale a alternativa cujo verbo está empregado co- mo transitivo direto. A) “revista que dedicou a ela a sua capa”. B) “vivo esse momento histórico”. C) “que, como eu, nasceram mulher”. D) “quero lhes falar no dia de hoje”. E) “Existe também uma visão diabólica”. 06.Aponte a alternativa em que a regência do verbo pagar contraria a norma culta. A) Aliviando-se de um verdadeiro pesadelo, o filho pa- gava ao pai a promessa feita no início do ano. B) O empregado pagou-lhe as polias e tachas roídas pela ferrugem para amaciar-lhe a raiva. C) Pagou-lhe a dívida, querendo oferecer-lhe uma es- pécie de consolo. D) O alto preço dessa doença, paguei-o com as moe- das de meu hábil esforço. E) Paguei-o, com ouro, todo o prejuízo que sofrera com a destruição da seca. Crase é a fusão de duas vogais. O sinal (`) usado algumas vezes sobre o a indica que houve crase, isto é, a contra- ção de duas vogais idênticas: a + a = à. A regência de certos verbos e de certos nomes é funda- mental para identificarmos a ocorrência de crase. Fumar é prejudicial à saúde. prejudicial a + a saúde “Pede à banda pra tocar um dobrado” (Ivan Lins) pede a + a banda OCORRE CRASE: 1. Quando a preposição a se encontrar diante de: Artigo definido feminino: a ou as. Vamos à escola. preposição – a + a – artigo (A regência do verbo ir exige a preposição a: quem vai, vai a algum lugar.) A inicial dos pronomes demonstrativos aquele, aquela, aquilo. Você se referia àquilo? preposição – a + a – inicial Entreguei o carro àquela moça. preposição – a + a inicial 2. Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas femininas em que aparece a ou as. “Às vezes, uma dor me desespera, Nessas sombras e dúvidas em que ando” (Olavo Bilac) “Passei a vida à toa, à toa.” “De noite, amanheço; à tarde, anoiteço”. Eis algumas locuções: Adverbiais: à vista, à direita, às escondidas, às pres- sas, às vezes, à parte, às claras, à disposição de, à toa Prepositivas: à procura de, à beira de, à espera de, à roda de Conjuntivas: à medida que, à proporção que 3. Nas expressões à moda de, à maneira de. Arroz à grega (= à maneira dos gregos) Eles estão vestidos à italiana. (= à moda dos italianos) Sempre ocorrerá crase com a expressão à moda de, mesmo diante de palavra masculina. A sala de visitas foi decorada com móveis à Luiz XV. NÃO OCORRE CRASE: 1. Diante de verbos. Estávamos prestes a sair de casa. A mãe estava sempre pronta a perdoar os filhos. 2. Diante de substantivos masculinos. Ela gosta de andar a pé. 3. Diante de artigos indefinidos. O caso me fez chegar a uma conclusão rápida. 4. Diante de pronome pessoal (reto, oblíquo e de trata- mento), EXCETO senhora e senhorita. O guarda não se referia a ti. O juiz cedeu o terreno a V.S.ª 5. Diante da palavra casa, terra e distância sem especifi- cativos. Vou a casa. (= vou para casa, para a minha casa) Cheguei a casa. (= cheguei em casa, em minha casa) Fui à casa dela. Fui às Casas Freitas. 6. Em expressões formadas por palavras repetidas. Gota a gota Uma a uma Frente a frente 7. No A no singular antes de palavra no plural. Dediquei-me a questões nobres. PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Cetrede 2019) Considerando o uso ou não da crase, marque a opção CORRETA. A) Os guardas ficaram a distância. B) Esta revista é igual aquela que li. C) Nunca fui à festa alguma. D) Nunca fui à Brasília, nem à Goiânia E) Joana gosta de andar à cavalo. 02.(Cetrede 2017) Marque a opção CORRETA quanto ao uso da crase. A) Nunca fui à festa alguma. B) Os guardas ficaram à distância. C) Voltei à casa cedo. D) Os marujos ainda não desceram à terra. E) Os guardas chegaram à uma hora. 03.(Cetrede 2014) Assinale, dentre as frases que se se- guem, aquela em que está CORRETO o acento indicati- vo da crase: A) Não podemos assistir com indiferença à estas agressões contra a natureza. B) À população cabe agir imediatamente para evitar o colapso no abastecimento de água. C) Daqui à alguns anos, a sociedade sofrerá conse- quências ainda mais drásticas de seu descaso para com o planeta. D) O avanço rumo à um consenso, para evitar a crise global, é obrigação de todos os governos. E) A preocupação com o planeta começou à partir da divulgação das ideias de Lovelock. 04.(Cetrede 2013) Falhou o emprego da crase em: A) Fez grandes elogios a nossa casa e à sua. B) Roberta chegará lá para às dez horas. C) A prova será das treze às quinze horas. D) Fale-me da cidade à qual você se referiu. E) Àquela hora já não havia mais ninguém na igreja. 05.(Pró-Município2015) Marque a opção em que o sinal indicativo de crase está usado de forma adequada: A) Fui à Pernambuco nas férias; B) A humanidade caminha passo à passo para o fim; C) Voltei à pé para casa; D) Saiu às pressas e esqueceu a carteira de identida- de; E) Começou à contar vantagens sobre a festa. Observe a imagem abaixo 06.(Pró-Município 2013) O emprego INCORRETO da crase justifica-se pelo fato A) De não haver nenhum verbo exigindo a preposição; B) De o verbo antecedente exigir outra preposição; C) De o verbo quilômetro ser intransitivo, por isso não exige preposição; D) De as palavras sest/senat não exigirem preposição; E) De a expressão um quilômetro ser masculina e, por isso, não admite crase. FRASE Unidade mínima de comunicação. Enunciado de sentido completo, finalizado por: pausa forte, na fala, ponto final, na escrita. Existem frases: De uma só palavra que pode ser ou não verbo - Com mais de uma palavra e sem verbo - Com mais de uma palavra e com verbo. ORAÇÃO O enunciado é organizado em torno de uma forma verbal. Frase – pode conter uma ou mais orações. PERÍODO É a frase que se organiza em oração (simples) ou orações (composto). Termina sempre com uma pausa bem defini- da (ponto, ponto de exclamação, ponto de interrogação, reticências e, em alguns casos, dois pontos). SUJEITO E PREDICADO Vamos supor que você esteja conversando com uma amiga e, no momento em que você está falando, aproxi- ma-se de vocês uma outra pessoa, um outro amigo. Esse amigo não teve tempo de ouvir o começo de sua frase. Vamos supor que ele tenha ouvido apenas você falar o seguinte: ... invadiram a cidade. Se esse amigo quisesse saber a respeito de quem você está falando, como ele faria? Ele poderia, por exemplo, fazer a seguinte pergunta: Quem é que invadiu a cidade? Com essa pergunta, ele estaria querendo saber a respeito de quem você estava falando. Ele estaria querendo saber quem é o sujeito da frase que você enunciou. Se, por exemplo, você respondesse assim à pergunta dele: Milhares de abelhas invadiram a cidade, então ele passaria saber que o sujeito da frase era milhares de abelhas. Podemos dizer, então, que: Sujeito é o ser a respeito do qual afirmamos ou nega- mos alguma coisa. Em geral, uma oração é constituída pelo sujeito e por uma afirmação (ou negação)que se faz a respeito do sujeito: o predicado, que sempre apresenta um verbo em sua estru- tura. Oração = sujeito + predicado Em nosso exemplo temos: Milhares de abelhas invadiram a cidade Na prática, para encontrar o sujeito de uma oração, é aconselhável que você faça o seguinte: Localize o verbo da oração; Faça a pergunta: quem é que verbo? (colocamos no retângulo o verbo da oração). A resposta à pergunta é o sujeito da oração. Em nosso exemplo: Quem é que invadiu? Milhares de abelhas sujeito Características do sujeito O verbo e o sujeito estão sempre em concordância: Os gatos vadios dominavam os becos. Em grande número de orações, o sujeito pode ser tro- cado por um dos seguintes pronomes: ele, ela, eles, elas. Milhares de abelhas invadiram a cidade sujeito Elas invadiram a cidade. Classificação do sujeito Tradicionalmente, o sujeito é classificado em: Sujeito simples É aquele constituído por apenas um núcleo, isto é, uma única palavra importante: Os primeiros dias de paz começaram cedo. Sujeito composto É aquele que apresenta dois ou mais núcleos: O velho e o garoto voltaram à igreja. Sujeito oculto É aquele que só se pode conhecer examinando a desinên- cia (terminação) do verbo da oração: Chegaremos à cidade de manhã. (Chegaremos sujeito oculto: nós) Voltarás à casa de teus pais. (voltarás sujeito oculto: tu) Sujeito indeterminado Ocorre quando não queremos ou não podemos indicar o sujeito da oração. Existem duas maneiras de se indeterminar o sujeito. São elas: Usando o verbo na 3ª pessoa do singular acompanha- do pelo pronome SE : Come-se bem naquele restaurante. Acreditava-se em assombrações? OBSERVAÇÃO Nesses casos, o pronome SE é chamado de índice de indeterminação do sujeito. Usando o verbo na 3º pessoa do plural: Atropelaram um cão na rua. 3ª. plural Atualmente falam muito mal de você. 3ª. plural OBSERVAÇÃO Eles falam mal de você. Em frases como essa, embora a forma verbal esteja na 3ª pessoa do plural (falam), o sujeito não é indeterminado, pois sabemos quem fala, isto é, podemos determinar o sujeito: eles. Oração sem sujeito (sujeito inexistente) Ocorre, principalmente, com os seguintes verbos: Haver (no sentido de: existir, acontecer, tempo passado) Houve muita confusão. (haver = acontecer) Não havia guardas lá. (haver = existir) Há dois anos, chegamos aqui. (haver = tempo passado) ATENÇÃO Quando o verbo haver tem sentido de existir, o sujeito classifica-se como inexistente, mas quando se usa o pró- prio verbo existir, a oração tem sujeito normalmente. Não havia pessoas na rua. (sujeito inexistente) não é o sujeito Não existiam pessoas na rua. (sujeito simples) É o sujeito Observe como o verbo haver fica no singular, não concor- dando com pessoas, enquanto que o verbo existir vai para o plural, concordando com o sujeito pessoas. Fazer e ser (com relação a tempo) Faz seis anos / que ele sumiu. Já são duas horas da manhã. Verbos indicativos de fenômenos da natureza Depois do almoço, 'choveu muito. No inverno amanhece mais tarde. OBSERVAÇÃO Os verbos formadores de orações sem sujeito são chamados verbos impessoais e, excluindo o verbo ser, ficam sempre na 3ª pessoa do singular. PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Cetrede 2019). Marque a alternativa em que a oração tem sujeito indeterminado. A) As boas obras valem mais que os belos discursos. B) Hei de cumprir a minha promessa. C) Chove muito nessa época do ano. D) Dizem que haverá novas apresentações. E) Faz meses que não vou à praia. Estátua Falsa Só de oiro falso meus olhos se douram; Sou esfinge sem mistério no poente. A tristeza das coisas que não foram Na minha alma desceu veladamente. Na minha dor quebram-se espadas de ânsia, Gomos de luz em treva se misturam. As sombras que eu dimano não perduram, Como ontem para mim, hoje é distância. Já não estremeço em face de segredo; Nada me aloira, nada me aterra A vida corre sobre mim em guerra, E nem sequer um arrepio de medo! Sou estrela ébria que perdeu os céus, Sereia louca que deixa o mar; Sou templo prestes a ruir sem deus, Estátua falsa ainda erguida no ar... Mário de Sá Carneiro. 02.(Cetrede 2019). O sujeito de “desceu”, v. 4 é A) oiro . B) esfinge. C) tristeza. D) alma. E) poente. 03.(Cetrede 2019). Leia Disse eu em fingidos espanto e tristeza. - Agora não posso mastigar mais! A bala acabou! Esse trecho apresenta três orações. Quanto à classificação do su- jeito de cada oração, respectivamente, marque a opção CORRETA. A) composto, simples e simples B) simples, simples e simples C) composto, oculto e simples D) simples, indeterminado e oração sem sujeito E) simples, indeterminado e simples Leia: “Sou compulsiva, eu sei. Limpeza e arrumação” 04.(Imparh 2018). O termo “compulsiva” exerce a função sintática de: A) objeto direto. B) objeto indireto. C) adjunto adnominal. D) predicativo do sujeito. 05.(Cetrede 2018). Marque a opção cuja oração tem pre- dicado verbo-nominal. A) Elisabete é linda! B) A casa de Jussara sofreu reforma geral. C) As crianças chegaram cansadas. D) Os chuchus parecem murchos. E) A borboleta morreu. 06.(Cetrede 2018). “- Um doce, moça, compre um doce para mim.” Sobre o sujeito dessa oração, marque a opção correta.A) Está representado pelo substantivo moça. B) Trata-se de um sujeito oculto. C) Classifica-se como indeterminado. D) É sujeito simples representado pelo pronome mim. E) É uma oração sem sujeito. TEXTO Pode dizer-se que a presença do negro representou sempre fator obrigatório no desenvolvimento dos latifún- dios coloniais. Os antigos moradores da terra foram, eventualmente, prestimosos colaboradores da indústria extrativa, na caça, na pesca, em determinados ofícios mecânicos e na criação do gado. Dificilmente se acomodavam, porém, ao trabalho acu- rado e metódico que exige a exploração dos canaviais. Sua tendência espontânea era para as atividades menos sedentárias e que pudessem exercer-se sem regularidade forçada e sem vigilância e fiscalização de estranhos. (Sérgio Buarque de Holanda, in Raízes) 07.(Cetrede 2015). Marque a opção CORRETA quanto à função sintática do termo “Os antigos moradores da terra...”, no primeiro parágrafo. A) Sujeito composto. B) Sujeito simples cujo núcleo é moradores. C) Sujeito simples cujo núcleo é antigos. D) Sujeito oracional. E) Sujeito indeterminado. COMPLEMENTOS VERBAIS Complemento verbal diz respeito ao termo que completa o sentido do verbo transitivo, e pode ser: objeto direto e objeto indireto. Objeto direto O objeto direto completa o sentido do verbo sem o uso de preposição, ou seja, se liga diretamente ao verbo transiti- vo sem o uso de preposição. Este tipo de complemento verbal pode ter como núcleo substantivos, palavras com função de substantivo e pronomes pessoais do caso oblí- quo. Vejamos alguns exemplos: O termo “o discurso” complementa o verbo amenizar sem auxílio da preposição. Objeto indireto O objeto indireto completa o sentido do verbo transitivo com o uso de preposição, ou seja, a junção entre o verbo e seu complemento é feita através de uma preposição. A necessidade da preposição é exigida pelo próprio verbo. Os pronomes pessoais oblíquos “lhe” e “lhes” são essen- cialmente objetos indiretos quando ligados ao verbo. Vejamos alguns exemplos: Lobo mau complementa o verbo esquecer com auxílio da preposição de. Temos por definição de objeto o termo da oração que sofre a ação do sujeito expressa pelo verbo e complemen- ta o sentido deste verbo transitivo. APOSTO E VOCATIVO Aposto Primeiramente, vejamos o que é aposto. Observe a charge a seguir: Veja que o termo “atlas” se refere ao termo anterior, expli- cando-o. Esse termo é o aposto da frase. Observe a frase: Foram eles, os meninos, que jogaram a bola no seu quintal ontem. Temos um trecho (aposto) “os meninos” explicando um termo anterior: Foram eles... Eles quem? Os meninos. Podemos concluir que o aposto é uma palavra ou expres- são que explica ou que se relaciona com um termo anterior com a finalidade de esclarecer, explicar ou detalhar melhor esse termo. Há alguns tipos de apostos: • Explicativo: usado para explicar o termo anterior: Gregório de Matos, autor do movimento barroco, é consi- derado o primeiro poeta brasileiro. • Especificador: individualiza, coloca à parte um substan- tivo de sentido genérico: Cláudio Manuel da Costa nasceu nas proximidades de Mariana, situada no estado de Minas Gerais. • Enumerador: sequência de termos usados para desen- volver ou especificar um termo anterior: O aluno dever ir à escola munido de todo material esco- lar: borracha, lápis, caderno, cola, tesoura, apontador e ré- gua. • Resumidor: resume termos anteriores: Funcionários da limpeza, auxiliares, coordenadores, professores, todos devem comparecer à reunião. Vocativo Observe a charge: O termo “papai” no segundo balão é vocativo, usado para se dirigir a quem escuta. Podemos concluir que: Vocativo: é a palavra, termo, expressão utilizada pelo falante para se dirigir ao interlocutor por meio do próprio nome, de um substantivo, adjetivo (característica) ou apelido. PRATICANDO COM EDVALDO 08.(GRServ 2016) Assinale a opção em que a descrição da classificação sintática do termo sublinhado em “És precária e veloz, Felicidade” está correta. A) Termo oracional de natureza substantiva ou prono- minal que se refere a uma expressão de mesma na- tureza para melhor explicá-la ou para servir-lhe de equivalente. B) Termo que pode desempenhar na oração papéis sintáticos próprios de nomes, pronomes e advér- bios. C) Termo que apresenta um chamado ou evidenciação do ser a quem alguém se dirige. D) Expressão que denota uma circunstância adverbial em referência a um chamado. 09.Assinale a alternativa que indica corretamente a fun- ção sintática do termo destacado. A) “‘Dilma se bate pelas mulheres’” – objeto direto. B) “E são também femininas duas outras palavras” – predicativo. C) “figuras que dão ao discurso a ideia do outro” – ad- junto adnominal. D) “Possui, (...) um discurso afinado com a emancipa- ção” – objeto indireto. E) “Nelson de Sá, articulista da Folha, diz referindo-se aos sites de jornais” – aposto. CERCA DE / MAIS DE / MENOS DE / etc. VERBO NA TERCEIRA PESSOA. PRON. INTERROG. DEMONST. INDEFINIDO PLURAL. DE (ENTRE) NÓS, VÓS. VERBO NO SINGULAR SE NÃO HOUVER ARTIGO CONCORDÂNCIA VERBAL COM UM SUJEITO: 1. O verbo concorda, em número e pessoa, com o seu sujeito, claro ou subentendido. Edvaldo ficou lindo. Tinha adquirido uma alma. E uma nova poesia desceu do céu. Subiu o mar, cantou na estrada... 2. Quando o sujeito é constituído por uma expressão partitiva (PARTE DE / UMA PORÇÃO DE / O RESTO DE / METADE DE / etc.) e um substantivo ou pronome plu- rais, o verbo fica no singular ou no plural. Parte dos alunos passou ou passaram. 3. SUJEITO = NÚMERO PLURAL: VERBO NO PLURAL Restavam cerca de cem alunos ... Mais de um professor falou na sala... 4. SUJEITO = PRONOME QUE = VERBO CONCORDA COM O ANTECEDENTE DO PRONOME: Fui eu que lhe pedi que não viesse. 5. SUJEITO= PRONOME QUEM: Sou eu quem paga. 6. SUJEITO= VERBO PLURAL OU CONCORDA COM O PRONOME PES- SOAL Quantos, dentre nós, ainda estão vivos? Quantos, dentre vós, não tereis ouvido o lindo Edvaldo? 7. Sujeito = Plural aparente. Mas Campinas é que não o esquecerá. Os Estados Unidos perderam. COM MAIS DE UM SUJEITO: 1. O verbo que tem mais de um sujeito vai para o plural e, quanto à pessoa, irá: a) Para a 1ª pessoa do plural (nós), se entre os sujeitos figurar um da 1ª pessoa; b) Para a 2ª pessoa do plural (vós), se, não existindo su- jeito da 1ª pessoa, houver um da 2ª; c) Para a 3ª pessoa do plural, se os sujeitos forem da 3ª pessoa. Só eu e Edvaldo ficamos calados. Tu ou os teus filhos vereis a beleza de Edvaldo. Edvaldo e a vizinha chegaram às pressas. VERBO + SUJEITO COMPOSTO: Habita-me o espaço e a desolação SUJEITO SUJEITO SINÔNIMOS: A conciliação e a harmonia entre uns e outros é possí- vel. A mesma coisa, o mesmo ato, a mesma palavra provo- cava ora risadas, ora castigos. PODE HAVER CONCORDÂNCIA COM O MAIS PRÓXIMO PODE CONCORDAR COM O MAIS PRÓXIMO 2. SUJEITO = INFINITIVOS VERBO SINGULAR Olhar e ver era para mim um recurso de defesa. 3. SUJEITOS RESUMIDOS POR PRONOME INDEFINIDO VERBO SINGULAR Letras, ciências, costumes, instituições, nada disso é racional. 4. SUJEITOS LIGADOS POR OU E POR NEM: a) VERBO NO PLURAL, se o fato expresso pode ser atribu- ído a todos os sujeitos; b) VERBO NO SINGULAR, se o fato só pode ser atribuído a um dos sujeitos O mal ou o bem dali teriam de vir Fui devagar, mas opé ou o espelho traiu-me. 5. SUJEITOS LIGADOS POR “COM” : a) VERBO NO PLURAL, englobando os sujeitos com um todo; b) VERBO NO SINGULAR, reduzindo o 2º sujeito a um adjunto adverbial. Edvaldo com Edvalda representam a beleza. A viúva, com resto da família, mudara-se para casa de Edvaldo. O verbo Ser: Quando o verbo ser e o predicativo do sujeito forem nu- mericamente diferentes (um no singular, outro no plural), o verbo deverá ficar no plural. Ex. O ENEM são as esperanças dos estudantes. Tudo são flores, quando se é criança. Se o sujeito representar uma pessoa ou se for pronome pessoal, o verbo concordará com ele. Ex. Edvaldo é as alegrias da esposa dele. A eterna Presidente é as esperanças do povo brasilei- ro. Se o sujeito for uma quantidade no plural, e o predicativo do sujeito, palavra ou expressão como muito, pouco, o bastante, o suficiente, uma fortuna, uma miséria, o verbo ficará no singular. Ex. Cem reais é muito, por essa camisa. Duzentos gramas de carne é pouco. Na indicação de horas ou distâncias, o verbo concordará com o numeral. Ex. Era meio-dia, quando ele chegou. São dez horas. É 1h37min. Na indicação de datas, o verbo poderá ficar no singular, concordando com a palavra dia, ou no plural, concordan- do com a palavra dias. Ex. É 1º de outubro. = É dia 1º de outubro ou É o primeiro dia de outubro. É 29 de dezembro = É dia 29 de dezembro. São 29 de dezembro = São vinte e nove dias de de- zembro. CONCORDÂNCIA NOMINAL Eis os principais casos de concordância nominal: MEIO como advérbio (significando “um pouco”.) é inva- riável. 01. Edvaldo foi MEI________apressado 02. Edvalda foi MEI__________apressada. 03. Os portões estavam MEI_______pintados. 04. As portas estavam MEI_______pintadas. Obs: Nas frases de 01 a 04, MEIO é ________. 05. Os fins não justificam os MEI_______. 06. São muitos os MEI_______de comunicação. Obs: Nas frases 05 e 06, MEIO é _____________. 07. Era meio-dia e MEI________. 08. Comprou MEI_______melancia. Obs: Nas frases 07 e 08, MEIO é _____________. 09. Esboçou um MEI_________sorriso. 10. Não suporto MEI________palavras. Obs: Nas frases 09 e 10, MEIO é _____________. Muito” Advérbio. BASTANTE Muito(as)Valor adjetivo. 11. Estamos BASTANT_______alegres. 12. Ela comprou BASTANT_____camisas pretas. ANEXO E INCLUSO concordam como substantivo a que se referem. EM ANEXO é invariável. 13. Remeto-lhes INCLUS______o recibo. 14. Remeto-lhes INCLUS______a nota fiscal. 15. Remeto-lhes INCLUS______os recibos. 16. Remeto-lhes INCLUS______ as notas fiscais. 17. Vai ANEX_____o recibo. 18. Vai ANEX_____a carta. 19. Vão ANEX_____os recibos. 20. Vão ANEX________as cartas. 21. Em ANEX________envio todos os recibos, as cartas, as notas fiscais e os selos. MESMO E PRÓPRIO - Concordam com o substantivo ou pronome a que se referem. 22. EU MESM___________Sou professor. 23. ELA MESM___________é Orientadora. 24. EU PRÓPRI____________Sou professor. 25. ELA PRÓPRI__________é a professora. 26. A vizinha e sua amiga esquecidas de si MESM_____ Caminhavam sem direção. 27. Marilete e a vizinha disseram “Nós PRÓPRI______ Cantaremos agora’’ SÓ = “Sozinho’’: Variável = “Somente’’, “apenas’’: Invariável. A SÓS é invariável. 28. Eu não vivo S_______. 29. Elas viveram S___e morreram imaculadas. 30. Elas estão S______olhando. 31. Gostaria de ficar A S_________. QUITE: É VARIÁVEL 32. Estou QUIT_______com você. 33. Estamos QUIT______com você LESO - Concorda com a palavra à qual vem ligada. 34. Foi um crime de LES_________Patriotismo. 35. Foi um Crime de LES__________Pátria. 36. Foram crimes de LES_________Pátrias. OBRIGADO depende de quem agradece. É variável. 37. Muito OBRIGAD_______disse Edvaldo. 38. Muito OBRIGAD_______disse Edvalda. 39. Muito OBRIGAD_____ pareciam murmurar à chuva as folhas das árvores. TAL - concorda como sujeito. QUAL - com a palavra seguinte. 40. O filho é TA___QUA____a mãe. 41. Os filhos são TA____QUA____o pai. 42. Os filhos são TA____QUA____os pais 43. O filho é TA___QUA____os pais. MENOS – é (sempre) invariável. 44. Todos saíram, MEN______a professora. 45. Esqueço tudo MEN_______as calúnias. 46. Mais amor e MEN_______guerras. SALVO E EXCETO= ’’menos’’ - são invariáveis 47. Todos foram aprovados, SALV____ aqueles dois alu- nos. 48. Tudo estava destituído, EXCET______ as duas casas de praia que Edvaldo ganhou. ALERTA - é invariável. 49. Os vestibulandos estavam em ALERT____. 50. Sempre ALERT_________gritavam os escoteiros. PSEUDO - é invariável. 51. Os PSEUD_____ intelectuais dominam a literatura 52. As PSEUD______beatas iam á capela CARO E BARATO como adjetivo : variável CARO E BARATO como advérbio: invariável 53. Comprou um lenço CAR____ 54. Comprou uma camisa CAR_____ 55. Os lenços eram CAR______ 56. As camisas eram CAR_______ 57. Comprou um carro BARAT______ 58. Comprou uma joia BARAT_______ 59. Os livros custam CAR______ 60. Comprei muito BARAT____esses lotes. PRATICANDO COM EDVALDO Infância Meu pai montava a cavalo, ia para o campo. Minha mãe ficava sentada cosendo. Meu irmão pequeno dormia. Eu sozinho menino entre mangueiras lia a história de Robinson Crusoé, comprida história que não acaba mais. No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu chamava para o café. Café preto que nem a preta velha café gostoso café bom. Minha mãe ficava sentada cosendo olhando para mim: - Psiu... Não acorde o menino. Para o berço onde pousou um mosquito. E dava um suspiro... que fundo! Lá longe meu pai campeava no mato sem fim da fazenda. E eu não sabia que minha história era mais bonita que a de Robinson Crusoé. Alguma Poesia Carlos Drummond de Andrade 01.(Cetrede 2019) A concordância verbal e a nominal, respectivamente, estão CORRETAS em A) Só se via as destruições após o rompimento da bar- ragem. / Recebi vários abaixos-assinados. B) Qual de vós me arguireis de pecado? / Ontem houve dois comícios monstros. C) Os brasileiros somos um povo pacífico. / É um cri- me de lesa-pátria. D) Muitos são os problemas que se há de resolver. /A menina comprou duas blusas azul-claro. E) Precisam-se de muitos recursos para uma educa- ção de qualidade. / Eles ligaram os altos-falantes. 02.(Cetrede 2019) Assinale a opção em que a afirmativa apresenta um erro de concordância nominal. A) Os filhos são tais quais os pais. B) Os torcedores eram bagunceiros e foram punidos como tal. C) O vaidoso, mesmo derrotado, é orgulhoso. D) Eles só fizeram isto. E) Nós moramos junto há muito tempo. 03.(Cetrede 2019) Marque a opção CORRETA quanto à concordância do verbo ser A) Duas surras serão pouco para ele aprender. B) Dez anos são nada na eternidade. C) Fernando Pessoa são vários poetas. D) Amigos é o que não me falta. E) Dez dólares são bem menos que dez libras esterli- nas. 04.(Cetrede 2017) Assinale a alternativa INCORRETA quanto à concordância do verbo ser. A) Os alunos chegaram. A maioria são menores. B) No circo, o palhaço é as delícias da garotada. C) Minha vida é essas duas crianças. D) Lágrimas é coisa que não comove. E) Questões ecológicas serão o tema do encontro. 05.(Uece 2018) Assinale a opção em que existe erro de concordância verbal. A) Cada um dos magistrados devem perceber a luta dos brasileiros contra a corrupção. B) 84% dos brasileiros defendem a continuidade da Lava Jato. C) Apenas 12% do Brasil acha que deve terminar. D) Parte dos ministros do STF sonham em “estancar a sangria”. 06.(Uece 2017) Quanto à concordância verbal, seria indi- ferente os autores optarem por singular ou plural no seguinte enunciado:A) “A geração que amava os Beatles e os Rolling Sto- nes (tem/têm) pesadelos diários ...”. B) “A geração que amava os Beatles e os Rolling Sto- nes (...) Depois, (conheceu/conheceram) o video- cassete, o videogame e os computadores.”. C) “Em 1994, 50% dos jovens (considerava/ considera- vam) ‘in’ acessar a internet.”. D) “A maioria dos jovens de sua geração (sabe/sabem) usar aparelhos como computador...”. 07.(Consulpam 2015) Assinale a alternativa que corres- ponde ao uso CORRETO da norma culta nas frases abaixo: I. Segue ____ a programação do evento. II. Os alunos fizeram uma escultura ____ relevo. III. Os astrólogos ____ o sucesso do empreendimento. A) Anexo – embaixo – preveram. B) Anexa – em baixo – previram. C) Anexo – em baixo – previram. D) Anexa – em baixo – preveram. 08.(Uece 2011) Com relação à concordância, à regência e à colocação, assinale a opção que contém a única fra- se gramaticalmente correta. A) Cada um dos brasileiros deve ter consciência de que não se deve desobedecer às leis. B) Os políticos não tornarão-se admirados, enquanto houverem práticas maldosas devido o seu compor- tamento. C) O brasileiro se lembra dos corruptos, os quais nada faz, para melhorar a imagem pessoal. D) Os políticos se simpatizam com a população, a qual entrega-lhes os votos de confiança. 09.(Uece 2009) Marque (V) para as alternativas VERDA- DEIRAS e (F) para as FALSAS, considerando a concor- dância verbal. ( ) Pode haver dúvidas nesta questão. ( ) Vocês haviam chegado ao ponto certo. ( ) Fazia meses que não a encontrava. ( ) Podem haver dúvidas nesta questão. ( ) Faziam meses que não a encontrava. Assinale a única opção que apresenta a sequência CORRETA de cima para baixo. A) F – F – F – V – V. B) F – V – F – V – F. C) V – V – V – F – F. D) V – F – V – F – V. E) F – F – V – V – F. 10.(Uece 2009) Analise a expressão “vende-se carros novos e usados” e marque a opção CORRETA: A) Apresenta problema de concordância verbal. Deve- ria ocorrer a forma “vendem-se”, porque “se” é pro- nome apassivador, e “carros”, sujeito paciente. B) Não apresenta problemas de concordância verbal, porque “se” é índice de indeterminação do sujeito. C) Não apresenta problemas de concordância verbal, porque “se” é partícula apassivadora, e “carros”, su- jeito paciente. D) Apresenta problema de concordância verbal. Deve- ria ocorrer a forma “vendem-se”, porque “se” é pro- nome reflexivo com função sintática de objeto indi- reto e “carros” é objeto indireto. E) Apresenta um problema de concordância verbal, que poderia ser resolvido se tirássemos as palavras “novos” e “usados”. Para formar um período composto, podem ser utilizadas duas diferentes maneiras de reunião das orações que compõem o período composto: a coordenação e a subor- dinação. É por isso que existem dois tipos de período composto: Período composto por coordenação Período composto por subordinação PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO Formado por orações coordenadas (independentes). Uma oração coordenada fica justaposta à outra sem que exer- ça uma função sintática. Exemplo: e As coordenadas dividem-se em sindéticas (unidas por conjunções coordenativas) e assindéticas (unidas tão só pelo sentido). As sindéticas subdividem-se em: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas. São as seguintes as principais conjunções coordenativas: • Aditivas: e, nem, mas também. Exemplo: Não é ambição nem interesse próprio de Edvaldo. Compreendeu melhor a aula e agradeceu. • Adversativas: mas, porém, contudo, entretanto, no entanto, todavia, etc. Exemplo: Viveu para os amigos, mas acabou sozinho. • Alternativas: ou ... ou; ora ... ora; quer ... quer; seja ... seja; etc. Exemplo: Na sua obsessão, trabalhava ou morreria na pobreza. • Explicativas: pois, que, porque, porquanto. Exemplo: Estude, que não há alternativa. CoordenadaOração estudouAline CoordenadaOração examessesplêndidofez • Conclusivas: logo, pois, portanto, por conseguinte, por isso, assim, em vista disso, então, etc. Exemplo: Nada fizeste da vida, por conseguinte vegetaste. PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO No período composto por subordinação sempre aparecem dois tipos de oração: oração principal e oração subordi- nada. O período: Todos esperam sua volta É um período simples, pois apresenta uma única oração. Nele podemos identificar: Todos esperam sua volta. suj. v.t.dir obj. dir Se transformarmos o período simples acima em um perí- odo composto, teremos: Todos esperam que você volte. 1ª oração 2ª oração Nesse período, a 1ª oração apresenta o sujeito todos e o verbo transitivo direto esperam, mas não apresenta o objeto direto de esperam. Por isso, a 2ª oração é que tem de funcionar como objeto direto do verbo da 1ª oração. Verificamos, então, que: A 1ª oração não exerce, no período acima, nenhuma função sintática. Por esse motivo ela é chamada de oração principal. A 2ª oração depende da 1ª, serve de termo (objeto direto) da 1ª e completa-lhe o sentido. Por esse moti- vo, a 2ª oração é chamada oração subordinada. Resumindo: Oração principal: é um tipo de oração que no período não exerce nenhuma função sintática e tem associada a si uma oração subordinada. Oração subordinada: é toda oração que se associa a uma oração principal e exerce uma função sintática (sujeito, objeto direto, adjunto adverbial etc.) em relação à oração principal. As orações subordinadas classificam-se, de acordo com seu valor ou função, em: Orações subordinada substantivas Orações subordinada adjetivas Orações subordinada adverbiais. PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Cetrede 2016) Indique a opção CORRETA quanto à classificação da oração destacada. A) Este mundo é redondo, mas está ficando muito cha- to. Coordenada sindética explicativa. B) Vem, que eu te quero sorrindo. Coordenada sindéti- ca conclusiva. C) Não só provocaram graves problemas, mas aban- donaram os projetos antes de terminar. Coordenada sindética aditiva. D) A situação é delicada, devemos, pois, agir cuidado- samente. Coordenada sindética explicativa. E) Ela se mudou, pois seu apartamento está vazio. Co- ordenada sindética conclusiva. TEXTO Dos rituais No primeiro contato com os selvagens, que medo nos dá de infringir os rituais, de violar um tabu! É todo um meticuloso cerimonial, cuja infração eles não nos perdoam. Eu estava falando nos selvagens? Mas com os civilizados é o mesmo. Ou pior até. Quando você estiver metido entre grã-finos, é preciso ter muito, muito cuidado: eles são tão primitivos! Mário Quintana 02.(Cetrede 2016) Quantos períodos há no TEXTO II? A) Cinco B) Três. C) Quatro. D) Seis. E) Sete. 03.(Cetrede 2015) Marque a opção INCORRETA quanto à classificação das orações coordenadas sindéticas. A) A situação econômica é delicada; devemos, pois, agir cuidadosamente. (Explicativa) B) Diga agora ou cale-se para sempre. (Alternativa) C) O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda penúria. (Adversativa) D) Aquela substância é altamente tóxica, logo deve ser manuseada cautelosamente. (Conclusiva) E) Não discutimos as várias propostas, nem analisa- mos quaisquer soluções. (Aditiva) 04.Apresenta oração coordenada sindética adversativa o item: A) “A justiça que corrige ou castiga, deve ser inspirada pela Bondade, [...] (Malba Tahan) B) “A Igreja diz-nos que supõe que sou homem; logo, não sou pó.” (Vieira) C) “Fazia tudo para ser agradável, pois não deixava uma pergunta sem resposta.” (Bechara) D) “De outras ovelhas cuidarei, que não de vós...” (Gar- rett) ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS Oração subordinada substantiva subjetiva Função: sujeito – isso significa quena oração principal não haverá sujeito, já que a oração subordinada inteira é que funcionará como sujeito da oração principal. 1º exemplo Período simples: É necessário o seu voto. v. lig. predicat. suj. Estrutura: verbo de ligação + predicativo + sujeito Período composto: É necessário que você vote. or. subord. subs. subj. Estrutura: Verbo de Ligação + Predicativo - O. S. Subjetiva Oração principal Observe como a estrutura dos dois períodos é semelhan- te. 2º exemplo Período simples: Não convém a sua tristeza. v. unip. suj. Estrutura: verbo unipessoal + sujeito Período composto: Não convém que você fique triste. Estrutura: Verbo Unipessoal - O. S. Subjetiva. Oração principal OBSERVAÇÃO: Dá-se o nome de verbo unipessoal a de- terminados verbos que: Aparecem sempre na 3ª pessoa do singular; Fazem parte de uma oração principal que tem como subordinada uma substantiva subjetiva. Os principais verbos unipessoais são os seguintes: convir, constar, parecer, importar, acontecer, suceder. Assim, toda vez que, na oração principal, aparecer um verbo unipessoal, a oração subordinada será substantiva subjetiva. Parece que o tempo melhorou. v. unipess. or. subord. subs. subj. or. princ. 3º exemplo Período simples: Ficou combinado o meu regresso. Estrutura: verbo na voz passiva + sujeito Período composto: Ficou combinado que eu regressaria. Estrutura: Verbo na Voz Passiva - O. S. Subjetiva. Oração principal É importante notar que o verbo da oração principal sem- pre fica na 3ª pessoa do singular. Além disso, dentro da oração principal não aparece sujeito, porque quem funci- ona como sujeito dela é exatamente a oração subordina- da substantiva subjetiva. Oração subordinada substantiva objetiva direta Função: objeto direto - isso significa que a oração vai funcionar como objeto direto de um verbo transitivo direto que estará na oração principal Período simples: O rapaz conseguiu os aplausos. Estrutura: sujeito + v. t. direto + objeto direto Período composto: O rapaz conseguiu que o aplaudis- sem. Estrutura: Suj. + Verbo T. Direto - O. S. Objetiva Direta. Oração principal Oração subordinada substantiva objetiva indireta Função: objeto indireto Período simples: Nós precisamos de sua ajuda. Estrutura: sujeito + v. t. ind.+ obj. ind. Período composto: Nós Precisamos de que você nos aju- de. Estrutura: Suj. + Verbo T. Indireto - O. S. Obj. Indireta. Oração principal Observe, pelo exemplo, que tanto o objeto indireto como a oração subordinada substantiva objetiva indireta iniciam- se por uma preposição e completam um verbo transitivo indireto da oração principal. Oração subordinada substantiva predicativa Função: predicativo – funciona como predicativo da ora- ção principal. Período simples: O importante é sua vitória. suj. v. lig. predicativo Estrutura: sujeito + verbo de ligação + predicativo Período composto: O importante é que você vença. Estrutura: Sujeito + Verbo de Ligação – O. S. Predicativa. Oração principal Oração subordinada substantiva completiva nominal Função: complemento nominal - isso quer dizer que a oração subordinada inteira funcionará como complemen- to nominal de um nome incompleto que estará presente na oração principal. Período simples: Ela teve necessidade de ajuda. Estrutura: suj. + verbo+ nome incompl. + compl. nom. Período composto: Ela teve necessidade de que a ajudas- sem. Estrutura: Nome Incompleto - O. S. Compl. Nominal Oração principal Observe que tanto o complemento nominal como a ora- ção subordinada substantiva nominal iniciam-se por uma preposição. Oração subordinada substantiva apositiva Função: aposto Período simples: Ele quer uma coisa: sua renúncia. Período composto: Ele quer uma coisa: que você renuncie. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS Oração subordinada adjetiva é aquela que tem valor e função de adjetivo. Vamos comparar o período simples com o período com- posto abaixo: Período simples: As árvores frutíferas são raras lá. Substantivo adjetivo Adjetivo (qualifica o substantivo) Frutíferas é: Adj. adnominal (detalhador do nome) Período composto: As árvores que dão frutas são raras lá. É por esses dois motivos que a oração que dão frutas chama-se oração subordinada adjetiva. A oração adjetiva sempre se refere a um nome da oração principal e sempre começa por um pronome relativo. Conheço um jovem que estuda muito Quanto ao sentido, as orações subordinadas adjetivas classificam-se em: Orações adjetivas restritivas Têm por função restringir, limitar, tornar mais exata a significação do nome a que se referem. São, por esse motivo, indispensáveis ao sentido da frase. Na escrita, as subordinadas adjetivas restritivas não fi- cam isoladas por vírgulas. Para exemplificar, vamos retomar o período: As árvores que dão frutas são raras lá. Observe que a oração destacada restringe, limita as árvo- res que são raras lá. Não é toda e qualquer árvore que é rara lá, mas somente as que dão frutas. Considerando o conjunto de todas as árvores, as que dão frutas constitu- em um subconjunto, uma parte das árvores. Ou seja, a oração que dão frutas funciona como restritiva, como limitadora, e é por isso que ela se chama oração subordi- nada adjetiva restritiva. O soldado que vi na rua está naquele bar. Onde está o livro que comprei ontem? Orações adjetivas explicativas Acrescentam ao nome uma qualidade acessória, esclare- cem melhor sua significação, dão uma informação adici- onal de um ser que já se acha suficientemente definido. Na escrita, as adjetivas explicativas são isoladas por vír- gula. Deus, que é nosso pai, nos salvará. O homem, que é mortal, julga-se eterno. ATENÇÃO É importante observar que a presença ou au- sência das vírgulas nas orações adjetivas é fundamental para se definir o sentido que se quer dar ao texto. Observe os dois períodos abaixo, que são bastante semelhantes em sua estrutura, mas totalmente diferentes quanto ao sentido: Os alunos que foram aprovados serão recebidos com festa. Os alunos, que foram aprovados, serão recebidos com festa. Antes de continuar a leitura, tente explicar a diferença de sentido entre eles. Observe, agora, que o primeiro período indica que uma parte dos alunos foi aprovada e a outra parte não. O perí- odo indica também que somente os que foram aprovados é que serão recebidos com festa. A oração grifada é, por- tanto, subordinada adjetiva restritiva. O segundo período, por sua vez, indica que todos os alu- nos foram aprovados e que todos serão recebidos com festa. A oração grifada, então, não restringe determinado tipo de aluno, apenas explica que todos foram aprovados; A oração grifada é, portanto, subordinada adjetiva explica- tiva. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS São nove as orações subordinadas adverbiais, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa: A) Causal: funciona como adjunto adverbial de causa. Conjunções: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, que. Ex. Saímos rapidamente, visto que estava armando um tremendo temporal. “Estou triste, porque não tenho Edvaldo perto de mim”. B) Comparativa: funciona como adjunto adverbial de comparação. Geralmente, o verbo fica subentendido Conjunções: (mais) ... que, (menos)... que, (tão)... quan- to, como. Ex. Edvaldo era mais esforçado que o irmão(era). C) Concessiva: funciona como adjunto adverbial de con- cessão. Conjunções: embora, conquanto, inobstante,não obs- tante, apesar de que, se bem que, mesmo que, posto que, ainda que, em que pese. Ex. Todos se retiraram, apesar de não terem terminado a prova de Edvaldo. Embora tenhamos pouco tempo, concluiremos o trabalho. D) Condicional: funciona como adjunto adverbial de con- dição. Conjunções: se, a menos que, desde que, caso, contan- to que. Ex. Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce. Se a chuva parar, iremos ao colégio. E) Conformativa: funciona como adjunto adverbial de conformidade. Conjunções: como, conforme, segundo. Ex. Construímos nossa casa, conforme as especificações dadas pela Prefeitura. Devemos proceder conforme estabelece o regulamento. F) Consecutiva: funciona como adjunto adverbial de con- sequência. Conjunções: (tão)... que, (tanto)... que, (tamanho)... que. Ex. Ele fala tão alto, que não precisa do microfone. Tem contado tantas mentiras, que ninguém acredita nele. G) Temporal: funciona como adjunto adverbial de tempo. Conjunções: quando, sempre que, assim que, desde que, logo que, mal. Ex. Fico triste, sempre que vou à casa de Edvaldo. Quando voltares, visita-me. H) Final: funciona como adjunto adverbial de finalidade. Conjunções: a fim de que, para que, porque. Ex. Ele não precisa do microfone, para que todos o ouçam. Estudarei esse assunto, a fim de que possa compreendê- lo. I) Proporcional: funciona como adjunto adverbial de pro- porção. Conjunções: à proporção que, à medida que, tanto mais. À medida que o tempo passa, mais experientes fica- mos. À proporção que estudava, compreendia melhor o assun- to. PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Cetrede 2019) Qual das orações subordinadas a se- guir é adverbial final? A) Orai, porque não entreis em tentação. B) Fomos a pé, porque ficamos sem gasolina. C) Vamos dormir porque é tarde. D) Aquele é o cão por que fui mordido. E) Mesmo que chova, iremos à praia. 02.(Cetrede 2019) Marque a opção em que a oração des- tacada está corretamente classificada. A) Espero que você aprenda português. Subordinada substantiva subjetiva. B) Diz-se que Homero era cego. Subordinada substan- tiva objetiva direta C) Estou tão exausto que mal posso ter-me em pé. Su- bordinada adverbial causal. D) Felipe julga que vale muito porque é rico. Coordena- da sindética explicativa. E) A notícia de que o presidente renunciou não é ver- dadeira. Subordinada substantiva completiva nomi- nal. 03.(Cetrede 2018) Analise as afirmativas a seguir e mar- que a opção CORRETA quanto à classificação das ora- ções destacadas. A) Aconselho-a a que aprenda português. (Substantiva completiva nominal) B) O jornal que você trouxe é velho. (Subordinada adje- tiva explicativa) C) Se Joana gosta de você, por que não a procura? (Subordinada adverbial causal) D) Trabalha e estarás salvo. (Subordinada adverbial consecutiva) E) Juçara fuma e não traga. (Coordenada sindética aditiva) 04.(Cetrede 2017) Marque a opção em que há oração substantiva objetiva indireta. A) Diz-se que Homero era cego. B) Não sei se a alma existe. C) Avisei-o de que o eclipse acontecerá amanhã. D) Tenho certeza de que você fará uma boa prova. E) Minha vontade é que você aprenda mais. 05.(Imparh 2014) O trecho destacado em “No episódio histórico, o cachorro investiu contra o paquiderme du- rante um ataque na decisiva Batalha de Gaugamela, que deu a Alexandre o título de imperador persa.” é classificado como oração: A) subordinada adjetiva explicativa. B) subordinada adverbial causal. C) coordenada conclusiva. D) coordenada explicativa. 06.(Imparh 2014) O trecho destacado em “No episódio histórico, o cachorro investiu contra o paquiderme du- rante um ataque na decisiva Batalha de Gaugamela, que deu a Alexandre o título de imperador persa.” é classificado como oração: A) subordinada adjetiva explicativa. B) subordinada adverbial causal. C) coordenada conclusiva. D) coordenada explicativa. 07.(CCV-Unilab 2011) A oração subordinada está corre- tamente analisada em: A) “poderia correr o risco de ser mal interpretada – completiva nominal. B) “desejo de falar para toda a humanidade” – objetiva indireta. C) “São metonímias, em que se ajusta um sentido ao outro, substitui-se um sentido pelo outro, mas man- tém-se a coerência do discurso. – adverbial con- formativa. D) “Existe também uma visão diabólica da alegoria, que luta contra a mesmice do simbólico. – adverbial consecutiva. E) “um discurso afinado com a emancipação feminina, mas não faz um governo de gênero, como clama o senador goiano” – adjetiva restritiva. Aula de Religião Magricela como a Olívia Palito, mulher de Popeye, pa- recia um galho seco dentro do vestido escuro. Era antipá- tica e ranzinza. Usava óculos de lentes grossas: não en- xergava direito, vivia confundindo um aluno com outro. A aula de religião não contava ponto nem influía na nossa média, mas a diretora nos obrigava a frequentar. Um dia apareceu uma barata na sala de aula. Desco- brimos estão que Dona Risoleta tinha um verdadeiro hor- ror de baratas: soltou um grito, apontou a bichinha com o dedo trêmulo e subiu na cadeira, pedindo que matásse- mos. Era uma barata grande, daquelas cascudas. A classe inteira se mobilizou para matá-la. Foi aquele alvoroço. (SABINO, Fernando. Menino no espelho. Rio de Janeiro, Record, 1990, p. 113.) O texto escrito difere, evidentemente, do texto oral. Quando falamos, contamos com recursos diversos para dar conta da mensagem: fazemos gestos, mudamos a expressão facial; podemos contar com o tom da voz, com o ritmo, fazemos pausas maiores ou menores para expli- car alguma coisa; falamos mais rapidamente ou mais demoradamente etc. Para tentar reproduzir todos esses recursos de que dispomos quando falamos, usam-se os sinais de pontuação. Repare nesse exemplo extraído do texto: “Magricela como a Olívia Palito, mulher de Popeye, pa- recia um galho seco dentro do vestido escuro.” A expressão em negrito é uma explicação, por isso está entre vírgulas – é necessário fazer uma pausa maior quando explicamos. Examine este outro exemplo: “Usava óculos de lentes grossas: não enxergava direito, vivia confundindo um aluno com outro”. Um outro modo de explicar, sem uso de conectivo (pois, porque), é usar dois-pontos. A pontuação na língua escrita, portanto, serve para re- constituir aproximadamente os movimentos rítmicos e melódicos da língua falada. A vírgula Pausa de pequena duração, a vírgula separa elementos da mesma função sintática (não ligados por conectivos): “Eu, você, nós dois, girando na vitrola sem parar.” (Jo- ão Gilberto) “Falavam entusiasmados de mulheres, de aventuras, de barcos, de praias douradas”. (Rubem Braga) “Estou farto do lirismo bem comportado, do lirismo funcionário público...”. (Manuel bandeira) Na ordem natural, direta, não se separam os termos da oração com vírgulas. Vale dizer: não se usam vírgulas entre sujeito e verbo e entre verbo e complementos. Utilizamos vírgulas quando rompemos à ordem direta. Isto é: Quando utilizamos o aposto ou qualquer elemento de valor explicativo: ‘Maria das dores, “aquela moça alegre, tinha, pois um nome errado.” (Fernando Sabino) “A mocinha do caixa, tão loirinha, tão branquinha, tão magrinha, era, entretanto, uma fera.” (Fernando Sabi- no). Quando usamos o vocativo: “Oh, Madalena, o meu peito percebeu que o mar é uma gota.” (Ivan Lins) Quando antecipamos o adjunto adverbial: Sábado passado, estudei para a prova. Quando usamos termos pleonásticos ou repetidos: A ordem é insistir, insistir, insistir, até conseguir. Quando omitimos uma palavra ou um grupo de palavras: “No bonde,apenas duas pessoas.” (Machado de As- sis) Repare nesses usos estilísticos da vírgula: “O dia amanheceu, as lojas abriram, tudo voltou ao normal.” (J.J.Veiga) “Foi um encontro rápido, mero, casual.” (Clarice Lis- pector) “Desci do ônibus, encontrei a menina de lá, passei-lhe a encomenda da tia, virei às costas, fui embora.” (Fer- nando Sabino). “Rala a mandioca, e debulha o milho, e planta a verdu- ra.” (G.Almeida) Nos quatro exemplos, a vírgula foi utilizada para separar atos rápidos, quase automáticos. Foram usadas orações coordenadas ou uma sequência de termos semelhantes. Atente para os seguintes usos especiais da vírgula: Mas emprega-se sempre no começo da oração; porém, todavia, contudo, entretanto e, no entanto podem vir ou no início da oração ou após um de seus termos. No pri- meiro caso, a vírgula aparece antes da conjunção; no segundo, a conjunção vem isolada por vírgulas. Vá aonde quiser, mas avise antes. Vá aonde quiser, porém avise antes. Vá aonde quiser; avise, porém, antes. Pois, empregado como conjunção conclusiva, vem sem- pre posposto a um termo da oração a que pertence e, portanto, isolado por vírgulas: Ele é teu pai. Respeita-lhe, pois, à vontade. Orações intercaladas são sempre usadas entre vírgulas: A verdade é filha do tempo, dizia Brecht, e não da auto- ridade. Orações subordinadas adjetivas explicativas sempre apa- recem entre vírgulas: Edvaldo, que era feio e fraco, tornou-se alto, belo e forte. O ponto Pausa máxima, o ponto encerra o período. “Terceiro dia de aula”. A professora é um amor. Na sala, estampas coloridas mostram animais de todos os feitios. É preciso querer bem a eles, diz a professora, com um sorriso que envolve toda a fauna, protegendo-a. Eles têm direito à vida, como nós, e além disso, são muito úteis. Cachorro faz muita falta, Mas não é só ele não. A galinha. o peixe, a vaca... Todos ajudam.” (Rubem Braga) No texto acima, o ponto foi um eficiente recurso estilístico de descrição. Ajudou a compor frases curtas, misturadas a outras, mais longas, em que se usou vírgulas. Repare na força que as orações pausadas, curtas, todas pontuadas, exercem nos seguintes textos; “Dezembro. Solão em brasa. O verde mais verde. As ruas repletas de pessoas que passam minimamente vestidas. Muita alegria. Muita cor.” (Paulo Mendes Campos) “Agora estava escuro. Debruçado à janela, eu fumava sem ver a rua. Via seu Ivo Pimentel, a datilógrafa de- saparecida. Bonitinha, com uns olhos de gato que aca- riciavam a gente. E amável, sem fumaças. Quando eu tirava o chapéu, respondia com um sorrisinho modes- to. Coitadinha.” (Graciliano Ramos). O ponto-e-vírgula O ponto-e-vírgula marca uma pausa intermediária entre o ponto e a vírgula. Geralmente, separa orações coordenadas quando uma delas já tiver vírgulas, ou quando tiverem sentido oposto: “Fazia um silêncio sepulcral na casa; todos, pensava eu, tinham saído ou morrido.” (Clarice Lispector). “As mulheres choravam de medo; os homens zomba- vam de tudo.” (J.C. Carvalho). Os dois-pontos Os dois-pontos introduzem citações, enumerações ou um esclarecimento. A velhinha simpática conclamou a todos: - Venham tomar chá! “Aristides costumava fechar questões em três pontos: honra, dinheiro e mulheres.” (J.C. Carvalho) “Não gostava que mexessem nas gavetas: ficava pos- sesso”. “Só quero uma coisa: Paz.” (J.C.carvalho). As reticências As reticências têm a função de indicar que a frase foi suspensa ou seccionada. Podem também indicar que houve dúvida, hesitação ou surpresa. “A verdade não me faz sentido... É por isso que eu a temia e a temo... Sinto que uma primeira liberdade es- tá pouco a pouco me tomando...” (Clarice Lispector). “A Genilda? Bom... não sei... acho que ela nem chegou ainda...”. (Rubem Braga). “Sou de Angra... - tentei me apresentar, mas ninguém prestou atenção. Eu ia dizendo outra vez: ‘Sou de An... ’, Mas então fui atropelado pela cozinheira imensa que ia entrando.” (Fernando Sabino). As aspas A função das aspas é, principalmente, isolar do contexto frases ou palavras alheias, no início e no fim de uma cita- ção, ou então evidenciar determinados termos (gírias, arcaísmos, estrangeirismos etc.). “Andorinha lá fora está dizendo: - Passei o dia á toa, à toa! “ (Manuel Bandeira). Costumava-se dizer, nos anos 70, que era “uma brasa, mora” uma pessoa muito especial, muito esperta. “Meu Flamboyant na primavera/ Que bonito que ele era!” (Roberto Carlos). Os parênteses Os parênteses são usados para intercalar, num texto, qualquer indicação acessória (uma explicação, uma cir- cunstância incidental, uma nota emocional). “Quando vi Teresa de novo Achei que os olhos eram mais velhos que o resto do corpo (os olhos nasceram e ficaram dez anos espe- rando que o resto do corpo nascesse)” (Manuel Bandeira) “Saía para a rua com medo. (Que rua larga!) Não en- contrava ninguém.” (Clarice Bandeira) “Deus (ou foi talvez o diabo?) deu-me este amor madu- ro...” (Carlos Drummond de Andrade). O Travessão O travessão serve para: Principalmente, indicar com que pessoa do discurso está a fala. – Bom dia, nhá benta. – Bom dia, meu filho. – Vai precisar de mim, sinhá? – Preciso sempre, toda hora.” (Monteiro Lobato) Isolar palavras ou frases – usa-se travessão duplo. “A sua vista não ia além Dos quatro muros que a enclausuravam E ninguém via – ninguém, ninguém – Os meigos olhos que suspiravam.” (Manuel Bandeira) Isolar a parte final de um enunciado. “Um mundo todo vivo tem grande força - a força de um inferno.” (Clarice Lispector). PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Cetrede 2019) Em qual das opções a seguir, a vírgula foi usada para separar palavras de mesma função sin- tática? A) O tempo não é, meu amigo, aquilo que você pensa. B) Minha casa tem quatro dormitórios, dois banheiros, três salas e bom quintal. C) Elas gritavam. Eu, porém, nem me incomodava. D) “Nascemos nas lágrimas, vivemos no sofrimento, morremos na dor.” E) Não chore, que será pior. 02.(Uece 2018) Na frase “Ainda assim, o país se preocupa agora com um novo perigo: as distrações pelo uso de celular”, o emprego dos dois pontos, após a palavra “perigo”, se justifica por A) indicar o início de uma enumeração. B) antecipar uma citação. C) separar orações. D) introduzir um esclarecimento. 03.(Cetrede 2017) Marque a opção INCORRETA. A virgula é usada para separar A) palavras ou orações de mesma função sintática. B) o sujeito do predicado. C) o nome da localidade nas datas. D) orações coordenadas assindéticas. E) os vocativos. 04.(Imparh 2015) Alguns trechos do texto foram reescri- tos e a pontuação, alterada. Tome por base as regras de pontuação e assinale a alternativa em que se en- contra INADEQUAÇÃO. A) Entre os assuntos que, possivelmente, serão deba- tidos, estão o divórcio, as uniões estáveis, as crian- ças transgênero e a união homossexual. B) O papa Francisco pediu, nesta sexta-feira (23), que os aparelhos tecnológicos, como celulares e tablets, não atrapalhem as conversas em família que, para ele, são o berço da comunicação. C) Para Francisco, o núcleo familiar, é o primeiro local onde as pessoas aprendem a comunicar, e é preciso voltar a esse momento, para deixar a comunicação, entre as pessoas, mais autêntica e humana. D) Eles atrapalham, quando se tornam uma via de es- cape para ouvir, se isolar, mas podem favorecer, se ajudam a conversar e a dividir. Que as famílias ori- entem o nosso relacionamento com as tecnologias, ao invés de serem guiadas por elas. 05.(Cetrede 2014) “Na visão de Lovelock, até 2020, secas e outros extremos climáticos serão lugar-comum.”. Na frase acima transcrita, o uso da primeira vírgula,após o nome “Lovelock”, se justifica para: A) Isolar uma oração explicativa. B) Indicar a elipse do verbo. C) Separar o vocativo. D) Separar o adjunto adverbial deslocado. E) Separar a oração coordenada. 06.(Uece 2014) No enunciado: “Por um lado o estádio Castelão, em Fortaleza (CE), foi a primeira arena a ficar pronta entre todas as cidades-sede; por outro, os pro- blemas relativos à mobilidade tornam-se visíveis logo na saída do estádio”. O emprego da vírgula após a ex- pressão destacada se justifica porque A) isola o vocativo. B) indica a omissão de um termo. C) separa o aposto. D) isola o adjunto adverbial. 07.(Uece 2011) Sobre as vírgulas empregadas na frase “Na mitologia grega, a mãe de Eros, o desejo, é a Penú- ria, a falta.”, é correto afirmar-se que A) a primeira isola uma oração, a segunda e a terceira isolam um aposto e a quarta isola outro aposto. B) a primeira isola uma oração, a segunda e a terceira isolam um vocativo e a quarta isola outro vocativo. C) a primeira isola uma expressão adverbial, a segunda e a terceira isolam um aposto e a quarta isola outro aposto. D) a primeira isola uma expressão adverbial, a segunda e a terceira isolam um vocativo e a quarta isola ou- tro vocativo. Assim como para estudar música é indispensável a au- dição de peças musicais, para o estudo da compreensão e interpretação não há outro caminho, senão a leitura de obras inteiras ou fragmentos delas e de vários textos. Compreender ou interpretar um texto é ir dando conta, ao mesmo tempo, daquilo que um autor diz e de como o diz. Para que possamos compreender um texto é necessá- rio, antes de tudo, entendê-lo. Para compreender um texto, temos que: a) fazer uma leitura atenta dele; b) tentar conhecer o significado de todas as palavras e expressões nele contidas; c) fixar com precisão o que o texto diz; d) justificar o modo pelo qual o diz; e) determinar o tema (que é a essência do que nos é transmitido). Observando esses passos, poderemos, então, compreen- der bem um texto. Somente leituras frequentes proporcionam a habilidade de entender e interpretar textos, seja uma obra inteira (um romance ou conto, por exemplo) ou fragmentos (artigos de jornais, revistas etc.). A seguir, o Professor Edvaldo apresenta algumas dicas para que você possa exercitar e, com a prática, fazê-las automaticamente. Ler, ao menos, duas vezes o texto. A primeira para entender o assunto; a segunda para observar como o texto está articulado e desenvolvido. Pergunte-se “Eu li sobre o quê?” Descubra o tipo de texto ou gênero textual utilizado pelo autor: narrativo, argumentativo, expositivo, injun- tivo, epistolar etc. Qual a função da linguagem usada pelo autor? Emoti- va, poética, referencial, metalinguística, apelativa ou fática? Observar que um parágrafo em relação ao outro pode indicar uma continuação, uma conclusão ou uma falsa oposição. Circule os conectivos e procure descobrir a ideia ex- pressa em cada um. Sublinhar, em cada parágrafo, a ideia mais importante (tópico frasal). Ler com muito cuidado os enunciados das questões para entender direito a intenção do que foi pedido. Sublinhar palavras como: exceto, erro, incorreto, cor- reto etc., para não se confundir no momento de res- ponder à questão. Escrever, ao lado de cada parágrafo a ideia mais im- portante contida neles. Não levar em consideração o que o autor quis dizer, mas sim o que ele disse; escreveu. Se o enunciado mencionar tema ou ideia principal, de- ve-se examinar com atenção a introdução e/ou a con- clusão. Se o enunciado mencionar argumentação, deve preo- cupar-se com o desenvolvimento. Tomar cuidado com vocábulos relatores (os que reme- tem a outros vocábulos do texto: pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc.). Compreensão (ou Intelecção) e Interpretação de Texto Compreensão ou Intelecção de textos – consiste em ana- lisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar dados do texto. O enunciado normalmente assim se apresenta: As considerações do autor se voltam... Segundo o texto... De acordo com o texto... Tendo em vista o texto... O autor afirma ainda que... O autor aponta... Interpretação de texto – consiste em saber o que se infere (conclui) do que está escrito. O enunciado normalmente é encontrado da seguinte maneira: Depreende-se que... Infere-se que... O texto possibilita o entendimento de que... O texto encaminha o leitor para... Pretende o texto mostrar que o leitor... O texto possibilita deduzir-se que... Três ERROS comuns na análise de textos Extrapolação – é o fato de se fugir do texto. Ocorre quan- do se interpreta o que não está escrito. Muitas vezes são fatos reais, mas que não estão expressos no texto. Deve- se ater somente ao que está relatado. Redução – é o fato de se valorizar uma parte do contexto, deixando de lado a sua totalidade. Deixa-se de considerar o texto como um todo para se ater apenas à parte dele. Contradição – é o fato de se entender justamente o con- trário do que está escrito. É bom que se tome cuidado com algumas palavras, como: pode, deve, não, verbo ser, etc. Linguística Textual Para não ser enganado pela articulação do contexto, é necessário que se esteja atento à coesão e à coerência textuais. Coesão textual é o que permite a ligação entre as diversas partes de um texto. Pode-se dividir em três segmen- tos: coesão referencial, coesão sequencial e coesão recor- rencial. Coesão referencial – é a que se refere a outro elemento do mundo textual. Exemplos: “Aquela voz subindo do mar de barracas e legumes eram como a própria sirena policial, documentando, por seu uivo, a ocorrência grave, que fatalmente se estaria con- sumando ali, na claridade do dia, sem que ninguém pu- desse evitá-la.” (retomada de uma palavra gramatical. Referente "-la" = "a ocorrência grave"). “Estamos ficando velhos. Há de consolar-nos o fato de que isso não é privilégio de alguns. Estamos todos.” (re- tomada de uma frase inteira. Referente "isso" = "Estamos ficando velhos"). “Você sabe por que a televisão, a publicidade, o cinema, a Internet e os jornais defendem os músculos torneados, as vitaminas milagrosas, as modelos longilíneas e as aca- demias de ginásticas? Porque tudo isso dá dinheiro. Sabe por que ninguém fala do afeto e do respeito entre duas pessoas comuns, ainda que meio gordas, um pouco feias, que fazem piquenique na praia? Porque isso não dá di- nheiro para os negociantes, embora signifique prazer para os participantes.” (retomada de várias frases ou uma idéia. Referente "isso" = "Estamos ficando velhos"). De vocês só quero isto: dedicação. (antecipação de uma palavra gramatical "isto" = "dedicação") O professor acordou feliz naquele dia. Edvaldo foi dar aula na Faculdade Prominas. (retomada por palavra lexical "Edvaldo" = "professor"). Coesão sequencial – é feita por conectores ou operadores discursivos, isto é, palavras ou expressões responsáveis pela criação de relações semânticas (causa, condição, finalidade, etc.). São exemplos de conectores: mas, dessa forma, portanto, então, etc. Exemplos: Acontecia-lhe chorar algumas vezes por causa de um vestido que a modista não lhe fizera a gosto, ou de um baile muito desejado que se transferia; mas essas lágri- mas efêmeras que saltavam em bagas dos grandes olhos luminosos, iam nas covinhas da boca transforma-se em cascatas de risos frescos e melodiosos.. Observe-se que o vocábulo "mas" não faz referência a outro vocábulo; apenas conecta (liga) uma ideia a outra, transmitindo a ideia de compensação e oposição. Coesão recorrencial – é realizada pela repetição de vocá- bulos ou de estruturas frasais semelhantes. Exemplos: Os carros corriam, corriam, corriam. O aluno finge que lê, finge que ouve, finge que estuda. Coerênciatextual é a relação que se estabelece entre as diversas partes do texto, criando uma unidade de sentido. Está ligada ao entendimento, à possibilidade de interpre- tação daquilo que se ouve ou lê. Um fato normal é coesão textual levar à coerência; po- rém pode haver texto com a presença de elementos coe- sivos, e não apresentar coerência. Veja o texto abaixo: O ex-presidente George Bush ficou descontente com o grupo Talibã. Estes eram estudantes da escola fundamen- talista. Eles, hoje, governam o Afeganistão. Os afegãos apoiavam o líder Osama Bin Laden. Este foi aliado dos Estados Unidos quando da invasão da União Soviética ao Afeganistão. Comentário: Ninguém pode dizer que falta coesão a este parágrafo. Mas de que se trata mesmo? Do descontentamento do Presidente dos Estados Unidos? Do grupo Talibã? Do po- vo Afegão? Do Osama Bin Laden? Embora o parágrafo tenha coesão, não apresenta coerência, entendimento. Pode ainda um texto apresentar coerência, e não apresen- tar elementos coesivos. Veja o texto seguinte: Como Se Conjuga Um Empresário "Acordou. Levantou-se. Aprontou-se. Lavou-se. Barbeou- se. Enxugou-se. Perfumou-se. Lanchou. Escovou. Abra- çou. Beijou. Saiu. Entrou. Cumprimentou. Orientou. Con- trolou. Advertiu. Chegou. Desceu. Subiu. Entrou. Cumpri- mentou. Assentou-se. Preparou-se. Examinou. Leu. Con- vocou. Leu. Comentou. Interrompeu. Leu. Despachou. Conferiu. Vendeu. Vendeu. Ganhou. Ganhou. Ganhou. Lucrou. Lucrou. Lucrou. Lesou. Explorou. Escondeu. Bur- lou. Safou-se. Comprou. Vendeu. Assinou. Sacou. Deposi- tou. Depositou. Depositou. Associou-se. Vendeu-se. En- tregou. Sacou. Depositou. Despachou. Repreendeu. Sus- pendeu. Demitiu. Negou. Explorou. Desconfiou. Vigiou. Ordenou. Telefonou. Despachou. Esperou. Chegou. Ven- deu. Lucrou. Lesou. Demitiu. Convocou. Elogiou. Bolinou. Estimulou. Beijou. Convidou. Saiu. Chegou. Despiu-se. Abraçou. Deitou-se. Mexeu. Gemeu. Fungou. Babou. An- tecipou. Frustrou. Virou-se. Relaxou-se. Envergonhou-se. Presenteou. Saiu. Despiu-se. Dirigiu-se. Chegou. Beijou. Negou. Lamentou. Justificou-se. Dormiu. Roncou. So- nhou. Sobressaltou-se. Acordou. Preocupou-se. Temeu. Suou. Ansiou. Tentou. Despertou. Insistiu. Irritou-se. Te- meu. Levantou. Apanhou. Apanhou. Rasgou. Engoliu. Bebeu. Dormiu. Dormiu. Dormiu. Dormiu. Acordou. Levan- tou-se. Aprontou-se…" Comentário: O texto nos mostra o dia-a-dia de um empresário qual- quer. A estruturação textual – somente verbos – não apresenta elementos coesivos; o que se encontra são relações de sentido, isto é, o texto retrata a visão de seu autor, no caso, a de que todo empresário é calculista e desonesto. Análise De Textos De Fragmentados 1- Assinale a opção que mantém o mesmo sentido do trecho destacado a seguir. "Uma das grandes dificuldades operacionais encontradas em planos de estabilização é o conflito entre perdedores e ganhadores. Às vezes reais, outras fictícios, estes conflitos geram confrontos e polêmicas que, com frequência, podem pressionar os formuladores da política de estabilização a tomar decisões erradas e, com isto, comprometer o sucesso das estratégias antiinflacionárias." 1. Os formuladores da política de estabilização podem tomar decisões erradas se os conflitos, gerados por con- frontos e polêmicas, os pressionarem; o sucesso das estratégias antiinflacionárias fica, com isto, comprometi- do. A afirmação é falsa. 1º - Os conflitos é que geram con- frontos e polêmicas. 2º - Os confrontos e polêmicas, por sua vez, é que podem pressionar os formuladores da polí- tica de estabilização a tomar decisões erradas. 1. Estes conflitos, reais ou fictícios, geram confrontos e polêmicas que, freqüentemente, podem pressionar os formuladores da política de estabilização a tomar deci- sões erradas, sem, com isso, comprometer o sucesso das estratégias antiinflacionárias. A afirmação é falsa. "sem com isso, comprometer" não tem apoio no texto que diz justamente o contrário: 'e, com isto comprometer". 1. O sucesso das estratégias antiinflacionárias pode ficar comprometido se, pressionados por conflitos, reais ou fictícios, os formuladores da política de estabilização gerarem confrontos e polêmicas ao tomarem decisões erradas. A afirmação é falsa. 1º O sucesso das estratégias antiin- flacionárias pode ficar comprometido se os formuladores da política de estabilização tomarem decisões erradas. 2º Os formuladores da política de estabilização podem ser pressionados por confrontos e polêmicas decorrentes de conflitos. 1. Os conflitos, às vezes reais, outras fictícios, que podem pressionar os formuladores da política de estabilização a confrontos e polêmicas, comprometem o sucesso das estratégias anti-inflacionárias, se as decisões tomadas forem erradas. A afirmação é falsa. 1º Os conflitos geram confrontos e polêmicas. 2º Os confrontos e polêmicas podem pressio- nar os formuladores da política de estabilização a tomar decisões erradas. 1. O sucesso das estratégias antiinflacionárias pode ficar comprometido se os formuladores da política de estabili- zação, pressionados por confrontos e polêmicas decor- rentes de conflitos, tomarem decisões erradas. A afirmação é verdadeira. Tal paráfrase – mesma ideia do texto escrita de outra forma – atende ao sentido do texto. TIPO DE TEXTO é um esquema abstrato construído a par- tir dos modos fundamentais de estruturação que se com- binam nos textos efetivos. A elaboração de diferentes tipos textuais pode dar conta de como as estruturas lin- guísticas se organizam segundo as finalidades ou as in- tenções que se pretendem. Tipos textuais fundamentais: Narrativo; Descritivo; Argumentativo; Expositivo-explica- tivo; Injuntivo-instrucional; Dialogal-conversacional. TEXTO NARRATIVO Entende-se por texto narrativo todo o texto ou sequência em que: Haja uma representação de uma sucessão temporal de ações; Sejam realizadas certas ações por personagens; Dê sentido a esta sucessão de ações e de aconteci- mentos no tempo e no espaço. TEXTO DESCRITIVO Entende-se por texto descritivo todo texto ou sequência em que se atualiza o referente (ser humano, animal, ele- mentos da natureza, espaços e todo o tipo de fenômenos e objetos) por meio de qualificações e predicações. A descrição pode tomar a forma de texto curto (adivinha, definição dos dicionários, enumeração, tautologias) ou de sequência (a forma mais frequente). Neste caso, a função das descrições é intercalar-se entre outras sequências (narrativa, argumentativa, expositiva). TEXTO ARGUMENTATIVO Trata-se de todo texto em que predomina a existência de um problema com duas ou mais soluções possíveis e em que a confrontação das ideias e a existência de posições diferentes ou contrárias sejam possíveis, defendendo-se uma delas. Há argumentação quando se quer influenciar, convencer, persuadir fazer crer alguma coisa a alguém (individual ou coletivo). Por isso, a argumentação é uma atividade discursiva amplamente presente na vida social: na política, na publicidade, na justiça, nos discursos reli- giosos. TEXTO EXPOSITIVO-EXPLICATIVO Esta tipologia textual não tem a finalidade impressiva nem a força dinâmica próprias do texto argumentativo. A sua apresentação aparenta-se mais ao desenvolvimento descritivo, onde se expõem, definem, enumeram e expli- cam fatos e elementos de informação. TEXTO INJUNTIVO-INSTRUCIONAL Nesta tipologia textual, cabem todos os discursos que, de alguma forma, procuram alterar o comportamento atual ou futuro dos seus destinatários, por meio de instruções ou sugestões. Pertencem a esse tipo diversos gêneros de discurso: receitas; instruções de montagem; horóscopos; interdições; provérbios - slogans. TEXTO DIALOGAL-CONVERSACIONAL Manifesta-se em discursos realizados em situação, pro- duzidos na presença do(s) destinatário(s) e cuja recepção é imediata. O enunciador ancora o enunciado na situaçãode enunciação e é responsável pelos atos de fala que realiza e que podem tomar a forma de asserção, pedido, ordem, pergunta... PRATICANDO COM EDVALDO 01.Assinale a opção que identifica as características pre- sentes no gênero textual meme. A) Caráter multimodal, discurso cômico, apuro linguís- tico, suporte digital. B) Modalidade imagética, discurso satírico, linguagem coloquial, suporte analógico. C) Modalidade imagética, discurso cômico, apuro lin- guístico, suporte analógico. D) Caráter multimodal, discurso cômico, linguagem co- loquial, suporte digital. (Consulpam 2019) No meme da página pernambucana Bode Gaiato, ocorre um efeito de linguagem articulado pela predicação do verbo “esperar”. Marque a opção que traz a(s) afirma- ção(ões) verdadeira(s) a respeito do fenômeno. NA ENTREVISTA DE EMPREGO... - CITE UMA QUALIDADE SUA - EU SOU UM CABRA QUE TÁ SEMPRE PENSANDO NO FUTURO - HUM, MUITO BOM! E O QUE O SENHOR ESPERA DESSE EMPREGO? - AS FÉRIAS. I. O emprego do verbo esperar é metafórico. II. O emprego do verbo esperar é literal. III. O verbo esperar se realiza com duplo sentido, quais sejam, “ter esperança, expectativa”, quando ocorre na fala do entrevistador; e “aguardar”, quando ocorre im- plicitamente na resposta do entrevistado, “férias”. 02.No meme da página pernambucana Bode Gaiato, ocor- re um efeito de linguagem articulado pela predicação do verbo “esperar”. Marque a opção que traz a(s) afir- mação(ões) verdadeira(s) a respeito do fenômeno. A) Apenas a afirmação I é verdadeira. B) Apenas as afirmações II e III são verdadeiras. C) Apenas as afirmações I e III são verdadeiras. D) Apenas a afirmação II é verdadeira. (Imparh 2018) A honra passada a limpo Sou compulsiva, eu sei. Limpeza e arrumação. Todos os dias boto a mesa, tiro a mesa. Café, almoço, jantar. E pilhas de louças na pia, e espumas redentoras. Todos os dias entro nos quartos, desfaço camas, de- sarrumo berços, lençóis ao alto como vela. Para tudo arrumar depois, alisando colchas de crochê. Sou caprichosa, eu sei. Desce o pó sobre os móveis. Que eu colho na flanela. Escurecem-se as pratas. Que eu esfrego com a camurça. A aranha tece. Que eu enxoto. A traça rói. Que eu esmago. O cupim voa. Que eu afogo na água da tigela sob a luz. E de vassoura em punho gasto tapetes persas. Sou perseverante, eu sei. À mesa que ponho ninguém senta. Nas camas que arrumo ninguém dorme. Não há ninguém nesta casa, vazia há tanto tempo. Mas sem tarefas domésticas, como preencher de fe- minina honradez a minha vida? COLASANTI, Marina. Contos de amor rasgado. Rio de Janeiro: Rocco, 1986, p. 187. 01.Com relação à forma e ao conteúdo do texto “A honra passada limpo”, é correto afirmar que: A) o narrador não faz parte dessa história. B) o aspecto temporal do texto é bem explícito. C) ele apresenta uma sequência textual narrativa. D) ele traz uma multiplicidade de espaços nas entreli- nhas. 02.No final do texto em análise, percebe-se que, para a personagem, só lhe restava: A) ser compulsiva. B) ocupar a sua vida. C) livrar-se da sujeira. D) curar sua compulsão. 03.O uso da expressão constante do título “a limpo” esta- belece um paralelo com o teor do texto propriamente dito, porque: A) a limpeza, para ela, era sinônimo de honradez. B) a sua vida se alegrava com a limpação da casa. C) a sujeira e a desordem a transtornavam bastante. D) a personagem apresentava compulsão para a lim- peza (Imparh 2016) Leia atentamente o texto abaixo e respon- da às questões. As Ligações (Cirúrgicas) Perigosas À maneira da... cirurgia plástica Mulher linda, sensual, altamente desejável. Além disso, e evitando o "mau" uso dessas características, era devota, crente, caridosa. Por isso, um dia, Deus lhe apareceu. Ela se prostrou diante dele, maravilhada e contrita. E Deus lhe disse: "Por todas tuas virtudes morais e religiosas, jamais anuladas pelas tentações físicas, você vai viver 100 anos". Estimulada pela promessa divina, a mulher capri- chou, cada vez mais, nas suas práticas humanistas. Mas, não querendo que seu esplendor físico se distanciasse muito de suas qualidades morais, aos cinquenta anos, fez uma operação plástica. Em nome de Deus. Aos cinquenta e cinco anos, achou que devia manter os resultados posi- tivos conseguidos aos cinquenta e fez outra plástica. Outra aos sessenta. Outra aos sessenta e cinco. Um dia, aos setenta, quando ia saindo da clínica do Dr. Pitangui (catrapum!), foi atropelada por uma ambulância. Ao abrir os olhos, estava no céu. Diante de Deus! Foi insopitável a cobrança: "Mas, Senhor, meu Deus, o Senhor tinha me prometido...". E Deus, um tanto ou quanto contrafeito: "Perdão, minha filha, eu não a reconheci." MORAL: É PRECISO SER RECONHECIDA POR DEUS. NÃO BASTA SER RECONHECIDA AO CIRURGIÃO PLÁSTICO. Millôr Fernandes Adaptado de http://www2.uol.com.br/millor/fabulas/017.htm; acesso em 1º/06/16. 01.Por ter uma moral, esse texto é considerado: A) um romance. B) uma novela. C) uma fábula. D) um conto. 02.Deus decidiu conceder à mulher uma existência de cem anos, porque: A) ela era devota, crente e caridosa. B) as cirurgias a tornaram mais bonita. C) Ele a submeteu às tentações físicas da beleza. D) sua dedicação às práticas humanistas aumentou. 03.O que levou a mulher a fazer várias cirurgias plásticas? A) Ela sentia-se, a cada ano, menos bonita e infeliz. B) O presente de Deus a fez ficar extremamente vaido- sa. C) O seu espírito caridoso não era tão elevado quanto a sua vaidade. D) Ela queria que sua beleza física fosse proporcional à sua beleza moral. 04.Após o seu atropelamento, ao encontrar-se com Deus, a reação da mulher foi: A) cobrar de Deus a perda da beleza. B) ignorar a promessa feita por Deus. C) reconhecer a sua vaidade exagerada. D) reclamar de Deus a quebra da promessa. 05.Deus abreviou a vida da mulher em trinta anos em razão de: A) Ele haver querido vingar-se dela devido a sua grande vaidade. B) ela ter mudado fisicamente por conta das várias ci- rurgias. C) ela não querer mais ser devota, crente e caridosa. D) Ele não se ver obrigado a manter a promessa. (Consulpam 2015) ALIMENTO DA ALMA O comerciante André Faria, 49 anos, dono de um bar em Campinas (SP), pulou da cama às 6 da manhã, trabalhou o dia inteiro e ainda guarda disposição e bom humor para cantar baixinho enquanto prepara a terceira “quentinha” da noite. O homem miúdo, de cabelos grisalhos e olhos azuis de um brilho intenso, aguarda sua outra freguesia: há anos ele alimenta moradores de rua por sua conta própria. Com a ajuda do fiel escudeiro, Mineiro, 64 anos, André prepara uma grande panela de sopa para 10, 12 pessoas no inverno, ou distribui arroz, feijão e carne para quem passa por ali nos dias mais quentes do ano. Basta conversar alguns minutos com André para perceber que ele não faz isso para “parecer bonzinho”. “Não dá pra gen- te, que trabalha com comida, negar um prato a quem tem fome”, diz. “Tem gente que faz isso, mas não é o meu caso, pois precisa ser muito frio.” Tatiana Fávero, Correio Popular. Lançando mão de qualquer recurso com relação à lingua- gem, o texto, desde o seu título, tem como função princi- pal dar ao leitor indícios que o levem à construção de sentidos. 01.Com base nesta afirmação, que alternativa melhor justifica o título do texto? A) As pessoas, ao alimentarem o corpo, alimentam ne- cessariamente a alma. B) Quando as pessoas encontram-se alimentadas fisi- camente, sentem-se em paz consigo mesmas. C) Quando se dá um prato de comida a um necessita- do, alimenta-se, ao mesmo tempo, seu corpo e seu espírito. D) Para quem recebe, um prato de comida faz bem ao corpo, para quem dá, faz bem à alma (Imparh 2015) Leia atentamente o texto abaixo e respon- da às questões. Papa pede que celulares nãoatrapalhem conversas em família O papa Francisco pediu nesta sexta-feira (23) que os aparelhos tecnológicos, como celulares e tablets, não atrapalhem as conversas em família que, para ele, são o berço da comunicação. Em seu discurso anual pelo dia católico das comuni- cações, o pontífice afirmou que o uso dessas ferramentas pode tanto ajudar como prejudicar a comunicação entre as famílias. Ao mesmo tempo, podem ajudar as pessoas a se evitarem. “O grande desafio que enfrentamos hoje é reaprender a falar uns com os outros, não simplesmente como gerar e consumir informação”, disse. “Eles atrapalham quando se tornam uma via de escape para ouvir, se isolar, mas podem favorecer se ajudam a conversar e a dividir. Que as famílias orientem o nosso relacionamento com as tecnologias ao invés de serem guiadas por elas”, destacou. Para Francisco, o núcleo familiar é o primeiro local on- de as pessoas aprendem a comunicar e é preciso “voltar a esse momento para deixar a comunicação entre as pes- soas mais autêntica e humana”. “Em um mundo em que se gasta muito tempo em falar mal, semear a discórdia, poluir as conversas com nosso ambiente humano, a família pode ser uma escola de co- municação abençoada. E a bênção deve permanecer, inevitavelmente, acima do ódio e da violência”, ressaltou. O tema do dia da comunicação deste ano coincide com o encerramento de dois anos de discussões sobre a família que terão seu ponto alto em outubro, no Sínodo da Família, com a participação de bispos e cardeais. Dentre os assuntos que possivelmente serão debati- dos, estão o divórcio, as uniões estáveis, as crianças transgênero e a união homossexual. (http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/01/1579399. Acesso em 25/01/15.) 01.O texto em análise situa-se, predominantemente, na tipologia de base: A) narrativa. B) descritiva. C) dissertativa. D) argumentativa. 02.De acordo com o conteúdo desse texto, NÃO se pode asseverar que: A) o papel da família é importante porque é nela que as pessoas iniciam o processo de comunicação. B) o sumo pontífice não se posiciona totalmente con- tra o uso dos aparelhos tecnológicos. C) os aparelhos tecnológicos podem ser utilizados com efeitos positivos. D) as famílias não devem valer-se dos aparelhos tecno- lógicos. (Imparh 2015) Leia atentamente o texto abaixo e respon- da às questões. ESCRITA E FIXAÇÃO DE INFORMAÇÃO Com a correria do dia a dia e a tecnologia ao alcance de todos, escrever à mão tornou-se algo menos frequente. Mas pesquisadores da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, elucidaram que nem sempre o que se apresenta como mais fácil é o melhor método. Eles expli- caram que escrever aumenta a memorização das infor- mações. Estudo realizado pelo psicólogo Daniel Oppe- nheimer comprovou, por meio de um teste aplicado a es- tudantes, que após 30 minutos da apresentação de uma palestra, quando interrogados sobre o assunto abordado, os voluntários que digitaram no notebook, apesar de te- rem anotado uma grande quantidade de texto, consegui- ram assimilar bem menos as explicações do tema pro- posto – diferente do que aconteceu com o grupo que escreveu à mão. (Revista Extrafarma. 10 ed. Nov. e dez. 2014, p. 16) 01. O propósito comunicativo do texto em análise é: A) denunciar. C) informar. B) descrever. D) criticar. 02.De acordo com o texto, é incorreto afirmar que: A) obtêm-se mais informações quando se escreve. B) a quantidade de informações apreendidas pode va- riar. C) o número de informações retidas apresenta-se me- nor ao se digitar. D) a mesma quantidade de informações se pode obter ao digitar ou escrever. (Imparh 2012) Leia: “Não se irrite o leitor com esta confissão. Eu bem sei que, para titilar-lhe os nervos da fantasia, devia padecer um grande desespero, derramar algumas lágrimas, e não al- moçar. Seria romanesco; mas não seria biográfico. A rea- lidade pura é que eu almocei, como nos demais dias...”. Machado de Assis 01.No tocante ao conteúdo dessa citação, não é possível afirmar que: A) o autor ironiza a concepção do leitor sobre o que é fantasioso e romântico. B) a opinião do leitor sobre aquilo que escreveu o autor não é indiferente a este. C) a expressão da fantasia e do romantismo, para o autor, não é estereotipada. D) os adjetivos “romanesco” e “biográfico” estabele- cem uma oposição. (Imparh 2008) Texto – O Grupo Tive um dia desses um almoço alegre e melancólico. Tra- tava-se do reencontro de três ex-colegas da Faculdade Nacional de Direito. A atmosfera lembra a do livro e do filme O Grupo, menos as confidências que não fizemos. Reencontro alegre porque gostávamos umas das outras, porque a comida estava boa e tínhamos fome. Melancóli- co porque a vida trabalhara muito em nós, e ali estávamos sorridentes, firmes. E melancólico também porque ne- nhuma de nós terminara sendo advogada. Advogada, meu Deus. Era só o que me faltava, eu que me atrapalho em lidar burocraticamente com o mais simples papel. Melan- cólico porque havíamos perdido tantos anos de estudo à toa. Estudo? Só uma de nós estudava mesmo, filha de famoso jurista que era. Quanto a mim, a escolha do curso superior não passou de um erro. Eu não tinha orientação, havia lido um livro sobre penitenciárias, e pretendia ape- nas isto: reformar um dia as penitenciárias do Brasil. San Tiago Dantas uma vez disse que não resistia à curiosida- de e perguntou-me o que afinal eu fora fazer num curso de Direito. Respondi-lhe que Direito Penal me interessava. Retrucou: “Ah! Bem, logo adivinhei. Você se interessa pela parte literária do Direito. Quem é jurista mesmo gosta é de Direito Civil.” A saudade que tenho de San Tiago. Voltando ao grupo: nós nos despedimos alegres ou tristes? Não sei. Em mim, havia um certo estoicismo, em relação a ter tido uma parte de meu passado tão inútil. Ora, mas quantas outras coisas inúteis eu já havia vivido. Uma vida é curta: mas, se cortarmos os seus pedaços mortos, curtíssima fica ela. Transforma-se numa vida feita de alguns dias apenas? Bem, mas é preciso não esquecer que a parte inútil fora, na hora, vivida com tanto ardor (por Direito Penal). O que de algum modo paga a pena. Saí da casa de minha amiga para um sol de três horas da tarde, e num bairro que raramente frequento, Urca. O que mais acres- ceu a minha perdição. Estranhei tudo. E, por me estranhar, vi-me por um instante como sou. Gostei ou não? Sim- plesmente aceitei. Tomei um táxi que me deixaria em casa, e refleti sem amargura: muita coisa inútil na vida da gente serve como esse táxi: para nos transportar de um ponto útil a outro. E eu nem quis conversar com o chofer. (LISPECTOR, Clarice. A Descoberta do mundo. Rio de Ja- neiro, Rocco, 1999. P. 451) 01.Sobre o texto, é correto afirmar que se trata de A) uma mistura predominante de descrição e disserta- ção que passa a ideia de que os seres humanos de- vem ser aquilo que eles querem ser. B) uma mistura predominante de narração e descrição que apresenta a história do reencontro de três ami- gas, que teve o lado alegre e o lado triste. C) uma mistura de narração, descrição e dissertação que tem como objetivo principal caracterizar os amigos, os professores e episódios da faculdade. D) um texto puramente dissertativo, com argumentos distribuídos nos parágrafos, que passa a ideia de que os seres humanos devem ser aquilo que eles querem ser 02.É correto deduzir-se das informações do texto que A) nenhuma aluna da turma da faculdade das três amigas queria advogar. B) a filha de um famoso jurista praticou a advocacia depois de formada. C) os anos de estudo das três amigas foram muito úteis para elas. D) ser advogada para uma das três não combinava com a sua personalidade. São transtornos momentâneos para benefícios permanentes VAI DAR CERTO!ten.prof.edvaldo@bol.com.br