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Caso Concreto 13 - Trabalho II

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Caso Concreto 13
Benedito foi contratado pelo Banco Atenas S/A para trabalhar como vigilante. Trabalhou de 2ª a 6ª feira de 9h às 18h, com 1 (uma) hora de intervalo durante os 2 (dois) anos de duração do pacto laboral e nunca recebeu o pagamento de horas extras. Inconformado, ajuizou ação trabalhista postulando seu enquadramento como bancário e o pagamento das horas extras a partir da 6ª hora diária, na forma do art. 224, da CLT.
Diante do caso apresentado, responda de forma justificada:
A) Benedito deve ser enquadrado como bancário?
Não, pois de acordo a súmula 257 do TST, o vigilante contratado diretamente por banco ou por intermédio de empresas especializadas não é bancário.
B) São devidas as horas extras postuladas por Benedito?
As horas postuladas por Benedito não são devidas, pois não se equiparam a bancário, para efeito de aplicação do artigo 224 da CLT, em razão da inexistência de expressa previsão legal, considerando, ainda as diferenças estruturais e operacionais entre as instituições financeiras e as cooperativas de crédito, com base na OJ 379 da SDI-1 do TST. O cargo de Benedito não se equipara ao dos bancários, que é uma categoria diferenciada, concluindo-se que os efeitos do art. 224 da CLT não alcançam os vigilantes.
Questão Objetiva
 (Analista Judiciário – Judiciária TRT 4ª FCC 2006) Em relação aos Direitos Sociais, é correto afirmar que 
a)     a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical. 
b)     é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, salvo na mesma base territorial. 
c)      é facultativa a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho. 
d)     o aposentado filiado é inelegível, tendo, porém direito a votar nas organizações sindicais. 
e)     o empregado sindicalizado eleito a cargo de direção sindical, ainda que suplente, não pode ser dispensado, até dois anos após o final do mandato, ainda que venha a cometer falta grave nos termos da lei. 
“Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;”
A letra “B”está errada porque diz que é possível a criação de mais de um sindicato da mesma categoria na mesma base territorial. Falso! Não é o que diz o mesmo art. 8º em seu inciso II:
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
Claro que a participação do sindicato não é facultativa, mas sim obrigatória nas negociações coletivas de trabalho e o aposentado, desde que filiado, poderá não só votar, mas também ser votado a líder de sua categoria.
“8º, VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;” 
Por fim, a letra “e”está falsa por dois motivos. Primeiro que a estabilidade do líder sindical vai até um ano após o término do seu mandato (e não após dois anos como afirma a questão). Além disso, o líder sindical poderá perder o emprego, desde que seja por justa causa.
“8º, VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
Vale lembrar que a estabilidade do líder sindical também vale para o seu suplente.

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