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GERENCIAMENTO ORÇAMENTÁRIO (108)

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Livro Eletrônico
Aula 00 (Sérgio Mendes)
Execução Orçamentária e Financeira p/ TCU 2017 (Técnico de Controle Externo) Com
videoaulas
Professores: Gilmar Possati, Sérgio Mendes
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 Execução Orçamentária e Financeira p/ TCU 
Técnico Federal de Controle Externo 
Teoria e Questões Comentadas 
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AULA 0 ± PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO NA 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL: PPA, LDO E LOA 
APRESENTAÇÃO E CRONOGRAMA 
PREPARE-SE PARA O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO! 
É HORA DE REALIZAR O SEU SONHO! 
 
 
 
Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais 
(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a 
legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os 
professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe 
adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) 
 
Observação importante II: todo o conteúdo do edital estará de forma 
completa nos arquivos de textos escritos, como sempre ocorreu em todos os 
meus cursos no Estratégia Concursos. A ideia das videoaulas é possibilitar um 
melhor aprendizado para aqueles estudantes que têm mais facilidade em 
aprender com os vídeos e/ou querem ter mais uma opção para o aprendizado. 
 
Observação sobre a impressão das aulas: para quem prefere estudar por 
material impresso, sugiro que imprima nosso curso em preto e branco. Não 
prejudica em nada o seu estudo e economiza bastante tinta colorida. 
 
 
 
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SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO E CRONOGRAMA ................................................................. 1 
1. PLANO PLURIANUAL NA CF/1988 ........................................................ 23 
1.1. Entendendo o Conceito ..................................................................... 23 
1.2. Planos e Programas Nacionais, Regionais e Setoriais ................................... 27 
2. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS NA CF/1988 ..................................... 28 
2.1. Entendendo o Conceito ..................................................................... 28 
2.2. Art. 169, § 1º, da CF/1988 .................................................................. 30 
3. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL NA CF/1988 ................................................ 34 
3.1. Entendendo o Conceito ..................................................................... 34 
3.2. O Orçamento Fiscal .......................................................................... 35 
3.3. O Orçamento de Investimento das Estatais .............................................. 36 
3.4. O Orçamento da Seguridade Social ........................................................ 37 
3.5. Breves Considerações sobre a LOA na Lei 4320/1964 .................................. 40 
 .................................................................................. 42 
QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - CESPE ............................................. 45 
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................. 75 
GABARITO ............................................................................................ 87 
 
 
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Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
É com enorme satisfação que iniciamos este Curso de Execução 
Orçamentária e Financeira para Técnico Federal de Controle Externo do 
Tribunal de Contas da União ± Teoria e Questões Comentadas. 
 
 
Novos desafios! Uma espetacular equipe de professores! 
Tudo voltado para a sua almejada aprovação! 
 
 
E já começo falando do nosso curso: 
x Conteúdo atualizadíssimo de Execução Orçamentária e Financeira; 
x Teoria aliada a muita prática por meio de questões comentadas; 
x Fórum de dúvidas; 
x Resumos (mementos) ao final de cada aula; 
x Curso voltado exclusivamente para o concurso do TCU. 
x Ainda tem o meu blog: www.portaldoorcamento.com.br 
 
Com esse enfoque eu, Sérgio Mendes, começo este curso e cada vez mais 
motivado em transmitir conhecimentos a estudantes das mais diversas regiões 
deste país! Sei que muitas vezes as aulas virtuais são as únicas formas de 
acesso ao ensino de excelência que o aluno dispõe. Outros optam por este tão 
efetivo método de ensino porque conhecem a capacidade do material 
elaborado pelos Professores do Estratégia. Porém, mais importante ainda que 
um professor motivado são estudantes motivados! O aluno é sempre o centro 
do processo e é ele capaz de fazer a diferença. A razão de ser da existência do 
professor é o aluno. 
 
Voltando à aula demonstrativa, esta tem o intuito de apresentar ao estudante 
como será a metodologia de nosso curso, bem como o conhecimento do perfil 
do professor. Já adianto que gosto de elaborar as aulas buscando sempre a 
aproximação com o aluno, para que você que está lendo consiga imaginar que 
o professor está próximo, falando com você. 
 
Vou começar com minha breve apresentação: sou concursado Analista 
Legislativo da Câmara dos Deputados, em Brasília-DF; porém licenciado a 
partir de 2017 para exercer o mandato de vereador em um município de Minas 
Gerais. Fui Técnico Legislativo do Senado Federal, na área de Processo 
Legislativo, atuando no acompanhamento dos trabalhos da Comissão Mista de 
Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional. Fui Analista 
de Planejamento e Orçamento do Ministério do Planejamento, Orçamento e 
Gestão, lotado na Secretaria de Orçamento Federal (SOF), bem como instrutor 
da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) e das Semanas de 
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Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas da Escola 
de Administração Fazendária (ESAF). Especializei-me em Planejamento e 
Orçamento pela ENAP e sou pós-graduado em Orçamento Público pelo Instituto 
Serzedello Corrêa do Tribunal de Contas da União (ISC/TCU). Fiz meu primeiro 
concurso público nacional aos 17 anos, ingressando na Escola Preparatória de 
Cadetes do Exército (EsPCEx) e me graduei pela Academia Militar das Agulhas 
Negras (AMAN), concluindo meu bacharelado em Ciências Militares com ênfase 
em Intendência (Logística e Administração). Sou servidor público desde 2001 e 
professor das disciplinas Administração Financeira e Orçamentária 
(AFO)/Orçamento Público e Direito Financeiro. 
 
Fui aprovado e nomeado em grandes concursos das principais bancas 
examinadoras: ESAF (Ministério do Planejamento - 2008), FGV (Senado 
Federal - 2012) e CESPE (Câmara dos Deputados - 2012). 
 
Mas também fui reprovado em outros grandes concursos, como ESAF (CGU ± 
2008), FGV (ICMS/RJ ± 2008) e FCC (Câmara dos Deputados ± 2007). 
 
É essa ampla experiência em concursos que quero trazer para você. 
 
Estude com o curso de um dos autores adotados pelo CESPE! Veja a prova 
discursiva da ANTT sobre o tema Estágios da Receita Pública. 
 
 
 
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O Professor Vinícius Nascimento será o responsável pelo nosso fórum de 
dúvidas. Nosso objetivo é fazer um acompanhamento ainda mais próximo do 
aluno. Enquanto me dedicarei às videoaulas e as aulas escritas, o fato de 
termos um professor qualificado apenas para o fórum faz com que tenhamos a 
possibilidade de haver um acompanhamento permanente, com respostas 
elaboradas com rapidez e qualidade, o que é bem mais difícil quando o mesmo 
professor atua em todas as frentes. 
 
Passo a palavra ao Prof. Vinícius: 
 
Meus amigos concurseiros de todo o Brasil, é com muito orgulho e satisfação 
que faço minha apresentação! 
 
Meu nome é Vinícius Nascimento, sou natural de Brasília/DF, mas atualmente 
estou residindo na linda e quente capital de Roraima (para quem não conhece, 
a cidade é planejada, com boa qualidade de vida e de uma riqueza cultural 
ímpar, sem falar na possibilidade de curtir férias no Caribe, fazer a excursão 
para o Monte Roraima, cachoeiras, trilhas e etc.). 
 
Sou servidor da Polícia Federal, formado em Gestão Pública pela Universidade 
do Sul de Santa Catarina, pós-graduando em Contabilidade Pública e 
Planejamento e Orçamento Público, e graduando em Ciências Contábeis pela 
Universidade Federal de Roraima. 
 
Fui aprovado nos concursos da CAESB (2005), Escola de Sargento das Armas ± 
Exército Brasileiro (Turma de 2006/2007), Tribunal Regional do Trabalho 11ª 
Região (2012), Ministério Público da União (2013), Tribunal de Justiça de 
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Roraima, Universidade Federal de Roraima (2014) e Polícia Federal (2014). Fui 
militar do Exército por quase 8 anos, quando então fui nomeado para a UFRR e 
dois meses depois para a Polícia Federal. 
 
Minha experiência como docente iniciou em 2012 em diversos cursos 
preparatórios aqui na cidade de Boa Vista, alguns destes preparatórios 
presentes em todo o país. 
 
Foi com muito orgulho que aceitei a difícil, porém nobre missão de trabalhar 
junto com o Prof. Sérgio Mendes nessa disciplina. Teremos um contato mais 
próximo no fórum de dúvidas, o qual todos os dias estarei presente, auxiliando 
vocês nessa disciplina que cada vez mais vem fazendo parte dos editais de 
concurso público. É isso, espero vocês no nosso fórum!!! 
 
Veja um comentário de um aluno após a finalização de um recente curso do 
Estratégia Concursos: 
 
 
 
É com você prof. Sérgio Mendes! 
 
E eu já passo para o prof. Gilmar Possati 
 
Olá pessoa, tudo bem? 
 
Sou Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União, aprovado 
no concurso de 2012. Sou formado em Ciências Contábeis pela Universidade 
Federal de Santa Maria (UFSM) e especializado em Finanças Públicas pela 
Escola de Administração Fazendária (ESAF) e em Auditoria Financeira pela 
Universidade de Brasília (UnB) em convênio com o TCU. Minha carreira no 
setor público começou cedo aos 17 anos, momento em que fui aprovado no 
meu primeiro concurso público para a Escola de Sargentos das Armas (EsSA). 
Após ter me formado, logrei êxito no concurso para o Quadro Complementar 
de Oficiais ± Ciências Contábeis, da então Escola de Administração do Exército 
(EsAEx), concurso que passei em 2º lugar no âmbito nacional. Passados quase 
���DQRV�QR�([pUFLWR��³ODUJXHL�D�IDUGD´�SRU�WHU�VLGR�DSURYDGR�SDUD�$QDOLVWD�GH�
Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (AFC/CGU) em 2012. 
Nesse mesmo ano, passei em 1º lugar para Auditor de Controle Externo do 
Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) para a área 
organizacional ± Ciências Contábeis, mas acabei optando pela CGU. Em 2014 
fui aprovado no concurso para Auditor Público Externo (Contabilidade) do 
Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS). Atuo ainda como 
instrutor e tutor da ESAF. 
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Dito isso, as características principais deste curso são: 
 
¡ Conteúdo atualizadíssimo; 
¡ Teoria aliada à prática por meio de muitas questões comentadas 
do CESPE (preferencialmente); 
¡ Linguagem didática e descontraída proporcionando uma leitura 
leve e absorção efetiva do conhecimento necessário à sua 
aprovação; 
¡ Foco total naquilo que é mais exigido; 
¡ Resumo para as revisões finais; 
¡ Fórum de dúvidas; 
¡ Contato direto com o professor por e-mail: 
prof.possati@gmail.com; 
 
Assim, o curso está formatado para que possamos realizar uma excelente 
prova de AFO/Contabilidade Pública. Fique tranquilo, pois nosso curso 
proporcionará uma preparação objetiva, totalmente atualizada e focada naquilo 
que o CESPE mais exige. 
 
É com você prof. Sérgio Mendes! 
 
Vou explicar como será a divisão de cada uma de nossas aulas: 
 
Apresentação do tema (de 1 a 3 páginas): em cada aula teremos a página 
inicial, com o título da aula e com o sumário. A seguir, apresentarei algumas 
palavras de motivação (quem não gosta, basta pular) e citarei o que será 
estudado na aula. Nesta aula demonstrativa a apresentação é maior, pois é 
uma apresentação completa do curso. 
 
Corpo da aula (até 40 páginas, mas a maioria das aulas não chega a 30 
páginas exclusivas de conteúdo): será a parte principal de cada aula, em 
que abordarei todo o conteúdo previsto para aquela aula, de forma completa e 
objetiva, conforme o sumário. Será apresentada a teoria seguida de algumas 
questões de Bancas variadas de concursos, porém no formato Certo ou Errado, 
visando apenas à fixação do conteúdo. Os conteúdos mais importantes serão 
destacados por meio de mensagens e corujinhas, as quais servem para alertar 
o aluno de uma forma mais descontraída, aliando o bom humor do desenho 
com a seriedade do que vai ser destacado. 
 
Resumo do Professor (em geral são menos de 5 páginas, mas em 
assuntos mais cobrados e aulas maiores pode chegar a 8 páginas): 
também chamado de memento, será o resumo da aula, de forma a facilitar o 
estudo e a futura revisão do aluno. 
 
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Complemento do aluno (uma página): quadro para o aluno complementar 
o resumo do professor, de forma a ter alguma personalização, caso julgue 
necessário. 
 
Questões Comentadas de Concursos Anteriores (o número de páginas 
dependerá muito do assunto e da Banca examinadora): serão 
apresentadas questões de concursos anteriores, com os respectivos 
comentários e respostas, sempre que possível com foco na Banca examinadora 
do concurso ou em Bancas com estilos semelhantes (quando for um assunto 
pouco cobrado em provas ou uma Banca com poucas provas aplicadas da 
matéria). 
Dependendo da Banca e do assunto, poderemos ter muitas questões. Assim, a 
cada aula, as questões serão numeradas e organizadas das mais recentes para 
as mais antigas, bem como divididas por assunto sempre que necessário a um 
melhor aprendizado. O ideal é que você resolva (ou ao menos leia) todas as 
questões e todos os comentários, mascaso seu tempo seja insuficiente até a 
prova, com essa forma de organização você poderá resolver (ou ler) apenas as 
mais recentes, controlando o seu tempo. 
 
Lista de Questões de Concursos Anteriores (o número de páginas 
dependerá do número de questões comentadas): serão apresentadas as 
mesmas questões de concursos anteriores, sem os respectivos comentários e 
respostas, a fim de possibilitar ao aluno tentar resolvê-las sem ler os 
comentários. Para saber se acertou ou errou, poderá consultar o gabarito ao 
final. A lista também poderá ser utilizada para revisão. 
 
Gabarito (de 1 a 3 páginas, dependendo do número de questões): lista 
final, apenas relacionando o número da questão ao gabarito. 
 
Saindo da aula escrita, ainda teremos: 
 
Videoaulas: todas as aulas escritas serão acompanhadas das respectivas 
videoaulas, apesar do conteúdo completo já constar da parte escrita. Se 
permanecer com dúvidas após a leitura ou está cansado demais para ler sem 
dormir, parta para as videoaulas. 
 
Fórum de dúvidas: o Prof. Vinícius Nascimento responderá o fórum de 
dúvidas. O fórum demanda muito tempo do professor e o aluno merece ter 
uma resposta paciente, rápida e de qualidade. Enquanto eu me dedico a tudo 
que você leu até agora (veja que já é muita coisa!), o Prof. Vinícius, também 
grande conhecedor da matéria e de concursos, ficará responsável pelo fórum. 
 
Pessoal, o objetivo do nosso curso é que ele seja suficientemente completo 
para a sua aprovação. 
 
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Teoria Completa + Questões Comentadas + Resumos + Videoaulas + Fórum de Dúvidas 
 
Eu acredito no que faço e na metodologia dos cursos que elaboro, mas a 
certeza que estamos no caminho certo aparece quando recebo avaliações de 
cursos como a que se segue: 
 
 
 
Alguns alunos podem achar o curso caro, mas este curso substitui: 
_ um livro teórico (ou mais, pois muitas vezes há tantos conteúdos misturados 
que são necessários vários livros e você ainda corre o risco de estudar algo a 
mais e perder tempo ou algo a menos e não cobrir o edital); 
_ uma assinatura de um site de questões (e ainda teria o trabalho de procurar 
e organizar as questões, além de nem sempre possuir todas as questões 
comentadas); 
_ um pacote de videoaulas (um bom curso de videoaulas sozinho costuma ser 
mais caro que o nosso curso) ou um pacote de aulas presenciais (este então é 
caríssimo, e ainda podemos somar os gastos acessórios com transporte e 
alimentação fora de casa, sem contar o tempo perdido). 
 
Sendo muito otimista e calculando pra baixo, você gastaria um mínimo de 
R$500,00 só para estudar nossa matéria e ter o mesmo efeito do nosso curso, 
e ainda há todos os contras que apresentei, como a necessidade de você 
organizar o material e a perda de tempo. 
 
A ideia do nosso curso é suprir tudo acima. E vamos conseguir, pois eu 
vou organizar tudo SDUD�YRFr�H�OKH�HQWUHJDU�³PDVWLJDGR´��EDVWD�ID]HU�D�
sua parte e estudar. 
 
Pessoal, valorize o trabalho do professor. Se você 
comprou no site do Estratégia Concursos, agradeço a sua lealdade comigo e 
nem precisa ler o restante do parágrafo. Se você não comprou, sei que sabe 
que a pirataria é crime, mas quero focar é na sua consciência e não no medo. 
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Será que vale a pena para quem almeja ser servidor público já começar 
errado? Quando alguém compra de um pirata ou de uma rateio (não existe 
rateio legal, o pirata compra um curso e vende para centenas de pessoas, 
auferindo um lucro exorbitante, e o próximo crime vai ser lavagem de dinheiro 
e ocultação de bens, não ache que ele é um bonzinho que está lhe ajudando, 
porque ele não está), o professor nada recebe (muitos professores chegam a 
desistir de ministrar aulas nesse formato, pois por mais vocacionado que seja, 
tem que valer a pena muitas vezes abdicar de um maior convívio familiar); o 
Estratégia nada recebe (nesse caso nem falo dos sócios, que como quaisquer 
empresários honestos e dedicados merecem ser remunerados, mas sim falo 
das famílias de todos os colaboradores diretos ou indiretos que dependem da 
empresa); a população nada recebe, já que o Estratégia é uma empresa 
formalizada que paga uma alta carga tributária (e se você está com raiva do 
Estado por causa do crime de corrupção, não se rebaixe cometendo outro 
crime, bem como se lembre que são esses tributos que garantem o pagamento 
dos servidores e os investimentos necessários em saúde, educação e para o 
desenvolvimento do país); e, finalmente, caso não tenha ficado sensibilizado, 
pode ser que o comprador nada receba, pois o pirata pode pegar o dinheiro e 
não entregar nada ou entregar materiais incompletos faltando vários PDFs e 
sem videoaulas (ou com videoaulas incompletas). De qualquer forma, ainda dá 
tempo de adquirir o curso no site do Estratégia Concursos e entrar para o time 
que realmente quer um país melhor, como eu.- 
 
É para você, que comprou o curso dentro da lei, que farei tudo que 
estiver a meu alcance para que só dependa de você a almejada 
aprovação! Quero que você tenha a mesma satisfação dos alunos dos 
demais cursos que ministrei até hoje, como por exemplo1: 
 
 
 
 
 
 
1
 A diferença entre o total de avaliações que aparece no canto superior esquerdo e o número de avaliações dentro da 
pesquisa ocorre porque o aluno não é obrigado a responder a todas as perguntas (aliás, nem a avaliação é obrigatória). 
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Minha proposta é facilitar o seu trabalho e reunir tudo em um único curso. Não 
exigirá nenhum conhecimento prévio, ou seja, se você nunca estudou ou está 
iniciando seus estudos em nossa matéria fique tranquilo, pois nosso curso 
atenderá perfeitamente a suas necessidades. Se você já estudou os temas, o 
curso também será adequado para você, pois terá a oportunidade de revisar e 
aprofundar na teoria, bem como praticar com uma grande quantidade de 
exercícios comentados. 
 
Se você nunca estudou a matéria (ou se já estudou, mas por algum motivo 
não aprendeu de forma satisfatória) saiba que são os temas menos 
complicados dos editais. Muita gente acha que são necessários cálculos 
complexos ou lançamentos contábeis complicados, mas não há nada disso. As 
poucas vezes em que houver números, as somas são simples e vão exigir é 
que você tenha conhecimento dos conceitos envolvidos. Quanto aos 
lançamentos contábeis, não são estudados na nossa matéria e sim em 
Contabilidade Pública ³SXUD´. 
 
Antigamente eu aceitava você falar que alguns pontos da matéria eram um 
pouquinho chatos (rsrs), mas hoje não! Nossa matéria está na mídia e 
Orçamento é o assunto do momento, percorrendo os noticiários, com assuntos 
como lei orçamentária anual, lei de diretrizes orçamentárias, lei de 
responsabilidade fiscal, metas fiscais, créditos adicionais, vinculação de 
receitas, julgamento de contas, despesas públicas, renúncias de receitas, 
decreto de contingenciamento, corte de despesas, pedaladas fiscais, etc. Claro 
que só iremos estudar o que está no edital! 
 
Veja alguns comentários sobreo aprendizado após os cursos: 
 
 
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 Execução Orçamentária e Financeira p/ TCU 
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Ah, pessoal, também recebo sugestões e críticas (ainda bem que em menor 
número), mas o tratamento daquelas pertinentes é imediato, já que 
imediatamente procedo às melhorias. Assim, este curso já é oriundo de 
oportunidades de melhorias resultantes de críticas anteriores. Por exemplo, 
percebi que já não conseguia ser tão atencioso no fórum e, assim, fiz uma 
parceria com um professor altamente qualificado somente para cuidar do 
fórum. Logo, já não faz sentido eu colocar aqui uma crítica sobre respostas do 
fórum, pois ela foi solucionada. 
 
E quanto ao seu concurso? Quer estar bem preparado para o concurso do 
TCU? 
 
Este é o conteúdo do nosso último edital: 
 
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA: 1 Programação, execução e 
controle de recursos orçamentários e financeiros. 1.1 Empenho, Liquidação e 
pagamento da despesa. 1.2 Guia de Recolhimento da União (GRU). 1.3 
Controle e pagamento de restos a pagar e de despesas de exercícios 
anteriores. 1.4 Suprimento de fundos. 1.5 Conformidade diária e documental. 
1.6 Rol de responsáveis. 2 Retenção e recolhimento de tributos incidentes 
sobre bens e serviços. 3 Noções de SIAFI e CPR ± Contas a Pagar e a Receber. 
4 Manual de Contabilidade do Setor Público, 6ª Ed. (Portaria Conjunta 
STN/SOF nº 1 de 10/12/2014). 5 Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei 
Complementar nº 101/2000). 
 
 
Buscando ser o mais completo e objetivo possível, serão 20 aulas (0 a 19), 
desenvolvidas da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
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AULA CONTEÚDO 
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Aula 0 
PDF + videoaula 
1 Programação, execução e controle de recursos orçamentários 
e financeiros (os instrumentos); 
Aula 1 
PDF + videoaula 
1 Programação, execução e controle de recursos orçamentários 
e financeiros (o ciclo). 
Aula 2 
PDF + videoaula 
1.1 Empenho, Liquidação e pagamento da despesa. 
Aula 3 
PDF + videoaula 
1.3 Controle e pagamento de restos a pagar e de despesas de 
exercícios anteriores. 1.4 Suprimento de fundos. 
Aula 4 
PDF + videoaula 
1 Programação, execução e controle de recursos orçamentários 
e financeiros (o processo de descentralização). 
Aula 5 
PDF + videoaula 
LRF Parte I: Introdução à LRF; Efeitos no Planejamento e no 
Orçamento: PPA, LDO e LOA. 
Aula 6 
PDF + videoaula 
LRF Parte II: Geração de Despesa; Despesa Obrigatória de 
Caráter Continuado. Receita Corrente Líquida; Despesas com 
Pessoal. 
Aula 7 
PDF + videoaula 
LRF Parte III: Execução Orçamentária e Cumprimento de 
Metas; Receita Pública; Transparência e Fiscalização; Relatórios; 
Escrituração, Consolidação e Prestação das Contas; Gestão 
Patrimonial; Transferências Voluntárias e Destinação de 
Recursos Públicos para o Setor Privado. 
Aula 8 
PDF + videoaula 
LRF Parte IV: Dívida Pública; Operações de Créditos; 
Vedações; Banco Central do Brasil; Garantia e Contragarantia; 
Regra de Ouro; Restos a Pagar na LRF. 
Prof. Gilmar Possati 
Aula 9 
PDF + videoaula 
Contabilidade pública: campo de aplicação, objeto e objetivos. 
Aula 10 
PDF + videoaula 
MCASP (7ª ed.): Procedimentos Contábeis Patrimoniais (I) 
Aula 11 
PDF + videoaula 
MCASP (7ª ed.): Procedimentos Contábeis Patrimoniais (II) 
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Aula 12 
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MCASP (7ª ed.): Plano de Contas Aplicado ao Setor Público. 
Aula 13 
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Balanço Orçamentário. 
Aula 14 
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Balanço Financeiro. 
Aula 15 
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Balanço Patrimonial. 
Aula 16 
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Demonstração das Variações Patrimoniais. 
Aula 17 
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Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido e Notas Explicativas. 
Aula 18 
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MCASP (7ª ed.): Procedimentos Contábeis Específicos. 
Aula 19 
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Guia de Recolhimento da União (GRU). Conformidade diária e 
documental. Rol de responsáveis. Noções de SIAFI e CPR ± 
Contas a Pagar e a Receber. 
 
Pergunta frequente do aluno: são muitas aulas, será que vai dar 
tempo? 
 
É só impressão de que a nossa matéria é muito maior que as demais. Cada 
professor tem uma maneira de dividir o conteúdo de forma a torná-lo mais 
didático. Isso vai variar de acordo com a matéria a ser estudada e com o estilo 
do professor. Eu gosto de dividir o conteúdo em várias aulas, porém mais 
curtas. Perceba que na nossa divisão de aulas, a média de conteúdo teórico é 
de apenas 30 páginas por aula. Se eu optasse por fazer aulas de 60 páginas de 
teoria (ou seja, juntando duas aulas em uma), teríamos a metade do número 
de aulas, mas a mesma quantidade de páginas. Entretanto, considero que fica 
mais cansativo para o aluno e prefiro que o você se assuste com uma 
quantidade grande de aulas, mas que o estuda flua com mais facilidade. 
 
Outra pergunta frequente: são muitas questões comentadas, será que 
terei tempo de resolver todas? 
 
Aqui realmente o número de questões pode ser grande, pois não economizo no 
número de questões comentadas. Se em alguma aula houver poucas questões, 
é porque realmente o assunto não é tão cobrado pela Banca examinadora. Não 
posso garantir que conseguirá resolver todas em tempo hábil, pois dependerá 
do seu tempo diário de estudo e da sua facilidade de assimilação do conteúdo. 
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Entretanto, como já mencionei na explicação da divisão das aulas, as questões 
são numeradas e organizadas das mais recentes para as mais antigas, bem 
como divididas por assunto sempre que necessário a um melhor aprendizado. 
O ideal é que você resolva ou ao menos leia todas as questões e todos os 
comentários (para quem tem bastante tempo ou está estudando para o médio 
ou longo prazo), mas caso seu tempo seja reduzido até a prova, com essa 
forma de organização você pode resolver ou ler apenas as mais recentes, 
controlando o seu tempo. 
 
Prosseguindo: 
 
 
 
 
Questões do CESPE 
No corpo do texto utilizaremos questões recentes de 
diversas Bancas no formato CESPE (certo ou errado) 
para a fixação do conteúdo. Serão sempre questões 
recentes, de forma que você tenha uma aplicação 
direta do conteúdo estudado. 
 
No final da aula teremos um grande número de 
questões do CESPE, numeradas e organizadas das 
mais recentes para as mais antigas, bem como 
divididas por assunto sempre que necessário a um 
melhor aprendizado. 
 
9RFr�HVWDUi�³DILDGR´�SDUD�D�SURYD� Pode confiar! 
 
As aulas serão focadas exclusivamente no edital para o TCU e tenho certeza 
que com esforço e dedicação alcançará seu objetivo. Mesmo assim, gostaria de 
dar uma recomendação: estude com afinco nossas aulas que nossa matéria 
está caindo de forma impressionante nos concursos. Não será uma matéria 
que vocêaproveitará só para essa batalha, pois lhe habilitará para novos voos 
caso opte por outros horizontes que podem ser tão interessantes em diversos 
concursos pelo Brasil. 
 
Agora eu que pergunto? Em que degrau você está? 
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Não tenho dúvidas que se está lendo esta aula, está no mínimo no degrau 
³&RPR� HX� IDoR´� RX� QR� ³(X� YRX� WHQWDU� ID]HU´�� 5HSDUH� TXH� Mi� p� D� PHWDGH� GD�
escada! E talvez já seja a metade mais difícil! 
 
Como motivação, separei algumas frases: 
 
"A transformação pessoal requer substituição de velhos hábitos por novos." 
(W.A Peterson) 
 
"A única coisa que se coloca entre um homem e o que ele quer na vida é 
normalmente meramente a vontade de tentar e a fé para acreditar que aquilo 
p�SRVVtYHO´���5LFKDUG�0��'HYRV� 
 
"Consulte não a seus medos mas a suas esperanças e sonhos. Pense não sobre 
suas frustrações, mas sobre seu potencial não usado. Preocupe-se não com o 
que você tentou e falhou, mas com aquilo que ainda é possível a você fazer." 
(Papa João XXIII) 
 
"Duas coisas que aprendi são que você é tão poderoso e forte quanto você se 
permite ser, e que a parte mais difícil de qualquer empreendimento é dar o 
primeiro passo, tomar a primeira decisão." (Robyn Davidson) 
 
"Entusiasmo é a inspiração de qualquer coisa importante. Sem ele, nenhum 
homem deve ser temido; e com ele, nenhum homem deve ser desprezado." 
(Christian Nevell Bovee) 
 
"Grandes resultados requerem grandes ambições." (Heráclito) 
 
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Mais motivação? Veja esta foto de uma agitada Sessão Conjunta do Congresso 
Nacional. Estou em pé na frente da bandeira do Brasil, ao lado da Mesa do 
Congresso Nacional. Veremos na próxima aula que as votações dos projetos 
dos instrumentos de planejamento e orçamento ocorrem no plenário do 
Congresso Nacional, em sessão conjunta. 
 
 
Fonte: site da Câmara dos Deputados 
 
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Acesse: 
http://www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorProfessor/sergio-mendes-3000/ 
 
 
Mas antes, vamos compreender o que nossa matéria estuda? 
 
O estudo de Administração Financeira e Orçamentária (AFO)/Orçamento 
Público está relacionado ao estudo do Direito Financeiro. 
 
O Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que disciplina a atividade 
financeira do estado. Assim, abrange a receita pública (obtenção de recursos), 
o crédito público (criação de recursos), o orçamento público (gestão de 
recursos) e a despesa pública (dispêndio de recursos). 
 
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No estudo dos ramos do Direito, o Direito Financeiro pertence ao Direito 
Público, sendo um ramo cientificamente autônomo em relação aos demais 
ramos. A própria Constituição Federal assegura tal autonomia: 
³$UW�� ���� &RPSHWH� j� 8QLmR�� DRV� (VWDGRV� H� DR� 'LVWULWR� )HGHUDO� OHJLVODU�
concorrentemente sobre: 
I ± direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
II ± orçamento; 
������´ 
 
O estudo de AFO engloba o Direito Financeiro com um enfoque administrativo. 
Dessa forma, pode-se definir a Administração Financeira e Orçamentária como 
a disciplina que estuda a atividade financeira do estado e sua aplicação na 
Administração Pública, bem como os atos que potencialmente poderão afetar o 
patrimônio do Estado. O estudo de AFO visa assegurar a execução das funções 
do Estado, contribuindo para aprimorar o planejamento, a organização, a 
direção, o controle e a tomada de decisões dos gestores públicos em cada uma 
dessas fases. 
 
Por ter sido Analista de Planejamento e Orçamento do Ministério do 
Planejamento e no Senado Federal ter atuado no acompanhamento dos 
trabalhos da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do 
Congresso Nacional, tentarei aliar a teoria a exemplos práticos, para facilitar a 
compreensão do conteúdo. Mas saiba que de alguma forma todos nós já temos 
uma noção intuitiva do que seja orçamento, chave de nossa matéria. Por 
exemplo, sua renda familiar mensal (receita) deve ser igual ou superior aos 
seus gastos no mesmo período (despesas). Caso isso não ocorra, você terá 
que financiar seus gastos de outra forma, normalmente por meio de 
empréstimos (operações de crédito), vendendo algum bem (alienação de bens) 
ou utilizando suas possíveis economias (reservas). 
 
A diferença é que o Orçamento Público segue diversas regras, 
consubstanciadas na legislação que rege nossa matéria. Ao contrário da 
administração de uma família, o gestor público não é o dono do que ele 
administra, que pertence ao povo. Logo, apesar de existir uma parcela de 
discricionariedade, ele fica limitado a seguir princípios e regras gerais para 
elaborar instrumentos de planejamento e orçamento, realizar receitas e 
executar despesas públicas, gerar endividamento, pagar pessoal, realizar 
transferências etc. 
 
Alguns conceitos de Orçamento público: 
 
Segundo Aliomar Baleeiro, o orçamento público é o ato pelo qual o Poder 
Executivo prevê e o Poder Legislativo autoriza, por certo período de tempo, a 
execução das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e 
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outros fins adotados pela política econômica ou geral do País, assim como a 
arrecadação das receitas já criadas em lei. 
 
Consoante Giacomoni, de acordo com o modelo de integração entre 
planejamento e orçamento, o orçamento anual constitui-se em instrumento, de 
curto prazo, que operacionaliza os programas setoriais e regionais de médio 
prazo, os quais, por sua vez, cumprem o marco fixado pelos planos nacionais 
em que estão definidos os grandes objetivos e metas, os projetos estratégicos 
e as políticas básicas. 
 
De acordo com Abrúcio e Loureiro�� ³R� RUoDPHQWR� p� XP� LQVWUXPHQWR�
fundamental de governo, seu principal documento de políticas públicas. 
Através dele os governantes selecionam prioridades, decidindo como gastar os 
recursos extraídos da sociedade e como distribuí-los entre diferentes grupos 
sociais, conforme seu peso ou força política. Portanto, nas decisões 
orçamentárias os problemas centrais de uma ordem democrática como 
representação e accountability estão presentes. (...) A Constituição de 1988 
trouxe inegável avanço na estrutura institucional que organiza o processo 
orçamentário brasileiro. Ela não só introduziu o processo de planejamento no 
ciclo orçamentário, medida tecnicamente importante, mas, sobretudo, reforçou 
R�3RGHU�/HJLVODWLYR´� 
 
 
 
 
 
Agora vamos estudar a matéria desta nossa aula inaugural! 
 
 
Este é um dos volumes do Projeto de Lei 
Orçamentária Anual, fotografado por mim 
no momento em que foi recebido no 
Congresso Nacional. 
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Nesta aula estudaremos os instrumentos de planejamento e orçamento da 
Constituição Federal. O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) são as leis que 
regulam o planejamento e o orçamento dos entes públicos federal, estaduais e 
municipais. No âmbito de cada ente, essas leis constituem etapas distintas, 
porém integradas, de forma que permitam um planejamento estrutural das 
ações governamentais. 
 
1D� VHomR� GHQRPLQDGD� ³'RV� 2UoDPHQWRV´� QD� &RQVWLWXLomR� )HGHUDO� GH� �����
(CF/1988) vemos essa integração, por meio da definição dos instrumentos de 
planejamento PPA, LDO e LOA, os quais são de iniciativa do Poder Executivo. 
 
Segundo o art. 165 da CF/1988: 
³$UW�������/HLV�GH�LQLFLDWLYD�GR�3RGHU�([HFXWLYR�HVWDEHOHFHUmR� 
I ± o plano plurianual; 
II ± as diretrizes orçamentárias; 
III ± RV�RUoDPHQWRV�DQXDLV´� 
 
A Constituição Federal de 1988 recuperou a figura do planejamento na 
Administração Pública brasileira, com a integração entre plano e orçamento por 
meio da criação do Plano Plurianual e da Lei de Diretrizes Orçamentárias. O 
PPA, assim como a LDO, é uma inovação da CF/1988. Antes do PPA e da 
CF/1988, existiam outros precários instrumentos de planejamento, como o 
Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI), com três anos de duração, o 
qual não se confunde com o PPA, que possui quatro anos de duração. 
 
O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal 
que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas 
da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
 
A LDO surgiu almejando ser o elo entre o planejamento mais próximo do 
estratégico (PPA) e o planejamento operacional (LOA). Sua relevância reside 
no fato de ter conseguido diminuir a distância entre o plano e as LOAs, as 
quais dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos 
existentes antes da CF/1988. 
 
A LOA é um instrumento que expressa a alocação de recursos públicos, sendo 
operacionalizada por meio de diversas ações. É o orçamento propriamente 
dito. 
 
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Antes da atual Carta Magna, existiam outros precários 
instrumentos de planejamento, mas eles não têm 
relação com o Plano Plurianual. O PPA é inovação da 
atual Constituição! O PPA substituiu os Orçamentos 
Plurianuais de Investimentos, estendendo-lhes a vigência 
em um exercício financeiro. 
 
De acordo com o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei relativos ao plano 
plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos 
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na 
forma do regimento comum. Ou seja, devem ser analisados e votados pelo 
Poder Legislativo. 
 
 
(CESPE ± Agente Administrativo - DPU ± 2016) As diretrizes 
orçamentárias são estabelecidas por leis de iniciativa do Poder 
Executivo. 
 
Segundo o art. 165 da CF/1988: 
³$UW�������/HLV�GH�LQLFLDWLYD do Poder Executivo estabelecerão: 
I ± o plano plurianual; 
II ± as diretrizes orçamentárias; 
III ± RV�RUoDPHQWRV�DQXDLV´� 
 
Resposta: Certa 
 
(CESPE ± Agente Administrativo - DPU ± 2016) O PPA e a LDO devem 
ser aprovados pelo Poder Legislativo. 
 
De acordo com o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei relativos ao plano 
plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos 
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma 
do regimento comum. Ou seja, devem ser analisados e votados pelo Poder 
Legislativo. 
Resposta: Certa 
 
(ESAF ± EPPGG ± Ministério do Planejamento ± 2013) A LOA, ao 
identificar no PPA as ações que receberão prioridade no exercício 
seguinte, torna-se o elo entre o PPA, que funciona como um plano de 
médio prazo do governo. 
 
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A LDO, ao identificar no PPA as ações que receberão prioridade no exercício 
seguinte, torna-se o elo entre o PPA, que funciona como um plano de médio 
prazo do governo. 
Resposta: Errada 
 
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1. PLANO PLURIANUAL NA CF/1988 
 
1.1. Entendendo o Conceito 
 
O Plano Plurianual ± PPA é o instrumento de planejamento do Governo Federal 
que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da 
Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Retrata, 
em visão macro, as intenções do gestor público para um período de quatro 
anos, podendo ser revisado, durante sua vigência, por meio de inclusão, 
exclusão ou alteração de programas. 
 
Segundo o art. 165 da CF/1988: 
³†� �ž� $� OHL� TXH� LQVWLWXLU� R� SODQR� SOXULDQXDO� HVWDEHOHFHUi�� GH� IRUPD�
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal 
para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de GXUDomR�FRQWLQXDGD´� 
 
O PPA deve ser elaborado de forma regionalizada. Um grande desafio do 
planejamento é promover, de maneira integrada, oportunidades de 
investimentos que sejam definidas a partir das realidades regionais e locais, 
levando a um desenvolvimento mais equilibrado entre as diversas regiões do 
País. O desenvolvimento do Brasil tem sido territorialmente desigual. As 
diversas regiões brasileiras não possuem as mesmas condições para fazer 
frente às transformações socioeconômicas em curso, especialmente aquelas 
associadas ao processo de inserção do País na economia mundial. Tais 
mudanças são estruturais e demandam um amplo horizonte de tempo e 
perseverança para se concretizarem, motivo pelo qual devem ser tratadas na 
perspectiva do planejamento de longo prazo. O papel do Plano Plurianual nesse 
contexto é o de implementar o necessário elo entre o planejamento de longo 
prazo e os orçamentos anuais. O planejamento de longo prazo encontra, 
assim, nos sucessivos planos plurianuais (médio prazo), as condições para sua 
materialização. Com isso, o planejamento constitui-se em instrumento de 
coordenação e busca de sinergias entre as ações do Governo Federal e os 
demais entes federados e entre a esfera pública e a iniciativa privada. 
 
As diretrizes são normas gerais, amplas, estratégicas, que mostram o 
caminho a ser seguido na gestão dos recursos pelos próximos quatros anos. 
 
Os objetivos correspondem ao que será perseguido com maior ênfase pelo 
Governo Federal no período do Plano para que, a longo prazo, a visão 
estabelecida se concretize. O objetivo expressa o que deve ser feito, refletindo 
as situações a serem alteradas pela implementação de um conjunto de 
iniciativas, com desdobramento no território. 
 
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As metas são medidas do alcance do objetivo, podendo ser de natureza 
quantitativa ou qualitativa, a depender das especificidades de cada caso. 
Quando qualitativa, a meta também deverá ser passível de avaliação. Cada 
objetivo deverá ter uma ou mais metas associadas. 
 
As despesas de capital são aquelas que contribuem, diretamente, para a 
formação ou aquisição de um bem de capital, como, por exemplo, a 
SDYLPHQWDomR� GH� XPD� URGRYLD�� 2� WHUPR� ³H� RXWUDV� GHODV� GHFRUUHQWHV´� VH�
relaciona às despesas correntes que esta mesma despesa de capital irá gerar 
após sua realização, mas ainda dentro do período de vigência do plano 
plurianual. Despesas correntes são as que não contribuem, diretamente, para 
a formação ou aquisição de um bem de capital, como as despesas com 
pessoal, encargos sociais, custeio, manutenção etc. Neste mesmo exemplo, 
após a pavimentação da rodovia, ocorrerão diversos gastos com sua 
manutenção, ou seja, gastos decorrentes da despesa de capital pavimentação 
da rodovia. Assim, tanto a pavimentação da rodovia (despesa de capital) 
quanto o custeio com sua manutenção durante a vigência do Plano Plurianual 
(despesa corrente relacionada à de capital) deverão estar previstos no referido 
Plano. 
 
O conceito de programas de duração continuada é o mais divergente na 
CF/1988 quando falamos de Plano Plurianual. Retirando-se os programas 
governamentais que tem prazo de conclusão, os quais são denominados de 
investimentos, qualquer outra ação poderia ser considerada de duração 
continuada. Na prática, há uma interpretação restritiva para que sejam 
consideradas apenas ações finalísticas, ou seja, para que o PPA não perca sua 
finalidade de instrumento de planejamento, não se obriga a presença de todos 
os programas de duração continuada, como aqueles relacionados às 
atividades-meio da Administração Pública. 
 
Quanto aos investimentos, determina o art. 167 da CF/1988: 
³†��ž�1HQKXP�LQYHVWLPHQWR�FXMD�H[HFXomR�XOWUDSDVVH�XP�H[HUFtFLR� ILQDQFHLUR�
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que 
DXWRUL]H�D�LQFOXVmR��VRE�SHQD�GH�FULPH�GH�UHVSRQVDELOLGDGH´� 
 
Atenção: investimento, na linguagem do dia a dia, refere-se normalmente a 
uma aplicação ou aquisição que proporciona algum retorno financeiro. 
Exemplo: ações na bolsa de valores. Na linguagem orçamentária, 
portanto em todo o nosso conteúdo, é diferente: investimentos são 
despesas com softwares e com o planejamento e a execução de obras, 
inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização 
destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material 
permanente. Exemplo: construção de um prédio público. 
 
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Na esfera federal, os prazos para o ciclo orçamentário estão no Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) e estarão em vigor enquanto 
não for editada a lei complementar prevista na CF/1988, a qual deve versar 
sobre o tema. 
 
Segundo o ADCT, a vigência do PPA é de quatro anos, iniciando-se no segundo 
exercício financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando no 
primeiro exercício financeiro do mandato subsequente. Ele deve ser 
encaminhado do Executivo ao Legislativo até quatro meses antes do 
encerramento do primeiro exercício, ou seja, até 31 de agosto. A devolução ao 
Executivo deve ser feita até o encerramento do segundo período da sessão 
legislativa (22 de dezembro) do exercício em que foi encaminhado. 
 
O PPA não se confunde 
com o mandato do chefe 
do Executivo. 
O PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entra 
em vigor no segundo ano. A partir daí, tem sua vigência 
até o final do primeiro ano do mandato seguinte. A ideia 
é manter a continuidade dos programas. Repare que um 
chefe do executivo (presidente, por exemplo) pode 
governar durante todo o seu primeiro PPA, desde que 
seja reeleito. Porém, como vimos, será o mesmo 
governante em mandatos diferentes. 
 
Em nosso estudo, a referência é a CF/1988, por isso sempre trataremos dos 
instrumentos de planejamento e orçamento na esfera federal. No entanto, 
assim como a União, cada estado, cada município e o Distrito Federal também 
têm seus próprios PPAs, LDOs e LOAs. A iniciativa será sempre do Poder 
Executivo de cada ente. 
 
 Plano Plurianual 
Estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) 
da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser 
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a 
inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
Assim como a LDO, é inovação da CF/1988. 
 
O programa é o instrumento de organização da ação governamental visando à 
concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores 
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estabelecidos no plano plurianual. No PPA federal 2016-2019 são divididos em 
Programas Temáticos e de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado. 
 
 
(CESPE ± Auditor - Conselheiro Substituto ± TCE/PR ± 2016) Sob pena 
de ser considerado inválido, o decreto que estabelece o PPA não pode 
deixar de especificar, de forma regionalizada, as metas e as 
prioridades do governo para os quatro anos seguintes à sua 
aprovação, relativamente às despesas de capital e outras delas 
decorrentes, e também as despesas de duração continuada. 
 
A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as 
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as 
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada (art. 165, §1º, da CF/1988). Assim, o PPA 
deve ser instituído por lei e não pode ser estabelecido por decreto. 
Resposta: Errada 
 
(FCC ± Analista do Tesouro Estadual ± SEFAZ/PI ± 2015) Os 
orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento nas 
empresas estatais, no âmbito municipal, são de iniciativa da Câmara 
Municipal. 
 
A iniciativa da LOA (composta pelos orçamentos fiscal, da seguridade social e 
de investimento nas empresas estatais) no âmbito de qualquer ente é do 
Poder Executivo. 
Resposta: Errada 
 
(ESAF ± EPPGG ± Ministério do Planejamento ± 2013) Cabe à LDO 
estabelecer as diretrizes, objetivos e metas de médio prazo da 
administração pública. 
 
Cabe ao PPA estabelecer as diretrizes, objetivos e metas de médio prazo da 
administração pública. 
Resposta: Errada 
 
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1.2. Planos e Programas Nacionais, Regionais e Setoriais 
 
A Constituição Federal, em seu art. 165, determina que: 
³†��ž�2V�SODQRV�H�SURJUDPDV�QDFLRQDLV�� UHJLRQDLV� H� VHWRULDLV� SUHYLVWRV�QHVWD�
Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e 
DSUHFLDGRV�SHOR�&RQJUHVVR�1DFLRQDO´� 
 
O PPA é adotado como referência para os demais planos e programas 
nacionais, regionais e setoriais previstos na ConstituiçãoFederal. A 
regionalização prevista na CF/1988 considera, na formulação, na 
apresentação, na implantação e na avaliação do Plano Plurianual, as diferenças 
e desigualdades existentes no território brasileiro. 
 
O significado de planos e programas nacionais, regionais e setoriais de 
desenvolvimento não é o mesmo dos programas da estrutura programática, 
(estudado em Classificações da Despesa Pública). Os programas nacionais, 
regionais e setoriais muitas vezes têm duração superior ao PPA, porque são de 
longo prazo, como o Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/2014 ± PNE 
2014-2024), cuja duração é de 10 anos. 
 
 
Em tese (ou seja, de acordo com a CF/1988 e com a sua prova), tais planos e 
programas, ainda que de duração superior, devem ser elaborados em 
consonância com o PPA, de duração inferior. Na prática (dito em outras 
palavras, DSHQDV�SDUD�YRFr�HQWHQGHU�FRPR�IXQFLRQD�H�QmR�ILFDU�³FLVPDGR´�FRP�
isso), vale a lei que for sancionada primeiro, ou seja, no exemplo do PNE, ele 
foi elaborado em consonância com o PPA 2012-2015 da época, mas, após 
sancionado, passou a condicionar os PPAs seguintes, como o PPA 2016-2019. 
 
 
(CESPE ± Técnico de Nível Superior ± ENAP - 2015) Conforme 
determinação da CF, o plano plurianual deve ser elaborado em 
consonância com os planos e programas nacionais, regionais e 
setoriais. A explicação para essa vinculação reside no fato de que tais 
planos e programas apresentam maior duração e são mais específicos. 
 
Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta 
Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e 
apreciados pelo Congresso Nacional (art. 165, § 4º, da CF/1988). 
Resposta: Errada 
Tais planos e programas serão elaborados em 
consonância com o PPA! 
 
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2. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS NA CF/1988 
 
2.1. Entendendo o Conceito 
 
A LDO também surgiu por meio da Constituição Federal de 1988, almejando 
ser o elo entre o planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o planejamento 
operacional (Lei Orçamentária Anual). Sua relevância reside no fato de ter 
conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais 
dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos 
estratégicos existentes antes da CF/1988. 
 
Segundo o art. 165 da CF/1988: 
³†��ž�$� OHL�GH�GLUHWUL]HV�RUoDPHQWiULDV�FRPSUHHQGHUi�DV�Petas e prioridades 
da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o 
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária 
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a 
política GH�DSOLFDomR�GDV�DJrQFLDV�ILQDQFHLUDV�RILFLDLV�GH�IRPHQWR´� 
 
 SEGUNDO A CF, A LDO: 
Compreenderá as metas e prioridades da Administração Pública Federal. 
Incluirá as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. 
Orientará a elaboração da LOA. 
Disporá sobre as alterações na legislação tributária. 
Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
 
A LDO é anual no sentido de que a cada ano teremos uma LDO (LDO-2016, 
LDO-2017, LDO-2018 etc). Todavia, a vigência (duração) da LDO extrapola o 
exercício financeiro, uma vez que ela é aprovada até o encerramento do 
primeiro período legislativo e orienta a elaboração da LOA no segundo 
semestre, bem como estabelece regras orçamentárias a serem executadas ao 
longo do exercício financeiro subsequente. Por exemplo, a LDO elaborada 
em 2016 terá vigência já em 2016 para que oriente a elaboração da LOA e 
também durante todo o ano de 2017, quando ocorrerá a execução 
orçamentária. 
 
O prazo para encaminhamento da LDO ao Legislativo é de oito meses e meio 
antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e a devolução ao 
Executivo deve ser realizada até o encerramento do primeiro período da sessão 
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legislativa (17 de julho). A sessão legislativa não será interrompida sem a 
aprovação da LDO. 
 
Vimos que as diretrizes orçamentárias fixadas pela LDO têm diversos 
objetivos, entre eles as metas e prioridades da Administração Pública. 
 
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, 
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de 
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento (art. 165, § 2º, da 
CF/1988) 
 
Vamos agora destrinchar esse parágrafo: 
Definição das metas e prioridades da Administração Pública Federal: as 
disposições que constarão da LOA devem ser comparadas com as metas e 
prioridades da Administração Pública. Assim, pode-se verificar se as metas e 
prioridades podem ser concretizadas a partir da alocação de recursos na LOA. 
 
Orientação à elaboração da lei orçamentária anual: reforça a ideia que a 
LDO é um plano prévio à LOA, assim como o PPA é um plano prévio à LDO. É o 
termo mais genérico, pois inclui também as metas e prioridades da 
Administração Pública, as alterações na legislação tributária e a política de 
aplicação das agências oficiais de fomento. 
 
Disposição sobre as alterações na legislação tributária: os tributos têm 
diversas funções. A mais conhecida é a função fiscal, aquela voltada para 
arrecadação. No entanto, outra importante função é a reguladora, em que o 
governo interfere diretamente na economia por meio dos tributos, 
incentivando ou desestimulando comportamentos para alcançar os objetivos do 
Estado. Assim, verifica-se a importância das alterações na legislação tributária 
e se justifica sua presença na LDO, pois permite a elaboração da LOA com as 
estimativas mais precisas dos recursos e, ainda, informa aos agentes 
econômicos as possíveis modificações, a fim de que não ocorram mudanças 
bruscas fora de suas expectativas. A CF/1988 determina que a lei de diretrizes 
orçamentárias considere as alterações na legislação tributária, mas a LDO não 
pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou autorizar tributos, o que deve ser 
feito por outras leis. Também não existe regra determinando que tais leis 
sejam aprovadas antes da LDO. 
 
 
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Estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras 
oficiais de fomento: objetiva o controle dos gastos das agências que 
fomentam o desenvolvimento do País. Sua presença na LDO justifica-se pela 
repercussão econômica que ocasionam. Exemplos: Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB), Caixa 
Econômica Federal (CEF), Banco da Amazônia (BASA), Agência de Fomento do 
Paraná (AFPR) e Agência de Fomento do Estado do Amazonas (AFEAM). 
 
Além dos dispositivos referentes à lei de diretrizes orçamentárias previstos na 
CF/1988, a Lei de Responsabilidade Fiscal aumentou o rol de funções da LDO. 
Entre elas, está a obrigação de que o anexo de metas fiscais e o anexo de 
riscos fiscais integrem a LDO. Tais dispositivos serão vistosem momento 
oportuno, sempre que previstos em edital. 
 
2.2. Art. 169, § 1º, da CF/1988 
 
O parágrafo primeiro do art. 169 poderia ser estudado tanto dentro do estudo 
da LDO, quanto dentro do estudo da LOA. Vamos estudá-lo aqui mesmo no 
tópico da LDO: 
 
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites 
estabelecidos em lei complementar. 
 
A Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF decorre, dentre outros dispositivos 
constitucionais, também do art. 169 da CF/1988, o qual dispõe que a despesa 
com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios (ou seja, de todos os entes) não poderá exceder os limites 
estabelecidos em lei complementar. Tal lei complementar é a própria LRF. 
 
Assim, todos os entes estão sujeitos aos limites de despesas com pessoal 
previstos em lei complementar. 
 
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, 
a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de 
carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer 
título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, 
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só 
poderão ser feitas: 
 
7DO�SDUiJUDIR�SRGH�VHU�UHVXPLGR�GD�VHJXLQWH�IRUPD��³os aumentos de despesas 
com pessoal, independentemente da forma ou do órgão, só poderão ser 
feitos�´ 
 
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I ± se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às 
projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; 
II ± se houver autorização específica na lei de diretrizes 
orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de 
economia mista. 
 
O inciso I determina que para aumentar as despesas com pessoal deve haver 
dotação na LOA suficiente para atender as despesas já existentes e ainda aos 
novos acréscimos. Isso deve ser prévio, ou seja, antes de o aumento ser 
efetivamente colocado em prática. 
 
O inciso II determina que para aumentar as despesas com pessoal deve haver 
autorização específica na LDO. Entretanto, para apenas esse inciso II, há 
uma ressalva: as empresas públicas e as sociedades de economia mista não 
exigem autorização específica na LDO para aumentar suas despesas com 
pessoal. 
 
 
STF sobre o art. 169, § 1º, 
da CF/1988 
 
A ausência de dotação orçamentária prévia em 
legislação específica não autoriza a declaração de 
inconstitucionalidade da lei, impedindo tão somente 
a sua aplicação naquele exercício financeiro. 
 
 
Explicando a decisão do STF, a lei que concede aumento (ou qualquer hipótese 
do § 1º do art. 169 da CF/1988) subordinado à existência de dotação 
orçamentária suficiente e de autorização específica na lei de diretrizes 
orçamentárias não está sujeita à aferição de constitucionalidade por meio de 
controle abstrato. Mesmo que estivesse sujeita ao crivo do controle abstrato, a 
inobservância das restrições constitucionais relativas à autorização 
orçamentária não induziria à inconstitucionalidade da lei, impedindo apenas a 
sua execução no exercício financeiro respectivo. Sei que parece que ficou 
difícil, mas não é culpa da nossa matéria, são esses termos de Controle de 
Constitucionalidade lá do Direito Constitucional (rsrs). Com um exemplo vai 
ficar tudo mais claro: supondo que você seja servidor público. Caso uma lei 
conceda um aumento a servidores da sua carreira, mas sem dotação suficiente 
na LOA ou sem autorização na LDO (regras do art. 169), ela não será 
declarada inconstitucional. A única restrição é que ela não poderá ser aplicada 
naquele exercício financeiro, ou seja, seu aumento vai ficar para quando forem 
cumpridas as regras. Caso no exercício seguinte exista dotação na LOA e 
autorização na LDO, a lei que concedeu o seu aumento poderá ser aplicada. 
 
 
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(CESPE ± Auditor - Conselheiro Substituto ± TCE/PR ± 2016) De acordo 
com a CF, alterações na legislação tributária da União devem ser 
processadas em conformidade com princípios e determinações 
contidos na LOA. 
 
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, 
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de 
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento (art. 165, § 2º, da 
CF/1988). 
Resposta: Errada 
 
(CESPE ± Auditor - Conselheiro Substituto ± TCE/PR ± 2016) As 
propostas orçamentárias que visem a criação de cargos, empregos e 
funções devem constar na LDO. 
 
A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de 
cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como 
a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e 
entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas (art. 169, § 1º, II, da 
CF/1988): 
(...) 
II ± se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, 
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
Resposta: Certa 
 
(FCC ± Analista do Tesouro Estadual ± SEFAZ/PI ± 2015) A Lei de 
Diretrizes Orçamentárias, entre outros, orientará a elaboração da Lei 
Orçamentária Anual, disporá sobre as alterações na legislação 
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências 
financeiras oficiais de fomento. 
 
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, 
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de 
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento (art. 165, § 2º, da 
CF/1988). 
Resposta: Certa 
 
(CETRO ± Administração e Planejamento ± Fundação Cultural Palmares 
± 2014) A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e 
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prioridades da Administração Pública federal, porém não incluindo as 
despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. 
 
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o 
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária 
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a 
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento (art. 165, § 
2º, da CF/1988). 
Resposta: Errada 
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3. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL NA CF/1988 
 
3.1. Entendendo o ConceitoA Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o Poder Público prevê a 
arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um 
ano. A LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente dito. 
 
Os recursos são escassos e as necessidades da sociedade são ilimitadas. 
Logo, são necessárias escolhas no momento da elaboração dos instrumentos 
de planejamento e orçamento e naturalmente alguns setores serão mais 
beneficiados, de acordo com as ideias dominantes dos governantes daquele 
momento. Entretanto, as despesas executadas pelos diversos órgãos públicos 
não podem ser desviadas do que está autorizado na LOA, tampouco podem 
conflitar com o interesse público. A CF/1988 veda o início de programas ou 
projetos não incluídos na LOA. Ainda, proíbe a consignação de crédito com 
finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada. 
 
A LOA deve conter apenas matérias atinentes à previsão das receitas e à 
fixação das despesas, sendo liberadas, em caráter de exceção, as autorizações 
para créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação 
de receita orçamentária. Trata-se do princípio orçamentário constitucional da 
exclusividade. 
 
A finalidade da LOA é a concretização dos objetivos e metas estabelecidos no 
PPA. É o cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em consonância com o 
que foi estabelecido na LDO. Portanto, orientada pelas diretrizes, objetivos e 
metas do PPA, compreende as ações a serem executadas, seguindo as metas e 
prioridades estabelecidas na LDO. 
 
Quanto aos prazos, a Lei Orçamentária Anual federal, conhecida ainda como 
Orçamento Geral da União (OGU), também segue o ADCT. O projeto da Lei 
Orçamentária anual deverá ser encaminhado ao Legislativo quatro meses antes 
do término do exercício financeiro (31 de agosto), e devolvido ao executivo até 
o encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro) do exercício de sua 
elaboração. 
 
Ainda, o projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo 
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, 
anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e 
creditícia (art. 165, § 6º, da CF/1988). 
 
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A LOA conterá o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e o 
orçamento de investimento das empresas (ou investimentos das estatais)2: 
³†��ž�$�OHL�RUoDPHQWiULD�DQXDO�FRPSUHHQGHUi� 
I ± o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
II ± o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III ± o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos 
a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e 
IXQGDo}HV�LQVWLWXtGRV�H�PDQWLGRV�SHOR�3RGHU�3~EOLFR´� 
 
Tal tripartição orçamentária (fiscal, seguridade social e investimento das 
estatais) ocorre apenas para uma melhor organização da LOA, pois há uma 
integração, coordenação e consolidação entre eles. Veremos nos próximos 
tópicos cada um desses orçamentos. 
 
3.2. O Orçamento Fiscal 
 
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá: 
I ± o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
 
Tal dispositivo demonstra o cuidado do 
constituinte ao dar a maior abrangência 
possível ao orçamento fiscal, em 
contraposição a conjuntura de vários 
RUoDPHQWRV� ³GHVFRQWURODGRV´� existente 
antes da CF/1988. 
 
Até a década de 1980, o que havia era um 
convívio simultâneo com três orçamentos 
distintos: o orçamento fiscal, o orçamento 
monetário e o orçamento das estatais. A 
primeira impressão é de que mudou pouca 
coisa, mas mudou muita coisa! É que não 
ocorria nenhuma consolidação entre eles. 
 
O orçamento fiscal era sempre equilibrado e era aprovado pelo Legislativo. O 
orçamento monetário e o das empresas estatais eram deficitários, sem 
controle e, além do mais, não eram votados. Como o déficit público e os 
subsídios mais importantes estavam no orçamento monetário, o Legislativo 
 
2
 Art. 165, § 5º, I a III, da CF/1988 
 
Pela CF/1988, a LOA compreende 
o orçamento fiscal, da seguridade 
social e de investimentos das 
estatais. Não existe mais o 
orçamento monetário, tampouco 
orçamentos paralelos. 
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encontrava-se, praticamente, alijado das decisões mais relevantes em relação 
à política fiscal e monetária do País. O orçamento monetário era elaborado 
pelo Banco Central e aprovado pelo executivo por decreto, sem o Congresso. 
 
Atualmente, o orçamento fiscal deve contemplar as receitas e despesas do 
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e dos 
Tribunais de Contas, incluindo seus fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta (a qual já inclui as fundações públicas), 
excetuando as receitas e despesas que estiverem no orçamento da seguridade 
social e de investimento das estatais. 
 
3.3. O Orçamento de Investimento das Estatais 
 
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá: 
(...) 
II ± o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
 
Tal preceito reforça que não há mais orçamentos paralelos e sem controle do 
Legislativo. Após a CF/1988, o orçamento de investimento das estatais 
também deve obrigatoriamente compor a lei orçamentária anual. 
 
Importante notar que o dispositivo não trata de todas as despesas e sim 
apenas dos investimentos (por isso que chamamos de orçamento de 
investimentos das estatais). Assim, as despesas de custeio das empresas 
enquadradas nesse inciso estão dispensadas da LOA, já que tais empresas 
necessitam de um mínimo de flexibilidade para que possam operar em 
condições semelhantes às empresas da iniciativa privada. 
 
Além disso, tal dispositivo não se refere a todas as estatais, mas apenas 
aquelas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do 
capital social com direito a voto, ou seja, refere-se apenas às empresas 
controladas pela União. 
 
Concluindo o tópico, a CF/1988 determina que os orçamentos fiscais e de 
investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão 
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério 
populacional3. 
 
 
3
 Art. 165, § 7º, da CF/1988. 
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O Orçamento da Seguridade Social não tem a função de reduzir 
desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
 
A interpretação da parte constitucional relacionada a esse 
dispositivo do orçamento de investimento das estatais termina aqui e se 
aparecer a literalidade na sua prova, pode considerar o item correto ou a 
alternativa correta. Entretanto,

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