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Síndrome da Rabdomiólise por Esforço em Equinos

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SÍNDROME DA RABDOMIÓLISE POR ESFORÇO EM EQUINOS (ACIDOSE)
Possui várias denominações –‘ Síndrome de segunda-feira, azotúria, mioglobinúria paralítica, rabdomiólise intermitente crônica etc.... as quais representam diferentes graus da mesma afecção. Do ponto de vista fisiopatológico, o termo síndrome da rabdomiólise por esforço (SRE) é o mais apropriado.
Distribuição mundial 
Sem predileções raciais 
Maior incidência em animais mais pesados
Pode ocorrer em qualquer idade
Idade de trabalho: 2 +/- 15 anos
Mais comum em fêmeas
Potrancas jovens em treinamento
Casos esporádicos de SRE podem ocorrer após esforço extremo, excesso de exercício em relação ao grau de condicionamento e desequilíbrio hídrico-eletrolítico ou nutricional. Outros equinos, no entanto, apresentam repetidos episódios de SRE com pouco exercício.
Duas classificações usuais:
Rabdomiólise por exercício esporádica: Exaustão ou depleção em qualquer tipo de cavalo 
Rabdomiólise por exercício recorrente: Cavalos com alguma predisposição subjacente. Metabolismo anormal de amido e açúcar
Sistemas acometidos
Sistema muscular, fibras musculares tipo IIA e IIB
Sistema renal/urológico, lesões nas estruturas tubulares > mioglobina 
Duas modalidades de rabdomiolises: 
R. Aguda Intensidade superior e curta duração 
R. recurrente intensidade moderada ou inferior e curta duração
Fatores de risco: Exercício como fator desencadeante, condição física momentânea, sobrecarga de carboidratos, deficiência de vitamina E e selênio, hipotireoidismo, hipóxias teciduais, temperamento do animal
	Vários fatores têm sido descritos como predisponentes para a SRE, incluindo grupamento muscular significativo, exercício irregular, dieta rica em concentrado, idade e sexo. Outros fatores, tais como desequilíbrio eletrolítico, deficiência de vit. E/selênio, infecção viral, distúrbios hormonais e regulação intracelular anormal de cálcio têm sido descritos como predisponentes
	Predisponente: genética hereditária; cavalos de corrida, exercícios depois de descanso, deficiência de vit. E/selênio, desbalanço eletrolítico.
Rabdomiólise aguda –fisiopatologia 
Causas: hipercalemia
Contração do músculo mais acidose metabólica por acúmulo de ácido láctico, associada a saída de K, desencadeia a ruptura fibrilar 
Fisiopatologia
Exercícios continuados metabolismo anaeróbio liberação de ácido lático
Ácido lático acumulado gera a lise de células musculares. O excesso de ácido lático circulando gera acidose metabólica.
Mioglobulina filtração renal lesão em estruturas tubulares mioglobinuria
Sinais clínicos 
	Clinicamente, os equinos desenvolvem um andar rígido, particularmente, nos membros pélvicos. Taquicardia, taquipneis, ansiedade, além de sudorese excessiva, são identificados. Alguns equinos são incapazes de caminhar devido à dor e contratura muscular, particularmente nos músculos glúteo, bíceps femoral, semitendinoso, semimembranoso. Nas formas mais graves, os equinos demonstram sinais de cólica, mioglobinúria e sensibilidade dolorosa à palpação muscular. 
	A gravidade da condição nem sempre se relaciona à intensidade do exercício.
	Dor intensa a palpação e dificuldades de locomoção, tendo claudicação nos dias subsequentes a lesão, sudorese, taquicardia e taquipneia (> 80 bpm casos graves), tremores generalizados, relutância em se mover, mioglobinúria, icterícia de íris (as vezes), decúbito, morte por nefrose causada pela mioglobinuria.
	Cavalo não quer se move e em casos graves, observamos mioglobinúria (urina parda ou marrom, por presença de mioglobina), isto indica dano muscular
Diagnóstico
	O diagnóstico da SRE é baseado nos sinais clínicos e na elevação da concentração sérica da creatina cinase (CK), do lactato desidrogenase (LDH) e da aspartato transaminase (AST) 
Bioquímico sérico:
Aumento da CK (pico 4 a 8 horas após o exercício)
Aumento do AST (pico 24 a 48 horas após a injuria)
Macro: músculos tumefeitos e escuros, estrias pálidas nos músculos mais envolvidos
Micro: degeneração hialina, segmentação do sarcoplasma, perda do estriamento, 
Observação dos sinais clínicos, exame de objetivo geral (Tº, FC, FR, TPC, º de desidratação, coloração e umidade das mucoses), exames específicos do sistema muscular: palpação dos músculos (tamanho, forma, tono, consistência, Tº e sensibilidade 
Diagnóstico diferencial: laminite, cólica, Intoxicação (por Casia ocidentalis, Senna occidentali, por antibióticos Ionóforos, doença da medula espinhal, trombose Aortoilíaca, pigmentúria, tétano.
Tratamento
	Os objetivos terapêuticos da SRE são controle da dor, restabelecimento do equilíbrio hídrico-eletrolítico e prevenção de dano muscular adicional. O protocolo terapêutico varia em função da gravidade do episódio.
	Nos casos agudos, o exercício deve ser interrompido imediatamente, e medidas de suporte devem ser adotadas para tornar o equino tão confortável quanto possível até a instituição das medidas terapêuticas adequadas.
	Naqueles animais que apresentam tremores e dor muscular generalizada, a administração de fármacos anti-inflamatórios não esteroidais é benéfica. No entanto, se a desidratação for evidente, a reidratação deve ser realizada antes da administração de qualquer fármaco. 
	O que fazer: Alterações na dieta (rica em fibras, pobre em carboidrato), reestabelecer a volemia e manter a fluidoterapia, recomenda-se analgesia, relaxantes musculares (dantrolene), injeção de selênio-tocoferol, repouso e ducha.
	Medicamentos: Dantrolene sódico, fluidoterapia (ringer), fenilbutazona, flunixin meglumine, meloxicam, vit. E, meperidina, acepromazina, Tiocolchicosido- coltrax (a cada 8 h, durante 4 dias. Deprime os centros nervosos centrais, responsáveis pelo tônus muscular.
Prevenção
	Manter um calendário semanal de treinamento, cavaleiros e proprietários conscientes

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