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Direito Previdenciário - Revisão Semestre

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Direito Previdenciário II – Prof. Ionas
Revisão
Regimes Previdenciários (conjuntos de regras previdenciárias):
RGPS
Básico, voltado, em regra, aos trabalhadores. Portanto, o público alvo são os trabalhadores em geral. Aqueles que trabalham em setores privados. A Previdência pública é regida por normas cogentes (interesse público). 
A Previdência Social é gerida por uma Autarquia – INSS, Pessoa Jurídica de Direito Público Interno – dotada de autonomia financeira, administrativa, etc. Uma das formas de descentralização da administração pública é o INSS (autarquia federal). A União a criou por meio de leis, mas são pessoas jurídicas diferentes. Esses trabalhadores seguem um regime jurídico público, embora, trabalham para uma pessoa jurídica de direito privado, submetem-se à previdência pública. 
O professor, por exemplo, como funcionário da PUC, está vinculado ao RGPS, mesmo sendo uma instituição de ensino privada. 
Os fundamentos constitucionais estão previstos no art. 201 da CF. São pressupostos que traçam o perfil constitucional do Regime Geral – básico. 
 	É um modelo previdenciário contributivo, ou seja, o trabalhador que paga ou o não trabalhador que contribuiu. É um seguro social, portanto, há a ideia elementar de seguro, no sentido de que, só há proteção aos que contribuem. 
Modelo compulsório: segurado obrigatório, ou seja, ele paga porque é obrigado a pagar para que viabilize o sistema. Aqueles que estão em atividade financiam os que estão em inatividade.
Modelo de filiação prévia: ideia de seguro, para que o sistema opere é pressuposto que o trabalhador esteja filiado à esse seguro. Se o segurado tornou-se inválido, tem direito, todavia, se não era segurado e tornou-se inválido, ele não tem direito. A invalidez não se remete a doença preexistente, ela precisa vir a ocorrer quando o segurado já é vinculado à Previdência Social.
Modelo de Sistema limitado de Previdência Social: R$400 bi só o INSS/ mais de 30 milhões de benefícios. É um sistema que não alcança a todos, somente os filiados (trabalhadores, dependentes, não trabalhadores que querem proteção). Riscos – afetam as pessoas enquanto trabalhadoras. 
Ex 1: Aposentadoria por invalidez, o trabalhador perde a capacidade laboral, ou seja, ele não pode mais trabalhar. Por sua vez, receberá essa aposentadoria que tem o condão de substituir a renda. 
Ex 2: o trabalhador já chegou na idade de se aposentar, já está desgastado, em desvantagem competitiva com os demais e já contribuiu ao sistema.
Caso fuja do escopo de um Seguro Social, há questionamentos. 
Disciplinado pela Lei 8.213/91, gerido pela Autarquia Federal (INSS).
RPSP
Tratamento diferenciado aos servidores públicos, mas não todos. São também trabalhadores que trabalham em órgãos públicos. Aqueles que possuem vínculo estável e efetivo – Previsto no Estatuto do Servidor Público. É o trabalhador estatutário. Seja através de nomeação (Quinto Constitucional) ou de concurso público, estabelecem com o poder público um vínculo estável – estatutário. Depois de cumprido o estágio probatório, o servidor só do poder público se fizer alguma bobagem ou se quiser. 
O cargo de confiança, aquele em comissão, como por exemplo, o Secretário de Saúde de São Paulo. É um cargo de livre nomeação e exoneração, é de provimento temporário, pode tanto ser nomeado quanto exonerado sem demais esclarecimentos (ad nutum). Isso foi feito para evitar aposentadorias que estes cargos tinham, aposentando-se como se fossem servidores públicos.
Cargos em comissão são regidos pela CLT, estando fora desse regime. O servidor público contratado em regime temporário (Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: IX- a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; da CF – contratação simplificada e temporária para atender aquela demanda emergencial), bem como empregados públicos não estão vinculados ao RPSP. São contratador sob o regime da CLT.
A administração público pode contratar o trabalhar sob o regime da CLT (salvo juiz, auditor, promotor, procurador do estado, etc) ou por meio de concurso público, conforme prevê o Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. 
Há aqueles que, mesmo estatutário, não estão vinculados ao RPSP, ou seja, aqueles que estão vinculados aos entes federais que não têm seu regime próprio. Há alguns municípios, mais de 3000, que não possuem regimes próprios e esses servidores públicos municipais não têm vínculo com o RPSP, mas devem estar vinculados a algum regime, que deve ser o RGPS. 
Ex: Itupeva não tem regime próprio, então o servidor municipal (terá estabilidade de emprego) está vinculado ao Regime Geral, sendo o INSS quem pagará sua aposentadoria, tendo o município que recolher as contribuições. 
Regra de transição – enquanto não for criado o Regime Próprio, será a lei do Regime Geral que determinará o tempo, e a indenização será por conta do INSS. 
FGTS – substituto da estabilidade, por isso o servidor público não term. Somente o celetista (CLT). Somente o servidor público que for contratado pela CLT.
Fundamento constitucional básico é encontrado no Art. 40 da CF. As regras básicas de autonomia dos entes federais para definir as regras dos regimes próprios. Porém, a autonomia é limitada, estando também no art. 40 – regras sobre o teto, transição, previdência complementar, etc.
Quem administra? Órgão gestor – depende de qual regime estamos tratando.
Normas gerais: Lei 9.718/98? Lei nacional que estabelece regras gerais para que o Estados e Municípios criem seus Regimes Próprios – Autarquias Estaduais e Municipais. Verificar na legislação, por exemplo, no estado de São Paulo, é a SPPrev o Regime Próprio dos servidores públicos do Estado de São Paulo. Para os servidores públicos federais a lei não obriga a criação de uma autarquia. Quem irá pagar a aposentadoria é o órgão que o servidor está vinculado. Por exemplo, AGU é o órgão de gestão dos procuradores federais, portanto, será ele quem pagará a aposentadoria dos procuradores da União. O TRF pagará a aposentadoria dos juízes federais, a Receita Federal pagará a dos auditores fiscais, etc.
Haverá muitas leis que regem o Regime Próprio, basta que este exista. Lei 8.112/90 – servidor público federal; no Estado de SP terá a lei paulista, no Município, a lei paulistana, etc.
É um modelo compulsório, voltado aos servidores públicos estatutário, gerido por leis específicas dos servidores públicos (federais, estaduais e municipais).
Previdência Complementar.
É uma previdência privada. Destinada a qualquer pessoa, pertencente a outro regime ou não. 
É autônoma em relação aos outros regimes. 
Fundamentada por contrato. Garantem pagamentos futuros àqueles que contratam. As pessoas podem ter várias outras motivações para contratarem uma previdência privada. 
Fundamento constitucional: Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar.
Quem administra? Há dois tipos de instituição:
Entidades Abertas.
Abertas à qualquer tipo de pessoa. Geralmente são ligadas aos grandes bancos: BB prev, Bradesco Prev, Itaú Prev. 
Entidades Fechadas. 
Famosos fundos de pensão: Comercializa plano de previdência apenas aos empregados de empresa ou gruposde empresa ou vinculo alguma associação – CRM/OAB/Petrobras Petros. Esses funcionários contribuem se quiserem, portanto, caso queiram, pagam um adicional. 
Qual a lei que disciplina?
Lei Complementar 109/2001 , a qual estabelece as normas gerais da Previdência Complementar . Responsabilidade atribuída aos gestores dos fundos de pensão, etc. Novidade prevista no Art. 40, §§14-16. 
§ 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência complementar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98).
EC 20/98 facultou à União, Estados e Municípios a instituição de um teto de previdência do Servidor Público igual ao do INSS. Se quiser pode reduzir, mas desde que crie para este uma Previdência Complementar. Foi o que aconteceu o ano passado. A diferença era que o teto do servidor público era de mais ou menos R$30 mil e o do regime geral de mais ou menos R$4500. Agora, aposenta-se com o teto e é facultado às Previdências Complementares complementar os servidores. Quem já estava no sistema não é obrigado a se submeter à esse regime. 
Beneficiários
RGPS
Toda pessoa física, natural que se vincula ao sistema previdenciário tornando-se apto para o exercício de direitos e cumprimento de obrigações perante o sistema previdenciário. Toda aquela pessoa que tem aptidão, potencial jurídico, direito subjetivo, em tese, de requerer prestações do INSS (do RGPS). Toda aquela pessoa que é alcançada pela cobertura (comum aos modelos de seguro que compõem riscos que estão na apólice) do sistema previdenciário. Aquela pessoa que pode requerer o benefício do INSS. É toda pessoa que pode requerer o benefício perante o RGPS.
São protegidas contra os riscos sociais. 
São 02 tipos (pessoa física):
Segurados
São beneficiários do RGPS que se vinculam ao sistema por 01 dos 02 motivos:
Exerce atividade profissional remunerada:
Trabalhador (empregado autônomo, empregado doméstico, etc), sendo, portanto, segurado obrigatório, beneficiário do RGPS que se vincula ao sistema pelo fato de trabalhar. Todo trabalhador é segurado obrigatório, ou pelo RGPS ou RPSP. 
Todo e qualquer trabalhador – exerce atividade profissional remunerada. Cada uma desta com sua característica própria, específica: Subdividiu-se em 5 categorias, a partir do art. 11 da lei 8.213/91 e do art. 14 da lei 8.212/91. Essa subdivisão tem utilidade prática. Dependendo do tipo de segurado obrigatório, haverá regras diferentes tanto no que diz respeito ao acesso tanto em relação à forma (alíquotas, presunções, etc.)
Empregado
Empregado doméstico (Uma empregada doméstica com 8 meses de gravidez e carteira assinada há 3 meses, terá o direito ao salário maternidade, pois, não há carência) ≠ Diarista (Uma diarista com 8 meses de gravidez e apenas 4 meses de contribuição, não recebe o salário maternidade, porque, tem 10 meses de carência)
Trabalhador avulso
Segurado Especial
Contribuinte Individual
Ex: Servidor Público (juiz de direito), não pode contribuir facultativamente ao RGPS.
Contribuiu voluntariamente (não trabalhador): 
Segurado facultativo, pelo menos ter 16 anos, não vinculado ao RGPS nem ao RPSP.
Concretiza a ideia de universalidade da cobertura e do atendimento, mas é limitado, apenas aos trabalhadores vinculados ao sistema, ou por obrigatoriedade ou facultativamente, desde que contribuem. 
Por que o fato de não receber remuneração, retira a obrigatoriedade do segurado essa condição de segurado obrigatório?
Porque, em tese, não tem capacidade econômica. A do lar não tem objeto necessário para a cobertura, que é a remuneração do trabalhador. É ausente a receita, no caso da dona de casa.
Invalidez – vive pela remuneração do trabalho, mas, por invalidez não poderá mais trabalhar. Será uma substituição relativa à renda desse trabalhador.
Quem tem esse objeto sempre é o trabalhador, pois, recebe a remuneração. O estagiário treina para ser um trabalhador, por isso não é segurado obrigatório. É o “empregado mais barato”, não é trabalhador, recebe uma bolsa-auxílio. Então, ele pode aderir ao sistema, voluntariamente, mas submete-se às normas desse sistema (RGPS).
Empregado – Art. 3º CLT.
É o trabalhador que recebe remuneração, subordina-se ao empregador, recebe contraprestação (salário), exerce o trabalho pessoalmente e de forma habitual, etc.
A legislação previdenciária faz algumas equiparações para o enquadramento no sistema previdenciário (FGPS).
O exercente de mandato eletivo se não tiver RPSP, ele estará vinculado ao RGPS, ele estará equiparado ao empregado. Ex: vereador – trabalhador, então recebe remuneração, é vinculado ao RGPS, não é empregado da Câmara, nem celetista, mas um agente político e equiparado a um trabalhador.
Acontece com todos os agentes políticos que não estão vinculados ao RPSP. Se ele não está comtemplado com esse Regime Próprio, eles são equiparados, para fins de enquadramento (Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: (Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993) I - como empregado: (Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993) h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social ;)
Empregado doméstico.
É aquele que trabalha para pessoa ou família no âmbito residencial em atividade sem fins lucrativos. 
Ex: Motorista que exerce atividade para a família, levando as crianças para escola, a esposa no salão de beleza, etx. Ele deve exercer a atividade apenas no âmbito familiar, sem vinculação com atividade com fins lucrativos. Como, por ex., levar as petições do seu empregador, que é advogado, no fórum.
Trabalhador avulso.
Na maioria das vezes é o portuário. Há intermediação obrigatória (a lei obriga isso) do Sindicato ou do órgão gestor de mão de obra (OGMO). Ele trabalha para várias pessoas, mas sem vínculo empregatício. Ele é colocado no mercado através dessa estrutura intermediária.OBS: Os chapas que ficam nas rodovias se oferecem diretamente ao trabalho, portanto, não são trabalhadores avulsos, mas trabalhadores eventuais.
Segurado Especial.
É o tipo de trabalhador rural, mas há trabalhadores rurais que não são segurados especiais. Pode ter trabalhador rural avulso. 
O pequeno trabalhador rural, quem segundo a lei, trabalha em regime de agricultura familiar – mutirão familiar, esquema de produção rural em que todos os integrantes da família participam. Pode ser meeiro, arrendatário familiar, basta que trabalhe junto com a família. A lei permite número limitado de trabalhadores. O colaborador perde a condição de segurado especial, ele é contratado, muitas vezes, de maneira sazonal. 
O trabalhador rural passou a receber aposentadoria, antes era somente o chefe de família. A partir de 1991, passou a remunerar a mulher também.
Contribuinte individual – figura residual
Todos os trabalhadores devem estar enquadrados no sistema previdenciário. Se há alguém que trabalha,recebendo remuneração, mas não se enquadra em nenhuma das opções supramencionadas. 
É heterogênea, desde a diarista até o diretor de uma multinacional. O autônomo – advogado, médico, o personal trainner, dono da padaria, simples acionista, etc. Não é empregado dele mesmo, nem empregado doméstico, tampouco segurado especial, nem há intermediação (trabalhador avulso). 
Se alguém foi enquadrado como segurado obrigatório, essa pessoa não pode contribuir como segurado facultativo. Mas, há uma exceção, é o caso do segurado especial. Caso ele queira contribuir facultativamente, é o único segurado obrigatório que pode contribuir de maneira facultativa. Por que somente ele? Há relação com um dos princípios de seguridade social.
A CF de 1988 inseriu o trabalhador rural em condições de igualdade ao trabalhador urbano.
Antes, o Prod. rural dava direito a 3 ou 4 benefícios ao trabalhador rural e o urbano tinha 9 ou 10. Havia uma diferenciação. A CF, por sua vez, acabou com essa distinção, dando acesso, em tese, aos trabalhadores rurais. Antes da CF de 1988, os benefícios eram tarifados, com valor único. Enquanto que o benefício dos trabalhadores urbanos eram calculados entre o piso e o teto (variando). O trabalhador urbano podia atingir o tento, enquanto que o rural era fixo, tarifado.
Com o advento da CF de 1988, os trabalhadores rurais passaram a ter acesso aos mesmos benefícios (principio da equivalência e uniformidade). O Art. 39 da lei 8.213/91 garante ao trabalhador rural o benefício tarifado em um salário mínimo, não incluindo a possibilidade de se aposentar por tempo de contribuição. Assim sendo, ele não tem direito a todos os benefícios, violando aquele princípio. É exatamente por isso que a lei dá a ele a possibilidade de contribuir facultativamente, podendo receber mais do que um salário mínimo e poder se aposentar por tempo de contribuição. Ele escolhe o quanto vai querer pagar. Aí sim o princípio não será violado. 
Dependentes
Para fins previdenciários é todo beneficiário (requerente do benefício) do RGPS que se vincula ao sistema pelo fato dele manter com o segurado, laços de família e dependência econômica (causas de vinculação). A vinculação do dependente do RGPS é em certa medida, acessória. É acessória porque depende da manutenção de outro vínculo, o de depender de uma outra pessoa que tem vínculo com o sistema previdenciário. Se este segurado perder esse vínculo, o dependente também perde o benefício.
O professor contou do caso da empregada que ele contratou para trabalhar em sua casa, mas esta estava resistindo em levar a CTPS para registrar porque ela era aposentada por invalidez. A mesma mulher casou com um senhor acima de 75 anos, este tinha uma casa. Ao casar com ele, automaticamente o regime seria o de separação total de bens, é uma previsão legal. Esse homem morreu, deixou essa casa, na qual ela residia, mas não teria direito a propriedade, apenas ao uso. Mas conseguiu a pensão por morte do marido. Esta é acessoriedade da aposentadoria. Mas são benefícios de características diferentes. A aposentadoria é um direito personalíssimo, não há como exercer o direito em nome do outro, ou seja, não pode ser transferido. Quando o aposentado morre, o ou os dependentes não podem exercer o direito a essa aposentadoria, passando esta a ser pensão por morte.
O sistema previdenciário vai além do segurado, porque não existiria seguro social em sentido de segurança social de forma completa se aquele núcleo familiar não fosse atingido. Traria insegurança social se o modelo de previdência não previsse um regime que atingisse esse mínimo núcleo familiar. É por isso que existe a figura do dependente. Previsto no art. 16 da lei 8.213/91. Estabelece 3 classes de dependentes:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011). 
DEPENDÊNCIA ECONÔMICA PRESUMIDA. DEPENDENTE PREFERENCIAL. PREFERÊNCIA SOBRE TODAS AS OUTRAS CLASSES. 
II - os pais; 
PROVAR DEPENDÊNCIA ECONÔMICA-NÃO PRECISA SER ABSOLUTA, O LEGISLADOR NÃO EXIGE QUE OS PAIS DEPENDAM EXCLUSIVAMENTE DO FILHO. (Ex: Velhinho aposentado pelo INSS – recebia um salário mínimo- vivia com o filho e não pagava nenhuma despesa da casa. Portanto, havia uma dependência econômica, habitual, necessária e relevante do pai em relação ao filho, não excluindo sua dependência para com o filho) 
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011)
PROVAR DEPENDÊNCIA ECONÔMICA. (Mesmas características dos filhos).
 § 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes.
 § 2º.O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)
 § 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada.
 O cônjuge separado judicialmente com direito a alimentos conserva como dependente para fins previdenciários. 
Anterior a lei 8.213/91 só configurava como dependente a cônjuge mulher ou o marido inválido. Essa lei procurou equiparar os cônjuges, sendo reciprocamente dependentes para fins previdenciários. Falou do reconhecimento da união estável de casais homoafetivos, de que o Poder Judiciário tem criado jurisprudência em relação á essa questão. Chegava alguém pleiteando (casal homoafetivo), o INSS indeferia o pedido e apontava esse fundamento legal: Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
Criou-se um problema e foi levada até o STF, o MPF ajuizou uma ação e o STF, então, reconheceu os efeitos civis, de direito de família e direitos previdenciários para esses casos. O INSS, portanto, teve que alterar regimentos internos para que fossem modificada as decisões em relação a isso.
O STF interpretou de maneira sistêmica (união estável também pode ser de homo afetivo), não proíbe a identificação de outras formas, não é taxativo, mas exemplificativo. O STF deu essa abertura, mas até ela vai?
O filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos. Para a emancipação, hoje, basta ter acima de 18 anos. A lei 8.213/91 estava em vigor o CC 1916 – os emancipados pela idade era de 21 anos e não 18 (CC 2002). Ficou uma antinomia dentro da própria lei. Hoje, a emancipação pela idade se dá é a partir dos 18 anos.
Por meio de uma Portaria reduziu-se a idade, porém, esta não pode modificar a lei. Aí a Administração Pública disse que estava resolvendo essa contradição. Prevaleceu-se a idade de 21 anos, entendendo que a lei Previdenciária é lei especial e o CC é uma lei geral que trata de capacidade civil. Se antes dos 21 anos o dependente se emancipa, tudo bem, ele perde o direito. Ex: casou aos 19 anos, emancipou-se, portanto, perde o direito. Além do filho menor de 21 anos, pode ser o filho inválido, de qualquer idade, para fins previdenciários. O inválido é aquele incapaz para o trabalho, para fins previdenciários.
Existe outra hipótese, o do filho portador de deficiência mental ou intelectual. É uma norma mais nova (há mais ou menos 3 anos).É o filho que tem deficiência que o torna absoluta ou relativamente incapaz decidido judicialmente (incapaz para os atos da vida civil). Ele pode até trabalhar, mas de qualquer forma uma doença mental que pode limitar. Ex: Síndrome de Down que trabalha continua sendo dependente dos pais, porque ele apresenta limitações, mesmo laborando. Sobra uma capacidade laborativa-residual. As crianças subnutridas que ficam limitadas faltou nutrientes, o cérebro limitado, ficou sem estímulo por ter faltado nutrientes (proteínas, vitaminas, etc).
A lei ainda diz que equipara-se aos filhos: enteado e tutelado, provando-se a dependência econômica do dependente. Provada sua dependência, ficaria em pé de igualdade com os demais dependentes e, portanto, a pensão seria dividida (per capta) igualmente entre aqueles que estão na classe I.
Havia, anteriormente, a pessoa designada, a qual o segurado podia indicar uma pessoa com menos de 21 anos e mais de 60 anos que dependia economicamente do segurado, mas essa classe foi suprimida.
Pergunta: Alguém era segurado da Previdência e sustentava sua mãe (doente, pobre, viúva) casa depois de conhecer e se apaixonar por uma mulher que ganha 10 vezes mais que ele. Com uma semana de casado, o rapaz morre. Quem irá receber a pensão?
O INSS irá aplicar a lei administrativamente. O benefício vai para a viúva – dependência presumida (art. 16, I). Pode se admitir que a dependência presumida seja relativa, há muitas divergências em relação a esse assunto, entendendo que a presunção poderá ser relativa ou absoluta. Caso ela seja relativa, há possibilidade de salvar a velhinha. Há que encontrar alguma lacuna para que esse beneficio seja dividido e fundamentar na equidade.
Essa relação de dependência prevista no art. 16 é uma relação taxativa (fechada –não inclui novos elementos) ou uma relação exemplificativa (aberta – admite novos elementos)?
No entendimento do professor, essa relação é taxativa. Não quer dizer que não haja espaço para interpretação exemplificativa. Pois, dá para interpretar até os limites semânticos da lei, como por exemplo: incluir o sobrinho no lugar do irmão, é interpretar além dos limites semânticos. 
O STF, quando decidiu que o companheiro (a) que vivia em união estável (relação homoafetiva), fez uma interpretação mais elástica dentro do conceito de companheiro. É diferente no caso de duas irmãs que vivem juntas, não são casadas, apenas moram na mesma casa. Mas, não são companheiras, portanto, não dá para estender a esse caso o conceito de companheira, pois, estaria estendendo ao limite máximo da semântica. 
Dinâmica do vínculo previdenciário.
Quando alguém se torna segurado, como mantém esse vínculo, qual o exato instante da extinção dele? Essa dinâmica não se remete à Saúde – Assistência Social, mas apenas para a Previdência Social.
É importante para a Previdência Social por causa do caráter contributivo, estamos falando de Seguro Social. Há elementos mínimos de seguro – contributivo e vínculo com a seguradora. Por exemplo, não é possível fazer seguro de um carro já roubado. Por meio de um contrato – vínculo, relação jurídica – cria-se direitos e obrigações nessa apólice.
É transportar esses elementos mínimos do seguro para a Seguridade Social, com algumas ressalvas. Imagina um seguro que não necessitaria desses elementos, iria inviabilizar o modelo Previdenciário enquanto seguro. 
Então, como se inicia esse vínculo previdenciário?
É necessário distinguir dois conceitos:
Filiação
É o vínculo abstrato que estabelece entre o segurado e o RGPS e que torna aquele segurado potencialmente apto para o exercício de direitos e para o cumprimento de obrigações perante o sistema. Não está falando do vínculo de dependentes. 
É o momento do vínculo – filiação, ou seja, quando o trabalhador começa a trabalhar, é compulsório, ele não escolhe, é a partir do momento em que inicia o trabalho, pois, a partir do momento em que você começa a trabalhar, é sua obrigação, caso seja autônomo, contribuir para o sistema previdenciário. Então, em tese, a partir desse instante, é sujeito de direitos e obrigações.
Portanto, mesmo que esse trabalhador autônomo não começou a recolher as contribuições, ou seja, ele não se inscreveu no sistema, ele é filiado, porque ele já deve à Previdência, pois, é segurado obrigatório. 
Deu exemplo do pedreiro que estava trabalhando numa obra de construção civil e uma barra de ferro atravessou a cabeça dele. Esse trabalhador já estava vinculado ao sistema, ou seja, já era filiado, mesmo que sua CTPS não estivesse regularizada. A empresa, portanto, é que deveria regularizar esse vínculo e inscrevê-lo no sistema. Acidente de qualquer natureza dispensa carência, ou seja, se o trabalhador começou a trabalhar no mesmo dia em que sofreu o acidente, ele já era filiado e teria direito ao auxílio. Aí, cabe a empresa regulariza o vínculo dele, pagar as contribuições que devem e as que vão se vencer. 
Inscrição
É o ato de cadastramento do segurado perante o sistema. Pode ser realizado pela internet, posto do INSS, Correio, pelo empregador, etc.
Ele concretiza o vínculo abstrato, tornando o segurado efetivamente apto para requerer (exercer direitos) benefícios. Ele regulariza aquele vínculo (filiação). A inscrição e a filiação não coincidem, necessariamente, no mesmo momento. O vínculo apenas se formaliza por meio da inscrição.
Tanto é que, poderá ser inscrito em dívida ativa quando já tiver cadastrado, ou seja, inscrito. 
Um profissional liberal que trabalha ao longo de 5 anos sem pagar contribuição previdenciária não tem inscrição perante o sistema. Ele passou num concurso de juiz e quando vai se aposentar pode contar esses 5 anos que trabalhou como advogado, porém, ele terá que recolher as contribuições desses 5 anos mais juros de mora (atrasada, nasceu com o exercício do trabalho e não com a inscrição) e correção monetária. 
Com a inscrição ele regulariza o vínculo que criou quando começou a trabalhar. (Segurado obrigatório).
O segurado facultativo não pode recolher retroativamente sem vínculo. É apenas pela inscrição que se inicia o vínculo. Portanto, para o facultativo esses dois conceitos se misturam, porque esse segurado só estará vinculado ao sistema quando ele estiver inscrito e confirmada através do pagamento da primeira contribuição.
Como se mantém esse vínculo?
Quando alguém para de trabalhar ou contribuir, o vínculo não se rompe abruptamente. Essa prorrogação desse vínculo se chama: Período de graça. É o período em que o segurado mantém o seu vínculo no sistema previdenciário, independentemente de trabalhar ou contribuir ao sistema. É uma flexibilização da regra do direito privado, se você não renova o seguro, seu vínculo será extinto. Aqui não, para evitar a extinção do vínculo abruptamente e o trabalhador perder a proteção.
Ex: Imagina que um trabalhador trabalhe por 10 anos numa empresa e receba um telegrama de dispensa e que ainda está sem previdência. Essa segunda informação é falsa. Porque o empregador por demitir, mas a proteção social continua, esse vínculo não se rompe, mas é prorrogado por um período, o de graça. 
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração; (MAIS COMUM, USUAL)
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória;
IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;
V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar;
VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarretea perda da qualidade de segurado. 
HIPÓTESE DE PRORROGAÇÃO – Sem nunca ter perdido a condição de segurado, ganha mais 12 meses.
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
HIPÓTESE DE PRORROGAÇÃO – É aquele que tem capacidade (aptidão) e disponibilidade para o trabalho, ou seja, ele quer trabalhar, mas não encontra trabalho. A lei exige que ele prove por meio do registro de órgão competente – SINE – recolocação do trabalhador no mercado de trabalho. 
§ 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social.
§ 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos.
Perda da condição de segurado
Não é bem após o período de graça. 
Ex: Último dia de contribuição foi em março de 2011. Só tem 12 meses de período de graça. Em princípio, iria até março de 2012. O contribuinte, trabalhador deve voltar a pagar a partir do 01/04/2012. Mas, a lei diz o seguinte: o segurado tem até o dia 15 do mês seguinte para recolher o mês anterior. Portanto, até o dia 15/04/2012 é a data para efetuar o pagamento. É como se fosse um “chorinho”. Se ele não pagar dia 15/05, ele perde a condição de segurado, não tendo continuidade no vínculo previdenciário. 
Fev 2003-Fev 2004. O prazo para efetuar o pagamento é até dia 15/04/2004 (sábado, prorroga até o 1º dia útil subsequente). A pessoa morreu no sai 17/04/2004. Ele ainda era segurado, independentemente da hora em que faleceu. Ele somente perderia a condição de segurado se morresse a partir das 0 horas de 18/04/2004. 
Carência (falta de alguma coisa): Lei 8.213/91: Art. 24-27.
Falta de pagamento de contribuição. É algo que é próprio de alguns contratos, planos de saúde, por exemplo. 
Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.
 Parágrafo único. Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa data só serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com, no mínimo, 1/3 (um terço) do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida para o benefício a ser requerido. (Vide Medida Provisória nº 242, de 2005).
Ex: A mulher grávida de 8 meses diz ao marido que quer ter o filho no Albert Einstein. Ela tem esse desejo, porém não tem plano de saúde. Portanto, não conseguirá, porque os planos estabelecem carência de 300 dias para viabilizar economicamente. Com isso, evita-se que o contrato seja realizado quando da ocorrência da doença, da gravidez, etc. Se assim fosse feito, inviabilizaria os planos de saúde. 
O professor contou da sogra dele, que havia 75 anos, mas não contribuiu o mínimo que a lei estipula, Ela conseguiria se aposentar por idade, porém, a carência é de 180 contribuições, e ela não tinha. Não há a possibilidade de recolhimento de uma vez só, porque teria a contribuição regular, mas a carência tem uma função, a de não inviabilizar o sistema previdenciário. 
Diferentemente da Previdência Social, a Assistência e a Saúde não estabelecem carência, porque não são seguros, de caráter contributivo. Ao segurado é estabelecido um número mínimo de contribuição para que ele tenha direito a determinadas prestações previdenciárias (umas têm e outras não).
Há 3 requisitos para que o segurado tenha direito à essas determinadas prestações:
Ser beneficiário
Ser alcançado pelo risco social (invalidez, doença, etc – prova-las)
Carência – algumas prestações requerem esse requisito.
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
 I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
PARA RECEBER AUXÍLIO DOENÇA, PRECISA PROVAR SER BENEFICIÁRIO, ESTAR COM INCAPACIDADE TEMPORÁRIA E TER RECOLHIDO 12 CONTRIBUIÇÕES. SE TIVER INVÁLIDO, MAS NÃO RECOLHEU AS 12 CONTRIBUIÇÕES, O BENEFICIÁRIO FICARÁ SEM RECEBER A PRESTAÇÃO. OS TRÊS REQUISITOS PRECISAM SER PREENCHIDOS SIMULTANEAMENTE. A IMPREVISIBILIDADE DA CONTINGÊNCIA SOCIAL É QUE CONCEDE MENOS CONTRIBUIÇÕES. O SUJEITO, PORTANTO, NÃO TEM CONTROLE, PREVISÃO DA DOENÇA, DA INVALIDEZ, ETC. CASO FOSSE AO CONTRÁRIO, MUITOS INVÁLIDOS FICARIAM SEM APOSENTADORIA E MUITOS CONTRIBUINTES, QUE PAGARAM POR POUCO TEMPO, RECEBERIAM APOSENTADORIA. 
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições mensais. (Redação dada pela Lei nº 8.870, de 1994).
APOSENTADORIA POR IDADE (MULHER: 60 ANOS; HOMEM: 65 ANOS) – ALGUÉM QUE ESTÁ VELHO; APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO E APOSENTADORIA ESPECIAL – ANTECIPADO, POIS, SUBMETE A CONDIÇÕES ESPECIAIS DE IDADE. SÃO CASOS EM QUE O BENEFICIÁRIO NÃO É SURPREENDIDO PELA CONTINGÊNCIA SOCIAL, TENDO EM VISTA QUE É UM EVENTO NATURAL DA VIDA FICAR VELHO. 
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art. 13: dez contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99).
POR QUE O SALÁRIO MATERNIDADE EXIGE ESSAS 10 CONTRIBUIÇÕES? PORQUE A GESTAÇÃO NORMAL É DE NOVE MESES E O LEGISLADOR ENTENDE QU A MULHER ENTROU NO TRABALHO NÃO GRÁVIDA. É SEMPRE O PERÍODO DE GESTAÇÃO MAIS UM MÊS. SE A CRIANÇA NASCE COM 8 MESES, O MÍNIMO É DE 9 CONTRIBUIÇÕES.
 IV - (Vide Medida Provisória nº 664, de 2014) (Vigência).
 Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o inciso III será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99).
A MP 664/14 MEXE COM ALGUNS BENEFICIOS PREVIDENCIÁRIOS E CARÊNCIA TAMBÉM. PASSA A EXIGIR 24 MESES DE CARÊNCIA PARA PENSÃO POR MORTE E AUXÍLIO RECLUSÃO. O PROFESSOR NÃO SABE SE IRÁ VINGAR NO CONGRESSO NACIONAL. POR QUE 24 MESES? O PROFESSOR FALOU QUE NÃO HÁ LÓGICA E EXPLICAÇÃO. PARECE SER UM CHUTE. 
 Dispensa Carência:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte (está na MP 664/14, vai depender da aprovação ou não no CN), auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99) (Vide Medida Provisória nº 664, de 2014) (Vigência)
 II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e da Previdência Social a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência, ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;(Vide Medida Provisória nº 664, de 2014) (Vigência.). 
ACIDENTE: QUALQUER FATO QUE SE ENQUADRE NO CONCEITO DE ACIDENTE. Ex: UM PEDREIRO TRABALHANDO NUM OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL E CAI DE UM ANDAIME; UM INDIVÍDUO QUE ESTÁ DE FÉRIAS E É ATROPELADO POR UM CARRO. SÃO FATOS, OS QUAIS SÃO ABSOLUTAMENTE IMPROVÁVEIS, INSTANTÂNEOS, SÚBITOS, VIOLENTOS, INEVITÁVEIS, ETC.
DOENÇAS RELACIONADAS COM O TRABALHO – OCUPACIONAIS EQUIPARA FICTICIAMENTE A ACIDENTE (ART. 20) PARA FINS DE ENQUADRAMENTo PREVIDENCIÁRIO. DEPENDENDO DO TIPO DE DOENÇA A PESSOA PODE ATÉ TER CERTO CONTROLE EM RELAÇÃO A TRATAMENTO, CIRURGIA, ETC. COMO, POR EXEMPLO, UMA PESSOA VAI AO MÉDICOE ESTE DETECTA UM PROBLEMA NO CORAÇÃO E QUE PRECISA FAZER UMA CIRURGIA. O SUJEITO PODE TER CERTO CONTROLE, INDO AO INSS ANTES DE FAZER A CIRUGIA E PLEITEAR O BENEFÍCIO. 
DOENÇAS GRAVES – PORTARIAS MINISTERIAIS DIZEM/PREVÊM PELA LEI 8.213/91: CÂNCER, AIDS, CEGUEIRA TOTAL, ENTRE OUTRAS, ETC. 
Objeto de discussão na MP 664/14: Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionadas no inciso II do art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa; hanseníase; alienação mental; neoplasia maligna; cegueira; paralisia irreversível e incapacitante; cardiopatia grave; doença de Parkinson; espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante); síndrome da deficiência imunológica adquirida-Aids; e contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada. (Revogado pela Medida Provisória nº 664, de 2014)(Vigência)
 III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39 (Art. 39. Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, fica garantida a concessão - de aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-doença, de auxílio-reclusão ou de pensão, no valor de 1 (um) salário mínimo, desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período, imediatamente anterior ao requerimento do benefício, igual ao número de meses correspondentes à carência do benefício requerido); ou, aos segurados especiais referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei;
 IV - serviço social;
 V - reabilitação profissional.
 VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
 VII - (Vide Medida Provisória nº 664, de 2014) (Vigência).
Início da contagem:
Ex: Tempo de contribuição – dois requisitos:
35 anos homens (420 contribuições) ou 30 anos mulheres (360 contribuições)
Carência – 180 contribuições.
Um incorporado ao outro. Tempo de contribuição é diferente de carência. 
 Art. 27. Para cômputo do período de carência, serão consideradas as contribuições:
I- referentes ao período a partir da data da filiação ao Regime Geral de Previdência Social, no caso dos segurados empregados e trabalhadores avulsos referidos nos incisos I e VI do art. 11;
COMEÇA A CONTAR A PARTIR DO MOMENTO EM QUE COMEÇA A TRABALHAR. É RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR CADASTRAR (REGULARIZAR) O EMPREGADO. 
EX: UM ADVOGADO TRABALHA 5 ANOS COMO AUTÔNOMO (SEGURADO OBRIGATÓRIO), TENDO VÍNCULO, AINDA QUE ABSTRATO, PODE PAGAR AS CONTRIBUIÇÕES ATRASADAS COM JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA, MAS NÃO CONTA COMO CARÊNCIA. SE ELE NÃO ESTÁ INSCRITO OU PERDEU A CONDIÇÃO DE SEGURADO, NÃO PODE RECOLHER CONTRIBUIÇÕES EM ATRASO PARA SUPRIR ESSA CARÊNCIA. 
 II - realizadas a contar da data do efetivo pagamento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para este fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores, no caso dos segurados empregado doméstico, contribuinte individual, especial e facultativo, referidos, respectivamente, nos incisos II, V e VII do art. 11 e no art. 13. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99).
SÓ COMEÇA A CONTAR A PARTIR DA PRIMEIRA CONTRIBUIÇÃO SEM ATRASO. O PROBLEMA AÍ É QUE O EMPREGADO DOMÉSTICO ESTÁ NO INCISO II. MAS, O EMPREGADOR É QUEM É RESPONSÁVEL PELA CONTRIBUIÇÃO. O EMPREGADO NÃO TEM COMO TER CONTROLE SOBRE O PATRÃO. FERE QUALQUER SENSO DE RAZOABILIDADE JURÍDICO. ESTÁ MAL COLOCADO NO INCISO II. A JURISPRUDÊNCIA TEM TRATADO ESSA QUESTÃO COMO RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR.
A LEI DIZ QUE SÓ SE EXIGE CARÊNCIA PARA O SALÁRIO MATERNIDADE DE DUAS SEGURADAS – A CONTRIBUINTE INDIVIDUAL (ADVOGADA AUTÔNOMA)E A FACULTATIVA (DONA DE CASA), AS QUAIS PRECISAM COMPROVAR A CARÊNCIA. SE FOR EMPREGADA COMUM, DOMÉSTICA, NÃO HÁ NECESSIDADE DE COMPROVAREM CARÊNCIA. PORQUE ELAS CONTRIBUEM POR SI SÓ, SENDO ELAS AS RESPONSÁVEIS PELA CONTRIBUIÇÃO. 
Faz um link com o art.24, parágrafo único:
Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.
 Art. 24. Parágrafo único. Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa data só serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com, no mínimo, 1/3 (um terço) do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida para o benefício a ser requerido.(Vide Medida Provisória nº 242, de 2005).

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