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Aula 9 - Guerra frente ao DIP - Direito anterior à proscrição da guerra

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Professor Doutor Vladmir Silveira
Assistente Carolina Fernandes 
Monitor Helder França
Aula 9 – Conflitos Internacionais – Parte IV - Guerra frente ao Direito Internacional Contemporâneo: Direito anterior à proscrição da Guerra
28.10.2014
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Professor Doutor Vladmir Silveira Assistente Carolina Fernandes 
Monitor Helder França
A GUERRA FRENTE AO DIREITO INTERNACIONAL
I. Jus in bello
Esta expressão nada mais quer dizer do que o direito da guerra, uma vez que, na Antiguidade, a guerra era considerada um meio lícito para a solução de conflitos entre os Estados.
É fato notório que o termo guerra justa, ainda nos dias de hoje, é muito utilizado no âmbito internacional. Contudo, o Direito Internacional o tolera apenas em casos como a legítima defesa real contra agressão armada, dentre outros poucos casos.
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Professor Doutor Vladmir Silveira Assistente Carolina Fernandes 
Monitor Helder França
DIREITO ANTERIOR À PROSCRIÇÃO DA GUERRA
II. Antigas regras costumeiras
As chamadas regras costumeiras eram voltadas para a proteção das vítimas de guerra e nada tinham em comum com o ritual militar.
Basicamente, tais regras costumeiras buscavam:
A proteção dos feridos e enfermos, sendo certo que, em caso de captura destes, eles deveriam ser tratados e, logo após, devolvidos, não podendo ser mantidos como prisioneiros de guerra. Tal proteção era estendida aos médicos, enfermeiros e capelães.
Os hospitais que fossem devidamente identificados não poderiam ser atacados.
Os prisioneiros de guerra não poderiam ser sacrificados, e, no momento certo, deviriam ser devolvidos sem pagamento de resgate.
A população civil, desde que pacífica, deveria ser poupada.
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Professor Doutor Vladmir Silveira Assistente Carolina Fernandes 
Monitor Helder França
III. Codificação dos primeiros passos
Quanto às codificações, essas nada mais eram do que declarações (tratados assinados entre os Estados), onde estes estipulavam certas e definidas regras para o direito humanitário no âmbito da guerra.
Entre esses, podemos citar a proibição do uso de gás asfixiante, a proibição do uso de balões para o lançamento de bombas (Conferência Internacional / Haia – 1899), a proibição do uso de certas armas que causam sofrimento desnecessário aos combatentes (Declaração de São Petersburgo – 1868), dentre outras.
Referidos textos foram substituídos mais tarde, na segunda Conferência Internacional de Paz, por convenções que ainda hoje se encontram em vigor, salvo algumas que se findaram juntamente com a ilicitude da guerra. 
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Professor Doutor Vladmir Silveira Assistente Carolina Fernandes 
Monitor Helder França
IV. O Direito da Haia: Guerra e Neutralidade
O chamado direito da guerra se opõe diretamente ao direito humanitário, que acabou por resultar em três princípios, que limitam a ação dos beligerantes que são úteis até os dias de hoje. São eles:
limites ratione personae, que prega que os não combatentes sempre serão poupados (apenas militares);
limites ratione loci, que prega que somente poderão ser atacados locais que são considerados objetivos militares;
limites ratione conditionis, que prega a proibição do uso de armas ou de métodos de guerra que cause sofrimento excessivo aos combatentes.
Existe também a neutralidade, que é um direito que pode ser exercido por um Estado soberano (exemplo: Suiça se entitula território neutro).
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Professor Doutor Vladmir Silveira Assistente Carolina Fernandes 
Monitor Helder França
Sobre a neutralidade, é importante salientar que o Estado neutro assume direitos e deveres.
Entre os direitos, podemos citar a inviolabilidade de seu território que, porém, concede aos beligerantes o direito de passagem inocente, bem como o direito de livre comércio com qualquer dos flancos conflitantes.
No que se referem aos deveres, estes se regem por dois princípios, a saber:
Princípio da imparcialidade (tratamento igualitário entre os beligerantes); e
Princípio da abstenção (que determina que o Estado neutro não deve se envolver direta ou indiretamente nas hostilidades).

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