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�Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Rua Marquês de São Vicente, 225, Gávea - Rio de Janeiro, RJ - Brasil - 22451-900 Matéria: ENG1031 – Laboratório de Mecânica dos Fluidos Professor: Ademir Freire Aluno: Rafael Albert Silva de Medeiros - Matrícula: 1221049 - Turma: 3VD Laboratório 2: Viscosidade (Ensaios com viscosímetros de Cannon-Fenske e Ubbelohde) Rio de Janeiro, 15/04/2015 ÍNDICE Introdução........................................................................................................................3 Objetivos...........................................................................................................................4 Fundamento Teórico......................................................................................................5 Viscosidade...................................................................................................................5 Equações.............................................................................................................................7 Procedimento Experimental..........................................................................................8 Medições e Cálculos.........................................................................................................9 Tabela com os dados experimentais obtidos.............................................................9 Dados Aula de Laboratório “Viscosidade”..................................................................10 Resultado dos cálculos realizados...........................................................................10 Cálculo dos ensaios..........................................................................................................11 Estimativa de Incertezas..............................................................................................12 Expressão de Kline e McClintock..................................................................................12 Conclusões................................................................................................................13 Referência Bibliográfica.........................................................................................14 Introdução Ao se estudar a viscosidade a primeira coisa a se perguntar é “O que é viscosidade?”. A viscosidade é a medida da resistência interna de um fluido (gás ou líquido) ao fluxo, ou seja, é a resistência à quaisquer movimentos que se tente executar dentro de um fluido. Quanto maior a viscosidade maior a resistência ao movimento e menor é sua capacidade de escoar (fluir). Por exemplo o mel tem uma grande viscosidade enquanto que a viscosidade da água é baixa. A importância da viscosidade, seja em óleos, tintas, plastisol ou qualquer outro fluído, está diretamente ligada ao processo de aplicação destes produtos, onde cada produto deve ter uma viscosidade adequada à sua aplicação. Por exemplo, no caso das tintas serigráficas aplicadas em quadros, se a viscosidade for muito baixa, a tinta vai escoar manchando a tela. No caso do Plastisol para imersão, caso a viscosidade seja também muito baixa, ocorrerá gotejamento em excesso e a peça obtida não ficará com uma parede uniforme. A viscosidade também é muito importante quando se fala de óleo para máquinas, pois com a viscosidade correta prolonga-se a vida útil das máquinas. Logo vê-se que a viscosidade é importante em várias questões, pois esta existe em todos os fluidos e os fluidos têm um vasto campo aplicações na engenharia e outras ciências. Objetivos Obter a viscosidade absoluta () de um óleo padrão a uma temperatura fixa (25ºC) a partir dos viscosímetros Ubbelohde e Cannon-Fenske. Figura 1: Viscosímetro Ubbelohde Figura 2: Viscosímetro Cannon-Fenske � Fundamento Teórico Viscosidade Figura 3: Deformação de um elemento de fluido Considere o escoamento de um fluido entre duas placas infinitas, conforme mostrado na Figura 3. O elemento fluido retangular que estava inicialmente em repouso sofre uma força constante para a direita δFx aplicada a placa de modo que ela é arrastada através do fluido com velocidade constante δu. Dessa forma é produzida uma tensão de cisalhamento τyx, sobre o elemento fluido dada por: (1) Onde δAy é a área de contato do elemento fluido com a placa. O fato de que o fluido se deforma continuamente em resposta a uma tensão de cisalhamento aplicada é que o torna diferente dos sólidos. Durante um intervalo de tempo δt, o elemento de fluido é deformado em um ângulo δα e a taxa de deformação é dada por: (2) A fim de expressar dα/dt em função de quantidades mensuráveis , utiliza-se a distância δl, entre os pontos M e M’. Assim: (3) Em pequenos ângulos: (4) Onde y é a altura do elemento fluido em metros e u é a velocidade em m/s. Igualando as expressões 3 e 4 para δl: (5) Tomando os limites: (6) Dessa forma o elemento fluido quando submetido a uma tensão de cisalhamento τyx, experimenta uma taxa de deformação proporcional à du/dy, para fluidos newtonianos. A constante de proporcionalidade é a viscosidade absoluta (ou dinâmica), μ. Assim a lei de Newton da viscosidade para o escoamento unidimensional é dada por: yx = (7) A unidade de μ no SI é kg/(m.s) ou Pa.s. Na Mecânica dos Fluidos é utilizada com frequência a viscosidade cinemática (v), que é a razão entre a viscosidade absoluta μ e a massa específica em g/m3: v = μ / Equações Nomes Símbolo Equação Unidades Lei de Newton para a Viscosidade (1) yx [N/m²] Viscosidade Absoluta (12) μ [Pa.s] Viscosidade Cinemática (8) ν = [m²/s] Vazão Volumétrica (9) Q [m³/s] Velocidade Média u (p)2 (4μL)2 m/s Média ӯ n ∑ yi i=1 n Propagação de incertezas δR² n ∑ ₍∂Rδxi₎² i=1 ∂xi Tabela 1 Legenda: - C é a constante do fluido em mm²/s² : C = D4 g sen t (10) 128.V Onde: D é o diâmetro capilar, ɵ é a inclinação do tubo capilar e V o volume do escoamento no tempo medido. - V é o volume em m³ - t é o tempo de escoamento medido em segundos - L é o comprimento do tubo em metros - p é a pressão em Pa � Procedimento Experimental Foi utilizada uma bomba pressurizadora para aspirar o óleo mineral padrão S60 acima de uma certa marca nos viscosímetros de Cannon-Fenske (Fig.1) e Ubbelohde (Fig.2) e após serem liberados da bomba foi cronometrado 6 vezes, para tirar a média, o tempo em cada viscosímetro, entre o início e o fim de 2 pontos pré-estabelecidos em que o fluido passou. � Medições e Cálculos Tabela com os dados experimentais obtidos Dados de tempo medidos Viscosímetros Medidas Cannon-Fenske Ubbelohde 1° 3min; 33s;56 3min; 03s;91 2° 3min; 33s;54 3min; 03s;68 3° 3min; 33s;81 3min; 03s;85 4° 3min; 33s;78 3min; 03s;73 5° 3min; 33s;74 3min; 03s;70 6° 3min; 33s;70 3min; 03s;63 Tabela 2 Em segundos: Ensaio/tempo Cannon-Fenske (s) Ubbelohde (s) 1° 213.56 183.91 2° 213.54 183.68 3° 213.81 183.85 4° 213.78 183.73 5° 213.74 183.70 6° 213.70 183.63 Média 213.69 183.75 Tabela 3 Dados Aula de Laboratório “Viscosidade” Viscosímetro Número de Série Constante [mm²/s²] Incerteza[mm²/s²] Cannon-Fenske J46 0,5505 +/- 0,0014 Ubbelohde B433 0,6344 +/- 0,0032 Tabela 4.1 Material Número de Série Incerteza Termômetro 9424065 +/- 0,05 °C Cronômetro 1 PUC03 +/- 0,01 s Cronômetro 2 PUC04 +/- 0,01 s Balança D2641118300117 +/- 0,0003 g Picnômetro PC-9 +/- 0,002 mL Tabela 4.2 Fluido Utilizado Temperatura Viscosidade Cinemática Massa Específica Óleo Mineral Padrão S60 25 ºC 117,0 [mm²/s] 0,8651 g/mL Tabela 4.3 Resultado dos cálculos realizados Q = ∫u da Logo: Q = R4p = D4p , mas p = g L sen 8 L 128 L Assim: Q = D4 g L sen mas v = e Q = V (9) 128 t Logo: v = D4 g sen tSe C = D4 g sen t (10) , então v = Ct (11) 128.V 128.V Para a viscosidade absoluta: C . t = Logo: C . t (12) Cálculo dos Ensaios C Cannon-Fenske = 0.5505 mm2/s2 = 0.5505 . 10-6 m2/s2 C Ubbelohde = 0.6344 mm2/s2 = 0.6344 . 10-6 m2/s2 ρ = 0.8651 g/mL = 0.8651. 103 kg/m3 Viscosidade Absoluta Cannon-Fenske[Pa.s] C. ρ. t = 0.000476.t Ubbelohde [Pa.s] C. ρ. t = 0.000549.t 1° 0.101705 0.1009334 2° 0.101696 0.1008072 3° 0.101824 0.1009005 4° 0.10181 0.1008346 5° 0.101791 0.1008181 6° 0.101772 0.1007797 Média 0.101767 0.1008456 Tabela 5 Verifica-se uma grande proximidade entre os valores! � Estimativa de Incertezas Expressão de Kline e McClintock Cannon-Fenske Ubbelohde Propagação de incerteza 17.688 17.557 Tabela 6 Obs: Desvio padrão: 2m, logo para o viscosímetro de Cannon-Fenske = ... e para o de Ubbelohde =... � Conclusões É possível concluir com base na tabela 5 que os valores dos 2 viscosímetros têm uma alta proximidade, no que se verifica então que a lei de Newton da viscosidade para o escoamento unidimensional está correta. E que o procedimento experimental foi executado corretamente com exceção da falta de precisão humana no cronômetro, da paralaxe na medição dos pontos pré-estabelecidos além da variação de temperatura e outros, que afetaram a experiência resultando na pequena diferença entre os valores. � Referência Bibliográfica Fox, McDonald, Pritchard; Introdução à Mecânica dos Fluidos; Editora LTC/gen, oitava edição, 2014. http://www.grupooilcheck.com.br/dica/qual-a-importancia-da-viscosidade-do-seu-lubrificante http://www.moleculas.com.br/2013/03/a-importancia-da-viscosidade http://www.cimm.com.br/portal/verbetes/exibir/496-viscosidade http://www.bertolo.pro.br/Biofisica/Fluidos/Image81.gif https://offset3blog.files.wordpress.com/2011/09/medicao_indice_viscosidade.jpg http://www.if.ufrj.br/~bertu/fis2/hidrodinamica/tubos.gif �PAGE \* MERGEFORMAT�12�
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