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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA DE MECÂNICA DOS FLUÍDOS Nome: Roberta Manoela Pinheiro da Silva Matrícula: 01033613 Curso: Engenharia de Produção A propositura de atividade com contextualização é de suma importância para a fixação do entendimento sobre o assunto, visto que são apresentadas, as circunstâncias que ajudam a formar uma compreensão total a respeito de um tema e não de modo fragmentado, contribuindo assim para a descoberta e construção do conhecimento do aluno, por meio da observação e da participação em atividades autênticas. E seguindo, esse ideal juntamente com o cronograma da disciplina, foi disponibilizado um case, contendo uma situação-problema, que para sua resolução será necessário conhecimento acerca dos assuntos abordados na disciplina. Na qual, explica-se que a existência de atrito no escoamento do fluído, provoca uma dissipação de energia por unidade de pelo do fluído quanto ele escoa. De modo que é possível existir dois tipos de perda de carda: as de carga distribuídas e as de carga singulares. Sendo assim, se propõe considerar um conduto de ferro fundido, sendo D=10 cm e v=0,7.10-6 m2/s, sabendo ainda que há dois manômetros instalados a uma distância de 10 m, que indicam respectivamente, 0,15 Mpa e 0,145 Mpa. Diante do exposto, pede-se que seja demonstrado através de cálculos, a vazão da água nesse conduto, o diagrama utilizado, explicando como foi possível encontrar o resultando e cintando ainda exemplos práticos sobre perdas de carga. Para tanto, tem-se a organização dos seguintes dados: Tipo Valores Pressão em P1 = 0,15 Mpa Pressão em P2 = 0,145 Mpa k (ferro fundido) = 0,000259 m Diâmetro do duto D = 0,1 m Viscosidade v = 0,7.10-6 m2/s Comprimento L = 10 m E o desenho esquemático a seguir, que demonstra a perda de carga em uma tubulação: Figura 1 É uma prática rotineira que as tubulações sejam comumente utilizadas em industrias e na vida cotidiana, pois são capazes de transportar uma energia de um ponto a outro do sistema. E segundo MILIAVACA et al (2013), o escoamento em tubos de fluidos reais apresenta uma perda de energia, esta perda é devido ao atrito do fluido entre as paredes do tubo e entre as diversas camadas de escoamento, bem como e é influenciada pela variação do diâmetro do tubo, a viscosidade, velocidade e pressão do fluido. E para determinar o estabelecimento da perda de carga é utilizado o teorema de Daniel Bernoulli, que para um fluido real, defini que há uma diferença entre a energia do primeiro para o segundo ponto de medição do tubo de escoamento, denominada essa diferença de perda de carga (VIANNA Junior; CAMPELO Junior, 2013). Dessa forma, se tem: Em uma tubulação, o regime permanente da vazão em massa de entrada é a mesma vazão em massa de saída. Sendo assim, a equação de continuidade é definida como: A . V = A . V Sendo o Diâmetro constante: E a diferença de altura: De modo que possível simplificar a equação de Bernoulli para: P ρ. g + V 2g + z = P ρ. g + V 2g + z + h V = V Z = Z = 0 P ρ. g = P ρ. g + h h = P1 ρ. g − P2 ρ. g E encontrar a perda de carga, conforme a abaixo: Nessa etapa, passa-se a utilizar o Diagrama de Moody-Rouse, que serve para estimar o fator de atrito a partir do número de Reynolds e da rugosidade relativa para escoamentos laminares e turbulentos. Desta forma, será necessário o uso do Número de Reynolds: E a equação de Darcy-Weissbach: E para realização do cálculo do fator de atrito "f" na equação de Darcy- Weissbach, se tem: Assim, o próximo passo é calcular a relação D/K: Finalmente, com o diagrama Moody-Rouse poderá ser calculado o fator de atrito, conforme a seguir ilustrado: h = (0,15 − 0,145)x10 9,8. (1000) = 0,51 m Re = V. D ν h = f. L D . V 2g h = f. L D . V 2g ⇒ f = h . D. 2g L. V ⇒ √f = h . D. 2g √L. V Re√f: Re√f = D ν 2gDh L Re√f = 0,1 0,7𝑥10 2𝑥9,8𝑥0,1𝑥0,51 10 Re√f = 4,5𝑥10 D k = 0,1 0,000259 = 386 f = 0,027 Já para calcular a sua velocidade, tem-se: E ainda, para demostrar a vazão da água nesse duto: Finalmente, é possível exemplificar de forma mais prática, que as perdas de carga distribuída acontecem em trechos retilíneos da tubulação, quando a pressão da parede do tubo diminui gradativamente com relação ao comprimento, com diâmetro constante. Re√f = 4,5𝑥10 D k = 386 V = 2. g. h . D f. L = 2𝑥9,8𝑥0,51𝑥0,1 0,027𝑥10 = 1,92 𝑚 𝑠 Q = A. V = π. D . V 4 = π. 0,1 . 1,92 4 = 0,0151 m s Já para a perda de carga localizada, esta ocorre em trechos da tubulação onde há presença de acessórios, sejam eles: válvulas, curvas, derivações, registros ou conexões, bombas, turbinas e outros. De modo que, a presença desses acessórios contribui para a alteração de módulo ou direção da velocidade média do escoamento e, consequentemente, da pressão no local, ou seja, age alterando a uniformidade do escoamento. Dessa forma, há contribuição para o aumento da turbulência no fluido e essa turbulência, consequentemente, provoca a perda de carga. BIBLIOGRAFIA BAPTISTA, M. B.; COELHO M. M. L. P.; CIRILO, J. A. (Org). Hidráulica Aplicada. 2.ed. rev. e ampl. Porto Alegre: abril, 2001. BRUNETTI, F. Mecânica dos fluidos. 2 ed. Pearson Prentice Hall. São Paulo: 2008. CRANE CO. Flow of Fluids: through valves, fittings, and pipe. New York: 1982. Technical Paper n. 410. ÇENGEL, Y. A.; CIMBALA, J. M. Mecânica dos fluidos: fundamentos e aplicações. 3 ed. AMGH Editora Ltda. São Paulo: 2015. FERNÁNDEZ, Miguel y Fernández; NETTO, Azevedo. Manual de Hidráulica. 9ª Edição. Ed. Blucher. São Paulo: junho, 2015. MILIAVACA, A.; CUNHA, J. T.; DIETRICH, L. B.; MAGALHÃES, T. S. Medição de perda de carga distribuída em tubulações. Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Engenharia Mecânica, 2004. PORTO, Rodrigo de Melo. Hidráulica Básica. 4ª Edição. Ed. São Carlos. São Paulo: janeiro, 1999. STUCKENBRUCK, S., Escoamento em Dutos. CEE – Curso de Engenharia de Dutos - PUC-Rio. VIANNA JUNIOR, W.; CAMPELO JUNIOR, L. R. Velocidades ideias de escoamento de fluido hidráulico em tubulações e dutos de Manifolds. In: Fórum MDA South América. São Paulo: mar, 2013.
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