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1 Elementos estruturais de aço para projetos de arquitetura: Pré - dimensionamento (2010.2) Mauro César de Brito e Silva1 1.1 – Introdução Um dos principais objetivos do projeto estrutural é produzir estruturas que sejam seguras e duráveis a um custo razoável. E isto requer que as dimensões das seções transversais dos elementos estruturais sejam determinadas de tal forma que o sistema estrutural seja capaz de suportar com segurança as cargas que nele são aplicadas. Portanto, o objetivo do pré- dimensionamento das peças estruturais é o de chegar tão próximo quanto possível do dimensionamento ideal e final que devem ser apresentado nos projetos estruturais. Nos projetos de arquitetura a dimensão das peças estruturais é também um requisito essencial, pois elas serão uma ferramenta muito útil em que o projetista estrutural pode utilizar no estudo preliminar do sistema estrutural. Sendo assim o método apresentado a seguir não terá o rigor que é apresentado nos projetos estruturais, entretanto através de cálculos rápidos é possível estabelecer as dimensões aproximadas das peças estruturais que podem ser utilizadas nos projetos de arquitetura das estruturas. 1.2 – Análise estrutural O principal fator que determina as dimensões dos elementos de um sistema estrutural é a quantidade de carga a que eles estão sujeitos. Portanto a partir do pré-dimensionamento dos elementos estruturais é possível estimar o peso próprio do elemento estrutural, que somado a outras cargas gravitacionais é obtido às cargas permanentes atuantes no elemento estrutural. Este processo inicial de determinação do pré-dimensionamento das peças estruturais é parte fundamental do calculo que a estrutura é submetida e que é conhecido por analise estrutural. Análise estrutural pode ser dividida em três partes distintas: a determinação das cargas atuantes no sistema estrutural; análise preliminar; e análise final. A determinação das cargas atuantes é a previsão dos carregamentos máximos em que ocorrerá na vida útil da estrutura. Os quatro principais tipos de ações (cargas) estão definidos no item “1.2 – Requisitos necessários de uma estrutura” das notas “1 - Estrutura e Arquitetura”. Portanto, a carga máxima atuante no sistema estrutural será o resultado mais desfavorável obtido através das combinações entre a carga permanente atuante na estrutura e os outros tipos de carregamento. A análise preliminar da estrutura é a obtenção dos esforços internos e as deflexões que os elementos que a constituem estão submetidos devido à aplicação das cargas máximas que estará atuando no sistema estrutural. 1 Professor Assistente III, Departamento de Artes e Arquitetura, PUC Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil. 2 E a análise final do sistema estrutural será a interpretação dos resultados obtidos na análise preliminar, ou seja, o elemento estrutural é analisado de tal forma que sua deformação seja menor ou igual que a desejada e que ele também seja capaz de resistir aos esforços internos: momento fletor, força cortante e força axial. O pré-dimensionamento dos elementos estruturais para os projetos de arquitetura de uma determinada estrutura pode ser feito utilizando uma versão expedita da análise estrutural apresentada anteriormente. Normalmente, somente a determinação da dimensão aproximada do elemento mais solicitado é suficiente, por exemplo: o elemento mais carregado em uma tesoura de cobertura ou a viga mais carregada em um piso. Usando este procedimento é possível testar a viabilidade do elemento em questão verificando se suas dimensões são compatíveis e adequadas com as dimensões pré-estabelecidas no projeto de arquitetura da estrutura. No caso de elementos flexionados, como as vigas, tabelas que apresentam fórmulas de cálculo dos momentos fletores, reações de apoio, esforços cortantes e flechas podem ser utilizadas. Estes valores podem ser utilizados para estimar os máximos esforços internos nesses elementos estruturais. O carregamento que um elemento mais solicitado tem pode ser estimado considerando a carga da área de cobertura ou a carga de piso que ele suporta, ou seja, a carga que o elemento suporta é obtida pela simples multiplicação da área de influência dele pela intensidade de carga que ele suporta. 1.3 – Cálculos das dimensões dos elementos estruturais Resistência e rigidez são dois fatores que influem diretamente na determinação das dimensões dos elementos estruturais. O elemento estrutural deve ter uma resistência adequada e rigidez suficiente para manter suas deflexões a níveis aceitáveis. Portanto, as dimensões mínimas da seção transversal do elemento estrutural utilizado nos projetos de arquitetura podem ser adotadas considerando os dois fatores citados. Os cálculos considerados nestas notas são quase que exclusivamente relativos à resistência do material estrutural, porque a maioria dos casos a resistência do material será suficiente para o estabelecimento das dimensões aproximadas da seção transversal do elemento estrutural utilizadas pelo arquiteto. No calculo das dimensões, um fator de segurança deve ser considerado. Ele permitirá que as incertezas que inevitavelmente estarão presentes no projeto e na construção sejam incorporadas nas dimensões adotadas. O cálculo dessas dimensões podem ser feitos considerando dois métodos: o das tensões admissíveis e método dos estados limites. As tensões admissíveis são obtidas dividindo-se o limite de escoamento do material por coeficientes de segurança adequados. Portanto, as dimensões calculadas por este método garantiram que as tensões atuantes na peça nunca serão maiores que as tensões admissíveis. No método dos estados limites as cargas atuantes no elemento estrutural são multiplicadas por um coeficiente de segurança e as tensões do material, normalmente as tensões de escoamento, são divididas por outro coeficiente de segurança. A 3 conjunção deles resultará em valores das dimensões da seção transversal do elemento estrutural que podem ser adotadas com segurança pelo projetista. As vantagens e desvantagens dos dois métodos não serão discutidas nestas notas. Mas considerando que as dimensões das seções transversais dos elementos estruturais são aproximadas, a opção pela utilização do método das tensões admissíveis é justificada devida principalmente a sua simplicidade. 1.3.1 – Elementos sujeitos a tração axial São aqueles que normalmente são construídos usando aço (ou madeira). A tensão de tração axial no elemento é normalmente considerada uniformemente distribuída na seção transversal do elemento em questão e é calculada conforme a seguinte equação: (1.1) Onde: ft = tensão axial de tração admissível (normalmente a tensão admissível de escoamento) P = ação de tração axial A = área da seção transversal Se as dimensões da seção transversal é a mesma ao longo de todo elemento a magnitude da tensão é igual em todas as suas seções. Dependendo do tipo de conexão que o elemento estrutural faz com a estrutura suporte, é muito provável que a área da seção transversal (A) seja maior que a área efetiva (An). Este tipo de situação ocorre com freqüência nas estruturas de aço conectadas por parafusos ou similares, onde a tensão de tração estará concentrada na região do parafuso, e neste caso a fórmula acima sofre uma pequena modificação: (1.2) Onde: f’t = máxima tensão axial de tração admissível (normalmente a tensão admissível de ruptura) P = ação de tração axial An = área efetiva da seção transversal É recomendável que as barras solicitadas a tração apresentem rigidez suficiente para evitar deformações provenientes dos choques, durante o transporte e montagem, ou as vibrações duranteo uso da estrutura. Em estruturas leves a esbeltez da peça = L / r (L comprimento não contraventado da peça e r raio de giração em relação à menor inércia do elemento estrutural), excetuando-se tirantes de barras redondas, não deve ultrapassar 300. 4 1.3.2 – Exemplo Pré-dimensionar os elementos estruturais tracionados que fazem parte da estrutura de contraventamento de um edifício. A carga máxima de tração é igual a 80 kN e seu comprimento não contraventado é 7000 mm. Solução: Considerando a fórmula 1.1 e que a tensão atuante deve ser menor que tensão admissível de escoamento do aço A-36, e usando perfis do anexo 2.3 – Perfis – Aço: Resistência: ft = P / A ≤ 146 Mpa (Anexo – 2.1) A ≥ 80000 / 146 ≥ 548 mm2 = 5,48 cm2 Rigidez: = L/r < 300 r > 700/300 = 2,33 cm Opção 1: Tubo sem costura rígido (tabela 2.3.1) Ø70,0 #2,9 mm (4,83 kg/m) Ag = 6,11 cm2; r = 2,37 cm Opção 2: Perfil “U” enrijecido em chapa dobrada (tabela 2.3.2) C 127 x 75 x 20 # 2,25 mm (5,44 kg/m) Ag = 6,93 cm2; r = 2,8 cm Normalmente a consideração mais importante nas edificações estruturadas em aço é seu peso, portanto o tubo sem costura rígido perfil Ø70,0 #2,9 mm (4,83 kg/m) tem o menor peso, portanto é a escolha mais adequada se o custo do elemento estrutural for relevante na composição final do valor da edificação. 1.3.3 – Elementos sujeitos a compressão axial São elementos estruturais solicitados a cargas de compressão e que normalmente sofre flambagem, que é uma instabilidade causada em peças com este tipo de solicitação. As forças devido à compressão são inerentemente instáveis porque se já existe alguma excentricidade num sistema comprimido a ação das forças causarão um aumento desta. Na figura 1.1 o elemento estrutural esta solicitado por cargas de compressão, e se o elemento for perfeitamente reto e a carga for aplicada longitudinalmente e passando exatamente pelo centro de gravidade da seção transversal, os esforços internos produziram uma tensão pura axial de compressão distribuída ao longo de toda seção transversal em questão e o sistema estará em equilíbrio. Entretanto, este sistema é potencialmente instável, pois se o elemento for ligeiramente curvo devido, por exemplo, a presença de uma pequena perturbação lateral, um momento é produzido pelo desalinhamento das forças internas. Este momento, que tentará restaurar a condição linear do elemento, é resistido pelas tensões de flexão que são produzidas pelas deformações que a curvatura gera. 5 É importante entender que diferentemente das vigas, o momento e as tensões de flexão que ocorrem nos elementos comprimidos quando a curvatura é gerada não são diretamente afins. O momento fletor depende somente da magnitude da carga de compressão aplicada e da excentricidade presente. A tensão de flexão é determinada pela deformação devido à flexão, que depende da curvatura que é desenvolvida, e das propriedades do elemento, tais como: a propriedades da geometria de sua seção transversal e do modulo de elasticidade do material. Portanto os elementos comprimidos são potencialmente instáveis internamente e dependem do momento que a excentricidade vai gerar. Sendo que a curva que a carga de compressão vai causar é conhecida por flambagem. Figura 1.1 O fator que determinará a suscetibilidade de um particular elemento flambar é a magnitude da carga de compressão aplicada como na fig. 1.2, que mostra a estabilidade de uma barra perfeitamente reta e alinhada com uma carga de compressão “P”. A estabilidade da barra depende do valor da carga axial aplicada. O primeiro diagrama mostra um sistema sem imperfeições onde uma barra esta solicitada por uma carga “P” pequena, este sistema é estável porque com a retirada da força externa horizontal perturbadora a barra voltará ao estado original. Entretanto no segundo diagrama a carga “P” aplicada é grande, e este sistema é instável porque a 6 carga perturbadora vai precipitar progressivos incrementos na curvatura até que a flambagem ocorra. No último diagrama a carga “P” é crítica, pois a carga “P” nem é pequena e nem é grande. É uma situação em que a barra começa a desenvolver a instabilidade quando alcança o valor desta carga. Esta carga é conhecida por carga crítica “Pcr”. Figura 1.2 Um dos clássicos problemas da teoria das estruturas é como analisar a flambagem nas barras. Existem métodos desenvolvidos por matemáticos e engenheiros que investigam formas de encontrar a carga crítica nos elementos estruturais. E é possível que o mais conhecido deles tenha sido desenvolvido no século dezoito pelo matemático suíço Leonhard Euler. Segundo Euler a analise da flambagem é uma investigação teórica de uma barra comprimida perfeitamente reta com nenhum tipo de excentricidade, ou seja, nem em relação ao eixo longitudinal da barra e nem em relação ao eixo de aplicação da carga. 7 A formula 1.3 foi desenvolvida para o cálculo da carga crítica “Pcr” de uma barra perfeita rotulada nas extremidades. (1.3) Onde: Pcr = carga crítica segundo Euler E = modulo de elasticidade do material = momento quadrático de uma área referido ao eixo que passa no centro de gravidade (normalmente denominado momento de inércia) L = comprimento da barra Para uma barra ideal a carga crítica segundo Euler é equivalente a tensão de flambagem de uma barra real. No caso especifico da barra ideal, a introdução da curvatura deve ser tal que cause flambagem e a carga de compressão deve ser maior que a carga crítica ”Pcr”. A excentricidade é sempre presente na barra real, entretanto, se a carga aplicada é maior que a carga crítica automaticamente a barra sofrerá flambagem. Figura 1.3 8 Segundo Euler o fator mais importante que determina a carga crítica nos elementos comprimidos é a esbeltez. E em função dela conclui-se que quanto mais esbelto for o elemento estrutural menor será sua carga crítica. A determinação do parâmetro de esbeltez, , de um determinado elemento estrutural é função do momento de inércia (I) de sua seção transversal, que é determinado em função de sua espessura. Naturalmente isto é uma medida do desempenho de flexão da seção transversal que acontece porque a flambagem não é nada mais que um fenômeno semelhante à flexão quando consideramos o estudo da estabilidade das peças comprimidas. O efeito do momento de inércia na determinação da flambagem de um elemento estrutural pode ser considerado estudando o comportamento de certas barras com diferentes seções transversais. Assumindo que um elemento comprimido tem as mesmas condições de vinculação lateral em todas as direções, ele flambará segundo o eixo relativo à sua menor inércia, eixo “Y”, como é mostrado na figura 1.3. Ela também mostra dois elementos, que apesar de suas seções transversais terem a mesma área, o elemento com seção transversal retangular flamba porque é mais esbelto do que o de seção quadrada. A propriedade da seção transversal que normalmente é usada na determinação da carga crítica não é o momento de inércia, mas sim o raio de giração da seção transversal que é relativo ao momento de inércia. Portanto, o raio de giração da seção transversal (r) pode ser calculado utilizando a formula 1.4: (1.4) Onde: r = raio de giração A = área da seção transversal E o parâmetro ou índice de esbeltez, , pode ser calculado utilizando a formula 1.5: (1.5) Onde: Lfl = comprimento de flambagem Portanto a formula que Euler desenvolveu pode ser rearranjada conforme a formula 1.6: (1.6) A introdução da área A na formula ao invés da inércia I permite que acarga crítica seja expressa em termos de tensão média crítica e isto é mais conveniente em termos do calculo estrutural. 9 Figura 1.4 Dimensionamento a flambagem de elementos comprimidos: a relação entre a tensão média crítica, fcr, e o parâmetro de esbeltez, , são mostrados na figura 1.4 em forma de gráfico, e este pode ser usado como base do método de calculo dos elementos estruturais comprimidos. Figura 1.5 10 O dimensionamento de um elemento comprimido é simplesmente a determinação das dimensões e forma da seção transversal de tal forma que a tensão de flambagem seja maior que a tensão atuante no elemento estrutural. É possível determiná-la usando o gráfico e seguinte procedimento: 1: Determinação do comprimento efetivo da barra que vai estar comprimida; 2: Selecionar as dimensões e forma da seção transversal por tentativa; 3: Com os dados anteriores é possível calcular a tensão media de compressão usando a formula definida por Euler ou pelo gráfico da figura 1.6. Este valor não deve ser excedido pela tensão atuante; 4: A magnitude da tensão media de compressão que ocorre na barra é calculado usando a carga de compressão atuante e a área da seção transversal final; 5: Todo procedimento deve ser repedido se a tensão media de compressão for maior que a tensão crítica. É desejável que a seção transversal final seja econômica e segura, portanto a seção transversal final deve ser aquela que a tensão atuante seja pouca menor ou igual à tensão crítica. Portanto, este procedimento deve ser repetido até uma seção transversal satisfatória seja obtida. Parâmetro de esbeltez – considerações Segundo a formula definida por Euler a carga crítica, Pcr, é inversamente proporcional ao parâmetro de esbeltez, . Portanto, quando mais longo o elemento estrutural menor a carga que ele suporta. O parâmetro de esbeltez de um determinado elemento depende de sua condição de vinculação lateral, como pode ser visto na figura 1.5. Em (a), assumindo que a coluna esta devidamente vinculada em três pontos, no telhado, no pavimento intermediário e na fundação. O parâmetro de esbeltez é baseado no maior comprimento de flambagem, Lfl, da coluna para determinação da estabilidade no plano da seção transversal da coluna em questão. Já em (b), o parâmetro de esbeltez da coluna é determinado considerando o plano em que a flambagem vai ocorrer. No plano das paredes externas, por exemplo, o comprimento de flambagem da coluna será a maior distancia entre os pontos em que o movimento lateral é restringido, ou seja, entre as extremidades dos contraventamentos. E no plano transversal do edifício, o comprimento de flambagem será a altura de coluna. Comprimento efetivo de flambagem: Outro fator que afetará a carga crítica é as características das extremidades dos elementos comprimidos. Um elemento comprimido antes de flambar que tem suas extremidades engastadas, ou seja, totalmente restringidas, terá maior capacidade do que um elemento em que suas extremidades sejam rotuladas. Porque os elementos com extremidades com mais restrições podem suportar consideravelmente mais carga. O comprimento efetivo de flambagem é definido como sendo a distancia entre pontos de momento igual a zero de um elemento estrutural comprimido, ou seja, entre pontos de inflexão. A fórmula definida por Euler aplica somente a elementos comprimidos com extremidades rotuladas, mas é possível aplicá-la em elementos com 11 extremidades diferentes das rotuladas se usarmos o conceito de comprimento efetivo de flambagem. A figura 1.6 mostra o comprimento efetivo de flambagem de quatro elementos estruturais com diferentes vinculações em suas extremidades. Figura 1.6 Limitações da formula definida por Euler: Na maioria das estruturais reais, o mecanismo de falha por flambagem é um pouco diferente. Quando um elemento real é submetido a um aumento de carga de compressão a máxima tensão, soma das tensões axial e de flexão na seção transversal, normalmente se torna maior do que a tensão de escoamento do material antes da alcançar a carga crítica de Euler (Veja a figura 1.4 que mostra o comportamento entre elementos “ideal” e “real”). Isto causa um aumento súbito na deflexão lateral que inicia a flambagem antes de alcançar a carga crítica de Euler. Então, a maioria dos elementos estruturais entrará em colapso com cargas menores do que a carga crítica de Euler e essa é uma grande discrepância entre a verdadeira carga de colapso e a carga de colapso prevista por Euler, ou seja, quanto menos esbelto for o elemento estrutural maior vai ser a discrepância. A extensão da discrepância também dependerá do tipo de material, por exemplo, o comportamento de uma coluna de alvenaria é significantemente diferente de uma fabricada de aço. Na pratica a seqüência de operações que determina a seção transversal de qualquer elemento comprimido é em geral a mesma que foi discutida anteriormente. Este é um processo cíclico que é baseado em procedimentos que são similares aos utilizados na determinação da carga crítica de Euler. Entretanto, os valores destas dimensões determinados na pratica pelo método das tensões admissíveis não são baseados na formula definida por Euler. Para alguns materiais estruturais elas são derivadas de 12 equações muito similares a da formula definida por Euler, enquanto existem outros materiais com fórmulas muito mais sofisticadas do que as apresentadas por ele. O projetista estrutural normalmente não esta preocupado com a derivação dos diferentes níveis de tensões admissíveis, pois as normas vigentes normalmente apresentam valores em forma de tabelas ou gráficos que definem valores médios das tensões admissíveis para valores correspondentes de parâmetros de esbeltez para cada material. 1.3.4 – Exemplo Pré-dimensionar um pilar metálico. O pilar é travado nas suas extremidades e seu comprimento efetivo de flambagem será considerado igual ao pé-direito de 3 m. A carga que o pilar está solicitado a uma carga de compressão de 250 kN. Aço ASTM A-36 – Perfil soldado e ASTM A-572 Grau 50 – Perfil Laminado. Solução: Para ASTM A-36: 1º Passo: Adotar um perfil do anexo 2.3.4 – Perfis Soldados: CS 150 x 25 (A = 32,4 cm2, ix = rx = 6,42 cm, iy = ry = 3,73 cm ) 2º Passo: Calculando o parâmetro de esbeltez , formula 1.5 (notar que o perfil é menos rígido em relação ao eixo y, ou seja, o menor raio de giração): = 300 / 3,73 = 80 3º Passo: Em função do parâmetro , determina-se o valor da tensão admissível de flambagem (anexos: 2.2 - AÇO-CARBONO ASTM A-36): Para = 80 ffl = 105 Mpa 4º Passo: Calcula-se a tensão atuante e compara-se com a tensão admissível de flambagem: fat = 250000 / 3240 = 77,2 Mpa < ffl = 105 Mpa O perfil é suficiente Para ASTM A-572: 1º Passo: Adotar um perfil do anexo 2.3.3 – Perfis Laminados Gerdau Açominas: W 250 x 28,4 (A = 36,6 cm2, ix = rx = 10,51 cm, iy = ry = 2,20 cm ) 13 2º Passo: Calculando o parâmetro de esbeltez , formula 1.5 (notar que o perfil é menos rígido em relação ao eixo y, ou seja, o menor raio de giração): = 300 / 2,2 = 136 3º Passo: Em função do parâmetro , determina-se o valor da tensão admissível de flambagem (anexos: 2.2 – AÇO ASTM A-572): Para = 136 ffl = 56 Mpa 4º Passo: Calcula-se a tensão atuante e compara-se com a tensão admissível de flambagem: fat = 250000 / 3660 = 68,3 Mpa > ffl = 56 Mpa O perfil é insuficiente 5º Passo: Escolhe-se outro perfil do anexo 2.3.3 – Perfis Laminados Gerdau Açominas: W 250 x 32,7 (A = 42,1 cm2, ix = rx = 10,83 cm, iy = ry = 3,35 cm ) 6º Passo: Calculando o parâmetrode esbeltez , formula 1.9: = 300 / 3,35 = 90 7º Passo: Em função do parâmetro , determina-se o valor da tensão admissível de flambagem (anexos: 2.2 - AÇO ASTM A-572): Para = 90 ffl = 128 Mpa 8º Passo: Calcula-se a tensão atuante e compara-se com a tensão admissível de flambagem: fat = 250000 / 4210 = 59,3 Mpa < ffl = 128 Mpa O perfil satisfaz 1.3.5 - Elementos sujeitos a flexão São aqueles elementos estruturais nos quais predomina a solicitação por momento fletor. Figura 1.7 14 A magnitude da tensão varia ao longo da seção transversal em questão com os maiores valores de tensão de tração e compressão nas fibras mais externas da seção transversal e mínimos valores no centro da seção onde a tensão muda de compressão para tração como na figura 1.7. É importante reconhecer que também poderá ocorrer uma variação de tensões de compressão e tração ao longo do comprimento do elemento estrutural devido à variação do momento fletor que é função direta do tipo de carregamento que o elemento estrutural esta solicitado. Calculo da tensão de flexão: a magnitude das tensões em qualquer ponto de uma determinada seção transversal ao longo do elemento estrutural depende basicamente de quatro fatores: o valor do momento fletor na seção transversal em questão; as dimensões desta seção transversal; a forma da seção transversal em estudo; e a localização do ponto dentro da mesma seção transversal. Considerando estes parâmetros é possível então estabelecer a seguinte relação entre eles: (1.7) Onde: ffy = tensão de flexão a uma distancia y da linha neutra (LN) da seção transversal em questão M = Momento fletor da mesma seção transversal = Momento quadrático de uma área referido ao eixo que passa no centro de gravidade (normalmente denominado Momento de Inércia) ff = tensão admissível de flexão É importante salientar que a formula anterior só será valida para dimensionamentos dentro do regime elástico. Esta relação é também uma das fundamentais da teoria da estruturas, pois pode ser utilizada no calculo de elementos estruturais solicitados ao momento fletor de uma variedade de formas. Quando se deseja calcular a tensão máxima de flexão que ocorre na fibra mais afastada da linha neutra (LN), a relação 1.7 pode ser escrita como indica a 1.8: (1.8) Onde: Z = Modulo da seção (Modulo elástico da seção) = / ymax Calculo da tensão devido ao cisalhamento: esta tensão ocorre nos planos da seção transversal dos elementos flexionados devido à presença do esforço cortante. A distribuição das tensões de cisalhamento dentro de uma seção transversal não é uniforme. Ela depende da forma da seção transversal, mas normalmente somente um valor médio da tensão de cisalhamento é calculado pela formula 1.9: 15 (1.9) Onde: = tensão admissível de cisalhamento media V = esforço cortante Av = área da seção transversal que resiste ao cisalhamento Dimensionamento aproximado dos elementos solicitados a flexão: as seções transversais destes elementos estão solicitadas tanto a flexão quanto ao cisalhamento. E inicialmente as dimensões delas são obtidas em função da tensão de flexão e as dimensões obtidas são então checadas de tal forma que elas satisfação também as tensões de cisalhamento. A seção inicial pode ser selecionada considerando que a flexão ocorre no regime elástico pela formula 1.10: (1.10) Onde: Zreq = módulo elástico requerido (Se ou Wx) M = máximo momento fletor aplicado ff = tensão admissível de flexão Além de obter o módulo elástico requerido (Zreq) é necessário verificar se o elemento também tem rigidez suficiente, ou seja, verificar se a flecha () máxima está dentro dos limites estabelecidos por norma. Para estruturas usuais, dependendo de sua finalidade, a flecha máxima é limitada entre valores que variam de L/200 a L/1000, sendo L o vão da viga. A NBR 8800/86 estabelece valores que variam de L/240 a L/800. Entretanto como o objetivo principal desta publicação é obter valores para pré-dimensionamento da peças estruturais solicitadas a flexão nos projetos de arquitetura, pode-se adotar uma flecha limitada em L/360. 1.3.6 – Exemplo Pré-dimensionar a viga da figura 1.8. A viga é suporte de laje “moldada in loco” de concreto armado e, portanto está continuamente travada. O momento máximo é igual a 155 kN.m e o aço é o ASTM A36 – Perfil soldado ou ASTM A572 – Grau 50 – Perfil Laminado. Figura 1.8 16 Solução: Para verificação da resistência utilizaremos a fórmula 1.10 e as tensões admissíveis dos aços: A tensão admissível ff = 146 Mpa – ASTM A36 (Anexo – 2.1) = 155 x 1000 / 146 > 1061,6 cm 3 A tensão admissível ff = 199 Mpa – ASTM A572 (Anexo – 2.1) = 155 x 1000 / 199 > 778,9 cm 3 Como se trata de uma viga isostática biapoiada com um carregamento uniformemente distribuído a flecha máxima pode ser calculada utilizando as formulas dos anexos - item 2.4.1.1, assim como o momento fletor máximo: Portanto, 25503,9 cm4 Utilizando um perfil do anexo 2.3.4 – Perfis Soldados: ASTM A-36 VS450 x 60 kg/m (Wx = 1243 cm 3 , Ix = 27962 cm 4 ) Utilizando um perfil do anexo 2.3.3 – Perfis Laminados Gerdau Açominas: ASTM A572 W460 x 60 kg/m (Wx = 1127,6 cm 3 , Ix = 25652 cm 4 ) Conclui-se que se pode utilizar tanto uma viga de perfil soldado como uma viga de perfil laminado. Do ponto de vista estrutural eles são suficientemente resistentes e rígidos, alem de ter a mesma massa. Portanto, a escolha do perfil adequado será feita considerando as questões do ponto de vista arquitetônico. 17 2 – Anexos 2.1 – Tensões Admissíveis de tração e flexão Tipo E - modulo de elasticidade (Mpa) ft - tensão de tração e ff - tensão de flexão (Mpa) Aço Carbono (ASTM – A-36) 205000 146 Aço Carbono (ASTM – A-572 Grau 50) 205000 199 COR TEN (ASTM – A-242) 205000 202 18 2.2 – Tensões Admissíveis de flambagem 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 120 120 120 120 120 120 120 120 120 120 10 120 120 120 120 120 119 119 119 119 119 20 119 119 119 119 119 119 118 118 118 118 30 118 118 118 117 117 117 117 117 117 117 40 116 116 116 116 116 115 115 115 115 114 50 114 114 114 114 113 113 113 113 112 112 60 112 111 111 111 111 110 110 110 109 109 70 109 108 108 108 107 107 107 106 106 106 80 105 105 105 104 104 103 103 103 102 102 90 101 101 101 100 100 99 99 98 98 97 100 97 97 96 96 95 95 92 91 89 87 110 86 84 83 81 80 78 77 76 74 73 120 72 71 70 68 67 66 65 64 63 62 130 61 60 59 59 58 57 56 55 54 54 140 53 52 51 51 50 49 49 48 47 47 150 46 45 45 44 44 43 43 42 42 41 160 40 40 39 39 39 38 38 37 37 36 170 36 35 35 35 34 34 33 33 33 32 180 32 32 31 31 31 30 30 30 29 29 190 29 28 28 28 28 27 27 27 26 26 f cr = f fl (AÇO-CARBONO A-36) - Mpa = L/r 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 175 175 175 175 175 175 175 175 175 175 10 175 174 174 174 174 174 174 174 173 173 20 173 173 173 172 172 172 172 172 171 171 30 171 170 170 170 170 169 169 169 168 168 40 167 167 167 166 166 165 165 165 164 164 50 163 163 162 162 161 161 160 160 159 159 60 158 157 157 156 156 155 154 154 153 152 70 152 151 150 150 149 148 148 147 146 145 80 175 174 174 174 174 174 140 137 134 131 90 128 125 122 120 117 115 112 110 108 106 100 104 102 10098 96 94 92 91 89 87 110 86 84 83 81 80 78 77 76 74 73 120 72 71 70 68 67 66 65 64 63 62 130 61 60 59 59 58 57 56 55 54 54 140 53 52 51 51 50 49 49 48 47 47 150 46 45 45 44 44 43 43 42 42 41 160 40 40 39 39 39 38 38 37 37 36 170 36 35 35 35 34 34 33 33 33 32 180 32 32 31 31 31 30 30 30 29 29 190 29 28 28 28 28 27 27 27 26 26 f cr = f fl (AÇO-TIPO "COR-TEN" A-242 ou ASTM A572 Grau 50) - Mpa = L/r 19 2.3 – Perfis – Aço 2.3.1 - Laminados BARRA MACIÇA DE SEÇÃO CIRCULAR 20 21 CANTONEIRA ABAS IGUAIS 22 CANTONEIRA DUPLA DE ABAS IGUAIS 23 2.3.2 – Chapa dobrada Os perfis em chapa dobrada são aplicados na execução de estruturas leves e também como terças e vigas de tapamento de quaisquer tipos de estruturas. A figura 2.1 indica os tipos de perfis e suas variações dimensionais. Figura 2.1 24 CANTONEIRA DE ABAS IGUAIS 25 PERFIL “U” SIMPLES 26 PERFIL “U” ENRIJECIDO 27 2.3.3 – Perfis Laminados - Gerdau Açominas (ASTM A572 Grau 50) 28 29 2.3.4 – Perfis Soldados 30 31 32 33 34 35 2.4 – Diagrama de momento fletor (D.M.F.), reação de apoio e flecha 2.4.1 – Vigas Isostáticas 2.4.1.1 – Biapoiadas Se a = c: ] 36 , 37 2.4.1.2 – Biapoiadas com um balanço ; ) 38 39 2.4.1.3 – Biapoiadas com balanços 2.4.1.4 – Em balanço , 40 2.4.2 – Vigas Hiperestáticas 2.4.2.1 – Engastada-Apoiada 41 2.4.2.2 – Biengastadas 42 43 2.4.2.3 – Contínuas – dois vãos iguais 44 e 2.4.2.4 – Contínuas – três vãos iguais 2.4.2.5 – Contínuas – quatro vãos iguais 45 2.4.3 – Pórticos Simples 2.4.3.1 – Biarticulados à mesma altura com trave horizontal e 46 ; 47 2.4.3.2 – Biengastados à mesma altura com trave horizontal e 48 49 2.5 – Peso específico dos materiais de construção (Fonte: ABNT - NBR 6120/1980) Materiais Peso específico aparente (kN/m 3 ) 1 - Rochas Arenito 26 Basalto 30 Gneiss 30 Granito 28 Mármore e calcário 28 2 – Blocos artificiais Blocos de argamassa 22 Cimento amianto 20 Lajotas cerâmicas 18 Tijolos furados 13 Tijolos maciços 18 Tijolos sílico - calcários 20 3 – Revestimentos e concretos Argamassa de cal, cimento e areia 19 Argamassa de cimento e areia 21 Argamassa de gesso 12,5 Concreto simples 24 Concreto armado 25 4 - Madeiras Pinho, cedro 5 Louro, imbuia, pau óleo 6,5 Guajuvirá, guatambu, grápia 8 Angico, cabriúva, ipê-róseo 10 5 - Metais Aço 78,5 Alumínio e ligas 28 Bronze 85 Chumbo 114 Cobre 89 Ferro fundido 72,5 Estanho 74 Latão 85 Zinco 72 6 – Materiais diversos Alcatrão 12 Asfalto 13 Borracha 17 Papel 15 Plástico em folhas 21 Vidro plano 26 50 2.6 – Valores mínimos das cargas verticais (kN/m2) (Fonte: ABNT - NBR 6120/1980) Local Carga 1 - Arquibancadas 4 2 – Balcões Mesma carga da peça com a qual se comunicam e as previstas em 2.2.1.5 - 3 - Bancos Escritórios e banheiros 2 Salas de diretoria e de gerência 1,5 4 - Bibliotecas Sala de leitura 2,5 Sala para depósito de livros 4 Sala com estantes, de livros a ser determinada em cada caso ou 2,5 kN/m 2 por metro de altura observado, porém o valor mínimo de 6 5 – Casas de máquinas A ser determinada em cada caso, porém com valor mínimo de (incluindo o peso das máquinas) 7,5 6 - Cinemas Platéia com assentos fixos 3 Estúdio e platéia com assentos móveis 4 Banheiro2 7 - Clubes Sala de refeições e de assembléia com assentos fixos 3 Sala de assembléia com assentos móveis 4 Salão de danças e salão de esportes 5 Sala de bilhar e banheiro 2 8 - Corredores Com acesso ao público 3 Sem acesso ao público 2 9 – Cozinhas não residenciais A ser determinada em cada caso, porém com o mínimo de 3 10 - Depósitos A ser determinada em cada caso e na falta de valores experimentais conforme o indicado em 2.2.1.3 - 11 – Edifícios residenciais Dormitórios, sala, copa, cozinha e banheiro 1,5 Despensa, área de serviço e lavanderia 2 12 - Escadas Com acesso ao público (ver 2.2.1.7) 3 Sem acesso ao público (ver 2.2.1.7) 2,5 13 - Escolas Anfiteatro com assentos fixos, corredor e sala de aula 3 Outras salas 2 14 - Escritórios Salas de uso geral e banheiro 2 15 - Forros Sem acesso a pessoas 0,5 16 – Galerias de arte ou de lojas A ser determinada em cada caso, porém com o mínimo de 3 51 17 – Garagem e estacionamentos Para veículos de passageiros ou semelhantes com carga máxima de 25 kN por veículo. 3 18 – Ginásios de esportes 5 19 - Hospitais Dormitórios, enfermarias, sala de recuperação, sala de cirurgia, sala de raio X e banheiro 2 Corredor 3 20 - Laboratórios A ser determinada em cada caso, porém com o mínimo de (incluindo equipamento) 3 21 - Lavanderias Incluindo equipamentos 3 22 - Lojas 4 23 - Restaurantes 3 24 - Teatros Palco 5 Demais dependências: cargas iguais às especificadas para cinemas - 25 - Terraços Sem acesso ao público 2 Com acesso ao público 3 Inacessível a pessoas 0,5 Destinados a heliportos elevados: segundo Ministério da Aeronáutica - 26 - Vestíbulos Sem acesso ao público 1,5 Com acesso ao público 2 – No caso de armazenagem em depósitos e na falta de valores experimentais, o peso dos materiais armazenados pode ser obtido através dos pesos específicos aparentes que constam na tabela 2.7. – Ao longo dos parapeitos e balcões devem ser consideradas aplicadas, uma carga horizontal de 0,8 kN/m na altura do corrimão e uma carga vertical mínima de 2 kN/m. – Quando uma escada for constituída por degraus isolados, estes devem ser calculados para suportarem uma carga concentrada de 2,5 kN, aplicada na posição de cargas das vigas que suportam os degraus, as quais devem ser calculadas para carga indicada na tabela 2.6. 52 2.7 – Características dos materiais de armazenagem (Fonte: ABNT - NBR 6120/1980) Material Peso específico aparente (kN/m 3 ) Ângulo de atrito interno 1 – Materiais de construção Areia com umidade natural 17 30º Argila arenosa 18 25º Cal em pó 10 25º Cal em pedra 10 45º Caliça 13 - Cimento 14 25º Clinker de cimento 15 30º Pedra britada 18 40º Seixo 19 30º 2 – Combustíveis Carvão mineral (pó) 7 25º Carvão vegetal 4 45º Carvão em pedra 8,5 30º Lenha 5 45º 3 – Produtos agrícolas Açúcar 7,5 35º Arroz com casca 5,5 36º Aveia 5 30º Batatas 7,5 30º Café 3,5 - Centeio 7 35º Cevada 7 25º Farinha 5 45º Feijão 7,5 31º Feno prensado 1,7 - Frutas 3,5 - Fumo 3,5 35º Milho 7,5 27º Soja 7 29º Trigo 7,8 27º 53 3 – Referencias bibliográficas 1 – Rebello, Y.C.P., Estruturas de Aço, Concreto e Madeira – Atendimento da Expectativa Dimensional, Zigurate Editora, São Paulo, 2005. 2 – Kulak, G.L. and Grondin, G.Y., Limit States Design in Structural Steel, Quadratone Grafics Ltd., Canada, 2002. 3 – MacDonald, A.J., Structural Design for Architecture, Reed Educational and Professional Publishing Ltd., Great Britain, 1997. 4 – McCormac, J.C., Structural Steel Design - LRFD Method, Harper Collins College Publishers, New York, 1995. 5 – Pfeil, W., Estruturas de Aço – Dimensionamento Prático, Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda., Rio de Janeiro, 1988. 6 – Queiroz, G., Elementos das Estruturas de aço, Belo Horizonte, 1991. 7 – Ambrose, J., Simplified Design of Steel Structures, John Wiley & Sons, Inc., New York, 1997. 8 – Hudson, R., Manual do engenheiro, Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro, 1977. 9 – MIC, Manual Brasileiro para Cálculo de Estruturas Metálicas, Rio de Janeiro, 1986. 10 – Açominas, Edifícios de Andares Múltiplos, Belo Horizonte, 1982. 11 - ABNT NBR 8800/86 - Projeto e Execução de Estruturas Edifícios: Método dos estados Limites, Rio de Janeiro, (Atualmente em revisão). 12 - ABNT NBR 6120/80 – Cargas para Cálculo de Estruturas de Edificações, Rio de Janeiro, 1980. 13 – Gerdau Açominas, Tabela de Bitolas, São Paulo, 2007.