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PEDRO MONTEIRO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA XXX VARA DO TRABALHO DE SÃO CAETANO DO SUL
Processo nº XXX
Metalúrgica Máquinas LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o número XXX, com sede na Rua XXX, Nº XXX, Bairro XXX, CEP XXX, na cidade de XXX, Estado XXX, por meio do seu advogado que esta subscreve, vem, nos termos do artigo 847 da CLT, combinado com o artigo 300 do CPC, aplicado por força do artigo 769 da CLT, apresentar
CONTESTAÇÃO
em face dos autos da Reclamação Trabalhista, que lhe move Pedro Monteiro, já qualificado na exordial, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
DOS FATOS
Pedro Monteiro foi contratado, em 08/05/2004, para exercer a função de gerente, com cargo de gestão, recebendo adicional de 50% em decorrência das atividades por ele realizadas. Recebia como salário a quantia de R$ 3.500,00 e trabalhava na cidade de São Caetano do Sul/SP, de segunda a sábado, das 8 às 16 horas, com uma hora de intervalo para refeição e descanso. Em 20/12/2009, Pedro foi dispensado sem justa causa, recebendo aviso prévio indenizado, recebendo todas as verbas rescisórias em 23/12/2009.
 
DA PRESCRIÇÃO
O contrato de trabalho com a reclamada teve seu término em 20/12/2009, e somente em 04/02/2012, a reclamada ajuizou a presente reclamação trabalhista. 
A esse propósito, o artigo 7º, XXIX da Carta Magna, prevê que o empregado tem o prazo máximo de 2 anos contados do término do contrato de trabalho pleitear créditos resultantes da relação de trabalho. 
Ora, o contrato de trabalho do reclamante foi extinto em, 20/12/2009 e o ajuizamento da demanda ocorreu somente em 04/02/2012, motivo pelo qual transcorrido prazo de 2 anos e aproximadamente 2 meses, restam prescritos os pleiteados créditos resultantes da relação de trabalho. 
Requer-se então a extinção do processo com resolução no mérito, nos termos do artigo 269, IV do Código de Processo Civil.
DO MERITO
Afirma o reclamante que exercia jornada de trabalho de segunda a sábado, das 8 às 16 horas, com uma hora de intervalo para refeição e descanso, perfazendo 42 horas semanais. Ora, o reclamante exerce função de gerente, prevista na CLT, em seu artigo 62, inciso II, motivo pelo qual não está subordinado aos limites de jornada previstos no Capítulo “Da duração do trabalho”. Importante mencionar, que seu adicional de função é de 50%, assim como prevê o parágrafo único do dispositivo supramencionado. Se não bastasse a percepção do adicional de função, o reclamante, conforme narrado na exordial, exercia jornada de 42 horas semanais, e 7 horas diárias, ou seja, exercia jornada permitida pelo artigo 7, XIII, da CF. Por todo exposto, requer-se a improcedência quanto ao pedido de horas extraordinárias, e o indeferimento quanto aos reflexos.
Para o desempenho de suas funções, a empresa fornecia veículo ao empregado, sendo que Pedro poderia também utilizar o automóvel para atividades pessoais. Ora, Vossa Excelência, verifica-se a reclamada só fornecia o veículo para que o empregado se deslocasse até o trabalho, dessa forma, não há que se falar em salário “in natura”. Nesse sentido o artigo 458, §2º, inciso III, da CLT, prevê o transporte destinado ao trabalho não será considerado utilidade. Para que não pairem dúvidas a respeito na natureza dessa utilidade, o Tribunal Superior do Trabalho editou a Súmula 367, item I, afirmando que ainda que o veículo seja utilizado para uso pessoal, sendo este indispensável para a realização do trabalho, como é o caso, não integrará o salário. Por todos estes motivos, requer-se a improcedência quanto o pleito de caracterização do salário “in natura”.
Alega o reclamante que laborava em local com ruído intermitente e contínuo, e consequentemente, pleiteia adicional de insalubridade. Ocorre que o trabalhador sempre utilizou protetores auriculares que eliminavam a insalubridade, em conformidade com a regulamentação do órgão competente, e seu uso era devidamente fiscalizado por seu superior hierárquico. Nessa toada, neutralizada a situação insalubre, prevista no artigo 191, inciso II, do TST, será indevido o pagamento do adicional. O artigo 194 da CLT confirma que eliminado o risco não fará jus ao adicional o empregado que costumava ser exposto as situações de periculosidade e insalubridade. A jurisprudência reafirma tal posição na Súmula 80 do TST. Assim, não uma vez não assiste razão ao reclamante, devendo ser indeferido o pedido de adicional de insalubridade
O reclamante pede a multa prevista no §8º do artigo 477 da CLT, entretanto, tal valor não é devido já que as verbas rescisórias foram pagas no prazo legal. Conforme narrado na exordial, em 20/12/2009, Pedro foi dispensado sem justa causa, teve seu aviso-prévio indenizado e recebeu todas as verbas rescisórias em 23/12/2009. Ou seja, nos moldes do artigo 477, §6º, alínea b, da CLT, as verbas foram pagas dentro do prazo estipulado de 10 dias, contado da notificação da demissão. Assim, este pleito também deverá ser indeferido.
DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Diante dos fundamentos fáticos e jurídicos articulados, requer-se o acolhimento das prejudiciais de prescrição bienal e quinquenal, e por fim, no mérito, sejam julgados improcedentes todos os pedidos aduzidos na peça de ingresso pelas razões expostas. 
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em direito, notadamente depoimento pessoal, prova documental e testemunhal.
 Termos em que, pede deferimento e espera Deferimento
 
Local e data XXX
 Advogado XXX
OAB XXX

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