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slides Sociologia III Análise de Classes 27.03.15 (2)

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1
Análise de classes
3ª aula da disciplina Sociologia IIl (1º 
Semestre de 2015) UFPel
Profª. Drª. Maria Thereza Rosa Ribeiro
27.03.2015
Sociologia III, 1º Sem. 
2015. UFPel MTRR 2
Karl Marx (1818-1883)
• A sociedade de classes desenvolveu a forma antagônica 
de conflitos de classe mais avançada das sociedades 
humanas, por isso ela possibilita esclarecer as 
condições históricas das formas sociais anteriores.
• A sociedade é constituída pela desigualdade e diferença 
das classes sociais, cuja relações estão vinculadas à 
estrutura produtiva da sociedade. 
• O modo de produção capitalista se caracteriza pela 
apropriação desigual da riqueza social, o que gera a luta 
de classes.
Sociologia III, 1º Sem. 
2015. UFPel MTRR 3
Materialismo Histórico
- Concebe o primado da determinação (heteronomia)
causal do modo de produção da vida social na 
reprodução da existência do ser humano; 
- em termos mais gerais, afirma a primazia do processo 
de trabalho, a divisão social do trabalho, no desenvolvimento 
da história humana;
- dá ênfase ao significado do trabalho enquanto meio de 
transformação da natureza e de mediação das relações humana;
- práxis social é a condição do fazer de um sujeito concreto que, ao 
produzir a vida humana, conhece essa como processo de reprodução
ou transformação das formas de vida social e natural. 
Sociologia III, 1º Sem. 
2015. UFPel MTRR 4
Materialismo Dialético
- A realidade social é uma totalidade (unidade) 
diferenciada e especificamente contraditória: 
- o conflito de contrários faz avançar a realidade num
processo histórico de transformação progressiva e 
constante, tanto evolucionária como revolucionária.
- As transformações revolucionárias ou descontínuas da 
realidade contraditória dão origem à emergência de novas 
relações entre os homens. 
Sociologia III, 1º Sem. 
2015. UFPel MTRR 5
Na concepção do materialismo dialético, a transformação 
da realidade deriva: 
1. do desenvolvimento das forças produtivas 
(quantitativo), que origina mudanças qualitativas
revolucionárias (tese);
2. da unidade dos contrários, cuja realidade concreta é 
contraditória (antítese); 
3. da negação da negação, conflito dos contrários, no qual
um contrário nega o outro e é, por sua vez, negado por
um nível superior de desenvolvimento histórico que 
preserva algum elemento de ambos os termos negados 
(síntese).
Sociologia III, 1º Sem. 
2015. UFPel MTRR 6
A análise de classes no marxismo
- Os protagonistas da luta de classes são, de um lado, os 
proprietários dos meios de produção e, do outro, os 
produtores diretos (imediatos). 
Esses protagonistas estão num conflito determinado na 
estrutura de produção da sociedade.
- No processo de produção de mercadorias, os primeiros 
buscam extrair a maior quantidade de mais-valia possível 
em condições históricas dadas, ao passo que os segundos
se organizam para minimizar essa quantidade e produzir 
sob condições de trabalho menos pesadas possíveis
Sociologia III, 1º Sem. 
2015. UFPel MTRR 7
- Relação entre proprietários e produtores é de 
exploração. 
- A categoria exploração inclui o sentido normativo, bem 
como o técnico para indicar
“a apropriação da mais-valia e a alocação do produto 
excedente por pessoas sobre as quais os produtores 
diretos têm pouco ou nenhum controle, num processo 
de produção sobre o qual os produtores têm igualmente 
pouco ou nenhum controle” (p. 474). 
- Mais-valia é quantidade extra de tempo de trabalho 
socialmente necessário para produzir mercadorias, 
apropriado pelo capitalista (ibidem).
Sociologia III, 1º Sem. 
2015. UFPel MTRR 8
- A distinção entre formações sociais escravistas e as 
assalariadas é a forma pela qual a mais-valia é 
extorquida do produtor direto.
- O problema da apropriação e alocação de mais-valia é 
bastante mais complexa do que está formulado no 
conceito. 
- Em sociedades planificadas, o Estado exerce a função de 
centralidade na redistribuição de recursos advindos da 
apropriação de mais-valia ou da arrecadação impostos, 
“para propósitos como a manutenção dos jovens, dos 
doentes e dos velhos, o investimento para nova 
produção e posterior distribuição, o fornecimento de 
serviços coletivos etc.” (p. 474). 
Sociologia III, 1º Sem. 
2015. UFPel MTRR 9
- Ralph Miliband (1924-1994), neomarxista radicado na 
Inglaterra, o sustenta que o processo de dominação e 
subordinação de classes constitui uma condição 
essencial do processo de exploração.
- Na análise de classes, a exploração (extração de mais-
valia) está justificada no objetivo da dominação, porém 
“a exploração nesse sentido não é de maneira alguma o 
único objetivo da dominação” (p. 475).
- Exemplo o patriarcado como forma de dominação 
tradicional (cf. WEBER) propicia aos agentes envolvidos 
prestígio e autoridade, portanto vantagens distintas da 
extração de mais-valia. 
Sociologia III, 1º Sem. 
2015. UFPel MTRR 10
- A categoria dominação proporciona ampliar o foco da
análise de classes que relaciona exploração econômica 
com o contexto social e político sob o modo de produção
capitalista. 
- Para o marxista Erik Olin Wright (1985), a exploração
justifica primordialmente a existência de opressão de uma
classe sobre outra. 
- A centralidade da noção de classe associada à 
exploração é crucial para análise social e histórica do 
capitalismo. Para evitar a abordagem das “múltiplas 
opressões” propostas pelos autores neomarxistas. 
Sociologia III, 1º Sem. 
2015. UFPel MTRR 11
Três formas de controle que integram
a estrutura de dominação
- Para Miliband, a dominação permite examinar e 
identificar realisticamente os protagonistas da luta de 
classes. 
- A classe dominante mantém sua condição de domínio na 
sociedade ao lançar mão do “controle efetivo sobre três
fontes principais de dominação”: 
1. “os meios de produção, onde o controle pode envolver a 
propriedade desses meios(...)”; 
2. “os meios da administração e coerção do Estado”; 
3. “os principais meios para estabelecer a comunicação e o 
consenso” (p. 476). 
Sociologia III, 1º Sem. 
2015. UFPel MTRR 12
- O controle efetivo para fins de exploração é perfeitamente 
possível sem a propriedade pessoal.
- Miliband critica a tese de “revolução empresarial” do 
sociólogo alemão Dahrendorf, a qual atribui aos altos 
executivos e administradores objetivos diferentes 
daqueles dos empresários-proprietários (p.477).
- Estado e os administradores de empresas estatais 
extratores de mais-valia (ibidem).
- “Elite do poder” de Wright Mills (1956): controle do poder 
corporativo e do poder estatal (p. 478-479). 
Sociologia III, 1º Sem. 
2015. UFPel MTRR 13
Estrutura social na sociedades de capitalismo 
avançado.
- As classes sociais não são grupos homogêneos.
- “Elite do poder”: classe dominante exerce o controle 
corporativo e o controle estatal. Facções sociais e
políticas.
- Classe subordinada: estratificação com base na 
ocupação, habilidade, gênero, raça, etnia, religião, 
ideologia etc. Trabalhadores e pequena burguesia
- Classe trabalhadora em declínio? (p.481)
“(...) compõe-se de operários e de funcionários de 
escritório e seus dependentes e de uma variedade de 
homens e mulheres dedicados a ocupações voltadas 
para os serviços e distribuição” (p. 481). 
- São a maioria da população independentemente da
consciência de seu status de “proletário”.
Sociologia III, 1º Sem. 
2015. UFPel MTRR 14 
- Pequena burguesia está posicionada entre a classe 
dominante e a classe trabalhadora na estrutura social 
(p.482). Fazem parte da população subordinada na 
sociedades capitalistas avançadas. (Pequena burguesiaatuante em empresas de pequeno porte - tendência 
direitista pronunciada; já a subprofissional e supervisora –
tendência esquerdista). 
- Subclasse: desempregados, trabalhadores idosos, 
enfermos ou inválidos etc. embora distintos da classe
trabalhadora, fazem parte dela.
Sociologia III, 1º Sem. 
2015. UFPel MTRR 15
- “Nem a mobilidade social nem as fronteiras distintas 
mudam o fato de que a pirâmide é uma dura, sólida 
realidade e de que as diferenças entre a classe situada
nos níveis superiores da pirâmide e as classes situadas 
nos níveis inferiores são de fato muito grandes em termos
de riqueza, renda, poder, responsabilidade, estilo e 
qualidade de vida e tudo o mais que compõe a textura da 
existência” (p. 483).
Sociologia III, 1º Sem. 
2015. UFPel MTRR 16
Tarefas da análise de classes em face da estrutura e do
modo de produção das sociedades capitalistas
adiantadas (p. 483)
1. identificar as distintas classes, traçar o desenho do 
mapa social;
2. analisar as estruturas e os mecanismos de dominação e 
exploração, observando as diferentes maneira pelas quais
a mais-valia é apropriada e alocada. 
3. compreender o conflito entre classes; capital e Estado 
versus trabalho, e capital versus Estado. Também 
pressões exercidas sobre outras classes (pequena 
burguesia, subclasse).
- Pressão de cima para baixo: movimento “conservador” 
das classes dominantes, preservação da ordem social. 
- Formas de pressão de baixo para cima: caráter reformista 
e revolucionário (p. 484)
Sociologia III, 1º Sem. 
2015. UFPel MTRR 17
- Objetivos contraditórios entre classes e facções que 
constituem o fato crucial da vida social (p.485).
- Movimentos sociais e políticos entrelaçam as classes e 
fazem reagir uma à outra, embora cada qual tenha seus 
próprios e diferentes campos de interesse e ação 
(ibidem).
- Luta ideológica – contra-hegemônica.
- Estatismo: “engenharia de consenso” (“assegurar a 
manutenção e a reprodução de força de trabalho eficiente,
por um lado, e a atenuação das queixas e das pressões 
vindas de cima”) p.486.
Sociologia III, 1º Sem. 
2015. UFPel MTRR 18
- Estatismo, também encarregado da força de coerção e 
repressão (monopólio da violência).
- “Tchatcherismo” e “reaganismo”: estatismo 
neoconservador faz retroceder a empresa pública, a 
regulamentação da empresa privada e os serviços de 
previdência. É uma resposta à pressão:
“de cima para baixo com a finalidade de ajudar a 
empresa capitalista e, por meio da erosão dos 
serviços de previdência social, de diminuir a 
independência e a flexibidade da classe trabalhadora” 
(p. 486).
Sociologia III, 1º Sem. 
2015. UFPel MTRR 19
- Reformismo: atenua a rudeza da dominação e exploração
de classe (p.488)
- Democracia capitalista: sistema constitucional e político.
Sistema político propicia canais de participação 
controláveis e assegura “a rotinização” e a redução do 
conflito (p. 489).
- Reformismo e movimento trabalhista contêm a influência 
da esquerda revolucionária. (p.490)

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