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FORMAÇÃO DAS SEMENTES
Pode-se dizer que a evolução máxima nesse sentido está representada pelas flores de Angiospermas, onde as estruturas reprodutivas aparecem da maneira mais distinta e característica.
FLOR
A flor é um ramo transformado, cujas folhas são adaptadas especialmente para a reprodução. Entre as plantas superiores há diferentes formas de flores. Constituídas de maneira geral das mesmas partes variando em número, forma e arranjo. Formadas por: estame(antera onde tem o polen) conjunto de estames é o androceu; carpelo é formado do ovário(onde tem óvulos onde se forma o fruto), estilete q desenvolve o tubo bolinixo e o estigma, parte expandida onde o polen se adere que é o gineceu. Essas flores podem ser monoicas, dioicas ou complexas.
B. MICROSPOROGÈNESE
Os grãos de pólen são formados nas anteras. Na formação da gema floral, as anteras são constituídas por um tecido homogêneo e conforme se desenvolve vai diferenciando de modo que em cada saco polínico tenha uma célula com tamanho superior as demais, que em um determinado momento se diferencia em grão de polen. A existência de, pelo menos, dois núcleos generativos é necessária para que ocorra a dupla fertilização, característica das Angiospermas.
C. MACROESPOROGÊNESE
O desenvolvimento do ovário e dos óvulos se inicia quando a flor ainda se resume a um botão. O óvulo é constituído de uma massa de células formam a nucela, que envolta dela tem duas camadas que formam o integumento externo, a primina e secundina. A nucela, que é proteica, pode ser consumida na formação das semenetes ou ser usada parcialmente e agir como reserva para semente madura, o perisperma.Uma das células da nucela diferenciada pelo tamanho e densidade éa célula-mae do saco embrionário, que sofre meiose, e diversas transformações dando origem ao saco embrionário maduro.
D. POLINIZAÇÃO
Na polinização, as anteras maduras se abrem e soltam os grãos de pólen. A transferência do grão de pólen da antera até o estigma denomina-se polinização. Na auto polinização a transferência do grão de pólen acontece da antera para o estigma de uma mesma flor ou planta. Arroz, feijão, amendoim, trigo, algodão, etc. Se a polinização é para o estigma de uma flor de outra planta, resulta em polinização cruzada; exemplo: milho, alfafa, abóbora, cebola, repolho, cenoura, etc. Essa se dá por ventos e os insetos; o homem, outros animais e a água também podem agir na polinização. Plantas tem estruturas para facilitar dependendo do tipo de agente polinizador, se for o vento, os estiletes serão delgados para que sejam bastante movimentados e liberem o pólen.Nas leguminosas e a maioria das outras plantas portadoras de flores, a transferência do pólen é efetuada em grande parte por abelhas ou outros insetos que obtém de diversas plantas o néctar. A polinização cruzada ocorre, pelo menos ocasionalmente, em espécies normalmente autopolinizadas. O cruzamento oferece uma combinação mais variada entre as características genéticas dos pais e variabilidade.
Conhecendo-se perfeitamente o tipo de polinização de uma espécie, pode-se estabelecer bases para produção de sementes, com maior possibilidades de preservação de pureza varietal. Em plantas autopolinizadas (autógamas) há maiores facilidades para manutenção da pureza genética do que nas plantas de polinização cruzada (alógamas).
E. FERTILIZAÇÃO
Quando o pólen alcança o estigma, adere a superfície estigmática, por causa da rugosidade e da adesividade própria do estigma. Logo em seguida à polinização, o grão de pólen absorve água da superfície estigmática e germina para dar formação ao tubo polínico, que cresce através do estilete até alcançar o ovário. 
a) Singamia: núcleo reprodutivo (n) + oosfera (n) dão origem ao Zigoto (2n)
b) Fusão tripla: núcleo reprodutivo (n) + núcleos polares (2n) dão origem ao núcleo do endosperma (3n).
O núcleo endospermático, após diversas divisões celulares, e outras transformações, dá origem ao endosperma; o Zigoto dá origem ao embrião; os integumentos do óvulo dão origem aos tegumentos da semente. As características herdadas dos progenitores através do processo de reprodução assexuada, são transmitidas aos descendentes através de genes localizados em cromossomas dos gametas masculino e feminino. Os caracteres carregados pêlos núcleos generativos e oosfera, praticamente determinam as características biológicas do embrião, do endosperma e, portanto, da futura planta.
F. DESENVOLVIMENTO DO EMBRIÃO
Logo após a fertilização, o ovo fertilizado é envolvido por uma parede celular. Ocorrem diversas divisões celulares e formam uma massa de células que se desenvolve no embrião da semente, que a principio é desorganizado mas com o tempo se distingue no pró-embrião cilíndrico (bem similar para mono e di, que se diferenciam depois desse momento). O embrião maduro possui todos os órgãos primordiais da futura planta, mais ou menos diferenciados, de acordo com a espécie a que pertence. A morfologia do embrião maduro e sua posição da semente difere tanto nas plantas que pode ser usado na identificação de plantas. Em geral ele consta de: radícula, hipocótilo(região do embrião abaixo da inserção dos cotilédones), cotilédones(primeiras folhas embrionárias, podem ser uma ou duas, nas dicotiledôneas funciona como armazenador de substancias e nas gramíneas funciona como haustório para absorver substancias do endosperma e protegendo a plúmula), plúmula(broto vegetativo do embrião, massa meristemática que origina o epicótilo e depois caule, ramos e folha, se desenvolve logo acima dos cotilédones).
G. DESENVOLVIMENTO DO ENDOSPERMA
Durante o desenvolvimento do embrião, os núcleos passam por varias divisões formando uma massa de núcleos que enche o espaço não ocupado pelo embrião. Nas sementes de gramíneas é uma massa celular de reserva, são chamadas albuminosas.As leguminosas são exalbumnosas, sem endosperma, que foi usado no desenvolvimento do embrião; a reserva nutritiva está nos cotilédones. Existem, todavia, dicotiledôneas que apresentam sementes portadoras de endosperma. De acordo com a natureza das substâncias de reserva armazenadas, as sementes podem ser classificadas em:
a) amiláceas: quando a principal substância de reserva é o amido, como o milho, o arroz e o trigo.
b) aleuro-amiláceas: sementes que armazenam amido e proteínas, como o feijão.
c) oleaginosas: as reservas são ricas em óleos, como o amendoim e a mamona.
d) aleuro-oleaginosas: quando existem reservas protéicas além de óleos, como a soja.
e) córneas: reservas celulósicas, como o caqui e a palmeira jarina.
H. TEGUMENTOS
Os tegumentos do óvulo dão origem aos tegumentos da semente: do tegumento externo (primina) forma-se o tegumento externo da semente, a parte do tegumento interno (secundina) forma-se a capa interna da semente, a tegma. A estrutura e a consistência é bem variável. Eles tem como principal função: manter unidas as partes internas das sementes; proteção contra impacto e abrasões; barreira à entrada de insetos e microorganismos; regular a velocidade de hidratação, evitando ou diminuindo possíveis danos devido às pressões desenvolvidas durante a embebicão, e regular a intensidade e a velocidade das trocas gasosas entre a semente e o ar.
FRUTO E SEMENTE
Do ponto de vista botânico, um fruto normal é um ovário maduro de uma flor, incluindo uma ou mais sementes e também qualquer parte da flor que seja intimamente ligada ao ovário maduro. Esta definição incluiria os frutos secos de uma semente, como as cariópses ou grãos de milho, arroz, aveia, trigo, outros cereais e forrageiras, tanto quanto as vagens dos feijões, das ervilhas, das alfafas e outras leguminosas e muitas outras estruturas que não são frutos no senso popular.
A semente é o óvulo maduro, do qual pode haver um ou mais desenvolvidos dentro do ovário de uma leguminosa, porém, nunca mais de uma em gramínea. O fruto contém a semente. Por exemplo, a vagem do feijoeiro é um fruto e, os grãos do feijão dentrodelas, são as sementes. É especialmente nos frutos secos de uma semente que há dificuldade de se distinguir fruto e semente. Por exemplo, os frutos (grãos) de cereais se observaram cuidadosamente seu completo desenvolvimento e estudarmos detalhadamente sua estrutura, eles serão identificados como frutos verdadeiros, tendo um finíssimo pericarpo (parede do ovário) envolvendo a semente. Na maioria das plantas, o fruto não se forma sem a polinização, que é seguida pela fertilização e desenvolvimento normal da semente.
J. ESTRUTURA DAS SEMENTES
Após a fertilização, inicia-se uma fase de transformações que resultam na formação das sementes. Todas as sementes constam no mínimo de duas partes: (1) o embrião e (2) os tegumentos. A terceira parte, chamada endosperma, constitui uma larga porção de sementes das gramíneas e está presente em menores quantidades em certas dicotiledôneas; ele está enclausurado junto ao embrião, dentro dos tegumentos. Nas leguminosas, quando presente, é constituído de uma ou umas poucas camadas de células entre o embrião e os tegumentos.
Os tegumentos da semente são provenientes dos tegumentos ou integumentos do ovulo Nas leguminosas, dois tegumentos estão presentes na semente: o interno fino e delicado, e o externo espesso e resistente, constituindo uma estrutura de proteção. Nas leguminosas existe o hilo: é uma cicatriz bem distinta que marca o lugar onde a semente se separou da vagem. 
As plantas rudimentares geralmente são compostas por: a plúmula ou broto rudimentar; os cotilédones, em número de um ou dois; hipocótilo (eixo hipocotiledonário), a parte do embrião que fica entre os cotilédones e a extremidade da raiz rudimentar; radícula. A plúmula, o hipocótilo e a radícula juntos formam o eixo do embrião.
Na germinação, a plúmula dá origem aos ramos e a radícula à raiz primária. Os cotilédones das leguminosas e muitas outras plantas dão formação a folhas temporárias ligadas ao eixo do embrião; diferem das folhas típicas porque são adaptadas para armazenar reservas alimentares. Em alguns casos podem realizar a fotossíntese durante algum tempo, depois de ter o embrião se livrado dos tegumentos; porém, vão se tornando paulatinamente mais fracos ou tornam-se pouco visíveis depois das folhas verdadeiras estarem formadas. O cotilédone simples das gramíneas (escutelo) mantém-se como estrutura absorvedora de alimento dentro dos tegumentos durante a germinação.
Em adição as três estruturas básicas (embrião, endosperma e tegumentos) outros tecidos podem ocasionalmente participar da estrutura das sementes; é o caso do perisperma, tecido de origem nucelar, cuja função é acumular reservas nutritivas, podendo ser uma formação passageira ou persistente.
L. APOM1XIA
Certas plantas multiplicam-se assexuadamente, portanto sem a ocorrência da fertilização, embora pareça haver a formação de sementes pelo processo sexual. Este fenômeno é conhecido como apomixia. Acontece a partir do tecido que circunda o saco embrionário (nucela) de gemas que dão origem a sementes semelhantes l sementes normais produzidas por fertilização. As plantas assim originadas são ditas apomíticas. É equivalente a reprodução por clones, tendo a vantagem de não haver segregação.
•POLIEMBRIONIA
Vem a ser a ocorrência de mais de um embrião dentro da semente e são classificados na literatura como falso (s) ou verdadeiro (s). As causas deste fenômeno não são conhecidas. Comum em citros, abacate, manga e etc. Onde um é reprodutivo e os outros são apogâmicos.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE SEMENTES
São divididos em dois grupos: os constituintes e os materiais de reserva. Estes componentes são oriundos, por translocação, de elementos acumulados anteriormente em outras partes da planta ou através de fotossintetização, por ocasião da formação e desenvolvimento da semente.
Considerando o principal composto armazenado as sementes podem ser divindades em ricas em carboidratos(maioria dos cerais), ricas em lipídeos(as oleaginosas como girassol e canola). Ou ricas em proteína, são pouco conhecidas, sendo uma das poucas exceções a soja.
A composição química quantitativa das sementes é definida geneticamente, apesar de poder ser, até certo ponto, influenciada pelas condições ambientais a que foram submetidas as plantas que a originaram. Desta forma, observam-se variações em função das espécies e das cultivares e, mesmo para uma dada cultivar, podem-se ter variações em função da posição da semente em relação ao fruto ou da inflorescência, como no caso do girassol.
A maior contribuição no teor do componente da semente, como um todo, é dado pelo endosperma ou pêlos cotilédones, por serem estes os que ocupam a maior parte da semente e por se tratar, evidentemente, de tecidos de reserva, enquanto as demais partes nem sempre acompanham, na mesma proporção a porcentagem de seus componentes.
É importante conhecer a composição química das sementes, porque diz respeito a influencia da composição química no gasto de energia das plantas para produzi-las.
CARBOIDRATOS
Os hidratos de carbono são quantitativamente os componentes mais importantes nos cereais, formando aproximadamente 83% da matéria seca total das tementes de trigo, cevada, centeio, milho, sorgo e arroz, e cerca de 79% na aveia (KENT, 1971). Entre os carboidratos, os mais importantes são: o amido, que é o predominante, celulose, hemicelulose, pentasonas, dextrinas e açúcares.
 	A celulose é o principal constituinte das paredes celulares das sementes e fibras brutas(principalmente no tegumento).A Hemicelulose é um importante carboidrato armazenado. É geralmente encontrada na terceira camada celular do endosperma ou do cotilédone.Os açúcares representam, de maneira geral, uma pequena porcentagem entre os carboidratos presentes na semente. Entre os açúcares presentes na semente, encontram-se monossacarídeos como glucose, frutose, galactose; dissacarídeos, como sacarose; e oligossacarídeos, como rafinose e estaquiose. As proporções destes são variáveis dentro da espécie, em função das cultivares.
As mucilagens podem ocorrer freqüentemente no tegumento de sementes de algumas espécies, podendo estas estar relacionadas com a dispersão ou a absorção de água, durante a germinação.
LIPÍDIOS
Os lipídios são constituintes encontrados em todas as partes da semente, ocorrendo em maior parte no embrião (cotilédones) e, em alguns casos, no endosperma. São geralmente representados na forma de glicerídeos (triglicerídeos) de ácidos graxos, sendo predominantes nas sementes os ácidos graxos insaturados. Os de ocorrência mais comum são os ácidos oléico, linoléico e linolênico.Os lipídios podem estar complexados com proteínas e carboidratos. ou localizados dentro das matrizes do glúten ou grânulos de amido. Denominam-se lipídios livres, aqueles que podem ser extraídos por solvente não polar, enquanto que os extraídos por solventes mais polares são referidos como fixados.O teor de óleo na semente pode variar em função das características genéticas (cultivar ou variedade) e em função do meio ambiente
PROTEÍNAS
As proteínas são os componentes básicos de toda célula viva. São polímeros de aminoácidos sintetizados biologicamente na célula e funcionam como enzimas(metabolicamente ativas), componentes estruturais e materiais de reserva(inativas). As sementes dos cereais, apresentam, em geral, menor teor de proteína, quando comparadas às leguminosas e às sementes ricas em óleo, porque, normalmente, não foram selecionadas neste sentido. Observa-se que dentre os componentes químicos da semente, as proteínas sempre se apresentam em menor proporção do que os carboidratos ou os lipídios, exceção feita à soja.
As proteínas são encontradas em todos os tecidos das sementes, apresentando-se em maiores concentrações no embrião. Para o caso dos cereais, as maiores concentrações são encontradas no embrião e na camada de aleurona, do que no endosperma, pericarpo e tegumento. Entretanto, nestas espécies, como o endosperma representa a maior porcentagemem peso da semente, a maior contribuição da proteína é dada por esta parte, diferindo, portanto, das espécies em que os materiais de reserva são acumulados nos cotilédones.
Uma fração das proteínas ao as enzimas, que se desenvolvem principalmente | nas células da camada de aleurona, de sementes em germinação.
OUTROS COMPONENTES
Apresentam também, em sua composição, os mesmos minerais que são encontrados em outras partes da planta, constituídos pêlos macro e micronutrientes. Outros elementos, além destes, são encontrados como traços nas cinzas, como: bário, bromo, lítio, alumínio, estrôncio, níquel, estanho, flúor, chumbo, cobalto, iodo e arsênio.
As sementes apresentam como compostos nitrogenados, além das proteínas, em certa quantidade de aminoácidos e amidas. Alcalóides, como por exemplo, a cafeína no café, teobromina no cacau, sojina na soja e ricina em mamona. As sementes apresentam um número razoável de pigmentos como caroteno, carotenóides, antocianinas e pigmentos flavonóides, além de outros; todavia, a clorofila normalmente encontra-se ausente, apesar de ocorrer.As vitaminas também são outro grupo de substâncias encontradas nas sementes, sendo de grande interesse as utilizadas na alimentação. Também os fitohormonios, promotores e inibidores de crescimento relacionados aos fenômenos de dormência e germinação.Como AIA, giberelina, citocininas e ABA. Outras são constatadas após a semente iniciar a sua germinação, como no caso da produção de etileno.
MATURAÇÃO DE SEMENTES
Em tecnologia de sementes, o estudo da maturação é feito com o objetivo de se determinar o ponto ideal de colheita, visando à produção e a qualidade das sementes. Ao atingir a maturidade fisiológica, a semente está praticamente desligada da planta, recebendo dela nada ou quase nada. Assim, essa semente que ainda se encontra fisicamente ligada á planta, pode ser considerada como armazenada, concluindo-se então, que o armazenamento começa muito antes da semente ser colocada no armazém.
O ponto de maturidade fisiológica ou ponto de máxima qualidade fisiológica é entendido como o ponto em que a semente apresenta o máximo de germinação e vigor, e o estudo da maturação das sementes visam justamente determinar, para cada espécie, como e quando ele é atingido. O ponto de maturidade fisiológica dentro de cada espécie pode variar em relação ao momento de sua ocorrência, em função da cultivar e das condições ambientais.
Para o estudo da maturação são consideradas normalmente as seguintes características de natureza física e fisiológica: tamanho, teor de água, conteúdo da matéria seca, germinação e vigor.
TAMANHO DA SEMENTE
Crescimento é rápido, resultado da multiplicação e desenvolvimento das células constituintes do eixo embrionário e tecido de reserva. Quando atingido, o tamanho máximo este émantido por certo tempo para depois ser um pouco reduzida, essa redução corresponde ao período de rápida e intensa desidratação.
TEOR DE ÁGUA DAS SEMENTES
Depois da formação do zigoto, a semente tem um alto teor de agua de 70% a 80%, tem uma pequena elevação e depois decresce. Esse decrescécimo tem duração variável, com espécie, cultivr, ambiente. Depos de descrescido ate certo ponto, começa a ocilar com a UR doar, isso quer dizer que a planta-mãe não exerce mais controle sobre o teor de água da semente.
CONTEÚDO DE MATÉRIA SECA DAS SEMENTES
O acúmulo de matéria seca em uma semente em formação se faz, inicialmente, de maneira lenta, pois logo após a fecundação do óvulo, a divisão das células t mais intensa do que o seu desenvolvimento. Este período é, em geral, de curta duração, em seguida, tem início uma fase de rápido e constante acúmulo de matéria seca, até que um máximo é atingido. Este máximo é mantido por algum tempo, podendo, no final do período, sofrer um pequeno decréscimo, resultante de perdas pela respiração da semente.
GERMINAÇÃO DAS SEMENTES
Esta é uma característica de difícil avaliação, uma vez que o fenômeno da dormência pode interferir acentuadamente nos resultados do teste de germinação, que é a Única maneira de se avaliá-la. Quanto a capacidade de germinação de sementes durante o processo determinação, podemos observar dois tipos de comportamento. No tipo l, a dormência é induzida nas sementes logo após estas terem atingido um determinado estádio, onde elas tem capacidade de germinar muito cedo e a dormência é curta. Já no tipo 2, que ocorre nas espécies cujas as sementes adquirem a capacidade de germinação somente após um período relativamente longo, onde neste ponto, o decréscimo no teor de água já está se processando de modo cada vez mais acentuado, a capacidade de germinação cresce de maneira ininterrupta até um ponto máximo
VIGOR DAS SEMENTES
O vigor de uma semente, durante a maturação, é uma característica que acompanha, de maneira geral na mesma proporção, o acúmulo de matéria seca. Assim, uma semente atingiria seu máximo vigor quando se apresentasse com o seu máximo peso de matéria seca, variando um pouco com espécie e condições ambientais. Deste ponto em diante, contudo, a evolução dessa característica se faria de maneira semelhante à da germinação, isto é, tenderia a se manter no mesmo nível, ou decresceria, na dependência de fatores ambientais e de modo e momento da colheita.
ANÁLISE DAS MODIFICAÇÕES
A germinação, vigor e conteúdo de matéria seca chegam a um ponto máximo, aproximadamente ao mesmo tempo, sendo que neste momento, se observarmos a curva do teor de água, notamos que o ponto máximo de germinação, vigor e conteúdo de matéria seca coincidem com, ou está muito próximo do ponto em que o teor de água começa a decrescer rapidamente.
A semente é o órgão "reservatório" por excelência da planta. Os produtos formados nas folhas, pelo processo fotossintético, e os armazenados em outras partes da planta, são encaminhados para a semente em formação, sendo aí transformados e utilizados tanto como material de construção, como futuro material de reserva. Para que o processo de transformação, deposição e aproveitamento de material fotossintetizado se realizem, é necessário que o meio em que a deposição está ocorrendo seja bastante aquoso. Em outras palavras, para que este material se transforme, deposite e seja utilizado na semente, é preciso que esta esteja bastante úmida, caso contrário, isso não ocorrerá. Durante toda fase em que as sementes acumulam matéria seca, o teor de água é mantido a altos níveis. Ela mantém alto teor de agua, cresce ininterruptamente, mas aumenta também intensidade respiratória. A matéria seca depositada é muito maior do que a perdida por respiração, não sendo um problema. Porém, quando a semente atinge a quantidade de matéria seca a qual foi geneticamente programada o conteúdo de matéria seca é o máximo, e o teor de água alto é perigoso. Que se não começar a reduzir pode causar deterioração, ou germinar sobre a própria planta. Então começa a rápida desidratação das sementes, 
A determinação da maturidade fisiológica pelas características descritas é de interesse do tecnologista de sementes; todavia, a utilização desta metodologia na prática pode apresentar inconvenientes de difícil solução para o produtor. Isto porque, a fixação em termos de dias, da maturidade fisiológica após a ocorrência de um dado evento, como semeadura, emergência de plantas, florescimento, frutificação, etc., pode apresentar diferenças para uma dada espécie e cultivar, em função das variações do meio ambiente. Há, portanto, a necessidade de se detectar, sempre que possível outra ou outras características de mais fácil observação, que possam definir com razoável precisão esta maturidade.
MATURIDADE E COLHEITA
Pelas considerações anteriores, fica claro que o momento de colheita deveria ser aquele em que a semente atingiu a maturidade fisiológica, pois que, após aquele ponto, de maneira geral, o único fato significativo que ocorre na vida da semente é a sua rápida desidratação.
Para a colheita poder ser feita exatamentenesta fase, traria uma série de problemas de solução bastante difícil. Um dos maiores residiria no fato de que, neste ponto, a planta ainda se encontra com uma quantidade relativamente grande de folhas e ramos verdes, úmidos, o que dificultaria a ação da colhedeira Outro problema seria o resultante da injuria mecânica; dado o teor de água no ponto de máximo peso de matéria seca, a semente fica particularmente suscetível à injúria mecânica por amassamento. Esse tipo de injúria é, às vezes, ainda mais perigoso do que o por "quebramento", por não ser visível e nem modificar sensivelmente as características físicas da semente, o que impossibilitaria sua eliminação durante o beneficiamento. Outro sério problema é que, se o alto teor de água com que as sementes seriam colhidas não for reduzido rapidamente, poderia, em um período de tempo extremamente curto (2 a 3 dias), provocar um drástico processo de deterioração, inutilizando as sementes para semeadura. Além dos problemas mencionados anteriormente, teria que se dispor de secadores artificiais para se conseguir uma secagem rápida e eficiente. Como solução alternativa, poderia se aplicar, às plantas, produtos químicos de ação desfolhante, ou dessecante, no ponto de maturidade fisiológica.
A não ser que se consiga desenvolver máquinas capazes de efetuar a colheita de plantas e sementes com teor de água elevado, a aplicação de dessecantes parece ser a única saída viável para se colher sementes no ponto de maturidade fisiológica, em áreas extensas de produção.
DORMÊNCIA
Dormência é o fenômeno pelo qual sementes de uma determinada espécie, mesmo sendo viáveis e tendo todas as condições ambientais para tanto, deixam de germinar. O estado de dormência não se confunde com o de quiescência, que é um estado de repouso em que, estando viável a semente, ela é facilmente superável com o fornecimento das condições ambientais necessárias.
O fenômeno da dormência é tido como um recurso pelo qual a natureza distribui a germinação no tempo. Os vegetais conquistaram o espaço, via sementes, quando as dotaram de diferentes tipos de apêndices certa mobilidade. Desta forma, a germinação de determinada semente pode vir a ocorrer num local totalmente diferente daquele em que foi produzida, possibilitando assim, à espécie, contar com um maior número de combinações climáticas, o que, no final, resulta em maior possibilidade de sua sobrevivência.O elemento tempo cronológico foi conquistado pelo mecanismo de dormência.A distribuição da intensidade de dormência é feito ao nível genético. Esses fatores genéticos que controlam a intensidade da dormência teriam uma grande sensibilidade, determinando grandes diferenças entre sementes, às vezes até vizinhas no mesmo fruto.
Controle de entrada de água
Este mecanismo impede que a água entre no interior da semente quando esta é colocada em um substrato com as condições apropriadas para a germinação. A casca é recoberta, ou constituída de substâncias cerosas que exercem diretamente o papel de impedir a entrada de água.
Na natureza, a quebra da dormência por impermeabilidade à água é conseguida por processos de escarificação que envolvem a participação e a interação de microorganismos e temperaturas alternadas, bem como de animais (ruminantes, aves, etc.).
Controle do desenvolvimento do eixo embrionário
Em algumas espécies, a semente ao atingir o ponto de "maturidade fisiológica", apresenta-se com o embrião apenas parcialmente desenvolvido.Apresenta-se como uma massa indiferenciada de células. A semente, colocada em substrato apropriado, deixaria, portanto, de germinar.
3. Controle do equilíbrio entre substâncias promotoras e inibidoras do crescimento
E o mais complexo de todos os mecanismos de dormência. Em diferentes espécies, substâncias localizadas em diferentes tecidos, associadas a diferentes sistemas na semente, determinam comportamentos às vezes altamente específicos. Relacionando principalmente a ocorrência dos hormônios giberilina, citocinina e inibidores.
3.1. Sensibilidade à luz
A luz pode exercer um efeito tanto estimulador, como inibidor da germinação das sementes, dependendo do comportamento da onda luminosa que as atinja. Quando a semente é exposta a comprimentos de onda no espectro vermelho (V), é estimulada a germinar; ao passo que quando exposta a comprimento vermelho distante (Vd) causam inibição da germinação. 
Foi proposto o termo fotoblastismo para designar a sensibilidade das sementes à luz, ficando as espécies divididas em fotoblásticas positivas e fotoblásticas negativas.
Evidências vêm se acumulando no sentido de mostrar ser o fenômeno da dormência resultante de um equilíbrio entre hormônios vegetais de ação antagônica: os que promovem e os que inibem o crescimento vegetal. O fitocromo, ao ser estimulado pela luz, seria o modificador do equilíbrio hormonal, de maneira que os estimuladores do crescimento passassem a predominar quantitativamente sobre os inibidores.
 	Modelo de THOMAS (1977): a dormência resulta de um estado de equilíbrio entre inibidores da germinação (mais eficiente: Ácido abscisico) e estimuladores da germinação (mais importantes as giberelinas). No restabelecimento do equilíbrio favorável, as giberelinas não exerceriam papel direto algum, sendo este equilíbrio responsável por outro grupo de hormônios, as citocininas, que anulariam o efeito dos inibidores.
A ação da luz, portanto, seria levar o fitocromo de sua forma inativa à ativa, que liberaria, ou ativaria por um processo desconhecido, as citocininas. 
3.2. Sensibilidade à temperatura
Em certos casos, o sistema de dormência é operado pela temperatura.Existem sementes que o sistema de dormência pode ser operado em separado, ou conjuntamente pêlos dois elementos, mas há outras que são só sensíveis ao agente temperatura, e não à luz, tendo como exemplo as sementes de pêssego.
A ação da temperatura pode se dar por baixas temperaturas associadas à umidade, ou temperaturas altas associadas ao ar seco. A maioria das sementes se encaixa no primeiro caso, tendo sua dormência quebrada por temperaturas mais altas.A ação de baixas temperaturas associadas a alta umidade estaria relacionada com alterações no equilíbrio entre hormônios, promotores e inibidores do crescimento.
No caso de sensibilidade a baixas temperaturas, a semente em condições naturais, não devem germinar antes de o inverno acabar, mostrando que a temperatura exerce seu efeito de maneira quantitativa. Existem alguns casos em que o sistema inibidor da germinação é superado pela ação de temperaturas relativamente altas.
3.3. Sensibilidade ao oxigênio e/ou ao gás carbônico
Existem sementes cujos tegumentos são tidos como impermeáveis ao oxigênio ou ao gás carbônico. Não absorvendo o oxigênio ou não liberando gás carbônico, a semente não consegue germinar. Compostos fenólicos na casca controlam basicamente a entrada de O2. Alguns fatores podem exercer, também, restrição à absorção de oxigênio: a espessura da casca, tamanho da semente (quanto maior a semente, maiores são as dificuldades para o oxigênio atingir a face do eixo embrionário que está em contato com o tecido de reserva), posição do tecido meristemático (quanto mais exposto estiver o eixo embrionário, mais facilmente o oxigênio o alcançará) e a temperatura do meio onde a semente se encontra (a solubilidade do oxigênio em água cai à medida que aumenta a temperatura).
 
MÉTODOS PARA SUPERAR A DORMÊNCIA
l. ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO PÓS – COLHEITA
Consiste na indução a quebra de dormência das sementes em ambiente seco a 25°C, com o objetivo de facilitar a emergência das sementes em condições de campo. 
ESCARIFICAÇÃO DO TEGUMENTO	
2.1. MECÂNICA
Consiste na escarificação das sementes em uma superfície capaz de provocar uma pequena lesão no tegumento das sementes, de modo a permitir a absorção de água e com isso, induzir as mesmas à germinação.
2.2. QUÍMICA
Consiste na embebição das sementes em um recipiente comsolução contendo ácido sulfúrico ou outra substância química.
2.3. ÁGUA QUENTE
LAVAGEM COM ÁGUA CORRENTE
É feita com o objetivo de se remover substâncias inibidoras na semente bem como, impurezas que possam estar presentes junto as sementes, e com isso, viabilizar a germinação das sementes.
PRÉ-SECAGEM
As sementes são aquecidas a uma temperatura não superior a 40 °C com livre circulação de ar por 7 dias antes de serem semeadas no campo.
5. PRÉ-RESFRIAMENTO
Certas sementes dormentes podem ser induzidas à germinação com o emprego de uma temperatura constante mais baixa do que a indicada para essa semente. Isso é feito, armazenando as sementes em uma câmara com temperaturas abaixo da indicada para essas sementes objetivando a quebra da dormência e a conseqüente indução da geminação dessas sementes.
EMBEBIÇÃO EM SOLUÇÕES DE NITRATO DE POTÁSSIO (KN03) E REGULADORES DE CRESCIMENTO
As sementes são colocadas nessas soluções em substrato umedecido para que ocorra a indução da germinação. 
GERMINAÇÃO
Germinação é o fenômeno que, sob condições favoráveis, o eixo embrionário dá prosseguimento ao seu desenvolvimento, que estava reduzido no final do processo de maturação fisiológica. A semente madura apresenta baixo teor de água, baixa taxa respiratória e metabólica. Se esta não apresentar dormência, for viável e tiver condições ideais (água + temperatura + oxigênio), o processo de germinação ocorrerá.
Fases da Germinação
A germinação é um processo que consome energia. A energia utilizada na germinação é proveniente da degradação de substâncias de reserva da própria semente, utilizando-se o oxigênio para queimar esses produtos. Uma semente, por mais baixo que seja seu teor de água nunca deixa de respirar, sendo então, o processo de maturação/germinação ininterrupto.
É fundamentalmente em função do teor de água que a semente atinge, 3 etapas no processo germinativo.A curva número l representa, genericamente, aquelas sementes cujo principal tecido de reserva é do tipo cotiledonar, e a 1 aquelas cuja principal tecido de reserva é endospermático.
Etapa n.º IEsta etapa seria de maneira geral, muito rápida: em uma ou duas horas a semente a completaria, atingindo um teor de umidade entre 35 e 40% para as sementes do grupo l e 25 a 30% para as do grupo 2. Essa fase se caracteriza fisiologicamente por um acentuado aumento na intensidade respiratória, que resulta na produção de grandes quantidades de energia para degradar
 substâncias de reserva. Essas substâncias deverão nutrir o crescimento do eixo embrionário até o ponto em que a plântula resultante tenha desenvolvido um sistema radicular capaz de retirar do solo os nutrientes que a planta necessita. 
A fase I é, portanto, uma fase em que as substâncias de reserva são desdobradas em substâncias de menor tamanho molecular, permitindo um transporte mais fácil.
 Etapa nº II:
. Esta é uma fase em que, aparentemente, está ocorrendo um transporte ativo das substâncias desdobradas na fase anterior, do tecido de reserva para o tecido meriastemático. O eixo embrionário, que já está recebendo algum nutriente, não consegue crescer. Outra característica desta fase, é que a semente para praticamente de absorver água, sendo os aumentos no conteúdo de água muito pequenos à medida que passa o tempo. Esta fase é mais longa que a fase I. A intensidade respiratória da semente também cresce de maneira muito lenta. 
Etapa nº III:
A partir de um teor de umidade que varia de unas 35a 40% para endospermáticas f de uns 50 a 60% para as cotiledonares, a semente volta a absorver água e a respirai intensamente. Deste ponto em diante tem inicio o crescimento visível do eixo embrionário inicia-se a fase III da germinação. Bioquimicamente, as substâncias desdobradas na fase I r transportadas na II, são reorganizadas em substâncias complexas, para formar o citoplasma o protoplasma e as paredes celulares, o que permite o crescimento do eixo embrionário.
Tipos de germinação
Germinação epígea
A parte aérea é posta para fora do solo envolta nos cotilédones. Há um rápido e vigoroso crescimento inicial do eixo hipocótilo-radicula, ao passo que o epicótilo e suas folhas primárias, no interior dos cotilédones, praticamente não cresce. Forma-se uma alça, que é a primeira parte da plântula a atingir a superfície do solo. Ao atingir a luz, esta alça tende a se endireitar, levantando-se.
Este tipo de germinação ocorre quase com exclusividade entre as dicotiledôneas. MAS A CEBOLA QUE EH MONO TB FAZ.
Germinação hipógea
A parte aérea é posta para fora do solo envolta pelo coleoptilo(membrana em formato de bainha), com um formato anatomicamente adaptado para furar, rompe a camada de solo e sai à luz; a plúmula vem crescendo imediatamente depois, protegida pelo coleoptilo, sem sofrer qualquer espécie de restrição mecânica. Milho.
	Figura 2.: Germinação epigeal (semente de soja).
	Figura 3.: Germinação hipogeal em monocotiledônea (milho).
Fatores que afetam a germinação
Fatores internos
Para que germine, a semente deve estar viva. O período que uma semente pode viver é aquele determinado por suas características genéticas, e recebe o nome de longevidade. O período que a semente realmente vive é determinado pela interação entre os fatores genéticos e ambientais; esse período recebe o nome de viabilidade (genética da planta progenitora, vigor das plantas progenitoras, condições climáticas predominantes durante a maturação das sementes, grau de injuria mecânica, condições de armazenamento).
 2. Fatores externos
Água
É o fator que exerce a mais determinante influência sobre o processo de germinação. Da absorção da água resulta a reidratação dos tecidos com a conseqüente intensificação da respiração e de todas as outras atividades metabólicas, que culminam com o fornecimento de energia e nutrientes necessários para a retomada do crescimento, por parte do eixo embrionário. A absorção varia com a espécie, disponibilidade de agua, area de contato e temperatura.
Temperatura
A temperatura pode influir tanto na velocidade de absorção de água, como pode afetar também as reações bioquímicas que determinam todo o processo.A germinação só ocorre dentro de determinados limites de temperatura, acima ou abaixo do qual, ela não ocorrerá, existindo uma ótima. Afeta o processo germinativo de três maneiras distintas: sobre o total de germinação; sobre a velocidade de germinação e sobre a uniformidade da germinação.
Oxigênio
O oxigênio é um fator fundamental para que a germinação ocorra, pois a degradação das substâncias de reserva da semente para o fornecimento de nutrientes e energia para o desenvolvimento do eixo embrionário, é um processo de queima desses produtos, tendo como combustível o oxigênio.
Metabolismo da germinação
As substâncias de reserva encontram-se principalmente na forma insolúvel, como os polissacarídeos, os lipídeos e proteínas. A utilização dessas substâncias para promover o crescimento dos tecidos do eixo embrionário,depende da conversão para compostos solúveis eo transporte pra regiões de crescimento, isso é feito por enzimas. O amido, que é o principal carboidrato armazenado, até degradar-se em forma solúvel e utilizável (glucose), precisa da ação de enzimas específicas. 
As proteínas e os lipideos de reservas são hidrolizados. A germinação da semente, iniciada graças às próprias reservas do embrião é mantida com a degradação dos componentes dos tecidos de reserva, pela atividade enzimática e fluxo dos componentes solúveis ás regiões de crescimento.
O eixo embrionário cresce tanto pelas suas células aumentarem de tamanho como por se multiplicarem, por divisões mitóticas. O processo de expansão celular e divisão dependem da energia e das moléculas mais simples, resultante da degradação das mais complexas substâncias armazenadas nos tecidos de sustentação, que são utilizados nos processos de síntese de proteínase das substâncias estruturais de novas células.
DETERIORAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES VTGOR
Em relação ao termo vigor, podemos diferenciar dois aspectos, o genético e o fisiológico. O vigor genético é aquele observado na heterose ou nas diferenças de vigor entre duas linhagens, enquanto que o vigor fisiológico é observado entre lotes de uma mesma linhagem genética, cultivar ou espécie, sendo que este não depende apenas do genético, mas também das condições a que são submetidas as plantas e as sementes que estas irão germinar.
Fatores que afetam o vigor 
a) Genético
O genótipo das plantas determina parcialmente o vigor apresentado pelas sementes, de maneira que existem diferenças entre cultivares de uma mesma espécie.
b) Durante a produção
 
As reservas acumuladas nas sementes são resultado de translocação de material fotossintetizado, parte antes e parte após a antese, sendo que as condições ambientais durante a produção importantes desta forma, o vigor da semente é afetado pelas condições ambientais mesmo antes da sua formação, pois condições de clima que afetam o desenvolvimento da planta e o florescimento poderão ter reflexos sobre o vigor das futuras sementes.
Formação da flor e fertilização, desenvolvimento da semente(temperatura, agua), fertilidade do solo e composição química das plantas, maturação da semente(maduras dão origem ao vigor bom).
c) Danos mecânicos
E um dos problemas mais sérios e conhecidos como causador da redução do vigor das sementes. A semente pode estar sujeita ao dano mecânico durante a colheita, o processamento e manuseio. Regulagem mal feita, alto ou baixo teor de umidade. Pode atingir o embrião ou o endosperma. 
d) Microorganismos e insetos
Sementes atacadas por insetos ou infectadas por microorganismos, normalmente apresentam menor vigor. Os fungos são os principais microorganismos responsáveis pela destruição da semente durante o armazenamento ou, quando isto não ocorre, provocam uma grande perda do vigor. O tratamento de semente pode ajudar, mas tem que ser feito com cuidado.
e) Condições ambientais durante o armazenamento
A temperatura e a umidade do ar são os principais fatores que afetam a qualidade fisiológica da semente, em particular o vigor, durante o armazenamento. A umidade relativa do ar tem estreita relação com o teor de umidade da semente, ao passo que a temperatura afeta a velocidade dos processos bioquímicos e interfere, indiretamente, sobre o teor de umidade das sementes. O ideal é manter condições que mantenham o embrião em baixa atividade metabólica, baixa UR e baixa temperatura.
 
f) Densidade e tamanho da semente
As sementes de maior tamanho, ou as que apresentam maior densidade, são as que foram melhor nutridas durante seu desenvolvimento, possuindo normalmente, embriões bem formados e com maiores quantidades de reservas, potencialmente, as mais vigorosas. A densidade também é considerada com uma relação positiva.
g) Idade da semente
As sementes apresentam maior viabilidade e vigor por ocasião da maturação fisiológica. Deste ponto em diante, é inevitável a ocorrência de mudanças fisiológicas e bioquímicas graduais que ocasionam a deterioração e a perda de vigor. 
h) Baixa temperatura durante a embebição
As sementes de muitas espécies de cultivo de verão, são suscetíveis à injúria, causada por baixas temperaturas no período da embebição e durante os primeiros estádios de desenvolvimento das plântulas. 
Métodos para testar o vigor
Primeiro, é importante lembrar que todos os métodos utilizados para testar o vigor são comparativos, isto é, somente podemos dizer se um lote é mais ou menos vigoroso que outro (s).
Os métodos para avaliação do vigor podem ser classificados como diretos e indiretos: os diretos seriam aqueles que procurariam simular as condições que ocorrem no campo; enquanto que os indiretos procurariam avaliar os atributos que indiretamente se relacionam com o vigor (físicos, bioquímicos, fisiológicos) das sementes.
DETERIORAÇÃO
A deterioração das sementes é um processo progressivo e irreversível que não pode ser evitado, somente retardado. Quando ocorre deterioração não há apenas perda do poder germinativo; esta é apenas uma das conseqüências mensuráveis deste processo.
A deterioração se manifesta nas sementes através de várias alterações químicas e fisiológicas; a perda da capacidade de germinação é uma de suas manifestações finais. O potencial de conservação das sementes é determinado pela velocidade do processo de deterioração e pode ser variável entre diferentes lotes da mesma espécie e variedade.
Manifestações fisiológicas da deterioração
A queda do poder germinativo e do vigor das sementes é a manifestação mais comum. Geralmente originam plântulas pouco desenvolvidas. Quando isso acontece a qualidade das plântulas pode não durar até a maturidade, as sobreviventes podem mostrar raiz e parte aérea menos desenvolvidos e até darem pólen estéril. As danificações mecânicas, microorganismos secagem drástica e alterações de temperatura no armazenamento também podem causar rápida deterioração originando plântulas “sem qualidade”.
Manifestações bioquímicas da deterioração
Respiração
As sementes continuam a viver após a colheita e, portanto, respiram. Com isso ficam sujeitas a pequenas, porém contínuas transformações em suas reservas.Quando o acesso de oxigênio a uma massa de sementes é interrompido, estas passam a respirar anaerobicamente, resultando na fermentação.A elevação da temperatura ambiente, geralmente provoca o aumento na taxa respiratória, porém, dentro de certos limites. De um modo geral, sementes com 11,0 - 13,0% de umidade respiram relativamente pouco. 
No entanto, a elevação do teor de umidade, também provoca aceleração do processo de respiração, e conseqüentemente, na velocidade de deterioração; e depende também da sanidade e do estado físico das sementes. Assim, as danificadas físicas e mecanicamente respiram com maior intensidade que as sadias, enquanto a respiração de insetos e, principalmente, de microorganismos contribui para elevação da temperatura no ambiente de armazenamento.
b) Alterações na atividade enzimática
Diversos pesquisadores encontraram alterações na atividade de amilases, proteases lipases, descarboxilases e desidrogenases em sementes deterioradas; estas enzimas exercem importante papel no metabolismo das reservas, principalmente durante o processo de germinação.
c) Alterações em reservas armazenadas
Uma das alterações associadas à deterioração de sementes é o aumento da acidez em oleaginosas, principalmente devido à liberação de ácidos graxos. Alterações em proteínas dependem da sua solubilidade em água, e resultam no acréscimo do teor de aminoácidos livres, causado pela degradação de proteínas.
 	As alterações nas reservas armazenadas podem ser provocadas pela respiração ou serem devidas á absorção de água pelas sementes.
d) Alterações nos tegumentos das sementes
Durante o processo de envelhecimento da semente, seu tegumento pode sofrer modificações na cor, estrutura e permeabilidade à água. E o tegumento é fundamental para proteção das sementes contra agentes externos e danos mecânicos.
e) Alterações nas taxas de síntese
A deterioração pode ocorrer antes da emergência das plântulas, pois os processos de síntese são iniciados logo após a absorção de água pelas sementes.
f) Danos aos cromossomas
Geneticistas têm observado que sementes armazenadas por longo período podem sofrer alterações genéticas, resultando em uma população diferente da original. Quanto mais favoráveis as condições ambientais, mais baixa é a taxa de mutações.
Avaliação do estágio de deterioração
Os índices empregados para avaliação do estágio de deterioração das sementes ainda não foram padronizados. Um dos muitos utilizados e aceitos é a redução do poder germinativo, acompanhado pelo menor desenvolvimento das plântulas Pesquisadores tem dadoênfase às alterações fisiológicas, como as alterações qualitativas ' quantitativas em enzimas específicos, no metabolismo respiratório, na síntese de proteínas e de carboidratos, em perdas de material orgânico e inorgânico e degradação de composto armazenados nas sementes.
Os testes de vigor vem sendo considerados importantes porque revelam pequenas diferenças no estágio de deterioração de lotes de sementes; por outro lado, os testes de germinação geralmente acusam apenas grandes diferenças de deterioração.
Os testes de vigor, além de serem eficazes para avaliar o estágio de deterioração das sementes, oferecem a possibilidade de se conhecer o potencial de conservação de lotes de sementes.