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Apostila de Custos Logísticos - 1a Edição

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APOSTILA DE
CUSTOS LOGÍSTICOS
- 3 -
ÍNDICE
1. CONCEITOS BÁSICOS
1.1 Gasto, 5
1.2 Custo, 5
1.3 Despesas, 5
1.4 Investimento, 5
1.5 Desperdício, 5
1.6 Perda, 5
2. NATUREZA DOS CUSTOS
2.1 Custos Relevantes, 6
2.2 Custos Irrelevantes, 6
2.3 Custos Fixos, 7
2.4 Custos Variáveis, 7
2.5 Custos Diretos, 7
2.6 Custos Indiretos, 7
2.7 Custo Unitário de Recurso, 7
2.8 Custo de Oportunidade, 8
3. ECONOMIA DE ESCALA, 8
4. ECONOMIA DE ESCOPO, 8
5. RELAÇÃO CUSTO-BENEFÍCIO, 9
6. CUSTOS LOGÍSTICOS, 11
7. COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS LOGÍSTICOS 
7.1 Custo de Armazenagem e Movimentação (CAM), 11
7.2 Cálculo do Custo de Armazenamento e Movimentação (CAM),12
7.2.1 Taxa de Retorno de Capital (I1), 12
7.2.2 Taxa de Armazenamento Físico (I2), 12
7.2.3 Taxa de Seguro (I3), 13
7.2.4 Taxa de Transporte, Manuseio e Distribuição (I4), 13
7.2.5 Taxa de Obsolescência (I5), 13
7.2.6 Outras Taxas (Água, Luz, Gás, etc.) (I6), 13
7.2.7 Exercício 1, 14
7.2.8 Solução do Exercício 1, 15
7.2.9 Exercício 2, 16
7.2.10 Solução do Exercício 2, 17
7.3 Custo de Transporte (CTRA), 18
7.4 Custo de Embalagens (CE), 20
7.5 Custo de Manutenção de Estoque (CME), 20
7.5.1 Exercício 3, 21
7.6 Custo da Tecnologia de Informação (CTI), 22
7.7 Custo Decorrente de Lotes (CDL), 22
7.7.1 Exercício 4, 23
7.8 Custo Tributário Não Recuperável (CTRI), 24
7.8.1 Parcelas Integrantes do Custo de Aquisição, 24
7.8.2 Parcelas Não Integrantes do Custo de Aquisição, 24
7.9 Custo Decorrente de Nível de Serviço (CDNS), 25
7.10 Custo de Administração Logística (CAD), 25
8. ANÁLISE DE CUSTOS 
8.1 Análise Estática ou Short-run, 26
8.2 Análise Dinâmica ou Long-run, 26
8.2.1 Exercício 5, 27
8.2.2 Exercício 5 - Resolução Gráfica, 28
- 4 -
Os custos logísticos representam um custo significativo dentro das
empresas. Estes custos são identificados nos estoques, inventário,
embalagem, fluxo de informações, movimentação, aspectos legais,
planejamento operacional, armazenagem, serviço ao cliente,
suprimentos, transportes e planejamento estratégico.
- 5 -
CONCEITOS BÁSICOS
1. CONCEITOS BÁSICOS
1.1 Gasto
É o sacrifício financeiro arcado pela empresa para obtenção de
um produto ou serviço qualquer. Pode ser originado pela
entrega efetiva do produto ou serviço, ou pela promessa de
entrega futura de ativos. Exemplo: Gastos com cafezinho.
1.2 Custo
O custo está diretamente ligado à produção de bens ou
serviços. Só é reconhecido contabilmente como tal no
momento de sua utilização na fabricação de um produto ou na
execução de um serviço. É um gasto relacionado com um bem
ou serviço que se concretiza na produção de outros bens ou
serviços. Exemplo: Compra de chapas de ferro para produção
de refrigeradores.
1.3 Despesas
Representam gastos com bens ou serviços consumidos, direta
ou indiretamente, em atividades voltadas à obtenção de
- 6 -
receitas. Exemplo: Comissão de vendedores.
1.4 Investimento
É a aplicação de capital em meios de produção, visando o
aumento da capacidade produtiva (instalações, máquinas,
transporte, infraestrutura) futura, ou seja, o aumento futuro de
bens de capital. Exemplo: Compra de novos caminhões.
1.5 Desperdício
É qualquer gasto que não agrega valor nenhum valor ao produto
ou ao serviço final prestado pela empresa.
1.6 Perda
São gastos involuntários. Muitas vezes as perdas são geradas
por gastos ocultos, aqueles que não estão claros à uma primeira
vista. São custos que não estão visíveis aos gestores, mas que
afetam o resultado econômico da empresa. Exemplo: Geração
de estoques em excesso, defeitos, atrasos, movimentações
internas desnecessárias.
- 7 -
Em resumo, o gasto não está ligado à produção de nenhum
item ou à geração de nenhum serviço. É um pagamento
realizado para aquisição de um produto ou serviço não ligado à
atividade da empresa.
O custo é um pagamento realizado para aquisição de produto
ou serviço ligado à produção de um produto ou à realização de
um serviço pela empresa.
Por fim, a despesa, é um pagamento realizado visando
aumentar a obtenção de receitas pela empresa.
2. NATUREZA DOS CUSTOS
Os custos podem ter a seguintes naturezas:
2.1 Custos Relevantes
Custos relevantes ou evitáveis, também chamados de
diferenciais ou incrementais, correspondem a gastos que
podem ser eliminados de forma total ou parcial em
decorrência da escolha de uma alternativa em detrimento de
outra.
Exemplo: uma empresa industrial resolve eliminar um produto
da linha de fabricação. Nesse caso todos os custos desse
produto deixarão de existir, sendo portanto considerados
custos evitáveis no processo de decisão.
2.2 Custos Irrelevantes
Custos Irrelevantes, inevitáveis, sunk costs ou ainda
irrecuperáveis são aqueles não afetados pela decisão,
independente da alternativa escolhida eles continuarão
existindo. São apresentados em duas categorias:
Gastos incorridos no passado: Correspondem a custos
irrecuperáveis cujos gastos já foram incorridos no passado e que
não poderão mais ser evitados seja qual for a decisão tomada.
Exemplo: Investimento em novas tecnologias que não geram
um novo produto ou serviço. Custos futuros iguais para as
duas alternativas possíveis: correspondem a gastos que serão
incorridos de qualquer forma, seja qual for a alternativa
escolhida. Exemplo: O investimento em caminhões similares
de marcas diferentes. Os gastos relativos a mão-de-obra que
irá operar o veículo são os mesmos, independente da
alternativa escolhida, sendo portanto irrelevantes na decisão.
- 8 -
2.3 Custos Fixos
Custos fixos são aqueles que não sofrem alteração de valor em
caso de aumento ou diminuição da produção. Independem
portanto do nível de atividade, são conhecidos também como
custos estruturais. Exemplos: Limpeza e conservação, aluguéis
de equipamentos e instalações, salários da administração,
segurança e vigilância.
2.4 Custos Variáveis
Classificamos como custos ou despesas variáveis aqueles que
variam proporcionalmente de acordo com o nível de produção
ou atividades. Seus valores dependem diretamente do volume
produzido em um determinado período. Exemplos: Matérias-
primas, comissões de vendas, insumos produtivos (água,
energia, etc.).
2.5 Custos Diretos
É aquele que pode ser identificado e diretamente apropriado a
cada tipo de obra a ser custeado, no momento de sua
ocorrência, isto é, está ligado diretamente a cada tipo de bem
ou função de custo. É aquele que pode ser atribuído (ou
identificado) direto a um produto, linha de produto, centro de
custo ou departamento. Exemplos: Matérias-primas usadas na
fabricação do produto, mão-de-obra direta.
2.6 Custos Indiretos
São custos que não podem ser apropriados diretamente a cada
tipo de bem ou função de custo no momento de sua ocorrência.
São aqueles que apenas mediante aproximação podem ser
atribuídos aos produtos por algum critério de rateio. Exemplos:
Mão-de-obra indireta, materiais indiretos como graxas,
lubrificantes, lixas, etc., manutenção de equipamentos.
Em resumo, custos diretos estão diretamente ligados à um
produto ou serviço. Nos custos indiretos, não existe uma
associação clara entre o custo e o produto ou serviço.
2.7 Custo Unitário de Recurso
É o conhecimento das taxas unitárias (por exemplo, custo hora
de pessoal, custo do volume de material por metro cúbico) de
cada recurso com a finalidade de calcular o custo do projeto.
- 9 -
Se as taxas não forem conhecidas, as mesmas devem ser
estimadas.
2.8 Custo de Oportunidade
O custo de oportunidade representa o valor associado a
melhor alternativa não escolhida. Ao se tomar determinada
escolha, deixa-se de lado as demais possibilidades, pois são
excludentes (escolher uma é recusar outras). À alternativa
escolhida, associa-se como "custo de oportunidade" o maior
benefício NÃO obtido das possibilidades NÃO escolhidas, isto
é, "a escolha de determinada opção impedeo usufruto dos
benefícios que as outras opções poderiam proporcionar". O
mais alto valor associado aos benefícios não escolhidos, pode
ser entendido como um custo da opção escolhida, custo
chamado "de oportunidade".
Exemplo: Uma fábrica de móveis que produza 20 cadeiras por
mês em um mercado que absorva totalmente esta produção.
Surge uma oportunidade de negócios e essa fábrica resolve
produzir mesas. Porém, ao alocar recursos para tal, descobriu
que terá de deixar de produzir 2 cadeiras para alimentar a
demanda de 2 mesas. O custo de oportunidade está no valor
perdido da venda das 2 cadeiras que deixaram de ser fabricadas.
3. ECONOMIA DE ESCALA
São consideradas economias de escala, as atividades produtivas
cujo produto da multiplicação dos fatores de produção
(geralmente relacionados com o trabalho e o capital em
máquinas) é superior à mesma multiplicação da produção.
Como validação de uma economia de escala, verifica-se a
diminuição do custo médio da produção. Exemplo: Verificamos
uma economia de escala, quando uma empresa ao dobrar o
seu tamanho (instalações e máquinas) e mantendo constante
o número de trabalhadores obtém mais do que o dobro da
produção.
4. ECONOMIA DE ESCOPO
Quando é mais barato produzir dois ou mais produtos
juntamente (produção conjunta) do que produzi-los
separadamente. Um fator de importância particular para
explicar economias de escopo é a presença de matérias-primas
comuns na fabricação de dois, três ou mais produtos.
- 10 -
5. RELAÇÃO DE CUSTO-BENEFÍCIO
A relação custo-benefício é um indicador que relaciona os benefícios de uma proposta, expressos em termos monetários, e o seus
custos, também expressos em termos monetários. Exemplo: Uma empresa pretende minimizar o custo de produção de uma
determinada peça por ela fabricada. Ela pode pagar R$ 140.000 por tonelada de uma matéria-prima que tem produtividade de
800g/peça ou pagar R$ 120.000 por tonelada de outra matéria-prima que tem produtividade 850g/peça. Qual o melhor custo-
benefício?
Solução:
O melhor custo-benefício é dado pela matéria-prima B. Embora ela consuma 850g de material para cada peça e produza um
número menor de peças ao final (1.176 peças contra 1.250), como o preço de venda é o mesmo e o preço da tonelada de matéria-
prima é menor na matéria-prima B, o lucro bruto final é maior usando a matéria-prima B, mesmo produzindo uma quantidade
menor de peças por tonelada de matéria-prima.
- 11 -
CUSTOS LOGÍSTICOS
- 12 -
6. CUSTOS LOGÍSTICOS
Os custos logísticos são os custos de planejar, programar e
controlar todo o fluxo de materiais desde a entrada, no
processo e na saída, desde o ponto de origem até o ponto de
consumo.
7. COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS LOGÍSTICOS
Os custos logísticos são compostos pelos seguintes elementos:
1. Custo de Armazenagem e Movimentação (CAM);
2. Custo de Transporte (CTRA);
3. Custo de Embalagem (CE);
4. Custo de Manutenção do Estoque (CME);
5. Custo da Tecnologia de Informação (CTI);
6. Custo Decorrente de Lotes (CDL);
7. Custo Tributário Não Recuperável (CTRI);
8. Custo Decorrente de Nível de Serviço (CDNS);
9. Custo de Administração Logística (CAD).
O Custo Logístico Total (CLT) será a somatória dos elementos
de custo acima.
7.1 Custo de Armazenagem e Movimentação (CAM)
A grande maioria dos custos de armazenagem (aluguel, mão-de-
obra, depreciação de instalações e equipamentos de
movimentação) são fixos e indiretos. Essas duas características
dificultam respectivamente o gerenciamento da operação e a
alocação de custos. A elevada parcela de custos fixos na
atividade de armazenagem faz com que os custos sejam
proporcionais à capacidade instalada.
Desta maneira, pouco importa se o armazém está quase vazio
ou se está movimentando menos produtos do que o planejado.
Ainda assim, a maior parte dos custos de armazenagem
continuarão ocorrendo, pois, na sua grande maioria, estão
associados ao espaço físico, aos equipamentos de
movimentação, ao pessoal, e aos investimentos em tecnologia.
Para tornar a situação ainda mais complexa, é importante
lembrar que a demanda pela atividade de armazenagem não é
constante, nem ao longo dos meses, nem ao longo dos dias do
mês ou da semana. Um exemplo claro disso é a concentração da
expedição nos últimos dias do mês.
- 13 -
Isto tende a levar ao superdimensionamento da capacidade
para atender os dias de pico, ou, ao contrário, faz com que o
armazém opere acima da sua capacidade, prejudicando o nível
de serviço, através de falhas, avarias, e atrasos. Assim, medidas
que venham amortecer essas variações na demanda, serão
sempre positivas do ponto de vista da expedição.
7.2 Cálculo do Custo de Armazenamento e Movimentação (CAM)
7.2.1 Taxa de Retorno de Capital (I1)
A primeira parcela de I é a taxa de retorno de capital (I1). Essa
taxa é obtida da seguinte forma:
𝑪𝑨𝑴 =
𝑸
𝟐
𝒙 𝑻𝒙 𝑷𝒙 𝑰
Onde:
Q - Quantidade de material em estoque;
T - tempo considerado de armazenagem;
P - Preço unitário do material em estoque;
I - Taxa de armazenamento, expressa geralmente em termos
de porcentagem do custo unitário.
O valor de I (taxa ou fator de armazenagem) é obtido através
da soma de diversas parcelas. Assim, temos:
𝑰𝟏 = 𝟏𝟎𝟎 𝒙
𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐
𝑽𝒂𝒍𝒐𝒓 𝒅𝒐 𝑬𝒔𝒕𝒐𝒒𝒖𝒆
7.2.2 Taxa de Armazenamento Físico (I2)
A segunda parcela de I é a taxa de armazenamento físico (I2).
Essa taxa é obtida da seguinte forma:
𝑰𝟐 = 𝟏𝟎𝟎 𝒙
𝑺 𝒙 𝑨
𝑪 𝒙 𝑷
Onde:
S - Área ocupada pelo estoque;
A - Custo anual do m2 de armazenamento;
C - Consumo anual;
P - Preço unitário.
- 14 -
7.2.6 Outras Taxas (Água, Luz, Gás, etc.) (I6)
A sexta e última parcela de I são outras taxas (I6). Essa taxa é
obtida da seguinte forma:
𝑰𝟔 = 𝟏𝟎𝟎 𝒙
𝑫𝒆𝒔𝒑𝒆𝒔𝒂𝒔 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒊𝒔
𝑽𝒂𝒍𝒐𝒓 𝒅𝒐 𝑬𝒔𝒕𝒐𝒒𝒖𝒆
7.2.3 Taxa de Seguro (I3)
A terceira parcela de I é a taxa de seguro (I3). Essa taxa é obtida
da seguinte forma:
𝑰𝟑 = 𝟏𝟎𝟎 𝒙
𝑪𝒖𝒔𝒕𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 𝒅𝒐 𝑺𝒆𝒈𝒖𝒓𝒐
𝑽𝒂𝒍𝒐𝒓 𝒅𝒐 𝑬𝒔𝒕𝒐𝒒𝒖𝒆 + 𝑬𝒅𝒊𝒇í𝒄𝒊𝒐𝒔
7.2.4 Taxa de Transporte, Manuseio e Distribuição (I4)
A quarta parcela de I é a taxa de transporte, manuseio e
distribuição (I4). Essa taxa é obtida da seguinte forma:
𝑰𝟒 = 𝟏𝟎𝟎 𝒙
𝑫𝒆𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒂çã𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 𝒅𝒐 𝑬𝒒𝒖𝒊𝒑𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐
𝑽𝒂𝒍𝒐𝒓 𝒅𝒐 𝑬𝒔𝒕𝒐𝒒𝒖𝒆
7.2.5 Taxa de Obsolescência (I5)
A quinta parcela de I é a taxa de obsolescência (I5). Essa taxa é
obtida da seguinte forma:
𝑰𝟓 = 𝟏𝟎𝟎 𝒙
𝑷𝒆𝒓𝒅𝒂𝒔 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒊𝒔 𝒑𝒐𝒓 𝑶𝒃𝒔𝒐𝒍𝒆𝒔𝒄ê𝒏𝒄𝒊𝒂
𝑽𝒂𝒍𝒐𝒓 𝒅𝒐 𝑬𝒔𝒕𝒐𝒒𝒖𝒆
- 15 -
7.2.7 Exercício 1
A empresa BRTV fabrica televisores e tem os custos abaixo atrelados ao armazenamento de produtos. Calcule o custo de
armazenamento e movimentação (CAM)
- 16 -
7.2.8 Solução do Exercício 1
- 17 -
7.2.9 Exercício 2
A empresa BrasilCel fabrica celulares e tem os custos abaixo atrelados ao armazenamento de produtos. Calcule o custo de
armazenamento e movimentação (CAM)
- 18 -
7.2.10 Solução do Exercício 2
- 19 -
7.3 Custo de Transporte (CTRA)
Os custos de transporte são todas as despesas realizadas na
movimentação de determinado produto desde a origem até ao
destino final. Estes custos são considerados uns dos maiores
custos logísticos tendo grande relevância no preço final do
produto.
No transporte de materiais muito densos e com baixo valor por
peso, por exemplo areias carvão, os custos de transporte são
elevados, ao contrário dos produtos de alto valor por peso, por
exemplo uma peça de joalharia em que os custos de
transporte podem ser mais reduzidos.
Vários fatores influenciam os custos de transporte, podendo
estar relacionados com o produto, por exemplo a densidade
do produto e a facilidade do seu manuseamento; ou estar
relacionados com o mercado, como por exemplo a localização
do mercado de destino doproduto. Estão entre os principais
custos de transporte os preços dos combustíveis, as taxas de
aeroportos, as taxas portuárias, as portagens, e ainda todas as
despesas relacionadas com o veículo onde se efetua o
transporte, seja o seguro, a manutenção e os impostos .
Cada modal de transporte tem uma planilha de custos
associada. Por se tratar de um curso introdutório, não iremos
ver em detalhes a composição de cada um dos custos de
transporte. Porém, caso você decida se aprofundar no assunto,
o autor recomenda o seguinte material:
Manual de cálculo de custos e formação de preços do
transporte rodoviário de cargas:
http://www.guiadotrc.com.br/pdfiles/MANUAL.pdf
Planilha de Cálculo de Fretes do Blog Leva Lá:
http://blog.levala.com.br/
- 20 -
- 21 -
7.4 Custo de Embalagens (CE)
A embalagem se tornou item fundamental em qualquer
atividade de qualquer empresa. Atualmente estão presentes
em todos os produtos, com formas e funções variadas. Com a
evolução das tecnologias utilizadas as tornam cada vez mais
eficientes e estratégicas. As principais funções da embalagem
são: contenção, proteção e comunicação.
Alguns dos principais riscos aos qual a embalagem está
submetida são: choques, aceleração, temperatura, vibração,
compressão, oxidação, perfuração, esmagamento, entre
outros.
Os custos de embalagem variam conforme o produto, peso,
volume e distância a serem transportados.
7.5 Custo deManutenção de Estoque (CME)
𝑪𝑴𝑬 = 𝑰𝒙
𝑸
𝟐
𝒙𝑷 +
𝑪
𝑸
𝒙𝑩
Onde:
I - Taxa de armazenamento, expressa geralmente em termos
de porcentagem do custo unitário.
Q - Quantidade de material em estoque;
P - Preço unitário do material em estoque;
C – Consumo anual;
B – Custo de cada pedido emitido.
O valor de I (taxa ou fator de armazenagem) é obtido
através da soma de diversas parcelas como visto no item
6.1.
- 22 -
7.5.1 Exercício 3
A empresa BrasilCel fabrica celulares e tem os custos abaixo atrelados ao armazenamento de produtos. Calcule o custo de
manutenção e estoque (CME):
- 23 -
7.6 Custo da Tecnologia de Informação (CTI)
A Tecnologia de Informação (TI) foi uma das áreas mais
dinâmicas do século 20 e, na entrada deste novo milênio,
percebe-se a tecnologia fortemente integrada a quase todos
os aspectos do cotidiano. Enormes volumes de recursos têm
sido direcionados às áreas de TI, chegando a representar, em
média, cerca de 40% dos investimentos de capital de uma
empresa.
Uma vez que não existem modelos consagrados de gestão de
custos de TI, procura-se trazer ao debate um modelo
simplificado que agrega um mecanismo de controladoria
utilizando conceitos de custeio baseado em atividades com as
diretrizes de gestão de tecnologia fundamentadas no CobiT
(Control Objectives for Information and Related Technology).
Para tanto, uma etapa importante consiste na definição de
processos internos para identificar e medir os fatores diretos e
indiretos formadores de custo. Esses gastos incluem despesas
com funcionários, hardware, software, espaço físico,
contratos, impostos, terceirização, energia elétrica, água, luz,
telefone, refrigeração, depreciações e amortizações.
7.7 Custo Decorrente de Lotes (CDL)
Lote econômico é a quantidade ideal de material a ser
adquirida em cada operação de reposição de estoque, onde o
custo total de aquisição, bem como os respectivos custos de
estocagem são mínimos para o período considerado. Este
conceito aplica-se tanto para manufatura quanto para a área
de estoque.
𝑳𝑬 =
𝟐 𝒙 𝑩 𝒙 𝑪
𝑰 𝒙 𝑷
Onde:
I - Taxa de armazenamento, expressa geralmente em termos
de porcentagem do custo unitário.
P - Preço unitário do material em estoque;
C – Consumo anual;
B – Custo de cada pedido emitido.
O valor de I (taxa ou fator de armazenagem) é obtido
através da soma de diversas parcelas como visto no item
6.1.
- 24 -
7.7.1 Exercício 4
A empresa BrasilCel fabrica celulares e tem os custos abaixo informados. Calcule o lote econômico (LE):
7.8 Custo Tributário Não Recuperável (CTRI)
As mercadorias adquiridas para revenda, as matérias-primas
adquiridas para emprego na produção industrial e os bens em
almoxarifado deverão ser avaliados pelo custo de aquisição
(art. 293 do RIR/99). Por essa razão, importa inicialmente
ressaltar quais componentes financeiros devem integrar o
custo de aquisição desses bens.
7.8.1 Parcelas Integrantes do Custo de Aquisição
O custo de aquisição de mercadorias destinadas à revenda,
bem como o de matérias-primas e quaisquer outros bens
utilizados ou consumidos na produção industrial compreende,
além do preço pago ao fornecedor, as despesas de transporte
e de seguro até a entrega dos bens no estabelecimento do
adquirente, os impostos não recuperáveis pagos na aquisição
ou na importação e os gastos com desembaraço aduaneiro.
Impostos não recuperáveis são aqueles dos quais o
adquirente dos bens não pode se creditar nos livros fiscais,
como, por exemplo: IPI pago na aquisição de mercadorias, por
comerciante varejista ou atacadista não equiparado a
industrial;
- 25 -
ICMS pago na aquisição de mercadorias cuja saída do
estabelecimento adquirente não gera débito desse imposto e
para as quais não haja permissão legal para manutenção do
crédito pela entrada.
Esse tratamento aplica-se também ao ICMS pago pelo
adquirente (contribuinte substituto) de produtos rurais
destinados a uso ou consumo próprio (não destinados a
comercialização ou industrialização).
7.8.2 Parcelas Não Integrantes do Custo de Aquisição
Não integram o custo de aquisição o IPI e o ICMS recuperáveis
mediante crédito na escrita fiscal do adquirente.
7.9 Custo Decorrente de Nível de Serviço (CDNS)
Os custos decorrentes de níveis de serviços referem-se àqueles
relacionados diretamente com o que é combinado com o
comprador e o vendedor, tais como, a disponibilidade do
produto, confiabilidade do serviço, o desempenho, etc.
O comprador faz suas exigências e o vendedor irá verificar se
as condições da empresa possam atendê-las, criando assim,
um acordo entre as partes. Quanto maior as exigências, ou,
mais diferenciado for o pedido do comprador, pode acarretar
em um maior nível de estoque, envolvimento de pessoal,
sistema de informação, sendo assim, todas estas alterações
irão consequentemente alterar os custos logísticos.
Dentro da empresa, o pedido diferenciado impõe maior
demanda na Logística. O nível de serviço é estipulado pela
empresa, sem uma regra padrão, devendo a mesma criar
indicadores para controlar esse nível de atendimento. Desta
forma, um mal planejamento da Logística para estes serviços
diferenciados pode acarretar em perda de vendas,
comprometendo a imagem da empresa e a fidelidade do
cliente, e não menos importante, em um resultado econômico
- 26 -
baixo, ou até mesmo, negativo. Uma outra variante desta
questão é considerar futuras relações com este cliente,
faturamento futuro, desgaste em buscar novos clientes para
cobrir esta lacuna.
7.10 Custo de Administração Logística (CAD)
É o custo da administração da cadeia logística pela empresa. O
CAD é composto por (R$/mês)
Cadm - Custo referente a gestão administrativa;
CMO - Custo de mão-de-obra;
Cco - Custo de comunicação;
Ccont - Custo com serviço de contabilidade;
Cvd - Custo com vendas.
O CAD é a somatória dos custos acima.
8. ANÁLISE DE CUSTOS
8.1 Análise Estática ou Short-run
Numa análise short-run, é abordada uma situação onde os
custos são divididos em centros de atividade. A informação
referente aos custos é desenvolvida para cada um dos sistemas
em análise. Em seguida, é selecionado o sistema que
corresponde ao menor custo total, na condição de que este
esteja de acordo com as restrições logísticas da empresa.
Alguns autores consideram que este método tem a
desvantagem de analisar apenas os custos num determinado
momento no tempo.
8.2 Análise Dinâmicaou Long-run
Numa análise long-run, o sistema ótimo é determinado com
base no cálculo matemático do ponto de igualdade entre os
sistemas em questão. Os sistemas podem ser representados
por uma equação linear do tipo y=a+bx, em que a representa
os custos fixos, b os custos variáveis por unidade e x o nível de
output (saída).
- 27 -
A partir da representação gráfica dos sistemas, pode decidir-se
qual o sistema indicado, em função do nível de output que se
pretenda. O ponto de igualdade corresponde à situação em
que é indiferente escolher entre ambos os sistemas já que
possuem o mesmo custo total. Este método pode ser aplicado
a vários sistemas em simultâneo, sendo que se não houver
intersecções entre os mesmos, a escolha recairá sobre o
sistema cuja resta se situe mais abaixo no gráfico (para o
mesmo nível de output, apresenta sempre menor custo total).
É de notar que esta análise pode ser feita em função do tempo:
na equação linear, a variável x passa a representar o tempo.
- 28 -
8.2.1 Exercício 5
A empresa BRMotors fabrica fabrica blocos de motores de combustão usinados e injetados. Usando a tabela abaixo, calcule o
ponto de indiferença.
Solução:
Fórmula: Custo Total + Custo Variável Por Unidade x Número de
Unidades
Peça Injetada: yi = 199 + 0,065 x
Peça Usinada: yu = 145 + 0,122 x. Fazendo yi = yu, temos:
𝟏𝟗𝟗 + 𝟎, 𝟎𝟔𝟓𝒙 = 𝟏𝟒𝟓 + 𝟎, 𝟏𝟐𝟐𝒙
𝟏𝟗𝟗 + 𝟏𝟒𝟓 = −𝟎, 𝟎𝟔𝟓𝒙 + 𝟎, 𝟏𝟐𝟐𝒙
𝟓𝟒 = 𝟎, 𝟎𝟓𝟕𝒙
𝒙 =
𝟓𝟒
𝟎, 𝟎𝟓𝟕
= 𝟗𝟒𝟕, 𝟑𝟔 ≈ 𝟗𝟒𝟖 𝒖𝒏𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆𝒔
- 29 -
8.2.2 Exercício 5 – Resolução Gráfica
0
50
100
150
200
250
300
350
Ponto de Indiferença (Injetado x Usinado)
Injetado Usinado

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