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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL- PDE IZABEL REGINA ARAPONGA BATISTA FRANCO Material Didático-Pedagógico – Unidade Didática Pedagógica apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE da Secretaria Estadual de Educação do Paraná – SEED, em convênio com a Universidade Federal do Paraná – UFPR. Orientador: Prof. Dr. Sérgio Roberto Abrahão CURITIBA- PARANÁ 2016 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL- PDE IZABEL REGINA ARAPONGA BATISTA FRANCO A RELEVÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE PARA CRIANÇAS COM COMPROMETIMENTO CURITIBA- PARANÁ 2016 FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO –PEDAGÓGICA TURMA – PDE/2016 Tema: A relevância da psicomotricidade para crianças com comprometimento Autor: Izabel Regina A. B. Franco Disciplina/área Educação Física Escola de Implementação do Projeto e sua localização Escola CEDAE/APAE R: Alferes Angelo Sampaio,1597 Município da Escola Curitiba Núcleo Regional de Educação Curitiba Professor orientador Sérgio Roberto Abrahão Instituição de Ensino Superior UFPR Relação Interdisciplinar Educação Especial, ciências Resumo Esta Unidade Didática tem como principal objetivo potencializar e oportunizar vivências e experiências de atividades psicomotoras, destacando a importância do movimento e do brincar para crianças com comprometimento. As crianças deixaram de ter espaço e tempo de se movimentar. Pais e professores se preocupam muito com a alfabetização e deixam de lado o essencial que é a base para todo o aprendizado, o movimento. A Psicomotricidade une o motor, o cognitivo e o afetivo, trabalhando a criança no seu todo. É pelo seu corpo que a criança vai descobrir o mundo, explorar situações, experimentar sensações, expressando-se, percebendo-se e percebendo o que a cerca. Toda criança necessita ser estimulada, proporcionando a vivência e o conhecimento de diferentes ambientes e diferentes objetos possibilitando assim o desenvolvimento e aprendizagem adequada. Por meio da interiorização das sensações, à medida que a criança se desenvolve e quanto mais o meio oferecer condições, ela vai ampliando suas percepções e controlando seu corpo. Palavras-chave Criança, psicomotricidade, movimento. Formato do material didático Unidade Didática Público Alvo Estimulação Essencial I A APRESENTAÇÃO Após alguns anos de experiência com educandos de dois a quatro anos de idade, com deficiência intelectual e comprometimento neuropsicomotor, percebeu-se a necessidade de fomentar o desenvolvimento e a aprendizagem. Através de práticas já existentes na escola, percebe-se que a psicomotricidade necessita ser trabalhada sendo uma prática de base para os educandos que iniciam suas atividades escolares, porém, não tem se dado o devido valor, mesmo com o conhecimento de que tal práxis auxilia no desenvolvimento e proporciona o conhecimento de si, do outro e do meio onde estão inseridos. Para desenvolver esta pesquisa optou-se por uma unidade didática, por se tratar de um conteúdo específico tendo por objetivo proporcionar aos educandos da turma de estimulação essencial I, atividades psicomotoras que estimulem e desenvolvam a aprendizagem motora, cognitiva e afetiva. Unidade didática A RELEVÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE PARA CRIANÇAS COM COMPROMETIMENTO As crianças com comprometimento neuropsicomotor, demonstram significada falta de coordenação em seus movimentos, frouxidão no tônus muscular e um enorme desejo de experimentar e se apropriar dos movimentos, podendo assim, desenvolver-se com maior capacidade e aprendizagem. A psicomotricidade utiliza do movimento corporal, sendo como mediador entre o mundo interno e externo do ser humano. A psicomotricidade trabalha o indivíduo como um todo, em seus aspectos afetivo, cognitivo e motor. Se algo de distinto acontece com um desses aspectos, podemos perceber através do movimento que se expressa tanto no positivo como no negativo. Na estimulação essencial é urgente que se faça uso da psicomotricidade, buscando desenvolver as potencialidades e estimulando as inabilidades de cada educando, proporcionando o desenvolvimento e aprendizagem adequadas a cada indivíduo. A criança necessita do auxílio do professor, para ir além de suas dificuldades e de seus medos, o educador fará junto, para que depois, o educando faça sozinho. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A psicomotricidade deve ser entendida como uma educação corporal básica na formação integral da criança, como um meio de expressão que prioriza a dimensão não-verbal e as atividades não-diretivas ou exploratórias em um período evolutivo concreto, desde os primeiros meses até os 7 ou 8 anos de idade maturativa (ARNAIZ (2003). Le Boulch (1988, p. 11) cita que: A educação psicomotora deve ser considerada como uma educação de base na escola primária. Ela condiciona todas as aprendizagens pré-escolares escolares; leva a criança a tomar consciência do seu corpo, da lateralidade, a situar-se no espaço, a dominar seu tempo, adquirir habilmente a coordenação de seus gestos e movimentos. A educação psicomotora deve ser praticada desde a mais tenra idade; conduzida com perseverança, permite prevenir inadaptações difíceis de conduzir quando já instaladas. Como se pode notar, a Psicomotricidade tem o objetivo de enxergar o ser humano em sua totalidade, nunca separando o corpo (sinestésico), o sujeito (relacional) e a afetividade; sendo assim, ela busca, por meio da ação motora, estabelecer o equilíbrio desse ser, dando-lhe possibilidades de encontrar seu espaço e de se identificar com o meio do qual faz parte (GONÇALVES, 2011). É pelo seu corpo que a criança vai descobrir o mundo, explorar situações, experimentar sensações, expressando-se, percebendo-se e percebendo o que as cerca. Por meio da interiorização das sensações, à medida que a criança se desenvolve e quanto mais o meio oferecer condições, ela vai ampliando suas percepções e controlando seu corpo. Segundo Fonseca (1996) a psicomotricidade é atualmente concebida como a integração superior da motricidade, produto de uma relação inteligível entre a criança e o meio. É um instrumento privilegiado através do qual a consciência se forma e se materializa. De acordo com Fonseca (1995) a psicomotricidade visa privilegiar a qualidade da relação afetiva, a mediatização, a disponibilidade tônica, a segurança gravitacional e o controle postural, a noção do corpo, sua lateralização e direcionalidade e a planificação práxica, enquanto componentes essenciais e globais da aprendizagem e do seu ato mental concomitante nela, o corpo e a motricidade. Enfim, o orgânico, o neurológico e o emocional são refletidos através do corpo, pois sem o todo, ele não existe, precisa estar preparado para se adaptar a situações novas e possuir capacidade de organização. Barreto (2000) aponta que a psicomotricidade é se relacionar por meio da ação do seu corpo e do seu movimento, levando em consideração a idade, a cultura corporal, a maturação e os interesses da criança. Ele afirma que para aprender é preciso a integração da mente com o corpo, e através do movimento consciente, ou seja, a experiência, a criatividade, o domínio dos objetos, que se dá toda a aprendizagem presente e futura. De acordo com Gonçalves (2011, p. 22),A psicomotricidade se estruturaem três pilares: o querer fazer (emocionalsistemalímbico) o poder fazer (motorsistemareticular) e o saber fazer (cognitivo-córtex cerebral). Qualquer desequilíbrio em um desses pilares pode provocar desestruturação no processo de aprendizagem da criança. FUNÇÕES BÁSICAS DA PSICOMOTRICIDADE Coordenação motora A coordenação motora é a capacidade de realizar os movimentos de maneira correta, com menos esforço possível. Ela pode ser divindade em: Coordenação motora fina e grossa. Coordenação motora grossa ou global: São os movimentos amplos, percebe-se o uso de grupos musculares maiores como: caminhar, correr, saltar, pedala, nadar, chutar, subir e descer escadas, etc. Coordenação motora fina: São os movimentos mais específicos, percebe- se o uso de músculos pequenos, das mãos e dos pés: pintar, desenhar, recortar, encaixar, etc. Fatores Psicomotores Esquema corporal Imagem corporal Tonicidade Orientação espaço temporal Coordenação motora amampla Equilíbrio Lateralidade Na coordenação motora ocorre participação de alguns sistemas do corpo humano, como sistema muscular, sistema esquelético e sistema sensorial. Com a interação desses sistemas obtêm-se reações e ações equilibradas. A velocidade e a agilidade com que a pessoa responde a certos estímulos medem a sua capacidade motor. Esquema corporal É a representação mental do nosso corpo à nível cortical. Conhecimento necessário, na qual o corpo organiza-se no espaço que o rodeia, seus movimentos e ações. É referência para todas as "práxis" que o indivíduo vai construindo e se adaptando ao longo de sua vida. A construção do esquema corporal, se dá através da síntese dos dados proprioceptivos (sensações obtidas pelo próprio corpo), sensoriais e esteroceptivos (vindo do ambiente que o corpo atua), "com consequente integração a nível cortical, seja da atividade estática assim como da tônica e cinética."(BOSCAINI,2006). Devemos lembrar que a maturação do sistema nervoso é essencial para que tais sensações sejam percebidas pelo indivíduo. O esquema corporal se diferencia da imagem corporal. Podemos conhecer todo nosso corpo (por exemplo, onde está localizado membros, cabeça e tronco), mas não termos a noção exata de como somos fisicamente. As sensações do "toque", propiciam e favorecem o conhecimento do corpo. Por isso, o contato entre professor e aluno dentro da sala de aula, deve acontecer obedecendo-se a aceitação e a solicitação da criança. Isto nem sempre acontece no primeiro momento em que professor e aluno se conhecem. Pode levar dias e meses. Lembrando que o contato muitas vezes, é também com o olhar e através da fala, cuja recepção também traz sensações agradáveis e desagradáveis. Imagem Corporal A imagem corporal pode ser considerada como a forma que representamos o nosso corpo para nós mesmos, é a imagem mental que fazemos do nosso corpo, isso significa que está imagem está cheia de experiências e por isso passa por constantes transformações baseadas na forma como agimos e sentimos. Orientação espaço temporal É a capacidade que que o indivíduo tem de situar-se e orientar-se em relação aos objetos, as pessoas e ao seu próprio corpo em um determinado espaço. É saber localizar o que está à direita ou à esquerda; à frente ou à atrás; acima ou abaixo de si, ou ainda, um objeto em relação ao outro. É ter noção de longe, perto, alto, baixo, longo, curto (Assunção; Coelho, 1997, p.91-96). Tonicidade O tono se expressa pela contração permanente da musculatura, permitindo atividades posturais, sustentação de membros, a estática e o equilíbrio do corpo. Hipertonia: aumento do tono que pode ocorrer em determinado ou em vários grupos musculares. Hipotonia: diminuição do tono que pode ocorrer em determinado ou em vários grupos musculares. O termo imagem corporal refere-se à imagem ou representação mental, que abrange aspectos afetivos, sociais e fisiológicos. A orientação espacial é a consciência do corpo com o meio. Equilíbrio É a base da coordenação dinâmica global do corpo parado ou em movimento. Um exemplo de equilíbrio dinâmico: andar na ponta dos pés, caminhar sobre uma corda, andar com um ovo na colher, andar com as mãos na cabeça. Exemplo de equilíbrio estático: equilibrar-se em um pé só, conseguir sentar-se corretamente. Lateralidade É a capacidade de realizar os movimentos, utilizando-se dos dois lados do corpo, o lado direito e o lado esquerdo. Cada sujeito tem maior habilidade num dos lados devido a dominância cerebral. Os destros têm maior facilidade com a mão direita e os canhotos com a mão esquerda. Podemos realizar atividades para desenvolver a lateralidade, como, por exemplo: nomear os lados utilizando canções e brincadeiras, como "mão direita na orelha esquerda", chutar a bola ora com um pé ora com o outro, utilizando de forma integrada os dois lados do corpo. O equilíbrio depende essencialmente do sistema labiríntico e do sistema plantar. Pode ser estático e dinâmico. A Lateralidade é definida a partir preferência neurológica que se tem por um lado do corpo, no que diz respeito a mão, pé, olho e ouvido. Um tono harmonioso permite gestos com qualidade e bem regulados. As relações de troca do homem com o meio ocorrem mediante um processo de adaptação. Piaget utiliza esse termo para designar o processo de como o ser humano em desenvolvimento lida com novas informações que vão de encontro com o que ele já havia esquematizado. Possui duas etapas: acomodação e assimilação, que atuam juntas para que haja equilíbrio e crescimento cognitivo no desenvolvimento do homem. A acomodação refere-se às mudanças em um sistema de esquemas de um indivíduo a fim de incluir novas informações. A estrutura se modifica em função do meio e de suas variações. A assimilação implica uma integração de informações novas a uma estrutura anterior, ou mesmo a constituição de uma nova estrutura sob a forma de um esquema, num processo de adaptação ao meio. Representa um processo contínuo, já que constantemente estamos interpretando nossa realidade, além de complementar mutuamente o processo de acomodação, buscando constantemente um equilíbrio. A equilibração, tendência inata do ser humano de auto regulação, determina a mudança da assimilação para a acomodação. É por meio dela que se mantém um estado de equilíbrio ou de adaptação em relação ao meio. Segundo Terra (200-), é um “mecanismo de organização de estruturas cognitivas em um sistema coerente que visa a levar o indivíduo a construção de uma forma de adaptação à realidade. Os níveis de desenvolvimento que Piaget formulou consistem em estágios do desenvolvimento cognitivo, subdivididos em quatro estágios evolutivos e sequenciais do crescimento humano, qualitativamente diferentes entre si, que vão desde o nascimento à idade adulta. Em cada estágio, a criança desenvolve um novo modo de operar, sendo variável de indivíduo para indivíduo, obedecendo a um desenvolvimento gradual. De modo geral, os estágios de desenvolvimento de Piaget estão assim divididos em quatro estágios, iremos destacar somente os dois primeiros que correspondem às crianças que iremos trabalhar. Estágio Sensório motor Ocorre do nascimentodo indivíduo aos 2 anos de idade. Nessa etapa do desenvolvimento, o bebê gradualmente se torna capaz de organizar atividades em relação ao ambiente por meio de atividades sensório motoras. Conhecendo as crianças que vamos trabalhar A criança passa do nível neonatal, marcado pelo funcionamento dos reflexos inatos, para outro em que ela já é capaz de uma organização perceptiva e motora dos fenômenos do meio. A consciência da criança sobre o meio externo se expande lentamente, conforme suas ações se deslocam de seu próprio corpo para objetos. É dividido em 6 subestágios, e neles o bebê vai coordenando percepções sensoriais e comportamentos motores simples a fim de conhecer o mundo que o cerca. Em seu desenvolvimento, o bebê vai adquirindo, dentre outros, a capacidade de perceber a permanência do objeto, desenvolve reações circulares, e inicia suas representações simbólicas. Reconhecem o mundo externo e o exploram deliberadamente. Estágio do pensamento Pré-operatório Vai aproximadamente dos 2 aos 6 anos de idade. A criança interioriza o meio, sendo capaz agora de representá-lo mentalmente. O desenvolvimento da representação cria as condições para a aquisição da linguagem, pois a capacidade de construir símbolos possibilita a aquisição dos significados sociais existentes no contexto em que a criança vive. Nesse estágio, há um desenvolvimento marcante da linguagem, há o desenvolvimento da função semiótica, onde as crianças utilizam símbolos para representar a realidade. O egocentrismo está bastante presente nas crianças, elas possuem uma incapacidade de pensar através das consequências de uma ação e de entender noções de lógica; desenvolvem o conceito de conservação, e ainda não desenvolveram a capacidade de manipular informações mentalmente. Surgem também outras características, como o animismo, a linguagem em nível de monólogo coletivo, não há liderança em seus grupos e os pares e colegas são constantemente trocados. A estimulação se faz necessário para todas as crianças, em especial aquelas com comprometimento em qualquer um dos aspectos do ser humano. Proporcionar vivências em ambientes diversificados, assim como, possibilitar o uso de diversos materiais, farão com que a criança tenha um grande leque de possibilidades de experiências, enriquecendo o repertório, resultando em um melhor desempenho no desenvolvimento e aprendizagem. . A criança com comprometimento Podemos dizer que uma criança tem comprometimento, quando possui déficit em um ou mais aspectos do desenvolvimento humano, ou seja, no aspecto motor, cognitivo, afetivo ou social. Aspecto físico: Está relacionado ao crescimento orgânico, à maturação neurofisiológica, a aptidão de manipulação de objetos e de exercício do próprio corpo. Aspecto afetivo: Está relacionado à maneira do indivíduo integrar suas experiências afetivas. Representa os sentimentos do cotidiano que formam a estrutura emocional. Aspecto intelectual: Está relacionado com a capacidade intelectiva ou a forma que o indivíduo pensa e age para resolver um problema. Aspecto social: Está relacionado ao convívio em sociedade. A maneira que reage diante de algumas situações. Na escola CEDAE/APAE estudam crianças com características particulares, porém a maioria delas tem a Síndrome de Down, temos também alguns com Autismo e poucas com deficiência física. A Criança com Síndrome de Down A síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população. Elas podem ter algumas características semelhantes e estarem sujeitas a maior incidência de enfermidades, mas possuem personalidades e características diferentes e específicas. Todos esses aspectos estão relacionados entre si, ou seja, um depende do outro. De acordo com estímulos recebidos e vivências a criança com Síndrome de Down pode alcançar um bom desenvolvimento de suas capacidades pessoais e avançará com crescentes níveis de realização e autonomia. Ela é capaz de sentir, amar, aprender, se divertir e trabalhar. Poderá ler e escrever, deverá ir à escola como qualquer outra criança e levar uma vida autônoma. A criança com autismo O autismo é um distúrbio neurológico caracterizado por comprometimento da interação social, comunicação verbal e não-verbal e comportamento restrito e repetitivo. O autismo é altamente hereditário, mas a causa inclui tanto fatores ambientais quanto predisposição genética. Em casos raros, o autismo é fortemente associado a agentes que causam defeitos congênitos. O autismo afeta o processamento de informações no cérebro, alterando a forma como as células nervosas e suas sinapses se conectam e se organizam; como isso ocorre ainda não é bem compreendido. É um dos três distúrbios reconhecidos do espectro do autismo (ASD), sendo os outros dois a Síndrome de Asperger, com a ausência de atrasos no desenvolvimento cognitivo e o Transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação (comumente abreviado como PDD-NOS (sigla em inglês) ou TID-SOE (sigla em português)), que é diagnosticado quando o conjunto completo de critérios do autismo ou da Síndrome de Asperger não são cumpridos. Intervenções precoces em deficiências comportamentais, cognitivas ou da fala podem ajudar as crianças com autismo a ganhar autonomia e habilidades sociais e de comunicação. Embora não exista nenhuma cura conhecida, há relatos de crianças que vivem muito bem, brincam, cantam, aprendem, às vezes com algumas restrições alimentares, mas nada que afete sua saúde. As pessoas com Síndrome de Down têm muito mais em comum com o resto da população do que diferenças. A criança com deficiência física A deficiência física, de maneira geral, pode ser entendida como a apresentação de algum comprometimento de uma ou diversas funções motoras de um organismo físico, podendo variar de grau (leve moderada ou grave) de acordo com cada indivíduo e sua abrangência. Na sociedade esta é uma definição que merece atenção, pois é a partir do entendimento e compreensão do que é a deficiência física e quais as necessidades que esta abarca que são tomadas decisões com objetivo de melhorias no atendimento, inclusive educacional destes indivíduos (GODÓI, 2006). Segundo Lévi-Strauss, citado por Godói (2006), as diferenças existem e não devem ser escondidas, é preciso reconhecê-las e assumi-las. A deficiência física pode ainda ser entendida como a dificuldade de movimentação que impeça a pessoa de uma vida independente, ou ainda como uma desvantagem que limita ou mesmo impede a locomoção motora, resultante de uma incapacidade ou comprometimento. Pode também ser percebida como um distúrbio da estrutura anatômica ou de sua função que impeça ou dificulte a atividade motora do indivíduo (TEIXEIRA, 2010). O desenvolvimento não ocorre da mesma forma para todas as crianças, pois cada uma delas possuem características estruturais e genéticas diferentes. Godói, Galasso e Miosso (2006) salientam que o desenvolvimento da criança deficiente física ocorre como da criança sem deficiência, a diferença esta nas fases do desenvolvimento e no tempo cronológico, sendo que a criança com deficiência física inicia seu desenvolvimento mais tarde devido ao seu ritmo na execução de suas ações. O importante é o professor conhecero seu aluno e ir percebendo sua maneira de relacionar-se, respeitando sua maneira de ser, sempre incentivando a ir além, sem colocar rótulos. A criança com deficiência física como todas as outras deficiências se desenvolve através das vivências sociais. O ato do brincar também facilita o processo de aprendizagem, já que por meio dele a criança explora seu corpo e seu ambiente. As crianças com deficiência, no entanto, muitas vezes são privadas de brincar. Essas privações são embasadas em crenças de que a criança com deficiência não consegue brincar e de que esta atividade é apenas uma forma de passar o tempo. No entanto, toda criança é capaz de brincar, não importando quão severa é a sua deficiência. O ato lúdico auxilia em seu desenvolvimento saudável e através dele, deixa-se de lado a deficiência e lembra-se de que ela é uma criança. O desenvolvimento da criança com deficiência acontece dentro de suas habilidades e possibilidades, mesmo que esta necessite de auxílio para poder trilhar esse caminho. Esse caminhar acontece independente de sua condição física, mental ou psíquica, ou seja, a deficiência pela qual ela é acometida não impede que possa ter uma vida saudável e produtiva como a de outras crianças ditas normais. O brincar é importante para aproximar a criança com deficiência do seu meio e fazê-la interagir socialmente, possibilitando com que ela não seja tida como incapaz. A deficiência não determina a incapacidade e, por isso, a pessoa com deficiência deve interagir com o seu meio, no qual irá imprimir a sua marca pessoal, mostrando-se singular e estabelecendo relações por meio de suas experiências (TAKATORI, 2003). Essa importância foi retomada por Bruner que acredita que o brincar possui um papel fundamental no desenvolvimento infantil e que a brincadeira é a oficina da criança. Porém, antes mesmo de Bruner, Vigotsky e Leontiev, dedicaram-lhe atenção por considerá-la uma oportunidade inestimável de aprendizagem. Piaget, nesse mesmo período, apresentou uma outra leitura, na qual há o surgimento do símbolo e o desenvolvimento do comportamento moral (ROSE e GIL, 2003). Então, mãos à obra, as crianças estão a nossa espera para brincar, conquistar o mundo a sua volta e nós professores poderemos contribuir muito para formação, desenvolvimento e aprendizagem de cada uma delas, basta estarmos dispostas a colocarmos em prática tudo o que aprendemos e prontos para aprender ainda mais a cada dia. MEDIDA DE MEDIAÇÃO: 1 Desenvolver a coordenação motora ampla Propiciar o conhecimento do próprio corpo Desenvolver as percepções. Crianças em círculo, sentados: Passar as mãos na superfície de plástico, batendo as mãos, batendo os pés, em decúbito dorsal elevar as pernas à cima, Balançar o corpo para os dois lados, sem rolar; Crianças com a barriga na superfície, fazem como se estivesse nadando batendo braços e pernas; Mesmo movimento de costas; Rolar para os dois lados; Engatinhar até a outra extremidade do plástico; De pé, caminhar; Pular, cantando uma música; Voltar à formação de círculo, ao som de uma música calma, segurar um pedaço de plástico bolha nas mãos e apertar. Plástico bolha Objetivos Descrição da atividade Avaliação: Envolvimento e participação Música: “Vamos pular” Sandy e Junior MEDIDA DE MEDIAÇÃO: 2 Desenvolver a coordenação motora ampla e fina. Desenvolver as percepções. Crianças em círculo, colocar uma bola grande e incentivar que batam as mãos sobre a mesma percebendo sua textura, tamanho, cor; Segurar a bola com as mãos e elevá-la para cima; Passar a bola para o colega do lado; Cantando: Pegue a bola bem devagarinho...” 2 fileiras de frente uma para outra com uma distância entre as mesmas; Sentados, empurrar a bola, fazendo com que a mesma chegue até o colega; De pé, jogar a bola com as mãos, fazendo com que a mesma chegue até o colega; Chutar a bola, fazendo com que chegue até o colega; Segurar a bola com as mãos e levá-la ao colega, deixando com o mesmo e trocando de lugar. Finalizar a atividade com várias bolas no chão de tamanhos variados, colocar as bolas no cesto ( como basquete). BOLA Objetivos: Descrição da atividade Avaliação: Envolvimento e participação MEDIDA DE MEDIAÇÃO: 3 BEXIGAS Desenvolver a coordenação motora ampla e fina, lateralidade, equilíbrio, força, percepção tátil; Conhecimento do corpo. Ao sinal as crianças deverão: Passar por baixo das bexigas sem tocá-las; Bater as mãos nas bexigas; Bater a cabeça nas bexigas; Alunos deitados no chão, deverão elevar os pés tocando as bexigas; Bexigas nas mãos, correr levando as bexigas até um determinado local (sem soltar); Bater na bexiga, sem deixar cair no chão; Apertar a bexiga com as mãos; Apertar a bexiga com os pés; Sentar sobre as bexigas até estourar (caso não tenham problema de medo); Deitados ao som de uma música relaxar o corpo, sendo massageado com uma bexiga (pela professora). Objetivos: Descrição da atividade Avaliação: Participação e envolvimento. Bexigas penduradas, próximo as crianças MEDIDA DE MEDIAÇÃO: 4 TECIDOS Conhecimento do corpo, coordenação motora ampla e fina, equilíbrio e força. Crianças sentadas no Tatame, em círculo; Segurar o tecido com as duas mãos, com uma das mãos, trocar; Passar o tecido pelo corpo; Lançar o tecido para cima e pegá-lo; Balançar o tecido; Deixar os tecidos pequenos de lado e passar a utilizar um único tecido maior; A professora com o auxílio de outro profissional balançar o tecido sobre a cabeça dos educandos deixando que caia sobre as mesmas; Colocar o tecido no chão (ao som de uma música) as crianças irão caminhar e ao parar a música todos deverão subir nele; Puxar o tecido com uma das crianças, as outras estarão próximo, ao lado, com tecidos menores, brincando com os mesmos; As crianças puxarão um boneco, imitando a professora. Balançar as crianças como se estivesse em uma rede. Objetivos: Descrição da atividade Avaliação: Participação e envolvimento Iniciar com os tecidos pequenos MEDIDA DE MEDIAÇÃO: 5 Desenvolver a coordenação motora, equilíbrio, conhecimento do próprio corpo, lateralidade. As crianças serão incentivadas a entrar na caixa colocando primeiro uma perna e depois a outra, sair, experimentar outras caixas; Explorar a caixa, conforme a necessidade, entrar junto com outro colega; Brincar de se esconder; Com caixas menores colocar a caixa na cabeça como se fosse um chapéu; Caminhar com caixas de sapato nos pés; Empilhar as caixas como se fosse jogo de empilhar; A professora irá puxar as caixas com as crianças como se fosse um carrinho; Com bonecos dentro das caixas, as crianças puxarão e empurrarão os bonecos. (Imitando a professora). Descansar ao som de uma música calma, dentro ou fora da caixa Objetivos: Avaliação: Envolvimento e participação Descrição da atividade CAIXAS Várias caixas de papelão coloridas MEDIDA DE MEDIAÇÃO: 6 Desenvolver a coordenação motora, força, percepções. Crianças em círculo, cada uma com um saco de areia à frente; Bater as mãos, bater os pés; Segurar saco, manipular e passar para o colega ainda sentados; Todos de pé, ficar sobre o saco de areia; Fazer um caminho com os sacos e caminhar colocando um pé em cada saco de areia; Passar sobre os sacos de areia, sem pisar em cima; Levar o saco de areia até um determinado local, voltar correndo sem o material, o mesmo será trazido pela outra criança; Levar o material até uma caixa, para ser guardado; Descansar ao som de uma música calma, manipular areia numa caixa. Sacos de areia Objetivos Descrição da atividade Avaliação: envolvimento e participação MEDIDA DE MEDIAÇÃO: 7 Desenvolver a coordenação motora global e fina, confiança, lateralidade. Ao som de uma música caminhar próximo ao paraquedas, ao sinal subir no mesmo; Todos em círculos segurando as pontas do paraquedas, balançar o mesmo; Segurando as pontas do paraquedas, girar a roda para um lado e para o outro lado; Uma criança fica no meio do círculo, as outras irão balançar o paraquedas, fazendo com que a criança do centro apareça e desapareça, repetir com todas as crianças. Colocar uma bola sobre o paraquedas e balançar; As crianças serão balançadas no paraquedas; Ao som de uma música: deitar e descansar sobre o paraquedas. OBJETIVOS Descrição da atividade Avaliação: Envolvimento e participação PARAQUEDAS Paraquedas Paraquedas Paraquedas Paraquedas Paraquedas MEDIDA DE MEDIAÇÃO: 8 Desenvolver a coordenação motora, Equilíbrio; Conhecimento do corpo. Segurar os espaguetes sentindo a textura dos mesmos; Carregar ou puxar até um determinado local; Colocar no chão e passar por cima; Dois a dois segurando numa ponta e puxa; Com o círculo, do mesmo material, passar pelo corpo, de baixo para cima e de cima para baixo; Colocar num braço, no outro, numa perna, na outra; Brincar como se fosse um volante de carro; Círculos no chão. Todos caminhando ao som de uma música (ou palmas), quando parar, cada um escolhe um círculo e fica; Juntar os círculos, os educandos andarão pisando no meio de cada círculo, como se fosse uma amarelinha; Quem consegue rolar o círculo? Pegar e voltar a tentar; Crianças sentadas, formando um círculo, manipular o material. Espaguetes OBJETIVOS Descrição da atividade Avaliação: envolvimento e participação MEDIDA DE MEDIAÇÃO: 9 Caminhar observando o local onde se encontra, Desenvolver as percepções visual, olfativa e tátil. Iremos de ônibus até o Jardim Botânico e caminhando em direção ao jardim das sensações, onde as crianças poderão sentir as plantas, seu cheiro, textura e visual (algumas pode até colocar na boca). Ao voltar na escola faremos um cartaz com colagens lembrando a atividade vivenciada por todos. Passeio no Jardim Botânico Objetivos Descrição da atividade Avaliação: Envolvimento e participação MEDIDA DE MEDIAÇÃO:10 Conhecer novos ambientes; Desenvolver a coordenação motora, lateralidade; Sociabilização. Iremos de ônibus até o Bosque São Lourenço e caminhando até o loca, observando a paisagem. Iremos até a roda inclusiva, bem como no parquinho que fica na outra extremidade do parque, experimentar os brinquedos que se encontram em cada um dos locais. BOSQUE SÃO LOUR BOSQUE SÃO LOURENÇO Bosque São Lourenço Avaliação: Envolvimento e participação Objetivos Descrição da atividade MEDIDA DE MEDIAÇÃO: 11 Conhecimento do corpo, Desenvolver a coordenação motora ampla, equilíbrio, lateralidade, confiança em si e no adulto. Crianças próximos a bola grande, bater com as mãos na bola, percebendo textura e tamanho; Deitados no chão bater os pés na bola; De pé, de frente para o colega, com uma distância, ir rolando a bola até chegar no colega; Mesma formação, empurrar fazendo com que a bola chegue até o colega; Chutar a bola para o colega; De dois em dois, de pé, carregar uma bola, até determinado local; Uma criança de cada vez, sentado na bola, impulsionar o corpo para cima e para baixo; Mesma formação: sentado na bola, fazendo um círculo com o corpo movimentando o quadril; Deitar na bola com a barriga sobre a mesma, fazendo com que pés e mãos consigam encostar no chão; Em círculo, sentados, empurrar a bola para o colega. Bola bobat BOLA BOBAT BOLA BOBAT BOLA BOBAT BOLA BOBAT BOLA BOBAT BOLA BOBAT BOLA BOBAT BOLA BOBAT BOLA BOBAT BOLA BOBAT BOLA BOBAT BOLA BOBAT BOLA BOBAT BOLA BOBAT BOLA BOBAT OBAT Objetivos Descrição da atividade Avaliação: Envolvimento e participação MEDIDA DE MEDIAÇÃO: 12 ALMOFADAS Desenvolver o equilíbrio, a coordenação motora ampla, lateralidade Crianças sentadas, cada uma em uma almofada, em círculo; Realizar movimentos com o corpo de aquecimento, bater mãos, bater pés no chão, bater palmas, elevar os braços para cima; Retirar a almofada de baixo do corpo e segurar, apertar, abraçar, colocar sobre a cabeça, trocar com o colega, jogar para cima; De pé caminhar segurando as almofadas; Todos de pé em fileira, caminhar sobre as almofadas dispostas no chão; Aumentar o espaço entre as almofadas e caminhar novamente, sem pisar nas almofadas; Sentar sobre a almofada e arrastar o corpo; Colocar as mãos sobre a almofada (que está no chão) arrastar como se fosse um animal (ficar de quatro apoios); Caminhar com a almofada sobre a cabeça; Ao som de uma música, descansar com a cabeça sobre a almofada. Objetivos Descrição da atividade Avaliação: Envolvimento e participação MEDIDA DE MEDIAÇÃO:13 Vivenciar atividades que estimulem o desenvolvimento das percepções. Crianças somente de fralda para facilitar na higiene. No chão serão colocados papel bobina no qual terá tinta guache das cores vermelho, azul e amarelo. As crianças pintarão com as mãos o papel; A todo momento serão incentivados a colocarem as mãos na tinta e pintar; O papel bobina com a pintura de cada criança será exposto na parede para que todos possam visualizar. Após apreciação de todos, os educandos serão levados ao banheiro para tomar banho e vestir-se novamente. Realizar a mesma atividade em um outro dia, as crianças deverão pintar com os pés. TINTA Objetivo Descrição da atividade Avaliação: Envolvimento e participação Esta atividade deverá ser realizada somente em dia quente. MEDIDA DE MEDIAÇÃO: 14 CORDAS Desenvolver a coordenação motora; Conhecimento do corpo; Manipular objeto sem uma forma propriamente dita. Crianças em duas fileirasde frente uma para as outra; Manipular as cordas, percebendo diferentes tipos de espessuras e material; Envolver o corpo com a corda (com cuidado); De pé, fazer um círculo grande com as cordas, tocar uma música: “Pular corda”. Quando a música parar, deverão todos estar dentro do círculo. Caminhar pisando sobre a corda, no círculo; Fazer uma escada no chão com as cordas, caminhar pulando a corda Duas crianças seguram a mesma corda, puxar para trás, como cabo de guerra; Balançar a corda para os lados; Passar por baixo de várias cordas; Passar por cima das mesmas cordas; Brincar fazendo cobrinha com as cordas. Descrição da atividade Objetivos Avaliação: Envolvimento e participação MEDIDA DE MEDIAÇÃO: 15 Conhecimento do corpo Equilíbrio Sociabilização Todas as crianças sentadas sobre o colchão, percebendo o mesmo, bater as mãos, bater os pés, deitar, voltar a sentar. Caminhar sobre o colchão; Deitar movimentar-se como se estivesse nadando, em decúbito ventral; Deitar em decúbito dorsal, movimentar-se como uma cobrinha; Engatinhar sobre o colchão; Sentados fazer movimento de pular; De pé pular sobre o colchão; Rolar para os lados até chegar no final do colchão; Todos deitam no colchão e escutam uma música relaxante. Objetivos Descrição da atividade Avaliação: Envolvimento e participação Colchão inflável MEDIDA DE MEDIAÇÃO: 16 Desenvolver o conhecimento do corpo; Desenvolver a coordenação motora ampla e fina; Desenvolver as percepções; Desenvolver a auto estima. Crianças no pátio em círculo; Vários jornais no chão; Segurar o jornal e manipular; Segurar e jogar para cima; Fazer barulho com o jornal, segurando com as mãos e balançando os braços; De pé, as crianças deverão colocar o jornal na cabeça e caminhar; Colocar o jornal na barriga e caminhar; Pisar sobre jornais colocados no chão; Esfregar com os pés o jornal no chão; Sentados, em círculo novamente, rasgar o jornal. Jogar para cima os papéis picados Juntar todo o jornal e colocar num pacote; Fazer uma bola com os jornais rasgados e brincar com a bola. JORNAL Objetivos Descrição da atividade Avaliação: Envolvimento e participação MEDIDA DE MEDIAÇÃO: 17 Perceber o corpo em movimento junto ao animal; Conhecer um local diferente ao que está acostumado; Iremos de ônibus até o Jóquei e caminhando em direção ao local onde os cavalos se encontram, onde poderemos observá-los, percebendo o cheiro, textura e visual. Depois iremos numa pista, onde cada criança junto com o instrutor irá dar algumas voltas com o animal. Faremos um lanche tipo piquenique, neste local. Ao voltar na escola faremos um cartaz com colagens lembrando a atividade vivenciada por todos Descrição da atividade Passeio no jóquei Objetivos Avaliação: Participação e envolvimento MEDIDA DE MEDIAÇÃO: 18 Conhecer o seu corpo e suas possibilidades; Conhecer o corpo do outro; Brincar com seu corpo e com o do colega; Desenvolver a coordenação motora, equilíbrio, Desenvolver a autoestima. Todas as crianças sentadas no Tatame em círculo; A professora vai passando de um em um cumprimentando e cantando uma música de boa tarde. “ Boa tarde como vai você”... Cantando e fazendo os gestos “Como pode um peixe vivo, viver fora da água fria...” Dar um abraço na criança. Cantando e batendo nas mãos “Pirulito que bate-bate...” Cantando e fazendo os gestos “ Serra, serra, serrador...” Cantando e fazendo os gestos “ Adoleta, le peti...” Cantando de mãos dadas “ Balança pra cá, balança pra lá..” Professora de frente para a criança, encostar os pés, tentando imitar o movimento de bicicleta. Cantando “ Pedala, pedala, pedalinho...” A Criança sobre a costa da professora, imitar o cavalo, passeando pela sala. Segurando a mão da criança, fazer as perguntas e ir respondendo: “ Cadê o toucinho que estava aqui, o gato comeu...” até fazer cocegas na criança. CORPO A CORPO Objetivos Descrição da atividade Sempre que realizar a atividade com uma criança, realizar com a outra, até que todos tenham passado pela mesma brincadeira, aí sim passar para outra atividade. Músicas utilizadas nas aulas: Você professor poderá usar sua criatividade, utilizando as músicas que conhece e que mais gosta. Boa tarde Boa tarde, como vai você? Minha amiga, como é bom te ver! Palma, palma, mão com a mão Agora um abraço de coração, agora um beijo! Como pode o peixe vivo Viver fora da água fria Como pode o peixe vivo Viver fora da água fria Como poderei viver Como poderei viver Sem a tua, sem a tua Sem a tua companhia. Pirulito que bate bate Pirulito que já bateu Quem gosta de mim é ela Quem gosta dela sou eu Pirulito que bate bate Pirulito que já bateu A menina que eu gostava Não gostava como eu Adoleta Le peti petecolá Les café com chocolá Adoleta Puxa o rabo da tatu, Quem saiu foi tu, Puxa o rabo da panela, quem saiu foi ela, Puxa o rabo do pneu, quem saiu fui eu Serra, serra serrador Quantas tábuas você serrou? Uma, duas, três! Balança pra cá, Balança pra lá Balança, balança, Depois vai pular Balança pra cá, Balança pra lá, Balança, balança, Depois vai dançar. RerRE Pedala, pedala Pedala pedalinho Me leva pra longe Bem devagarinho O mar tá bonito Tá cheio de caminhos Pedala, pedala Pedala pedalinho. Bia Bedran Alecrim Alecrim, alecrim dourado Que nasceu no campo E não foi semeado Foi meu amor Quem me disse assim Que a flor do campo é o alecrim Cadê o toucinho que estava aqui? O gato comeu. Cadê o gato? Foi pro mato. Cadê o mato? O fogo queimou. Cadê o fogo? A água apagou. Cadê a água? O boi bebeu. Cadê o boi? Foi pro trigal. Cadê o trigal? A galinha espalhou. Cadê a galinha? Foi botar ovo. Cadê o ovo? O frade comeu. Cadê o frade? Foi rezar missa. Cadê o povo da missa? Foi por aqui, por aqui, por aqui. A utilização da música tem um papel importante na educação das crianças, contribuindo para o desenvolvimento psicomotor, sócio afetivo, cognitivo e linguístico, além de ser facilitadora do processo de aprendizagem e uma grande aliada no crescimento saudável. No desenvolvimento psicomotor as atividades musicais oferecem inúmeras oportunidades para que a criança aprimore sua habilidade motora, aprenda a controlar seus músculos e mova-se com desenvoltura. O ritmo tem um papel importante na formação e equilíbrio do sistema nervoso. Isto porque toda expressão musical ativa age sobre a mente, favorecendo a descarga emocional, a reação motora e aliviandoas tensões. Qualquer movimento adaptado a um ritmo é resultado de um conjunto completo (e complexo) de atividades coordenadas. Por isso atividades como cantar fazendo gestos, dançar, bater palmas, pés, são experiências importantes para a criança, pois elas permitem que se desenvolva o senso rítmico, a coordenação motora, fatores importantes também para o processo de aquisição da leitura e da escrita. Referências Bibliográficas ARNAIZ Sánchez, Pilar, MARTÍNEZ Rabadán, Marta, PEÑALVER Vives, Iolanda. A Psicomotricidade na Educação Infantil: Uma Prática Preventiva e Educativa; trad. Inajara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Artmed, 2003. ASSUNÇÃO, Elisabete; COELHO, Maria Teresa. Problemas de Aprendizagem. São Paulo: Ática, 1997. ESCOLA ESTADUAL ROTARY, Projeto Político Pedagógico 1º grau, Superintendência Regional de Ituiutaba. Dez., 2014. BARRETO, Sidirley de Jesus. Psicomotricidade: educação e reeducação. 2. ed. Blumenau: Acadêmica, 2000. FONSECA, Vitor da. Psicomotricidade. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996. FONSECA, Vitor da. Psicomotricidade: Filogênese, Ontogênese e Retrogênese, Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. GONÇALVES, Fátima. Do andar ao escrever: um caminho psicomotor. São Paulo: Cultural RBL, 2011. LE BOULCH, J.O Desenvolvimento Psicomotor: do nascimento até os 6 anos. Tradução de Ana GuardrolaBrizolara. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001. http://www.educacaofisica.com.br/blogs/blog-ciencia-ef/imagem-corporal-e- esquema-corporal/ acesso em 25/08/16 http://psicomotricidadeeaprendizagem.blogspot.com.br/2010/03/esquema- corporal.html acesso em 25/08/16 https://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/45794/organizacao- espaco-temporal acesso em 01/09/16 https://www.google.com.br/search?q=tonus+muscular+psicomotricidade&sa=X &espv=2&biw=1366&bih=662&tbm=isch&tbo=u&source=univ&ved=0ahUKEwiK 4OC6rMvQAhWIGZAKHfiKAeYQsAQILg&dpr=1#imgrc=vmSrS0MypFTzSM%3 A Acesso em 01/09/16 http://educarparacrescer.abril.com.br/zigzigzaa/materias/movimento.shtml Acesso em: 01/10/2016 https://prezi.com/zxkppevrz_dp/desenvolvimento-da-crianca-de-2-a-4-anos- segundo-piaget Acesso em: 01/10/16 http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/d00005.htm Acesso em: 02/10/16 https://psicologado.com/psicologia-geral/desenvolvimento-humano/introducao- aos-estagios-de-desenvolvimento-de-jean-piaget Acesso em: 15/10/2016 https://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/49433/desenvolvimento- e-aprendizagem-de-criancas-com-deficiencia-fisica Acesso em: 20/11/16 http://www.uniararas.br/revistacientifica/_documentos/art.10-008-013.pdf Acesso em: 20/11/16 https://brasileirinhos.wordpress.com/brincadeiras/ Acesso em: 26/11/16 http://novaescola.org.br/conteudo/131/musica-contribui-para-odesenvolvimento- infantilna escola." 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