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Climatologia I Slides

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Climatologia I
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI
CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA – CEAD
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA GEOGRAFIA
DISCIPLINA: CLIMATOLOGIA I
COORD.: PROF. MSc. KLEYSON CAMPÊLO DE ARAÚJO
Prof. ___________________________________________
Qual o conceito de climatologia?
 Como a climatologia diferencia-se da meteorologia quanto ao
campo de estudo e abordagens?
A climatologia é uma ciência moderna?
Quais as escalas de estudo da climatologia?
1. introdução
“A climatologia constitui o estudo científico do clima. Ela trata dos
padrões de comportamento da atmosfera em suas interações com as
atividades humanas e com a superfície do Planeta durante um longo
período de tempo” (MENDONÇA e DANNI-OLIVEIRA, 2007).
 A climatologia é o estudo das “variações geográficas”. A
Climatologia tem por objetivo estabelecer relações entre o meio
natural, os fatos geográficos e a atmosfera sobre ele, destacando as
particularidades de cada lugar ou região (SORRE, 2006).  Figura
01.
 A climatologia e meteorologia estudam a atmosfera, mas
diferenciam-se quanto os objetivos e métodos.
1.1 Climatologia: conceito
Figura 01. O clima e a interação com o ambiente natural
1.1 Climatologia: conceito
Fonte: Barbosa (2011) e Ayoade (2004).
Tempo e clima – noções importantes pra diferenciar meteorologia e
climatologia.
Tempo
 Segundo Mendonça e Danni-Oliveira (2007) tempo é “o estado
momentâneo da atmosfera em um dado instante e lugar”.
 “Estados atmosféricos”. Embora o tempo seja uma combinação
complexa, normalmente há um elemento predominante em dado
momento. Daí as designações “quente”, “chuvoso” “nublado” etc.
(SORRE, 2006).
 “Estado médio da atmosfera numa dada porção de tempo e em
determinado lugar” (AYOADE, 2004).
1.2 Climatologia e meteorologia: diferenciação
Tempo e clima – noções importantes pra diferenciar meteorologia e
climatologia.
Clima
“Série de estados atmosféricos sobre determinado lugar em sua
sucessão habitual” (SORRE, 2006).
A análise rítmica.
 Clima “é a síntese do tempo num dado lugar durante um período
de aproximadamente 30-35 anos” (AYOADE, 2004).
 A climatologia estuda o clima e está inserida nas ciências humanas,
em especial na geografia (física).
A meteorologia objetiva o estudo do tempo e pertence as ciências da
natureza, particularmente a física.  Figura 02.
1.2 Climatologia e meteorologia: diferenciação
Figura 02. Posição da climatologia no campo de conhecimento científico.
1.2 Climatologia e meteorologia: diferenciação
Fonte: Mendonça e Danni-Oliveira (2007); Barbosa (2011).
 ABORDAGENS
Meteorologia
 O estudo de fenômenos atmosféricos como raios, trovões,
descargas elétricas, nuvens, composição físico-químicas do ar,
previsão do tempo, entre outros (MENDONÇA E DANNI-OLIVEIRA,
2007).
 A definição qualitativa dos fenômenos, pesquisa das leis e
previsão (SORRE, 2006).
Climatologia
 O estudo das variações espaciais do clima, de seus elementos e
fatores.
 As séries de estados atmosféricos e escala temporal de, no
mínimo, 30 anos (AYOADE, 2004; SORRE, 2006).
1.2 Climatologia e meteorologia: diferenciação
 ABORDAGENS
Obs. importante: A climatologia e meteorologia podem utilizar os
mesmos instrumentos para coleta de dados em suas pesquisas
como o termo-higrômetro, por exemplo, mas diferenciam-se quanto
as abordagens adotadas. Enquanto a meteorologia prioriza os
fenômenos atmosféricos tais como raios e formação de nuvens (em
sua descrição e análise quantitativa), a climatologia estabelece
relações dos elementos e fatores climáticos com o meio natural e os
artefatos sociais, singularizando a atmosfera sobre cada espaço.
1.2 Climatologia e meteorologia: diferenciação
IDADE ANTIGA
 “Os gregos foram os primeiros a produzir e registrar de forma mais
direta suas reflexões sobre o comportamento da atmosfera,
decorrentes das observações acerca da diferenciação dos lugares em
navegações no mar Mediterrâneo”.
 Hipócrates e sua obra intitulada “Ares, Águas e lugares (em 400
a.C).
 Aristóteles escreveu “Meteorológica” (em 350 a.C).
 Alguns conceitos fundamentais foram criados pelos gregos. A
divisão do Planeta em zonas térmicas (Tórrida, Temperada e Fria),
por exemplo.
Fonte: Mendonça e Danni-Oliveira (2007)
1.3 História da climatologia
IDADE MÉDIA
 O domínio do império romano e adoção do cristianismo como religião
ocidental provocou um período de regressão ao conhecimento científico –
obscurantismo religioso medieval.
 IDADE MODERNA E CONTEMPORÂNEA
 O Renascimento e a retomada do estudo da atmosfera.
 A invenção do termômetro por Galileu Galilei, em 1593.
 A invenção do barômetro por Torricelli, em 1643.
 As Guerras Mundiais e os avanços tecnológicos proporcionados.
 A Guerra Fria, o advento do satélite e o monitoramento da atmosfera.
 A Fundação da Organização Mundial de Meteorologia (OMM), em
1950, dando sequência a Organização Meteorológica Internacional (OMI)
de 1873.
Fonte: Mendonça e Danni-Oliveira (2007)
1.3 História da climatologia
 Escalas espaciais do clima: refere-se a dimensão espacial da superfície
analisada. Contempla desde microclimas (10 km a alguns metros) até
macroclimas (maior que 2.000 km)  Quadro 01.
 Escalas temporais do clima
 Escala geológica - estudo de paleoclimas a partir de indicadores
biológicos (fósseis, polens e anéis de árvores) e litológicos (terraços
fluviais, dunas, formas residuais de relevo etc.).
 Escala histórica – estudo do clima do passado tendo como
referência o aparecimento do homem. Analisa-se documentos como
relatos de viagens, desenhos de pares de cavernas e assim por
diante.
 Escala contemporânea – Análise de dados meteorológicos na
escala mínima de 30 anos, segundo as normas estabelecidas pela
OMM. É a escola mais utilizada na atualidade.  Quadro 01.
Fonte: Mendonça e Danni-Oliveira (2007)
1.4 Escala de estudo em climatologia
ORDEM DE 
GRANDEZA
SUBDIVISÕES ESCALA 
HORIZONTAL
ESCALA 
VERTICAL
TEMPORALIDADE 
DAS VARIAÇÕES 
MAIS 
REPRESENTATIVAS
EXEMPLIFICAÇÃO 
ESPACIAL
Macroclima Clima zonal
Clima
regional
>2.000 km 3 a 13 
km
Algumas semanas 
a vários decênios
O globo, um
hemisfério, oceano,
os mares etc.
Mesoclima Clima
regional
Clima local
Topoclima
2.000 km a
10 km
12 km a 
100 m
Várias horas a 
alguns dias
Região natural,
montanha, região
metropolitana,
cidade, etc.
Microclima 10 km a
alguns 
metros
Abaixo 
de
100 m
De minutos a dias Bosque, uma rua,
uma
edificação/casa etc.
1.4 Escala de estudo em climatologia
Fonte: Mendonça e Danni-Oliveira (2007)
Qual o conceito de climatologia?
 Como a climatologia diferencia-se da meteorologia quanto ao
campo de estudo e abordagens?
A climatologia é uma ciência moderna?
Quais as escalas de estudo da climatologia?
Retomando conceitos
A atmosfera é uma camada de gases, sem cheiro, cor e gosto, presa à Terra
pela força da gravidade. Em sua composição há predomínio de Nitrogênio (N2)
e Oxigênio (O2), além de outros gases em menor expressão, tais como
Argônio (Ar), Ozônio (O3) e Dióxido de carbono (CO2) (AYOADE, 2004).
A Atmosfera é dividida em cinco camadas: Troposfera, Estratosfera,
Mesosfera, Termosfera e Exosfera.
A camada mais superficial é a troposfera e a que nos interessa mais de
perto, pois nela os elementos do tempo e clima são individualizados. As
maiores temperaturas nesta camada, 20ºC em média, têm como causa a
composição por dióxido de carbono (CO2), Amônia (NH3) e vapor d’água,
eficazes na absorção de ondas longas emitidas pela superfície da terra
(MENDONÇA E DANNI-OLIVEIRA, 2007).  Figura 03.
2. atmosfera:características físico-químicas
2. atmosfera: características físico-químicas
Fonte: Chistopherson, 2012, p. 63
Figura 03. Atmosfera:
camadas e composição
físico- química.
 O estudo do clima é dividido em elementos e fatores climático para
uma melhor compreensão de sua dinâmica.
 Os elementos climáticos são “os atributos físicos que representam as
propriedades da atmosférica geográfica de um dado local”. Subdividem-se
em três:
 Temperatura do ar atmosférico
 Umidade do ar atmosférico
 Pressão do ar atmosférico
 Os fatores climáticos – influenciam e condicionam os elementos
climáticos. Eles são responsáveis pelas variações temporais e espaciais
dos elementos. Os fatores geográficos do clima são: latitude, altitude,
maritimidade, continentalidade, a vegetação e as atividades humanas.
 Figura 04.
Fonte: Mendonça e Danni-Oliveira (2007); Barbosa (2011)
3. Elementos e fatores climáticos: interação
Adaptado de Mendonça e Danni-Oliveira (2007)
3. Elementos e fatores climáticos: interação
Figura 04. Os elementos e seus fatores climáticos.
 Conceito
 “A temperatura do ar é medida do calor sensível nele armazenado,
comumente dada em graus Celsius ou Fahrenheit e medida por
termômetros” (MENDONÇA E DANNI-OLIVEIRA, 2007).
 “A temperatura pode ser definida em termos de movimentos de
moléculas, de modo que quanto mais rápido o deslocamento mais
elevado será a temperatura. Mais comumente ela é definida em termos
relativos tomando-se por base o grau de calor que um corpo possui”
(AYOADE, 2004).
 O sol é a fonte primária de energia solar e a temperatura do ar
relaciona-se ao balanço de radiação no sistema terrestre (diferença entre
energia que a terra recebe e libera para o espaço).  Figura 05.
3.1 campo térmico – temperatura do ar atmosférico.
3.1 campo térmico – temperatura do ar atmosférico.
Figura 05.Fluxo simplificado de radiação de ondas curtas e longas no
sistema Terra-atmosfera
Fonte: Chistopherson (2012).
 Caminhos e princípios da energia
 Transmissão: “refere-se à passagem de energia em ondas
curtas e longas através da atmosfera ou da água”.
 Entrada de insolação: Única entrada de energia que
impulsiona o sistema Terra-Atmosfera.
 Espalhamento (radiação difusa): conforme a radiação viaja em
direção à superfície, encontra uma densidade crescente de gases
atmosféricos. As moléculas de gases redirecionam a radiação,
mudando a direção do movimento da luz sem alterar seus
comprimentos de onda.
Fonte: Chistopherson (2012).
3.1 campo térmico – temperatura do ar atmosférico.
 Caminhos e princípios da energia
 Refração: conforme a radiação entra na atmosfera, ela passa de
um meio para outro, do espaço virtualmente vazio da atmosfera, ou
do ar para água. Essa transição sujeita a insolação a uma
mudança de velocidade, que também altera sua direção, uma ação
de desvio chamada refração.
 Albedo e reflexão: uma parte de energia incidente volta
diretamente para o espaço sem ser absorvida ou realizar algum
trabalho – esse é o processo de reflexão. Albedo é qualidade
reflexiva, ou brilho intrínseco, de uma superfície. Figura 06.
Fonte: Chistopherson (2012).
3.1 campo térmico – temperatura do ar atmosférico.
Fonte: Chistopherson (2012).
3.1 campo térmico – temperatura do ar atmosférico.
Figura 06. Diversos valores de albedo.
 Caminhos e princípios da energia
 Absorção: assimilação da radiação por moléculas de matéria e
sua conversão de uma forma de energia para outra. Da insolação
direta e difusa do sol, 31% é refletido e 69% é absorvido.
 Condução: é a transferência de moléculas para molécula de
energia térmica. Constitui-se como fluxo de calor sensível de áreas
de temperatura mais alta para as de temperatura mais fria.
 Convecção: ocorre quando os gases e líquidos transferem
energia por movimento vertical.
 Advecção: ocorre quando o movimento horizontal é dominante
(Figura 07).
Fonte: Chistopherson (2012).
3.1 campo térmico – temperatura do ar atmosférico.
Fonte: Chistopherson (2012).
3.1 campo térmico – temperatura do ar atmosférico.
Figura 07. Processo de transferência de energia térmica. 
Efeito estufa na baixa atmosfera e aquecimento global (Figura 08).
Figura 08. Efeito estufa e aquecimento global
3.1 campo térmico – temperatura do ar atmosférico.
Disponível em <http://revistaescola.abril.com.br/geografia/fundamentos/quais-
consequencias-boas-efeito-estufa-488078.shtml> Acesso Mar. de 2015.
 Latitude: distância, em graus, de qualquer ponto na superfície
terrestre da Linha do Equador.
 A temperatura do ar é inversamente proporcional a latitude, ou
seja, quanto maiores as latitudes menores serão as temperaturas.
 A inclinação do eixo terrestre combinado com o movimento de
translação é responsável por uma insolação desproporcional na
superfície terrestre.
 A radiação solar tende a ser cada vez mais oblíqua ao nos
afastarmos da Linha do Equador, diminuindo a intensidade da
insolação. Por essa razão, as temperaturas diminuem ao aumento
da latitude (Figura 09).
3.1.1 temperatura do ar atmosférico e seus fatores condicionantes
3.1.1 temperatura do ar atmosférico e seus fatores condicionantes
Fonte: Chistopherson (2012).
Figura 09. Efeitos da latitude na temperatura do ar.
 Altitude: corresponde a elevação da superfície em relação ao nível do mar.
 Na troposfera, as temperaturas diminuem com o aumento da altitude
acima da superfície.
 A atmosfera perde densidade a medida que altitude aumenta. Em
5.500 m, a densidade do ar é aproximadamente metade do valor ao nível
do mar.
À medida que a atmosfera fica mais tênue, há uma perda na
capacidade de absorver e irradiar calor sensível.
 A temperatura do ar é inversamente proporcional a altitude. Sendo
assim, em elevações altas, as temperaturas médias do ar são menores, o
resfriamento noturno é maior, e a variação de temperatura entre o dia e a
noite é maior do que em baixas elevações. (Figura 10).
 Fonte: Chistopherson (2012)
3.1.1 temperatura do ar atmosférico e seus fatores condicionantes
3.1.1 temperatura do ar atmosférico e seus fatores condicionantes
Figura 10. Efeitos
da latitude e
elevação na
temperatura do ar
atmosférico.
Fonte: Chistopherson (2012).
 Continentalidade e maritimidade
 As áreas distante dos grandes corpos hídricos ou oceanos estão sob o
efeito da continentalidade. Apresentam maiores amplitudes térmicas, isto
é, maiores variações entre as temperaturas máximas e mínimas diárias e
anuais.
 O termo maritimidade está associado a localidades próximas a
grandes corpos hídricos de água salgada que exibem influências
moderadoras dos oceanos. Essas localidades apresentam menores
amplitude térmicas anuais e diárias.
Obs. O ar próximo aos oceanos é mais úmido. Nesse sentido, a água é
um importante regulador térmico. O ar seco, sob o efeito da
continentalidade, tende a aquecer e esfriar mais rapidamente, o que
justifica a maior amplitude térmica (Figura 11).
3.1.1 temperatura do ar atmosférico e seus fatores condicionantes
3.1.1 temperatura do ar atmosférico e seus fatores condicionantes
Figura 11. Diferença entre o aquecimento entre a terra e água, e
efeito da maritimidade e continentalidade.
Fonte: Chistopherson (2012).
 Pressão do ar atmosférico corresponde ao peso que o ar exercer sobre
uma superfície.
 A temperatura do ar é um importante condicionante da pressão do ar
atmosférico. O ar quente é rarefeito e, portanto, exerce pouco peso na
atmosfera (baixa pressão). O ar frio, por outro lado, por ser condensado é
mais denso (alta pressão).
 A altitude é outro fator condicionante da pressão do ar atmosférico.
Como dito anteriormente, à medida quea altitude aumenta na troposfera,
menor é a densidade do ar (Figuras 12 e 13).
3.2 Campo barométrico e o movimento do ar
Alta 
pressão
Ventos ou deslocamento do ar
Baixa 
pressão
3.2.1 Circulação geral da atmosfera
Fonte: Chistopherson (2012).
Figura 12. Circulação Geral da Atmosfera
3.2.1 Circulação geral da atmosfera
Fonte: Chistopherson (2012).
Figura 13. Perfil Equador- polo do Hemisfério Sul
Noções fundamentais à compreensão da dinâmica na Circulação Geral da
Atmosfera
Força de Coriolis – uma força de deflecção faz com que o vento que se
desloca em linha reta seja aparentemente defletido em relação à rotação da
superfície da Terra. A força de Coriolis deflete o vento para a direita no
hemisfério norte e para esquerda no hemisfério sul.
 Principais áreas de alta e baixa pressão estimulados por fatores termais
 Zona de Convergência intertropical (ZCIT)
 Célula de alta pressão polar
 Célula de alta pressão subtropicais
 Célula de baixa pressão subpolares.
 Áreas ciclonais e anticiclonais.
Fonte: Chistopherson (2012).
3.2.1 Circulação geral da atmosfera
 Conceito: é o movimento horizontal do ar sobre a superfície do Planeta. As
diferenças de pressão (densidade) entre um local e outro produzem os ventos
– desequilíbrio barométrico.
 Tipos de ventos
 Ventos globais
a) Alísios (trade winds) são ventos que se deslocam das áreas tropicais
e convergem na calha de baixa pressão equatorial. Os alísios de
nordeste sopram no hemisfério norte e os alísios de sudeste sopram
no hemisfério sul.
b) Contra-alísios (ventos de oeste) são os ventos dominantes em
superfícies de áreas subtropicais até as altas latitudes. Eles diminuem
ligeiramente de intensidade no verão e são relativamente mais fortes
no inverno, em ambos os hemisférios.
c) Polares: Os centros de alta pressão polar são fracos. Os ventos
polares descendem e divergem no sentido horário no hemisfério norte
(anti-horário no Hemisfério Sul) e formam ventos fracos.
Chistopherson (2012).
3.2.2 ventos
 Tipos de ventos
 Ventos Regionais
a) Monções (variação sazonal) – ventos regionais que ocorrem
nos trópicos sobre o sudeste asiático, Indonésia, Índia,
Austrália setentrional e África equatorial. O termo monção
origina-se da palavra árabe para estação, mausim, ou
monção. A localização e o tamanho do continente asiático,
por exemplo, e sua proximidade do oceano índico controlam
as monções da Ásia meridional e oriental
(CHISTOPHERSON 2012).  Figura 14.
3.2.2 ventos
3.2.2 ventos
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Geografia em mapas. São Paulo: Ática, 2000.
Figura 14. 
 Tipos de ventos
 Ventos locais – decorrem um gradiente de pressão local que se estabelece
como resultado do aquecimento diferencial da superfície com alternância do
dia e da noite. Esse ventos são classificados em brisas terra-mar e brisas
montanha-vale.
a) Brisas terra-mar: ventos litorâneos resultantes da diferença de
aquecimento entre o continente e oceano (Figuras 15 e 16).
b) Brisas montanha-vale: resultam do rápido resfriamento do ar na
montanha e o ar no vale ganha calor rapidamente durante o dia.
]
3.2.2 ventos
Figura 15 Figura 16
Fonte: Chistopherson
(2012).
Tipos de ventos
 Outros exemplos de ventos locais
a) Mistral – vento frio,de origem polar, que ocorre no inverno, no vale do
rio Rone (França), norte da Itália e na Grécia.
b) Sirinoco (Simoon) – vento quente que atua na primavera da Europa
Mediterrânea.
c) Minuano ou pampeiro – vento frio, oriundo das massas polares, que
ocorre no inverno, na região dos pampas gaúchos.
 Ventos catastróficos – há ventos que, dada a sua intensidade,
provocam catástrofes sociais.
a) Furacão, Tufão ou Ciclone (Figura 17)
b) Tornado - Os tornados são formados no sul dos Estados Unidos
quando o ar quente caribenho encontro o ar frio do vale do Mississipi.
Sob este aspecto, os tornados diferenciam-se dos furacões por serem
formados sobre o continente (predominantemente), possuírem um
espiral mais fino e terem intensidade que podem ultrapassar 400 km/h.
quando
3.2.2 ventos
3.2.2 ventos
Disponível em <http://revistaescola.abril.com.br/geografia/pratica-pedagogica/quais-semelhancas-
diferencas-furacao-tufao-ciclone-geografia-fenomenos-naturais-528942.shtml> Acesso Mar. de 2015.
“Ciclone é o termo utilizado
pelos cientistas às perturbações
tropicais mais velozes. Esse
fenômeno, porém, recebe
denominações particulares,
como: a) Tufão, no extremo
Oriente e no Noroeste do
oceano Pacífico; b) Willy-Willy,
na Austrália; d) Baggio, nas
Filipinas; e) Travados, em
Madagascar; f) Papagallos, no
Nordeste do Pacífico etc.
(MENDONÇA E DANNI-
OLIVEIRA, 2007).  Figura 17.
Figura 17. Formação de um furacão
 O ciclo hidrológico (Figura 18).
3.3 campo higrométrico
Figura 18. Dinâmica no ciclo hidrológico Fonte: Chistopherson (2012).
 Umidade do ar – Corresponde a presença de vapor d’água na atmosfera.
 Tipos de umidade do ar calculada, sengundo Mendonça e Danni-Oliveira
(2007):
 Umidade absoluta – expressa o peso do vapor de água em um dado
volume de ar, representado em gramas por metros cúbicos (g/m³).
 Umidade específica – é dada pela razão entre o peso do vapor de água e
o peso da ar, isto é, quantas gramas de vapor existem em cada quilograma de
ar úmido.
 Umidade relativa – expressa uma relação de proporção relativa entre o
vapor existente no ar e o seu ponto de saturação.
 Quando a água é mais pensada que o ar, ocorre a precipitação ou queda. Sendo
assim, pode-se definir precipitação com queda de água da atmosfera em estado
liquido, sólido e gasoso.
A vegetação é fator climático importante à umidade relativa do ar. Além a
evapotranspiração aumenta a umidade do ar, onde as temperaturas sofrem
menores oscilações.
3.3 campo higrométrico
3.3.1 precipitação líquida: chuva
Fonte: Mendonça e Danni-Oliveira (2007)
Tipos de chuvas (Figura 19)
A – Chuva convectiva ou de 
verão.
B – Chuva orográfica ou de 
relevo.
C – Chuva Frontal
Figura 19. Tipos de precipitação
liquida.
 Neve – formados por cristais de gelo ou congelamento da água
suspensa na baixa troposfera.
 Granizo – precipitação de pelotas de gelo, geradas nas nuvens
cúmulosnimbus, que, por terem grande desenvolvimento vertical e
serem formadas por correntes convectivas (ascendentes e
descendentes) velozes, permitem que as gotas de nuvem e de
chuva congelem ao serem levadas pelos movimentos turbulentos a
setores da nuvem onde as temperaturas encontram-se abaixo de
0ºC (Figura 20).
 Orvalho - é o resulta da condensação de vapores d’água
presentes no ar, em forma de gotículas, quando entram em contato
com superfícies com temperatura mais baixas.
Obs. Geada é o congelamento do orvalho.
3.3.2 Outras formas de precipitação
3.3.2 Outras formas de precipitação
Figura 20. Tipos de nuvens
Disponível em < http://www.climatempo.com.br/videos/video/4/sM52W25-IyY> Acesso Mar. de 2015.
Segundo Mendonça e Danni-Oliveira (2007), há duas correntes de análise
climática: analítica e genética.
 O método analítico ou estático encontra-se fundamentado na
concepção analítico-separativa de Julius Hann. Este defendia que
a investigação dos elementos climáticos deveria ser feita de forma
isolada e através de médias aritméticas. Há duas classificações
climáticas fruto do modelo analítico que, dada a sua facilidade e
simplicidade de aplicação, ainda hoje são muito utilizadas, a saber,
os de Wilhelm Köppen e Charles Warren Thornthwaite.
 O modelo genético, por outro lado, leva em consideração a
circulação e dinâmica atmosférica – base genética dos climas. Na
geografia, os franceses Maximilian Sorre e Pierre Pédelaborde
contribuírampara o desenvolvimento da climatologia dinâmica. A
classificação de Arthur Strahler é a mais utilizada dentre os
modelos genéticos.
Optou-se por descrever dois modelos: Wilhelm Köppen e Arthur Strahler.
4. Modelos de classificação climática
4.1 Wilhelm Köppen 
Considerada a primeira classificação climática planetária (1918).
Em sua classificação leva em consideração, simultaneamente, a
temperatura e a precipitação, porém fixando limites ajustados à
distribuição dos tipos de vegetação.
O modelo corresponde a um conjunto de letras maiúsculas e
minúsculas para designar os grandes grupos climáticos.
Os cinco grupos climáticos principais são:
A – Climas tropicais chuvosos
B – Climas secos
C – Climas temperados chuvosos e moderadamente quentes
D – Climas Frios com neve-floresta.
E – Climas Polares
Obs. Ele acrescentou um clima de terras altas, indicado pela letra H.
4. Modelos de classificação climática
Fonte: Mendonça e Danni-Oliveira (2007)
4. Modelos de classificação climática
CLASSIFICAÇÃO DE KÖPPEN
A CLIMAS TROPICAIS CHUVOSOS
Af Clima tropical chuvoso de floresta
Aw Clima de savana
Am Clima tropical de monção
B CLIMAS SECOS
BSh Clima quente de estepe
BSk Clima frio de estepe
BWh Clima quente de deserto
BWk Clima frio de deserto
4. Modelos de classificação climática
C CLIMAS TEMPERADOS CHUVOSOS E MODERADAMENTE
QUENTES
Cfa Úmido em todas as estações, verão quente.
Cfb Úmido em todas as estações, verão moderadamente quente.
Cfc Úmido em todas as estações, verão moderadamente frio e
curto.
Cwa Chuvas de verão, verão quente.
Cwb Chuvas de verão, verão moderadamente quente.
Csa Chuvas de inverno, verão quente.
Csb Chuvas de inverno, verão moderadamente quente.
4. Modelos de classificação climática
D CLIMAS FRIOS COM NEVE-FLORESTA 
Dfa Úmido em todas as estações, verão quente.
Dfb Úmido em todas as estações, verão frio.
Dfc Úmido em todas as estações, verão moderadamente frio e curto.
Dfd Úmido em todas as estações, inverno intenso.
Dwa Chuvas de verão, verão quente.
Dwb Chuvas de verão, verão moderadamente quente.
Dwc Chuvas de verão, verão moderadamente frio.
Dwd Chuvas de verão, inverno intenso.
E CLIMAS POLARES
ET Tundra
EF Neve e gelo perpétuos 
4. Modelos de classificação climática
CRITÉRIOS DE TEMPERATURA PARA CADA CATEGORIA 
A
O mês mais frio tem temperatura média superior a 18ºC. A Isoterma
de inverno de 18ºC é crítica para a sobrevivência de certas plantas
tropicais. A precipitação pluvial anual é maior do que a
evapotranspiração anual.
B
A evapotranspiração potencial média anual é maior do que a
precipitação média anual. Não existe excedente de água, por isso,
nenhum rio permanente origina-se aqui.
C
O mês mais frio tem temperatura média entre –3ºC e 18ºC. O mês
mais moderadamente quente tem uma temperatura média maior do
que 10ºC. A isoterma de 10ºC de verão correlaciona-se com o limite,
na direção do polo, do crescimento de árvores, e a isoterma de –3ºC
indica o limite de do Equador do permafrost (subcamada do solo
constantemente congelada).
4. Modelos de classificação climática
D
O mês mais frio tem temperatura média abaixo de –3ºC, e o
mês mais moderadamente quente tem temperatura média
maior do que 10ºc.
E
O mês mais moderadamente quente tem temperatura média
menor que 10ºC. O mês mais moderadamente quente de ET
tem temperatura média entre 0ºC e 10ºC. O mês mais
moderadamente quente EF tem temperatura média menor do
que 0ºC.
4. Modelos de classificação climática
SUBDIVISÕES DAS PRINCIPAIS CATEGORIAS
1 A DISTRIBUIÇÃO SAZONAL DA PRECIPITAÇÃO 
f Nenhuma estação seca, úmido o ano todo (A, B e D).
m De monção, com breve estação seca e com chuvas intensas durante o
resto do ano (A)
w Chuvas de verão (A, C e D)
S Estação seca de verão (B)
w Estação seca de inverno (B)
2 AS CARACTERÍSTICAS ADICIONAIS DE TEMPERATURA 
a Verão quente, o mês mais quente tem temperatura média maior que 22ºC
b Verão moderadamente quente, o mês mais quente tem temperatura 
média inferior a 22ºC
c Verão breve e moderamente frio, menos do que quatro meses tem 
temperatura média maior do que 10ºC
d Inverno muito frio, o mês mais frio tem temperatura média menor do que –
38ºC
3 REGIÕES ÁRIDAS
h Quente, temperatura média anual maior do que 18ºC
k Moderadamente frio, temperatura média anual menor do que 18ºC
4. Modelos de classificação climática
Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_clim%C3%A1tica_de_K%C3%B6ppen-
Geiger#/media/File:World_Koppen_Map.png Acesso Mar. de 2015.
Figura 21.
4. Modelos de classificação climática
Disponível < http://geoconceicao.blogspot.com.br/2012/05/classificacao-
climatica-de-koppen.html> Acesso Mar. de 2015.
Figura 22. Climas Brasileiros segundo o modelo de Köppen
4.2 Arthur Stralher
 Classificação baseada no controle climático (centros de ação, massas
de ar e processos frontológicos) e nas características das precipitações
sobre os lugares.
Os climas dos planeta foram classificados em três grupos principais
1.Climas das latitudes baixas (controlados pelas massas de ar equatoriais e
tropicais)
a)Equatorial úmido
b)Litorâneo com ventos alísios
c)Desérticos tropical e de estepe
d)Desértico da costa ocidental
e)Tropica seco-úmido.
4. Modelos de classificação climática
Fonte: Mendonça e Danni-Oliveira (2007)
2. Climas de latitudes médias (controlados pelas massas de ar tropicais e
massas de ar polares)
a)Subtropical úmido
b)Marítimo da costa ocidental
c)Mediterrâneo
d)Desértico e de estepes de latitude média
e)Continental úmido
3. Climas de Latitudes altas (controlados pelas massas de ar polares)
a)Continental subártico
b)Marítimo subártico
c)Tundra
d)Calota de gelo
e)Climas de terras altas (cadeias de montanhas e altiplanos).
4. Modelos de classificação climática
Fonte: Mendonça e Danni-Oliveira (2007)
4. Modelos de classificação climática
Fonte: Mendonça e
Danni-Oliveira (2007).
Figura 23. Dinâmica
climática e climas
Brasileiros
AYOADE, J.O. Introdução à climatologia para os trópicos. 10ª ed. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.
BARBOSA, Adauto G. Licenciatura em geografia. Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco. Recife: PE, 2011.
CHISTOPHERSON, R. W. Geossistemas: uma introdução à geografia física.
7ª Ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.
MENDONÇA, F e DANNI – OLIVEIRA, I. M.. Climatologia: noções básicas e
climas do Brasil. 1ª ed. São Paulo: Oficina de Texto, 2007.
SORRE, M. Objetos e Métodos da Climatologia. Revista do Departamento
de Geografia, V. 18, 2006, pp. 89-94.
REFERÊNCIAS

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