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ROUSSEAU - DA SERVIDÃO AO TRABALHO

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Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
Centro de Ciências do Homem
Ciências Sociais
	
	Disciplina: Politica II
Cursando: Anna Caroline dos Santos Tomaz
	
 Fichamento
NASCIMENTO, Milton Meira do. “Rousseau: da servidão à liberdade”; in. Weffort, F. C. – Os Clássicos da Política, vol. 1, cap. 6, São Paulo: Ática, 1993. P.180 – 199
O ingresso de Rousseau na república das letras foi decorrente do prêmio concedido pela Academia de Dijon e contava com o seguinte tema: O restabelecimento das ciências e das artes teria contribuído para aprimorar os costumes? O autor marcou uma posição crítica às ciências e às artes, " se nossas ciências são inúteis no objeto que se propõem, são ainda mais perigosas pelos efeitos que produzem" P.180
"A ciência que se pratica muito mais por orgulho, pela busca da glória e da reputação do que por um verdadeiro amor ao saber, não passa de uma caricatura da ciência e sua difusão por divulgadores e compiladores, autores de segunda categoria, só pode contribuir para piorar muito mais as coisas." P.190 
Uma vez que quase não se encontram mais homens virtuosos, mas apenas alguns pouco corrompidos, as ciências e as artes na visão de Rousseau, embora contribuíssem para corromper os costumes, pode ajudar a impedir que a corrupção seja maior ainda.
" Não se trata, portanto, de acabar com as academias, as universidades, as bibliotecas, os espetáculos. As ciências e as artes podem muito bem distrair a maldade dos homens e impedi-los de cometer crimes hediondos." P.190
 Rousseau não encontrou um caminho fácil a sua frente quando quis ingressar no caminho das letras, que era dominado por uma maioria de pensadores cuja linhagem era burguesa e bem próxima da corte. O pensador é visto como um inovador na forma de se pensar política, e se destaca em sua proposta do exercício da soberania pelo povo, como condição para a libertação. Os protagonistas da revolução de 1789 elegeram Rousseau como o primeiro revolucionário.
O autor procura entender a articulação do Contrato Social e do Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre homens, aonde Rousseau procura traçar a trajetória do homem, “... da sua condição de liberdade no estado de natureza, até o surgimento da propriedade, com todos os inconvenientes que daí surgiram ...” P.194; nesta obra, Rousseau constrói a história hipotética da humanidade e deixa de lado os fatos. 
“Ao declarar que ignora o processo de transformação do homem, da liberdade à servidão, nosso autor se refere aos fatos reais, que seriam bem difíceis de serem verificados, uma vez que os vestígios deixados pelos homens são insuficientes para que se tenha uma ideia precisa de toda a sua história. Esta, porém, pode ser construída hipoteticamente e demonstrada através de argumentos racionais...” P.195.
Rousseau ainda nos acrescenta que ao destruir a liberdade natural dos homens, fixa-se para sempre a lei da propriedade e da liberdade natural, e a partir dessa observação o autor inicia o contrato social, aonde apresenta o dever de todo ato político; o que pretende ser estabelecido no Contrato Social são as condições do pacto, aonde os homens em troca da liberdade natural, ganham a liberdade civil.
Para o pacto social ser legitimado, é necessário a condição de igualdade das partes, o poder soberano que surge após o contrato é o único a determinar o modo de funcionamento da política, e até mesmo determinar a forma de distribuição da propriedade. Assim, " ... estariam dadas todas as condições para a realização da liberdade civil, pois o povo soberano, sendo ao mesmo temo parte ativa e passiva ... tem todas as condições para se constituir enquanto um ser autônomo ..." P.196.
Ao tratar da vontade e representação, Rousseau observa que para o corpo político se desenvolver é preciso que os fins da constituição da comunidade sejam atendidos, e define que o governo deve funcionar como um órgão limitado pelo poder do povo.

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