Artigo JoséLeno

1 U N I VE R S I D A DE ÚN ICA JO S ÉL E N O D A SILVA S A R MEN TO A I NC L U S Ã O DO A LU N O E SP E C I A L NO E N S I N O C O MUM E S EU S DE S A FI O S SANT A RÉ M \u2013 PA 2019 2 U N I VE R S I D A DE ÚN ICA JO S ÉL E N O D A S I LV A SARMEN T O A I NC L U S Ã O DO A LU N O E SP E C I A L NO E N S I N O C O MUM E S EU S DE S A FI O S Art igo C i entí f i c o a pr es en ta do à u ni ve r s id ad e Ú nic a, c o m o re qu is it o pa rc ial par a a o bte nç ão d o t í t ulo d e E s p ec ialis t a em At end i m en t o E d ucac ion al Es pe c ializ ad o e E d ucaç ão Es p ec ial; SANT A RÉ M \u2013 PA 2019 1 A I NC L U S Ã O DO A LU N O E SP E C I A L NO E N S I N O C O MUM E S EU S DE S A FI O S Jose Len o da S i l v a S ar me n t o 1 R ES U MO A I n c lus ão é u m as s unto q ue d e v e s er dis c utido ampl ame nt e na s oc ied ad e, pois ex is t em leis qu e ga r antem o ple no ac ess o, po rém m uitos e du c a do re s s e diz em n ão est ar em p re p ar ad os p ar a ab rir espaço pa ra a incl us ão . É nec ess ár i o q ue a c om un i dad e t e nh a c on s c iê nci a e re s peite a p re s e nça da pe s s oa c om de f ic iê nc ia. A t r a nsf o r maç ã o s oc ial oc or r e na ed uc ação, p or es t e mot i vo a i ncl us ão de v e inic iar nas i nst it uiç ões de e nsi no , c a ben do a os ed uc ad or es um no v o ol ha r r e f er en t e à di v er s i dad e na esc ola. O pa pe l da ins ti t uição de ensin o é s er me dia dor a d a ap re n diz ag em de s eus al un os , c on s ider an do p ar ti c ula rid ade s e di f ic uld ad es de c ad a um. V i v e nci amo s um m ome nto em q ue mund i alme nte s e fa la n a i nc lus ão es c ola r de alu no s c om n eces s idad es e du c aci o nais es pe c iais , na re d e re gul ar d e ensin o. A l eg is laç ão é ex pl í ci t a, qua nto à o br ig ator i ed ad e em acol her e mat ricul ar t od os os alu no s , ind epe nd ente d e s ua s n eces s idad es ou d if er en ç as. Ent re ta nto, n ão é suf i c ie nte ap e nas ess e a c olhim ento, m as q ue o al un o c om ne c ess ida de s ed ucac ion ais es pe c i ais t en ha c on diç õe s e f et i va s d e ap r en diz ag em e d es en vo l vime nt o d e suas pote nci alida de s . O o bjeti v o de pe s qu is a a pr e s entad o no pr es en t e a rtigo t ra ta s o br e a incl usã o da pess oa c om de f ic iência no e ns ino c omum e seus desa f i os . O ob jeti v o g e r al d a p esq uis a é e x pl or a r os pr i nc ipa is elem entos q ue c ompõ e m o pr oces s o de i nclus ã o da c ria nç a c om de f ic iê nc ia no E nsi n o R e gu l ar . Palavr as ch ave: I n cl u são escolar . E n sin o co m u m. Edu cadores . I ntr od uç ão A i n cl u sã o req u er mu i t a ref l e x ão e preparo do co n te xto e scol ar . O mo v i ment o i n cl u si v o n o context o edu caci on a l é de saf i ador, poi s ex i ge mu dan ças e m v á rios aspectos af i m d e s u p e rar as bar reiras para a ed u ca ção i n c l u si v a . Em sí ntes e, há qu e exami na r t od as as v a riá v eis d o pr oces s o ed ucat i vo esc olar , en vo l ve nd o as pess oas d a es c ola ( e du c a do re s , gest or es , alu no s , ap oi o ad mi nis trati v o) , o a m bie nte f í s ic o ( em t er m os d e aces s ibilid ad e), os re c ur sos f ina nc eir os e mater i ais (or i ge ns , qu an ti d ad es, per i od ic i da de d e re c eb im en t o, ma nu t e nç ão de e qu i pa me ntos e inst al aç õe s ), os g ra us d e pa r t ic ipaç ão d a f am í lia e da c om uni da de ( pa r c eir as ), a filoso f ia d e e du c aç ã o ad ota da (s e t ra dic io na l ou n ão) , o p ro j et o p ol í t ic o p ed ag ó gico c o ns t it uí d o pe la c omu nid ade es c ola r (n atur ez a do do c um ento, aut ore s , de s t inaçã o) , a 1 . J os el en o da S il va S a rme nto, l ic en c ia do em Mat e máti c a pela Fac ulda de I nteg r a da de A r ag uatins \u2013 FA I A RA e P ós gr adu an do em At e ndim en t o E du c aci o nal E s p ecializ ad o \u2013 U NI V E RS I D A DE Ú N I C A \u2013 20 1 9, 2 pr á t ic a p ed agó gic a ( s e m ais c entra da n o e nsino ou n a a pr e ndiza gem ) os pr o c e dime ntos d e a va li aç ão (for m ati v a, s oma t i v a, f o rmal, in f o r m al) , d en t r e ou t r os as p ect os . Ca r v a l ho ( 20 03, p. 61 ) Po r mu i tos a n os cri a n ça s co m d ef i ci ên c i a , q u e fr eq u e n ta v a m a esco l a, e ram edu ca das e m salas sepa r ada s, poi s o s al un os co n sid erados n or mais precisa v am de u m espaço qu e op ortu n i z asse um m ai or ap r ov ei tam e n t o qu e l h es eram proporcion ais. T ai s af i r mações v ê m de e n co n t ro à a firm ação de Magal h ã es: Os ano rmais c omp l et os f ic a ra m s o b os c uid a do s mé dic os, dir et ame nt e, e s e ne c ess ári o, au x il iar p elo p ed ag ogo s o b a re s po ns ab ilid ade do n eu ro lo gist a e do p eda go go pr e pa rad o p ar a tal: o mé dic o comb aten do o s d e fe it os or g ânicos e o pe da go g o as t ara s m en tais , a t é qu e as c r ianças pud ess em v olta r às c lass es nor m ais . Semp re o pa pel p re pon de ra nte s er i a o d o mé dic o (a p ud J A N NU ZZI , 2 004 , p. 4 8). Bu scan do compree n de r est a real id ade e en cont ra n do este d esafio n o campo de atu a ção p rof i ssi on al n o cont e x to esco l ar, e st a pe sq u i sa t em como e x pl o r ar os prin ci p ai s el emen t os q u e compõem o processo de i n cl u s ão da cri an ça com defici ên cia n o E n si n o R eg u l ar . O n ú mer o de cria n ças com di ficu ldades aumentam a ca da di a e a i n cl u sã o é u m d i r eto de toda cria n ça. A L ei de D iret riz es de B ases da E du cação Nacion al ( LD B ) n o ca p í t u l o V destaca a i mport â n ci a d a E du caçã o E speci a l qu e d ev e se r ofer tada de apren der qu e dev e ser garant i do e di scut i do n o âm bi t o ed u caci on a l (BR AS I L, 1996). A e scol a como i n st i t u i çã o q u e l egi tima a p r ática pe dagóg ica e a for mação d e seu s e d u ca n d os, preci sa rom per com a pe r spec t i v a h omoge n ei z adora e ad ot ar est rat égi as para assegurar os di r ei tos de apr e n di z agem de t odo s. M u i tos prof issi o n ai s n ão têm co nh eci ment os em rel a ção à i n cl usão , e , port a n to, e st u do s r ealiz ad os n e st a área fa v orecer a r ef le x ão e abre camin h os p ara u m a n o v a for ma de en te n der e pr a t i car a i n cl u sã o. 3 D esen vo l vi mento A edu ca ção, e m todas as su as esfer as, i n cl u si v e n a ed u cação escolar , é pa r t e f un da m e n t al n o processo de f orm ação e con stitu i ção d e t odo su j ei to, t a n t o n o ca m po cogn i tiv o , q u a n to n o campo soci a l . S ão n estes processos q u e um s u j eito se t or n ará con sci en t e de si mesm o, i rá adqu iri r co nh eci mentos e h ab i l id ades para a v i da, apren derá d i n â m i cas soci ai s e , po r f i m, ter á um campo p r op í ci o pa ra a co n str u ção de su a iden t id ade. N os processos ed u ca t i v os o corr em a pren d i z ag em n ecessá r i as à v i da , ao t r aba l h o, à part ici p ação e à c i dada n i a pl en a, o qu e d eman da uma combi n açã o de di f eren t es t empos e espaço s, defin i d os pe l os obj etos de co nh eci me n to, os s u jeitos e o con te x t o e m qu e v i v em. O ap r e n der f a z e n d o, o apre n d er a apre n d er, a ex peri ên ci a, o i nter esse e a pa r tici pa ção, se most r a de s u ma i mpor tân ci a n o processo de en si n o ap ren di z ag em e for n ece base para u m a e x periê n ci a de v i da em soci eda de ( AMAR AL , 20 04). Po r t anto, pod em os p on de r a r qu e é a escol a q u e m s u bsi di a o s con h e ci m entos t écn i cos n e cessário s para aqu ilo q u e se v i v e em soci ed ade, sistem atiz a n do os saberes pr ev i ame n te a pre n di dos e apri m oran do -os . C abe ressal t ar , corr obora n d o com o qu e assi n a l a G o h n ( 2006 ) , a i n d i ssoci abi l i dad e d os processos for mais e i n f orm ai s de edu ca ção , u ma v ez q u e at u a m em com pl e ment arid ade. Vy g ot sk y (1934 ) c l assi fica o se n tido e si g n ifica do de m a n e i r a po n t u al como: [ .. . ] u ma for m aç ão d i nâmic a, flu i da, c ompl exa, qu e tem v ár i as z on as d e est abilida de va riad a. O s igni f i c ad o é a pe na s um a dess as z ona s d o s en t id o qu e a p ala v r a a dq uir e no c on t ext o d e al gu m dis c ur s o e, ad emais , um a z on a mais est á v el, uni f o rme e exat a. (V Y GO T SK Y , s . d., p. 46 5 ) D i scu t i r so bre i n clu sã o , espe ci al m en te d e n tr o de con t e xt os edu cati v os, é de gran de r e l e v ân ci a e m n o ssa soci edad e, u m a v e z q u e e st a mos v i v e n do em u ma época e m qu e o respei to à di v e r si dad e e a g aran tia a o di reito à pa r t i ci pação so ci al de cada pessoa, a despe i t o d e s u as caract er í sticas (de g ên e r o, ét n i ca s, soci oeco n ômica s, rel i g i osas, f í si cas e psi co l ógi cas), têm e mer gi do como u ma 4 qu estão é t i ca, pro m o v e n do a r ei v i n di caçã o p or uma soci eda de m ai s j u s t a e i gu alitár i a. N esse sentido , a tem ática da i n cl u são soci al t ra z, co mo press u po st o, a i dei a de u ma soci edad e qu e co n sid era e acol h e a di v ersida de hu ma n a, n o s di f ere n tes t i pos de ativ i d ades e n a s di v e rsas redes de rel aci on a ment os, estr ut u ra n d o -se pa r a at en d er às n ecessi d ades de cada ci d ad ão, das m ai oria s à s mi n orias, do s pr i v i l egi ado s aos m ar gi n al i z ado s ( R O R IZ , et . a l . , 2005). Ao con si d eram os a i n clu são de cria n ças com de f i ci ên ci a e n e cessi dade s edu ca ci on ai s esp eci ai s, somos au t om aticame n te re met id os ao campo da ed u cação e su as i nú mer as prá t i cas di scu rsiv as , as qu ai s at u al me nt e v ê m sen do abordadas, den tr e o u t ras for mas, por mei o da i n c l usão escolar e s u a s e x peri ê n ci a s e faz e res. Va l e men ci o n a r q u e e ssa sep aração e nt re i n cl u são soci al e esco l ar se tr a t a d e u ma separação art ifici a l , j á q u e n ã o há co m o a n d ar as d u as, ambas per t e n cem a u m m esmo processo soci al . N o q u e ta n ge a co n so lidaçã o da ed u cação i n cl u siv a n o â m bi to da E du cação Esp eci al , pon t u a-se a i mport â n ci a de ma n ter -se u m di ál ogo abe r t o entr e est a e a Ed u cação R egular , a ssi m en t e n d en do -se aq u i o E n si n o com u m , a l ém de se t r aba l h ar com todos os segmentos e ator es env o l v i dos n o processo de i n c l u são do est u da n te com de fici ên ci a , de modo a gara n t i r ig u a ldade de di r ei tos. N est a p erspect i v a, A ma ral (2004) apo nt a pa r a a s moder n as peda gógi ca s qu e precon i z am o tr abal h o co l et i v o e u ma ap r en di z ag em at i v a , pa u t ada n a n e cessi dad e i n di v i du a l d e cada estu da n t e em con so n â n ci a co m os objet i v os com un s post u l ados para um d et e rm i n ado n í v el o u gr u p o . D i scu t i r a i n serção de di sce n t es q u e sã o p ú b l ico d a Edu cação Esp eci al n o en si n o com u m , i mpl i ca e m pen sa r o p r ocesso como u m t odo, al é m de den ot ar cu i dad o ao se pen sar tal p rocesso. Ado r n o ( 1995) aponta p ara a n ece ssi dade d e pen sa r o pr ocesso so b a perspect iv a d a di f eren ça, pon de r a n do as n ece ssi dades edu ca ci on ai s, f í si ca s e cog n i tiv as de cada ator , a l ém do p repar o e i n tegração de t odos os age n t es n es t e pr ocesso. G l at e P l e tsch (2011 ) apon ta m para a t r a n sfer ê n cia de r espon sabi l i dade do processo de escol ariz açã o qu e ocorr e e ntr e prof e ssores esp eci al i st as, l ot ados em sal as de recu r sos, po r e x emp l o, e p r of essores de cl asses co m u n s prese nte n o con te xt o da ed u cação pú bl ica . Gar ci a (2013) corr obora a ssi n al a n do q u e o tr abal h o , 5 desse modo, se ma n tém p a ral el o , o q u e p o u co i mpact a n a e f et i v i d ade da apren di z age m do es tu d a nte. Pa r t i n do do press u posto q u e ser d i f ere nt e é es t ar em d es v a n t age n s dos d i t os \u201c n or mais\u201d é q u e t e n h o r ef let id o e qu est i o n ado so bre qu ai s a s f or mas de p en sar e apren der d as crian ça s com defici ê n ci a, e como co ntr i bu i r p ara me l h orar s u a v id a en q u an t o ser es human os , prepara n d o e faz e n d o com qu e par t i c i pem da v i d a n a f am í l ia , escol a e soci edad e. Tra dici o nalm ente, a d e f ic iê ncia t em s ido v is t a c om o u m \u201cp rob l ema \u201d d o ind i v íduo e, po r is s o, o pr ó pr i o in di v í d uo e, t er i a q ue s er m ud ad o p o r pr o f is s i on ais at ra v és da r ea bilit ação o u c ura . (F LE T C H E R, 19 9 6, p.7) . A e du cação i n cl u si v a é h oje rea l i dad e q u e tem como caract er í s t i cas apoi a r a t odos: prof esso res, pai s, pessoa l da área admi n i st rat i v a da e scol a , m as prin ci p al m e n t e o al u n o, para q u e te nh amos s u ce sso n a corr e n te ed u ca t i v a. O i deal da i gu al dade de opor t un i dade de espaço e d e m at er i ais dev e part i r de cada u m de n ós. P assa-se m u i to tem po d i scu t i n d o a escola i n cl u si v a como for ma d e gara n tir o prin c í pi o de i g u a l dade, m as esq u ece -se de pr at i car a i n c l u são de todos n a esco la. A i n cl u são é tam bém soci al , e port a nto req u er m u da n ça s n a soci eda de, n e s te pon to pe r cebe -se a esco l a como fat o r co n t r i b u i n t e para qu e a co nteçam estas m u da n ça s. S e n do prof i ssi on al da ár ea da edu ca ção para um d esempenh o compet ente de su a s f un ções ed u caci o n ai s, bu scará a uxíl i os e recu r sos peda gó gi cos ef i ci en tes, pla n e j am e n t o q u e estim u l em as i nt erações soci ai s desen v ol v e n d o si t u açõe s e d e apre n d i z age m do s se u s a l un os co n t r i b u i n do pa ra u ma i n clu são ef i ci en te e real do alu n o n o en si n o r egu l ar . Atu a n d o como medi ador qu e reco nh ece , acei ta e v a l o riz a as v ári as for m as de apren der e i n t er agi r de se u s al un o s o ed u cado r est ará p art i ci p an do d o p r ocesso d e en si n o apr e n diz a gem j un to com se u s al un o s. A inc lus ão é u m m oti v o pa ra que a es c ola s e mod er niz e e os p ro f e s s o re s ap e rf eiçoem s uas p rátic as e, as s im s endo, a i nclus ão es c olar d e pe s s oa s de d ef i c ie ntes t or n a - s e u ma c o nseq uên c i a na t u ral de t od o um e s f o rç o d e atualiz ação e d e re es trutu ra ç ão d as c ond iç õ es at ua is de e nsi n o bá s ic o (MAN T ON , 19 97, p.1 20 ). 6 Sa bemos qu e u m pro fessor e de i n c l u são , n ã o pod e se r c l as si f i cado di f erent e de u m prof essor de sala de a u l a reg u l a r , poi s ambos dev em ser v a l or i z ad os, r espe i t an do po r su as capa ci dade s e empen h o, sen d o assi m su a at u ação será cr i ativ a e e spon tâ n ea e su a sala de au l a p r o porci on ará a t u açã o l i v re op ortun iz a n d o ao alu n o par t i ci paçõ es em a t i v i dade s, adap t adas as s u a s n ece ssi dade s. A e du cação i n cl u si v a é h oje rea l i dad e q u e tem como caract er í s t i cas apoi a r a t odos: prof esso res, pai s, pessoa l da área admi n i st rat i v a da e scol a , m as prin ci p al m e n t e o alu n o , par a q u e t e nh am os s ucesso n a corr e nte ed u ca t i v a. Pa r a qu e ex i sta u m a soci edad e in clu si v a sabemos qu e a m esma n ecessi t a prin ci p al m e n t e co n sci en t i z ar -se de seu s pap éi s, p oi s os e du can d os são d e r espo n sabi lidad e de t odos i n de pen d ente de su as pe c u l i arid ades os al un os conv i v e n do u n s co m os o u t r os part i l h a n do d os m esmos e spaços e ati v i dade s con seg u e m com p reen d er e acei tar as n ecessi da des do outr o r econh ece n d o s u as compet ên ci as. D e aco r do com JA N N U ZZI ( 2006 , p.188 - 1 89), a esco l a t em pape l i m por t ante e mesm o co m as con di çõ es ad v er sa s do co nt exto e con ô mico -pol í t i co-i deol ógi ca t em f un ção e spec íf ica qu e , e x erci da de f orm a co mpet e n te, dev e possi b i l itar a apr opr i ação do s aber por t odos os ci dadãos. R eal i z a r a i n cl u são n os di as at u ai s n o en si n o com u m, n ã o est á sen do u ma t aref a fáci l , tem os qu e co n tas com todo o co r po doce n t e e f un ci o n á ri os admin istr at i v os, todos de v em e st ar preparados pa r a receberem o a l u n o co m defici ên cia . P rof i ssi on ai s da área da edu ca ção t em u m g r a n de desafio, pa r a f a z er u ma i n c l u são de f o rm a a t or n a r a esco la m ai s hu m a n a. C ompr een d er q u e e sse al un o com d ef i ci ên ci a i n ser i do n o a mbien t e esco l ar t em s u as l imi t ações é par t e fun dame ntal para q u e se a co nteça u ma v e rdade i r a i n cl u são , p oi s a edu caçã o qu e v i v emos h oje está ma l ampar ada de i n f or mações i m port antes e m u i t os e d u ca dore s , di ret ores , po i s ex i gem de a l g u m a f orm a q u e e sse al un o se j a \u201cig u a l\u201d aos outr os n o se n tido d e q u e ap r e n dam n o mes mo rit mo, desrespei tan do assi m se u s direi t os e l imi t es . 7 A ed ucaç ão inc lus i va , a par ti r do re c o nh ecim en t o e v alo riz aç ão d a di v e rs ida de c om o f at or d e en riqu eci men t o d o p roces s o e ducac io na l, tem pr o vo c a do mu d an ç as na e s c ola e n a f o r m açã o d ocente, pro po nd o u m a re e s t r ut ur ação da es c ol a q ue b en ef i c ie a t o do s os al un os . A or g an iz aç ã o d e uma es c ola p re vê o aces s o à e s c ola riz aç ão e o ate nd im en t o a nec ess i da d es ed uc acion ais es pe c iais (MEC, 2 00 6, p. 45 ). Esse apo i o pe dagó g i co de n t ro do con t e x to esco lar f a z com q u e o pro fessor e al un o sej am a ux i l i ado s n o p r ocesso de e n si n o apren di z ag em e a i n cl u são d esse al un o n o mei o soci al pr oporci on an do a el e mel h o res con di çõe s d e v i da f az e n do o sen tir assi m n ão se se nt i rá d i f ere n t e n e m e x c l u í do. T em e m me n te q u e pesso as com d ef i ci ên ci a v ão a l ém de s u as l i m i t açõe s e dev em ser v i st as co m o p essoas de modo d i f eren t es de v i v e r q u e n o s en si n am t odos os di as, o q u e o tor n a u m ser ún i co . 3 C O N SIDE R A Ç Õ ES FI N A I S A i n clu sã o em n osso pa í s v em se n do d i scu t i da ao l on go d os an os até se f orm al i z ar n a escol a. H oje v i v en ci a m os com al g umas di ficu l da des o processo de i n cl u são , mas est amos n o processo, poi s como afirm a - n os con stit u içã o federal a edu ca ção é u m di ret o de todo . É n o co nvív i o soci a l e p r i n ci palm e n te esco l a r qu e a cr i an ça t em opor t u n id ade d e ampl i ar a con s t r u çã o de su as pote n cia l id ades para qu e sej am p ercebi das pelo outr o e por si mesm a co m o s u j e i t os de di reitos. Pa r a este d i reito n ão ser v i olado é n ecessá rio qu e o s prof issi o n ai s da edu ca ção bu sq u em ca paci t açõe s, o t i m i z e m espaços n a s e scol as para q u e estes sej am fa v orá v ei s e pote n ci al i z e m as ap tid ões d e cada al un o . A esco l a e o p rof essor dev em rom pe r urgent eme n te com pa r adi g ma s ul t rapassada s e repen sa r a su as f un çõe s soci ai s, a esco l a n ão é u m l ocal ape n as d e tr a n s missão d o conh e ci m e n t o ci en t íf ico , a esco l a é um espaço q u e co n ce n t ra o mai or nú mer o de di f ere n ças. O s prof issi o n ai s de v em ser h abi litados e estar em em co n s t antes capaci tações. A po st ura do ed u ca dor d e v e ser de medi ado r e mo t i v ador . E l e de v e acredi t ar n a capaci da de de apre n di z ag em de se u s al un os . 8 Po r f i m , ent en d e mos, qu e a ed u cação especi al e o en si n o com um mai s d o qu e coe x i stem , in f l u e n cia m-se e são i n ter depe n d e n tes. A prát ica edu ca ci o n a l n ã o pode fica r al h ei a ao con te x t o do si st ema escol ar e m geral , q u e p or s u a v e z, e st á i n serid a nu m con t e x to soci al e p o l ít i co . A rel a ção e ntr e si st ema soci al e ed u caci o n al é, po r t a n t o , di a l ét i ca, n o se nt i do em q u e a m bas d e v em cami nh a r r umo a u m mesm o sen tido , d e f or ma a u m a ed u cação q u e t r a n sf or m ará a s es t r u t uras da so ci edade e ef etiv ará u m a pr od u ção de conh e ci m e n t o com q u al id ade para os est u d a n tes d a Ed u cação Esp eci al . R EF E RÊ N C I A S AMARAL, A . L . As e t ernas encru z i l hada s: de com o se l eci onar cam i n h os par a a f orm ação do prof essor de ensi n o superi or . I N : X X I I END I PE , 2 004, C urit i ba. C on h e ci m e n t o l oca l e co nh eci m e n t o un i v ersa l : pesq u i sa, di dát i ca e ação docente. Be l o H or i z o n te. Edi tor a U n i v ersi t á ria . C h a m pag n a t, 2004 . V.1, p.1390150 BRAS I L. M i n i stér i o da Ed u caçã o. Lei nº 9394, de 20 de de z em bro de 1996. Estabel ece as di ret r i z es e bases da educaçã o naci on al , B ras í l ia , DF : MEC , 1996. _______. Min i st ér io da Ed u cação. Pol ít i ca Pú bl i ca de Edu cação Espec i a l na Pe r spectiva da Educaçã o I ncl usi va . Bras í l i a, D F : M EC | SE E P , 2008 . _______. Min i st ér io da Ed u cação. Parâm etr os C urr i cul ares Na ci onai s ( D ocu m entos I nt rodut ó ri o). B r as íl i a , D F: M EC | S EF , 199 7 . _______. Min i st ér io d a E d u ca ção e C u l t u ra. Secret ar i a de E du caçã o F un da m e n t a l . Pa r âm etr os Cu r ricul a r es Naci o na i s: A daptações C urr i cul ares \u2013 est rat égi cas par a a educa ção de al unos com necessi da de s educa ci ona i s especi a i s. Bras í l ia :

Artigo JoséLeno

Eeem Rodrigues Dos Santos

Direito Administrativo I

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