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Direito nas Organizações - Resumo

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Direito nas Organizações 
 
I – Os Tributos da União Federal 
 
1 – Imposto de Importação 
 
a) Competência: É de competência da União Federal, pois implicam em relacionamento 
entre o Brasil e países do exterior. 
 
b) Função: Trata-se de instrumento que visa a proteção da indústria nacional. Se não 
existisse, o Brasil não teria condições de competir no mercado, com os produtos 
oriundos de países mais desenvolvidos. 
 
c) Fato Gerador: O fato gerador do Imposto de Importação ocorre com a entrada do 
produto estrangeiro no território nacional. 
 
É relevante observar que os produtos devem ser destinados ao Brasil e não estarem de 
passagem. Ex.: Produto vindo dos Estados Unidos com destino a outro país, 
transportado por navio que aporta no Brasil. 
 
Em caso de perda legal (confisco) dos bens importados, não haverá incidência do 
tributo. 
 
d) Alíquotas: O Imposto de Importação possui dois tipos de alíquotas: 
 
Alíquota Específica: É expressa por uma quantia, em função da unidade do bem 
importado. Ex.: A alíquota será de “x” reais por metro, litro ou quilo do produto. 
 
Alíquota “ad-valorem”: A alíquota corresponderá a um percentual a ser calculado sobre 
o valor do produto importado. 
 
A alíquota varia de acordo com a essencialidade do produto. Produtos que sejam de 
consumo tidos como essenciais, terão sua alíquota reduzida. 
 
Não se aplica ao Imposto de Importação, o princípio da anterioridade tributária. Referido 
tributo poderá ser aumentado no curso do exercício financeiro. 
 
e) Contribuinte: É o importador, ou quem a lei o equiparar. Ex.: O arrematante no caso 
de produtos apreendidos ou abandonados. 
 
f) Lançamento: É feito mediante declaração realizada pelo sujeito passivo, ao 
providenciar o despacho aduaneiro. Como o pagamento deve ser feito antes de 
qualquer fiscalização, entende-se tratar-se de um lançamento por homologação. 
2 – Imposto de Exportação 
 
a) Competência: É de competência da União Federal, pois também implicam em 
relacionamento entre o Brasil e países do exterior. 
 
b) Função: Trata-se de instrumento de política econômica, relacionada com o comercio 
internacional. Destina-se ainda à formação de reservas monetárias. 
 
c) Fato Gerador: O fato gerador do Imposto de Exportação é a saída de produtos 
nacionais ou nacionalizados do território nacional. 
 
Considera-se ocorrido o fato gerador, no momento da expedição da guia de exportação. 
Nessas circunstâncias, a saída do território é uma ficção jurídica, que se materializa 
com a expedição da guia de exportação ou outro documento que a substitua. 
 
Se por algum motivo a operação de exportação não se consumar, o imposto deverá ser 
restituído. 
 
Tal tributo também não está sujeito ao princípio da anterioridade, podendo ser 
aumentado no mesmo exercício fiscal. 
 
d) Alíquotas: A alíquota pode ser específica ou “ad valorem”. 
 
Atualmente a legislação estabelece alíquota “ad valorem” de 30%, podendo ser 
aumentada ou reduzida. 
 
A alíquota máxima não poderá ser superior à 150% do valor da mercadoria exportada. 
 
e) Base de Cálculo: Em se tratando de alíquota específica, a base de cálculo será a 
unidade de medida adotada pela lei (metro, litro, quilo, etc.) E se tratando de alíquota 
“ad valorem”, a base de cálculo será o preço normal que a mercadoria ou produto 
alcançaria no mercado interno”. 
 
f) Contribuinte: É o exportador ou quem a lei assim o estabelecer. Exportador é aquele 
que remete o produto para o exterior a qualquer título: comerciante, industrial, 
empresário ou ainda aquele que faça da exportação, uma profissão habitual. 
 
g) Lançamento: É feito mediante declaração realizada pelo sujeito passivo (exportador). 
Entretanto, pode a autoridade administrativa recusar os elementos da declaração, 
principalmente levando em consideração o preço da mercadoria, ou seja, o preço de 
venda à vista do produto que serve como base de cálculo para imposto. 
3 – Imposto de Renda em Proventos de Qualquer Espécie 
 
a) Competência: É de competência da União Federal. 
 
b) Função: Trata-se de instrumento fundamental na redistribuição de riquezas. É a 
principal fonte de receita tributária. Trata-se de instrumento de intervenção do Poder 
Público no domínio econômico. 
 
c) Fato Gerador: É a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda. É o 
produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos. São os proventos de 
qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos 
no conceito de renda. 
 
d) Alíquotas: Para as pessoas jurídicas, que tem como base de calculo o lucro real, 
presumido ou arbitrado, a alíquota é proporcional. Para as pessoas físicas, as alíquotas 
são progressivas. 
 
e) Base de Cálculo: Para as pessoas jurídicas, a base de calculo do imposto é o lucro 
real, arbitrado ou presumido. Para as pessoas físicas, a base de cálculo é o 
rendimento. Incide sobre o rendimento bruto mensal auferido pela pessoa física. 
 
f) Lucro Real: É o acréscimo real do patrimônio da empresa em determinado período. O 
lucro líquido é determinado mediante escrituração contábil. Incluindo-se receitas, custos 
e despesas. Trata-se de calculo completo, próprio para contadores. Pequenas 
empresas e optantes do simples gozam de certos benefícios. 
 
g) Lucro Presumido: Firmas individuais e pessoas jurídicas com renda bruta inferior a 
certo montante legalmente estabelecido, ficam dispensadas de escrituração contábil. O 
imposto é calculado sobre o lucro presumido. Aplica-se um coeficiente legalmente 
estabelecido em lei, sobre a receita bruta anual. 
 
h) Lucro Arbitrado: Quando a empresa não possui escrituração contábil para 
demonstrar o lucro real nem condições para optar pelo lucro presumido, será tributada 
com base no lucro arbitrado. Ex.: Contribuinte recusa-se a apresentar os livros ou os 
livros contém vícios. Será arbitrado um valor com base na receita bruta. Se não for 
conhecida a receita bruta, será com base no valor do ativo, do capital social, patrimônio 
líquido, folha de pagamento dos funcionários, compras efetuadas, aluguel das 
instalações, etc. 
 
i) Rendimento: As pessoas físicas têm o imposto calculado com base o rendimento 
mensal bruto, do qual algumas parcelas podem ser abatidas (pensão alimentícia, 
encargos de família e contribuições previdenciárias). 
 
j) Contribuinte: É a pessoa física ou jurídica (inclusive empresas de pequeno porte e 
firmas individuais) incluindo-se o prestador de serviços autônomo. 
 
l) Lançamento: O lançamento dá-se por declaração do contribuinte. Se não fizer a 
declaração ou se a mesma estiver incorreta, a receita fará o lançamento de oficio. Em 
se tratando de desconto na fonte, o lançamento e feito por homologação. 
 
4 – Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI 
 
a) Competência: É de competência da União Federal, não obstante, considerável 
parcela de sua arrecadação seja destinada aos Estados, Distrito Federal e aos 
Munícipios. 
 
b) Função: Já foi o imposto de maior expressão como fonte de receita, posição 
atualmente ocupada pelo Imposto de Renda. Trata-se de um imposto seletivo, 
levando-se em consideração a essencialidade do produto, tributando pesadamente 
produtos tidos como de luxo ou desaconselháveis (perfumes, bebidas e cigarros). 
 
c) Fato Gerador: O IPI possui como fato gerador: a) quanto aos produtos de 
procedência estrangeira, o respectivo desembaraço aduaneiro; b) quanto aos produtos 
nacionais, a saída do respectivo estabelecimento produtor. 
 
d) Alíquotas: As alíquotas são diferentes em função da essencialidade do produto. 
Utiliza-seuma tabela oficialmente denominada Tabela de Incidência do Imposto Sobre 
Produtos Industrializados. As alíquotas variam de zero a 330% em função da tabela 
consultada. A mais alta 330% incide sobre cigarros. A grande maioria está abaixo dos 
20%. Existem também alíquotas fixas em razão da quantidade e não do valor do 
produto (água, cerveja, refrigerantes). 
 
e) Base de Cálculo: Para produtos importados, a base de cálculo é a mesa do Imposto 
de Importação, acrescida do próprio imposto e demais taxas; Produtos nacionais, a 
base de calculo é o valor da operação de que decorrer a saída destes do 
estabelecimento do contribuinte; Em se tratando de produto leiloado, o preço de sua 
arrematação. 
f) Não Cumulatividade: O Princípio da Não Cumulatividade existe para impedir que o 
ônus do imposto vá se acumulando em cada operação. Se já incidiu sobre o insumo 
não deve produzir esse ônus no produto final. Trata-se de um imposto não cumulativo, 
compensando-se o crédito com débitos anteriores. Ex.: Entra matéria prima na indústria 
onde será produzido o produto. O imposto pago pela matéria prima é calculado como 
crédito, Na saída do produto, o imposto é calculado como débito. Compensa-se o 
crédito com débito, pagando-se a diferença ou o saldo do crédito é transferido para o 
mês seguinte. 
 
g) Contribuinte: É o importador, o industrial, o comerciante de produtos sujeitos ao 
imposto, o arrematante, ou quem a lei assim o estabelecer. 
 
h) Lançamento: É objeto de lançamento por homologação. O contribuinte anota em 
seus livros o crédito e débito tributário, fazendo sua compensação, apurando o saldo e 
promovendo o recolhimento do tributo ou transferindo o saldo para o mês seguinte. 
 
5 – Imposto Sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro e Sobre Operações 
Relativas a Títulos e Valores Mobiliários 
 
a) Competência: É de competência da União Federal, a quem compete legislar 
privativamente sobre a matéria. 
 
b) Função: É mais conhecido como Imposto Sobre Operações Financeiras – IOF. 
Trata-se de instrumento de política de crédito, cambio e seguro, tratando-se de um meio 
de obtenção de receitas. 
 
c) Fato Gerador: 
- A efetivação de uma operação de crédito, pela entrega total ou parcial do montante ou 
do valor que constitua objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do 
interessado; 
- A efetivação de uma operação de cambio pela entrega da moeda nacional ou 
estrangeira ou do documento que o represente; 
- A efetivação de uma operação de seguro, pela emissão da apólice ou pagamento do 
prêmio; 
- A emissão, transmissão, pagamento ou resgate de títulos e valores mobiliários; 
 
d) Alíquotas: A alíquota é flexível. Pode ser alterada por ato do Poder Executivo. 
 
e) Base de Cálculo: 
1) Nas operações de crédito, o montante da obrigação, incluindo os juros. 
2) Quanto as operações de câmbio, o montante em moeda nacional recebido. Entregue 
ou posto à disposição; 
3) Quanto as operações de seguro, o montante do prêmio; 
4) Quanto as operações relativas a títulos mobiliários: 
- na emissão, o valor nominal; 
- na transmissão, o preço ou valor da cotação em bolsa; 
- no pagamento ou resgate o preço. 
 
f) Contribuinte: É qualquer das partes da operação tributada, cabendo a lei a sua 
indicação. 
 
g) Lançamento: É feito por homologação. O responsável. A instituição financeira ou o 
segurador efetua o recolhimento do valor independentemente de qualquer exame ou 
verificação do valor correspondente, sujeito a posterior verificação do órgão 
competente. 
 
6 – Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural 
 
a) Competência: É de competência da União Federal. Apesar disso, tal imposto poderá 
ser fiscalizado e cobrado pelos municípios que assim optarem. 
 
b) Função: Trata-se de instrumento auxiliar do disciplinamento estatal da propriedade 
rural. Visa combater o latifúndio improdutivo. 50% do valor obtido por este imposto são 
transferidos aos Municípios. 
 
c) Fato Gerador: É a propriedade, o domínio útil ou a posse do imóvel por natureza, 
como definido em lei civil, localizado fora da zona urbana do município. 
 
d) Alíquota: A alíquota do imposto varia de 0,03% até 20% em função da área do imóvel 
e do grau de sua utilização. Em termos práticos, uma área rural ou improdutiva que 
esteja sujeita a uma alíquota de 20%, em cinco anos estará confiscada (20 x 5 = 100% 
de tributo). 
 
e) Base de Cálculo: A base de calculo é o valor fundiário do imóvel. É o valor da terra 
nua, isto é, sem qualquer benfeitoria. Dependendo do grau de utilização da terra e da 
eficiência da exploração, o imposto poderá ser reduzido em até 90% a título de estimulo 
fiscal. 
 
f) Contribuinte: É o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil ou seu possuidor 
a qualquer título. 
 
g) Lançamento: É feito por homologação, posto que, a apuração e o pagamento devem 
ser feitos pelo contribuinte, independentemente de prévio procedimento da 
administração tributária. 
II – Os Tributos Estaduais 
 
1 – Imposto Sobre Heranças e Doações 
 
a) Competência: É de competência os estados-membros e do DF. 
 
b) Função: Trata-se de imposto de natureza fiscal, ou seja, gerar recursos financeiros 
para o Estado e o Distrito Federal. 
 
c) Fato Gerador: É a transmissão através de doação ou “causa mortis” da propriedade 
do imóvel a qualquer título; direitos reais sobre bens imóveis; bens imóveis, títulos 
créditos e respectivos direitos. 
 
d) Alíquotas: O imposto terá sua alíquota máxima fixada pelo Senado Federal. Em 
alguns estados, a alíquota é progressiva. No estado de São Paulo, é de 4%. 
 
e) Base de Cálculo: A base de cálculo há de ser fixada pela lei do Estado que instituir o 
tributo. Deve ser em principio o valor venal ou o valor de mercado do bem objeto da 
transmissão (pode ser menor, mas não pode ser maior para não atingir a riqueza que 
não o próprio bem transmitido). 
 
f) Contribuinte: É a lei de cada Estado que o definirá. Em se tratando de herança, o 
contribuinte deve ser o herdeiro ou o legatário. Em se tratando de doação, poderá ser o 
doador ou o donatário. 
 
g) Lançamento: A princípio, o lançamento é por declaração. O contribuinte oferece ao 
fisco os elementos necessários ao respectivo cálculo. 
 
2 – Imposto Sobre as Operações Relativas a Circulação de Mercadorias e 
Prestações de Serviços – ICMS 
 
a) Competência: é de competência dos estados-membros e do DF. Competente para a 
cobrança do imposto é o Estado onde se verifica a sua hipótese de incidência. Em se 
tratando de mercadoria importada, é do Estado onde está situado o estabelecimento do 
importador, não no qual a mercadoria ingressa no território nacional. 
 
b) Função: Trata-se de imposto de natureza fiscal, sendo fonte de receita bastante 
expressiva para os Estados e o DF, ou seja, gerar recursos financeiros para o Estado e 
o DF. A concessão de isenção do ICMS para atrair investimentos novos tem sido 
denominada guerra fiscal. 
 
c) Fato Gerador: Deve estar descrito na lei do Estado que o institui. De uma forma geral 
(lei complementar 87/96): 
- operações relativas a circulação de mercadorias, inclusive fornecimento de 
alimentação e bebidas em bares, restaurantes, etc.; 
- prestação de serviços de transportes, interestaduais e intermunicipais de pessoas ou 
bens ou mercadorias; 
- prestações onerosas de serviços de comunicações; 
- fornecimento de mercadorias e serviços que não sejam do âmbito municipal; 
- entrada de mercadorias importadas; 
- prestação de serviço no exterior; 
- entrada no Estado destinatário de petróleo e lubrificantes e demais combustíveis 
derivados de energia elétrica.d) Operações Relativas a Circulação: São quaisquer atos ou negócios que implicam na 
circulação de mercadorias, ou seja, na mudança da propriedade das mercadorias, 
dentro da circulação econômica que as leva da fonte ao consumidor. A principal 
operação é o contrato de compra e venda. Contudo, não basta a venda e compra, pois 
a mercadoria tem que circular. 
 
e) Mercadorias: Mercadorias são coisas móveis. São coisas porque são bens corpóreos 
que valem pelo que representam. Mercadorias são coisas móveis destinadas ao 
comercio, ou seja, ao consumo. 
 
f) Prestação de Serviços: Incide ICMS sobre a prestação de serviços relativos ao 
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação exclusiva. 
 
g) Bens Destinados a Consumo ou Ativo Fixo: Não são considerados mercadorias, pois 
não serão comercializados. Também os bens importados para uso próprio não são 
objetos do tributo. 
 
h) Alíquotas: Por tratar-se de imposto estadual, fica sujeito às alíquotas que serão 
idealizadas por cada Estado. No Estado de São Paulo é de 18%. 
 
i) Não Cumulatividade: O ICMS é por expressa determinação constitucional, um 
imposto não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa a 
circulação de mercadoria com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo outro 
estado. 
 
j) Base de Cálculo: A base de cálculo é o valor da operação relativa a circulação da 
mercadoria ou o preço do serviço respectivo. 
 
k) Contribuinte: É o comerciante ou terceiro que venha a ser atribuído por lei. 
 
l) Lançamento: O lançamento é por homologação. Cada contribuinte registra suas 
operações, escritura seus livros de entrada e saídas, apurando o imposto e recolhendo 
o montante respectivo em cada mês, independente de exame de cálculo. 
 
3 – Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA 
 
a) Competência: É de competência dos estados-membros e do DF. É vedada a 
cobrança de impostos ou taxas incidentes sobre utilização de veículos. 
 
b) Função: Trata-se de imposto de natureza fiscal, ou seja, gerar recursos financeiros 
para o Estado e DF. Passa a ser extrafiscal na medida em que discrimina o imposto em 
função do combustível utilizado. 
 
c) Fato Gerador: É a propriedade do veículo automotor. 
 
d) Alíquota e Base de Cálculo: A alíquota não é fixa. Não é indicada em percentagem, 
mas em valor determinado, em referência ao ano de fabricação, a marca e ao modelo 
do veículo. A base de cálculo é o valor do veículo ao qual se chega indiretamente, 
também considerando o ano, marca e modelo de fabricação. De certa forma seria ate 
inadequado falar-se em alíquota e base de cálculo. Esse imposto tem seu valor 
estabelecido em tabela divulgada pelos estados. 
 
e) Lançamento: O lançamento do IPVA é feito de oficio. A repartição competente 
remete para a Secretaria da Fazenda as informações necessárias e estra emite o 
documento com o qual o proprietário do veiculo e notificado para fazer o pagamento. 
 
III – Os Tributos Municipais 
 
1 – Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU 
 
a) Competência: É de competência dos Municípios. 
 
b) Função: Trata-se de imposto de natureza fiscal, ou seja, gerar recursos financeiros 
para os Municípios. 
 
c) Fato Gerador: É a propriedade, o domínio útil ou a posse do bem do imóvel, 
localizado em zona urbana do Município. A zona urbana é definida por lei de cada 
Município. 
 
d) Alíquotas: O imposto terá sua alíquota fixada pelos Municípios sem que a 
Constituição Federal, nem o Código Tributário imponham qualquer limitação. 
 
e) Base de Cálculo: A base de cálculo há de ser o valor venal do imóvel. Valor venal e 
aquele que o bem alcançaria se fosse posto a venda, em condições normais, O preço 
deve ser o corresponde a uma venda a vista, vale dizer, sem incluir qualquer encargo 
relativo a financiamento. O contribuinte pode contraditar a avaliação do valor venal. 
 
f) Contribuinte: É o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil ou seu possuidor 
a qualquer título. 
 
g) Lançamento: A princípio o lançamento é feito de oficio. A prefeitura dispõe de um 
cadastro dos imóveis e com base neste, efetuam anualmente o lançamento do tributo, 
notificando os respectivos contribuintes para o seu pagamento. 
 
2 – Imposto Sobre a Transmissão de “Inter Vivos” de Bens Imóveis e de Direitos a 
Eles Relativos 
 
a) Competência: É de competência dos Municípios. 
 
b) Função: Trata-se de imposto de natureza fiscal, ou seja, gerar recursos financeiros 
para os Municípios. 
 
c) Fato Gerador: É a transmissão de “Inter vivos” a qualquer título por ato oneroso de 
bens imóveis, por natureza ou a cessão de direitos a sua aquisição. 
 
d) Alíquotas: O imposto terá sua alíquota fixada pelos munícios em lei ordinária. 
Inexistem regras limitando as alíquotas a serem aplicadas em tal imposto. 
 
e) Base de Cálculo: A base de cálculo há de ser o valor venal do imóvel, ou dos direitos 
transmitidos. Considera-se o valor venal e não o de venda. Entretanto, em alguns 
municípios, se partes declararem que o valor de venda é superior ao valor venal, o 
tributo incidirá sobre tal valor. 
 
f) Contribuinte: É qualquer das partes na operação tributária. Na prática, o imposto é 
pago por quem mais interesse tiver na operação (o comprador ou adquirente do 
imóvel). 
 
g) Lançamento: A princípio, o lançamento é feito mediante declaração do contribuinte. A 
autoridade procede a avaliação do bem e calcula o tributo, expedindo a competente 
guia de recolhimento. Pode ser lançado de oficio, uma vez apurada a ocorrência de seu 
fato gerador. 
 
3 – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS 
 
a) Competência: O ISS é de competência dos Municípios. 
 
b) Função: Trata-se de imposto de natureza fiscal, ou seja, gerar recursos financeiros 
para os Municípios, É importante doente de receita tributária dos Municípios. 
 
c) Fato Gerador: Compreende os serviços de qualquer natureza não compreendidos na 
competência tributária estadual. O fato gerador é definido em lei municipal, com base 
em uma listagem de serviços prevista em lei complementar. A prestação de serviços 
para ser tributada há de ser remunerada. 
 
d) Alíquotas: O imposto terá sua alíquota fixada pelos Municípios que gozam de 
autonomia para fixa-la. Nos termos da Lei Complementar, a alíquota máxima é de 5%, 
sustentando-se que a mínima seria de 2%. 
 
E) Base de Cálculo: Deverá ser considerado o tipo de contribuinte para fixação da 
alíquota. Em se tratando de trabalho pessoal do próprio serviço profissional, a alíquota 
é fixa. (Trata0se do próprio serviço do profissional, liberal, por exemplo). Nestas 
condições, não há que se falar em base de cálculo, pois o imposto é fixo. Em se 
tratando de imposto prestado por empresas, o imposto é proporcional e tem como base 
de calculo o preço do serviço. É a receita da empresa relativa a prestação do serviço 
efetuada. 
 
f) Contribuinte: É o prestador de serviços. Não são contribuintes empregados, o 
trabalho avulso, os diretores e membros de associações e fundações. O trabalhador 
autônomo está sujeito a tributação do ISS. 
 
g) Lançamento: É feito por homologação. Pode ser lançado oficio uma vez apurada a 
ocorrência de seu fato gerador.

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